Revista CRCRS # 30

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ISSN 1806-9924

REVISTA DO

ABRIL 2017

#30 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL

ARTIGOS TÉCNICOS Classificação das Espécies Tributárias A Importância do Novo Relatório do Auditor Independente para os Profissionais da Contabilidade

ENTREVISTA O que muda com a integração GIA e EFD? Giovanni Dias Ciliato, auditor-fiscal da Receita Estadual do RS, responde

NOTÍCIAS Panambi sedia o primeiro Seminário de Assuntos Contábeis deste ano CRCRS está entre os três conselhos de classe mais lembrados e preferidos do público

Ano de comemoração

para o CRCRS. Em abril a entidade completa

70 anos de criação


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Aproximadamente 10 mil caracteres ou em torno de quatro páginas, com uma média de 230 linhas. Para textos de 4 a 5 laudas: fonte Arial, tamanho 12, espaçamento entre linhas 1,5. Para textos entre 3,5 e 4,5 laudas: fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento entre linhas 1,5.

Serão aceitos trabalhos já publicados em outros veículos, desde que informada essa situação no ato de seu encaminhamento ao CRCRS, sendo que a preferência sempre será dada aos artigos inéditos e/ou preparados especialmente para a Revista. Os trabalhos apresentados em eventos igualmente devem ser informados no ato do seu envio.

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Deverão ser redigidos em Língua Portuguesa e revisados linguisticamente.

Serão recusados artigos que infrinjam a ética e/ou a legislação profissional ou escritos por profissionais sem registro ou em situação irregular perante o Conselho de Contabilidade.

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EDITORIAL

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Lorem ipsum dolor set amet REVISTA DO CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL – ISSN 1806-9924 Av. Praia de Belas, 1554 - CEP 90.110-000 Porto Alegre/RS – Fone/fax: (51) 3254.9400 crcrs@crcrs.org.br – www.crcrs.org.br COMPOSIÇÃO DA DIRETORIA – BIÊNIO 2016/2017 Presidente Antônio Palácios Vice-presidente de Gestão Ana Tércia Lopes Rodrigues Vice-presidente de Fiscalização Mário Antônio Karczeski Vice-presidente de Registro Ricardo Kerkhoff Vice-presidente de Controle Interno Paulo Gilberto Comazzetto Vice-presidente de Desenv. Profissional Magda Regina Wormann Vice-presidente de Relações com os Profissionais Celso Luft Vice-presidente de Relações Institucionais Pedro Gabril Kenne da Silva Vice-presidente Técnico Márcio Schuch Silveira COMPOSIÇÃO DO PLENÁRIO Titulares Contadores: Antônio Carlos de Castro Palácios, Adauto Miguel Fröhlich, Adriel Mota Ziesemer, Ana Tércia Lopes Rodrigues, Ane Elisa Moller Dapper, Belonice Fátima Sotoriva, Celso Luft, Enise Massing, Flávio Flach, Laurise Martha Pugues, Luís Augusto Maciel Fernandes, Magda Regina Wormann, Marcelo Paveck Ayub, Márcio Schuch Silveira, Mário Antônio Karczeski, Mário Kist, Nádia Emer Grasselli, Paulo Gilberto Comazzetto, Paulo Ricardo Pinto Alaniz, Pedro Gabril Kenne da Silva, Rodrigo Kich. Técnicos em Contabilidade: Carlos Eli Debom Rocha, João Roberto Hoerbe, Marice Fronchetti, Cristiani Fonseca de Souza, Marta da Silva Canani, Ricardo Kerkhoff. Suplentes Contadores: Alberto Amando Dietrich, Anabeli Galvan Perera, Andreia Altenhofen, Artur Roberto de Oliveira Gibbon, David Antonio dos Santos, Eduardo Hipolito Dias Sinigaglia, Evanir Aguiar dos Santos, Gerson Luís dos Santos, Grace Scherer Gehling, Guilherme Pressi, João Carlos Mattiello, João Luis Lucas Maracci, José Máximo Daronco, Marcos Volnei dos Santos, Martin Lavies Spellmeier, Mônica Foerster, Osmar Antônio Bonzanini, Roberta Salvini, Saulo Armos, Simone Loureiro Brum Imperatore, Susana Fagundes Garcia. Técnicos em Contabilidade: Cassiana Tonini Carbone, Luís Fernando Ferreira de Azambuja, Magali do Nascimento Santini, Moises Luiz Togni. CORPO EDITORIAL Vice-presidente Técnico: Márcio Schuch Silveira Vice-presidente de Gestão: Ana Tércia Lopes Rodrigues Vice-presidente de Relações com os Profissionais: Celso Luft Jornalista responsável: Valderez Micheletto – MTb 6407 Projeto gráfico: Stampa Comunicação Corporativa www.stampacom.com.br – (51) 3023.4866 – (51) 8317.7000 Editoração e Diagramação: Área Com Publicidade issuu.com/areacompublicidade | (51) 99137.2533 Revisão: MM Coutinho Impressão: Gráfica Editora Pallotti Tiragem: 4.000 exemplares

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ARTIGO TÉCNICO

A importância do novo relatório do auditor independente para os profissionais da contabilidade

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ARTIGO TÉCNICO

Classificação das espécies tributárias

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NOS BASTIDORES

Comunicação, um dos processos centrais das organizações que sobreviverão ao caos ENTREVISTA

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O que muda com a integração GIA e EFD?

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NOTÍCIAS DO CRCRS

Ÿ 4º Fórum Mulheres Movidas por

Desafios Ÿ "Compartilhando experiências, unindo competências" é o lema do XI Encontro da Mulher Contabilista e XVI Convenção de Contabilidade do RS FORMATURAS

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CRCRS prestigia cerimônias de formatura

CONSELHEIROS EM REVISTA

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Conheça os conselheiros Magda Wormann e Paulo Ricardo Pinto Alaniz DELEGACIAS EM AÇÃO

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Atividades das Delegacias Regionais movimentam todo Estado Revista do CRCRS

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EDITORIAL

Ano marcante! Iniciamos 2017 cheios de expectativas e perspectivas. Este ano, especialmente para o CRCRS, será singular e marcante.

Começamos o mês de março com uma excelente notícia. O Conselho de Contabilidade ficou entre os três primeiros conselhos de classe lembrados e preferidos pelo público, segundo pesquisa realizada pelo “Marcas de Quem Decide”, tradicional evento, promovido pelo Jornal do Comércio em parceria com a Qualidata, que premia as marcas mais lembradas e preferidas. A inclusão da categoria “conselhos de classe” foi uma inovação deste ano. Essa distinção evidencia a visibilidade alcançada pelo CRCRS perante a sociedade gaúcha, fruto do trabalho que vem sendo feito em favor da classe contábil e da sociedade de nosso Estado.

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Outro bom motivo de comemoração são os 7 0 a n o s d e f u n d a ç ã o d a e n t i d a d e, completados em 25 de abril − mesma data que marca o Dia do Profissional da C o n t a b i l i d a d e. O r g u l h a - n o s e s t a r presidindo o CRCRS neste momento em que se comemora tudo o que essa entidade vem fazendo ao longo destes 70 anos e o que ela representa hoje no cenário em que atua. Tenho a consciência de que dirijo um conselho atuante e cumpridor de suas prerrogativas. Uma entidade que fiscaliza a p rofi s s ã o co m o a çã o d e p ro te çã o à sociedade e que promove de forma eficaz e c o n s t a n te a e d u c a ç ã o p r ofi s s i o n a l continuada como forma de fiscalização p r e v e n t i v a , m a n t e n d o, a s s i m , o s profissionais capacitados a prestar serviços de qualidade aos seus clientes.


