Jornal Empresariall - edição 8

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Edição 08 - Ano I - Março de 2011


Nem mesmo um cenário econômico adverso, sob a perspectiva de inflação, sobrevalorização do real, além das incertezas decorrentes das economias dos países desenvolvidos é capaz de alterar a perspectiva de crescimento industrial capixaba para este ano. Os números do Produto Interno Bruto (PIB) industrial refletem bem essa realidade. Enquanto o índice capixaba está em 7%, a média nacional alcançou a marca dos 3,5%. Por outro lado, a taxa do crescimento brasileiro está projetada em 4,5% contra os 6% do estado. A produção industrial capixaba cresce o dobro da média nacional. O índice

EDITORIAL positivo de quase 9,5% conquistado no início deste ano deixou o Espírito Santo em posição confortável em relação aos demais estados da federação, o transformando em uma espécie de locomotiva do país. Mas todo o processo de crescimento industrial também suscita uma preocupação recorrente: sustentabilidade. E o exemplo veio por meio das empresas Samarco Mineração e ArcelorMittal Tubarão. A Samarco investe R$ 38 milhões em projeto ambiental registrado na ONU, pelo qual deixarão de ser lançados 160 mil toneladas/ano de CO2 na atmosfe-

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EXPEDIENTE

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ra, minimizando o efeito estufa e o aquecimento do planeta, com a substituição do óleo combustível por gás natural. A ArcelorMittal Tubarão reduzirá a emissão de enxofre no ar da Grande Vitória por meio de sistema pioneiro que consumiu US$ 27 milhões. Outro ponto da indústria capixaba que corrobora com o crescimento é a qualificação e capacitação promovida por várias entidades como, por exemplo, a ISA-ES, com a realização de cursos em várias áreas. Na Fibria as notícias dão conta de uma homenagem a empresário norueguês com uma escultura, além da divul-

gação em torno do nome do novo presidente da empresa Marcelo Castelli que assumirá o cargo em julho. E, por fim, o surgimento de um canal que vai aglutinar as demandas do segmento industrial capixaba no que se refere a comunicação. É a inauguração do site do Jornal Empresariall. A iniciativa rompe barreiras e projeta o setor industrial capixaba aos quatro cantos do planeta. A entrada no ar está prevista para os próximos dias. Agora é só acessar o endereço www.jornalempresariall.com.br e acompanhar as novidades do setor industrial capixaba. Tenham todos uma boa leitura!

JORNAL EMPRESARIALL : Circulação: mensal / Tiragem: 15.000 exemplares / Distribuição: Vale, 6272/ E-m mail: markeArcelorMittal Tubarão, Samarco e Fibria Celulose / Telefone: (27) 8877-6 ting@jornalempresariall.com.br / Departamento de Marketing e Comercial: Lucas Cavallini / Jornalistas Responsáveis: Patrícia Arruda MTB/ES 2150 - Vandique Magalhães MTB /ES 552 / Diagramação e Arte: José Carlos Vieira Júnior / Impressão Gráfica: Parque Gráfico Rede Gazeta


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Projeto da Samarco é registrado pela ONU Empresa investiu R$ 38 milhões para substituir óleo combustível por gás natural e deixará de emitir 160 mil toneladas\ano de CO2 O fenômeno do aquecimento global é uma realidade cada vez mais presente nas pautas de discussões entre diversos setores da sociedade. E neste contexto, a Samarco Mineração desenvolve um amplo Programa de Gestão Ambiental, focado na redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE). A mais recente conquista aconteceu no início de dezembro de 2010, com o registro do Projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) da empresa pela Convenção Quadro, sobre Mudanças Climáticas, da ONU. Trata-se do projeto de substituição do óleo combustível pelo gás natural no processo de queima dos fornos de pelotização de três usinas, localizadas na planta industrial de Anchieta (ES). Com a substituição, finalizada em outubro de 2010, a Samarco começou a

