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Reciclagem

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Impressão 3D

Impressão 3D

Consórcio para reciclagem e economia circular usa plataforma digital e blockchain

consumo e programas de reciclagem que visam estimular a economia circular e difundir os conceitos de sustentabilidade por meio de uma plataforma digital. O ramo de plásticos atua constantemente no O ambiente virtual criado para esse progradesenvolvimento de projetos que têm como ma conta com sistema de blockchain – que objetivo a obtenção de melhorias em processos permite rastrear o envio e recebimento de alguns de reciclagem de resíduos e, consequentemente, tipos de informação pela internet de forma mais o estreitamento da relação entre empresas e segura –, visando proteger e manter em sigilo as cooperativas que incluem em informações relacionadas às suas rotinas a criação de transações realizadas. De meios para reaproveitar, de acordo com a Basf, os usuários forma cada vez mais eficaz, da plataforma poderão ter as matérias-primas prove- acesso a dados sobre o segnientes desses processos. mento de reciclagem, parti-

A utilização de ambientes cipar de encontros de negócios, digitais e de ferramentas que Rede de compartilhamento de informações divulgar programas ligados ao possibilitam a transmissão sobre programas de reciclagem e oferta de reúso de resíduos e transacionar em tempo real de informamateriais plásticos pós-uso/pós-consumo créditos, entre outros. ções, e também a realização tem como premissa promover o diálogo Os responsáveis pelo conde encontros e rodadas de entre entidades por meio de canais sórcio pretendem ainda negócios remotamente, fazem digitais, visando à proteção e ao sigilo de escalonar soluções para a parte da realidade da área de dados. Imagem: Pixabay cadeia produtiva de recireciclagem no Brasil e no clagem de plásticos e apoiar mundo. Entre os exemplos estão plataformas futuros projetos para essa área. Isso inclui também colaborativas que permitem o monitoramento o desenvolvimento de iniciativas voltadas para de operações realizadas no chão de fábrica de capacitação de profissionais, aperfeiçoamento de plantas industriais que realizam a reciclagem de processos e modernização de parques fabris, bem polímeros, além de sistema de controle para como estabelecimento de parcerias com órgãos unidades fabris desse tipo. públicos e execução de ações direcionadas para

Recentemente a alemã Basf, com filial em São preservação do meio ambiente e educação Bernardo do Campo (SP), e a Fundação Espaço ambiental, por exemplo. Um vídeo mostrando ECO (FEE), situada no mesmo município, criaram exemplos de premissas do consórcio pode ser visto um consórcio chamado reciChain, que consiste pelo link: https://url.gratis/KaUVRd. em uma rede de compartilhamento de informações sobre a oferta de materiais plásticos pós-uso/pós- ReciChainReciChain ReciChainReciChain ReciChain – https://url.gratis/heskRL Conjunto de propostas abrange descarte correto de resíduos e engajamento socioambiental junto a órgãos governamentais. Imagem: Pixabay

Projeto visa instaurar políticas de reciclagem e educação ambiental

O Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás) desenvolveu um projeto que visa à criação e instauração de políticas públicas voltadas para a implantação de sistemas de coleta e reciclagem de resíduos, bem como para a execução de programas de educação ambiental e incentivo a ações sustentáveis e à economia circular. De acordo com informações fornecidas pela entidade, o programa abrange as seguintes pautas: criação de projetos de lei que possibilitem a normatização do uso de materiais reciclados na fabricação de novos produtos e o desenvolvimento de trabalhos na área de reciclagem de materiais plásticos e de tipos diversos a partir de parcerias entre cooperativas, comunidades e órgãos públicos.

Além disso, o projeto tem como uma de suas premissas a aplicação de medidas para conscientização a respeito de descarte correto de resíduos e preservação do meio ambiente, abrangendo também a realização de cursos sobre educação ambiental em escolas públicas municipais e estaduais, além de instituições de ensino particular.

Em comunicado à imprensa, Gelson de Oliveira, presidente do Simplás, disse que “está mais do que na hora de nossa sociedade, o setor público e privado, juntos, buscarmos soluções corretas para enfrentarmos e

vencermos mais este grande desafio socioambiental”. Segundo ele, as frentes de trabalho pensadas para o projeto têm embasamento nos objetivos de desenvolvimento sustentável e estratégias e políticas públicas com foco em gestão ambiental da Organização das Nações Unidas (ONU) (ODS 11,12 e 13).

Para Eugênio Antônio Misturini, vice-presidente e coordenador do comitê de Educação Ambiental do Simplás, se faz necessário “aprender e evoluir muito neste sentido, envolvendo todas as pessoas em uma nova cultura de consumo responsável”. Ainda de acordo com o sindicato, essas propostas já foram apresentadas para integrantes das comissões do Meio Ambiente e Educação da Câmara de Vereadores do município de Caxias do Sul (RS).

