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Informações
POP virtual da iProject TI reduz custos para provedores
A iProject TI, integradora de soluções em TI e telecom, está apresentando um conceito totalmente inédito no mercado brasileiro: o ponto de presença virtual. Denominada iPOP Virtual, a novidade reduz os custos de investimentos e o tempo de ativação de serviços, uma vez que a infraestrutura de rede, como CGNAT, BGN e gateway para conectividade com a Internet, pode ser acessada na nuvem, com equipamentos e suporte técnico especializado fornecidos pela iProject TI.
“A partir de agora, os provedores não precisam mais montar seu próprio POP, comprar terreno e investir em racks, roteadores, baterias, retificadoras, ar-condicionado, entre outros itens que aumentam o custo do projeto. O iPOP Virtual fornece toda essa infraestrutura, com garantia de disponibilidade e segurança”, diz Marcus Paulo, CEO e fundador da iProject TI.
O iPOP Virtual inicia os serviços dentro de quatro data centers em São Paulo, um em Porto Alegre e outro em Fortaleza. Mas já no primeiro trimestre de 2022 o plano é ter um ponto de presença na Região Norte, em Santarém ou Manaus. E até o final de 2022, haverá pelo menos um POP em cada estado. “Estamos extremamente otimistas. Ainda não existe nada nesse sentido no Brasil. Queremos revolucionar o mercado para a operadora que precisa expandir seus serviços”, diz.
As soluções envolvem appliances virtuais Cisco, Nokia e A10, tanto para borda, como para roteador de serviços. Além do escopo de rede IP, o cliente também pode conectar o ERP/Radius na infraestrutura, dispensando Radius local no data center se preferir conservar uma estrutura de autenticação, bilhetagem e gestão de clientes já existente. O contrário também é possível, ou seja, o cliente apenas escolhe os serviços que deseja, dessa forma preocupando-se somente com a camada de acesso.
São três opções de arquiteturas vSERVICE Suite oferecidas: • iPOP Lite - Um appliance virtual concentra a borda e BGN, conectado a outro equipamento que tratará o CGNAT, encaminhando o tráfego através de PBR configurada. O ERP on premises do cliente é conectado via Internet ou transporte contratado para chegar ao POP virtual. Contempla serviços como vEDGE/vBGN e vCGNAT. • iPOP Flex - Radius, vEDGE/BGN & vCGNAT. O BGN e a borda ficam concentrados em um appliance virtual e o CGNAT em um outro equipamento. O Radius/ERP fica localmente na instância do cliente e a configuração lógica sob a responsabilidade da iProject TI. • iPOP Premium - Concentra borda/vBNG/RR e vCGNAT em um único appliance virtual e uma máquina virtual com o ERP/Radius. É a opção mais compacta e completa.
Além de conectividade, a iProject atua em diversos segmentos, como cybersecurity, cloud, data centers e vídeo (IPTV/OTT). A empresa foi criada em janeiro de 2018, em Fortaleza, CE, trazendo vários anos de experiência no segmento industrial de seu fundador. “Eu levei para a iProject IT
o know how de resolver problemas complexos e de grande porte, além de relacionamento com os principais fabricantes da área de tecnologia”, conta Marcus Paulo. Hoje o portfólio traz soluções com mais de 15 parceiros, incluindo Cisco, Nokia, A10, Dell, VMWare, Fortinet, Veeam, Veritas, Axiros, Poly, Skylane, NVidia, Synamedia, Arris, Microsoft, Logitech e Jabra. Um dos seus mais recentes acordos foi assinado com a Axiros, empresa alemã que desenvolveu a plataforma Axess para gestão remota de dispositivos, infraestrutura de rede e serviços em ambiente multiprotocolo, como TR-069, SNMP, Telnet, SSH, entre outros. “O Axess automatiza os processos de ativação de serviços e suporte remoto, reduzindo o Opex mediante a otimização do tempo de atendimento e automação de processos. A solução é usada pelas maiores operadoras do mundo e agora estamos disponibilizando ao mercado brasileiro, com o suporte técnico e comercial da iProject TI”, conclui Maurício Fernandes, CEO da Axiros - Latam. E em dezembro a iProject TI Marcus Paulo, CEO e fundador da iProject apresentará a iMS - iProjectTI: novos projetos e expectativas positivas para 2022 Multicloud Storage, uma solução de armazenamento de dados em ambiente multicloud que simplifica processos de descentralização, melhora padrões de segurança e otimiza o uso de recursos. “Com volumes de dados feitos sob medida, a empresa pode efetivamente reduzir custos quando uma grande quantidade de dados é necessária. Com capacidade de tolerância a falhas e criptografia de conhecimento zero, os dados estão sempre protegidos, mesmo no caso de um ataque de ransomware”, diz o CEO da iProject TI. Clientes com demanda superior a 100Tb de armazenamento contam com uma versão white label. iProject TI – Tel. 0800 000164 Site: www.iprojectti.com.br
Calculadora online permite estimar custo de montagem de data center
Atrair potenciais clientes e desenvolver um relacionamento de confiança até o fechamento do contrato é um processo longo e árduo para o time de pré-vendas das empresas, em especial em um segmento especializado como de redes, cabeamento e data centers. Mas uma nova ferramenta pode
encurtar esse caminho e resultar em negócios concretos para os fornecedores de produtos e serviços. Trata-se do Vergyy, uma calculadora online para estimativa de custos de instalações baseada em inteligência artificial e modelos matemáticos avançados. O desenvolvimento é da Susy Research, startup que nasceu num projeto de pesquisa na Universidade de Bristol, no Reino Unido, sob comando do brasileiro Mauro Fazion Filho, engenheiro e PhD em modelamento numérico e eletromagnetismo pela UFSC Universidade Federal de Santa Catarina, que há três anos se mudou de Florianópolis, SC, para se dedicar à pesquisa na Europa.
“Sempre fui empreendedor e, dentro da área da engenharia, matemática e computação da Universidade de Bristol, percebi que havia espaço para criar uma empresa de deeptech, ou seja, especializada em tecnologia profunda para gerar um novo negócio”, diz o fundador e CTO da Susy Research, que traz na bagagem vários anos de experiência em companhias de engenharia e data centers, como a Creare e Fazion, esta última responsável pelo desenvolvimento do DataFaz, solução nacional de DCIM –automação de infraestrutura de data centers, tecnologia transferida para a Specto Tecnologia em 2016.
Na Susy Research, a ideia da calculadora online surgiu da constatação da falta de ferramentas confiáveis e eficazes para precificação de negócios, sejam elas empresas, projetos ou instalações. “As calculadoras de valuation existentes eram muito simples, sem algoritmos avançados por trás. Fizemos testes com algumas soluções na universidade e os resultados eram sempre iguais, mesmo aplicando diferentes condições, o que gerava desconfiança”, conta Fazion.
Depois de meses de estudos com o time de desenvolvedores e programadores, foi lançado o Vergyy, uma ferramenta fácil de usar e com um índice de precisão de 94%. Hoje são oferecidos quatro modelos de cálculos: 1) Escritório comercial (cálculo da instalação elétrica, rede e automação para escritórios); 2) Valuation (estimativa de valor de empresas de tecnologia, startups e engenharia); 3) Mini data center (quanto custa montar um data center com até 10 racks); e 4) Energia solar (quanto fica instalar os painéis fotovoltaicos na residência). “Os modelos estão prontos. Usamos nosso código, comprovado e testado, que está hospedado na nuvem. O Vergyy elimina o trabalho exaustivo de fazer a própria calculadora. É como emprestar o time de desenvolvimento a um grande site”, define.
No Brasil, a calculadora online está sendo testada pela CED Soluções, integradora de soluções de engenharia de Florianópolis, que já disponibiliza em seu site os modelos para cálculo do custo de montagem de data center e escritórios. Na calculadora de data center, o usuário precisa responder a questões como número de racks do projeto e de servidores por rack, uso de piso elevado, energia elétrica, cabeamento, iluminação de emergência, controle de acesso nas portas, detecção e combate a incêndio, DCIM (monitoramento de umidade, temperatura e energia), CFTV, quantidade de câmeras, UPS, geradores elétricos, simples ou com redundância.
O resultado é dado em poucos segundos, na própria tela do site. O usuário pode fazer quantas simulações quiser, sem necessidade de fornecer seus dados. Essa aproximação só é feita na fase seguinte: caso ele queira receber o relatório detalhado, o sistema solicita o nome e e-mail para envio do material. “Ao criar um relacionamento de confiança, é gerado o lead novo, facilitando a abordagem e aproximação do time de vendas. A taxa de conversão dos negócios é muito maior”, afirma. Na CED Soluções, após o uso da calculadora, foram geradas mais de 30 cotações de projetos.
Ferramenta Vergyy é disponível em quatro modelos de cálculos
ALÉM DE SUA AMPLA LINHA DE PRODUTOS PARA PROVEDORES, A MULTILASER PRO E SEUS PARCEIROS LEVAM UMA SOLUÇÃO AINDA MAIS COMPLETA A TODOS OS CLIENTES
Num cenário em que tecnologias e serviços estão cada vez mais integrados, empresas e consumidores buscam continuamente soluções que tornem seu dia a dia mais prático e ágil. E com esse desafio em mente, companhias têm se adaptado para oferecer uma plataforma mais completa e adequada possível, não somente para o provedor (fornecedor), mas também para o cliente final. Em 2017, a Multilaser PRO nasceu com a missão de otimizar o acesso à internet para todos os públicos, com uma linha ampla de produtos para atender às principais necessidades do mercado ISP. De lá para cá, a marca vem se desenvolvendo, expandindo seu portfólio e ganhando espaço no mercado de Telecom. Entre os grandes motivos para essa guinada estão as suas parcerias, que tem como foco um melhor e mais completo atendimento ao provedor. São parceiros estratégicos e conceituados no mercado, com o objetivo de expandir sua atuação e fornecer aos provedores as melhores soluções que eles possam levar aos seus respectivos clientes. Desde CTOs, fibras, OLTs, ONUs, roteadores, projetos DWDM, software e hardware de cibersegurança e streaming de conteúdos. “Como fornecedores primários para um serviço tão essencial que é o acesso a internet, é fundamental que entendamos o que os consumidores finais buscam e trabalhar para levar até eles, junto com os provedores e nossos parceiros, as soluções mais completas possíveis” explica Glayton Martinelli, diretor comercial da Multilaser PRO. Entre os principais parceiros da companhia, a chinesa ZTE oferece uma extensa variedade de produtos GPON que também são fabricados na unidade fabril da própria Multilaser, em Extrema, Minas Gerais. Com a colaboração de diversas empresas de tecnologia, foram implementadas centenas de quilômetros de redes, trazendo para o Brasil soluções compactas e altamente capacitadas que ultrapassam bandas de 1Tbps por canal. Pontos essenciais visto a necessidade de conexões estáveis com alta capacidade e baixa latência, impulsionadas pela tecnologia 5G, e que aumentam ainda mais a demanda por implementações de redes de transmissão DWDM confiáveis e escaláveis. Além de todos equipamentos já mencionados, junto à ZTE, a Multilaser PRO também disponibiliza a linha de energia com modelos de retificadoras modulares de 30A à 200A e baterias de lítio já amplamente utilizadas em operadoras ao redor do mundo. E agora a marca ainda conta com a linha exclusivamente desenhada para o varejo ZTE | Space Series, com roteadores ofertados para o cliente final, que complementam a solução Wi-Fi com tecnologias como o padrão mesh, que garante maior cobertura e conectividade em suas casas. E pensando em novas soluções e parceiros que complementam seu portfólio, melhorando a experiência final do cliente, a Multilaser PRO, em parceria com a fabricante Blockbit trás soluções de cibersegurança de rede para o provedor atender principalmente seus clientes B2B. Com o advento da LGPD e aumento de tráfego de dados, faz-se necessário que o provedor se previna e adeque sua rede contra ameaças. Além de solução de segurança, o serviço traz funcionalidades interessantes como SD-WAN para balanceamento de links. E agora o mais recente parceiro da companhia, a Watch Brasil, leva aos ISPs uma oferta de serviço de valor agregado (SVA) robusta e atrativa para o usuário final: um hub de conteúdo que reúne tudo em um só lugar: filmes, séries, conteúdo infantil, notícias, esportes e locação de filmes entre eles Paramount+, MTV, Medialand, Comedy Central, Warner Bros, Universal, pacotes como HBO Max e canais lineares. A nova parceria completa ainda mais a solução para que provedores possam ofertar mais que conectividade, passam a ofertar ao seu assinante uma experiência completa de conteúdo relevante, atual e dinâmico. Essa é a mentalidade que guia a atuação da Multilaser PRO: ser mais do que apenas uma empresa que ofereça tecnologias em forma de produtos, mas sim criar soluções cada vez mais completas, para que essas inovações cheguem a cada vez mais pessoas e tornem suas vidas mais práticas e suas experiências de consumo melhores. https://www.multilaserpro.com.br/
A ferramenta é destinada a empresas de consultoria, engenharia, instaladores, integradores e revendas. Para disponibilizar o Vergyy em seus websites, elas precisam somente personalizar os modelos, com a inserção de custos dos materiais e da mão de obra, que variam conforme região. A calculadora pode ser usada em qualquer lugar do Brasil e do mundo, pois além do idioma em português, está disponível em inglês, usando a moeda local de cada país.
Segundo Fazion, ao oferecer a calculadora online, as empresas podem realizar o chamado marketing interativo, proporcionando uma experiência única e personalizada para cada usuário. Esse tipo de conteúdo é mais dinâmico e traz reconhecimento de marca e, portanto, com resultados mais efetivos do que os conhecidos blogs e e-books que costumam oferecer para agregar valor e atrair visitantes a seus sites. “A ferramenta mostra a especialização e gera leads qualificados para o negócio. Os detalhes de um potencial projeto são transmitidos diretamente à equipe de vendas”, diz. Além disso, as calculadoras podem ser divulgadas nas redes sociais e gerar ainda mais tráfego.