Divulgação

reduzir as emissões de GEE, contribuindo para o combate ao aquecimento global. Com o uso do gás natural, a empresa deixará de emitir o equivalente a 160 mil toneladas de gás carbônico por ano. "Com o registro na ONU, todos os gases do efeito estufa que a Samarco deixar de emitir nos fornos de pelotização poderão ser transformados em Redução Certificada de Emissões (RCE), o chamado crédito de carbono. Isso acontecerá após recebermos uma verifica- Executivos holandeses visitam Porto de Ubú em busca de inovações dora credenciada, que irá checar nosso sistema de monitora- gerar para a empresa até US$ Crédito de carbono mento de emissões nas usi- 2,5 milhões com a venda de nas.", explica o analista de Meio créditos de carbono. E mesmo Os créditos de carbono Ambiente da empresa e um antes de iniciar sua participasão certificados gerados por dos autores do projeto de MDL, ção no mercado, a companhia projetos que, comprovadajá vem recebendo propostas Thales Crivelli Nunes. mente através de metodoloO volume equivalente a 160 de potenciais compradores, de gias, reduzam ou absorvam mil toneladas de gás carbônico, instituições financeiras, empreemissões de gases do efeito que deixará de ser emitido pela sas de energia, consultorias, estufa. Os compradores Samarco anualmente, poderá ONGs, entre outras. destes créditos são empreDivulgação sas ou governos de países desenvolvidos, que precisam alcançar metas de redução destas emissões. Os vendedores são diversificados, dependendo do país de origem do projeto. Reino Unido, Suíça e Japão são os maiores compradores, enquanto China, Índia e Brasil são os que mais vendem.

Executivos de Rotterdam visitam Porto de Ubu No final de fevereiro, a Samarco recebeu um grupo de executivos do Porto de Rotterdam International, na Holanda, que estiveram no Espírito Santo conhecendo os portos capixabas e buscando parcerias, visando novas soluções portuárias. O diretor-geral do Porto de Rotterdam, Roger Clasquin, e o diretor de Projetos, Marc Evertse, além do secretário de Desenvolvimento Econômico do Espírito Santo, Márcio Félix, foram recebidos em Ubu, onde participaram de uma apresentação institucional da empresa e fizeram uma visita ao porto. Considerado um dos maiores terminais marítimos do País, o Porto de Ubu também chama atenção de pesquisadores japoneses. Na última semana, a Samarco recebeu a visita do técnico pesquisador da área de Economia do Consulado do Japão no Rio de Janeiro, Kensuke Hayashi. O pesquisador veio em busca de informações sobre as características físicas e operacionais do porto. Ele também visitou a unidade industrial e tirou dúvidas sobre o processo de produção da empresa.


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Vale obtém lucros recordes em 2010 Com lucro líquido de R$ 30 bilhões, a expectativa dos dirigentes da Vale é que a mineradora repita os excelentes ganhos em 2011 Agência Vale

Após divulgar o maior lucro líquido da história da indústria de mineração, a Vale prevê um 2011 igualmente positivo. Com ganhos de R$ 30 bilhões, este foi o melhor resultado anual da empresa - e o maior da história da mineração -, caracterizado por recordes de receitas operacionais, lucro operacional, margem operacional Diretor executivo de Marketing José Carlos Martins e geração de caixa. Segundo o presidente Existem claros sinais de que eles irão executivo da mineradora, Roger Agnelli, reduzir seus embarques nesse ano", afirnão há mudanças à vista nos fundamen- mou Martins. tos do mercado e os fatores que propicia"Quanto aos produtores marginais de ram os elevados ganhos em 2010 devem minério de ferro na China, vemos os seus continuar existindo pelos próximos meses. custos subindo. Nesse aspecto, estamos "Estamos vivendo nossos melhores bem posicionados e a competitividade dias. No entanto, dado o tamanho e a do nosso minério deve crescer", acresqualidade do pipeline de projetos de centou. expansão em meio a um cenário de cresNo ano passado foram investidos pela cimento sustentável da demanda global Vale o montante de US$ 12,7 bilhões em por nossos produtos, acredito fortemen- manutenção de ativos existentes e em te que dias ainda melhores estão por vir", exploração de múltiplas oportunidades afirma o presidente. de crescimento, com a entrega de seis proSobre a demanda por minério, o dire- jetos. Além disso, foram empregados US$ tor de Ferrosos, José Carlos Martins, vol- 6,7 bilhões para financiar aquisições, tou a citar a situação da Índia e da China principalmente de ativos de fertilizantes quanto à produção. "Em nossa visão, a no Brasil. No total, o investimento em Índia terá um papel cada vez menor no 2010 atingiu US$ 19,4 bilhões, o maior na mercado internacional de minério de ferro. indústria mundial de mineração.

