Edção 190 ipad

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INFORMATIVO DOS ANTIQUÁRIOS, LEILOEIROS, GALERISTAS E COLECIONADORES ANO XV - Nº 190 - MAIO DE 2013 - RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

Fontes d'Art

Mulher com Lira, Largo dos Leões - RJ

Elo cultural entre a França e o Brasil

No século XIX, a França criou um produto cultural com o objetivo de ornamentar o espaço urbano, em especial as praças, parques, bulevares e edifícios, por meio de chafarizes, estátuas, etc. São as Fontes d'Arte, que foram depois exportadas para várias partes do mundo, incluindo o Brasil. Hoje,

LEILÕES DE MAIO RIO DE JANEIRO • ALPHAVILLE • RES. BOTAFOGO • ROBERTO HADDAD

essas maravilhosas esculturas fundidas no Haute-Marne, na região de Champagne-Ardenne estão espalhadas por jardins e praças de diversas cidades, adornando fachadas, imprimindo alma no espaço público ou repousando anônimas em diversos ambientes. Páginas 26 e 27

Memória da Destruição

SÃO PAULO • ANDRÉ CENCIN • CASA 8 • DAGMAR SABOYA • LEILÃO DO BIXIGA • VICTOR HUGO

PORTO ALEGRE • PONTO DE ARTE Coleção do casal Grieco no Museu de Arte Sacra SP

Olga Mary (1891-1963) - Desmonte do Morro do Castelo

Com a proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas, a cidade do Rio de Janeiro se transformou num imenso canteiro de obras, inclusive no centro histórico, onde as obras do Porto Maravilha continuam em ritmo acelerado. Apesar de ter sofrido a ação, muitas vezes inconsequente, de seus "remodeladores", o Rio de Janeiro ainda é detentor de um patrimônio cultural de inestimável valor, que merece e precisa ser preservado. Páginas 14 e 15.

FERNANDO BRAGA

Leiloeiro Público


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Maio de 2013

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A RELÍQUIA

Maio de 2013 - 3

Avaliação, catalogação e Leilão de grandes coleções e espólios

Algumas peças de destaque do próximo leilão

Cicero Dias

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Espaço Ernani Arte e Cultura Rua São Clemente, 385 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (21) 2539-2637 - horacioernani@gmail.com Espaço Ernani Arte e Cultura

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A RELÍQUIA Circulação Nacional Publicação mensal da Sabor do Saber Editora

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Exposição: 1 e 2 de junho de 2013 (sábado e domingo), das 15h às 22h Leilão: 3 e 4 de junho de 2013 (segunda e terça-feira) a partir das 20h Estamos recebendo peças

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FUNDADORES

Litiere C. Oliveira Luiz Carlos Marinho

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EDITOR

ART AND ANTIQUES FAIRS

Litiere C. Oliveira

- Reg.Prof. MTb 15109

e-mail: litiere@areliquia.com.br RIO DE JANEIRO Publicidade: Rua Siquira Campos, 143 - Sl 73 - Copacabana - RJ Tel.: 21 2265-9945 Redação / Arquivo / Distribuição Rua Esteves Júnior 9, casa 01 Laranjeiras - CEP 22231.160 - Rio de Janeiro Tel.: 21 2265-0188 / Tel / Fax: 2265-9945 Cel.: 9613-2737 / 8899-0188 e-mail: jornalareliquia@gmail.com SÃO PAULO Representante: Juliano Alves Tel: (11) 5666-6240 / 995981145 / 97389-3445 e-mail: areliquiasp@gmail.com PORTO ALEGRE Representante: Elisa Moog Tel: 51 2112-8038 / 9955-9962 DIAGRAMAÇÃO Felipe A. Oliveira CONSELHO EDITORIAL Itamar Musse, Fernando Braga, Luis Octávio Louro Gomes, Manuel Machado, Paulo Roberto S. Silva e Francisco P. Cunha, Ricardo Kimaid, Roberto Haddad, Rudinel Vicente do Couto, Hebert Gomes, Pedro Arruda e Virgínia Arruda COLABORADORES João Ubaldo Ribeiro ( ABL), Ferreira Gullar, Ledo Ivo (ABL), Paulo Coelho (ABL), Antônio C. Austregésilo de Athayde, Rosângela de Araujo Ainbinder, Ana Beatriz Gomes, Tatiana Maria Dourado, Rachel Brenner, Luiz Marinho, Paulo Scherer Tiragem desta edição: 15.000 exemplares Os conceitos e opiniões emitidas em colunas e matérias assinadas, são de responsabilidade única e exclusiva de seus autores.