O Vergyy é comercializado em modelo de assinatura no plano básico, por R$ 36 por mês, ou premium, por R$ 90, que permite configurar várias calculadoras em um site e acesso a todas as funcionalidades de controle do dashboard.
Para divulgar a solução no país, a startup está oferecendo o Vergyy gratuitamente para contratos fechados até o final do ano. “As empresas que adotarem agora poderão usar as calculadoras por tempo indeterminado e sem precisar pagar nada pelo uso”, finaliza Fazion.
AlphaOTT e STI Telecom fazem parceria para oferta de IPTV/OTT
A AlphaOTT, fornecedora de plataformas OTT/IPTV com sede em Miami, EUA, fez uma parceria com a STI Telecom, do Rio de Janeiro, empresa especializada em comunicação via satélite para transmissão de vídeo, áudio e dados, para oferecer uma solução turnkey completa a empresas interessadas em distribuir conteúdo de vídeo em formato de streaming.
“Utilizando a estrutura da STI Telecom, provedores de Internet que ainda não estão prontos para configurar seu próprio headend podem ingressar no mercado de vídeo de forma rápida e econômica e agregar novos serviços aos assinantes. Através dessa parceria, trazemos facilidade técnica para os operadores”, diz Claudio Lessa, diretor de desenvolvimento de negócios LATAM da AlphaOTT no Brasil. O modelo, além de encurtar etapas, reduz os custos de investimento com a construção de infraestrutura para recebimento dos canais, um processo caro e demorado. “Com o serviço de headend terceirizado da STI Telecom, oferecemos um cenário ganha-ganha para todos”, afirma.
Com presença regional na América Latina, Oriente Médio e Ásia, a AlphaOTT desenvolve plataformas de entrega de serviços OTT/IPTV que ajudam provedores de Internet, telcos, broadcasters, provedores de conteúdo e de serviços a entregar e gerenciar conteúdo de mídia interativa. Fornece um conjunto abrangente de soluções fim a fim, modulares e escaláveis para o negócio (middleware para IPTV e OTT, DRM, CDN), bem como customização (aplicativos white label para live streaming/VOD). “Também prestamos serviços de integração e consultoria para operadores que são novos no mercado de streaming, pois buscamos crescer junto com eles”, diz Lessa.
Desde o início de sua atuação no mercado de transmissão em 2005, a STI Telecom fornece soluções personalizadas para atender a uma ampla gama de necessidades, com teleporto no centro do Rio de Janeiro e antenas para transmissão e recepção dos principais satélites com cobertura no Brasil, Américas e Europa.
Além da parceria com a STI Telecom, a AlphaOTT possui presença através de contratos fechados com alguns clientes no Brasil e Chile. “Estamos trabalhando fortemente na expansão da presença na região. Temos diversos projetos e negociações em andamento”, diz Lessa, representante da AlphaOTT no Brasil desde maio para desenvolver o mercado brasileiro e latino. “A empresa está em crescimento para atender globalmente
Plataforma da AlphaOTT inclui modelos para o provedor que está iniciando operação de TV e streaming
os projetos de forma eficaz, aumentando a sua equipe de profissionais com novos engenheiros, desenvolvedores e gerentes de projetos. Como parte estratégica da expansão, pretendemos estabelecer um escritório em São Paulo, que cuidará de toda a América Latina”, afirma o executivo.
Segundo ele, a companhia conta com soluções para quem está iniciando operações no mundo do streaming, uma versão entry-level que parte com zero assinante, com modelos de negócio atrativos para o operador. “Oferecemos uma plataforma de gerência simples com diversos recursos que o auxiliam a alavancar o serviço de streaming rápido e monetizando o conteúdo de forma atrativa e levando interatividade para os assinantes”, diz.
As soluções da AlphaOTT são compostas por três módulos: AlphaOTT Core – Plataforma allin-one para projetos em IPTV/OTT. Realiza o gerenciamento do conteúdo, dispositivos, assinantes, produtos e compras, incluindo recursos como catchup, nPVR, timeshifts, EPG, gerencia de canais lineares, VOD/AVOD, filmes, canais de rádio e integração com os principais DRMs. Contempla um ambiente robusto de REST APIs para fácil integração com billing/ CRM ou sistemas de terceiros. AlphaOTT Secure – Ferramentas de antifraude, através de monitoria e auditoria para proteger o ambiente do operador, contra-ataques DDoS, geofence para aplicativos e streams, anticlone de dispositivos, limitação de streaming e devices, detecção de VPNs e outras ferramentas. AlphaOTT Front – Aplicativos desenvolvidos e customizados (white label) para dispositivos como smartphones, tablets, smart TVs, Roku, Amazon Fire TV, AppleTV, STBs (Android AOSP e AndroidTV) e web (PC/MAC). Oferece suporte para DRM, anúncios, EPG, streams adaptativos, lista de canais, VoD, opções de áudio, legendas, detalhes da conta e da assinatura e interface de usuário intuitiva e interativa com diversos recursos.
O sistema AlphaOTT pode ser implementado nas instalações do provedor (on premises) ou na nuvem. A empresa possui parcerias com as principais CDNs internacionais presentes no Brasil.
AlphaOTT – Site: www.alphaott.com
Lidera cresceu mais de 150% no último ano com oferta de SVA para provedores
O aquecido mercado de banda larga está movimentando também os negócios das integradoras especializadas em SVA – serviço de valor agregado para provedores de Internet e operadoras. A Lidera, empresa de origem espanhola com mais de 20 anos de mercado, com escritório em São Paulo, teve crescimento superior a 150% no país no último ano. A meta para 2021 e 2022 é ainda mais otimista. Para estruturar as operações e ampliar a presença regional, o grupo acaba de anunciar a contratação de Tatiana Carvalhinha como country manager no Brasil. A executiva traz na bagagem mais de 15 anos de experiência nas áreas de tecnologia, segurança, nuvem, IoT e conexão residencial.
“O mercado de conectividade e de plataformas digitais está em franco crescimento. A pandemia fez com que a demanda pelos usuários finais por serviços aumentasse de forma significativa, criando, assim, um cenário ótimo para as empresas que querem driblar a concorrência, aumentar a rentabilidade e atender seus assinantes de maneira completa”, afirma Tatiana.
Entre suas ações está a expansão do portfólio de serviços digitais. A
empresa, que antes era mais focada em serviços de segurança da rede, com a oferta de antivírus da McAfee, agora oferece soluções de telemedicina da E-Saúde/Grupo RCS; backup e nuvem da norte-americana Funambol; streaming da Guigo TV; além de plataformas de revistas e comics. Outros segmentos estão em análise, com foco principalmente no mercado de pequenas e médias empresas atendidas pelos provedores.
Atualmente a Lidera possui parcerias com mais de 40 provedores e operadoras de todo o país. “Trabalhamos visando desde a gestão comercial até mesmo a usabilidade satisfatória pelo usuário final. Temos a preocupação com a integração sistemêmica, acompanhamento e estrutura para nossos parceiros. Por isso, oferecemos o suporte completo, como consultoria jurídica e tributária inicial, lançamento de campanhas de marketing e treinamentos”, diz. A plataforma também viabiliza a gestão de licenças, suporte técnico e resolução de problemas. O marketplace e portal de informações permitem a contratação das soluções on-line, consultar informações atualizadas de produtos, receber apoio para vendas, obter promoções e inscrever-se para receber treino técnico e comercial.
“Tatiana entra em um momento bastante importante para a nossa companhia e para o mercado brasileiro, já que inúmeros provedores estão sendo criados e fusões estão acontecendo, assim como a certeza de que precisam de ofertas de serviços digitais que façam a diferença. Já estamos estruturados tecnicamente e prontos para crescermos mais ainda, inclusive, nosso trabalho no Brasil está sendo replicado na Europa toda”, diz Reinaldo Rodriguez de Asevedo, CEO da Lidera Espanha.
Telemedicina é um dos serviços oferecidos para provedores
Lidera – Tel. (11) 2738-8745 Site: www.lidera.com/pt/
Abranet completa 25 anos de existência
No dia 7 de novembro a Abranet –Associação Brasileira de Internet completou 25 anos de existência. Sua trajetória se confunde com a própria história da rede mundial no Brasil. O acesso discado, referência do início do serviço comercial, surgiu na mesma época. Para comemorar a data, a entidade lançou um hotsite (www.abranet.org.br/25anos) onde estão sendo postadas entrevistas com os principais atores que acompanharam a história da entidade e da Internet brasileira. “As entrevistas trazem relatos importantes e reflexões sobre os principais desafios do futuro”, destaca o presidente da Abranet, Eduardo Neger.
Fundada em 1996 inicialmente como Associação Brasileira dos Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet, a Abranet passou a abranger toda a cadeia econômica da Internet a partir de 2009. Ou seja, no início a entidade representava apenas os provedores
de acesso e conteúdo, mas depois atualizou seu estatuto para receber também outras empresas do ecossistema, como data centers, e-commerce, meios de pagamento, ensino a distância, fornecedores de aplicativos e streaming.
“Temos um grupo bem heterogêneo quanto às atividades e tamanho das companhias. Entre os associados estão desde pequenos provedores regionais de conectividade até gigantes multinacionais de software”, diz Neger. Segundo ele, a visão mais ampla dos setores permite trabalhar temas comuns a todas as empresas, o que facilita a discussão e organização de pleitos junto ao governo, legislativo, judiciário, além de parcerias entre os próprios players do mercado. “Há uma sinergia e complementaridade no aspecto conceitual da Internet”, afirma.
O presidente lembra que, no passado, quando tudo começou, Internet era uma coisa só; não havia essas especializações e desmembramentos. “Mas o desenvolvimento só ocorre quando esse ecossistema todo roda junto”, diz. Certamente há pautas de interesse exclusivo de alguns grupos, como o uso de white space (espectro ocioso) da Anatel, o compartilhamento de postes ou a regulamentação do open banking, mas existe um consenso quando o tema é o princípio da rede mundial. Um bom exemplo foi o Marco Civil da Internet, Lei 12.965, aprovada em 2014. “Trabalhamos com mundos diferentes, mas o caráter disruptivo da Internet acaba valendo para todos”, afirma.
Exatamente por ser transformadora, ela muda os modelos de negócios tradicionais em uma velocidade muito grande, e isso incomoda porque tira intermediários do jogo de vários negócios. “Há naturalmente forças contrárias que tentam reduzir a velocidade dessa mudança. Nosso principal papel, como entidade, é dar suporte às empresas, ajudando tecnicamente para fazer frente às barreiras que surgem. Zelamos por um ambiente de negócios aberto à competição e novos entrantes”, diz.
Segundo Neger, a Abranet participa de consultas públicas e contribui de forma incisiva junto às agências reguladoras no desenvolvimento de novos regulamentos, como na Anatel, além de atuar junto ao Banco Central, Secretaria da Cultura (para assuntos envolvendo regulação de conteúdo e streaming) e outros órgãos relacionados ao uso da Internet. “Temos uma comissão em Brasília que monitora semanalmente tudo o que está sendo criado. Acompanhamos os trâmites e conversamos com os parlamentares, que muitas vezes não têm o conhecimento técnico aprofundado dos impactos que a legislação pode gerar no setor”, diz. Essa visão macro da Internet será cada vez mais fundamental com a expansão das aplicações, apoiadas pelo crescimento da banda larga fixa e da mobilidade, em especial com a chegada do 5G e avanço da IoT –Internet das Coisas. “Cada vez mais telecom é commodity. O filé mignon são as aplicações e isso abre perspectivas muito grandes”, diz.
Se há 25 anos era preciso criar motivações para atrair as pessoas para a web, movimento que começou com os grandes jornais levando seu conteúdo, hoje a Internet está se tornando ubíqua, presente em todo lugar, o tempo todo, a exemplo da energia elétrica. “Dificilmente alguém passa algum dia da vida sem se conectar à rede e sem usar algum tipo de serviço de algum associado da Abranet”, finaliza o presidente. Com as pessoas e dispositivos cada vez mais conectados, o papel da entidade e dos players que fazem parte desse novo ambiente torna-se ainda mais importante.
Eduardo Neger, presidente da Abranet: entidade tem visão macro da Internet
Abranet – Tel. (11) 3078-3866 Site: www.abranet.org.br
Cook Telecom: soluções para redes metálicas e ópticas
Apesar do crescimento da fibra óptica, ainda há um grande mercado de par metálico no país, seja nas operadoras com sua rede telefônica legada, seja nos projetos de automação de empresas e indústrias.
Para atender esse mercado, a Cook Telecom, sediada em Niterói, RJ, produz soluções para distribuição e terminação de redes metálicas, além de distribuir produtos ópticos para FTTx de vários fabricantes e prestar serviços especializados em fusões de fibra óptica e montagem de DIOs. “Buscamos a sintonia entre o passado, o presente e futuro”, diz Luiz Antonio Pereira, diretor da Cook Telecom, referindo-se à sua oferta de produtos de cobre e fibra, que incluem novas tecnologias, como DWDM e soluções pré-conectorizadas.
A empresa está no mercado desde fevereiro de 2009, no início com foco em preencher a lacuna deixada pela antiga Cook Electric, comprada pela Corning. “Demos início à fabricação de distribuidores gerais telefônicos e blocos para atender principalmente o mercado de operadoras e fabricantes como Siemens, Ericsson, Alcatel-Lucent e Huawei na implantação e ampliação de centrais públicas e suporte ao início da banda larga XDSL Brasil. Também atendemos integradores,
empresas de automação e projetos especiais da Corning, com importação direta dos EUA”, diz o diretor.