ISA ES abre calendário de eventos 2011 A ISA Espírito Santo, que tem como objetivo a atualização profissional e a reciclagem técnica, abriu seu calendário de eventos para este ano. Por isso, é bom agendar as datas e não perder tempo. No próximo dia 6 de abril acontece a 15ª edição do Encontro Técnico Profissional da ISA ES, que abordará o tema "Sistemas Híbridos". O evento será realizado no auditório da FINDES, em Santa Lúcia, Vitória. As vagas são limitadas e as inscrições já estão abertas no site www.isa-es.org.br. A entrada no evento ocorrerá mediante a entrega de 1Kg de alimento não perecível. Todo o material arrecadado será doado a uma entidade assistencial sem fins lucrativos.

ISA SHOW ES 2011 já tem data definida A ISA ES já está preparando a 10ª edição do tradicional evento regional do setor de Instrumentação, Sistemas, Elétrica e Automação, o ISA Show 2011. O evento, que contribui para a inserção e visibilidade das empresas de automação na economia regional, será realizado entre os dias 31 de agosto e 1º de setembro, no Centro de Convenções de Vitória, na capital.

O evento contará com a participação efetiva de empresas dos ramos industriais de grande destaque no Espírito Santo e de outros estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Com quase 90% do espaço total da feira vendido antecipadamente, a expectativa dos organizadores é que o evento supere o sucesso de anos anteriores no quesito público e negócios.

O ISA Show é considerado um dos maiores e o mais qualificado evento na área, promovendo espaço para desenvolvimento, realização de negócios e parcerias a partir da divulgação de tecnologias de ponta, lançamentos de produtos e novos processos de gestão e serviços, proporcionando um ambiente de público especializado, tomador de decisão e formador de opinião.


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Empresário é homenageado na Fibria O norueguês Erling Lorentzen ganhou escultura feita com materiais do processo de fabricação da celulose de eucalipto

Fibria terá novo presidente A Fibria terá novo presidente executivo a partir do dia 1º de julho deste ano. É o engenheiro mecânico Marcelo Castelli que assumirá o cargo depois de atuar como diretor Florestal e exercer funções de liderança em áreas de produção, projetos e negócios em grandes empresas do setor. "Será um grande desa- Marcelo Castelli: um grande desafio fio e espero continuar contribuindo da melhor forma Carlos Aguiar, que está à frente para o crescimento e desenvol- da empresa desde a sua criação vimento consistente da empre- em 1º de setembro de 2009. sa" disse Castelli antes mesmo Aguiar passa agora a atuar no Conselho de Administração da de assumir o cargo. O novo presidente substituirá empresa.

O homenageado Erling Lorentzen entre José Roberto Ermírio de Moraes (à esquerda) e o presidente da Fibria Carlos Aguiar