Contador Antônio Palácios Presidente do CRCRS Afora isso, o CRCRS está envolvido e comprometido com ações de responsabilidade social que mostram à sociedade a disposição de nossa classe em colaborar para que tenhamos um País mais justo, oferecendo melhores condições de vida aos menos favorecidos. Dessa forma, fazemos com que nossa profissão seja valorizada e, cada vez mais, reconhecida pela sociedade. Estes 70 anos foram construídos com a dedicação dos conselheiros, delegados, membros de comissões de estudo e funcionários que por aqui passaram. Também com a parceria das entidades da classe contábil que sempre estiveram ao lado do Conselho como complementação às ações que precisam ser desenvolvidas em favor da classe e da profissão. Toda essa congruência de esforços e dedicação fez com que o CRCRS seja referência dentro do Sistema CFC/CRCs, respeitado na sociedade gaúcha e reconhecido como entidade comprometida com os princípios éticos e de transparência. Evoluindo no tempo, chegaremos a setembro, quando teremos mais um importante evento, ou melhor: dois em um. Trata-se do XI Encontro Nacional da Mulher Contabilista e da XVI Co nve n çã o d e Co n t a b i l i d a d e d o R S, d o i s acontecimentos consagrados e tradicionais, que serão realizados simultaneamente, fato que nos imputa uma enorme responsabilidade, mas, ao mesmo tempo, nos traz um prazeroso desafio de proporcionar um evento de excelência aos

Estes 70 anos foram construídos com a dedicação dos conselheiros, delegados, membros de comissões de estudo e funcionários que por aqui passaram.

profissionais da contabilidade de todo o País. Tudo isso sem contar a realização dos eventos de educação continuada. Todas as ações desenvolvidas têm um único objetivo: oferecer uma farta capacitação, evitando, dessa forma, o desconhecimento e a punição. Perseguimos a valorização profissional por meio da ética e do conhecimento. Assim, fecharemos com chave de ouro o 70º ano de existência do CRCRS. É para os 40 mil profissionais da contabilidade do Estado que trabalhamos para ter um Conselho forte e atuante!

Contador Antônio Palácios Presidente do CRCRS

Toda essa congruência de esforços e dedicação fez com que o CRCRS seja referência dentro do Sistema CFC/CRCs.

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ARTIGO TÉCNICO

A importância do novo relatório do auditor independente para os profissionais da contabilidade Um dos assuntos mais discutidos no atual cenário das firmas de auditoria, assim como entre os profissionais de diversas áreas da contabilidade, o novo formato do relatório de opinião do auditor independente agora é uma realidade aplicável em muitas demonstrações financeiras já publicadas no exercício de 2017, referente ao encerramento do exercício de 2016.

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Muitos são os motivos que fundamentam as alterações efetuadas no conjunto das Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas de Auditoria (NBC TAs), que estabelecem as diretrizes do trabalho e da elaboração do relatório do auditor independente. No entanto, é importante destacar que foi por meio de uma iniciativa da International Federation of Accountants (IFAC) que o Novo Relatório do Auditor trouxe mudanças significativas no formato e no conteúdo. No âmbito nacional, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) trabalharam na convergência desse rol normativo para publicar em meados de julho de 2016 as resoluções que alteraram as normas aplicáveis até aquele momento.


As alterações inseridas no Novo Relatório do Auditor já foram amplamente apresentadas e d i s c u t i d a s e n t re o s p rofi s s i o n a i s d a contabilidade. Apesar disso, ainda é pertinente destacar os principais aspectos desse novo modelo de relatório. A reordenação do relatório do auditor, com destaque para a opinião do auditor, que passa a ser a primeira seção do relatório, revela a consideração que está sendo concedida ao leitor da informação, que, de imediato, toma conhecimento da opinião do auditor sobre o conjunto das demonstrações financeiras em análise. A lém disso, outro destaque importante diz respeito à necessidade de apresentar uma conclusão sobre a adequada aplicação da continuidade operacional e se há ou não dúvidas significativas em relação à capacidade da entidade auditada de se manter operando. Esse fato somente era divulgado em casos em que o auditor tivesse obtido evidências que pudessem colocar a continuidade operacional em questão. Por fim, um item que deve ser destacado como uma das principais alterações trata da inclusão dos principais assuntos da auditoria, sendo que estes, num primeiro momento, são aplicáveis apenas às entidades listadas, ou seja, que têm ações, cotas ou outros títulos cotados ou registrados em bolsas de valores ou negociados de acordo com os regulamentos de uma bolsa de valores reconhecida ou outro órgão equivalente. Os principais assuntos de auditoria são aqueles que, de acordo com o julgamento do auditor, foram objeto de maior relevância na a u d i t o r i a e, p r o v a v e l m e n t e, f o r a m identificados no planejamento do trabalho do auditor como riscos relevantes. Como exemplo, podemos destacar as áreas que exigiram atenção significativa do auditor na

Cristiano Crivelaro Dickel Auditor Externo e Membro da Comissão de Estudos de Auditoria Independente do CRC/RS

execução da auditoria, além dos assuntos comunicados aos responsáveis pela governança e que foram tratados ao longo do trabalho do auditor. A forma de descrição dos principais assuntos de auditoria deve ser personalizada para cada entidade, apresentandose o motivo pelo qual esse assunto foi considerado de maior relevância para o auditor, além de esclarecer como ele foi tratado no trabalho da auditoria e, por fim, fazer referência à correspondente divulgação nas demonstrações financeiras. Os profissionais que atuam na auditoria, assim como os demais usuários do relatório do auditor, devem perceber que o item “principais assuntos da auditoria” é o principal elemento que vai diferenciar, ou personalizar, o relatório de uma entidade auditada em relação a outra. Mas, além disso, deve apresentar também alguma diferenciação de relatórios entre diferentes firmas de auditoria. Nesse viés, podemos concluir que a auditoria está transitando por um período que evidencia a ruptura do resultado final do trabalho do auditor independente com aquele antigo padrão de relatório preestabelecido. Um aspecto importante que deve ser observado nesse contexto de alterações de modelo de relatório do auditor é que, tecnicamente, não existem mudanças significativas com relação ao escopo do trabalho de auditoria. O que se percebe, na verdade, é a necessidade de uma comunicação mais constante e eficiente entre os auditores, a administração e os órgãos de governança corporativa das entidades auditadas no decorrer do trabalho, além de um primordial empenho, por parte do auditor, na preparação e discussão de um relatório com conteúdo específico, em vez de um conteúdo padronizado. O resultado dessas mudanças é o enriquecimento da discussão entre o auditor e a entidade auditada, especialmente os membros da governança corporativa nos pontos discutidos sobre os riscos identificados pelo auditor e sua abordagem planejada em resposta a tais riscos. Uma série de benefícios pode ser destacada, decorrente das alterações que resultaram no Novo Relatório do Auditor. Esse processo serve para aprimorar a transparência em relação ao resultado final do trabalho do auditor, especialmente com o mercado e com os usuários das demonstrações financeiras. Além disso,

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proporciona uma comunicação aperfeiçoada com a administração e os órgãos de governança corporativa da entidade auditada. Outrossim, destaca-se a necessidade de melhoria na qualidade das divulgações, especialmente para itens relacionados aos temas de “principais assuntos de auditoria”, assim como na divulgação de informações adicionais, que antes permaneciam restritas às discussões entre o auditor e a entidade auditada. A partir do momento em que o leitor do Novo Relatório do Auditor for compreendendo e assimilando as alterações desse novo modelo e, somado a isso, com a melhoria contínua e o aprimoramento dos auditores independentes na elaboração de relatórios mais descritivos e personalizados, certamente ele se tornará ainda mais imprescindível para os usuários das demonstrações financeiras. A tendência é que o mercado perceba um aumento da qualidade do trabalho do auditor, sem que necessariamente tenham ocorrido alterações substanciais no escopo do trabalho da auditoria. O auditor tem a oportunidade de demonstrar em seu relatório a profundidade do seu trabalho e, de certa forma, evidenciar o seu julgamento profissional para auferir conclusões em determinados assuntos. O Novo Relatório do Auditor atende a uma necessidade de maior transparência nas informações emitidas ao mercado, pois os investidores e outros usuários serão beneficiados com dados que antes não eram de conhecimento público. É também uma oportunidade para o auditor apresentar ao mercado alguns assuntos relevantes que foram discutidos com a entidade auditada, especialmente com os responsáveis pela governança, mas que não teriam impacto na conclusão do profissional, nos moldes do antigo relatório de opinião da auditoria. Dessa maneira, a responsabilidade do auditor aumenta ao impor a necessidade de apresentar os principais assuntos de auditoria. Ele, entretanto, ao apresentar de

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forma fundamentada suas conclusões ao mercado, por meio do Novo Relatório do Auditor, proporciona maior transparência no sentido de evidenciar ao leitor da informação o escopo abrangido pelo seu trabalho. Para os profissionais da contabilidade, especialmente para os auditores independentes, essas alterações no modelo de relatório e, consequentemente, na forma de apresentação do resultado do trabalho desenvolvido devem ser percebidas como uma grande oportunidade de evidenciar ao mercado e ao usuário das demonstrações financeiras a importância dos procedimentos de auditoria realizados por esse profissional, os quais estão muito além daquele limite estabelecido pelo antigo padrão de parecer de auditoria e posterior relatório de opinião do auditor. Adicionalmente, além de atender ao anseio do mercado por mais informações da entidade auditada, por intermédio do auditor independente, o novo modelo de relatório estabelece e esclarece os limites da responsabilidade e o escopo do trabalho do auditor. Essa é mais uma etapa do processo de convergência às normas internacionais de auditoria, que teve seu início no ano de 2009. Em nenhum momento a classe contábil permaneceu inerte ao processo de mudanças e exerce ativamente sua contribuição para a evolução da profissão em âmbito nacional. Nesse cenário, o desafio de implementação do Novo Relatório do Auditor permite aos profissionais preparados uma exposição que certamente deverá agregar valor ao profissional e à classe contábil como um todo.