Segundo ele, com a migração das operadoras da linha de blocos de conexão por enrolamento (linha Cook) para engate-rápido (linha M10), a empresa teve sua posição fortalecida com o advento da aquisição da Bargoa e da Divisão de Telecomunicações da 3M pela Corning. “Passamos a oferecer soluções completas e nos tornamos referência em par metálico”, diz. Com um portfólio composto de blocos, módulos protetores, DGs, conectores de emenda e acessórios, a Cook atende grandes operadoras, como a TIM, com redes FTTC, integradores e redes privadas da Cemig, Chesf, Vale e em projetos de automação e toda e qualquer demanda onde o par metálico/cobre seja o componente da rede.
A Corning é a principal parceira da Cook Telecom, que vem atuando junto ao mercado para homologar e atender rapidamente as demandas FTTH/Precon. “Essa tendência vem sendo aplicada de forma massiva pelas operadoras e grandes provedores graças a vantagens como fim dos altos custos de fusões em campo, rapidez no processo de lançamento das redes, qualidade e garantia das taxas oferecidas, resultando em menor demanda por manutenção e rápido reparo quando for o caso e menor tempo de ativação de clientes. “O operador pode triplicar o número de acessos/dia, com expressiva redução de custos”, diz.
Uma outra tecnologia de destaque é a WDM - Multiplexação por divisão de comprimento de onda. Em 2016 a Corning adquiriu a AFOP e agregou a linha de produtos a seu portfólio. “Os WDMs
permitem melhor aproveitamento da infraestrutura existente, utilizando a capacidade inexplorada da fibra para fornecer múltiplos serviços na mesma rede”, afirma. A Cook Telecom atua ainda como revendedor/distribuidor de fabricantes como Domex Rosenberger, Fibracem, Redex, para fornecimento de soluções para terminações ópticas PTO, conectores mecânicos de campo, DIO até 144 fibras, cordões, pigtails desde SC-APC até E2000 em variados comprimentos. “A implementação do 5G no Brasil vai precisar muito de mais acessos de fibra óptica do Linha Precon da Corning, principal parceira que temos hoje e, da Cook consequentemente, muito material de terminação de rede. Isso nos deixa bastante otimistas para os próximos anos. Já estamos investindo para poder responder rapidamente às demandas, fornecendo itens de instalação, com qualidade assegurada e no menor tempo possível”, finaliza.
Cook – Tel. (21) 99387-1021 Site: https://cookenergia.com/
Faturamento do mercado de infraestrutura de TI cresce 13,5% no Brasil
No segundo trimestre de 2021, o mercado de infraestrutura de TI registrou faturamento de mais de US$ 300 milhões, o que representa um crescimento de 13,5% em relação aos meses de abril, maio e junho do ano passado. Os dados fazem parte do IDC Brazil Enterprise Infrastructure Q2 2021, estudo realizado pela IDC Brasil, empresa de inteligência de mercado e consultoria para indústrias de tecnologia de informação e comunicações.
Segundo Karina Silvestre, analista da IDC Brasil, os resultados refletem o movimento das organizações frente aos desafios trazidos pela pandemia. “Aumentar a produtividade tem sido o ponto de atenção das organizações. As empresas têm buscado consolidar suas infraestruturas de TI para torná-las mais eficientes e unir diferentes capacidades que cada modelo de infraestrutura pode oferecer,
sejam modelos tradicionais ou de nuvem”, afirma Karina. Entre os setores estudados pela IDC Brasil, armazenamento cresceu 11,1%, graças a grandes projetos empenhados anteriormente e finalizados no segundo trimestre. Outro setor que cresceu dois dígitos, com alta de 28,5% em relação ao segundo trimestre de 2020, foi de networking, sendo que o segmento de redes de acesso foi o que maisavançou, enfatizando a busca das empresas por soluções que ajudem a suportar uma densidade maior de dispositivos conectados dentro do modelo de trabalho híbrido e remoto. Já a receita do setor de Setor de networking teve alta de 28,5% no servidores sofreu uma retração trimestre analisado de 5,2% no mesmo período.
De acordo com o estudo da IDC Brasil, isso se deve principalmente à falta de suprimentos. “Na verdade, todos os segmentos do mercado de infraestrutura de TI foram impactados pelo problema e sofreram com a falta de equipamentos e atrasos nas entregas. Não fosse isso, os números seriam mais positivos”, analisa Karina.
O estudo do mercado de infraestrutura do terceiro trimestre está sendo finalizado, mas para o pe ríodo a expectativa da IDC Brasil é de um movimento tímido, resultado da variação do dólar e dos problemas com a cadeia de suprimentos. “As empresas continuam reportando atrasos nas suas entregas, e consequentemente afetando a produção local dos principais fornecedores de infraestrutura. Vemos que o mercado está aquecido, mas pela falta de equipamentos muitos fabricantes tiveram que continuar postergando seus negócios e deve haver backlog nos próximos meses”, adianta a analista da IDC Brasil.
IDC – Site: www.idc.com
Wiki Telecom utiliza soluções R&M em seu data center no Maranhão
A Wiki Telecom, provedor de Internet com sede em São Luís, MA, utilizou soluções da R&M, desenvolvedora e fornecedora suíça de sistemas de cabeamento de infraestrutura, para equipar o seu novo data center na capital maranhense.
Fundada em 2010, a Wiki Telecom iniciou suas atividades com foco no mercado empresarial. Em 2021, o provedor também passou a atender clientes residenciais. No mesmo período, a empresa ampliou o seu raio de atuação e hoje atua nos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo por meio de uma rede de fibra óptica que ultrapassa 12 mil quilômetros, responsável por interligar mais de 250 regiões.
Para atender às necessidades de grandes empresas e agências governamentais, a Wiki Telecom tem atualizado o seu portfólio de serviços IP e hospedagem. Recentemente, soluções como SDDC – Data Center Definido por Software e nuvem privada foram incluídas na gama de produtos ofertados. Em 2020, a Wiki Telecom decidiu investir em uma nova sede em São Luís, bem como construir um novo data center. A recém-inaugurada sede ocupa todo o 1º andar do edifício Mocelin Tower e tem aproximadamente 640 m2. Já o data center ocupa uma área de 4,8 por 15,76 m e possui dois contêineres com 16 racks cada. Os racks possuem 32 PDUs em redundância cada, com monitoramento através de sensores de temperatura. Além disso, o site também hospeda servidores de multinacionais como o Google, Facebook e Netflix com CDN.
As tratativas entre o provedor e a R&M tiveram início em julho de 2020. Com o contato, as empresas optaram por utilizar no site cabos trunk de fibra SM e MM-OM4 com conectividade MPO e SC/ APC na plataforma Netscale 72, base 12, um patch panel de alta densidade, escalável e capaz de migração; cabeamento de cobre warp para equipamentos ativos e Cat. 6A EL UTP para conectividade. O parque fabril brasileiro da R&M também montou trunks MPO e SC customizados e prontos para instalação. A primeira fase do data center entrou em operação em fevereiro de 2021.
Segundo Marcos José dos Passos Sá, diretor de data center da Wiki Telecom, o fator decisivo para a escolha da R&M foi a qualidade do suporte da equipe e da Integrar, integradora certificada parceira R&M, que compreendeu as exigências da Wiki e forneceu uma solução que atendeu plenamente às suas expectativas. “A R&M oferece um suporte que atende às necessidades da Wiki Telecom. Além disso, outro ponto positivo está na qualidade de seus cabos e na organização das fibras, o que minimiza o espaço necessário para sua acomodação”, conta.
Com a iniciativa, a Wiki pretende obter um crescimento de 30% por meio da aquisição de mais quotas de mercado e pela entrada em novos segmentos do mercado nordestino.
Novo data center da Wiki Telecom
R&M – Tel. (11) 4118-2960 Site: www.rdm.com/pt-br/ Wiki Telecom – Tel. (98) 3133-1300 Site: www.wikitelecom.com.br
NG Billing: sistema de gestão comercial para provedores
A Objective, multinacional brasileira com sede em São Paulo, fornece o NG Billing, ferramenta voltada para a gestão comercial de provedores de Internet.
O software, hoje o principal produto da companhia, está intrinsecamente ligado à fundação da empresa. Criada em 1995, a Objective iniciou suas atividades a partir da demanda de uma operadora de TV por assinatura. Na época, a empresa ficou incumbida de desenvolver uma solução de CRM & Billing, que anos mais tarde se transformaria no atual NG Billing.
“Ao longo dos anos, nós reinventamos a ferramenta algumas vezes. Em 2014, a solução passou a atender alguns provedores de Internet. Hoje, além do mercado de telecom, o NG Billing está presente em setores como financeiro, saúde e educação”, conta Alexandre Botta, gerente de produto da Objective.
Atualmente, o portfólio compreende, além do billing, squads de desenvolvimento e consultorias de agilidade, devops e testes, além de treinamentos por meio de uma universidade corporativa virtual própria voltada para TI. Com relação ao NG Billing, a solução foi desenvolvida para atender operações com grandes volumes de dados e um alto nível de automação e integridade. O sistema faz a gestão de produtos e serviços, ofertas e promoções, equipes e suas agendas, faturamento, arrecadação, cobrança, contábil, fiscal, além de poder ser integrado a softwares de OSS e ERPs. Atualmente, a ferramenta é responsável pelo
faturamento de cerca de R$ 4 bilhões/ano em uma base de 5 milhões de assinantes gerenciados de empresas como Oi, Copel Telecom, HughesNet e VIP Telecom. “O grande diferencial do NG Billing é ter sido criado e evoluído para atender grandes operadoras de telecomunicações. É uma solução que incorpora toda a nossa experiência e é adaptada para provedores de Internet que estão crescendo, participando de processos de fusão e aquisições”, pontua Botta. Um dos principais recursos da ferramenta é a padronização de processos de negócio que fazem parte da cadeia de valor das operadoras, ou seja, garantir que o que foi vendido é o que será instalado, faturado, contabilizado e tributado sem a necessidade de interações manuais durante o processo. Todos os dados são protegidos, as operações auditáveis e estão em conformidade com a LGPD – Lei Geral de Alexandre Botta, da Objective: ferramenta em Proteção de Dados. Já a arquitetura do NG sintonia com a Billing permite criar e evolução dos customizar relatórios e provedores dashboards conforme a necessidade da operação, provendo dados estruturados e informações relevantes para os tomadores de decisão. Na questão da cobrança, o sistema trabalha com uma régua para a gestão da inadimplência. A estratégia consiste em um conjunto de ações préconfiguradas por perfil de assinante que serão executadas automaticamente a partir da identificação da ausência de pagamento. Após três dias do vencimento, por exemplo, é disparado automaticamente um e-mail; depois de dois dias do envio do e-mail, é enviada uma mensagem de WhatsApp; três dias após o envio do recado pelo comunicador
instantâneo, a velocidade de Internet contratada é reduzida; sete dias após a diminuição da velocidade, a Internet é bloqueada. Caso o pagamento seja realizado, o programa detecta automaticamente a operação e desbloqueia o acesso do usuário. Os comunicados podem ser fornecidos por outras plataformas, como e-mail e SMS, cabendo ao contratante optar pela melhor ação.
A solução é comercializada nos modelos SaaS – Software as a Service e on premises, com licenciamento baseado na quantidade de assinantes do provedor, sendo que apenas clientes instalados e não cancelados são considerados. “Hoje nossa licença representa menos de 1% do tíquete médio de um assinante, um percentual que fica cada vez menor de acordo com o número de usuários na base”, afirma o gerente de produto.
Com 450 colaboradores, a Objective tem escritórios com times técnicos em Curitiba e Maringá, PR, e em Chicago, EUA. Além dos pontos físicos, a empresa trabalha com colaboradores em regime home office espalhados por 30 cidades em quatro países. Para 2022, pretende continuar auxiliando os provedores de Internet que estão passando pela transição de pequenos e médios para grandes.
“Acreditamos que no próximo ano o mercado ainda estará passando por consolidação, e o NG Billing agrega valor por oferecer suporte a um mercado dinâmico que lida com o constante crescimento orgânico e inorgânico das organizações”, projeta Botta.
Objective – Site: www.objective.com.br
Cyberone inaugura centro de defesa que utiliza IA e machine learning contra ataques digitais
A Cyberone, empresa especializada em soluções e serviços de cibersegurança, com sede em Belo Horizonte, MG, e filial no Rio de Janeiro, inaugurou um complexo capaz de detectar tentativas de ataques virtuais com base em tecnologias como IA – Inteligência Artificial e machine learning.
O CDC – Centro de Defesas Cibernéticas tem 40 m2 e fica na sede da companhia. Construída de forma modular para permitir futuras expansões, a unidade oferece espaço para até seis colaboradores e é dividida em duas salas: monitoramento, com funcionamento 24 horas; e reunião, utilizada na elaboração de possíveis estratégias em caso de ataques. Entre projeto, obra, implementação e definição dos processos, o complexo levou oito meses para ser concluído.
“A soma da expertise de nosso time com a infraestrutura digital do CDC garante o monitoramento de qualquer ambiente e fornece visibilidade sobre todas as plataformas de mercado”, explica Fernando Freitas, diretor técnico de cibersegurança da Cyberone.
Um dos diferenciais do centro de defesa cibernética é detectar ameaças automaticamente, avaliar sua gravidade, filtrar o ruído e alertar para eventos críticos. A equipe da Cyberone auxilia os usuários a dar os passos posteriores ao ataque, como alertar, atualizar, reiniciar ou isolar sistemas, pessoas ou dispositivos que estejam comprometidos. Desde a sua inauguração, o CDC já interceptou mais de 1 milhão de tentativas de invasão.