A Diretoria da Fibria e representantes do Grupo Votorantim prestam homenagem ao empresário norueguês Erling Lorentzen com uma escultura em reconhecimento ao seu trabalho empreendedor que fez nascer a empresa que viria a se tornar a maior produtora mundial de celulose de eucalipto. O evento aconteceu na penúltima semana de março (21/03) na fábrica da Unidade Aracruz em meio a uma platéia de convidados com lideranças empresariais e políticas internacionais, nacionais, além de familiares do empresário e de funcionários da Fibria. A escultura do empresário norueguês, criada pelo artista plástico Eduardo Coimbra a partir de materiais do processo de produção de celulose de eucalipto, ficará instalada na fábrica. O objetivo é destacar a importância de Erling Lorentzen na construção e na consolidação da Aracruz Celulose (hoje Fibria),

cujo Conselho de Administração ele presidiu por 37 anos (até 2004). "Lorentzen é um empresário de espírito incansável, que acredita em seus sonhos e luta para realizá-los. Um homem de visão e de coragem, que sempre valorizou as pessoas e a vida e soube traduzir esse sentimento na atividade empresarial", disse o acionista do Grupo Votorantim José Roberto Ermírio de Moraes. "Se hoje temos uma empresa grandiosa e forte, muito devemos ao idealismo e à ousadia do senhor Lorentzen", destacou o diretor-presidente da Fibria, Carlos Aguiar. "Ao conceber a empresa, há mais de 40 anos, ele acreditava tanto no potencial do negócio que a primeira fábrica instalada aqui, com capacidade para produzir 400 mil toneladas de celulose por ano, já nasceu como a maior do mundo", enfatizou o executivo.

Perfil Erling Lorentzen - Nascido em Oslo em 1923, é casado com a princesa Ragnhild, da Noruega. A família reside no Brasil desde 1953. Preside a Lorentzen Empreendimentos S.A. desde 1953 e já presidiu a Companhia Brasileira de Gás - Gasbrás/Supergasbrás (1953-1972). Foi fundador e diretor-presidente da Aracruz Celulose desde sua constituição até agosto de 1975, e presidente do seu conselho de administração (1968-2004). Desde 1996, é membro do conselho da Conservation International do Brasil. Foi idealizador e um dos fundadores do Instituto BioAtlântica (IBio) cujo conselho deliberativo preside desde 2002. Em 2006, fundou a African Plantations for Sustainable Development (APSD), da qual é presidente.


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Por um ar mais limpo na Grande Vitória ArcelorMittal Tubarão investe US$ 27 milhões em sistema pioneiro que reduzirá emissão de enxofre no ar da Grande Vitória Um dos mais modernos e eficazes sistemas de monitoramento e controle de emissões de gases durante o processo industrial do mundo acaba de ser inaugurado na Grande Vitória. A inovação, trazida para o Estado pela ArcelorMittal Tubarão, é denominada Sistema Claus de Dessulfuração e reduzirá em até 88% as emissões de enxofre no processo de produção de coque da empresa e em 25% em toda a sua planta industrial. A instalação do equipamento, inaugurado no dia 16 de fevereiro, foi decorrente de uma das condicionantes ambientais no processo de expansão da produção da empresa para 7,5Mt. Para a definição do melhor projeto para a unidade, especialistas da empresa e analistas do Instituto Estadual de Meio Ambiente (IEMA), fizeram visitas de benchmark a diversas usinas do Grupo ArcelorMittal no mundo. Inédito na América do Sul, o novo sistema é resultado de investimentos de US$ 27 milhões e permite, ainda, que todo o resíduo gerado pelo equipamento possa ser reutilizado pela indústria química. Segundo o Gerente de Meio Ambiente da ArcelorMittal Tubarão, Guilherme Corrêa Abreu, a inovação vai trazer importantes melhorias no controle de emissões da empresa. "Mesmo com a avançada rede