Variados tipos de porcelana e cristal, joias, prataria, tapetes, objetos Art-Noveau e Art-Déco, entre outros, em exposição nas barracas montadas There is a wide variety of porcelain, crystal, jewellery, silverware and carpets, amongst other objects of interest. These are displayed and sold at stalls around the market tower.

RIO DE JANEIRO

SÃO PAULO

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SÁBADO - SATURDAY • Feira de Antiguidades da Praça Benedito Calixto - Pinheiros

• Feira de Antiguidades Tom Jobim Sábados, 10 às 17h - Av. Bernardo Monteiro - Santa Efigênia

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BRASÍLIA Todo último final de semana de cada mês - Shopping Gilberto Salomão

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PORTO ALEGRE • Feira do Caminho dos Antiquários - Pça. Daltro Filho - Sábados, 10 às 16h • Brique da Redenção - Domingos, 9 às 18h - Av. José Bonifácio sn. - Bom Fim • Feira do 5ª Avenida -Av. Mostardeiro, 120 - Todos sábados das 10h às 18h

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A RELÍQUIA

Maio de 2013 - 5


A RELÍQUIA

6 - Maio de 2013

Exposição Anita Malfatti em Campos do Jordão é destaque na TV e outras mídias exposição de Anita Malfatti que será realizada no Espaço Lalix, em Campos do Jordão, com abertura marcada para o dia 28 de junho de 2013, vem atraindo a atenção da mídia em todo o Brasil. A mostra contará com aproximadamente 100 obras de Anita, de reconhecido valor e algumas consideradas das mais importantes de toda a obra da artista. Entre elas, obras de 1920 a 1950, catalogadas e reconhecidas pelo Instituto Anita Malfatti. Fará parte também o único quadro da pintora produzido na cidade de Campos do Jordão, em uma de suas visitas a seus familiares nesta estância turística. Anita Krug Malfatti protagonizou os dois mais importantes momentos de ruptura da historia da arte no Brasil no século XX e que foram gerados pelas suas duas primeiras exposições realizadas em São Paulo, em 1914 e 17 que culminaram com a realização da Semana de Arte Moderna de 22. E este seu

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papel de pioneira foi fruto, basicamente, de sua origem familiar que a levou para estudar na Alemanha e EUA. Esta exposição, além de situar a importância da sua formação fora do eixo França/Italia, no inicio do século XX, também irá comemorar o centenário da exposição de 1914 e o sesquicentenário da morte da artista. Anita, filha de engenheiro italiano que veio ao Brasil para trabalhar na construção de estradas de ferro, e morreu ainda jovem, foi criada no ambito da familia materna, os Krug, originarios de Kassel, na Alemanha. Este fato determinou sua ida à Dresden e Berlim para estudar, ao contrario do usual naquela época, quando os jovens iam para Paris. E também traçou, definitivamente, os rumos da arte no Brasil pois naquele instante a Alemanha era o centro efervescente dos movimentos de vanguarda. Partindo deste enfoque de sua formação a exposição deverá abranger as várias fases da trajetória de Anita. A exposição deverá contar com painéis expli-

cativos que ilustrem as diversas fases da artista e que também forneçam uma visão do momento histórico/cultural em que se situam. Serão enfatizadas, nestes painéis, a sua viagem para a Alemanha (1911 a 1914), com ênfase na importância de seus estudos com Lowis Corinth, Bischoff-Culm e Fritz Burger, assim como a influência do contato que a artista teve na grande exposição Sonderbund de 1912, na cidade de Colonia, e a agitação do meio cultural da Alemanha com o surgimento dos movimentos das Secessões, e do expressionismo, principalmente. Na mostra serão reproduzidos alguns contos que Anita escreveu em alemão para o jornal Deutsche Nachrichten de São Paulo, na década de 50. Ilustrando os fortes laços com a Alemanha, será publicado, como anexo, o manuscrito da tia-avó de Anita, Anna Kupfer Krug, escrito em 1918, possivelmente, intitulado "A vinda dos Krug para o Brasil" onde é relatada a belíssima saga da família. SERVIÇO Exposição Anita Malfatti Abertura: 28 de junho de 2013 - Local: Espaço Lalix - Endereço: Av. Macedo Soares, 592 - Capivari - Campos do Jordão - São Paulo Informações: (12) 3663-3869 / Email: espaco.lalix@gmail.com