Sobre o modelo de negócio, a Cyberone concentra os seus serviços
Sala de controle do CDC da Cyberone em tecnologias de fabricantes como IBM, Palo Alto, Qualys e F5 Networks. “O CDC utiliza as mesmas soluções que integramos nos projetos oferecidos para os nossos clientes. Isso é uma garantia do alto grau de conhecimento e confiança que temos sobre essas plataformas”, afirma Freitas.
Criada em setembro de 2020 durante a pandemia da Covid-19, a Cyberone baseia suas ofertas na experiência de seus fundadores, Fernando Freitas e Renata Melo, em projetos voltados à cibersegurança. Além da comercialização de tecnologias e proteção, a companhia também atua como advisor, auxiliando na definição e recomendação de projetos, com destaque para a oferta de serviços na arquitetura SASE – Security Access Service Edge. “O SASE mistura infraestrutura de TI e cibersegurança. É uma arquitetura de camadas que permite a empresa começar pequeno e crescer de acordo com a demanda, além de estender os controles de segurança no ambiente on-premises para a nuvem”, finaliza o diretor.
Cyberone – Tel. (31) 3653-5501 Site: www.cyberone.com.br
MATV Sul investe em novos pontos de distribuição
A MATV Sul Eletrônicos, distribuidora de equipamentos com sede em Caxias do Sul, RS, direcionou seus investimentos em 2021 para expandir os pontos de distribuição e fortalecer a presença no mercado de redes.
Mesmo localizada na região Sul, com duas filiais em Porto Alegre e unidades em Xangri-lá, Novo Hamburgo e Santa Cruz, todas no Rio Grande do Sul, além de Criciúma, SC, a companhia fornece os seus produtos para todas as regiões do país. Em maio, inaugurou um centro de distribuição em Maracanaú, CE, para atender o Nordeste.
“Temos consciência sobre o quão longo e demorado é o transporte às regiões mais centrais até o Nordeste. Parte de nosso foco consiste em possibilitar o pronto atendimento, otimizando serviços, facilitando a administração de estoque e, consequentemente, gerando menor impacto na gestão de caixa”, explica Ricardo Nunes, gerente nacional da MATV Sul Eletrônicos.
Inicialmente, o ponto de distribuição nordestino tem como foco o segmento de redes, ofertando cabos de fibra óptica, roteadores Wi-Fi e outros ativos. A escolha vai ao encontro de um estudo, feito pela própria companhia, que apontou um forte potencial econômico da região Nordeste para os próximos anos, principalmente nas áreas de energia fotovoltaica e redes.
“Hoje, cerca de 25% do negócio é ocupado pelo segmento de redes, representado pelos provedores. Em 2020, tivemos um crescimento de 64% em relação a 2019. Outro setor que tem crescido bastante é o de energia fotovoltaica, com um percentual de 10%”, explica Nunes.
Além desses setores, a MATV Sul Eletrônicos atua com telefonia, antenas e segurança. Seu portfólio apresenta soluções de marcas como TP-Link, Fibracem, Sumec e Prysmian. Outra fornecedora é a Intelbras, empresa com a qual tem uma parceria para lecionar cursos sobre as soluções da marca. Todos os produtos contam com garantia de seus respectivos fabricantes e suporte da distribuidora. “Nossos diferenciais são a credibilidade, uma vez que temos 36 anos de mercado, além de uma equipe voltada única e exclusivamente para a elaboração de projetos de grande porte, algo incomum em fornecedores de equipamentos”, afirma o diretor.
Com 200 funcionários, a MATV Sul Eletrônicos pretende continuar expandindo seus pontos logísticos em 2022. Outros focos da empresa para o próximo ano são o reforço da equipe de projetos, com o objetivo de que o serviço chegue a 20% do faturamento total, além do lançamento de uma linha própria de produtos.
MATV Sul Eletrônicos – Tel. (54) 3211-8000 Site: www.matvsul.com.br
UPIX Networks cresce com serviços de conectividade A UPIX Networks, operadora independente brasileira e provedora global de serviços de conectividade, com sede em São Paulo e em Nova York, EUA, fornece soluções voltadas para os mercados de B2B e atacado. Centro logístico da MATV Sul Eletrônicos em Fundada em 2018, a UPIX reuniu Maracanaú, CE diversos colaboradores oriundos de operadoras para criar uma empresa capaz de atender a clientes estrangeiros com rapidez. De todos seus colaboradores, 80% são fluentes em inglês. “Respondemos com agilidade em qualquer fuso horário. Como outras empresas do segmento têm uma demanda local muito grande, elas acabam demorando para retornar às solicitações fora do Brasil. Nosso objetivo foi alcançado a partir do momento em que temos grandes companhias estrangeiras vindo falar conosco”, explica Ronaldo Pelizon, CEO da UPIX. Após estruturar a equipe, a UPIX iniciou a segunda fase de seu projeto. Com o slogan “Conectamos tudo a todos, em qualquer lugar”, a companhia está presente em data centers espalhados Localidades onde a UPIX Networks está presente
por nações como Estados Unidos, Brasil, Inglaterra e Holanda. Além disso, conta com mais de 100 pontos de interconexão e de 200 parceiros interconectados a 15 países e expandindo. A meta é chegar a 50 países nos próximos dois anos. “Os valores de startup presentes em nosso dia a dia nos estimulam a inovar constantemente, seja pela agilidade e flexibilidade, pelas soluções tecnológicas ou no modelo de negócio, para ser sempre a escolha certa para as empresas que buscam por serviços de conectividade com alto nível de desempenho”, afirma Pelizon.
O portfólio da UPIX inclui serviços de conectividade global, colocation, peering remoto, conexão em nuvem e last mile, além de fornecer fibra apagada própria entre os principais data centers no Brasil. “Para enterprise, trabalhamos muito com links dedicados e banda larga. Também Ronaldo Pelizon, da UPIX Networks: proximidade e temos conexões DWDM por uma agilidade com os rede montada clientes entre São Paulo e Rio de Janeiro e São Paulo e Belo Horizonte”, diz o CEO. As redes são capazes de fornecer conexões de 10 Mbit/s a 100 Gbit/s. “Em breve, passaremos a oferecer velocidades de até 400 Gbit/s”, complementa.
O backbone da UPIX é protegido, seus POPs e data centers sempre apresentam duas ou mais rotas. Em 2020, obteve uma taxa de crescimento de quase 400%. Já em 2021, alcançou o índice de 2020 em outubro. “Para 2022, estamos expandindo nossa atuação na América Latina, em países como Argentina, Chile e Colômbia. O objetivo é estarmos presentes em diversos data centers e pontos de conectividade nesses países, oferecendo os mesmos produtos que comercializamos no Brasil”, projeta Pelizon. Hexa Networks: soluções para análise e roteamento de redes focadas em provedores
A Hexa Networks, empresa brasileira com escritório em São José do Rio Preto, SP, atua com serviços voltados para infraestrutura de redes de provedores, focada em duas verticais: roteamento e monitoramento.
Fundada em 2017, a companhia iniciou suas atividades baseada na experiência que André Dias, seu fundador e diretor, obteve no período em que trabalhou como colaborador de provedores regionais. “Abri a Hexa Networks ao constatar o crescimento do mercado de banda larga e, com ele, a demanda cada vez maior por Internet de qualidade por parte dos provedores”, lembra.
A Hexa Networks oferece seus serviços em quatro níveis: bronze, prata, ouro e platina. Cada módulo abrange um escopo de soluções e foi elaborado pensando em um modelo de pay as you grow, ou seja, o provedor pode alternar para opções mais avançadas à medida que for expandindo seus negócios. O portfólio também conta com mais duas soluções: NetConfig, software próprio que oferece backups de diversos fabricantes, autenticação centralizada, script para CGNAT, entre outras funcionalidades que ainda estão sendo desenvolvidas; e o monitoramento em nuvem via software Zabbix. “A análise em nuvem permite tirar a carga do servidor do cliente ao assumirmos o backup do monitoramento”, explica o diretor.
Atualmente, a Hexa Networks tem como clientes provedores de portes diversos, gerencia mais de 1 Tbit/s de tráfego agregado e é responsável pelo monitoramento de mais de 5 mil equipamentos. O escopo variado permite à empresa ofertar projetos de trânsito IP. Segundo Dias, o planejamento
oferecido conta com uma complexidade maior do que aqueles concebidos por provedores regionais, envolvendo desde equipamentos em rede MPLS – Multiprotocol Label Switching a cenários de VPN. André Dias, da Hexa “Sempre analisamos Networks: atuação como o provedor atua, como parceira dos provedoresqual é o tipo de atendimento fornecido, entre outros aspectos. Caso seja possível melhorar, mapeamos a rede e implantamos as mudanças. Muitas vezes, o provedor nem sabe ao certo o valor dos equipamentos que tem”, explica.
Com 2021 chegando ao fim, o diretor avalia o ano até aqui como positivo. A empresa aproveitou o período para remodelar a sua oferta de serviços, bem como o departamento comercial, além de ter dobrado o número de colaboradores. Para 2022, a Hexa Networks pretende começar a atender o mercado internacional. “Prezamos muito pela atenção com o cliente e temos um cuidado extremo ao conceber um projeto. Temos crescido bastante, o que tem gerado a necessidade de contratar mais profissionais técnicos e formar novos times. Por trabalharmos de forma remota e avaliarmos o funcionário por produtividade, a procura por novos talentos em um mercado com mão de obra escassa acaba sendo simplificada”, finaliza Dias.
Hexa Networks – Tel. (11) 4395-5806 Site: www.hexanetworks.com.br
NOTA
Nomenclatura – A Everis passou a se chamar NTT DATA. Desde a aquisição da Everis pela NTT DATA em 2014, ambas as marcas têm trabalhado para melhorar, fortalecer e expandir os negócios nos mercados de 17 países onde a Everis atua. O processo de reposicionamento de marca está alinhado a uma estratégia de crescimento e de uma marca global única sob todo o grupo NTT DATA.
Implementação de IoT
Com a entrada em operação do 5G no Brasil, prevista para 2022, as aplicações IoT - Internet das Coisas devem se multiplicar, permitindo que empresas dinamizem os seus serviços e criem novos produtos. Para isso, é fundamental contar com uma boa estratégia para implantar a tecnologia da forma mais assertiva possível e observar parâmetros como disponibilidade, segurança e conectividade de rede.
AIoT - Internet das Coisas evoluiu para algo muito maior do que um simples termo tecnológico. Segundo a GSMA, organização que representa as principais companhias de celular em todo o mundo, até 20251, as receitas oriundas de oportunidades geradas em IoT chegarão ao patamar de US$1,1 trilhão. Novas tecnologias relacionadas ao universo da IoT estão surgindo, transformando os modelos de negócio e criando novos produtos e serviços em praticamente todos os setores. Ainda que muitas empresas já entendam a importância da tecnologia nos negócios, só 15% dos executivos estão satisfeitos com seus projetos de IoT2. Para piorar, 66% das companhias alegaram que a execução de um projeto de IoT provou ser muito mais difícil do que o esperado. Isso porque muitas delas têm dificuldades de avaliar e entender, com precisão, quais são os recursos necessários para executar suas implantações.
Avaliação de disponibilidade
Antes de iniciar o planejamento estratégico de um projeto IoT, a primeira etapa é avaliar a “disponibilidade para IoT” da empresa. Isso pode ser feito a partir de uma análise baseada em dois critérios: capacidade técnica e visão de IoT (figura 1). Com essas informações mapeadas, os processos de planejar, implementar e executar se tornam muito mais fáceis.
A “visão de IoT” mede o conhecimento dessas tecnologias e como, onde e quando aplicá-las. As principais áreas a serem consideradas incluem: • Clareza no ROI – retorno sobre o investimento para a implementação de acordo com as especificações necessárias. • Conhecimento da aplicação aos negócios e tecnologias envolvidas. • Nível de adesão dos executivos para apoiar um projeto de IoT. • Compreensão ou esclarecimento dos objetivos que a empresa busca alcançar com a IoT. • Nível de agilidade para gerenciamento da mudança dentro da empresa.
Uma empresa típica iniciando a sua jornada em IoT pode ser avaliada como “Básica” no eixo visão de IoT, enquanto uma companhia que já implantou uma prova de conceito pode ser classificada como “Intermediária”. No outro eixo, a “Capacidade Técnica” mensura o conhecimento técnico e recursos corporativos para executar e implantar uma solução IoT. Embora os cases de maior sucesso relacionados à IoT sejam focados nos modelos e resultados de negócios, sua natureza é totalmente tecnológica e, por isso, exige experiência ao ser implantada. As principais áreas a serem consideradas incluem:
Kore Wireless
• Nível de experiência interna ou conjuntos de habilidades. • Grau de tecnologia tradicional/recursos de TI. • Parceiros de tecnologia.
Uma empresa com alguma experiência técnica pode ser avaliada como “Básica” nas capacidades técnicas, enquanto outra com anos de tecnologia de logística pode ser classificada como “Avançada”.
Ao realizar uma auditoria de disponibilidade, é importante considerar todos os departamentos para garantir resultados mais precisos.
Definindo metas, identificando obstáculos e compreendendo todo o potencial da IoT desde o início, a companhia vai encurtar o caminho para a implementação de uma solução bem-sucedida.
Gartner
Fig. 1 – Avaliação de disponibilidade
Desenvolvimento de estratégia
como e quando as metas de negócios serão alcançadas ao longo de sua implementação. Aproveitando os resultados da avaliação de disponibilidade de IoT como pano de fundo, a estratégia vai ser a responsável por trazer à tona todos os componentes necessários e cronogramas, fornecendo a estrutura ideal para direcionar os esforços dentro do modelo de negócio. Para aumentar
as chances de sucesso, o plano deve ser completo, cobrindo todos os aspectos de processos de negócios, arquitetura, tecnologia, organização, design e governança de ponta a ponta.
