Revista CRCRS

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Junho - 2013 -

A CONSTRUÇÃO DE UM IDEAL

Marciano Schmitz

Contabilidade e Sustentabilidade

Dr. Clóvis Padoveze fala sobre a precificação dos serviços contábeis

- Momentos marcantes do maior evento da classe contábil gaúcha - Lançamento estadual da campanha 2013: Ano da Contabilidade no Brasil - 14ª edição do Prêmio de Responsabilidade Social


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especialmente para a Revista. Os trabalhos apresentados em eventos igualmente devem ser informados no ato do seu envio. Os textos deverão ser redigidos em Língua Portuguesa e revisados linguisticamente. Os artigos devem ser enviados para comunicacao@crcrs.org.br. Serão recusados artigos que infrinjam a ética e/ou a legislação profissional ou escritos por profissionais em situação irregular junto ao Conselho de Contabilidade.


Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul

ISSN 1806-9924

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EDITORIAL

Custo ou investimento?

Rua Baronesa do Gravataí, 471 CEP 90160 070 Porto Alegre/RS Fone/fax: (51) 3254.9400 crcrs@crcrs.org.br www.crcrs.org.br Composição da Diretoria – Biênio 2012/2013 Presidente Zulmir Breda Vice-presidente de Gestão Antonio Carlos de Castro Palácios Vice-presidente de Fiscalização Celso Luft

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ARTIGO TÉCNICO

Contabilidade e sustentabilidade

Vice-presidente de Registro Moacir Carbonera Vice-presidente de Controle Interno Célio Luiz Levandovski

Vice-presidente de Relações com os Profissionais Roberta Salvini

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Vice-presidente de Relações Institucionais Nair Giacobbo de Lima

ARTIGO TÉCNICO

A importância da auditoria interna para as organizações

Vice-presidente Técnico Paulo Walter Schnorr

ENTREVISTA Composição do Plenário Titulares Contadores: Zulmir Breda, Adriel Mota Ziesemer, Erineu Clóvis Xavier, Luiz Eurico da Silva Boeira, Paulo Walter Schnorr, Antonio Carlos de Castro Palácios, Lino Bernardo Dutra, Paulo Ricardo Pinto Alaniz, Tanha Maria Lauermann Schneider, Gilberto Zanin de Souza, Celso Luft, Roberta Salvini, Moacir Carbonera, Carlos Osvaldo Pereira Hoff, Paulo Gilberto Comazzetto, Soeli Maria Rinaldi, Célio Luiz Levandovski, Sílvio Luís da Silva Zago. Técnicos em Contabilidade: Ibanor Cofferi, Marcos Gilberto Leipnitz Griebeler, Marlene Teresinha Chassott, Marice Fronchetti Guidugli, Nair Giacobbo de Lima, Marco Aurélio Bernardi, Luís Augusto Maciel Fernandes, Sílvia Regina Lucas de Lima, Ricardo Kerkhoff. Suplentes Contadores: César Eduardo Stevens Kroetz, José Baldo Bordignon Sordi, José Roberto dos Santos Pires, Nádia Emer Grasselli, Silvio Luiz Taborda, João Carlos Mattiello, Mário Kist, Magda Regina Wormann, Patrícia Dutra, Neusa Teresinha Ballardin Monser, Grace Scherer Gehling, Angélica dos Santos Minasi, Alberto Amando Dietrich, Pedro Gabril Kenne da Silva, Inelva Fátima Lodi, Rosangela Maria Wolf, Rosemery Dias Gonçalves da Silva. Técnicos em Contabilidade: Loris Jardim Guimarães, Hildegard Rech, Maria Rosa de Freitas, Marta da Silva Canani, Gerson Dias Fraga, Ângelo Giaretton, Abílio Rozek, Airton Luiz Fleck, Roberto da Silva Medeiros.

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A precificação dos serviços contábeis

NOS BASTIDORES

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Pilares de sustentabilidade e lideranças

NOTÍCIAS

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XIV Convenção de Contabilidade do RS Inscrições abertas para o Prêmio de Responsabilidade Social 2013

Corpo Editorial Vice-presidente Técnico – Paulo Walter Schnorr Vice-Presidente de Gestão - Antônio Carlos de Castro Palácios Vice-presidente de Fiscalização – Celso Luft

DELEGADOS Jornalista responsável: Valderez Micheletto – MTb 6407 Editoração e Diagramação: Área Com Publicidade Rubens Santos da Cunha – Fone: (51) 3480.6080 Impressão: Gráfica Editora Pallotti Tiragem: 35.000 exemplares

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Conheça os delegados de Alegrete, Espumoso, Novo Hamburgo e Uruguaiana

SUMÁRIO

Vice-presidente de Desenvolvimento Profissional Adriel Mota Ziesemer

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EDITORIAL

CUSTO OU INVESTIMENTO?

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resposta é indiscutivelmente simples. Em se tratando de agregar conhecimento qualquer custo torna-se investimento. A velocidade com que a informação se propaga e a rapidez com que as normas mudam são incontestáveis e exigem uma atenção constante por parte dos profissionais, especialmente os que se dedicam à Contabilidade. O saber de ontem não é o mesmo do hoje e muito menos se manterá até o amanhã. Tempos atrás era ilógico classificar o conhecimento como mutável. Agora, impõe-se a necessidade de buscá-lo incessante e sistematicamente. O mundo mudou, e, consequentemente, essas transformações invadem como uma avalanche a vida de todos. Em todos os segmentos se constata esse fato. Talvez os profissionais contábeis tenham se ressentido mais, em função das características arraigadas ao perfil do Contador e do Técnico em Contabilidade, assim como das suas funções, até então, desempenhadas nos bastidores das empresas. Nos últimos tempos, o mercado tem demandado um perfil e um posicionamento muito diferentes, principalmente em razão da complexidade das atividades contábeis.

Há pelo menos quatro anos, a Contabilidade tem se mantido entre as dez profissões mais requisitadas e com os salários mais atrativos. Em contrapartida, esse mercado ascendente exige uma maior qualificação profissional. Foi-se o tempo em que o profissional da Contabilidade era visto, pela maioria dos usuários, como um intermediário necessário entre o cliente e o Fisco. Hoje, é reconhecido em um contexto mais amplo, como instrumento gerencial que auxilia no processo de gestão, planejamento, execução e controle, bem como nas situações que envolvem tomadas de decisão. O profissional contábil assumiu lugar de destaque no cenário econômico do País, sendo o responsável pelo equilíbrio financeiro das empresas, o que sugere um crescimento econômico e, por conseguinte, o desenvolvimento de uma nação e de seu povo.


EDITORIAL

O Conselho de Contabilidade evidentemente não poderia simplesmente assistir a toda essa transformação e movimentação sem disponibilizar ferramentas que proporcionassem aos seus registrados acompanhar a evolução. Em função disso, a entidade tem intensificado o Programa de Educação Continuada, que é referência no País. Cursos, palestras e seminários são levados a todas as regiões do Estado. Além disso, são transmitidas palestras ao vivo, via internet, que permitem ao profissional assistir de qualquer lugar, em tempo real e, inclusive, interagir com perguntas. Também quero referenciar aqui a XIV Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul, realizada de 22 a 24 de maio, na Fundaparque, em Bento Gonçalves. Foi gratificante ver a presença de um público em torno de 1.600 pessoas, o que demonstra a preocupação e o interesse por parte dos profissionais e estudantes do Estado em acompanhar as novidades e renovações desse exigente e novo mercado que vem se desenhando dia após dia. A Convenção ofereceu palestras e painéis que trataram de assuntos técnicos, assim como apresentou temas multidisciplinares e motivacionais. Assim é o profissional contábil da atualidade: holístico. Max Gehringer, administrador de empresas, conhecido por suas participações no programa

Fantástico, exibido pela Rede Globo, sempre frisa, em suas palestras, que o profissional precisa aprender coisas novas, constantemente. “Eu nunca parei de estudar, sejam cursos técnicos, de graduação ou mesmo temas de interesses diversos. O importante é não parar nunca. Não existem coisas ridículas ou coisas mal aproveitadas, existem coisas que ainda não descobrimos como aproveitar”, afirma. Colegas, uma obcecada perseguição pelo saber mais tem de ser o nosso foco. Agradeço a todos os colegas que participaram da XIV Convenção de Contabilidade, pois cada um tem a sua parcela de responsabilidade por prestar um trabalho qualificado à sociedade, o que se reflete no reconhecimento e valorização da profissão e na manutenção de uma classe coesa e unida. Também gostaria de dividir o êxito dessa Convenção com o Conselho Federal de Contabilidade, a Fundação Brasileira de Contabilidade e as entidades da classe contábil gaúcha, que apoiaram de forma incondicional a realização do evento. 2013: Ano da Contabilidade no Brasil!