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Maio de 2013 - 7

Espaço Lalix em Campos do Jordão apresenta dia 28 de junho de 2013

Anita Malfatti pinta Campos do Jordão

Exposição Galeria Galaxy Arte & Leilões A Exposição contará com obras a óleo da pintora Anita Malfatti. Entre eles importantes obras desde 1920 a 1950, catalogadas e reconhecidas pelo Instituto Anita Malfatti. Fará parte também o único quadro da pintora produzido na cidade de Campos do Jordão, em uma de suas visitas a seus familiares nesta estância turística.

Salão de Arte e Antiguidade de Campos do Jordão Móveis, gravuras, peças de época

São raras as oportunidades de conhecer pessoalmente as obras de Anita Malfatti. Espalhadas por coleções particulares ou Museus, basicamente sediados em São Paulo, ficam inacessíveis principalmente para o público de outras cidades ou estados. Neste sentido, Campos do Jordão é uma cidade privilegiada pois acolhe duas das mais importantes obras de Anita, da sua fase expressionista de 1915/16, Lalive e Ventania, do acervo do Palácio do Governo. Ambas presentes na famosa e discutida exposição de 1917. Portanto, é oportuna e interessante esta exposição em Campos do Jordão que apresentará a obra e trajetória de Anita Malfatti de maneira didática, em suas varias fases, através de documentários e obras propiciando maior contato com uma das mais importantes artistas do Brasil à véspera da comemoração do centenário de sua primeira exposição de 1914 em São Paulo e também o sesquicentenário de sua morte ocorrida em 1964. É preciso enfatizar que Anita esteve em Campos do Jordão inúmeras vezes, onde seu irmão Willy projetou e acompanhou a construção do hotel Vila Inglesa, através do seu escritório de arquitetura "Moya e Malfatti". Fruto destas visitas, o quadro "Paisagem de Campos de Jordão", que será apresentado nesta

exposição, testemunha sua ligação com a cidade. Anita Malfatti protagonizou uma das mais acirradas polêmicas no campo das artes plásticas no país, a partir da violenta critica de Monteiro Lobato: A Propósito da Exposição Malfatti - Paranoia ou Mistificação. Lobato, neste seu artigo, publicado em 1917, atacou a Arte Moderna de uma maneira geral e deplorou as obras de Anita, que ele entendia ter muito mais talento do que estava sendo apresentando naquela mostra. Esta crítica foi por muitos anos tida como a responsável pela mudança na trajetória da artista, assertiva atualmente questionada por muitos historiadores que não concordam com esta versão e isentam Lobato desta responsabilidade, demonstrando que Anita escolheu outros caminhos por considerá-los um avanço e não retrocesso como muitos entendiam, entre os quais Mário de Andrade. E esta escolha, conduzida ou não pelas contingências da vida, também

foi assumida pela artista que em 1955 nomeou uma exposição de suas obras no MASP com o título de "tomei a liberdade de pintar a meu modo", num verdadeiro desabafo e quase colocando um ponto final nas polêmicas que sempre cercaram sua vida. O episódio de 1917 também é visto como o que deu origem ao movimento que desencadeou a Semana de Arte Moderna, de 1922, como testemunhou Mário de Andrade quando reconheceu: "Não posso falar pelos meus companheiros de então, mas eu pessoalmente devo a revelação do novo e a convicção da revolta a ela e à força de seus quadros". A importância de Anita supera a qualidade de sua obra e fundamenta-se também neste seu papel de protagonista dos dois momentos de ruptura mais importantes da historia da arte do país do século XX, a Exposição de 17 e a Semana de 22, que culminaram com a introdução, embora tardia, do modernismo no país.