Simplás Simplás Simplás Simplás Simplás – www.simplas.com.br

Pneus descartados se transformam em negro de fumo para a indústria

Resíduos de pneus têm sido usados principalmente como fontes de energia: apenas pequenas frações do negro de fumo contido neles são recicladas, uma vez que as cinzas minerais representam cerca de 20% de seu conteúdo. Cerca de três quilos de negro de fumo – também conhecido como fuligem industrial – são encontrados em um pneu de carro padrão. E para produzir uma tonelada de negro de fumo é necessária aproximadamente 1,5 tonelada de recursos fósseis e grandes quantidades de água, em um processo que gera até três toneladas de dióxido de carbono.

Assim, faz muito sentido reciclar o negro de fumo encontrado nos pneus em fim de vida, pois eles são uma ótima fonte de matéria-prima. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Fraunhofer for Building Physics (IBP) (Alemanha), cerca de quatro bilhões de pneus em fim de vida se acumulam em aterros sanitários, e cerca de outros 1,8 bilhão são adicionados a cada ano. Até agora, são recuperados desses pneus principalmente óleos, que por sua vez são usados como fonte de energia para processos industriais ou como matériaprima em refinarias.

Para dar uma finalidade mais nobre a esses resíduos, a RCB Nanotechnologies GmbH de Munique e os pesquisadores da Fraunhofer IBP em Valley, Alemanha, desenvolveram um processo de desmineralização que libera o negro de fumo reciclado de sua carga mineral, que pode substituir completamente os materiais industriais originais, de acordo com Severin Seifert, gerente de grupo da Fraunhofer IBP: “a menos que

seja desmineralizado, apenas dez por cento do negro de fumo reciclado pode ser adicionado ao material primário”. “Os pesquisadores conseguiram purificar a mistura de negro de fumo/ cinza criada durante o processo de pirólise empregando um método de química úmida”, explicou Christian Kaiser, gerente de Projetos da Fraunhofer IBP. “Colocamos a mistura de negro de fumo e cinza (bruta) junto com vários aditivos em um reator, misturamos com fluido e aplicamos uma curva definida de pressão e temperatura. Assim, as substâncias individuais são extraídas seletivamente da mistura “, informou. O que pode parecer muito simples à primeira vista é, na verdade, um processo bastante complexo: os parâmetros e aditivos devem ser definidos de forma que apenas um mineral específico, o mais homogêneo possível, seja extraído da mistura por vez. Além disso, a temperatura e a pressão devem permanecer em um nível moderado, para que o processo seja tecnicamente viável. E também é preciso evitar o uso exagerado de aditivos, para que o processo seja financeiramente executável. O resultado do processo de desmineralização é um negro de fumo reciclado de alta pureza para uso em pneus e outros produtos de borracha, bem como em masterbatches para aplicações em formulações plásticas, silicatos, que podem ser usados na indústria de materiais de construção ou para tinturas, por exemplo, e também sais de zinco para uma ampla gama de aplicações.

Pódio olímpico feito com plástico reciclado

A Procter & Gamble (P&G) –grupo de consumíveis pessoais e de uso doméstico –, em parceria com a Terra Cycle, com o comitê organizador de Tóquio 2020 e com o Comitê Olímpico Internacional (COI ou IOC, do inglês International Olympic Committee), divulgou que os pódios das cerimônias de entregas de medalhas dos jogos olímpicos e paraolímpicos de Tóquio 2020 foram feitos totalmente de plástico reciclado proveniente de embalagens pós-consumo.

O destaque dos materiais plásticos nesta edição dos jogos olímpicos é o pódio utilizado na cerimônia da vitória, onde os melhores atletas de cada modalidade recebem suas medalhas. Segundo o COI, todos os 98 módulos dos pódios foram feitos por meio de impressão 3D utilizando como matéria-prima 24,5 toneladas de plástico reciclado. Um feito inédito até agora na história da competição. De acordo com a empresa, foi criado um sistema de caixas de coleta de embalagens plásticas pósconsumo em mais de 2.000 pontos de venda de uma rede de supermercados local. Além do material coletado, a companhia forneceu também resíduos plásticos recuperados dos oceanos.

Para Marc Pritchard, diretor de marca da P&G, “A sustentabilidade está no centro desse esforço, e temos orgulho de trabalhar com a Tóquio 2020 e o COI para demonstrar como os consumidores podem participar da redução do desperdício de plástico. O projeto é um exemplo de como as olimpíadas podem ser um catalisador para inspirar ações que têm um impacto positivo no meio ambiente e na sociedade”.

