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Editorial

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Renault do Brasil anuncia fábrica de injeção de Al

A montadora, instalada no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), investirá R$ 750 milhões na construção de uma nova fábrica, a Curitiba Injeção de Alumínio (CIA), e também na ampliação da sua unidade de motores (CMO, Curitiba Motores).

Segundo Luiz Pedrucci, presidente da Renault do Brasil, a inauguração da CIA e a ampliação da CMO aumentarão a competitividade da montadora e o seu índice de produção local.

A Curitiba Injeção de Alumínio terá 14,5 mil m² de área construída, devendo entrar em operação já em janeiro de 2018. Inicialmente, ela será equipada com uma linha de injeção a alta pressão, para a fundição de blocos de motor, e outra de injeção a baixa pressão, destinada à produção do cabeçote do motor 1.6 Sce, lançado no final do ano passado.

Aqui, vale fazermos um parêntesis, para colocar que atualmente 40% dos blocos de motor produzidos no Brasil já são fundidos em alumínio, contra 90% nos Estados Unidos. Ou seja, trata-se de um movimento sem volta, para o qual é imprescindível se preparar. Outro dado que corrobora essa questão vem da Associação Brasileira de Fundição, segundo a qual 72% da produção de fundidos em alumínio no Brasil é voltada ao segmento automotivo.

Fechando o parêntesis, voltamos aos aportes da Renault no Brasil, dessa vez para a Curitiba Motores, que ganhará novas linhas de usinagem de blocos e cabeçotes em alumínio e virabrequim em aço, os quais equipam os motores 1.6 Sce. Anfavea revisa números para 2017

Os investimentos anunciados pela Renault vão ao encontro dos últimos dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que reviu para cima as projeções de 2017.

A nova estimativa de crescimento da produção do setor passou de 11,9% para 21,5%, o que equivale a 2,62 milhões de unidades fabricadas até dezembro. A previsão anterior apontava para uma produção de 2,41 milhões de unidades.

É bem verdade que esta revisão foi impulsionada pelo crescimento das exportações, que devem ser 35,6% maiores do que as registradas em 2016, ou seja, 705 mil unidades serão embarcadas este ano.

No entanto, para os fornecedores da cadeia automotiva, como é o caso da indústria de fundição, a informação que fica é de um aumento iminente da sua demanda nos próximos meses.

SI Group conclui expansões de sua unidade

O SI Group, fabricante de soluções químicas, concluiu a expansão da sua planta localizada em Rio Claro (SP), que consumiu mais de US$ 20 milhões.

O projeto contemplou a compra e instalação de uma nova fábrica de formaldeído, além da ampliação da atual fábrica de resinas, uma nova sala de controle da produção, galpão de estocagem de produtos acabados e abrigo de produtos inflamáveis.

Com isso, a empresa aumentou em 80 mil t a sua capacidade anual de produção de formaldeído e resinas.

A unidade de formaldeído, por exemplo, é equipada com tecnologias que proporcionam geração zero de resíduos sólidos ou líquidos, emissão reduzida de carbono, redução superior a 30% no consumo de gás natural, maior reciclagem, reúso do vapor de alta pressão, sistema de controle de emissões para a remoção de poluentes, novos recursos de automação e segurança.

Para a indústria de fundição, em especial, a empresa fornece resinas, catalisadores, areias revestidas, mangas, produtos auxiliares e revestimentos refratários.

Regulamentação do desmonte naval deve alavancar oferta de sucata no país

A atividade de desmonte naval ganhou uma nova aliada no Brasil. Por meio da portaria nº 790, publicada em 9 de junho deste ano, o Ministério do Trabalho regulamentou esta atividade, que até então vinha sendo praticada sem proteção jurídica para o empregador e proteção ao trabalhador.

A necessidade deste tipo de serviço aumenta continuamente com o envelhecimento das embarcações brasileiras. A estimativa do último levantamento da Relação Anual de Informações Sociais (de 2015) é de que 964 empresas trabalhem neste setor.

Além de regulamentar a questão jurídica deste tipo de trabalho, a portaria também exige um plano específico de radioproteção antes dos serviços que envolvem radiações ionizantes. A empresa ainda

deverá ter um supervisor de proteção radiológica, responsável pela supervisão dos trabalhos com exposição a radiações ionizantes.

Com estas medidas, a expectativa é que a atividade de desmonte naval ganhe impulso, visto que “ este setor diminuiu muito de tamanho nos últimos anos, em razão da crise econômica e política ” , segundo Elton Machado B. Costa, coordenador geral de Normatização e Programas.

Caso esta previsão se concretize, a oferta de sucata no país aumentará sobremaneira, inclusive para a indústria de fundição.

Aqui, vale citar uma colocação de Karl Abude Scheidl, gerente de vendas do setor de reciclagem para a América do Sul da empresa Metso: “A produção de aço com sucata é até 80% mais econômica em comparação ao minério virgem, além de emitir menos poluentes para a atmosfera, evitando o esgotamento de recursos e de aterros sanitários. Ademais, a sucata pode ser processada e fundida infinitas vezes sem perder qualidade e sem a exploração de recursos naturais ” .