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Contador Zulmir Breda Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul


CONTABILIDADE E SUSTENTABILIDADE

ARTIGO TÉCNICO

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ontabilidade é a linguagem dos negócios e elemento fundamental para gerenciá-los rumo à continuidade, que por sua vez requer preocupação com a sustentabilidade, não mais restrita aos aspectos econômicos das atividades em si, mas também aos de natureza social e ambiental. A inserção de tais aspectos na mensuração do resultado e na situação patrimonial permite aos gestores conhecimento sobre como se dá e quanto custa a interação com o meio ambiente, possibilitando-lhe planejar melhor os gastos ambientais – que hoje são compulsórios e crescentes – bem como prestar contas à sociedade sobre sua responsabilidade socioambiental de forma segura e objetiva. Os usuários da informação contábil, por sua vez, terão elementos para avaliar o empenho da organização em assumir o impacto provocado por suas atividades operacionais em termos sociais e ambientais e, também, os respectivos benefícios proporcionados, que em vários casos passam despercebidos. Nesse sentido, espera-se que os profissionais de Contabilidade, independentemente do porte da entidade para a qual trabalhem, dediquem-se a identificar, mensurar e divulgar de forma destacada os eventos de natureza social e ambiental. Tal procedimento exige maior integração com as diversas áreas de trabalho da companhia, devido à necessidade de conhecimentos técnicos específicos para identificação de tais

Maísa de Souza Ribeiro Dra. em Contabilidade e Controladoria pela FEA/USP, professora titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto FEA-RP/USP.

eventos e transações e, ainda, a distinção deles em relação àqueles que são genuinamente operacionais. Na atualidade, os relatórios de sustentabilidade contemplam diversas realizações sociais e ambientais, mas em várias oportunidades não informam seus aspectos econômicos, privando seus usuários de informações que podem ser relevantes e que demonstram os esforços realizados para o desenvolvimento sustentável. A Contabilidade ambiental tem os instrumentos para contribuir para o enriquecimento dos referidos relatórios.


de sustentabilidade em uso a partir da associação da informação financeira com os relatos das ações realizadas. E, assim sendo, informações sobre ativos, passivos e custos ambientais podem ser divulgadas por companhias e entidades de forma geral. Os ativos ambientais são os bens e direitos destinados à preservação ambiental, bem como aqueles de longa duração utilizados na restauração de ambientes afetados pelas atividades operacionais de determinada companhia. Eles existem adicionalmente aos operacionais e têm a finalidade específica de proteção do meio natural. Não se confundem, portanto, com os ativos operacionais associados com produção mais limpa, os quais visam ao objetivo econômico para o qual a empresa foi constituída. Os ativos ambientais podem ser de curta ou longa duração, dependendo do fim a que se destinem: consumo no período corrente ou durante vários períodos. Exemplificam o primeiro caso os estoques de insumos para tratamento de resíduos do processo produtivo; no segundo, filtros para tratamento de efluentes. O exemplo mais recente de ativos ambientais são as certificações de reduções de emissões de gás carbônico, as quais representam a compensação financeira gerada pela redução de poluição. De forma semelhante, surge a necessidade de registrar os serviços ambientais, os quais são decorrentes da preservação de matas nativas e podem afetar positivamente o patrimônio da entidade.

ARTIGO TÉCNICO

A Contabilidade ambiental – ou a Contabilidade para a sustentabilidade – não é algo novo, mas, sim, uma segmentação da Contabilidade tradicional. Ela tem como premissa a identificação, a mensuração e a divulgação segregada de todos os gastos pertinentes à interação com o meio socioambiental, os quais existem, porém na rotina empresarial e contábil têm passado sem destaques. Os exemplos são inúmeros, como os relacionados com estações de tratamento de efluentes, tratamento de resíduos, reciclagem, educação ambiental, depreciação de ativos ambientais, insumos para redução de impactos ambientais, multas e penalidades ambientais, programas culturais, esportivos, educacionais, entre outros similares. O plano de contas é um instrumento valiosíssimo da Contabilidade, pois tem o poder de sistematizar o modelo de informação contábil conforme os interesses e as necessidades dos gestores ao longo do tempo e entre distintos profissionais. E, por assim ser, é um elemento fundamental para permitir o registro da informação socioambiental. Nesse sentido, a previsão de codificação nos planos de contas para eventos e transações de natureza socioambiental que podem ocorrer na entidade permite a uniformização do tratamento de tais eventos e transações. Com esse tipo de controle é possível a produção de informações de sustentabilidade com formatos variados: por período, por tipo de gasto, por produtos entre outros; inclusive, permite aperfeiçoar os relatórios

Os ativos ambientais são os bens e direitos destinados à preservação ambiental, bem como aqueles de longa duração utilizados na restauração de ambientes afetados pelas atividades operacionais de determinada companhia."

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ARTIGO TÉCNICO 8

Os passivos das organizações podem ser afetados pelas exigências de recuperação de áreas degradadas, como no caso das mineradoras, que devem criar provisões para os gastos futuros com restauração das áreas exploradas. Exemplos clássicos dos passivos ambientais também são as penalidades decorrentes de infrações ambientais que podem ocorrer em função de acidentes que causem impactos ao meio ambiente. Tais obrigações podem ser de caráter legal ou construtivo; no primeiro caso, quando são decorrentes de previsões em normas e leis e, no segundo, quando partem da conscientização da própria empresa sobre seu compromisso com a sustentabilidade. As despesas socioambientais representam os consumos do período em curso e podem estar relacionadas com o processo operacional em si – como os insumos utilizados para tratamento de resíduos – ou com a atividade da entidade como um todo, a exemplo da taxa da licença ambiental, os programas de conscientização para redução do consumo de insumos básicos como energia, água, papel e similares. Incluem-se, também, os gastos relativos aos benefícios sociais proporcionados aos empregados e à sociedade, como os programas culturais e educacionais. Como pode ser observado, tais eventos e transações são normalmente contabilizados, contudo não há, na maioria dos casos, destaques para que sejam divulgados abertamente para o público e/ou para que possam ser associados com as informações dos relatórios de sustentabilidade, dando-lhe maior credibilidade e confiabilidade. As ações das empresas devem estar de acordo com a missão e os objetivos declarados por seus respectivos presidentes, podendo ser as informações contábeis o instrumento de evidenciação da concretização das premissas estabelecidas pela e para a entidade. Ressalte-se a produção de informação contábil de qualidade e abrangente. Sob o ponto de

vista da sustentabilidade, não está restrita às entidades de grande porte, mas deve ser amplamente praticada, visando a agregar valor para a entidade, permitir aperfeiçoamento no seu gerenciamento e, por fim, contribuir para a consecução da continuidade em condições saudáveis e adequadas sob o ponto de vista da organização em si e daqueles que a acompanham. Observe-se que a inserção da Contabilidade na área de sustentabilidade não é recente; já na década de 1980, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (United Nations Conference on Trade and Development – Unctad) mantinha grupos de especialistas em Contabilidade que discutiam a disseminação mundial da mensuração, da contabilização e da divulgação de eventos ambientais, especialmente passivos e custos. Recentemente, observa-se o esforço do International Integrated Reporting Council (IIRC) para a disseminação internacional da importância de produção de um relato integrado que contenha informações sobre sustentabilidade e informações contábeis, sob o pressuposto de que a completude da informação pode melhor subsidiar a gestão das entidades. O IIRC tem realizado esforços para unir organizações não governamentais dedicadas à disseminação da ideia da responsabilidade socioambiental (como o GRI, Ethos e similares), entidades contábeis (como o IASB), entidades representativas de grupos empresariais (como bolsas de valores), entre outras. O grupo já conta com representantes de diversos países; várias empresas já se dispuseram a participar do programa piloto para desenvolvimento de diretrizes a serem seguidas. A BM&FBovespa é adepta à ideia e tem contribuído para a disseminação da proposta entre as companhias abertas.


A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA PARA AS ORGANIZAÇÕES

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“A auditoria interna é uma atividade independente e objetiva que presta serviços de avaliação (assurance) e de consultoria e tem como objetivo adicionar valor e melhorar as operações de uma organização. A auditoria auxilia a organização a alcançar seus objetivos, adotando uma abordagem sistemática e disciplinada para a avaliação e melhoria da eficácia dos processos de gerenciamento de riscos, controle e de governança corporativa”.

Logo, uma visão moderna desta área abrange a avaliação do risco, identificando, avaliando e priorizando os riscos da organização, visando a focar nas áreas auditáveis mais significativas. Em cada ação de auditoria, a avaliação do risco é utilizada para identificar as áreas mais importantes dentro

Paulo Roberto Reichelt Ayres Contador, especialista em Auditoria e Perícia, conselheiro do Instituto dos Auditores Internos do Brasil.

do seu âmbito. A avaliação do risco permite ao auditor delinear um programa de auditoria capaz de testar os controles mais importantes, ou testar os controles com maior profundidade ou mais minuciosamente. Cabe questionar se outra área da organização não poderia assumir este papel. A controladoria poderia ter essa atribuição? Entende-se que a controladoria, inserida nos novos tempos, deixa de lado o papel burocrático e pouco relevante de esperar o fechamento do mês para gerar relatórios e assume a missão de garantir a qualidade e a oportunidade de dados que embasarão o processo decisório do gestor. Certamente, a maximização de informações, bem como a integridade da base de dados disponível, são fatores de grande relevância para maior qualidade na tomada de decisão. Aparentemente, os propósitos atuais das áreas se sobrepõem em alguns momentos, porém seus objetivos são distintos e específicos, sendo que estas duas áreas são complementares dentro das empresas, pois, caso não atuem de forma integrada, lembrarão uma piscina olímpica em cujas raias independentes (divisões) o foco é tão somente o objetivo individual (departamental). Entende-se, portanto, que a controladoria é uma grande aliada na definição dos objetivos econômicos, financeiros, empresariais, e a auditoria interna pode atuar fortemente no acompanhamento e na promoção ao atendimento de tais objetivos.

ARTIGO TÉCNICO

istoricamente, a função da auditoria interna surgiu com o intuito de controlar atividades operacionais, fiscalizando-as e desempenhando o papel de guardiã de normas e procedimentos preestabelecidos. Com efeito, sua atuação estava focada principalmente em compliance, em vez de seguir uma linha proativa e voltada para resultados. Contudo, a auditoria interna moderna transpassa esse papel para tornar-se uma área em sintonia com a estratégia do negócio, buscando permanentemente assegurar que os esforços de toda a organização estejam direcionados para os objetivos da companhia. Os recursos tecnológicos atuais permitem aos auditores internos realizar a leitura e a extração de dados em tempo real dos mais diversos sistemas, integrados ou não (faturamento, Contabilidade, recursos humanos, estoques etc.), de forma ilimitada, gerando informações, nas quais a inteligência e a criatividade são os limites para a análise. Consequentemente, a área passa de operacional para uma área de inteligência dentro das organizações, ou seja, atua também como uma consultoria interna. Vale reforçar que o Instituto dos Auditores Internos dos Estados Unidos (The Institute of Internal Auditors) reforça o posicionamento que a auditoria interna precisa ter nas organizações com a seguinte definição:

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A PRECIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS CONTÁBEIS