Cada estratégia deve começar com a identificação dos processos de negócios nos quais a solução de IoT pode ser aplicada para permitir a transformação e eficiência do seu funcionamento. Esta informação permite que as organizações entendam melhor onde esses processos ocorrem, com quais sistemas são integrados, o quão seguro devem ser, etc., orientando muitas das decisões estratégicas, tais como: • Arquitetura de rede. • Requisitos do dispositivo. • Estratégia de aquisição e sourcing. • Escolha de parceiros. • Solução(ões) piloto(s). • Cronograma de implantação. • Controle.
Conforme os detalhes estratégicos começam a se encaixar, é fundamental estabelecer uma solução e controle para garantir que as etapas progridam conforme o planejado e, em uma última análise, para atingir os objetivos que se espera de uma solução com a tecnologia.
Avaliação de segurança
De acordo com um estudo da HP Security, até 90% dos dispositivos IoT coletam algum tipo de informação pessoal. O fato é que a segurança é fundamental para o sucesso de qualquer projeto IoT e o nível de medidas necessárias é diretamente proporcional à importância e a sensibilidade dos dados e sistemas que a solução irá ter acesso. A proteção pode ser dividida em três “Camadas” principais, e as melhores práticas devem ser aplicadas em todas elas para minimizar o risco, conforme detalhado a seguir.
Camada de dispositivo
Relacionada ao endpoint do dispositivo que se conecta e permite a coleta e transmissão de dados do elemento físico em uma solução de IoT.
A fim de proteger adequadamente a solução nesta camada, as empresas devem ter certeza de que tanto as propriedades físicas (invólucros de metal para prevenir roubo de chips, por exemplo), como as de software (firmware, sistemas operacionais, aplicativos em execução, por exemplo) estão protegidos. Possíveis problemas de segurança devem ser considerados em relação às propriedades de software, visando garantir que o firmware seja atualizado de forma protegida contra acessos indesejados e mudanças de configuração. Do ponto de vista do software, há uma série de medidas que auxiliam a bloquear dispositivos: • Uso de inicialização segura para garantir que apenas softwares verificados operem no dispositivo.
• Autenticação e autorização do usuário para garantir controle de acesso. • Firmware seguro e atualizado regularmente para bloquear redes não permitidas ou uso de aplicativos.
É importante notar que alguns dispositivos IoT são pequenos em tamanho, com memória e processamento limitados para oferecer suporte a recursos de segurança
avançados. Nesses casos, deve-se considerar a adoção de soluções de segurança em IoT baseadas em nuvem.
Camada de comunicação
Atrelada à tecnologia de conectividade de rede que permite ao equipamento enviar e receber dados. Para proteger adequadamente a camada de comunicação, as empresas devem considerar a implementação de soluções focadas em infraestrutura e dados. A segurança da infraestrutura de rede é normalmente verificada junto à conectividade de rede de provedor(es). Algumas questões críticas que as companhias devem levar aos provedores de conectividade durante o processo de escolha de parceiros incluem: • Quais métodos de criptografia e firewall são utilizados pelo provedor de rede? • Existe um IPS –Sistema de Prevenção de Intrusão? • Todos os servidores e componentes de rede estão atualizados com as versões mais recentes? Existe um processo em vigor para aplicar novos patches e atualizações de forma rápida?
Em relação às medidas de segurança dos dados em IoT, as melhores práticas giram em torno de criptografia. É ela que protege as informações
durante acessos em redes diferentes, incluindo a Internet pública.
As soluções de VPN – Rede Privada Virtual, bem como ferramentas de acesso seguro de dados, são exemplos que garantem autenticidade e a integridade dos dados transmitidos.
Camada de aplicação
Referente à proteção do aplicativo e dos bancos de dados. Tal como acontece com as outras camadas, a segurança do aplicativo deve ser levada em conta em todo o processo de desenvolvimento para proteger componentes da web, móveis e nuvem. As melhores práticas para proteger este nível incluem: • Ferramentas de análise de código para inspecionar automaticamente código-fonte e identificar potenciais falhas de segurança. • Soluções de troca de chaves que permitam atualização das chaves de segurança do aplicativo IoT, mesmo em redes públicas. • Atualizações de aplicativos automatizadas de forma eficiente para proteger contra novos ataques e outros riscos. • Soluções de registros de certificado que forneçam um identificador único para cada dispositivo e realizem a verificação antes de habilitar acesso para sistemas/redes.
Além disso, as empresas devem sempre ter à disposição uma estrutura para gerenciamento de ameaças, a fim de garantir a disponibilidade e integridade de suas soluções. Como o mundo da tecnologia está em constante evolução, com hackers melhorando seus ataques diariamente, é preciso garantir o entendimento e os padrões de comportamento de suas soluções de IoT para que possam rapidamente detectar e responder a anomalias. A melhor maneira de conseguir isso é implementando sistemas de monitoramento de ponta a ponta que notifiquem as equipes de segurança quando uma mudança no dispositivo ou no comportamento do aplicativo é detectada.
Fig. 2 – Solução IoT aplicada em logística direta Escolha de conectividade de rede
As soluções IoT demandam conectividade de rede para funcionar. Existe uma ampla gama de tecnologias de rede que facilitam a transferência de dados entre dispositivos e sistemas. Ao desenvolver uma nova solução, é preciso escolher a opção que melhor funcione com as necessidades específicas do negócio. As tecnologias de rede podem ser categorizadas em três áreas: pessoal (PAN, NFC e bluetooth), locais (LAN, Wi-Fi, ZigBee) e longa distância (WAN, celular e satélite). Em comum, todas variam em recursos relacionados à largura de banda, suporte à mobilidade, duração da bateria e rendimento, dentre outras características. Entre as tecnologias WAN, que representam a
maior parte do mercado B2B de soluções IoT, a conectividade celular é a mais utilizada.
Atualmente, o 4G LTE está rapidamente se tornando a tecnologia preferida para implementações de IoT. Isto se deve ao lançamento de tecnologias novas e com baixo consumo de energia (LPWAN), criadas para apoiar o rápido crescimento da IoT no mundo.
Projetadas para substituir redes 2G e 3G para IoT, as tecnologias LPWAN, como NB-IoT e LTE-M, são variantes do 4G LTE de menor potência e largura de banda que fornecem a longevidade das categorias LTE tradicionais (ou seja, Categoria 1 ou Cat-1, Categoria 4 ou Cat-4), a um custo muito mais baixo, com vida útil da bateria muito mais longa e consumo de energia muito menor. Dentre os benefícios das soluções IoT implantadas em redes LPWAN LTE, vale elencar: • Baixo consumo de energia, com alguns aplicativos ostentando uma vida útil de bateria de 10 anos ou mais. • Custo do módulo de celular reduzido. • Cobertura interna e externa em localizações até então inacessíveis. • Tecnologia escalável capaz de suportar um grande número de dispositivos em uma área geográfica ampla. • Conectividade segura de ponta a ponta e com suporte de autenticação apropriada para o aplicativo IoT. • Solução de tecnologia de rede de longo prazo.
Além das tecnologias 4G LTE de baixo consumo de energia, também há uma série de LPWAN proprietários de rede que operam de forma não licenciada, como Sigfox e LoRa. Ao utilizar o espectro licenciado, as operadoras devem se registrar e obter uma licença da Anatel para possuir e operar com conectividade de 99,99% livre de interferências. O espectro não licenciado não requer nenhuma permissão ou licença especial para operar, mas se houver vários provedores operando na mesma área, conexões não licenciadas podem ficar sujeitas a interferência3 .
Fig. 3 – Gerenciamento operacional de uma solução IoT
Antes do surgimento de NB-IoT e Cat-M1, as redes não licenciadas eram a única solução LPWAN para novas soluções de IoT que exigiam menor potência, maior alcance e uma vida útil da bateria prolongada. Embora o mercado esteja mudando para tecnologias de rede licenciadas, ainda existem determinadas regiões e casos em que a conectividade não licenciada é uma opção adequada. A escolha para a rede depende dos requisitos exclusivos de cada empresa (tabela I).
Tab. I – Elementos-chave e especificações a serem considerados ao escolher uma tecnologia de rede atualmente disponível
Largura de banda Vida útil de bateria LL LL LTE Cat. 6TE Cat. 6 TE Cat. 6TE Cat. 6 TE Cat. 6 40 MHz LL LL LTE. Cat. 4TE. Cat. 4 TE. Cat. 4TE. Cat. 4 TE. Cat. 4
Dias LL LL LTE Cat. 1TE Cat. 1 TE Cat. 1TE Cat. 1 TE Cat. 1 LL LL LTE Cat. – M1 TE Cat. – M1 TE Cat. – M1 TE Cat. – M1 TE Cat. – M1 NB-IoTNB-IoT NB-IoTNB-IoT NB-IoT
20 MHz
5 anos 1,4 MHz 5-10 anos 200 kHz SigfoxSigfox SigfoxSigfox Sigfox LoRaLoRa LoRaLoRa LoRa 100 Hz 125 kHz
10 anos ou mais
Taxas de transferência DL: 300 Mbit/s DL: 150 Mbit/s DL: 10 Mbit/s 1 Mbit/s 250 kbit/s 100 bit/s 290 bit –
Taxa de dados bidirecional UL: 50 Mbit/s UL: 50 Mbit/s Full duplex UL: 5 Mbit/s
Full ou half duplex Half duplex 50 kbit/s Não Dependente de classe
Segurança Escalabilidade 3 GPP (128- 256 bit) Alta 16 bit 32 bit
Baixa Média
Suporte de mobilidade Total Conectado e Modo ocioso
modo ocioso
Suporte de localização (LBS) Suporte de voz Custo de módulo (US$) 50+ Sim
40 Sim
20-25 Necessita GPS
10-20 5-10
Usos de casos comuns Aplicativos WAN primário e de Aplicativos para Sistema de Aplicativos para médicos virtuais backup para gerenciamento resposta de a terceira idade clínicas médicas de diabetes emergência pessoal Não
Não
Não
2 Sim
Sim
12
Escolha de dispositivo IoT
Está diretamente relacionado à tecnologia envolvida por trás de qualquer solução IoT. Para escolher o equipamento ideal, é preciso considerar, do ponto de visto da tecnologia, o suporte de rede, os aplicativos, os requisitos de segurança, etc. Um passo fundamental para garantir isso é determinar o padrão de dispositivo, pois existem diversos protocolos no mercado projetados para suportar diferentes funcionalidades. Os padrões, por exemplo, podem variar do MQTT, que é um protocolo de mensagens simples projetado para dispositivos restritos com requisitos de baixa largura de banda em redes de alta latência, para Lightweight M2M (LWM2M), que é um protocolo de gerenciamento de dispositivo projetado para controle remoto de redes de sensores, dispositivos M2M e habilitação de serviços. A escolha correta é importante para correlacionar com sua capacidade de suportar as aplicações e outras tecnologias desejadas.
Uma vez que os padrões são compreendidos e selecionados, as empresas têm essencialmente duas opções: comprar um dispositivo pronto para uso que atenda aos requisitos de sua solução de IoT ou construir um equipamento proprietário
do zero. Embora cada alternativa tenha vantagens distintas, é preciso entender que a segunda demandará mais tempo. Os recursos precisarão ser dedicados para abordar um número de itens que vão desde a avaliação e seleção do módulo ao design industrial, à engenharia mecânica, à certificação da solução, apenas para citar alguns.
Algumas considerações importantes ao tomar a decisão entre desenvolver ou adquirir de terceiros incluem: • Tamanho e escala de implantação. • Aporte financeiro para despesas iniciais. • Importância de ser uma propriedade intelectual. • Requisitos para entrar no mercado. • Fortalecimento da marca. • Disponibilidade de recursos técnicos para suporte. • Necessidades potenciais de certificação de dispositivos.
Geralmente, o desenvolvimento faz mais sentido para companhias que estão indo para o mercado como “empresas de IoT” e têm um núcleo de competência em tecnologia IoT. Esses tipos de negócios têm a expertise necessária para executar o projeto, e o peso de ter uma solução própria é mais importante que possíveis atrasos no lançamento ou impactos financeiros.
Gerenciamento do ciclo de vida
Uma vez feita toda a avaliação e seleção da tecnologia, projeção, desenvolvimento e teste, é importante entender que o projeto ainda não está concluído, uma vez que para o seu bom funcionamento é necessária uma implantação contínua, além de gestão operacional e esforços de sustentação e suporte para maximizar o ROI. Este momento pode ser dividido em três subáreas: implantação (ou logística direta), gestão operacional, sustentação e suporte (também conhecido como logística reversa). Para colocar a solução IoT no mercado de forma eficiente e completa, além de manter sua integridade e adaptá-la
adequadamente a quaisquer problemas ou atualizações, as empresas devem se planejar para esses processos contínuos.
Logística direta
Para evitar atrasos de lançamento ou dificuldades imprevistas na transição de uma solução IoT da prova de conceito para a produção, as empresas devem considerar as características apresentadas na figura 2.
Gerenciamento operacional
Depois de implementada, muitas companhias, especialmente aquelas novas no universo da IoT, podem não entender totalmente o nível de recursos necessários para oferecer suporte à implantação conforme a escala aumenta. Para evitar problemas de gerenciamento e escalabilidade, as companhias devem seguir as diretrizes da figura 3.
Sustentação e suporte
Até mesmo os projetos de IoT mais bem-sucedidos estão sujeitos a problemas que podem estar além do controle da empresa (desligamento da rede 2G, por exemplo) e requerem adaptação contínua e suporte para manter seu funcionamento. A figura 4 traz diversos parâmetros que podem minimizar os impactos.
