Zélia Mendonça - Portfólio

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ZÉLIA MENDONÇA

A R T E / I N S TA L A Ç Õ E S / E X P O S I Ç Õ E S


ZÉLIA MENDONÇA


A R T E / I N S TA L A Ç Õ E S / E X P O S I Ç Õ E S


Autora - Zélia Mendonça Título - Alma Brasílica




A arte de Zélia Mendonça

“A arte de Zélia Mendonça deriva da nova tendência que, nas últimas déc das, marcou a arte contemporânea, tanto pela audácia como às vezes pela negação da verdadeira criação estética. Não é o caso das obras de Zélia Mendonça que, se não se vale das técnica tradicionais, tampouco mergulha na irreverência fácil. Pelo contrário, valendo se de objetos como bustos, cadeiras, lâmpadas, ela os transfigura, criando coisas fascinantes, ainda que originárias de nosso cotidiano. Aliás, o fascínio vem dessa transfiguração. É, portanto, desse choque, do banal com o onírico, que nasce o encanto das obras que ela inventa. Essa invenção – ou reinvenção – seja de um torso feminino seja de uma simples cadeira – dá-se pela profusão das cores e dos elementos inusitados de que lança mão para os recobrir e nos arrastar para o sonho. Essas obras às vezes evocam os cenários de uma espécie de teatro surreal e, ao mesmo tempo, parecem impregnadas da magia própria aos rituais da cultura negra brasileira. É, por isso mesmo, uma mescla do sofisticado e do popular.”

Ferreira Gullar


Zélia Mendonça

Autora - Zélia Mendonça Título - Virgem

Autora - Zélia Mendonça Título - Luna


Portifóilo

Autora - Zélia Mendonça Título - Alegria


Zélia Mendonça

Autora - Zélia Mendonça Título - Erudita


Portifóilo

Erudita

Elementos comungados, libertos da vaidade, transformam a realidade em busca de harmonia entre nós, eles e a contemplação. Puros, despojados tratados pelas mãos da artista. Penar ansioso de mirar o imaginário confessado, conquistando espaço. Cores, luzes, saberes brotam da acalentada concepção. Pujantemente reunidas, ganha vida. Obra de arte não satisfaz olhar. Visto seu saber, bebo seu conteúdo e perambulo, sonhando acordado. Cadeira-alma vasta. Atrevida e corajosa. Gnomos e enfeites. Satélites e planeta. Erudito caleidoscópio! Carlos Hamilton Rocha


Zélia Mendonça

Autora - Zélia Mendonça Título - Libertação


Portifóilo

Autora - Zélia Mendonça Título - Libertação


Zélia Mendonça

Autora - Zélia Mendonça Título - Chica Chica Bom Chic Ano - 2017

Dimensões - 1.30 x 2.00 m Técnica - Técnica Mista Fotografia de Zélia Mendonça

Observação: Obra exposta na XIX Bienal de Cerveira, Portugal


Portifóilo

Chica Chica Boom Chic

Chica Chica Boom Chic é um quadríptico com temática central na figura icônica de Carmen Miranda. Cada parte tem dimensão de 1,30 x 0,50 m, que juntos ocupam o espaço de 1,30 x 2,00 m. Portuguesa de nascença e brasileira de coração, Carmen Miranda é um ícone no Brasil. Ela ocupou, na época da política da boa vizinhança americana (anos 1940), o lugar simbólico do diálogo cultural: exportava va música e importava americanismos. É óbvio que não me escapa a dimensão póscolonialista desta atua- ção da cantora / atriz. Mas sua existência tem a positividade do con- ceito antropofágico brasileiro que, segundo Oswald de Andrade, é a perversão da colonização. Tratase da deglutição da “cultura do outro” externo, como o estadunidense, e do outro interno, como ameríndios, afrodescendentes, entre outros. Dessa forma, a cultura estrangeira é reelaborada como nossa. O quadríptico é uma referência ao cinema, como fotogramas de uma película. Tanto do ponto de vista horizontal quanto vertical a imagem está em movimento. A horizontalidade é referência à Pop Art, em que num momento de crise da arte, traz a massificação da cultura popular capitalista para o centro de discussão. A verticalidade é uma ironia em que se pretende transformar a baixa cultura em alta, como se dá na transvanguarda. A ironia também de transformar nossa maior tragé- dia, a colonização cultural, em diversidade que tanto enriquece nossa cultura. Fiz todo o trabalho pensando num movimento. Pretendi instaurar um nomadismo de ideias e um engajamento indefinido na abordagem que se faz da identidade nacional brasileira. XIX Bienal Internacional de Cerveira.