ENTREVISTA

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oda empresa prestadora de serviços estabelece um preço a ser pago pelo cliente referente ao trabalho realizado. Esse cenário não é diferente para os escritórios de Contabilidade. Diante disso, uma questão vem à tona: quanto vale um serviço contábil? Para que o Contador ou Técnico em Contabilidade defina um bom preço pelos seus serviços, é necessário averiguar e avaliar uma série de fatores. O Doutor em Contabilidade e Controladoria pela Universidade de São Paulo (USP) e professor do Mestrado Profissional e Doutorado em Administração da Faculdade de Gestão e Negócios da Universidade Metodista de Piracicaba (UMESP), Clóvis Luís Padoveze, esclarece o que deve ser levado em conta no momento de definir o valor dos serviços contábeis. Revista do CRCRS: Que fatores o profissional contábil deve observar a fim de mensurar o preço de seus serviços? Clóvis Padoveze: Não há dúvidas que são os de origem externa e interna. Os fatores de origem interna, tradicionalmente, são os próprios custos da organização, separados por áreas de trabalho do próprio escritório de Contabilidade. Já os fatores externos se relacionam com a competição, com os clientes e a percepção que esses clientes possuem dos serviços contábeis. RC: Tendo em vista esses fatores externos referentes à competitividade do mercado e as adequações pelas quais os serviços contábeis passam em função das mudanças que vêm ocorrendo, o que deve ser feito para que seja fixado um correto valor? CP: Um escritório de Contabilidade é um empreendimento como outro qualquer, caracterizado basicamente como uma empresa de

Clóvis Luís Padoveze Doutor em Contabilidade e Controladoria pela USP e professor do Mestrado Profissional e Doutorado em Administração da Faculdade de Gestão e Negócios na UMESP

serviços. E esse tipo de empresa tem certas características. Sobre esse assunto, a questão principal é a dimensão da capacidade, ou seja, o proprietário do escritório de Contabilidade deve estabelecer quantos clientes ele pretende atender. A partir do momento que ele definir essa meta, inicia-se uma nova etapa: fixar uma estrutura de custos. No escritório contábil, como na maioria das empresas de serviços, a maior parte dos gastos caracterizase como despesas fixas. Então, automaticamente, entra uma outra questão gerencial, que é saber como otimizar o uso da capacidade. RC: É necessário também que seja definido o segmento que o escritório ou organização contábil vai atuar? CP: Sim, esse é o segundo ponto: definir que tipo de serviço se pretende oferecer. Serão serviços contábeis só para empresas do Simples? Só para empresas do Lucro Presumido? Só para empresas do Lucro Real? O escritório pretende adicionar, também, serviços de consultoria e, eventualmente, de auditoria e perícia? Isso tudo o profissional deve avaliar. Após a dimensão da capacidade, ele tem que definir qual é o alvo que deseja atingir. Tudo isso faz parte do que chamamos, numa primeira etapa, de planejamento estratégico. Em seguida, feitas essas avaliações, segue-se para


RC: O escritório deve levar em conta os preços dos concorrentes? CP: Preço é um campo de estudos muito amplo. É muito comum, no ambiente do serviço contábil, a abordagem ortodoxa, como chamamos, de fazer o preço pelo custo. Ou seja, avaliar quanto custa o serviço para o profissional contábil, baseado na atuação de seu escritório, e a partir daí, estabelecer um preço. Esse estudo deve ser feito, mas não é o principal para a definição do valor do serviço. É sempre necessário levar em conta o concorrente, porque em qualquer segmento de atuação, em qualquer país do mundo, há concorrentes. O principal que o profissional de prestação de serviços contábeis deve fazer é a abordagem de marketing. Quem está no ambiente contábil, às vezes, não dá a devida atenção para essa questão, e ela é a mais importante. E do que se trata? Consiste em você tentar descobrir quanto cada cliente estaria disposto a pagar pelos seus serviços. Essa é a primeira abordagem que deve ser utilizada: identificar o valor percebido pelo consumidor. RC: Então o principal é compreender quanto o cliente pagaria pelo serviço, e não só ver o preço pelo custo ou pela concorrência? CP: Deve-se parametrizar o preço pelo custo, mas apenas como um referencial. É

importante olhar para fora e identificar os desejos e necessidades do cliente, e quanto ele estaria disposto a pagar para satisfazer suas necessidades de informação. RC: Na sua opinião, o profissional contábil deve cobrar pela consulta que presta ao cliente? CP: No geral, a linha mestra do profissional liberal é trabalhar por hora, e acho que isso é absolutamente normal. Obviamente que você deve manter um raciocínio na condução da sua prestação de serviços. Eu não vejo nenhum problema nessa questão, você pode até colocar essa condição em contrato. Acho que o ideal é a elaboração de um contrato especificado com o conjunto de serviços a ser executado, e o que extrapolar, então, poderá sofrer um custo adicional por hora. Vejo isso com tranquilidade. Entretanto, no dia a dia, há que se ter o bom senso, ou seja, eu não vou cobrar por uma consulta de quinze, vinte minutos. Isso, às vezes, não é elegante e não é bom para o negócio. Agora, se é uma consulta que exige um estudo, julgamento, avaliação ou definição sobre o assunto, acho que cabe, sim, a cobrança. RC: Mensagem final. CP: Nós, profissionais da área contábil, somos e devemos ser consultores também. Acho que é um ramo pouquíssimo explorado na profissão. Temos um vasto conhecimento técnico e científico. Portanto, a prestação de um serviço de consultoria, a meu ver, poderia ser melhor utilizada, porque, caso contrário, profissionais formados em outras áreas, como economia, administração e até engenharia, acabam atuando em atividades que, claramente, poderiam ser ocupadas por Contadores ou Técnicos em Contabilidade.

ENTREVISTA

um terceiro momento, em que se define o tipo de tecnologia a ser utilizada. Você tem várias opções de software, hardware, de estrutura física – alugar ou comprar um imóvel, etc. Em suma, são esses os blocos decisórios que conduzem a uma estrutura de custos: o mercado que se pretende atuar, a proposta que se quer fazer, a capacidade que se espera utilizar e o conjunto tecnológico que se vai empregar. Feito isso, já se pode estruturar e projetar os gastos. A partir daí, serão definidos os preços que se deve cobrar pelos serviços.

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PILARES DE SUSTENTABILIDADE E LIDERANÇAS

NOS BASTIDORES

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stamos numa época em que os modelos que dinamizaram e edificaram a sociedade humana têm que ser revistos para que possa continuar existindo sociedade humana. A fim de termos uma ideia, segundo pesquisadores e especialistas de recursos naturais e biodiversidade, para seguir-se o atual modelo de desenvolvimento e para continuar havendo possibilidade de expansão econômica necessitaríamos o equivalente a três planetas Terra. Dessa maneira, hoje não se pode falar em economia sem reconhecer seu impacto direto na ecologia e sem considerar a desestrutura social que seu modo tradicional de operar impõe ao sistema de vida em suas mais diversas culturas e modos de expressão. Isso tem levado a sociedade a repensar sua visão e sua prática em relação à questão da sustentabilidade. Quando se diz a palavra sustentabilidade dentro de um ambiente empresarial, imediatamente se associa à geração de lucro, pois esta é a natureza de toda empresa que quer manter-se e expandir. Mas quando a palavra é ampliada para a dimensão humana e para a rede interdependente de vidas que habitam o planeta, é necessário pensar na manutenção do equilíbrio do lugar onde o ser humano habita; no modo como maneja, transforma, cria e utiliza os recursos que se tornarão produtos; e no modo como a humanidade se relaciona consigo e com o mundo. Isso porque a dimensão humana não está fora do ambiente empresarial, e o

Kaká Werá Escritor e empreendedor social

desafio deste momento é conciliar estes dois aspectos: o empreendedor, que é um ser humano, e o empreendimento, que tem como um de seus princípios básicos a geração de riqueza. A empresa visa ao lucro por meio da venda de produtos e para isso é necessário haver consumo; essa é a lógica natural do empreendimento. Os recursos primários que eventualmente tornam-se produtos frutificam do ambiente em que vivemos; esse é o elo entre natureza e empreendimento. No entanto a natureza, além disso, também é a nossa casa, a nossa provisão, a nossa prosperidade. Mais do que isso: é a casa dos animais, do reino vegetal, do reino mineral e de incontáveis seres diversos. Atualmente, uma parcela da humanidade se dá conta que essa casa é viva e dinâmica e de que seus


louro, associado depois à glória e à riqueza; e também com a canela, a pimenta, a noz-moscada, o cravo, o pau-brasil, as pedras preciosas, o petróleo, e chegamos ao absurdo fato de que, em alguns lugares, a água tornou-se comércio e adquiriu valor monetário. Temos que prestar muita atenção para que amanhã não chegue em nossas mãos a conta do ar que respiramos. Esses líderes tinham uma ação intrépida, mas uma visão fragmentada da vida, além de personalidade aventureira. Normalmente, não havia entre eles preocupações familiares ou comunitárias. Como desejavam as coisas que estavam distantes de seu lugar de origem, e como ambicionavam coisas fora da época de elas germinarem, contribuíram de modo indireto para criar a ideia da escassez, que geralmente é associada somente ao inverno rígido de determinadas regiões, provocando dificuldades extremas de suprimento. Foi essa ideia de escassez que gerou o fenômeno da miséria e da abundância. Foram esses líderes que se tornaram ícones do velho mundo, modelos para a civilização industrial e pós-industrial. O mundo contemporâneo associa-os a desbravadores, à superação de limites, à competitividade, mas na verdade eles são em essência referências predatórias da própria espécie. Talvez por isso, no reino da natureza, o ser humano seja o único que é predador de si mesmo. É importante colocar que na atual sociedade pósmoderna – na qual o consumo não é só de produtos,

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recursos obedecem a ritmos diversos para tornarem-se possíveis de serem extraídos e utilizados. Exatamente nesse ponto há um descompasso gravíssimo entre o ritmo da natureza em produzir recursos e a voracidade da humanidade em consumi-los. Além disso, existem determinados recursos que são finitos, outros se modificam com o passar do tempo, e outros que, uma vez extraídos, levam longuíssimos séculos para serem gestados e manifestados na superfície ou no subsolo terrestre. Há uma relação histórica, social e psicológica entre determinados tipos de pessoas e o modo como os recursos naturais foram descobertos, obtidos e explorados ao longo da trajetória humana que pode nos ajudar a entender o dilema da sustentabilidade e da liderança. Os modelos e as referências de líderes que se cristalizaram na sociedade contemporânea foram decorrentes deste tipo de relação, que consiste no seguinte: o modo como recursos naturais são utilizados nasce de uma mentalidade de exploração até a exaustão. É uma distorção de usufruto dos recursos causada pelo modo aventureiro e despropositado como lidamos com a nossa casa chamada Terra. As lideranças históricas e mitológicas do passado recente na civilização ocidental foram chamadas de conquistadores, e isso se dava pelo ato das conquistas de territórios e espaços onde se encontravam determinadas riquezas, que na verdade eram frutos da terra em determinado ponto ou lugar que em determinada época era a bola da vez em termos de importância para consumo. Foi assim com o sal, que se tornou medida de riqueza, tornando-se o salarium a medida e o valor dos ricos e dos pobres; foi assim com o

O modo como recursos naturais são utilizados nasce de uma mentalidade de exploração até a exaustão."