O auditor tem a oportunidade de demonstrar em seu relatório a profundidade do seu trabalho e, de certa forma, evidenciar o seu julgamento profissional para auferir conclusões em determinados assuntos.


ARTIGO TÉCNICO

Classificação das espécies tributárias A investigação de questões relacionadas à classificação das espécies tributárias, em última análise, tem como objetivo o entendimento e a detecção do conjunto de princípios e normas a que cada classe esteja vinculada, contribuindo para a aplicação do respectivo tratamento fiscal prescrito a cada tipo.

Notadamente, o Código Tributário Nacional (CTN) define um rol de tributos, e a Constituição Federal (CF/88), outro mais e x te n s o. E s s a a p a re n te d i s p a r i d a d e n o r m a t iva n o reg ra m e n to d o s t i p o s tributários suscitou diferentes teorias acerca da classificação das espécies prescritas no Sistema Tributário Nacional. A “Constituição Cidadã” trouxe a prescrição de novos critérios de classificação dos tipos tributários, além do conhecido critério da vinculação ou não a atividade estatal. Assim, duas novas regras emergiram: a destinação do produto da arrecadação (critério utilizado para especificar a natureza jurídica das contribuições) e a previsão de restituição do tributo pago (critério para diferenciar o empréstimo compulsório das demais espécies tributárias). As correntes doutrinárias que instruem sobre o tema divergem entre si em razão dos critérios que adotam para a classificação dos tributos e das

espécies que os compõem. Enquanto alguns autores se atêm somente ao critério da vinculação, as teorias mais contemporâneas adotam os critérios da vinculação, destinação e restituição. Na defesa de suas teses, os doutrinadores se utilizam principalmente das teorias bipartida, tripartida, tetrapartida e pentapartida. Entre essas teorias, sobressaem as que defendem a tripartição e a pentapartição dos tributos. Entretanto, a teoria pentapartite é a mais acolhida pela doutrina e pela jurisprudência, por incluir o empréstimo compulsório e as contribuições especiais no rol das espécies tributárias elencadas no art. 5º do CTN e no 145 da CF/88. Para a teoria da bipartição dos tributos, existem apenas duas espécies tributárias: as taxas e os impostos, conforme a sua vinculação ou não a atividade estatal específica prestada diretamente ao contribuinte. Os defensores dessa corrente reconhecem somente o critério classificatório da vinculação. Para estes, os demais tipos seriam tipificados entre uma dessas categorias. Conforme a teoria da tripartição dos tributos, que foi adotada pelo Código Tributário Nacional (art. 145) e aparentemente pela Constituição Federal (art. 5º), os tributos são: impostos, taxas e contribuições de melhoria. Revista do CRCRS

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A teoria tripartite não reconhece os demais tipos tributários elencados na Constituição Federal como figuras tributárias autônomas, para essa teoria, que utiliza a vinculação à atividade estatal como critério classificatório, todos se classificam em: impostos (caso o Estado não tenha que realizar uma atividade específica relativa ao contribuinte diretamente), taxas (caso tenha) ou contribuição de melhoria (se essa atividade motivar uma valorização imobiliária decorrente de obra pública – prestação direta, porém, peculiar). De acordo com os doutrinadores adeptos da te o r i a d a te t r a p a r t i ç ã o d o s t r i b u to s, consideram-se como modalidades autônomas de tributos os impostos, as taxas, as contribuições e os empréstimos compulsórios. Nessa linha, as contribuições de melhoria e as contribuições especiais são, unicamente, denominadas “contribuições”, e, para completar a partição, incluem-se os empréstimos compulsórios como a “quarta figura”. Segundo a teoria pentapartida, também denominada de pentapartite, o empréstimo compulsório e as contribuições especiais citadas no texto constitucional (art. 148 e 149) também são modalidades autônomas de tributos. Assim, para os defensores dessa tese, existem cinco espécies tributárias: os impostos, as taxas, as contribuições de melhoria, as contribuições especiais e os empréstimos compulsórios. Nesse contexto, não se pode mais afirmar que a destinação do produto da arrecadação é irrelevante para caracterizar o tributo. Existem tributos previstos na própria Constituição que possuem como elemento caracterizador a destinação do produto arrecadado para fins específicos, como é o caso das contribuições. Da mesma forma, o critério da restituição do tributo pago, após tempo determinado, entendido como a exigência legal da previsão de devolução do valor arrecadado ao contribuinte, que é determinante na 10

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Aquiles Carlos Costa Ferreira Contador no Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem – DAER

diferenciação do empréstimo compulsório das demais espécies tributárias, ganhou relevância como critério classificatório. Consoante aos embates doutrinários e jurisprudenciais a respeito da natureza jurídica dos tipos tributários, existem ainda aqueles que defendem a tese da existência de outras espécies autônomas, o que seria o caso da contribuição de iluminação pública (CF/88, art. 149-A) e do pedágio (CF/88, art. 150, V), a depender da argumentação empregada. Apesar da pertinência das diferentes argumentações, compartilho das correntes fundamentadas pelos especialistas que defendem as cinco espécies tributárias da teoria pentapartite, em razão dos critérios fornecidos pela própria Constituição Federal, que elenca como elementos determinantes: a exigência de previsão legal de vinculação da materialidade ao exercício da atividade estatal; a exigência de previsão legal de destinação específica para o produto da arrecadação; e a exigência de previsão legal de restituição do produto arrecadado ao particular, dentro de determinado período. O fato é que, mesmo inexistindo consenso doutrinário e jurisprudencial sobre a natureza jurídica das espécies tributárias, a teoria pentapartite é a que melhor contempla os interesses do Estado, além de ser a mais adotada pelo Supremo Tribunal Federal, que por mais de uma vez já se pronunciou a respeito.

existem cinco espécies tributárias: os impostos, as taxas, as contribuições de melhoria, as contribuições especiais e os empréstimos compulsórios


NOS BASTIDORES

Comunicação, um dos processos centrais das organizações que sobreviverão ao caos O que é comunicar no tempo complexo em que vivemos e, principalmente, em que vivem as organizações públicas, privadas e do terceiro setor? Para respondermos a essa pergunta é preciso admitir que vivemos em um tempo marcado pela transformação profunda da ordem, da uniformidade e da previsibilidade nas relações.

E comunicação tem tudo a ver com relacionamento. Nos espaços sociais, passamos da fragmentação e da unidimensionalidade para os relacionamentos baseados na necessária alteridade, nos quais as interações mútuas instituem a realidade e recriam os contextos. Para nossa sobrevivência como humanos e para a sobrevivência de tudo o que construímos até aqui, será necessário aceitar e desencadear uma verdadeira metamorfose que atingirá a gestão, a estratégia e, por fim, a comunicação. Para superar o caos e até a barbárie, será preciso superar a racionalidade do universo mecanicista que sempre neutralizou a qualidade sensível dos espaços e dos relacionamentos organizacionais, moldados em programas de atividades, previsões e prescrições. Com o enfraquecimento da crença de que podemos abarcar e controlar a realidade que cerca empresas e organizações em geral, surge a percepção de que, para viver no mundo quântico – instável, imprevisível –, as organizações precisam mudar seus conceitos e procedimentos.