Zélia Mendonça

Autora - Zélia Mendonça Título - Dandões de Maria Ano - 2016

Dimensões - 1.20 x 2.30 cm Técnica - Assemblage Fotografia de Zélia Mendonça


Portifóilo

Dandões de Maria

Nessa obra, revisito a lembrança e as sensações que senti ao ser mãe pela primeira vez. O sentimento nasceu junto com o nascimento de minha neta, quando pela filha revivi a sensação de trazer à vida uma mulher. Dandões atribuo aos alfinetes, um termo antigo para o uso destes nas fraudas de pano, hoje em desuso. As cores e diversidade de materiais coloridos expressam a intensidade e variedade de sentimentos que vem com esta experiência. Fui mãe solteira aos 19, o que marcou também minha entrada na maturidade. Amo reinventar, hoje uma nova vida me faz como avó de Maria, quarta neta nascida de minha caçula, num momento em que me dedico à arte em período integral. Dandões de Maria é um canto à maternidade, a alegria da vida que não para de se impor num mundo tão controverso. Ser mãe é a experiência máxima de que a vida é incontrolável e que o amor deve vir junto com o improviso para se alcançar a plenitude. Apesar da profusão de sentimentos, saberes e responsabilidades, a expressão é de um ajustamento. A maternidade se faz no inusitado, na práxis, na descoberta dia após dia de seus limites e possibilidades. E é assim sendo mãe, avó e artista que encontro a unidade tranquilizadora na descoberta de minha identidade pelos caminhos da obra de art


Zélia Mendonça

Autora - Zélia Mendonça Título - Ave Maria


Portifóilo

Autora - Zélia Mendonça Título - Infância Perdida


Zélia Mendonça

Autora - Zélia Mendonça Título - Luzes


Portifóilo

Autora - Zélia Mendonça Título - Reflexos


Zélia Mendonça

Autora - Zélia Mendonça Título - Passado

Autora - Zélia Mendonça Título - Colonização


Portifóilo

Do Outro Lado

A exposição DO OUTRO LADO, “TRAMA” traz ao público uma reflexão sobre o colonialismo com enfoque nos ciclos económicos do Brasil Império e seus desdobramentos na República Brasileira e contemporaneidade. Aborda elementos tanto de miscigenação quanto de exploração, num enredo que tem como palco principal a Amazónia e outras regiões do país que sofreram com a chegada dos europeus. Falar em ciclos económicos brasileiros, sempre nos remeterá a ciclos de exploração, o que caracterizará a identidade brasileira, bem como seus problemas e preocupações atuais em todos os tempos. Zélia Mendonça (n.1957), artista autodidata e multimeios, convida-nos a uma viagem pelo mar, para o outro lado do Atlântico, através de um corpo de trabalhos organizados por quadros temáticos, dominados, tecnicamente, pelo uso extenso do têxtil e de objetos a ele associados, com uma combinação e profusão de cores que carregam a temperatura do Brasil. Num ciclo expositivo, entramos na nau da Trapizonga (memória da participação da artista na XX Bienal Internacional de Arte de Cerveira) e refazemos a rota dos primeiros navegadores, carregada de criatividade

e arte afim de promover a reflexão de um país de proporções continentais, cuja vicissitude é ora prisioneira de uma trajetória circular, ora se desdobra às custas da convergência de vidas humanas num cenário de reinvenção de uma identidade nacional através dos choques entre nações. COLONIZAÇÃO é a peça interativa da exposição. Trata-se de uma caixa ornada com objetos e espelhos em assemblage e uma capa feita também com vários itens. O visitante é desafiado a vestir esta pesada capa e a olhar para dentro de si. Seguem-se os quadros (ou séries): PASSADO, PRECIOSAS, CANAVIAL, OURO, DIAMANTINA, SERINGUEIRA e FUTURO, refletindo este último uma importante reflexão sobre o presente e, nomeadamente, sobre a devastação da Amazónia que não se trata da devastação de riquezas, mas de vida. Se na peça sobre o passado o rastro é de comércio e abundância, agora o rastro é de fuga e esmagamento. Os pés não vão e voltam. Eles só vão. Para onde? Estão à procura de paz. Caminham sobre um branco incerto, sobre o que restou de riquezas e deixam nas pegadas o que foi um dia. É um quadro de desespero diante do sentimento niilista.