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A liderança humana e a sustentabilidade podem caminhar juntas de novo. Mas para isso temos que retomar os estudos e as pesquisas de antigas ciências contemplativas.

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mas também de serviços, tecnologias etc. – esse modelo de liderança e essa ideia de escassez também persistem, não por necessidade, mas por osmose. Já o mundo ancestral das antigas Américas e Áfricas não utópicas, e mesmo das Europas e Ásias mais distantes – e no entanto reais desde a noite dos tempos – havia um outro tipo de liderança e um outro tipo de empreendimento. Eram o líder caçador, o líder pescador e o líder roçador. Esses líderes não eram aventureiros, mas eram empreendedores sociais. Tinham famílias e pertenciam a uma ordem comunitária que incluía parentes diretos, indiretos e os de acolhimento. Caçavam para o grupo, pescavam para o grupo, plantavam para o grupo. Utilizavam os recursos naturais de acordo com a época de cada coisa, respeitavam a sazonalidade, o ritmo, a pulsação da Terra. Eram visionários, místicos e intuitivos, pois faziam isso de acordo com a leitura da lua, do sol e das estrelas para saber o melhor momento de agir. Eram prósperos porque a comunidade era próspera e não porque eram melhores que alguém. E também porque seguiam o fluxo próspero da natureza. Esses líderes exerciam uma liderança sustentável e eram respeitados como portadores de eficiência, sabedoria estratégica e visão holística. Muitos desses líderes conheciam a si mesmos, os seus potenciais, as suas deficiências, as suas possibilidades. Existia uma cultura e uma educação para isso, para tornar-se senhor de si, de seus temperamentos, de seu poder interior, de sua conexão com aspectos intangíveis do ser. Isso não é mito; é fato. Existiram sistemas que preparavam esses líderes. Hoje, tais sistemas são chamados de arcaicos.

Olhar a lua e saber o melhor momento de plantar e de colher. Olhar as estrelas e saber o melhor momento de partir. Seguir o sol conforme a estação. São sabedorias. São tecnologias. São ferramentas de relacionamento com o mundo interior e exterior. Tais saberes não foram exterminados. Existem ainda hoje, embora fragmentados e dispersos. Existem de modo mais frequente em comunidades humanas mais próximas da natureza. Existe ainda um elo. A liderança humana e a sustentabilidade podem caminhar juntas de novo. Mas para isso temos que retomar os estudos e as pesquisas de antigas ciências contemplativas. Temos que nos despir de poderosas distorções e preconceitos em relação a nossa ancestralidade. Temos que revisitála. Temos que conhecer a ancestralidade da qual se enraizou à força o Brasil, as Américas, as Áfricas e as Ásias utópicas e não utópicas. Revisitando as raízes mais profundas de nós mesmos, poderemos revitalizar e renovar essa grande árvore chamada humanidade. Revisitando o antigo, podemos retomar força e clareza para o presente e criar harmoniosamente um futuro. Mas um futuro de verdade, virtuoso, e não virtual e fragmentado, como se apresenta hoje neste momento tão delicado e terrível desta atual civilização.


XIV Convenção debate presente e futuro da profissão sob o lema Contabilidade, Instrumento para o Desenvolvimento Sustentável Mais uma vez, a classe contábil gaúcha teve a oportunidade de comprovar a importância da atualização do conhecimento profissional, da reflexão sobre temas atuais e a necessidade da troca de ideias, consagrando a XIV Convenção de Contabilidade do RS como o maior evento contábil do Estado. Durante três dias – entre 22 e 24 de maio –, cerca de 1.600 profissionais e estudantes se reuniram, em Bento Gonçalves, onde participaram de palestras e painéis de cunho técnico e comportamental. Na oportunidade, também foram apresentados 19 trabalhos científicos e cinco técnicos. Integram os anais do evento 43 trabalhos aprovados pelos Comitês Científico e Técnico. Foram três dias de atividades profícuas, que proporcionaram aos presentes um debate e um intercâmbio de experiências inigualável para o crescimento e o aperfeiçoamento profissional.

Homenagem marcou o início do evento Emocionante e inovadora foi a solenidade de abertura. Às 19h do dia 22 de maio, na Fundaparque, em Bento Gonçalves, as autoridades das esferas estadual e municipal; os presidentes do Conselho Federal de Contabilidade, dos 27 CRCs, da Academia Brasileira de Ciências Contábeis, da Fundação Brasileira de Contabilidade; os representantes de entidades da classe contábil gaúcha e brasileira, além de um grande público, assistiram a um empolgante show de luzes e imagens, que anunciava o início da 14ª edição do maior evento da classe contábil gaúcha. Um dos pontos altos da noite foi a entrega da distinção Mérito Contábil Ivan Carlos Gatti, concedida, este ano, ao Técnico em Contabilidade Renato Kerkhoff, como forma de agradecimento a sua contribuição e prestimosa dedicação à classe contábil do Estado. Ao receber a honraria, Kerkhoff, que ministrou mais de 300 palestras sobre a necessidade de executar a Contabilidade para todas as empresas,

emocionado, recordou momentos do início de suas atividades como profissional contábil, delegado regional do CRCRS e sua atuação como vice-presidente. "É o sonho de todo profissional ser reconhecido pela classe, não só pelo seu trabalho como profissional da área, mas por todo o esforço e dedicação despendido em prol dela. Recebo a distinção Mérito Contábil Ivan Carlos Gatti com grande alegria. Isso dá mais ânimo de continuar executando atividades que venham a valorizar a nossa classe contábil e a sociedade, especialmente". Kerkhoff também fez uma menção especial à sua família e ao ex-Diretor Executivo do CRCRS, Luiz Mateus Grimm, com quem trabalhou em conjunto durante quase quatro décadas.

O Técnico em Contabilidade Renato Kerkhoff foi homenageado com a distinção Mérito Contábil Ivan Carlos Gatti, considerada a maior homenagem concedida pela classe contábil gaúcha. Kerkhoff é Técnico em Contabilidade, advogado, empresário e político. Exerce a Profissão Contábil desde 1968. Natural de Giruá, mudou-se para Viamão em 1972, onde, no mesmo ano, participou da implementação da primeira Tabela de Honorários Profissionais, da Fundação da Associação dos Contabilistas de Viamão e da criação da Delegacia Regional do CRCRS na cidade - quando ocupou a função de Delegado Regional de Viamão, exercida até 1997. Em 1976, foi eleito vereador. Assumiu a Secretária da Fazenda e da Administração e foi presidente da Câmara de Vereadores. De 1987 a 1991 foi coordenador estadual do SINE e diretor Financeiro e Administrativo da COHAB. Entre 1998 e 2009, foi conselheiro do CRCRS, sendo que, de 2002 a 2005, assumiu a vicepresidência de Relações com o Interior, passando, de 2006 a 2007 para a vice-presidência de Relações Sociais, até que, na gestão de 2008 a 2009, ficou à frente da pasta de Relações com os Profissionais. No período de janeiro de 2003 a setembro de 2007, também foi vice-presidente da Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul. Atualmente, é o Secretário Municipal da Fazenda de Viamão.

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Sucesso do evento foi confirmado pela pesquisa de satisfação, que apontou 82,6% de aprovação

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O anfitrião do evento, o presidente do CRCRS, Contador Zulmir Breda, em sua manifestação, destacou a preocupação com a preservação ambiental e a inserção da Contabilidade nesse contexto. Lembrou que, segundo a Organização das Nações Unidas, desenvolvimento sustentável é aquele que deve satisfazer as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir as próprias necessidades. “Esse deve ser o compromisso de todos os cidadãos que querem deixar para os seus descendentes um mundo que não seja pior do que aquele que recebemos de nossos antepassados”, comentou. Ele ainda destacou que o Brasil precisa percorrer um longo caminho para atingir a sustentabilidade e que o profissional da Contabilidade é um agente essencial para lograr êxito nessa busca. “Os Contadores e Técnicos em Contabilidade têm papel estratégico em todas as organizações, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte. Precisamos esclarecer os empresários e a sociedade em geral sobre a verdadeira função de nossa profissão e a abrangência de nosso ofício, desconhecida ainda por muitos.


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Aliás, movido por esse argumento é que o Sistema CFC/CRCs, entidades da classe contábil brasileira e organizações empresariais se uniram em torno da campanha 2013: Ano da Contabilidade, tem como foco principal elucidar à sociedade sobre o que é a Contabilidade, onde ela está e qual a sua contribuição no desenvolvimento econômico e social do País. Pretendemos mostrar que a Contabilidade permeia a vida de todos nós”. Em seguida, o presidente do Conselho Federal de Contabilidade, Juarez Domingues Carneiro, enfatizou o crescimento da profissão contábil, que vem ganhando destaque no mundo dos negócios mundiais. Ele lembrou que, com o objetivo de fazer com que a sociedade tenha consciência do verdadeiro papel do profissional da Contabilidade, o Sistema CFC/CRCs encabeçou a campanha 2013: Ano da Contabilidade. Ainda fizeram uso da palavra o prefeito de Bento Gonçalves, o deputado Adilson Troca e o secretário Maurício Dziedricki. A solenidade de abertura foi transmitida ao vivo, via internet, pela TV CRCRS.