A Metso, de origem finlandesa e unidade em Sorocaba (S P), anunciou recentemente que o seu segmento de reciclagem deverá crescer 15% em 2017. A aposta da empresa é na expansão de atendimento para toda a América do Sul, além da oferta de soluções de automação e recuperação de metais não ferrosos.

Gerdau Summit já está em operação

A Gerdau e as companhias japonesas Sumitomo Corporation e The Japan Steel Works firmaram a joint-venture Gerdau Summit, sediada em Pindamonhangaba (SP), com investimentos previstos de R$ 280 milhões.

O empreendimento terá capacidade instalada de 50 mil t por ano, para atender aos setores de energia eólica, açúcar e álcool, óleo e gás, e mineração.

Com o início das operações, a empresa espera aumentar cerca de 70% (até 2020) a sua produção de peças forjadas para o setor eólico, peças fundidas e forjadas para outros segmentos, além de cilindros de laminação.

Para Takashi Shibata, diretorexecutivo da The Japan Steel Works, a Gerdau Summit reúne pontos fortes das três empresas envolvidas, devendo se tornar líder em peças fundidas e forjadas na América Latina.

A parceria é pautada no desempenho do setor eólico nacional, visto que o país possui cerca de 430 parques eólicos e, até 2020, devem ser construídos outros 330. Estes dados são da Associação Brasileira de Energia Eólica.

Hoje, a capacidade eólica instalada no Brasil responde por 7% (10,74 GW) da matriz de energia elétrica; participação que deve alcançar 11% (18,7 GW) nos próximos três anos, o que ainda deve motivar novos investimentos.

Fabricante de aviões se instalará em São Bernardo do Campo

O município de São Paulo foi escolhido para sediar o mais novo empreendimento da Saab, fabricante sueca de aviões. Tratase de uma nova fábrica, a SAM (de Saab Aeronáutica Montagens), que ficará encarregada de produzir partes estruturais das aeronaves Gripen NG, que substituirão a frota de 36 aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB).

Entre estas partes, destacamse as asas do avião supersônico e as alas traseiras e dianteiras da fuselagem, bem como componentes e peças fundidas e usinadas.

Ainda sem endereço definido, a previsão é que esta fábrica comece a funcionar em 2019, quando a primeira aeronave deverá ser entregue.

O investimento estipulado para o negócio é de cerca de US$ 150 milhões, os quais serão aplicados no prédio, em equipamentos (incluindo máquinas de usinagem, fornos, soldagem e de corte), e na transferência da tecnologia sueca para o Brasil.

O objetivo é que a indústria local e a FAB dominem todo o conhecimento crítico necessário para o desenvolvimento de caças, tornando o Brasil uma plataforma de exportação para os demais países da América Latina.

Aços mais leves e resistentes

Pesquisadores da Universidade de Warwick (Reino Unido) anunciaram o desenvolvimento de uma nova rota de processamento do aço, que permitirá a produção de ligas de baixa densidade, sem perda de resistência. Caso ganhe escala industrial, a indústria automotiva se valerá de aços mais maleáveis e leves, o que equivale a carros mais eficientes, ou seja, que consomem menos combustível.

Os ensaios foram feitos com dois aços leves: o Fe15Mn10Al0,8C5Ni e o Fe15Mn10Al1,8C. Ocorre que durante a sua produção, podem haver duas fases frágeis, o carboneto de kappa e o B2 intermetálico. Elas tornam os aços duros, porém limitam a sua ductilidade.

A principal descoberta foi que em determinadas temperaturas de recozimento elevadas, essas fases frágeis tornam-se mais controláveis, permitindo que os aços retenham a sua ductilidade.

Entre 900°C e 1200°C, por exemplo, a fase de carboneto de kappa pode ser removida, enquanto a fase intermetálica B2 se torna gerenciável, apresentando uma morfologia nanométrica em formato de disco.

Com o controle destas fases indesejadas, os pesquisadores abriram um novo caminho para a fabricação de aços resistentes e mais flexíveis, sem mexer radicalmente no processo produtivo das siderúrgicas.

Os dados da The University of Warwick estão na página 82.

Küttner No-bake Solutions - O grupo alemão Küttner, com atuação global no mercado de equipamentos e plantas para a indústria de fundição, adquiriu a participação majoritária da IMF Brasil, localizada em Piracicaba (SP). A Küttner do Brasil, de Contagem (MG), será a sócia majoritária da empresa, que passará a chamar KNBS – Küttner No-bake Solutions, em referência aos equipamentos e linhas de moldagem no-bake, que agora fazem parte de seu portfólio. Norton Winter é nova marca de superabrasivos – A Saint-Gobain Abrasivos anunciou a criação de uma marca única para os superabrasivos fabricados pela Winter e pela Norton. No Brasil, a produção da Norton Winter está concentrada na unidade industrial de Jundiaí (S P). Trata-se de soluções para o corte, desbaste e acabamento de materiais para qualquer aplicação.