Zélia Mendonça

Autora - Zélia Mendonça Título - Trapizonga Ano - 2018

Dimensões - 3,50 x 1,50 x 1,70 m Técnica - Assemblage Fotografia de Zélia Mendonça


Portifóilo

Trapizonga

Um dirigível, com dimensões de 3.50m X 1.30m X 1.70m, pretende encantar visitantes na 40ª Bienal de Cerveira. Zélia Mendonça se propõe levar uma estrutura de um dirigível a ser completada durante o evento com a participação de artistas presentes no evento. Para tanto, levará o material que poderá compor, através de latas recicladas, pinturas e tecidos coloridos em combinação com crochê, técnica do fuxico, flores e outros materiais descartados, o tema “Liberdade” sob coordenação da artista. A ideia é que a instalação seja montada em frente à casa do pintor Jaime Isidoro. E que lá permaneça se for possível e de interesse. Interativa, as pessoas poderão entrar na obra e refletir sobre o sentido da sua casa, sua identidade, sua vida, seu mundo, até encontrar o sentido de liberdade próprio, enfim. Uma vez dentro do dirigível, o visitante, além da própria construção assistirá a um vídeo sobre o tema que o levará à reflexão libertadora de si mesmo. Obs. Obra Exposta na XX Bienal de Cerveira, Portugal


Zélia Mendonça

Autora - Zélia Mendonça Título - Expecthexa Ano - 2018

Dimensões - 1,30 x 2,20 m Técnica - Assemblage Fotografia de Zélia Mendonça

Obs


s. Obra selecionada para o evento Football Parede, São Paulo

Portifóilo

Football Parade

Muitas teorias e polêmicas envolvendo o futebol foram escritas. Mas nada que diminuísse sua relevância para a cultura e a identidade nacional. Fonte de alegria e muita paixão, como qualquer arte ele eleva o individual ao coletivo. Por isso, a ideia é colorir o objeto central de sua pratica, a bola, para traduzir esse encontro das artes estampando imagens alegres desenhadas com tintas e canetas nos gomos. Tudo bem colorido de forma a trazer a ludicidade, a ingenuidade e a paixão deste desporto popular.


ZÊlia Mendonça

Oficina de arte em escola de risco, Brasil


PortifĂłilo

Oficina de arte para imigrantes fugidos dos países de origem, França


Zélia Mendonça

2008: Recebe o prêmio Vitória Alada, Ordem dos Parlamentares do Brasil, São Paulo, Brasil;

2014: Recebe a COMENDA DA LIBERDADE E DA CIDADANIA, fazenda do Pombal, D.F., Brasil;

2015: Agosto - Estreia aos 59 anos, Exposição Individual Encontro, Tiradentes, Brasil; Setembro - Exposição Coletiva – Curadoria de Heloiza Azevedo, onde ganha o segundo lugar pelo juri popular, Paris, França;

2016:

Cronologia de Exposições:

Janeiro - Exposição Individual, Torsos e Outros, CCUFSJ, Centro Cultura da Universidade de São João Del-Rei, Brasil; Exposição Coletiva – BRAZILIAN ART IN NEW YORK; Abril - Exposição Coletiva Temática de Artes Visuais “Willian Sheakspeare - 400 anos depois”, Museu Mineiro, Belo Horizonte, Brasil; Maio - Exposição Coletiva - Arte Brasileira no Porto, Portugal; Julho - Exposição coletiva – Entre o Saber e o Criar, Galeria Spazio Surreale, São Paulo, Brasil; Setembro - Residência Artística em Vila Nova de Cerveira, Portugal; Outubro - Exposição Coletiva - Projeto Outubro Rosa 2016, Curadoria de Patrícia Rosa, SESC, Salvador, Bahia, Brasil; Novembro - Exposição individual – Shakespeare 400 anos, Curadoria de Enoch Nascimento, Centro Cultural Yves Alves, Tiradentes, Minas Gerais, Brasil; Novembro - Exposição – Fórum do Amanhã, Tiradentes, Minas gerais, Brasil; Novembro - Exposição Coletiva – Salon UAP, 60 anos, Saint Denis, França; Novembro - Exposição Coletiva – Segunda Exposição de Arte e Cultura da AABB, São João del-Rei, Brasil;