Da esquerda para a direita: Antonio Carlos Nasi, detentor do Mérito Contábil João Lyra; Jaime Gründler, presidente do Sescon/RS; Sergio Rossetto, presidente da Federacon/RS; Juarez Carneiro, presidente do CFC; Adílson Troca, deputado estadual; Zulmir Breda, presidente do CRCRS; Maurício Dziedricki, secretário estadual; Guilherme Rech Pasin, prefeito de Bento Gonçalves; Paulo Renato Paz, superintendente da Receita Federal no RS; Marcelo Saweryn, presidente do Ibracon 6ª Regional; Marisa Aurélia Balestro, Delegada Regional do CRCRS em Bento Gonçalves; Cassius Regis Coelho, presidente do CRCCE

Durante a solenidade, foi realizado o lançamento dos Balanços Socioambientais dos 27 Conselhos Regionais e do Conselho Federal de Contabilidade. A iniciativa, inédita, tinha como objetivo dar maior visibilidade e destacar a importância da publicação, que divulga as ações de responsabilidade social do Sistema CFC/CRCs.

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XIV Convenção de Contabilidade inovou e surpreendeu participantes

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O CRCRS lançou, nesta XIV Convenção de Contabilidade, uma ação interativa, denominada “A construção de um ideal: você faz parte”, cuja dinâmica implicava na participação de todos os convencionais, da seguinte maneira: cada um dos inscritos recebeu, junto com o crachá, um código SMS, que enviado para o número 30120, completou um painel interativo que ficou exposto na Feira de Negócios e Oportunidades. A tela, assinada pelo artista plástico gaúcho Marciano Schmitz, foi apresentada a todos no encerramento do evento, e a pintura formada traduzia o compromisso da classe com o projeto “2013: Ano da Contabilidade” e com um desenvolvimento sustentável.

A obra está exposta na sede do CRCRS como símbolo da união e da força da classe e o seu compromisso com desenvolvimento sustentável.

Lançamento EICON Durante a Convenção, ocorreu o lançamento da vigésima nona edição do EICON – Jogos de Integração dos Contabilistas do Rio Grande do Sul. Na oportunidade o presidente da Federacon-RS,

Sergio Rossetto, acompanhado do coordenador do 29º EICON – Mário Kist – apresentaram o evento e convidaram os convencionais a participar na cidade de Santa Cruz do Sul nos dias 19 e 20 de outubro deste ano.

Novo membro da Academia de Ciências Contábeis Na manhã do dia 23 de maio, realizou-se ato solene da Academia de Ciências Contábeis do RS, que por meio do seu presidente, Elói Dalla Vecchia, nomeou seu mais novo membro: o Contador Erineu Clóvis Xavier. Ele ocupará a cadeira 21 da academia, que teve como patrono Ivan Carlos Gatti. O presidente do CRCRS, Zulmir Breda, participou do ato.

A Origem da Contabilidade no Estado

Ainda na abertura, ocorreu, o lançamento do livro A Origem da Contabilidade no Rio Grande do Sul, editado pelo CRCRS, de autoria dos Contadores Marco Aurélio Gomes Barbosa e Ernani Ott. A obra retoma a história da profissão contábil no Estado.

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Programação foi o ápice da XIV Convenção de Contabilidade Colaboração Humana, Inovação Coletiva e Social Good Esse foi o assunto desenvolvido por Gil Giardelli, especialista em Cultura Digital, que avaliou as ações geradas pelo novo momento da sociedade atual, no qual a internet virou palco de discussões e encontros, tanto no ambiente virtual quanto no mundo real. “As novas tecnologias possibilitaram o surgimento de uma gama de ideias e projetos que se iniciam no mundo digital, mas geram mudanças significativas no mundo offline”.

“Relacionamento é a palavra-chave para o sucesso”.

Saber interagir com seu círculo social, conversar com as pessoas, ter paciência para lidar com problemas são elementos fundamentais para quem quer crescer pessoal e profissionalmente. Essa foi a essência da palestra apresentada por José Inácio da Silva Pereira, o Professor Pachecão: Sucesso – A Arte de Realizar Sonhos. Pós-graduado em Gestão de Negócios pela UFMG, Pachecão abordou a importância do relacionamento entre os indivíduos, mostrou que os problemas cotidianos possuem, também, um lado positivo e que a meta deve ser sempre a busca pela realização dos sonhos pessoais.

Governança Corporativa para Pequenas e Médias Empresas A importância de as pequenas e médias empresas adotarem práticas de governança corporativa foi a tônica da palestra do contador, economista e consultor de gestão de empresas familiares, Werner Bornholdt. Na oportunidade, ele salientou os cuidados na definição de conceitos e critérios de um pequeno negócio em família, especialmente na definição da missão, visão e valores, de modo que esses elementos passem de geração em geração, preservando a personalidade da empresa. Também ressaltou a importância do profissional contábil nesse processo, principalmente nos quesitos de transparência, compromisso social e sucessão patrimonial.

“Governança Corporativa não é um modelo de gestão próprio das grandes empresas”.

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Sucesso – A Arte de Realizar Sonhos

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Tax Alerts Preventivos, Corretivos e Repressivos

“A adoção dos tax alerts aumentaria a segurança das operações financeiras, gerando menos autuações por parte do Fisco”.

Os tax alerts são sinais preventivos, corretivos e repressivos, que avisam empresas e contribuintes sobre ações financeiras que possam ser objeto de autuação do Fisco. Esses dispositivos seriam implantados por meio de uma norma geral, proposta pela vice-presidente do Instituto de Procedimento e Processo Tributário do Brasil, Mary Elbe Queiroz. Em sua palestra, Mary explicou que essa regulamentação teria como objetivo prevenir os abusos cometidos nessas ações, orientando tanto o contribuinte quanto o Fisco sobre o que é vedado e o que é permitido.

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Uma Visão Empreendedora do Sped

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O Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) vem mudando a realidade empresarial no País, tanto no sentido de coibir a sonegação quanto em aprimorar a gestão da informação dentro das empresas. Ao mesmo tempo, o Sped tem gerado maior rigor e transparência nos registros contábeis e fiscais dentro das empresas. Esse foi um dos focos da palestra do professor e especialista em Tecnologia da Informação, Roberto Dias Duarte. Na oportunidade, Duarte também destacou que Contadores e Técnicos em Contabilidade necessitam desenvolver novas habilidades voltadas para a comunicação, expressão, estratégia e uso da tecnologia e, assim, enfrentarem os desafios da vida profissional

"Os profissionais de hoje devem desenvolver uma visão cada vez mais empreendedora".

Desenvolvimento Sustentável: Modismo ou Diferencial Competitivo

“A sociedade precisa se organizar de maneira a criar um equilíbrio nas perspectivas econômica, ambiental e social”.

O desenvolvimento sustentável tem ocupado espaço dentro das pequenas e grandes empresas. Para o superintendente da Fundação Projeto Pescar e professor de pós-graduação Ézio Rezende, o desafio da sociedade moderna é incluir na pauta das discussões, além de questões econômicas, as de cunho social e ambiental. Durante sua palestra, Rezende explicou que, compreendendo a atualidade e importância do tema, as empresas têm criado uma área específica, com vista a aprofundarem ações de sustentabilidade, de acordo com seu segmento.


Sustentabilidade Empresarial Uma empresa, para ser sustentável, não deve apenas ser economicamente viável, ou seja, gerar lucro e retorno. Ela também deve ser responsável nos âmbitos social e ambiental, ficar atenta aos impactos que sua atividade pode provocar na sociedade e cuidar das relações que possui com seus públicos, especialmente com seus colaboradores. Como uma empresa pode traduzir o conceito de desenvolvimento sustentável para sua prática diária, é o que a coordenadora da Comissão do Balanço Socioambiental do CFC e do curso de Ciências Contábeis da Universidade do Vale do Itajaí, Marisa Luciana Schvabe de Morais, esclareceu em sua palestra sobre Sustentabilidade Empresarial. Marisa também

falou sobre o papel do profissional contábil no desenvolvimento sustentável das empresas e do balanço socioambiental, documento que descreve o compromisso da instituição com a sociedade e o meio ambiente.

“Uma empresa sustentável precisa compreender que seu desempenho econômico está invariavelmente ligado ao seu desempenho socioambiental”.

A fiscalização tributária, ao atuar na averiguação do cumprimento de obrigações junto ao contribuinte, pode verificar irregularidades e não possuir, em mãos, provas sobre o fato. Assim, utiliza-se de presunção, ou seja, por meio de um fato relacionado, pressupor a irregularidade. Todavia, há limites para o uso da presunção. O Doutor em Direito Tributário e membro do Conselho Administrativo de Recursos Federais do Ministério da Fazenda, Rafael Pandolfo, apontou em sua palestra quais são esses limites. Pandolfo também explicou em que situações uma matéria de cunho tributário pode ser objeto de discussão,

ao mesmo tempo, em processos nas esferas administrativa e judicial, e até onde isso pode prejudicar ou beneficiar o autor da ação.

21 “A coexistência dos processos nas esferas administrativa e judicial, ao mesmo tempo, pode prejudicar a decisão sobre o objeto discutido”

Educação Fiscal: Uma Nova Proposta para Política Fiscal no Brasil O cidadão brasileiro, muitas vezes, desconhece as leis que regulamentam o pagamento dos tributos. Esclarecer à sociedade acerca das previsões legais, assim como a importância do recolhimento desses impostos, taxas e outras obrigações, é fundamental para que o sistema tributário funcione de maneira adequada. Mas, para o Doutor em Direito Tributário da USP, professor Guilherme Adolfo Mendes, essa educação fiscal não deve se basear apenas na apresentação das leis aos contribuintes. Deve ir

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Limites do Uso das Presunções e Coexistência do Processo Administrativo e Judicial

além, de modo que o cidadão compreenda e também critique as legislações que regulamentam os tributos no País.

“Educação fiscal não é só conhecer a lei, mas também compreendê-la e criticá-la”.


A Importância da Auditoria Interna para as Organizações que sua atividade gera dentro e fora da organização, são fundamentais para o controle interno.