E-book sobre registradores de dados - A Omega, de Campinas (SP), fabricante de soluções para medição e controle de processos, lançou o e-book Registradores de dados: Tecnologias e aplicações. O material fornece informações como para o que servem estes instrumentos, as tecnologias disponíveis, tipos e aplicações. São 21 páginas divididas em nove capítulos, que também abordam os protocolos de instrumentação e modelos de registradores fornecidos pela empresa. Entre eles, destacamse registradores de dados com sonda, com múltiplas entradas, com touchscreen e cartão de memória, além de termômetro/ registrador portátil. O guia completo está disponível para download gratuito em: http:// b r . o m e g a . c o m / e - b o o k / 4 datalogger.html.

Abimei tem nova sede – A Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos passou a ocupar os conjuntos 63 e 64 do mesmo prédio onde já se localizava o antigo escritório da entidade. Ele fica na av. Engenheiro Luís Carlos Berrini 1.500, em São Paulo (SP).

NOTAS

Senai-SP Editora lança a série de livros Metalurgia - Ela reúne títulos diversos associados ao setor metalmecânico. O intuito é apresentar aos interessados na área as mais variadas técnicas de transformação dos metais, atendendo a diferentes níveis de formação. Os títulos são: Fundição artística; Programação e operação de centro de usinagem; Tecnologia mecânica aplicada à manufatura; Desenho técnico para caldeiraria; Controle de medidas; Metalurgia geral; Fundamentos de soldagem I; Tecnologia aplicada a processos galvânicos; e Tratamento térmico dos metais – Da teoria à prática e Soldagem. Os interessados podem adquirir qualquer título por meio da própria editora ou no site: www.senaispeditora.com.br/ catalogo/informacoes-tecnologicasmetalmecanica-metalurgia/livros/ ?page=1.

Mitutoyo centraliza escritórios –Fabricante de instrumentos e máquinas de medição tridimensionais, a Mitutoyo transferiu seu escritório central para Suzano, no mesmo endereço do seu parque fabril. Os dados estão na seção Serviços.

Autodesk e MakerBot firmam parceria – Pelos termos do acordo, os compradores das impressoras MakerBot, modelos Replicator Mini, Replicator+ e Z18, ganharão

Impressoras 3D da mexicana MakerBot

um ano de assinatura do software de modelagem Autodesk Fusion 360. A ideia tem por objetivo fomentar o uso da impressão 3D na indústria nacional. O Fusion 360 consiste em uma ferramenta CAD, CAE e CAM, para o projeto, simulação e envio de arquivos para a impressora 3D, em um único ambiente. A ferramenta atende desde interessados em protótipos simples, até peças com geometrias mais complexas.

SKA em dois novos endereços no Brasil – A empresa, fornecedora de soluções em software CAD/CAM e impressão 3D, abriu dois novos escritórios, dessa vez em Sorocaba (SP) e no Rio de Janeiro (RJ). Os endereços estão na página 82.

Perfil Térmico expande seu portfólio de isolantes térmicos –Para tanto, a empresa localizada em Curitiba (PR), fechou uma parceria com a Promat, sediada nos Estados Unidos. Segundo Claudio H. Goldbach, diretor, a Promat produz materiais de altíssimo desempenho, que precisavam ser viabilizados no mercado brasileiro, com vistas a aumentar a eficiência energética dos processos

Isolamentos térmicos da marca Promat, agora disponíveis no mercado brasileiro

térmicos locais. Entre os novos produtos distribuídos pela Perfil Térmico, destacam-se os painéis Steelflex, desenvolvidos especialmente para a indústria do aço. Trata-se de um isolamento microporoso, disponível em três classes de temperatura (1000°C, 1100°C e 1200°C). Para informações adicionais, os dados da empresa estão na seção Serviços.

Universal Robots pretende se instalar no Brasil A dinamarquesa Universal Robots anunciou a intenção de abrir um escritório comercial e um centro de treinamento no país ainda este ano. Segundo a empresa, o investimento é para consolidar a marca no Brasil e garantir o seu crescimento por aqui. A previsão é que os trabalhos tenham início no último trimestre do ano. Os cursos oferecidos pelo centro abordarão temas relacionados à programação básica e avançada em robótica, bem como manutenção e resolução de problemas. Eles serão ministrados a distribuidores, integradores e clientes finais. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail dpi@universal-robots.com, com Denis Pineda, gerente de desenvolvimento da empresa.

1º Carro híbrido penta combustível deve ser desenvolvido no Brasil – Intitulado Development of an hybrid penta-fuel flex vehicle, este projeto é do Research Centre for Gas Inovation, sediado na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, que está à procura de montadoras interessadas em participar como parceiras. Trata-se da transformação de um carro híbrido em um veículo híbrido/flex. O objetivo é adaptálo para que utilize como combustível a gasolina pura, gasolina + etanol, etanol hidratado, gás natural veicular e eletricidade, o que certamente exigirá adaptações significantes dos motores.

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