Otimização
Assim que uma solução IoT for implementada, é preciso monitorar continuamente a sua eficácia para gerar mais valor e de forma mais rápida. É graças ao gerenciamento contínuo e às análises de rede, de dispositivo e aplicativos de desempenho que são extraídas as informações básicas para
preparar e priorizar atualizações. Se um dispositivo IoT está apresentando baixo desempenho de rede, o monitoramento será o responsável por apontar se o problema é resultado de interrupção da operadora, da cobertura, ou se a falha está no próprio equipamento.
As empresas também podem aumentar a eficácia e criar valor agregado ao alavancar as informações coletadas por meio de seus dispositivos. Os dados recolhidos são indiscutivelmente o maior diferencial da IoT, fornecendo grandes quantidades de informações, que até então eram indisponíveis.
Levando a análise de dados além da funcionalidade, as empresas podem aproveitar as informações coletadas para
Fig. 4 – Sustentação e suporte de uma solução IoT em logística reversa
extrair inteligência de negócios, melhorar a eficiência operacional ou introduzir novos serviços relevantes ou paralelos às ofertas atuais. Por exemplo, um fabricante de dispositivos médicos de aparelhos de ressonância magnética que implementou uma solução IoT para monitorar e rastrear o uso dos equipamentos durante os exames, agora pode estender a solução para o mercado, permitindo que hospitais paguem pelas máquinas em um modelo Opex “por imagem”, sem a necessidade de um grande investimento. Esse modelo “AsA-Service”, focado em dados de negócios de IoT, permite que o fabricante entre em novos mercados, atendendo a fornecedores com orçamentos menores.
Outro exemplo pode ser uma companhia que implementou um aplicativo de rastreamento de frota habilitado para monitorar a localização de um veículo, mas aproveitou a análise de dados para monitorar o comportamento do motorista, aumentar a eficiência do combustível e implementar práticas de manutenção preventiva.
Conclusão
O ecossistema da IoT é altamente complexo, e cada jornada de implementação será exclusiva para os processos de negócios e metas relacionadas à IoT de cada empresa. É importante ter em mente que as companhias, mesmo as mais experientes, não devem tentar “andar sozinhas” nesta jornada. De acordo como uma pesquisa da Cisco, descobriu-se que as empresas mais bem-sucedidas na implementação envolvem seus parceiros de ecossistemas em cada estágio de planejamento, desenvolvimento, implantação da solução e gestão. O parceiro ideal deve ser um consultor confiável, com profunda experiência e agnóstico em relação à priorização de tecnologia. Ao selecionar o parceiro que fornece soluções e serviços abrangendo todo o processo de implementação, é possível reduzir riscos e evitar desafios desnecessários, além de se beneficiar de uma tecnologia otimizada e simplificada.
REFERÊNCIAS
[1] IT Pro. IoT Revenue Opportunity to Exceed US$ 1 Trillion by 2025. Disponível em: https://bit.ly/3ojrQs3. [2] Cisco. Cisco Survey Reveals Close to Three-Fourths of IoT Projects are Falling. Disponível em: https://bit.ly/3F1qvNs. [3] Onering Networks. The Difference Between Licensed and Unlicensed Spectrum for Fixed Wireless. Disponível em: https://bit.ly/3x68o6t
Artigo resumido e adaptado do e-book Guia completo para implementação de IoT, disponível no site da Kore Wireless, br.korewireless.com.
Pequenos sistemas de refrigeração para data centers edge
As empresas estão passando por transformações digitais. Como consequência, estão criando mais dados que precisam ser processados em um data center. Em diversos casos, estes não são sites grandes construídos para um fim específico, e sim instalações menores de edge que compartilham o espaço com o resto da companhia na mesma edificação. O artigo aborda os desafios em colocar equipamentos de TI sensíveis em espaços feitos para outro propósito, com destaque para as diversas formas de refrigeração.
Arefrigeração adequada é crucial para a operação dos equipamentos de TI, incluindo servidores e dispositivos de armazenamento e rede. Conforme mais empresas passam pela transformação digital, elas precisam de data centers de edge que incluam recursos computacionais confiáveis e robustos localizados próximos de onde os dados estão sendo gerados e processados.
Edge computing é o conceito de ter a computação e a capacidade de armazenamento perto de onde os usuários estão gerando, consumindo e manipulando os dados. As aplicações IoT - Internet das Coisas, por exemplo, abrangem dispositivos e sensores que produzem uma quantidade considerável de dados no edge da rede e que precisam ser processados. Os requisitos legais, a necessidade de consolidação local de dados e, sobretudo, os altos custos, latência e segurança da rede levam a um enorme crescimento em TI descentralizado. A latência envolvida em enviá-los para um data center centralizado ou um data center na nuvem é muito grande, trazendo a necessidade de capacidade de processamento local. As aplicações do setor de saúde, o controle de máquinas no chão de fábrica e as aplicações das cidades inteligentes, incluindo veículos autônomos, são alguns exemplos de ferramentas impulsionando a demanda por edge computing e, portanto, por data centers de edge.
Muitas vezes, os data centers de edge precisam compartilhar um espaço que já está servindo a outro fim. Esses locais costumam não ter sistemas de refrigeração destinados a lidar com equipamentos de TI, os quais podem produzir grandes quantidades de calor de forma contínua. As empresas precisam tomar medidas para garantir a refrigeração adequada dos equipamentos, protegendo-os e garantindo a sua disponibilidade.
Vertiv
Ambientes de escritório e refrigeração de conforto
O ambiente típico de escritórios usa sistemas de refrigeração localizados na sala fornecidos por HVAC (aquecimento, ventilação e arcondicionado) do prédio ou sistemas de mini split descentralizados. Aqui, o ar frio entra no espaço através de saídas de ar localizadas no teto ou no chão, enquanto o ar quente é canalizado de volta para o sistema de refrigeração via um duto de retorno separado. Já os sistemas de refrigeração descentralizados não demandam muita tubulação porque os arescondicionados estão localizados no espaço refrigerado ou próximos a uma parede externa.
Fig. 1 – Necessidade de refrigeração dedicada
Embora essa configuração costume funcionar bem, algumas áreas podem ser mais quentes ou frias do que outras, especialmente com sistemas centrais de HVAC. Isso é resultado da forma como ele funciona, tendo um único termostato de ajuste para a temperatura desejada de uma área que pode ser bastante grande, tal como todo um andar ou diversas salas. Mas a configuração do prédio, e para que direção as janelas estão voltadas, também pode significar que alguns locais esquentem mais do que outros. Essas diferenças, em geral, não são grandes o suficiente para tornar as temperaturas desconfortáveis, para mais ou para menos.
Colocar equipamentos de TI em um espaço assim pode mudar a equação. Verificar os requisitos de refrigeração para prédios de escritórios e comparálos com os de data centers ajuda a ilustrar o porquê.
A capacidade de refrigeração é calculada com base na carga de calor, ou quilowatts (kW), com a qual o sistema de refrigeração precisa lidar, medida normalmente em watts (W) ou quilowatts (kW). Um sistema de HVAC normal de escritórios tem uma capacidade de refrigeração capaz de lidar com uma carga de calor na faixa de 50 a 100 W por m2 ou talvez com 1 a 2 kW para uma sala inteira. Um único rack pode produzir uma carga de calor de 3 a 4 kW ou mais. Consequentemente, um sistema de refrigeração projetado para 1 kW de refrigeração está agora sendo solicitado a lidar com quatro vezes essa capacidade. Isso terá as seguintes consequências: • Os colaboradores podem ficar desconfortáveis na medida em que o sistema luta para manter a temperatura desejada, especialmente nas áreas mais próximas de onde está o rack de TI.
• Equipamentos de TI, como servidores, em geral têm sistemas de proteção térmica que disparam um desligamento se a temperatura aumentar muito, causando indisponibilidades (downtimes) disruptivas e aumentando o potencial para dados perdidos ou corrompidos. • Fazer o sistema de HVAC operar acima de sua capacidade nominal de refrigeração continuamente aumentará os custos operacionais no longo prazo. Outro problema comum em edifícios comerciais é a umidade. Os sistemas de HVAC não são projetados para manter um nível constante de umidade. Com portas e janelas abrindo e fechando o tempo todo, os níveis de umidade podem mudar constantemente dependendo das condições externas. O HVAC apenas verificará a umidade em um nível geral, com o objetivo de proporcionar aquecimento e refrigeração confortáveis, e não em níveis exatos. Isso pode não ser bom o suficiente para equipamentos de TI altamente suscetíveis a mudanças na umidade que, quando alta, pode causar condensação e formar gotículas de água em superfícies metálicas levando, eventualmente, à corrosão. Por outro lado, umidade baixa pode causar descargas estáticas do equipamento de TI que podem resultar em danos em componentes eletrônicos como HDs. Da mesma forma, a poeira é inimiga de equipamentos de TI. Data centers construídos para esse fim têm sistemas de filtragem de ar que removem poeira e outras partículas do ar. Em um ambiente de Fig. 2 – Unidade instalada dentro do rack escritórios, a poeira se
acumulará naturalmente em superfícies que não sejam limpas pelo menos ocasionalmente, incluindo dentro de servidores e outros dispositivos de TI. Com o tempo, esse acúmulo pode impedir o funcionamento adequando dos aparelhos.
Opções para refrigeração de TI em ambientes de escritórios
As empresas têm duas opções para superar esses obstáculos e proporcionar refrigeração adequada aos equipamentos de TI instalados em ambientes de escritórios: dedicada na sala, pontual, no rack e na fila.
Em qualquer um dos casos, um dos principais fatores a ser considerado é a área ocupada pelo equipamento. As empresas, em primeiro lugar, costumam ter um espaço limitado dedicado aos aparelhos de TI, muitas vezes pegando uma área anteriormente voltada para outro fim. Os sistemas de refrigeração de ar para esses espaços precisam ser concebidos visando o menor espaço útil possível de ocupação. Dedicada na sala
Uma opção é pegar um espaço definido e transformá-lo em uma sala dedicada aos equipamentos de TI, comumente chamada de sala de servidores. Com isso, é possível instalar um sistema de refrigeração dedicado, com o único propósito de refrigerar os
dispositivos naquele local (figura 1). Este sistema pode preencher as lacunas do HVAC predial, incluindo controle de umidade e filtragem de partículas. Existem diversas opções, permitindo que as empresas escolham a que melhor se adequa à sua situação. Para refrigerar toda a sala, as duas principais opções são unidades de refrigeração montadas no piso ou no teto. Em ambos os casos, são Fig. 3 – Refrigeração da unidade instalada em uma fila do rack geralmente sistemas split com uma unidade condensadora externa e outra evaporadora interna localizada no piso ou no teto da instalação de TI. Pontual Especialmente em instalações de edge, nem sempre é possível ou prático criar uma sala de servidores dedicada e alguns usuários precisam instalar os equipamentos de TI no próprio escritório. Nesses casos, a refrigeração pontual é uma boa escolha, com opções em duas
categorias gerais: refrigeração localizada no rack ou na fila (figuras 2 e 3).
Sistemas de refrigeração no rack podem ser instalados em um gabinete com porta perfurada ou em um rack de dois postes, sem porta. Eles costumam proporcionar alguma refrigeração para a sala, tornando-os mais adequados para espaços de servidores dedicados ou gabinetes de rede. Costumam apresentar capacidade de refrigeração aproximada de 3 a 4 kW por rack.
Rack
A refrigeração localizada no rack é boa para instalações menores de apenas um ou dois racks de equipamentos de TI. Ela envolve um sistema de refrigeração integrado diretamente no gabinete e refrigera apenas aquele rack (figura 4).
Os racks podem ser fechados ou confinados de tal forma que o ar frio não se disperse na sala (figura 5).
Constitui uma boa opção para escritórios pois separa a refrigeração de TI do espaço corporativo, evitando que uma interfira na outra.
Na fila
Para aplicações com mais de um rack, outra opção é a refrigeração na fila. Estes são geralmente sistemas split que usam uma unidade condensadora externa e outra evaporadora interna. Os componentes internos vêm em um formato que permite o seu encaixe em um rack de TI, com a capacidade de refrigerar diversos gabinetes na fila (figura 6).
Os sistemas de fila também podem ser confinados, similar aos sistemas fechados em racks, de forma que ar frio para TI circule apenas dentro dos racks e não seja liberado para a sala. É uma configuração ideal para usuários que não têm uma sala de servidores dedicada, mas precisam ter mais do que dois racks instalados em um escritório.
Também está disponível uma versão aberta com portas perfuradas do rack, utilizada principalmente em salas de servidores dedicadas. Um dos benefícios da refrigeração localizada na fila é a de ser instalada perto dos equipamentos de TI, o que possibilita trajetórias pequenas para o ar e reações rápidas do sistema a mudanças de calor. O sistema ajusta continuamente a sua capacidade de refrigeração e o fluxo de ar, para que eles sejam equiparados com a carga real nos servidores em todos os momentos. Isso ajuda a manter os custos operacionais baixos pois fornece ao equipamento de TI apenas a capacidade de refrigeração necessária. Alguns sistemas podem monitorar temperaturas de até 10 racks diferentes e ajustar o desempenho da sua refrigeração para certificar-se de que cada rack esteja recebendo ar suficiente.
Rejeição de calor Conforme o sistema de refrigeração resfria a sala, ele remove o calor desse espaço que precisa ir para algum lugar. Há diversas opções disponíveis para como o ar pode ser rejeitado, e cada aplicação pode demandar um tipo diferente de rejeição de calor, como os populares métodos de ar, água e refrigerante. Isso pode determinar qual sistema de refrigeração é o melhor para um dado espaço.