Controle interno costuma ser associado à burocracia, a entraves e à lentidão na tomada de decisões. Mas isso não é bem verdade: ele é extremamente relevante na atividade de uma empresa e, se for bem projetado e delineado, assegura o atingimento de um objetivo dentro de um bom padrão de segurança e velocidade das informações. O conselheiro do Instituto dos Auditores Internos do Brasil e especialista em Auditoria e Perícia pela UFRGS, Contador Paulo Roberto Reichelt Ayres, expôs os cuidados que o auditor precisa ter para que o controle interno seja eficiente. Ele salientou que conhecer a fundo a empresa em que atua, bem como os impactos

“O controle interno vai fazer parte da operação e de qualquer atividade de negócio das empresas que se preocuparem em atingir seus objetivos”.

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Responsabilidade Civil e Criminal dos Profissionais da Contabilidade

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“O grande mandamento do profissional da Contabilidade deve ser: agir e exercer sua profissão dentro do rigor do Código de Ética vinculado ao exercício profissional”.

O profissional contábil pode ser responsabilizado, civil e criminalmente, por atos que decorram de suas atividades. Em que casos o Contador ou Técnico em Contabilidade pode responder por um ilícito é o que o Mestre em Direito pela UCS e professor de Direito Tributário na FSG, Márcio Leandro Wildner, esclareceu em sua palestra. Wildner explicou, também, que o profissional não pode ser responsabilizado se tiver se recusado de realizar um trabalho que caracterize crime ou um ilícito de origem civil.

A Desconsideração da Personalidade Jurídica O especialista em Direito Ambiental e Juiz de Direito aposentado, Antônio Eliseu Arruda, em sua palestra A Desconsideração da Personalidade Jurídica, esclareceu que ela é aplicada quando a empresa não conta com patrimônio suficiente para ressarcir danos que tenha ocasionado ou para assumir obrigações das suas atividades mercantis e operacionais. O Código Civil, nesse caso, prevê a responsabilização do administrador da pessoa jurídica. Todavia, o Código do Consumidor e a Lei de Proteção Ambiental abrem a possibilidade de responsabilizar os sócios da

empresa, mesmo que não tenha havido, da parte deles, desvio de conduta administrativa.

“A jurisprudência tem constatado que basta a ausência de patrimônio empresarial para responsabilizar os sócios da empresa”.


A Contribuição da Contabilidade Para a Sustentabilidade É fundamental para o profissional contábil conhecer o negócio da empresa como um todo. Relacionar-se com os gestores das demais áreas, de modo a entender o que ocorre em cada uma delas e os impactos ou benefícios ambientais que são gerados a partir da atividade econômica que desenvolve. Só assim ele será capaz de produzir informações adequadas, que possam colaborar no processo de gestão e na tomada de decisões. A Doutora em Contabilidade e Controladoria, professora pela USP de Ribeirão Preto, Maísa Ribeiro, salientou a importância dessa integração das informações contábeis com as da área de responsabilidade ambiental.

“A Contabilidade possui um instrumento elementar no processo de decisão das empresas: a informação”.

“Para gerarmos uma economia sustentável, temos que mudar a maneira de como nos vemos e como participamos da sociedade”.

A questão da ecossustentabilidade é complexa e contemporânea. Para o índio Kaká Werá, ambientalista e fundador do Instituto Arapoty, as culturas antigas nos deixaram contribuições que não observamos em nosso dia a dia. Acredita que os quatro pilares da ecossustentabilidade: indivíduo; a relação com o próximo; as questões da sociedade e da cidadania; e os recursos do ambiente na geração de riquezas, se traduzem na base de um mundo sustentável – inteiro e completo.

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Os Quatro Pilares da Ecossustentabilidade: Indivíduo, Ambiente, Economia e as Relações

23 Precificação dos Serviços Contábeis Ao mensurar o preço de seus serviços, o profissional contábil deve analisar fatores de origem interna, como os custos e despesas gerados na realização do trabalho, e de origem externa, relacionados com o preço cobrado pelos seus concorrentes e, principalmente, o quanto cada cliente estaria disposto a pagar pelos serviços – a chamada abordagem de marketing. Esses foram os tópicos da palestra de Clóvis Luis Padoveze, Doutor em Contabilidade e Controladoria pela USP e professor do Mestrado Profissional e Doutorado em Administração da Faculdade de Gestão e Negócios da Universidade Metodista de Piracicaba (UMESP).

“A tarefa da abordagem de marketing exige determinação para identificar os desejos e necessidades do cliente”.


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postura de acordo com as mudanças que ocorrem no mundo, sem o uso da linguagem oral.

Contabilidade na Era Digital A informação contábil, atualmente, é digital. O papel deve ser dispensado, e o profissional da Contabilidade precisa se desvincular do modo antigo de realizar suas atividades. Para tanto, deve adaptar suas rotinas de produção da informação com base na tecnologia disponível e aprender sobre a própria tecnologia. Para os painelistas e membros da Comissão de Estudos de Tecnologia da Informação do CRCRS, Ricardo Kerkhoff, Clóvis da

Rocha e Ronaldo Silvestre, não há outra saída. A era digital trará muitas oportunidades para a profissão.

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A Palestra Muda Diferentemente do modelo de outras apresentações, o Doutor em Comunicação pela PUC/RS e pós-graduado em Marketing pela UFRGS, Dado Schneider, realizou uma experiência sensorial bastante interessante durante parte da apresentação de sua Palestra Muda. Com a sala escurecida, a música tocando alto e o conteúdo exposto textualmente, em slides, Dado apresentou várias dicas e alertas sobre o cotidiano, além da necessidade que temos de alterar nossa

“Não importa nossa profissão ou atividade, temos que nos adequar aos nossos tempos”.

“O profissional contábil deve adaptar suas rotinas de produção de informação contábil com base na atual tecnologia disponível”.


Insumo e o Direito de Crédito na Sistemática não Cumulativa do PIS e da Cofins esferas judicial e administrativa, e que existe uma tendência de mudança na legislação, de modo que se possa apurar crédito sobre a totalidade de despesas realizadas perante pessoas jurídicas. Foto: Luiz Nery/Luiz Fotos

O PIS e a Cofins eram tributos simples em sua sistemática cumulativa. Com a utilização de uma sistemática não cumulativa, transformaram-se em contribuições complexas. Isso ocorre, de acordo com o Doutor em Direito e Garantias do Contribuinte pela Universidade de Salamanca e juiz auxiliar da Vice-Presidência do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Leandro Paulsen, porque a legislação, ao regularizar o PIS/Cofins em sistemática não cumulativa, estabeleceu um rol de despesas que não contempla a totalidade de gastos que as empresas possuem. Dessa maneira, parte das despesas não gera crédito para as instituições. Leandro ressaltou, ainda, em sua palestra, que a matéria vem sendo discutida nas

“As empresas pagam as contribuições PIS/Cofins sobre a totalidade da receita, mas só podem apurar créditos sobre uma parcela dessas receitas”.

“Contadores e Técnicos em Contabilidade são os agentes capazes de mobilizar recursos em benefício da criança, do adolescente e do idoso”.

Os incentivos fiscais são procedimentos simples, porém fundamentais no que se refere a

contribuir para a justiça social. Dentro desse processo, os profissionais contábeis são essenciais, visto que possuem as informações necessárias das empresas e das pessoas físicas habilitadas a destinarem parte do imposto de renda devido a projetos sociais, podendo, dessa forma, orientálos em relação aos benefícios da ação. No painel sobre Incentivos Fiscais – Funcriança e Fundo do Idoso, os Contadores Jean Foragato, Simone Imperatore e Adão Vargas falaram especificamente sobre os incentivos fiscais permitidos por lei, especialmente os que se destinam aos Fundos da Criança, do Adolescente e do Idoso.

Experiência na Convergência às Normas Internacionais de Contabilidade no Setor Público As Normas Internacionais de Contabilidade foram criadas com o objetivo de gerar um padrão único, em todo o mundo, na elaboração de relatórios contábeis. Isso facilita a troca de informação e o compartilhamento de melhorias nas práticas contábeis, além de aumentar a transparência e proporcionar a comparabilidade dos dados dos entes públicos - a exemplo do que ocorreu com as empresas privadas (IFRS). No Brasil, o processo no setor público encontra-se em fase de transição. Mesmo assim, o Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC/SP,

Aderbal Hoppe, adianta que, apesar dos custos de implementação das normas, os benefícios serão expressivos e permanentes.

“Com a padronização da Contabilidade vamos entender quais são os critérios e conceitos que cada país está adotando”.

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Incentivos Fiscais – Funcriança e Fundo do Idoso

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O Novo Modelo Contábil para Micro e Pequenas Empresas

“Com a implantação da ITG 1000, surge uma flexibilização que favorece a apresentação dos relatórios contábeis por parte das micro e pequenas empresas”.

No final de 2012, o Conselho Federal de Contabilidade aprovou a Resolução CFC 1.418, que cria um modelo contábil para as micro e

pequenas empresas. Com isso, as empresas pertencentes a esse segmento estão dispensadas de apresentar todas as peças contábeis. O conjunto obrigatório de demonstrações contábeis se resume a balanço patrimonial, a demonstração do resultado e as notas explicativas. De acordo com o vice-presidente Técnico do CRCRS, Paulo Schnorr, e a conselheira do CFC, Regina Célia Nascimento Vilanova, a norma contempla um instrumento de suma importância: a carta de responsabilidade, que consiste numa salvaguarda tanto para os profissionais da Contabilidade prestadores de serviços como para os contratantes.

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A Lei 12.546/2011 implementou a desoneração da folha de pagamento para diversos setores da economia brasileira. Com a medida, o governo não mais tributará sobre a folha de pagamento, mas, sim, sobre o faturamento da empresa. Para o vice-presidente de Fiscalização do CRCRS, Celso Luft, e para o mestre em Controladoria pela UFRGS e advogado nas áreas Trabalhista e Comercial, Luciano Biehl, o momento atual é de observação, de acompanhar as finanças das entidades, de modo que, nos próximos meses, o empresariado e a classe contábil poderão concluir

se a desoneração foi efetiva ou ineficiente, e se ela será uma medida temporária ou que veio para ficar. Foto: Luiz Nery/Luiz Fotos

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Desoneração da Folha de Pagamento

“O momento é de observar o comportamento das empresas e os efeitos gerados na conta dos tributos pagos por elas”.