A concepção quântica/complexa define as organizações como resultados da lógica relacional, ou seja, baseada nos relacionamentos e nos vínculos entre as pessoas que a compõem e a cercam. Na esteira da mudança de percepção sobre a gestão, uma de suas dimensões e, talvez, a mais valorizada pela literatura das ciências administrativas, a da administração estratégica, passa a ser compreendida como uma forma possível de enfrentar as incertezas da ação. A estratégia passa a ser concebida não mais como prescrição exata do êxito, mas como direção estratégica que se aceita semicoerente e se caracteriza por ser imprevisível, incontrolada, ineficaz, proativa, contínua e diversificada. Diversos autores contemporâneos nos levam a compreender que uma nova teoria da e s t ra tég i a c o n te m p l a o s e r h u m a n o relacional. As situações sociais assumem, então, uma perspectiva dialogante. Passamos a reconhecer a organização como um grande sujeito estratégico da sociedade contemporânea. Quando os processos relacionais

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CRÉDITO FOTO

Os indivíduos criam significado interagindo com seu ambiente e se conectando com as redes sociais.

assumem centralidade na gestão e na estratégia, a comunicação, compreendida como a matriz das atividades humanas, passa a ser vista como um processo não mais estático e linear, mas dinâmico e complexo, no qual as pessoas são, simultaneamente, emissores e receptores em interação contínua. Todos parecem querer que a comunicação aconteça, embora se saiba que no horizonte das relações é permanente a presença do risco da incomunicação, justamente porque parte-se da questão central que é o outro, que assume o lugar de interlocutor. Consolidamos, assim, a compreensão de que qualquer iniciativa que se pretenda de natureza comunicacional, porém não envolva diretamente o outro como sujeito/pessoa não passa de transmissão de informação. Isso vale para a relação com os colaboradores, os clientes, os fornecedores, os vizinhos da empresa, a imprensa, as entidades reguladoras, os sindicatos, enfim, para todas as relações estabelecidas pela empresa. Para um mundo linear, estável e previsível como conhecíamos há até pouco tempo, havia continuidade, princípio, meio e fim, além de uma pretensa clareza de quem era o emissor e qual o lugar de cada integrante do processo comunicacional. Hoje, no mundo luído, não há um narrador central, nem emissores tão claramente definidos como fontes, nem conteúdos tão unívocos, mas apenas transformações permanentes nas quais todos são atores múltiplos em uma construção conjunta, aberta e permanente de sentidos. Os processos comunicativos se tornam dependentes de interpretações muitas vezes con litantes, pois a organização passa a ser vista como uma rede dinâmica de sentidos em constante produção. As redes sociais baseadas na internet são uma prova cabal dessa nova realidade. É na esteira das transformações tecnológicas que as novas concepções de comunicação no contexto das organizações se configuram. O poder na atualidade está relacionado à conexão ou ao desligamento das redes. Os espaços de emissor e receptor se diluem na luidez dos processos relacionais. O poder na sociedade em rede é o poder da comunicação e, por isso, a disputa por ele relaciona-se à batalha para a construção de significado e de sentidos na mente das pessoas. Os indivíduos criam significado interagindo com seu ambiente e se conectando com as redes sociais, que são, como afirma Castells (2013), espaços de autonomia, muito além do controle de governos e empresas, os quais, ao longo da história, haviam monopolizado os

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Rosângela Florczak Professora de Comunicação Corporativa da ESPM-Sul Doutora em Comunicação Organizacional e consultora

canais de comunicação como alicerces de seu poder. Ao produzir conteúdos institucionais e emitilos para seus interlocutores, as organizações não estão envolvidas em um processo comunicacional, não estão comunicando, mas, sim, transmitindo uma informação ou i nfo r m a n d o, o u s e j a , d e i xa n d o u m a mensagem à disposição de um interlocutor imaginado. É preciso compreender a comunicação como o resultado da interação entre pessoas que assumem a condição de interlocutores. Os processos comunicacionais podem ser baseados na interação dialógica espontânea e/ou na interação estrategicamente gerida por um dos sujeitos: a organização. No cotidiano, ambas as pessoas podem ser interdependentes e complementares. É nesse contexto que ganha relevo a perspectiva da comunicação estratégica. Complexa, luída e significativa, é uma abordagem capaz de articular na ação as duas dimensões propostas acima. A comunicação estratégica não é só falar e divulgar, mas também escutar e dialogar, buscar mais articulação que persuasão, mais conectividade que difusão, compartilhar e harmonizar percepções e valores mais que impor valores. Além disso, a comunicação passa a ser lugar de encontro e geração de significado e de sentido compartilhado. E nunca foi tão necessário o espaço da negociação e do diálogo para estabelecer as bases da compreensão. Parece ser esse o único caminho possível para contornar o caos.


E N T R E V I S TA

O que muda com a integração GIA e EFD? A Receita Estadual do Rio Grande do Sul (RE) está orientando os contribuintes para o uso adequado do programa gerador da Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA). O documento deverá ser gerado e entregue mensalmente, com as informações das operações/prestações realizadas, organizadas no formato previsto pelo programa. Giovanni Dias Ciliato, auditor-fiscal da RE, da Divisão de Tecnologia e Informações Fiscais (DTIF), responsável pela Escrituração Fiscal Digital ICMS/IPI (EFD) no Estado, fala sobre o que muda para o contribuinte em decorrência da integração do aplicativo GIA com a EFD.

R E V I S TA D O C R C R S GIOVANNI CILIATO

Revista do CRCRS (R.C.): Qual o objetivo da integração do aplicativo GIA e EFD? Giovanni Ciliato (G.C.): Lembrando que a EFD ICMS/IPI é parte integrante do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), podemos começar nosso raciocínio destacando um dos seus objetivos: racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes. Fazer com que o conteúdo da GIA decorra automaticamente da informação prestada na EFD é uma ação efetiva para racionalizar e uniformizar essas duas obrigações acessórias.

R.C.: Por que existe a necessidade de se manter a GIA? Será possível dispensar a sua entrega, já que as informações constam na EFD? (G.C.): Destacamos inicialmente que a exigência de abrir o aplicativo da GIA, uma vez por mês, e apontar para uma EFD de qualidade, obtendo, em menos de dois minutos, o arquivo da GIA, que deve ser entregue ao Estado, não é uma exigência grande. Por outro lado, entendemos que há, sim, ganhos significativos para os contribuintes com esta solução. Vejamos alguns aspectos neste sentido. Pelo fato de a cultura da GIA estar mais consolidada no RS, ganha o contribuinte ao receber do Estado a tradução, na linguagem da GIA, daquela informação que ele está prestando via EFD. Também ganha o contribuinte com a possibilidade de receber críticas no momento da importação da EFD relativas à qualidade da informação c o n t i d a n a E F D. E s s a s c r í t i c a s e s t ã o s e n d o abundantemente inseridas no processo de importação e, grande parte delas, se refere a aspectos exclusivos do RS, versando sobre códigos de ajustes ou mesmo sobre a

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necessidade de detalhamento de determinadas informações. As críticas, válidas para o RS apenas, não teriam como ser inseridas no PVA, cujas regras envolvem apenas aquelas de aplicação nacional. Desse modo, o Fisco gaúcho deixa clara a sua intenção de estabelecer uma relação transparente com os contribuintes e de diminuir, sempre que possível, as ocorrências inadvertidas de erros na apresentação de suas declarações. Por fim, é preciso lembrar que a EFD é entregue no Ambiente Nacional do SPED, mantido pelo SERPRO, com verbas do governo federal. Assim, o RS tem pouca ingerência para atender as demandas dos seus contribuintes relativas à disponibilidade daquele ambiente. Já a GIA é entregue diretamente ao RS. Nesse caso, temos total autonomia para corrigir com a presteza necessária problemas eventualmente relatados pelos contribuintes, que poderiam acabar resultando em atuações por atraso na entrega da guia.

R.C.: Atualmente os prazos de entrega da GIA e da EFD são diferentes. Haverá uma equalização desses prazos? G.C.: O prazo mais dilatado para a entrega da EFD tem razões históricas: no começo da obrigação EFD no RS, ela não estava inserida no processo de formação da GIA. Começou como uma concessão aos contribuintes e contadores, mas acabou estimulando a conduta equivocada de achar que era possível gerar a GIA de uma forma e a EFD de outra. Gerou o equívoco de imaginar que poderiam coexistir duas apurações no RS. As empresas, que entenderam adequadamente esse prazo a mais que foi concedido, procuraram ir gradualmente gerando, uma parte cada vez maior, das suas GIAs pela EFD. Contudo, sabemos que esse processo não foi iniciado por todos e, possivelmente, ainda não tenha sido concluído na sua plenitude por nenhum. Sabemos também que não haverá a evolução necessária ao Fisco e benéfica ao contribuinte e à sociedade gaúcha, sem que o Estado utilize seus mecanismos de coerção. Em sintonia com os argumentos apresentados, o que defendemos é que se houver alguma alteração de prazo de entrega desses arquivos, será em relação ao prazo da entrega da EFD, trazendo para o mesmo vencimento da GIA ou para algum dia ainda mais próximo ao começo do mês.