Uma maneira simples de rejeitar calor é através dos dutos existentes em um prédio. Essa é uma opção viável para sistemas de refrigeração menores localizados no rack que normalmente geram uma quantidade relativamente pequena de ar quente. Infelizmente, em diversas situações, os dutos de um prédio, além de não serem adequados, não estão disponíveis para tal fim.
Sistemas localizados na fila ou na sala necessitam de uma abordagem diferente pois suas capacidades de refrigeração são maiores e removem mais calor do ambiente. Os dutos existentes do prédio não seriam capazes de absorver todo esse calor rejeitado. Esses sistemas sempre consistem de uma unidade interna e outra externa conectadas com dois canos. Dependendo do tipo da rejeição de calor, pode haver refrigerante ou água fluindo entre as unidades interna e externa.
Sistemas de expansão direta (DX) utilizam refrigerante para transportar o calor removido pela unidade interna para a externa, também chamada de condensadora, onde será rejeitado para o ar ambiente. Costuma ser aplicado em ar condicionado doméstico.
Fig. 4 – Sistema localizado no rack
Fig. 5 – A refrigeração em rack aberto é adequada para salas de servidores dedicadas ou gabinetes de rede
Conheça algumas das nossas soluções:
Sistemas de água gelada utilizam água para transportar o calor removido pela unidade interna. A unidade interna do tipo para água gelada é conectada a uma planta externa de chillers. Os chillers removem o calor da água, refrigera-a e a envia de volta para a unidade interna, que a usa para refrigerar a sala. São normalmente usados em aplicações com cargas de calor maiores porque uma única unidade interna de água gelada localizada na fila pode fornecer uma capacidade de refrigeração de 30 a 50 kW. Na prática, a maioria das empresas não construiriam uma planta de chillers para sites pequenos devido ao seu alto custo. Para locais menores, os sistemas DX são preteridos. Entretanto, pode haver uma planta de chillers já existente em alguns sites para refrigerar escritórios ou outros
espaços, então, ela deve ter capacidade excedente para conectar uma ou duas unidades de refrigeração adicionais para TI. Nesse caso, faria sentido usar um sistema de água gelada para uma sala menor.
Fig. 6 - Sistemas localizados na fila dispersam o ar frio através da frente das filas de servidores e enviam o ar quente para trás, geralmente para uma unidade condensadora externa onde é então refrigerado novamente
Ambientes não controlados
Além de ambientes corporativos, muitas empresas precisam instalar data centers de edge no chão de fábrica, em parques fabris ou em armazéns com uma grande variedade de características ambientais.
Esses espaços são geralmente grandes, com 200 m2 ou mais. Algumas instalações fabris ou de armazenamento podem ser ocupadas mais por robôs do que por humanos, muito menos sensíveis à temperatura.
Qualquer armazém enfrenta o desafio de manter uma temperatura constante, já que não costumam apresentar um bom isolamento térmico. Dependendo da região, isso pode
levar a calor ou frio excessivos dentro da instalação. Áreas em locais com estações bem marcadas terão uma grande flutuação em termos de temperatura: de calor para frio e de volta para o calor. Da mesma forma, a umidade é um problema pelos mesmos motivos, especialmente em instalações sem um sistema de controle de ar em funcionamento.
Ambientes não controlados tem maior probabilidade de serem mais empoeirados do que escritórios e menor chance de ter algum sistema de filtragem de partículas. Combinada com alta umidade, a poeira pode ser bastante prejudicial aos equipamentos de TI e pode entupir os filtros feitos para proteger servidores e sistemas de armazenamento de dados.
Opções para refrigeração
Teoricamente, todos os sistemas de refrigeração que se adequam a escritórios podem ser utilizados em ambientes não controlados, porém, a maioria dos usuários prefere uma abordagem que envolva um rack lacrado, o que significa refrigeração no gabinete ou localizada na fila.
Os sistemas independentes e contidos essencialmente vedam os equipamentos de TI para o ar externo. Isso protege os aparelhos contra poeira e umidade, ao mesmo tempo em que permite à empresa controlar rigorosamente a temperatura dos racks.
Uma das coisas mais importantes é buscar um sistema com grau alto de IP - Proteção contra Ingresso de Partículas, conforme definido pela especificação 60529 da IEC - Comissão Eletrotécnica Internacional, o qual cobrirá invólucros mecânicos e elétricos destinados a proteger contra intrusão, poeira e água. Um grau IP 54, por exemplo, significa que um invólucro oferece grande proteção contra poeira, pó, óleo e respingos de água, todos inimigos dos equipamentos de TI. Junto com um sistema de refrigeração no rack ou localizado na fila, as empresas podem gerenciar rigorosamente a temperatura dos equipamentos de TI enquanto os protege contra seu possível ambiente severo.
A mais recente diretriz da ASHRAE - Sociedade Americana de Engenheirosde Aquecimento, Ventilação e Ar-Condicionado diz que 87% dos modelos de servidores são seguros para funcionar a 35oC. Operar o sistema de refrigeração de TI nesse nível, ou próximo a ele, traria uma redução significativa de custos de refrigeração versus o uso da temperatura mais próxima do nível de conforto para as pessoas.
Conclusão
Conforme as empesas seguem em suas jornadas de transformação digital, estarão produzindo cada vez mais dados e demandarão mais data centers de edge para processá-los. Essas instalações precisarão ser próximas da fonte de origem dos dados, seja ela um escritório, um armazém ou um chão de fábrica. Para isso, as companhias precisam ter estratégias de refrigeração capazes de abranger data centers de edge localizados em qualquer lugar.
Protocolo Spanning Tree: melhores práticas de configuração para eliminar falhas de rede
Em redes de médio e grande portes, a resolução de problemas relacionados ao protocolo Spanning Tree passa pela coleta de informações de todos os equipamentos que compõem a rede. Uma ferramenta automatizada de análise de dados reduz drasticamente o tempo de indisponibilidade de rede, além de evitar problemas futuros ao apontar riscos nas configurações dos equipamentos.
Gustavo Emerim, engenheiro de redes da Nap IT – Global Network Solutions
Atecnologia é uma das principais aliadas das empresas que buscam crescimento por meio de processos bem gerenciados. Porém, com foco na produtividade e competitividade, as empresas aplicam redundância em certos equipamentos para que não haja interrupção das atividades em caso de falhas no ambiente tecnológico.
Mas redundância também pode trazer entraves que precisam ser eliminados. Um exemplo é o loop de rede, um efeito circular e constante que ocorre quando o pacote de dados tenta, sem sucesso, chegar a um switch de destino. As inúmeras tentativas podem derrubar toda a rede de uma companhia.
Justamente para evitar a formação de loops é aplicado o STP Spanning-Tree Protocol que, definido pelo padrão IEEE 802.1d, é um protocolo que funciona ao nível da camada 2 do modelo OSI e tem como principal objetivo identificar e evitar o looping, garantindo o desempenho de uma rede. Para que o pacote de dados trafegue por caminhos redundantes, porém gerenciados, o protocolo bloqueia a comunicação nas portas que estão gerando o loop.
Na figura 1 é possível ver uma rede em que o Spanning Tree atua realizando o bloqueio de caminhos redundantes (marcados com um “X” vermelho). Por que ocorrem loops de rede?
Em ambientes com tecnologia Cisco, por exemplo, os switches da fabricante oferecem um protocolo Spanning Tree padrão pré-configurado para que os dados cheguem sem loop ao switch principal da rede – o root.
Mas, por ser uma versão básica, se o protocolo não for reconfigurado, o switch que está mais distante do root demora muito para se comunicar com o restante da rede, gerando um tempo de convergência de dados muito alto.
E ainda, se a configuração do protocolo não for apropriada aos switches, os loops persistem e a rede permanece instável. E esse problema pode ser facilmente percebido pelos usuários, uma vez que impacta diretamente nos serviços de voz e vídeo, atualmente tão difundidos nas empresas.
As causas das instabilidades mais comuns no Spanning Tree são: • Configurações erradas nas interfaces que conectam dois switches (duplex mismatch, portfast). • Problemas físicos que afetam as conexões entre switches (CRC, problemas de cabos, links unidirecionais). • Falta de configuração que determine o melhor switch com o root da rede, o que pode levar ao esgotamento de recursos de um equipamento como alta utilização de CPU.
Identificação
Como identificar uma rede mal configurada e prevenir falhas? O método mais simples é desenhar a rede e implementar as melhores práticas desde a instalação dos primeiros switches que irão fazer parte do todo.
No caso de uma rede já ativa, a identificação de problemas pode ser feita de duas maneiras:
Na primeira, o engenheiro de rede conecta switch por switch manualmente, para reunir informações pertinentes aos componentes. Após coletar as informações, o engenheiro analisa os dados de cada equipamento –processo que exige bastante tempo e nem sempre tem um resultado preciso. Só depois dessa análise é que ele tem como intervir na configuração dos equipamentos mal configurados.
A tarefa pode parecer fácil quando se trata de uma infraestrutura de rede com poucos dispositivos integrados. Agora, já imaginou uma rede em que o engenheiro precisa analisar manualmente mais de 50 componentes?
Da outra maneira, é aplicada uma ferramenta específica, o Intelligent Assessment, que coleta automaticamente as informações dos dispositivos, retornando dados pertinentes ao STP e oferecendo alerta sobre configurações não apropriadas, erros e comportamentos não esperados do protocolo.
O Intelligent Assessment faz a análise detalhada da rede e traz gráficos que demonstram todos os switches pelos modelos. Ele identifica qual versão do Spanning Tree está usando e, inclusive, aponta divergências entre as versões configuradas dentro da mesma rede.
Na maioria dos casos em que a rede
Fig. 1 – O Spanning Tree atua realizando o bloqueio de caminhos redundantes (marcados com um X vermelho) é completamente formada por equipamentos Cisco, a versão Rapid PVST+ é a mais indicada, pois reduz drasticamente o tempo de convergência da rede. Por experiência, eu calculo uma redução de 50 para menos de 1 segundo. A versão Rapid PVST+ só está disponível nas soluções Cisco. No caso de equipamentos de outros fabricantes, o Intelligent Assessment identifica e sugere automaticamente a melhor versão do protocolo a ser configurada. Na figura 2 é demonstrado um caso real da aplicação do Intelligent Assessment. A empresa relatou que parte da sua rede enfrentava instabilidade durante a operação, com frequentes quedas percebidas pelos usuários. Por meio da análise de Intelligent Assessment foi
identificado que eram geradas pelo protocolo Spanning Tree muitas comunicações de alterações na topologia. Tendo em mãos esta análise, foi possível identificar que um dos switches que formam o core da rede, através de uma conexão stack, não estava conectado à energia, gerando falha na comunicação. Benefícios da automação O Intelligent Assessment recebe, armazena e organiza todas as informações da rede simultaneamente. Outro benefício de destaque é o nível de entrega e de acuracidade que a ferramenta proporciona, o que permite aos profissionais de TI atuarem com agilidade na identificação de falhas de configuração do protocolo Spanning Tree, entre outras configurações de rede, e com mais precisão na resolução de problemas. Conclusão Em redes de grande e médio portes, a resolução de problemas relacionados ao protocolo Spanning Tree passa pela coleta de informações de todos os equipamentos que compõem a rede e por análise profunda desses dados. Dependendo da quantidade de dispositivos, a análise pode durar um tempo incompatível com as necessidades dos usuários. Uma ferramenta Fig. 2 - Caso real de aplicação do Intelligent Assessment automatizada de coleta e análise de dados reduz drasticamente o tempo de indisponibilidade de rede, bem como evita problemas futuros ao apontar riscos existentes nas configurações dos equipamentos.
Data center modular abrigado em contêiner
O data center em contêiner oferece vantagens como mobilidade, portabilidade, facilidade de transporte e instalação. Pode ser montado dentro ou fora de edifícios, galpões e outros locais, dependendo apenas de energia adequada, conectividade para a comunicação de dados e as devidas manutenções. Como é totalmente construída e testada em fábrica, a solução chega pronta no destino, com flexibilidade de crescimento futuro.
Sandro Wollinger, da Clemar Engenharia
Os data centers pré-fabricados em contêineres são disponíveis com diferentes tipos de estrutura, tamanho e modelo. As características dimensionais podem a vir a afetar a transportabilidade, posicionamento e localização no projeto. Atualmente existem vários fornecedores de soluções em contêiner no mercado, tanto nacionais como internacionais.
Alguns fornecedores utilizam contêineres do tipo ISO de mesmo padrão do transporte naval de mercadorias. Já outras empresas constroem suas soluções sem seguir os padrões dos contêineres ISO, mas com base em características sob demanda, gerando assim maior flexibilidade aos projetos.
Modelos de contêineres
Contêiner ISO
Os contêineres padrão ISO são gabinetes de aço totalmente padronizados, reutilizados ou novos. São projetados para o armazenamento e movimentação de materiais e mercadorias de forma segura, eficiente e protegida, podendo ser transportados de navio, trem ou por rodovias. As estruturas seguem normas ISO, que regulamentam aspectos construtivos como classificação, dimensões e especificação de construção de cantos para içamento.
Dentre os tamanhos mais utilizados, destacam-se as unidades classificadas como 20 pés, com dimensões de 6,10 metros de comprimento x 2,44 metros de largura x 2,896 metros de altura, e as unidades de 40 pés (12,2 m x 2,44 m x 2,896 m). Esse tipo de contêiner requer cortes para instalação de portas, aparelhos de climatização, além de revestimentos térmicos e acabamento interno.
O modelo facilita o transporte, pois é mais fácil encontrar caminhões com tamanho adequado para esse tipo de modalidade. Mas por outro lado pode ser um empecilho ao projeto. Como seu tamanho é fixo (seguindo norma ISO), após a preparação do contêiner, instalação
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do isolamento térmico e revestimento interno, a instalação de equipamentos com dimensões maiores que os padrões normais fica comprometida.