A Perícia Contábil como Instrumento Imprescindível à Prestação Jurisdicional e suas Áreas de Atuação

“A perícia contábil deve ser feita com muita seriedade, isenção e imparcialidade, e se ater apenas à parte técnica, nunca entrando no mérito do processo”.

A perícia contábil tem papel fundamental na resolução de processos litigiosos. É uma prova

técnica, com avaliação de estudos, e necessária para as decisões tomadas pelo Poder Judiciário. O perito contábil atua na elaboração da prova eficiente, eficaz, verdadeira e qualificada, elucidando elementos que estão ocultos no caso. Silvia Leite Cavalcanti, coordenadora do Grupo de Estudos de Normas de Perícia Contábil do Conselho Federal de Contabilidade, também salientou, em sua palestra, as várias áreas da ciência contábil que o perito pode atuar, seja no campo judicial, extrajudicial ou, ainda, como assistente técnico.


As novas Normas Brasileiras Contábeis Aplicadas ao Setor Público estão desde 2009 sendo implementadas em todos os entes públicos da Federação – União, estados e municípios. O foco dessas normas está no patrimônio público, e não mais nas questões orçamentárias. De acordo com a analista de finanças e controle da Secretaria do Tesouro Nacional, Carla de Tunes Nunes, o novo plano de contas aplicado ao setor público deve ser implantado até 2014 em todo o Brasil. Treze estados já estão utilizando esse novo plano, e os demais estão em processo de implantação avançado.

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O Processo de Implantação das Novas Normas Contábeis da Área Pública

“Com as novas normas, todos os ativos e passivos são contabilizados, possibilitando um maior controle e uma eficiência maior nos gastos públicos”.

“O desenvolvimento sustentável, hoje, deveria fazer parte da pauta de qualquer empresa que estabelece questões vinculadas ao meio ambiente”.

Os portos brasileiros estão começando a trabalhar questões vinculadas ao desenvolvimento sustentável. Construção de estaleiros, plataformas petrolíferas e projetos de indústrias oceânicas geram impacto direto no meio ambiente. Assim, a implantação de novos polos devem ter um planejamento sustentável. O engenheiro civil Antônio Jayme de Lima Ramis apontou o porto de Rio Grande como o pioneiro nessa questão, em função da implantação de um programa ambiental há alguns anos.

Novas Oportunidades da Profissão: As Novas Exigências e os Novos Desafios Os avanços da tecnologia e a implantação das IFRS trouxeram ao profissional contábil inúmeras oportunidades. Porém, em contrapartida, o mercado exige qualificação. Os Contadores e Técnicos em Contabilidade não estão, ainda, sabendo aproveitar esse novo e bom momento da Contabilidade, que é profícuo, basta transformar as dificuldades em oportunidades. A partir dessa ideia central, Antônio Carlos de Castro Palácios, vice-presidente de Gestão do CRCRS, e Rogério Rokembach, auditor independente, desenvolveram um painel, mostrando um mercado promissor, mas desafiador, no qual o profissional tem de buscar inevitavelmente a constante atualização e aperfeiçoamento profissional.

“O profissional deve se ajustar às novas exigências e buscar a capacitação necessária para se adequar ao que está acontecendo no mercado”.

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A Atualidade do Polo Naval Gaúcho e suas Tendências Futuras

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Como o Cérebro Humano Aprende e como Guarda Saberes Até o final do século passado, o cérebro humano era muito pouco conhecido e suscitava diversas questões quanto ao seu funcionamento. Com o passar do tempo, foram aprofundados estudos e aparelhos que permitem o monitoramento do cérebro em pessoas vivas e, com isso, foi possível compreender como absorvemos conhecimento e de que maneira a memória funciona. Isso favoreceu o desenvolvimento de técnicas para guardar e reter informações. O professor Celso Antunes, sócio fundador do movimento Todos Pela Educação, explicou, em palestra ministrada na XIV Convenção, que a rotina do dia a dia, que obriga as pessoas a realizarem diversas atividades simultaneamente, pode diminuir o poder de concentração cerebral

em relação a outras que desenvolvem exclusivamente uma atividade de aprendizagem.

“Para que desenvolvamos nosso cérebro adequadamente, devemos dar a ele quatro elementos: organização, significado, emoção e repetição de tudo o que se aprende”.

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O Papel do COAF no Combate da Lavagem de Dinheiro

“Com essa legislação, a profissão contábil contribui no combate à lavagem de dinheiro, ganhando credibilidade e veracidade naquilo que ela faz”.

A lavagem de dinheiro é tema corriqueiro nos jornais e noticiários, e muitas vezes é praticada sem que os bancos ou empresários envolvidos O IFRS e o Mundo Corporativo Os International Financial Reporting Standards (IFRS) trouxeram mudanças significativas no mundo corporativo. O assessor da Superintendência de Normas Contábeis da CVM, Jorge Vieira da Costa Júnior, salientou em sua palestra que a adoção de um padrão único internacional na contabilidade das instituições gerou maior clareza e segurança, tanto nos demonstrativos contábeis quanto nas operações empresariais.

Foto: Luiz Nery/Luiz Fotos

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percebam que estão sendo utilizados para promover este tipo de delito. De modo a combater esta prática, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) publicou resolução que orienta algumas profissões regulamentadas a lhe informar sobre práticas suspeitas e movimentações financeiras que supostamente estejam ligadas à lavagem de dinheiro - entre elas, a profissão contábil. Este foi o tema do painel apresentado pelo vice-presidente de Controle Interno do CFC, Enory Luiz Spinelli, e o presidente do COAF, Antônio Gustavo Rodrigues, que explicaram os procedimentos para que sejam comunicadas tais informações, bem como o papel do CFC para regulamentar a resolução sobre o tema.

“Os IFRS trouxeram melhoras na gestão das empresas e maior transparência no ambiente financeiro das corporações”.


Desafios do Desenvolvimento Sustentável

“Há uma Contabilidade a ser feita em relação aos prejuízos ambientais de qualquer empreendimento. A participação do profissional contábil se dá no sentido de ajudar a criar novas metodologias para o desenvolvimento desse processo”.

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O Brasil possui uma legislação sobre o meio ambiente que é considerada uma das melhores do mundo. Todavia, boa parte do que foi conquistado no papel ainda não foi posta em prática pelos governos. Para a ambientalista, Marina Silva, ministra do meio ambiente de 2003 a 2008, que apresentou a palestra magna da Convenção, intitulada Desafios do Desenvolvimento Sustentável, o País precisa combinar a teoria (leis) e a prática (ações) para viabilizar novos projetos. Marina também salientou que cada profissão pode dar sua contribuição para que um mundo sustentável seja possível, inclusive a profissão contábil.

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Trabalhos Científicos O CRCRS sempre estimulou a produção de material técnico e científico por parte dos profissionais, de forma a disseminar, cada vez mais, o conhecimento contábil. Assim, na XIV Convenção de Contabilidade, como em edições anteriores, foi reservado um espaço, dentro da programação, para a apresentação de trabalhos técnicos e científicos. Receberam o Certificado de Mérito: Categoria Trabalhos Científicos

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Área Temática

Título

Autores

Contabilidade Harmonizada às Normas Internacionais

Notas Explicativas no Contexto Contábil Internacional: Um Estudo de Caso na Empresa Kepler Weber S.A.

Paulo Sérgio Pedro, Carla Juliane Bohn Bock, Marília Martins Sant'Anna e Neusa Piacentini

Contabilidade para Usuários Externos

Informações por Segmento: Uma Visão Estratégica aos Usuários das Demonstrações Contábeis no Ambiente de Internacionalização

Maicon Goulart Morales e Maria Ivanice Vendruscolo

Auditoria e Perícia

Auditoria Contábil: Uma Análise de Conteúdo dos Relatórios de Auditoria Independente das Mantenedoras da Universidades Privadas Sem Fins Lucrativos

Fernando Andrade Pereira e Adriane Siqueira

Contabilidade Governamental Um Estudo do Investimentos Público em e do Terceiro Setor Educação Básica e o Desempenho dos Alunos em Avaliações Nacionais nos Municípios Pertencentes à Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste do Rio Grande do Sul – AMESNE

Nelton Carlos Conte e Sheila Donin

Governança Corporativa

Governança Corporativa: Análise da Atuação do Comitê de Auditoria

Neusa Teresinha Ballardin Monser e Viviane Oliveira de Azambuja

Ética e Responsabilidade Social

A Mensuração da Composição do Valor Adicionado das Empresas Participantes do Novo Mercado da Bovespa no Contexto da Responsabilidade Social

Alex Sandro Rodrigues Martins. Alexandre Costa Quintana, Flávia Verônica Silva Jacques e Paula Roberta Pereira Costa Valle

Educação e Pesquisa em Contabilidade

De Contador a Professor: Professores de Ciências Contábeis em Instituições Comunitárias do Rio Grande do Sul

Roselaine Filipin e Rita Buzzi Rusch

Contabilidade Gerencial

Pesquisa de Percepção em Relação à Aplicabilidade da Contabilidade Gerencial em Microempresas na Região de Porto Alegre

Cassiane Oliveira Velho e Viviane Selau Carlos

Contabilidade Tributária

Os Benefícios e as Dificuldades da Implantação da EFD – Contribuições nas Indústrias da Cidade de Lagoa Vermelha

Naiandra Koch, Adriano Lourensi e Gustavo Londero Brandli

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Trabalhos Técnicos Categoria Trabalhos Técnicos Título

Autores

Financiamento Habitacional: Contradições do Paradigma

Vitor Hugo Krawczyk

Sistema de Informação de Custos na Administração Pública: um Estudo no Serviço de Transporte Escolar nos Municípios de São Domingos do Sul e Vila Maria-RS

Aline Baldissera, Taíse Marafon e Nelton Carlos Conte

Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira para Implantação de uma Estufa Hidropônica em uma Propriedade Rural no Interior de Santo Ângelo-RS

Jonas Rusch, Rosane Maria Seibert, Neusa Maria da Costa Gonçalves Salla e Tatiane de Fátima Martins Cardoso Rusch

Evento acolheu o 2º Encontro Geral de Delegados Regionais Antecedendo a solenidade de abertura da XIV Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul, os delegados regionais do CRCRS reuniramse, na tarde de 22 de maio, pela segunda vez este ano, para discutirem algumas demandas de profissionais das suas respectivas jurisdições. Na oportunidade, aproveitaram para buscar esclarecimentos e orientações necessários junto ao presidente, Zulmir Breda, e as vice-presidências. Para Breda, esses encontros são de extrema importância, visto que os delegados regionais, que são indicados para assumirem o cargo pela própria comunidade, o que significa que o profissional goza de credibilidade e simpatia na região, representam o Conselho em 104 municípios e suas jurisdições. “São momentos em que colhemos sugestões, trocamos ideias e experiências, padronizamos ações e colhemos sugestões, enfim compartilhamos da realidade de profissionais que atuam nas

mais diversas regiões do Estado”, comentou o presidente do CRCRS ao justificar a realização de quatro encontros este ano.