Petrobras cria posto para fornecedores

Início das operações do novo equipamento

de monitoramento contínuo da qualidade do ar na Grande Vitória apontando para o atendimento aos padrões exigidos pelos órgãos ambientais, a empresa investiu no que há de mais moderno e eficaz no mundo para reduzir ainda mais as suas emissões", afirma o gerente. Pioneirismo. O sistema Clauss tem esse nome em referência ao inventor do processo, Carl Friedrich Wilhem Clauss. O sistema foi patenteado em 1883, mas o equipamento que aperfeiçoou a técnica é recente. O primeiro a ser instalado na América Latina é o que foi inaugurado na ArcelorMittal Tubarão. O sistema de controle funciona por meio de reações químicas realizadas mecanicamente na estrutura instalada na coque-

ria - onde o coque, um composto necessário à formação do aço, é trabalhado. De acordo com o gerente ambiental da ArcelorMittal Tubarão, Guilherme Abreu, a emissão de dióxido de enxofre pela empresa ficará mais de 50% abaixo do limite exigido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Além de reduzir o lançamento do poluente no ar, o novo sistema de controle de emissão de gás permitirá a produção de enxofre líquido ou sólido, que será vendido para indústrias químicas. Ele pode ser utilizado, por exemplo, pela indústria farmacêutica e para fertilizantes. "Nós estamos retirando o dióxido de enxofre, transformando-o em enxofre e gerando um subproduto que será comercializado".

Os empresários capixabas interessados em fornecer para a Petrobras contam agora com um novo canal de relacionamento: o Posto Avançado (PA) de Cadastro Corporativo. O novo espaço visa atender as empresas interessadas em fornecer bens e serviços e, além disso, dará todas as informações sobre como integrar o Cadastro Corporativo ou o Registro Local. Gerente da Petrobras-ES, O atendimento será rea- Cristiano Levone lizado todas as terças-feiras, no Edifício Enseada Plaza, no centro de Vitória. Mas o agendamento deve ser feito com antecedência pelo e-mail fornecedoresuoes@petrobras.com.br De acordo com o gerente de Contratação de Bens e Serviços da Petrobras no Espírito Santo, Cristiano Levone de Oliveira, além de permitir aproximação com os possíveis fornecedores, o PA também facilitará a prospecção de fornecedores. "O atendimento presencial torna o relacionamento comercial mais eficiente, tanto em transparência quanto em agilidade", enfatiza. O compromisso das empresas com segurança, meio ambiente e saúde (SMS) está entre as principais preocupações da Petrobras no momento da contratação de bens ou serviços. Entre os critérios para avaliação do cadastro estão o técnico, legal, econômico, gerencial e o de segurança, meio ambiente e saúde ocupacional.


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Metalmecânica cresce com boom industrial Empresas fornecedoras capixabas vão abocanhar U$ 10 bilhões do total dos investimentos a serem aplicados até 2014 Os bons ventos alavancam o setor industrial capixaba, com índices de crescimento superiores ao da média nacional e também impulsionam o desenvolvimento das empresas locais do segmento metalmecânico. O setor se beneficiará dos US$ 37 bilhões a serem investidos até 2014, em mineração, siderurgia, papel e celulose, petróleo e gás, energia e infraestrutura com a abertura de 48 mil postos de trabalho. "Esses investimentos representam excelente oportunidade para crescimento das empresas associadas ao Centro Capixaba de Desenvolvimento Metalmecânica (CDMEC)", afirma o presidente da entidade Antônio Falcão para quem o setor deve abocanhar U$ 10 bilhões nos próximos 4 anos. As empresas capixabas do setor crescem 10% ao ano segundo números do CDMEC e devem abocanhar 45% da fatia de mercado de suprimento e mão de obra local nos grandes projetos industriais capixaba. Para garantir o quadro favorá-

"Excelente oportunidade de crescimento" Antônio Falcão

vel e assegurar maior participação das empresas locais nos grandes projetos como os da Vale, Arcelor Mittal, Fibria, Petrobras, Jurong, CSU, Ferrous, o CDMEC participa e apóia as ações propostas no Programa de Desenvolvimento de Fornecedores do Espírito Santo (PDFES), em conjunto com outras entidades empresariais. Entre as ações defendidas pelo CDMEC está a integração e interação com os investidores e detentores de tecnologia para o desenvolvimento tecnológico do setor, principalmente na fabri-

cação de peças e componentes mecânicos na área de petróleo e gás. "O PDF-ES vem sendo uma importante ferramenta para os associados do CDMEC vislumbrarem as oportunidades de negócios em nível nacional nos grandes projetos", sentencia Antônio Falcão. O Governo Estadual também tem apoiado as atividades do setor, segundo informou Falcão. A prova disso foram os incentivos fiscais conseguidos depois de discussões no Arranjo Produtivo Local (APL).