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R.C.: Qual o prazo de adaptação para essa nova obrigação? G.C.: Conforme divulgado pela RE, a Instrução Normativa Nº 006/17 determinou a obrigatoriedade da geração da GIA a partir da EFD, relativamente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de setembro de 2017. Então, como data final para essa adaptação, podemos colocar o prazo de entrega da GIA da competência 09/2017, ou seja, 12/10/2017, considerando a regra geral da GIA. Entendemos que, como estamos falando em prazo para adaptação, precisamos relembrar quando que essa adaptação começou. Para isso, precisamos voltar ao dia 26/12/2011, dia em que foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) a IN RE 094/11, que trouxe a descrição legislativa sobre o uso dos códigos de ajustes das tabelas da EFD recém-criadas pelo RS (tabelas 5.1.1 e 5.3, em substituição à genérica). Esses códigos foram criados com o objetivo de que a EFD fosse capaz de explicar detalhadamente a apuração contida na respectiva GIA. Iniciaram suas vigências em 01/01/2012. De 2011 para cá, também merecem destaque: Simula GIA no e-CAC (desde 21/11/2013) e aba alertas divergência EFD x GIA (desde 09/07/2014). Fechando a conta relativa ao prazo, foram 2.117 dias (mais de 5,5 anos) concedidos para a adaptação gradual dos contribuintes. Nesse longo período, citamos alguns dos diversos fatos que ocorreram, aumentando gradualmente a exigência de conformidade entre GIA e EFD. R.C.: Como obter orientações a respeito de eventuais dúvidas no período de adaptação? G.C.: A RE disponibilizou um endereço de e-mail corporativo específico para situações da EFD, o efd@sefaz.rs.gov.br. Vale ainda destacar que no site da SEFAZ, no assunto EFD, o arquivo “EFD ICMS IPI – Simula GIA – Correspondência entre Quadro A, B e Anexo VII da GIA e a EFD”, traz detalhadamente as regras de comparação do Simula GIA; e o arquivo “Importação da EFD ICMS/IPI no aplicativo da GIA”, traz as regras que explicam a conversão da informação da EFD na GIA. O uso do novo recurso do aplicativo da GIA, mesmo para competências passadas, é a melhor fonte de conhecimento, visto que são 70 mensagens de erros, que informam o problema encontrado, o dispositivo legal que se aplica (quando houver), a linha do erro (quando necessária) e a ação a ser tomada para a correção.


NOTÍCIAS

CRCRS: há 70 anos no cumprimento de suas funções com excelência e na defesa da sociedade com primazia Ao analisar as sete décadas de existência do Conselho, é possível constatar o vertiginoso crescimento e a célere evolução impulsionada por um trabalho sério desenvolvido ao longo dos anos. O objetivo comum aliado ao comprometimento e ao trabalho dedicado de presidentes, conselheiros, membros de comissões de estudos e delegados regionais, que empenham parte do seu tempo, voluntariamente, para gerir ações em favor de mais de 40 mil profissionais que atuam na área contábil no RS, foram ingredientes decisivos para que a entidade chegasse aos 70 anos, desfrutando de respeito e credibilidade pela sociedade e pelo Sistema CFC/CRCs. O CRCRS carrega a tradição de ações inovadoras, de fatos marcantes e de superação, que foram, e são, levados adiante com a cumplicidade dos colaboradores. Fundado em 25 de abril de 1947, o Conselho iniciou suas atividades em pequenas e modestas salas locadas na Rua Uruguai. Em um ano, percebeu-se a necessidade de um espaço maior. As instalações foram transferidas para a Rua Riachuelo, onde também, em pouco tempo, a estrutura mostrou-se incompatível com a demanda. Outra mudança fez-se necessária, desta vez, para a Rua General Câmara, com acomodações mais adequadas, que possibilitou o alojamento dos colaboradores e a acomodação de móveis e material em dois andares. O sonho de uma sede própria ia pouco a pouco se tornando uma obsessão por parte de gestores e um sonho para os colaboradores, até que, em 1975, essa expectativa se concretizou. Foi adquirido um terreno na Rua Baronesa do Gravataí e as obras de construção tiveram início. Em 21 de agosto de 1981 inaugurava-se a sede do Conselho Regional de Contabilidade, com cinco andares, em uma área total de 2.351m².

Por 35 anos, o CRCRS prestou atendimento aos profissionais da contabilidade nesse endereço, até que, em janeiro de 2016, uma tempestade atingiu o prédio, danificando todos os andares e impossibilitando assim a utilização do local. Diante dessa situação, se fez necessário a locação de um prédio onde fosse viável acomodar a estrutura do Conselho. Foi o que ocorreu em 20 de junho, quando o CRCRS transferiu as suas atividades para a Av. Praia de Belas, 1554. Um grupo de trabalho, formado por representantes de entidades da classe contábil, funcionários, conselheiros e delegados, foi instituído pelo presidente Antônio Palácios com o objetivo de analisar possibilidades para futuras instalações do CRCRS, com base em laudos técnicos, projetos e viabilidade financeira. Nesses 70 anos de fundação, ficou uma marca indelével deste Regional: a superação. A conjugação de objetivos e metas, a dedicação e o desvelo no trabalho de todos os integrantes do CRCRS, nos mais diversos níveis de atuação dentro da estrutura da entidade, são responsáveis por sobrepujar obstáculos e alcançar sempre o êxito. Presidiram o CRCRS desde a sua fundação: Henrique Desjardins, Zilmar Bazerque Vasconcellos, Holy Ravanello, Pedro José de Souza Pires, Antonino Rodrigues Bichinho, José Carlos Paim de Camargo, Wilson Oliva, Alfredo Ernesto Keller, Amir Vianna da Silveira, Armênio Salatino, Artur Daniel Beust, José Silva de Araújo, João Verner Juenemann, Edgar Saúl Corrêa de Oliveira, Erly Arno Poisl, Olivio Koliver, Arthur Nardon Filho, Ivan Carlos Gatti, Valério Geraldo Baum, José João Appel Mattos, Enory Luiz Spinelli, Rogério Rokembach, Zulmir Breda e Antônio Palácios.

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NOTÍCIAS

Empossados novos membros dos Conselhos de Administração e Fiscal do Observatório Social de Porto Alegre No dia 10 de janeiro, às 17h, o contador Antônio Palácios foi empossado como presidente do Observatório Social de Porto Alegre (OSPOA), para o biênio 2017-2018, na sede do OSPOA (Rua Marcílio Dias, 491). Na oportunidade, tomaram posse também os novos membros dos Conselhos de Administração e Fiscal. Passa o cargo, o contador Diogo Chamun, que cumpriu a gestão de 2015 a 2016. No discurso de despedida, Chamun lembrou que o fato que fez com que assumisse a presidência do Observatório Social de Porto Alegre (OSPOA) foi desenvolver ações voltadas para a sociedade, norteadas pelo trabalho voluntário, apartidário e sem cunho publicitário. Agradeceu a todos que o acompanharam nessa sua jornada. Palácios, por sua vez, reforçou a importância do voluntariado e do Observatório Social que traz resultados positivos para a sociedade e que deve avançar com um trabalho digno, ético e transparente. Garantiu dedicar-se à função que assume, buscando sempre o crescimento e o melhor para sociedade. “O cargo que estou assumindo não é meramente figurativo e sim uma função que necessita ser, efetivamente, exercida em sua plenitude, para demonstrar o esforço que estamos fazendo na busca de uma sociedade íntegra e transparente. Assumimos com o compromisso de melhorar a cada dia e desenvolver com afinco as atividades do Observatório Social de Porto Alegre. Somos uma referência, pois somos o primeiro Observatório Social instalado em uma capital”, declarou Palácios.