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Todos os trabalhos selecionados foram gravados em CD e distribuídos aos participantes.

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Delegados Regionais recebem homenagem Na noite de 23 maio, oito delegados que estiveram à frente de suas respectivas delegacias por mais de oito anos de mandato, foram agraciados com o título de “Delegado Honorário”. “Uma simples homenagem, mas que simbolicamente encerra os nossos sinceros agradecimentos e reconhecimento pelos anos dedicados à classe contábil gaúcha. Esse trabalho desenvolvido por vocês muito nos orgulhou como profissionais e, como pessoas, nos proporcionou um convívio enriquecedor”, declarou o presidente Zulmir Breda referindo-se aos colegas: Darlan Recuero Batalha (Jaguarão); Edison Ketzer (Panambi); Atemir Zimmermann (Santa Rosa); Willi Renato

Salla (Santo Ângelo); Andréia Peixoto dos Santos (Santo Antônio da Patrulha); Mariangela da Costa Moreira (São Gabriel); Lesi Marina Pereira Tedesco (Tramandaí); Marcelo André Müller (Venâncio Aires).

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Feira de Negócios e Oportunidades Paralelamente à XIV Convenção de Contabilidade, foi montada a Feira de Negócios e Oportunidades. Mais de 40 expositores apresentaram seus produtos e serviços aos convencionais. Além de empresas voltadas para soluções contábeis, também estiveram presentes empresas de outros segmentos, como alimentação, vestuário e produtos típicos da serra gaúcha, bem como das entidades da classe contábil.

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Prêmio de Responsabilidade Social 2013 Empresas privadas, sociedades cooperativas, organizações governamentais, prefeituras, instituições de ensino e entidades sem fins lucrativos do Estado têm até 31 de julho para inscreverem-se na 14ª edição do Prêmio de Responsabilidade Social da Assembleia Legislativa, cujo objetivo é estimular e incentivar as organizações gaúchas a desenvolverem ações de cunho social e de preservação do meio ambiente, laureando-as conforme critérios estabelecidos pela Comissão Mista. Os profissionais da Contabilidade responsáveis pelo balanço social

recebem o Diploma Mérito Social. Nesta edição, os temas norteadores são educação e cultura. A Comissão Mista é composta por representantes das entidades da sociedade civil e tem na presidência a Contadora Simone Imperatore, que é coordenadora da Comissão de Estudos de Responsabilidade Social do CRCRS. A entrega das distinções está prevista para 13 de novembro. Inscrições para a 14ª edição do Prêmio de Responsabilidade Social devem ser feitas em www.al.rs.gov.br/premios.


Na tarde do dia 2 de maio, foi lançada, oficialmente, no Rio Grande do Sul, a campanha “2013: Ano da Contabilidade no Brasil”. O evento ocorreu em dois momentos distintos, ambos na Assembleia Legislativa, e se originou de uma proposição do deputado estadual Adilson Troca. Na oportunidade, também foi realizada uma homenagem à classe pela passagem do Dia do Profissional da Contabilidade, comemorado no dia 25 de abril. Às 13h30min, Troca abriu a solenidade no Salão Júlio de Castilhos, enfatizando a importância daquele momento para agradecer pela oportunidade que a Assembleia lhe concedia em homenagear a classe e a relevância da profissão contábil. Em seguida, o presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRCRS), Zulmir Breda, repassou um pequeno histórico referente ao Dia do Profissional da Contabilidade, que tem sua origem no ano de 1926, em discurso proferido pelo então senador da República, João Lyra, que, em determinado momento, defendeu a regulamentação da profissão contábil. Breda ainda destacou a relevância da campanha do Ano da Contabilidade. “É uma iniciativa que fará com que os cidadãos percebam que utilizamos a Contabilidade em nosso dia a dia, seja no orçamento familiar, nas empresas privadas, nos órgãos públicos ou nas entidades do terceiro setor. Em todas as áreas, ela está presente, servindo como indispensável instrumento gerador de informações para a tomada de decisões das organizações e de promoção do ordenamento e do desenvolvimento social e econômico do país”, comentou. O presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Juarez Carneiro, falou sobre os avanços a profissão contábil, em especial nos últimos anos, com a convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade aos padrões internacionais. “No início dos anos 2000 desencadeou-se um movimento em que se busca, por meio da Contabilidade, uma linguagem padrão dos

negócios. Assim, surge um movimento das chamadas normas internacionais de contabilidade, no qual o Brasil foi um dos primeiros países a aderir. E, hoje, temos um nível de profissionais nos mais altos padrões do mundo”, sentenciou. Antes do encerramento, quando o deputado Pedro Westphalen comentou sobre a parceria entre o CRCRS e a Frente Parlamentar de Estímulo a Doação de Órgãos, foi entregue ao presidente do CFC, a Medalha da 53ª Legislatura. Grande Expediente O segundo momento ocorreu durante o Grande Expediente, no Plenário 20 de Setembro. Mais uma vez em frente à iniciativa, Troca proferiu um discurso mais longo, onde enfatizou o papel dos Contadores e Técnicos em Contabilidade, fazendo referência à importância da classe para o desenvolvimento econômico do País e enfatizando, também, a convergência das normas de contabilidade. “Com essa nova linguagem contábil, as empresas brasileiras ganham competitividade no mercado globalizado, facilitando inclusive as transações internacionais. É um processo irreversível que envolve uma interação entre profissionais da Contabilidade e empresários. As mudanças chegaram também ao setor público, que segue um calendário específico de implantação. E o agente de todas essas transformações são os Contadores e Técnicos em Contabilidade, que têm a responsabilidade de estudar, analisar e implantar esses novos modelos”, ressaltou. O parlamentar ainda fez mais um adendo,

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Ano da Contabilidade é lançado na Assembleia Legislativa

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relacionado ao projeto do Ano da Contabilidade. “Com a campanha, os brasileiros terão um melhor conhecimento e entendimento de que a Contabilidade é a ciência da informação, da transparência e da segurança. Esta é a oportunidade para apresentar à sociedade a verdadeira importância do profissional contábil no cotidiano do cidadão”, revelou. O Grande Expediente ainda contou com apartes dos deputados Lucas Redecker, Jurandir Maciel, Frederico Antunes, Maria Helena Sartori e João Fischer, que conduzia os trabalhos da sessão.

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Autoridades Também prestigiaram o evento os deputados Vinícius Ribeiro, Lucas Redecker, Zilá Breitenbach, Miriam Marroni, Jurandir Maciel, Mano Changes e Catarina Paladini; os vereadores Airto Ferronato e João Nedel, representando o

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Legislativo municipal; o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Victor Faccioni; o presidente da Federacon, Sérgio Rossetto; o presidente do Sescon/RS, Jaime Gründler Sobrinho; o presidente do Sindiconta, Tito Celso Viero; o contador e auditor-geral adjunto do Estado, Renato Scapin, e o controlador-geral do município de Porto Alegre, Cleber Danelon, além de dirigentes e representantes de várias entidades da área , instituições de ensino, vice-presidentes, ex-presidentes, diretores, delegados, conselheiros e colaboradores dos Conselhos Federal e Regional de Contabilidade.


CONHEÇA OS DELEGADOS REGIONAIS As Delegacias e os Escritórios Regionais são o elo entre o Conselho e os profissionais que atuam no interior do Estado. Nesse contexto, a figura do delegado regional é de suma importância, uma vez que representa a entidade nas suas respectivas regiões.

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Delegacia: Alegrete Delegada: Técn. Cont. Marcia Salete de Vargas Basso Profissionais: Contadores: 65 – Técn. Cont.: 161 – Organizações contábeis: 79 E-mail: msaletevargas@brturbo.com.br Jurisdição: Alegrete, São Francisco de Assis e Manoel Viana

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Delegacia: Espumoso Delegado: Técn. Cont. Marcelo Zuffo Profissionais: Contadores: 42 – Técn. Cont.: 56 – Organizações contábeis: 32 E-mail: zuffo.contabilidade@brturbo.com.br Jurisdição: Espumoso, Alto Alegre, Campos Borges, Salto do Jacuí, Mormaço e Jacuizinho

Delegacia: Novo Hamburgo Delegada: Contadora Liliana Regina Ramos Profissionais: Contadores: 514 – Técn. Cont.: 532 – Organizações contábeis: 326 E-mail: jlrconsult@via-rs.net Jurisdição: Novo Hamburgo e Lomba Grande

Delegacia: Uruguaiana Delegado: Contador Luiz Manoel Alves Trindade Profissionais: Contadores: 223 – Técn. Cont.: 115 – Organizações contábeis: 108 E-mail: luizmanoel@lumatri.com.br Jurisdição: Uruguaiana e Barra do Quaraí

IO VO ÓR L NORIT NA C GIO ES RE

Escritório Regional do CRCRS em Gravataí Implantado em 3 de junho de 2013 Jurisdição: Gravataí, Glorinha e Cachoeirinha Endereço: Rua Adolfo Inácio Barcelos, 336 – Centro de Gravataí Atendimento: de segunda a sexta-feira, das 8h30min às 12h e das 13h às 17h30min Delegada: Técn. Cont. Sandra Maria Lunardi Baumgartner



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