Segmento é referência nacional "Os fornecedores locais evoluíram muito nos últimos anos, especialmente no fornecimento de serviços especializados, se tornando referência no segmento em nível nacional", diagnostica Antônio Falcão acrescentando: "O desafio atual do setor é avançar no fornecimento de bens e equipamentos”. O dirigente do CDMEC destacou o apoio das grandes empresas na abertura de canais de participação em concorrências e oportunidades, bem como a contribuição que tem dado no conhecimento e novas tecnologias, possibilitando um salto competitivo no setor metalmecânico capixaba. "Outro desafio importante é

a qualificação de mão de obra local", aponta Falcão, para quem o governo está atento à mão de obra necessária na implantação de grandes plantas industriais, por meio de um trabalho de acompanhamento dos trabalhadores das grandes obras, com o objetivo de criar programas de treinamentos. Investimento é a palavra chave para não ficar de fora dos grandes projetos. "É necessário que as empresas do setor metalmecânico continuem investindo em equipamentos, instalações, processos e, principalmente, nas pessoas para competirem com eficiência", ensina Falcão. Uma das prioridades do

CDMEC é a busca pelo aperfeiçoamento do desenvolvimento tecnológico das empresas capixabas. De acordo com a entidade, o posicionamento estratégico e logístico do Estado tem atraído investimentos, promovendo, com isso, a expansão das grandes empresas. A capacidade de produção do setor tem aumentado gradativamente. De 4 mil toneladas/mês em estrutura metálica e caldeiraria no ano de 1995 para 14 mil em 2001. Em 2010 deu um saldo para mais de 40 mil toneladas, levando o estado a ser o 2º maior consumidor per capta de aço no país, com 216 kg por habitante enquanto a média é de 120 kg/hab.

Indústria capixaba sobe quase 10% Entre as 14 regiões do país pesquisadas pelo IBGE, o Espírito Santo, novamente, foi o que apresentou o maior avanço industrial O Espírito Santo apresentou o maior índice de crescimento na produção industrial entre as 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de dezembro de 2010 para janeiro de 2011. De acordo com os dados, divulgados no mês de março pelo instituto, o Estado avançou 9,4% no indicador, superando em 0,4% o Paraná, que ficou na segunda colocação. Os outros cinco locais que tiveram resultados positivos em janeiro foram Bahia (2%), Ceará (1,4%), Amazonas (0,8%), São Paulo (0,7%) e região Nordeste (0,1%). Por outro lado, sete estados apresentaram recuo na produção industrial no mesmo período: Goiás (-4,6%), Pará (-4,1%), Rio de Janeiro (-2,3%), Rio Grande do Sul (-2,3%), Pernambuco (-1,6%), Minas Gerais (-1,2%) e Santa Catarina (-0,4%). Em janeiro, o

índice geral, considerando todas as regiões, registrou leve alta de 0,2%. Na comparação anual, a produção industrial no Espírito Santo também teve significativo crescimento na comparação de janeiro de 2011 com o mesmo período do ano passado. O índice no Estado, nesse período, foi de 9,3%, atrás apenas do Paraná, que apresentou alta de 18,4%. Também foi verificado aumento da produção industrial em São Paulo (3,6%), Pará (3,6%), Minas Gerais (3,1%), Santa Catarina (2,4%) e Amazonas (0,6%). Já os estados que registraram recuos no indicador foram: Ceará (-9,5%), Bahia (-9,4%), região Nordeste (-6,1%), Rio Grande do Sul (-5,5%), Pernambuco (-2,2%), Goiás (-1,0%) e Rio de Janeiro (-0,2%). A média nacional no período foi de 2,5%.



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