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Protagonistas da Participação em São Bernardo do Campo Revista do projeto / 2014 – número 01
Redescobrindo São Bernardo e seus protagonistas
Projeto Protagonistas da Participação em São Bernardo do Campo
Índice A vida como obra de arte
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Apresentação
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Uma aproximação à prática cotidiana da participação em São Bernardo do Campo
Participação: uma prática instituída, mas um conceito ainda em construção
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32 provocações para ver o mundo. Universos conceituais da cotidianidade
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Os nossos 32 mundos conceituais
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O que significa participação para você
... 18
Participação . Quantas pessoas são necessárias para que ela ocorra?
Milhares de histórias particulares para formar uma grande história coletiva
Quem é o Agente de Participação Cidadã-APC?
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... 19 ... 20 ... 22
Projeto Protagonistas da Participação em São Bernardo do Campo
A vida como obra de arte
“Resulta-me curioso que na nossa sociedade a arte tenha ficado restrita aos objetos e não aos indivíduos ou à vida. Que a arte seja uma especialidade feita somente por artistas é no mínimo injusto. Por que não poderia cada um fazer da sua vida uma obra de arte?" Michael Foucault
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Represa Billings
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Projeto Protagonistas da Participação em São Bernardo do Campo
Apresentação
O projeto Protagonistas da Participação é uma iniciativa da prefeitura de São Bernardo do Campo que busca identificar na cidade as variações no significado da palavra ʺparticipaçãoʺ. Consideramos que há uma ampla diversidade de entendimentos e usos não necessariamente vinculados às iniciativas promovidas pelo governo. Identificar as diferentes percepções da população e construir um entendimento comum sobre o tema é o objetivo principal desse trabalho. Considerando que o conceito de participação deve ser
entendido como um processo de ação coletiva comportamental o projeto buscará promover concomitantemente uma reflexão sobre 32 conceitos denominados provocações.
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Projeto Protagonistas da Participação em São Bernardo do Campo
Embora de índole diversa esses mundos conceituais se inter-relacionam estreitamente na medida em que definem os limites e as possibilidades da nossa sociedade para entender as profundas transformações atuais. Resgatar essa visão de mundo é um dos pressupostos necessários para desenhar estratégias que nos levem a consolidar uma visão compartilhada de futuro na tantas vezes demandada construção da cidade desejada. A metodologia prevê o desenvolvimento de duas pesquisas: uma qualitativa com 200 pessoas e outra quantitativa, sob a base da categorização das respostas colhidas, com 600 pessoas. A nossa base territorial serão as 20 regiões de planejamento da cidade.
Apresentação
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Projeto Protagonistas da Participação em São Bernardo do Campo
Portanto, entrevistaremos 10 pessoas por região. Nessa primeira etapa os entrevistados responderão uma pergunta geral sobre o que é participação, duas perguntas aleatórias sobre opinião e duas perguntas aleatórias sobre comportamento. Cinco em total. A intenção é que em todas as regiões sejam feitas as 32 provocações de maneira que tenhamos uma amostra em escala regional daquilo que ao ser consolidado nos revelará o entendimento da cidade.
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Apresentação
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Uma aproximação à prática cotidiana da participação em SBC
Como toda grande aventura, esta viagem pela participação em São Bernardo do Campo nos reserva a oportunidade de observar, comparar e aprender. Obsevar os diversos usos de uma prática que faz parte da natureza social das pessoas. Comprar os diferentes entendimentos, as variadas maneiras de entender os processos de ação coletiva já presentes nos bairros da nossa cidade. Aprender, como sempre, da experiência dos milhares de moradores que todos os dias constroem esta cidade com entusiasmo e otimismo.
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O que é participação para você? é a pergunta que faremos. Esperamos poder construir um conceito adequado às características e perfil da nossa gente. É uma proposta de construção coletiva. Um convite aos moradores e moradoras interessados a refletir sobre nossa visão de futuro, sobre as nossas práticas adquiridas, sobre a cidade que queremos. O resultado? A visão simples e honesta de todos aqueles que vivem São Bernardo, gostam dela e participam.