Contêineres pré-fabricados
Da mesma forma que determinados fabricantes utilizam os contêineres padrão ISO, algumas empresas produzem as suas próprias soluções. Os contêineres préfabricados permitem atender de forma mais flexível às necessidades do cliente, como espessura de isolamento térmico das paredes ou contra fogo.
Tanto os fabricantes de modelos préfabricados quanto os clientes finais procuram deixar a estrutura dos contêineres dentro de padrões transportáveis, como o comprimento interno de 1 a 12 metros e a largura interna de 2,5 a 3 metros, permitindo um ganho no leiaute para a instalação dos equipamentos. Também possibilitam a criação de corredores quente e frio, mas mantendo os critérios de segurança, estanqueidade e robustez. Isso mostra que é possível uma construção diferenciada de contêineres para atender a necessidades específicas de determinado projeto. Nesse caso o transporte especial é mais complicado, mas possível de se realizar.
O data center modular em contêiner, independente da solução adotada, seja utilizando uma estrutura de um contêiner ISO tipo marítimo ou uma estrutura totalmente pré-fabricada, é largamente utilizada e consolidada no mercado. Veremos a seguir suas principais vantagens e desvantagens.
Vantagens
Redução dos custos de projeto - O cliente não necessita desenvolver um projeto do data center. Suas necessidades, características e objetivos são repassados para o fabricante, que conta com um corpo técnico especializado nas diversas áreas de engenharia e apresentará a solução de projeto. Redução no tempo de construção –Por ser um produto industrializado, o data center é manufaturado dentro de uma fábrica, em condições controladas, seguindo projetos predeterminados e com controle rigoroso de qualidade e de normas técnicas ou referenciadas pelo cliente, sem interrupções do processo construtivo. Com isto o tempo de construção é reduzido, comparando-se com os métodos tradicionais. Tudo é centralizado na unidade industrial, como a chegada de equipamentos, montagem e testes completos de funcionamento, que inclusive podem ser feitos na presença do cliente para validação.
Flexibilidade de instalação – A solução de data centers em contêiner traz uma grande flexibilidade de projeto. A unidade pode ser instalada em ambientes internos ou externos, ocupando uma vaga de garagem, uma área própria ou criando soluções de estruturas metálicas. Em muitas empresas a área interna não permite ampliações por falta de espaço ou restrições de normas de segurança.
Transportabilidade – Por ser modular, a unidade chega ao local de instalação completamente pronta, bastando apenas conectá-la ao sistema de energia comercial. Além disso, em caso de mudança de endereço da empresa, todo o sistema pode ser transferido para o novo local sem perda de investimento. Outra possibilidade é como solução temporária para atendimento em situações de desastre, auxiliando no restabelecimento dos sistemas operacionais.
Escalabilidade – A capacidade de expansão é importante para as empresas de TI. Com a solução do data center modular em contêiner é possível o crescimento de forma escalonada, à medida que a empresa amplia o atendimento. Com isto, é possível reduzir os investimentos iniciais e operacionais desnecessários, sem previsão de uso a curto prazo e com uma estrutura muito grande e dispendiosa para gerir.
Eficiência energética - A solução modular em contêiner melhora o desempenho energético, pois vem completamente pronta de fábrica, com equipamentos instalados na capacidade necessária e em sinergia com todos os sistemas. Com isto, proporciona uma melhor eficiência operacional e, consequentemente, redução no consumo de energia.
Desvantagens
Quebra de paradigmas – Ainda é necessária a quebra de barreiras ou preconceitos por parte da diretoria e investidores da empresa. Local de instalação – Requer espaço para o acesso de guindaste e do caminhão transportador do contêiner para que as atividades sejam realizadas com segurança. Espaço para manutenção – Pode haver uma redução do espaço interno, áreas de acesso e corredor quente, dificultando o trabalho de manutenção dos equipamentos. Exposição ao tempo – Como as soluções em contêiner modular normalmente ficam em áreas externas, a estrutura requer pintura resistente ao tempo. Além disto, são necessários fechamento e proteção do ambiente contra vandalismos.
Conclusão
Os data centers em contêineres oferecem inúmeras vantagens e soluções para problemas dos data centers em alvenaria, que envolvem construção especializada e elevados custos dos projetos e dificultam aspectos como gestão da demanda de energia, planos de crescimento e mudanças do mercado. Além disso, reduzem custos de investimento, pois a solução cresce conforme as necessidades do cliente.
A solução modular é totalmente construída em fábrica, em um ambiente dedicado, sob a supervisão de especialistas e engenheiros em diversas áreas, seguindo as normas técnicas. Ao final da construção, o produto é testado plenamente antes de seguir para o local de destino.
O mercado de data center modular em contêineres está hoje em franco crescimento, com a oferta de importantes fornecedores internacionais e nacionais.
Além do setor de telecomunicações, as soluções em contêiner atendem também outros setores, como farmacêutico, petróleo e gás, que precisam abrigar máquinas complexas em prazos curtos e em locais de difícil acesso, como plataformas de petróleo e mineradoras.
Artigo resumido e adaptado do trabalho de conclusão do Curso de Especialização em Datacenters: Projeto, Operação e Serviços, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Datacenter: Projeto, Operação e Serviços. Orientador: Prof. Djan de Almeida do Rosário.
Como se preparar para a consolidação –Processo de auditoria
Há um grande número de investidores, fundos e grupos econômicos em busca de provedores de Internet que estejam “prontos” para o mercado ou se preparando. As auditorias especializadas podem ajudar nesse processo, ao analisar e apontar as questões técnicas e operacionais que precisam ser corrigidas e melhoradas. Como resultado, os proprietários têm uma maior valorização de seus negócios.
Droander Martins, CEO da Vispe e IPV7
Após o surgimento da Covid-19, enquanto muitos mercados desfaleceram, na contramão, o setor de telecomunicações registrou forte expansão, devido especialmente à necessidade de distanciamento social e de conectividade para realização de aulas e trabalhos remotos. Assim, além do crescimento de redes de banda larga em função do advento do home office e EAD, também houve uma elevação expressiva do número de investidores, fundos e grupos econômicos em busca de provedores que estejam “prontos” para o mercado ou se preparando.
Já não é de hoje que muitos provedores vêm se organizando para estar “na vitrine” para esses investidores, aumentando a visibilidade da marca e o valor de sua empresa. É possível realizar esse movimento contando com o suporte de auditorias e consultorias independentes capazes de apontar os pontos de falhas, oportunidades de melhorias e ajustes que devem ser feitos.
Grande parte dos donos de provedores já ouviu falar de empresas denominadas de big four. Esse é o termo usado para fazer referência às quatro principais companhias de auditoria e consultoria empresarial do mundo, reconhecidas por sua alta credibilidade.
Porém, poucos sabem que existem empresas independentes para a prestação desses mesmos serviços e com foco em nichos específicos do mercado, como por exemplo, para o mercado de telecomunicações, com conhecimento, experiência e atendimento especializado para provedores de Internet.
Um dos principais objetivos é identificar erros e inconsistências que impeçam ou dificultem o crescimento das empresas auditadas e detectar situações de potencial risco. O setor fiscal, por exemplo, traz um histórico bastante crítico devido à complexidade tributária brasileira, podendo comprometer a saúde financeira de uma companhia. Algumas definições são realizadas de forma equivocada e podem causar danos e dívidas, tomando como base de cálculo períodos anteriores à fiscalização, tipicamente cinco anos.
Algumas empresas pioneiras na realização de auditorias independentes, ainda muito cedo, já compreenderam a importância desse tipo de prestação de serviço para o mercado de provedores, que, comparativamente, realizam os mesmos trabalhos desenvolvidos pelos big four. Porém, com atendimento focado e especializado ao mercado de provedores ou de tecnologia.
Essas auditorias desenvolvem metodologias e melhores práticas para validar questões técnicas e operacionais, algumas delas focadas na área técnica, outras em questões administrativas (financeiras, contábeis, jurídicas, etc.). Para aumentar ainda o
grau de confiabilidade e relevância dessas empresas, é sugerido que tenham validações sobre acervo, cases, certificações internacionais, etc.
Due diligence
Em determinado momento de uma negociação com investidores, o provedor passará por uma série de auditorias realizadas por empresas independentes que irão avaliar as informações passadas. Esse tipo de serviço é denominado de due diligence, ou diligência prévia. Com a due diligence, os interessados (diretos ou indiretos) têm condições de avaliar a viabilidade para as questões detectadas, os riscos para o negócio, os gastos para sua regularização e as oportunidades de retorno financeiro.
O processo investiga a veracidade das informações, detecta falhas técnicas e identifica oportunidades de melhorias. São analisados, por exemplo, o estado de conservação de componentes e equipamentos e de que maneira estão instalados, a obsolescência e desgaste; o uso adequado de estruturas, como o compartilhamento com a distribuidora de energia; as previsões de expansão da rede; os desperdícios de materiais e mão de obra; os problemas técnicos de operação, instalação e configuração; e o nível de satisfação dos clientes. São ainda validadas questões operacionais, como a existência de processos trabalhistas em andamento e as condições de trabalho da equipe, se há ferramentas, EPIs - equipamentos de proteção, treinamento adequado, doenças ocupacionais e endividamentos [1].
Também são analisadas práticas fora de normas ou em desacordo com leis e obrigações vigentes, como o uso de equipamentos não homologados pela Anatel, sua procedência e legalidade. É preciso ter notas fiscais comprobatórias dos equipamentos.
De nada adiantará “varrer os problemas para debaixo do tapete”, pois nas diligências existem metodologias específicas para validar informações e detectar possíveis problemas ou informações ocultadas. Esse tipo de auditoria é extremamente importante, pois são avaliadas questões que se tornaram “invisíveis” ao provedor.
Uma empresa externa de auditoria oferece uma visão neutra da operação, gerando um relatório com parecer de diversos especialistas. Auditar com “qualquer empresa”, que não seja da área de atuação do provedor, não gera o mesmo valor, credibilidade, segurança e resultado que auditar com consultorias que são referência no setor.
As plataformas de investimento já estão estabelecidas e existe uma grande escassez de operações médias e grandes aptas a serem investidas, embora o foco atual ainda esteja voltado para pequenas operações bem organizadas ou passíveis de organização.
Os fundos de investimento e o mercado financeiro dão preferência a operações comerciais com empresas auditadas. A partir dessa auditoria tem-se a certeza da qualidade dos processos e organização geral. Nesse sentido, uma avaliação prévia visa auxiliar nos processos de administração de um negócio, tomada de decisão, detecção de situações potencialmente de risco, entre outras questões. Problemas relativos a essas questões geram desperdícios de tempo, dinheiro e produtividade.
É de extrema importância entender que uma auditoria não deve ser realizada somente no momento de uma fusão ou aquisição, mas de maneira antecipada, avaliando questões técnicas e operacionais para que se possam corrigir e melhorar os próprios processos. Uma auditoria prévia (interna) é capaz de levantar pontos de falhas e apresentar com antecedência ao provedor.
Uma empresa que audite para fundos de investimentos e provedores consolidadores sabe como “pensam” os investidores, o que buscam e irão construir um plano de ação com base no que o mercado vê como “bom” e “ruim”.
Precipitadamente, podemos pensar que num primeiro momento pode “parecer” caro pagar para realizar uma auditoria interna. Porém, esse trabalho evidencia um plano que faça a empresa economizar até mesmo milhões de reais, na operação normal, e aumentar milhões de reais em uma futura venda ou fusão.
Mas o provedor não deve ser ingênuo de achar que a negociação acontecerá imediatamente. É um processo progressivo e gradual.
Então, por que não realizar uma auditoria com equipe própria? Bem, esse não representa o melhor caminho, pois colaboradores e gestores da operação já possuem vícios, que muitas vezes não querem abandonar, ou mesmo que se tornam “invisíveis”. O mais seguro é a realização dessa tarefa por uma empresa neutra especializada no assunto.
Imagine um dono de provedor que economizou comprando tecnologias de segunda linha. Ou ainda, que tenha dívidas ou sonegações com a Receita Federal em anos anteriores ou ainda questões trabalhistas em juízo. Essas falsas economias podem acabar sendo descontadas na venda do negócio para atualização tecnológica do parque ou quitação de dívidas e multas. Uma auditoria prévia teria alertado o proprietário sobre esses pontos e evitado as perdas.
A auditoria é fundamental para se ter o valuation do negócio, ou seja, a avaliação de quanto vale o empreendimento do provedor. Seja numa venda, fusão ou dissolução societária, é preciso estimar um preço justo para os envolvidos nesse negócio. Se no provedor tudo estiver de acordo, não faltarão investidores interessados em adquirir a sua estrutura e carteira de clientes. O valuation do provedor será um resultado direto do tipo de estrutura operacional que tenha adotado desde sua implementação (e do quão regular ou irregular esteja) e de seu processo de gestão como um todo [2]. Conclusão
Em resumo e para finalizar, se uma pessoa tem o objetivo de ser aprovada em algum exame, é sempre recomendado que ela se prepare e faça todo o necessário para alcançar o sucesso. A auditoria interna serve como preparação para que o provedor não sofra perdendo dinheiro quando realizar uma venda ou fusão futura, além de aumentar o valor da empresa e facilitar em processos de captação de recursos financeiros. Por que sofrer amanhã se é possível se preparar hoje?
REFERÊNCIAS
[1] Fernando Morellato. www.blog.ipv7.com.br/fusoes-eaquisicoes/due-diligence-em-isps-oque-e-e-como-fazer/. [2] Fernando Morellato. www.blog.ipv7.com.br/valuation/ valuation-porque-todo-isp-deveriarealizar-um/.