Portifóilo

Dezembro – Exposição coletiva Arco – BH, Belo Horizonte, Brasil;

2017: Março – Exposição Femes Dans Le Monde – Café La Pêche, Montreuil. França; Março - Exposição Femes Dans Le Monde - Brise Miche, Paris, França; Março – Projeto Femes Dans Le Monde, trabalho com refugiados que imigraram para a França. Duração de 30 dias, finalizando com a Exposição no Musée de La Histoire Vivante, Montreuil, França; Abril – Exposição Individual Museu De Sant’Ana, Tiradentes, Minas Gerais, Brasil; Maio – Exposição coletiva IN ART FAIR, Porto Art Gallery, Porto, Portugal; Maio – Exposição coletiva Espai Marc Limós, Bacelona, Espanha; Junho – Exposição coletiva Segundo Salão de Arte Brasileira, Vanduzer, Saal, Liechtenstein. Julho – Exposição coletiva Inverno Cultural da Universidade de São João Del-Rei, Brasil; Julho – Agosto - Setembro – Participa da Bienal de Cerveira, Vila Nova de Cerveira, Portugal; Agosto – Exposição coletiva – Percepção e Vivência do Sagrado, Memorial Dom Lucas, São João Del Rei, Minas Gerais; Setembro – Exposição coletiva, Mostra Internacional de Arte, Montmartre, Teresina, Piauí; Outubro - Exposição coletiva, Tributo a Klimt, The Viena Workshop Gallery, Viena, Áustria; Novembro – Exposição coletiva - Mostra de Arte Brasileira, Campus de Justiça, Lisboa, Portugal; Novembro – Exposição coletiva Mares Estrela Guia, Londres, Inglaterra; Novembro –Exposição coletiva - Corpos Accords, 61 Salon, Saint Denis, França; Dezembro – Exposição Ao Mestre Quaglia, Memorial Dom Lucas, São João Del-Rei, Minas Gerais;

2018: Janeiro - Exposição coletiva - Galeria Anjos Arte Galeria, Rio de Janeiro, R.J. Brasil; Fevereiro – Exposição coletiva

– Arteria BCN, Barcelona, Espanha; Março – Exposição coletiva – Kaonigallery.es. Barcelona, Espanha; Exposição Coletiva – Arte Borgo Galeria, Roma, Itália. Abril -Exposição coletiva Museu das Causas. Um sonho, Um Desafio E Um Ato de Criação de Liberdade, Convento Corpus Christi, Vila Nova De Gaia, Portugal; Agosto - Pensamento E Risco, Exposição Internacional De Livros De Artistas, Auditório Municipal de Gondomar, Sala Júlio Resende, Gondomar, Portugal; Agosto – Recebe o título de Dr. Honris Causas pelas ment Supéricur Libre des Sciences des Lettres et dês Arts, Paris, Universidade UNIP Polo Lauro de Freitas, Faculdade de Ciências e Artes Lauro de Freitas, BA e Conselho de Direitos Humanos e Comissão de Educação Lauro Freitas; Agosto a Setembro - Trapizonga, Intervenção na XX Bienal de Cerveira, Vila Nova de Cerveira, Portugal; Setembro e Outubro – Exposição Biblioteca e Livros, Biblioteca Municipal de Gaia, Vila Nova de Gaia, Portugal: Outubro – Oficina de arte com os alunos da Escola Estadual Iago Pimentel, São João del-Rei, M.G., Brasil; Outubro – Participa da Semana Criativa em Tiradentes, onde ensina o crochê, fuxico e bordado para mulheres, Tiradentes, M.G., Brasil; Dezembro de 2018 a janeiro 2019 – Exposição Individual “PER FIDEM”, Museu Memorial Dom Lucas, São João del-Rei, M.G., Brasil; Setembro e Outubro – Exposição individual “TORSOS E OUTROS”, Museu MUMO, Belo Horizonte, Minas Gerais; Outubro e Novembro – Residência artística na casa do Artista Jayme Isidoro, pela Fundação Bienal de Cerveira, Portugal; Novembro de 2019 a fevereiro de 2020 – Exposição individual “DO OUTRO LADO”, Museu Bienal de Cerveira, Vila Nova De Cerveira, Portugal.


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55 32 98887-6643 zeliamendonca.com.br zelia@zeliamendonca.com.br

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