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Conselho de Administração: Presidente – Antônio Carlos de Castro Palácios (CRCRS) Vice-Presidente para Assuntos de Gestão – Célio Luiz Levandovski (Sescon-RS) Vice-Presidente para Assuntos Institucionais e Sustentabilidade – Marice Fronchetti (Proceconta) Vice-Presidente para Assuntos de Controle Social e Metodologia – Dionísio de Souza Nascimento da Silva (SINDICIRGS) Vice-Presidente para Assuntos de Voluntariado e Capacitação – Cíntia Mara Eizerick (FATO) Vice-Presidente para Assuntos de Cidadania Fiscal – Maria Salete Mocelin (DSPOA) Vice-Presidente para Assuntos de Comunicação e Indicadores – Sérgio Axelrud Galbinsk (Sindilojas - POA)

Conselho Fiscal: Titular – Eduardo Hipólito Dias Sinigaglia (Sescon-RS) Titular – Gabriele Valgoi (IGAM - RS) Titular – Paulo Velton Kronbauer (Sindifisco-RS) Suplente – Álvaro Arnaldo Ártico (CRA/RS) Suplente – Eduardo Moreira Cordeiro (ABOP RS) Suplente – José Carlos Garcia de Mello (AFATCERS)


NOTÍCIAS

Definido o lema do XI Encontro da Mulher e XVI Convenção de Contabilidade do RS “Compartilhando experiências, unindo competências” será o lema do XI Encontro Nacional da Mulher Contabilista (XI ENMC) e da XVI Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul, escolhido, em 15 de fevereiro, pela comissão organizadora do evento. Tradicional evento da classe contábil, o XI ENMC ocorrerá paralelo à Convenção, no Serra Park, em Gramado (RS), de 13 a 15 de setembro, deste ano, com a elaboração de uma programação simultânea, com

palestras e painéis que atendam os dois eventos. O XI ENMC e a XVI Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul é uma realização da Academia de Ciências Contábeis do Rio Grande do Sul, com apoio do Conselho Federal de Contabilidade e do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul. As inscrições estão abertas e podem ser efetuadas no site: http://encontromulhereconvencaors.cfc.org.br/.

Prova para perito contábil vai acontecer em agosto O Exame de Qualificação Técnica - Perito Contábil será realizado em 25 de agosto, com prova de conhecimento em Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica, Profissionais e Interpretações; legislação sobre a

profissão contábil; legislação relacionada ao processo civil; língua portuguesa e redação. As inscrições vão de 15 de maio a 30 de junho, em www.cfc.org.br.

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NOTÍCIAS

CRCRS Comemora o Dia Internacional da Mulher com debate sobre o protagonismo feminino nos negócios, na sociedade e na política O Dia Internacional da Mulher (8/3) foi comemorado, pelo CRCRS, em parceria com Sescon-RS e Sindiconta, com a realização do 4°Fórum Mulheres Movidas por Desafios, um talk show com as participações de Simone Leite, presidente da Federasul, e Nádia Grasselli, conselheira do CRCRS e empresária contábil, coordenado pela vice-presidente do CRCRS, Ana Tércia Rodrigues. O debate girou em torno do Protagonismo Feminino nos Negócios, na Sociedade e na Política. As debatedoras relataram suas trajetórias de conquistas profissionais, engajamento político e social, enfatizando a importância de atributos como determinação, coragem e paixão para conquistar respeitabilidade e sucesso na carreira. A partir de provocações do público, discorreram com naturalidade sobre assuntois como política, reforma previdenciária,

crise econômica, moral, relações de negócios e vários temas que afetam o mercado e a sociedade na atualidade. As convidadas foram unânimes em afirmar que a determinação, a coragem, as atitudes e a paixão são responsáveis pelo sucesso e pelas conquistas das mulheres. Relataram fatos de suas histórias de vida em que enfrentaram situações que o posicionamento e o enfrentamento foram necessários para mostrar a competência e a capacidade de suas ações.

Guaíba é a 13ª cidade do Estado a instalar um Observatório Social Na noite de 21 de março, na sede do Rotary Club de Guaíba, foi constituída a assembleia de fundação do Observatório Social do município. Na ocasião, foram eleitos o presidente, contador Márcio Schuch Silveira, vice-presidente Técnico do CRCRS, e demais integrantes da diretoria. Prestigiaram o a cerimônia, Antônio Palácios, presidente do CRCRS e do Observatório Social de Porto Alegre; Ney Ribas, presidente do Observatório Social do Brasil (OSB); Pedro Gabril Kenne da Silva, vicepresidente de Relações Institucionais do CRCRS e vicepresidente do OSB; Marco Diniz, presidente do Observatório Social de Gravataí/Glorinha; Lecilda de Souza, secretária de Administração e Recursos Humanos de Guaíba; além de autoridades locais, representantes de entidades e comunidade local. O presidente Palácios salientou a importância da criação de observatórios sociais, especialmente neste período pelo qual passa a nação, de necessidade de transparência, 18

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controle social e ações preventivas de controle, envolvendo recursos públicos. Para Márcio, com a criação do Observatório Social de Guaíba quem ganha é a comunidade, que poderá contar com um órgão de atuação perante a administração pública, no sentido de acompanhar e orientar, entre outros fatores, as licitações e gastos públicos. Os Observatórios Sociais são formados por voluntários, apartidários, representantes dos mais diversos segmentos da sociedade. Hoje, no Brasil, existem 107 observatórios em 19 estados brasileiros.


NOTÍCIAS

CRCRS é apontado no Marcas de Quem Decide como um dos três Conselhos mais lembrados e preferidos do público O CRCRS ficou entre as três primeiras marcas mais lembradas e preferidas pelo público pesquisado na categoria Conselhos, na 19ª edição do “Marcas de Quem Decide”. Na ocasião, o presidente Antônio Palácios entregou certificado para as marcas líderes nas categorias Sindicato, Sindicato Patronal, Supermercado, Teatro, Telefonia Móvel, Tinta Predial, Transportadora, Vigilância e Vinho. O já tradicional evento, promovido pelo Jornal do Comércio em parceria com a Qualidata, foi realizado em 7 de março, no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael.

Revista do CRCRS

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NOTÍCIAS

Panambi recebe o primeiro Seminário de Assuntos Contábeis de 2017 Sucesso é a palavra que define o Seminário de Assuntos Contábeis de Panambi. Diante de um público de cerca de 200 pessoas, entre profissionais e estudantes da área contábil, além de autoridades locais e regionais, foi realizada a cerimônia de abertura do primeiro Seminário de Assuntos Contábeis, deste ano, promovido, em 17 de março, pelo CRCRS, na Associação do Comércio e Industrial. Manifestaram-se, salientando, especialmente, a necessidade de oportunizar eventos que agreguem conhecimento e promovam a constante capacitação, o delegado regional de Panambi, Getson Dhein; a presidente da Associação dos Contabilistas de Panambi, Márcia Ramos Martins; presidente do CRCRS, Antônio Palácios; e o prefeito de Panambi, Daniel Hinnah.

s i t u a ç õ e s q u e e nv o l v e m o s p r ofi s s i o n a i s d a contabilidade, delimitações de limites entre profissional da contabilidade e cliente. O "Imposto de Renda sobre o ganho de capitais nas atividades urbana e rural", com Márcio Silveira, vicepresidente Técnico do CRCRS, também foi assunto do Seminário.

"Ética como fator de sucesso nos negócios" foi o tema abordado pela vice-presidente de Gestão, Ana Tércia Rodrigues

Finalizando o Seminário, o vice-presidente de Registro, Ricardo Kerkho f, falou sobre "O profissional da contabilidade na Era Pós-Sped". O Seminário se desenvolveu a partir do painel “Cruzamento de Informações Fiscais, Econômicas e F i n a n c e i ra s : Responsabilidade do Profissional da Contabilidade”, com Rafael Visentini, chefe da equipe de Seleção, Programação e Preparo de Contribuintes da DRF Santo Ângelo, e Mário Karczeski, vice-presidente de Fiscalização do CRCRS, que abordaram as mudanças, evolução dos processos da Receita Federal, operações n a c i o n a i s q u e s e d e s e n ca d e a ra m d e p o i s d e informações cruzadas, contratos profissionais, 20

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Doações Os alimentos arrecadados em Panambi, por ocasião do Seminário de Assuntos Contábeis, foram doados para a Sociedade Hospital de Panambi.