Novo processo é capaz de isolar quase todas as cinzas presentes em pneus, permitindo que o negro de fumo e os minerais sejam reutilizados. Parte superior da imagem: produto primário; da esquerda para a direita: estado bruto, limpo e limpo perolizado. Parte inferior: produtos secundários recuperados das cinzas; da esquerda para a direita: silicato de sódio líquido, SiO2 precipitado e ZnSO4 precipitado. Imagem: IBP

Planta industrial em construção

A iniciativa do instituto de pesquisa já levou à construção de uma plantapiloto com um reator de 200 litros e estará em operação para pesquisas no Fraunhofer IBP nos próximos dois anos. O objetivo é tornar o negro de fumo recuperado utilizável também para outras aplicações industriais. O processo básico já foi patenteado, tendo o RCB Nanotechnologies GmbH como licenciado exclusivo.

A empresa está atualmente trabalhando na ampliação do processo para uso industrial: a área de produção já está construída, e a capacidade do reator para uma linha de produção deverá ser em torno de 4.000 litros. A cada hora, uma linha de produção vai liberar 400 quilos de negro de fumo reciclado das cinzas, ou algo em torno de 2.500 toneladas por ano. Na fase final de expansão, a planta como um todo terá capacidade anual de apenas 30 mil toneladas/ano.

A longo prazo, a ideia é fazer a transição do processo em lotes para um processo contínuo. As partes interessadas em potencial já expressaram interesse: “Nossos parceiros agora estão recebendo mais solicitações de amostras do que podemos atender”, disse Kaiser, complementando, “Em última análise, o negro de fumo recuperado e refinado desta forma é a primeira solução confiável e sustentável para substituir a fuligem industrial”.

IBPIBP IBPIBP IBP – www.ibp.fraunhofer.de/en.html

As organizações estimam ainda que, com a coleta das embalagens de polietileno e polipropileno para a produção de resina reciclada, deixa-se de emitir cerca de 75 gramas de dióxido de carbono para cada peça recolhida e que, com o recolhimento de 1,5 milhão de peças seria possível economizar energia suficiente para iluminar uma casa comum por 112 anos.

Antes do início da competição o COI lançou um guia que visava ajudar a comunidade esportiva a lidar com a poluição por plásticos. O guia, intitulado Plastic Game Plan for Sport, foi

publicado em colaboração com a ONU e inclui contribuições da World Sailing, órgão regulador do esporte de vela. O documento faz referência às medidas já adotadas nos esportes ao redor do mundo e fornece orientação aos organizadores de eventos sobre a criação de um plano para reduzir o desperdício de material plástico. Após os jogos, o plástico utilizado nos pódios será reciclado novamente para ser reaplicado em novas embalagens dos produtos da P&G ou utilizado para fins educacionais. O grupo responsável pela realização da Tóquio 2020 organizou o evento esportivo para que fosse a olimpíada com o menor impacto ambiental negativo possível. Assim, a competição (que teve de ser postergada em cerca de um ano, devido à pandemia de Covid19) se concentrou na reciclagem de materiais (plásticos e metálicos) como uma das vertentes em prol da sustentabilidade.

Reciclagem de metais

Pela primeira vez, desde o início das olimpíadas em 1896 na Grécia, os pódios olímpicos são feitos de plástico reciclado. A etapa 2020 dos jogos busca maiores índices de sustentabilidade. Imagem: IOC, Tokyo 2020 Além disso, em vista do maior índice de sustentabilidade possível dentro dos jogos, a organização também concebeu os símbolos olímpicos e paralímpicos embutidos nos pódios, bem como as tochas olímpicas, usando metais provenientes da reciclagem. Segundo o COI, o dispositivo que tradicionalmente é usado para transportar a chama olímpica da Grécia é feito com cerca de 30% de alumínio reciclado proveniente dos abrigos provisórios pré-fabricados, construídos para alojar sobreviventes do tsunami ocorrido no Japão em 2011. As medalhas foram fabricadas com metais reciclados provenientes de dispositivos eletrônicos descartados de maneira correta, no Japão. A organização do evento recolheu aproximadamente 6,2 milhões de celulares usados e mais de 78 toneladas de outros aparelhos, antigos ou quebrados, como computadores, tablets , monitores, notebooks, câmeras e videogames, por exemplo, os quais geraram cerca de 32 kg de ouro, 3.500 kg de prata e 2.200 kg de bronze. TT TT Terra Cycleerra Cycle erra Cycleerra Cycle erra Cycle – www.terracycle.com/pt-BR P&GP&G P&GP&G P&G – tel. 800-447-8899

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