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Uma aproximação à prática cotidiana da participação em SBC
Projeto Protagonistas da Participação em São Bernardo do Campo
Participação: uma prática instituída, mas um conceito ainda em construção
Depois de mais de vinte anos de experiências bem sucedidas, o
Brasil pode estar orgulhoso de ser um dos países que mais tem contribuído na reflexão mundial sobre a implementação de metodologias participativas. O orçamento participativo-OP talvez tenha sido a experiência melhor avaliada e mais replicada dentre as políticas brasileiras de democratização da gestão local. Muito já foi escrito sobre seus impactos, seus limites e oportunidades. 11
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Certamente a euforia dos primeiros anos e as altas expectativas dos participantes foram reconfigurando o cenário participativo nessas mais de duas décadas onde a experiência ganhou legitimidade, mas também evidenciou uma severa crise da maioridade. A questão da participação, no entanto, embora muito discutida na sua dimensão prática, foi pouco debatida no seu caráter conceitual. Talvez porque sobre ela pairasse o axioma de que todo processo participativo, na sua amplitude e diversidade, tende a ser sempre bom. Hoje, onde os discursos incluso os historicamente antagônicos- mostram sinais de homogeneização, resulta importante resgatar a origem do conceito e delimitar novamente as fronteiras do seu significado. Ou seja, trata-se de identificar primeiramente o que quer dizer a palavra “participação”, aproximando essa definição ao seu
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Participação: uma prática instituída, mas um conceito ainda em construção
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caráter cotidiano de ação coletiva, anterior a qualquer iniciativa institucional. Para isso, cabe realizar duas perguntas abertas à população: O que é participação para você? Como você participa? De maneira que as respostas possam nos dar uma pauta sobre os usos sociais práticos e sobre o entendimento que a cidade tem sobre o tema participativo. Naturalmente, a tendência a direcionar uma resposta dentro dos já consolidados espaços institucionais presentes na cidade não devem ser vistos como um limitador. A participação, assim como outros conceitos polissêmicos, sofre tanto pelo excesso de significados como pela falta de uma conceituação adequada, local, que esteja à altura do nível reflexivo e prático da nossa população. Ou seja, usando as nossas palavras, intentaremos descobrir o que é a participação em São Bernardo do Campo.
Participação: uma prática instituída, mas um conceito ainda em construção
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Av. Lions, S達o Bernardo do Campo
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32 provocações para ver o mundo. Universos conceituais da cotidianidade
A pesquisa não acaba com a construção coletiva do significado da palavra "participação". O projeto tem a expectativa de poder abordar alguns aspectos comportamentais que, sob o nome de mundos conceituais, serão trabalhados por intermédio de perguntas abertas. Para conseguir um melhor resultado na
etapa de formulação das perguntas, cuidamos que tanto o entrevistador como o entrevistado possam dialogar entre palavras conhecidas e experiências cotidianas. Embora essas 32 provocações possam parecer em princípio intimidantes, elas 15
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são simplesmente o resultado de observar a realidade e tentar descrevê-la. Contudo, serão os nossos protagonistas os que nos revelarão qual é a sua percepção sobre cada um desses temas, tomando como referência a sua visão de mundo e as suas esferas de encontro social e relacionamento. Dessa forma, esperamos aproximar as múltiplas dimensões sociais pelas quais se expressa a participação com os valores resultantes da reflexão comportamental, que não podem ficar desvinculados de qualquer exercício de cidadania em prol do
fortalecimento de uma sociedade que elabora e discute conhecimento, delibera e está atenta e disposta a seguir trabalhando pela consolidação da sua democracia.