SP Produções

F O R M AT U R A S

Ciências Primeira turma de formandos em de Bento Contábeis da Faculdade Cenecista 2016 Gonçalves, em 10 de dezembro de Actos Line Produtora

A conselheira do CRCRS, Anabeli Galvan, entrega o Diploma de Aluna-Destaque à Caroline Taís Fassini, na companhia da coordenadora do curso, professora Daniele Nespolo

Fotos: SP Produções

A formanda Leticia Maria Peter de Peter Barbosa recebe o Diploma de AlunaDestaque das mãos da delegada regional do CRCRS e coordenadora do curso de Ciências Contábeis da FacccaFundasul, Silvana Scherer, em Camaquã, em 21 de janeiro

Conselheiro Marcos Volnei dos Santos entrega o Diploma de Aluna-Destaque à Andressa Raquel Zarzechi

Equipe Edegar Cavalheiro

Formaturas

O CRCRS parabeniza os estudantes que se destacaram ao longo do Curso de Ciências Contábeis e, como forma de valorizar a caminhada acadêmica, participa das solenidades de formatura por meio de seus representantes.

Colação de grau, Fema, em Santa Rosa, dia 11 de fevereiro

Poa Produções

Formandos da Faculdade Ideal, de Bagé, com o delegado do CRCRS, Ezio Minotto, em 28 de janeiro

Attitude Eventos

Delegado regional de Bagé, Ezio Minotto entrega o Certificado de Aluno-Destaque ao acadêmico Anderson de Oliveira Pinto

Em 11 de fevereiro, a delegada regional de Gramado, Elis Altreier, prestigiou a formatura da UCS Campus Canela

Cerimônia de formatura da PUCRS, Porto Alegre, em 13 de janeiro A vice-presidente de Desenvolvimento Profissional, Magda Wormann, entrega o Diploma de Aluna-Destaque para Adriana Panizzon Galiotto

Thais Bachi/Attitude Eventos

ia dos, em cerimôn Turma de forman da FSG, Caxias do , au gr de ão de colaç iro Sul, em 11 de fevere

curso de A coordenadora do professora Ciências Contábeis, tra, Du Catherine Chiappin do ga tre en a ha an mp aco -Destaque pela Certificado de Aluno CRCRS em do al ion reg a delegad iz Caregnato, Caxias do Sul, Beatr ller Mü é Jos ao formando

O vice-presidente de Relações Institucionais do CRCRS, Pedro Gabril Kenne da Silva, entrega o Diploma de Aluna-Destaque à acadêmica Gabrielle Oliveira

Formandos da UCS Campus Caxias do Sul, na formatura de 4 de fevereiro

Revista do CRCRS

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Optimus Produções

Formatura da UCS Campus São Sebastião do Caí, em

Delegado regional de Sobradinho, Loreno Herath, representando o CRCRS na cerimônia de colação de grau da Turma 2016, da Uninter, de Arroio do Tigre SP Pro duções

Sak's – Som, Luz e Produções

A acadêmica Aline Jacobi recebe o Diploma de AlunaDestaque das mãos da delegada regional Ligia Poersch Viana

Wilson Fotografias

Optimus Produções

O conselheiro Evanir dos Santos fez a entrega do Certificado de AlunaDestaque à acadêmica Tatiane Eliza Konzen, na Unilasalle, em Canos, em 14 de janeiro

Delegada regional do CRCRS em São Sebastião do Caí, Lígia Poersch Viana, entrega o Certificado de Aluna-Destaque à formanda Viviane Sost

da UCS Turma de formandas 2016, Caí do ão asti Seb São pus Cam

4 de fevereiro

Dardo Produtora

Thais Bachi/Attitude Eventos

Turma de formandos da UCS Campus Caxias do Sul, com a coordenadora de curso, profa. Marlei Salete Mecca, em 18 de fevereiro, prestigiada pela vice-presidente de Desenvolvimento Profissional, Magda Wormann, em companhia da presidente do Sincontec, Ana Marlene Gasperin

A delegada regional do CRCRS em São Sebastião do Caí, Lígia Poersch Viana, entrega o Certificado de Aluna-Destaque à formand a Tamara Krassmann

O vice-presidente de Controle Interno, Paulo Comazzetto, entrega o Diploma de AlunaDestaque à acadêmica Flávia Zancan

A delegada regional do CRCRS em Marau, Vanessa Segalla, entrega o Diploma de AlunaDestaque à acadêmica Camila Brocco, da UPF Campus Casca, em solenidade de colação de grau realizada em 14 de janeiro

Acadêmicos da Un realizada em 14 isinos, de São Leopoldo, em de janeiro formatura Centercolor

DL Formaturas

Formandos da UFSM, de Santa Maria, em 11 de fevereiro

Pontual Formaturas

Formandos da UPF Campus Passo Fundo, em solenidade realizada em 13 de janeiro

VicePresidente Técnico, Márcio Schuch Silveira, entrega o Certificado de AlunaDestaque à formanda Aline Cristina Mello Scherer

A Aluna-Destaque Marcela da Silva Pedroso recebe o Certificado das mãos do delegado regional do CRCRS em Passo Fundo, Paulo Salvador

Acadêmicos da UPF de Sarandi, em formatura realizada em 21 de janeiro

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O delegado regional do CRCRS em Sarandi, Vilson Barichello, entrega o Diploma de Aluna-Destaque à acadêmica Jovana Zanetti

Turma de formandos de fevereiro

da Unisc, de Santa Cru

z do Sul, em 17


C O N S E L H E I R O S E M R E V I S TA

Magda Wormann Por que Contabilidade

Contabilidade hoje

Em 1980, retornando da cidade de São Paulo, onde residi por dois anos, matriculei-me no Colégio Nossa Senhora do Carmo, no curso de Técnico em Contabilidade, em Caxias do Sul - RS. Nas primeiras aulas, com o professor Pedro Paulo Miguel, apaixonei-me pela matéria e mesmo diante da possibilidade de mudar para o curso científico/ normal da época não o fiz. Em 1983, conclui o curso, e, em 1984, já prestava o vestibular para Ciências Contábeis.

A Contabilidade hoje é a profissão do presente e futuro, por que um contador pode atuar em muitas áreas, como: financeira, custos, administrativa, etc. Com essa visão, entendo que sempre devemos colaborar e participar de nossas entidades de classe. Assim, participei do SESCON - Serra Gaúcha em quatro gestões. A primeira, como suplente da diretoria, sendo a primeira mulher a fazer parte da gestão. A seguir, assumi como diretora de Eventos e Negócios e, por último, como diretora de Integração Regional. Em 2014/2015, fui vice-presidente de Controle Interno do CRCRS, e, a partir de 2016, estou como vice-presidente de Educação Continuada do CRCRS, que muito me honra.

Como tudo começou Como já falei antes, durante o curso de Técnico em Contabilidade já estava definido onde eu queria chegar. Na Universidade de Caxias do Sul (UCS), após cursar o primeiro ano, tive que trancar a matrícula por problemas financeiros e duas gravidezes. Nove anos depois, fiz novamente o vestibular e retornei à UCS e não parei mais. Conclui o curso em 2000. Em seguida, fiz uma pósgraduação em Administração Financeira e, especialização em Gestão Estratégica de Custos. Em 1987, comecei as atividades como autônoma e, em 1994, constitui a empresa de serviços contábeis, que em julho, deste ano, completa 23 anos, e eu, 30 anos de atividades como contadora.

Recado O profissional deve sempre buscar a constante qualificação. Devemos ser, além de formadores de opinião, protagonistas no desenvolvimento econômico e social. Responsabilidade Social deve ser aplicada na nossa co m u n i d a d e. Po r fi m , n ã o e s q u e ça m q u e a Contabilidade é a profissão mais valorosa do momento e do futuro. Eu amo o que faço e quando se faz o que se ama, não tem como dar errado. Pense nisso.

Revista do CRCRS

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C O N S E L H E I R O S E M R E V I S TA

Paulo Ricardo Pinto Alaniz

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Por que Contabilidade ?

Contabilidade hoje

Iniciei minha carreira profissional muito jovem e logo fiquei entusiasmado com a rotina de elaboração dos balancetes diários, no qual tínhamos que obter e organizar os documentos, depois classificá-los nas contas, fazer uma planilha com as movimentações ocorridas no dia, registrar as fichas do razão contábil e finalmente elaborar os balancetes. Tudo isso feito manualmente e todos os dias. Apesar disso, não havia uma repetição de tarefas, pois a cada dia novas transações aconteciam e novas contas tinham de ser acionadas e/ou criadas. Outro aspecto presente correspondia a necessidade de fechamento diário, ou seja, não havia a possibilidade de acumular para o dia seguinte, pois era necessário gerar o balancete e enviálo à Contabilidade, centralizada em São Paulo, com horário máximo para entrega. Atrasos não eram admitidos, portanto o compromisso com a entrega fazia parte do dia a dia. Mais tarde, esses registros eram objetos de auditorias, tanto do Banco Central como de auditores independentes, e aqueles profissionais tinham um senso crítico nas suas indagações e na identificação das inconsistências que eventualmente ocorriam. Fiquei fascinado pela atividade de auditoria e decidi que um dia também exerceria essa função.

Com o desenvolvimento tecnológico atual a Contabilidade hoje adquiriu a importância de ser a base de informações para uso no mundo os negócios. Cada vez mais, empresas iniciam suas atividades, outras são adquiridas por grandes nompanhias e outras juntam-se para formar companhias ainda maiores. Essa dinâmica do mercado que abrange desde a formação de negócios, a partir de idéias inovadoras, até o alcance do sucesso empresarial, incluindo o acesso a mercado de capitais, são os grandes desafios para os novos profissionais da contabilidade. O apoio da Contabilidade para atender a obrigações fiscais acessórias, tanto para os empresários como para órgãos de fiscalização, segue um caminho sem volta de automação dos seus processos, portanto a função da Contabilidade deverá ser muito mais de análise e determinação de indicadores de negócios e da situação patrimonial e financeira das empresas do que apenas os aspectos fiscais. Somente com a excelência da Contabilidade, será possível atingir as expectativas da sociedade atual, em relação a transparência das atividades econômicas desenvolvidas pelas empresas e pelos mercados, portanto desenvolver políticas e melhores práticas contábeis será essencial para vivermos em uma sociedade mais justa.

Como tudo começou ?

Recado

Depois da experiência de trabalhar na Contabilidade de uma agência bancária, fui participar do recrutamento de trainees de uma das grandes firmas de auditoria e consultoria. Após entrevistas, prova técnica e outras análises fui admitido. Iniciei a carreira com a motivação de querer aprender a cada dia e de buscar na formação profissional uma razão para o crescimento em todos os sentidos. A programação de viagens constantes em conjunto com a agenda da faculdade me ensinou a administrar a ansiedade e aprender que podemos fazer muitas coisas, mas que é necessário dedidação e talento para alcançarmos os nossos objetivos. Existe uma frase que eu gosto muito e resolvi incluir na minha dissertação de mestrado, que é a seguinte: “Não disseram que era impossível, então ele foi lá e fez”. Acredito nisso como um lema e tenho desenvolvido minha carreira profissional e minha vida pessoal com essa determinação. Até agora tem dado certo, portanto se tivesse que fazer uma nova escolha eu faria novamente essa caminhada.

Acredito fundamentalmente em duas coisas: o trabalho e as pessoas. Nada se constrói sem trabalho, portanto quem estiver disposto a vencer na atividade profissional e pessoal deverá entender que dedicação, persistência e vontade de fazer estarão presentes em qualquer atividade, especialmente para os que escolherem a Contabilidade como profissão. A história demonstra que não basta ter talento, é preciso ter vontade de fazer. Nenhuma organização atinge os seus objetivos sem pessoas. Costumo dizer que as empresas são pessoas jurídicas, mas o que conta são as pessoas físicas. Vivemos em um mundo competitivo e devemos ter disposição de buscar o sucesso profissional, sempre preservando os nossos valores e a ética. Para finalizar, retransmito aqui o que ouvi de um grande contador, com o qual tive a honra de trabalhar durante uma parte significativa de minha carreira: “As escolas serão cada vez mais empresas e as empresas serão cada vez escolas”, portanto acreditem educação continuada vai continuar para sempre.

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DELEGACIAS EM AÇÃO

Caxias do Sul Profissionais da contabilidade de Caxias do Sul receberam a carteira de identidade profissional, modelo digital, conferida pelo CRCRS, em evento ocorrido em 23 de novembro, no Auditório do Sincontec Serra. O documento foi entregue à Meri Cristina de Castilhos, Catia Simone Schlichting, Adriano Valar e Giovana Caregnato Orsso.

Eugenio Chiappin, delegado honorário do CRCRS; Anabeli Galvan Perera, conselheira do CRCRS; Beatriz Caregnato, delegada regional do Conselho em Caxias do Sul; Meri Cristina de Castilhos, Catia Simone Schlichting e Giovana Caregnato Orsso, profissionais da contabilidade que receberam suas carteiras; Magda Wormann, vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCRS; Andrea Reolon, coordenadora da Comissão de Estudos da Mulher do CRCRS; e Adriano Valar, que também recebeu a carteira de identidade profissional

Dois Irmãos

Garibaldi A Casa de Repouso Arco Íris, de Garibaldi, foi beneficiada por doações dos profissionais da contabilidade que participaram de campanha promovida pela delegacia regional do CRCRS. Foram arrecadados produtos de higiene e limpeza, leite e R$ 1.877,10 em espécie.

As doações foram entregues, em 16 de dezembro, pela delegada Maria Isabel Verzeletti e pelas colaboradoras do escritório, Aline Formentini, Grasiela Merlini e Adelaide Neis, à representante da Casa de Repouso Arco Íris, Nelci Chesini.

Júlio de Castilhos

A delegacia regional de Dois Irmãos realiza, trimestralmente, o “Café com Escritório”, evento que reúne os profissionais da contabilidade e seus clientes, com vistas a informá-los, orientá-los e esclarecê-los quanto a procedimentos operacionais e matérias fiscais e contábeis. “São encontros dinâmicos, que apresentam novidades, quebram a rotina do cotidiano e conferem excelência ao trabalho com a informação”, explica o delegado Giovani Kleineich.

Tomou posse, em 27 de dezembro, a diretoria da Associação dos Contabilistas de Júlio de Castilhos (Ascontajuc), para o biênio 2017-2018. Geci Ileno Michelon assumiu como presidente e Helvio Silveira Paz, vice. A diretoria é composta, ainda, por Paulo Scarparo Marques, Juacir Barbosa, Ana Maria Zen e Fracisco Zulian.

Profissionais de Dois Irmãos e seus clientes debatem temas da Contabilidade, no “Café com Escritório”

Profissionais da Contabilidade de Júlio de Castilhos presentes à posse da nova diretoria da Ascontajuc

Revista do CRCRS

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DELEGACIAS EM AÇÃO

Bagé

O Núcleo de Contabilidade de Flores da Cunha realiza reuniões quinzenais, organizadas pela delegacia regional do CRCRS, com o objetivo de esclarecer temas de interesse dos profissionais. Os encontros, de uma hora e meia, são divididos em três partes: explanação do assunto, debate e troca de informações, e assuntos gerais. O calendário de reuniões já está pré-definido até o final do ano.

Arquivo Aciba

A delegacia regional de Bagé participou da abertura das atividades da Associação Comercial do município (Aciba) para o ano de 2017, realizada na noite de 14 de março, em parceria com o Conselho Bageense da Mulher Empreendedora (Cobame). O evento contou com palestra do prefeito Divaldo Lara, que apresentou um balanço dos primeiros 70 dias de governo e respondeu a questionamentos de empresários da região.

Flores da Cunha

O delegado regional Ezio Minotto Pereira (no detalhe) participou do evento de abertura anual de atividades da Aciba, realizado em parceria com o Cobame

Espumoso Proprietários de escritórios e colaboradores de empresas contábeis de Espumoso estiveram reunidos, em 2 de março, para debater as novidades da legislação. Essa foi mais uma edição do Encontro de Profissionais da Contabilidade, promovido pela Delegacia Regional do CRCRS.

Profissionais de Espumoso fazem reuniões mensais há mais de dez anos

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Edição 30 – abr. 2017

O Núcleo de Contabilidade se reúne quinzenalmente, para debater temas de interesse dos profissionais

Montenegro Contadores e técnicos em contabilidade de Montenegro e região participam, mensalmente, de reuniões-almoço para debater temas de interesse da classe. O encontro é realizado na última quinta-feira de cada mês, pela delegacia regional do CRCRS em conjunto com a Associação dos Contabilistas, e conta com a participação de convidados. No final do ano passado, o presidente do Conselho, Antônio Palácios, participou do evento.

O presidente do CRCRS, Antônio Palácios, foi um dos participantes do encontro mensal de contadores e técnicos em contabilidade de Montenegro




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