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32 provocações para ver o mundo. Universos conceituais da cotidianidade
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Os nossos 32 mundos conceituais: 01. Sistema de analogias
17. Giro copernicano
02. Pensamento Abissal & Teoria do bom selvagem
18. Direitos vs deveres
03. Obstáculo epistemológico
20. Tensão vs conflito
04. Invisibilidade social
21. Individual vs coletivo
05. Planejamento e prospectiva
22. Progeria
06. Identidade e alienação
23. Reificação
07. Risco dos axiomas
24. Conservação e mudança
08. Juridificação
25. Teoria do ganha-ganha e o dilema de Sansão
09. Maquiavelismo meio/fim/condição
19. Inato vs aprendido
10. Miopia e hipermetropia social
26. Teoria do pensamento único
11. Desobediência civil
27. Relações de poder
12. Cyber política
28. Negociação
13. Balcanização
29. Relativismo
14. Alteridade
30. Etnocentrismo
15. Ontologia da linguagem
31. Teoria da decisão
16. Área de desconforto
32. Conceitos Polissêmicos 17
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O que significa "participação“ para você?
Participação é um conceito com diversos significados. Chamamos a isso conceito polissêmico. Há uma definição formal e milhares de percepções individuais. Cada morador pode ser a sua. Este projeto busca identificar essa diversidade e reconhecer que quando falamos em participação cidadã, o próprio sentido da palavra já é uma construção coletiva.
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Participação. Quantas pessoas são necessárias para que ela ocorra? Caminhando pela cidade e observando os processos de ação coletiva encontramos, além de diversas formas de entender a participação, uma constante importante na hora de quantificar a prática. Parece que não existe participação quando não há envolvimento de pelo menos duas pessoas. Todo indica que para participar precisamos compartilhar objetivos e delimitar responsabilidades. Dessa maneira, a prática
participativa não pode ter limites máximos, dada a força social que pode chegar a envolver, mas nasce e se desenvolve em todo lugar onde duas ou mais pessoas trabalhem, com suas respectivas forças, para recolorir a vida e fortalecer a sociabilidade, inclusive desde sua dimensão mais local e cotidiana. 19
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Milhares de histórias particulares para formar uma grande história coletiva
A história de São Bernardo do Campo, como legado, é uma bandeira alinhavada com os fios de milhares de histórias individuais. É a vida e obra de migrantes esperançosos, de famílias empreendedoras, de homens e mulheres que acreditaram nesta terra; é a nossa própria história aqui retratada. Como processo, é uma etapa de sensibilização que se ancora com responsabilidade no futuro e, sob uma visão compartilhada, se enfrenta solidariamente diante de uma nova
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oportunidade para construir a cidade que queremos e a sociedade que precisamos ser para alcançar esse futuro desejado. Assim, a memória de São Bernardo do Campo contada desde o ponto de vista da tradição oral foi a primeira parte de uma história que continua sendo contada. Na época o projeto publicou o livro "São Bernardo do Campo 200 anos depois. A história da cidade contada pelos seus
protagonistas". Hoje, com espírito renovado, voltamos a demandar dos protagonistas da construção cotidiana da cidade mais um momento de reflexão e parceria. Dessa vez o objeto de trabalho é uma das mais elevadas conquistas da democracia no Brasil. Falamos de participação. Falamos daquilo que você entende quando perguntamos: o que é? Mas que um significado, procuramos uma significação.
Milhares de histórias particulares para formar uma grande história coletiva
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Quem mais participa do projeto? Quem é o Agente de Participação Cidadã-APC?
Um APC é um servidor comprometido com a melhoria da comunicação entre o governo e a comunidade. É um facilitador e um agente multidisciplinar presente em cada uma das vinte regiões da cidade. Eles e elas, possuem capacidades diferenciadas para ouvir, esclarecer e informar. São eles os encarregados de falar com a cidade e os responsáveis pela realização das entrevistas deste projeto.
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Projeto Protagonistas da Participação em São Bernardo do Campo Secretaria de Orçamento e Planejamento Participativo – SOPP Prefeitura de São Bernardo do Campo
contato: victor.arroyo@saobernardo.sp.gov.br ano: 2014