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8 - Maio de 2013

Marselha

Portal do Mediterrâneo ocalizada na região da Provença, no sul da França, Marselha possui o mais importante porto do mar Mediterrâneo. A origem da cidade remonta a 600 a.C., ano em que os gregos, então empenhados no desenvolvimento colonial do país, fundaram o entreposto comercial que recebeu a denominação de Massília. Com o decorrer dos séculos, já dependente da França, ficaria conhecido como Marseille. A exemplo do que ocorreu com outros povos na antiguidade, os marselheses não desfrutaram de muita paz depois da fundação da cidade, e, a partir da decadência da Grécia, viram-se atacados pelos etruscos e, mais tarde, pelos cartagineses. Para poder resistir às sucessivas investidas destes, foram forçados a assinar um tratado de

L

aliança com Roma, a implacável inimiga de Cartago, fato propício ao desenvolvimento do burgo e que lhe proporcionou muitos anos de tranquilidade. Infelizmente, tendo tomado o partido de Pompeu na guerra civil contra Julio César, Marselha sofreu as consequências da derrota militar do primeiro. E César, depois de cercá-la, não teve a menor dificuldade para lhe infligir severo castigo. O domínio Romano continuou até a época da fragmentação do império. Seguiu-se um período de instabilidade política até o ano de 736, quando Carlos Martel, em sua investida no sul da França, ocupou Marselha sem que tivesse encontrado grande resistência da parte dos habitantes da cidade. Continua na página 10

Igreja de Notre Dame (Notre-Dame de la Guarde) vista no alto de uma colina

A Catedral de Marselha



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10 - Maio de 2013

Continuação da página 8 Um século mais tarde, Marselha via-se atacada pelos sarracenos que, depois de consumada a conquista da Península Ibérica, procuravam estabelecer novas cabeças de ponte em outros países da Europa. No entanto, a cidade não demorou a ficar livre desses seus novos invasores. Quando decidiram libertar Jerusalém - a Cidade Santa - que permanecia nas mãos dos infiéis, os cristãos organizaram as cruzadas, que contaram com o apoio de vários monarcas europeus e provocaram, a princípio, grande entusiasmo nos países cujos fiéis obedeciam à orientação do papa. Marselha tornou-se naquela época o ponto de partida ideal para o embarque dos soldados da Cruz em demanda da Terra Santa. O porto encheu-se de embarcações de diversas nacionalidades e os comerciantes aproveitaram a ocasião para vender mantimentos, agasalhos e armas aos soldados. Anexada à França em 1481, Marselha já disputava com Gênova, há vários anos, o domínio comercial do Mediterrâneo. Seu fastígio, contudo, ficou seriamente comprometido a partir do início da Revolução Francesa(1789). Um corpo de combatentes recrutados na região e enviados para Paris, em 1792, para colaborar com os revolucionários, adotou como hino (e espalhou na capital francesa) o Canto de Guerra do Exército do Reno, o qual, composto na cidade de Estrasburgo, destinava-se a levantar o ânimo das tropas que deviam combater os austríacos, depois de cruzarem a fronteira assinalada pelo Reno. De tal forma o Canto de Guerra e o entusiasmo dos que cantavam agradaram os parisienses que aquela melodia se transformaria no hino nacional francês, logo após a proclamação da República, ficando conhecida, daí por diante, pela denominação de A Mersalhesa. Proibida posteriormente, sob o Império e a Restauração, a canção voltaria, após a

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queda do Segundo Império, à condição de hino da França. A proclamação da República Francesa, a que se seguiu o advento do Primeiro Império, provocou forte reação militar por parte da Inglaterra, que, com sua poderosa marinha de guerra, bloqueou os portos franceses, prejudicando a economia de Marselha. Felizmente, depois da derrota de Napoleão em Waterloo e com a volta de Louis XVIII ao trono francês, normalizou-se a situação nos diversos portos do país. Seguiu-se depois o início da expansão colonial da França, com a conquista da Argélia, em 1830, e de outros territórios no continente africano, além da anexação da Indochina, na Ásia, completada em 1885. O comércio com essas colônias era feito, em sua maior arte, através da utilização do porto de Marselha, para onde afluíam comerciantes e exportadores não só franceses como de outras nacionalidades. Outro fator importante que ajudou Marselha foi a abertura do Canal de Suez em 1869, que teve como principal resultado o encurtamento da rota marítima para o Oriente, o que fez com que o porto passasse à privilegiada condição de escala praticamente obrigatória dos navios que faziam o transporte de passageiros e mercadorias que se destinavam não só aos países asiáticos, como também às colônias européias estabelecidas na África oriental. A navegação a vapor, que se intensificara em todo o Ocidente a partir da segunda metade do século XIX, forçava as embarcações a fazer escalas em vários portos, a fim de que pudessem ser renovadas suas provisões, tanto de combustível (carvão) como de água e mantimentos. Marselha foi assim sensivelmente beneficiada, graças à sua localização geográfica, e as principais companhias de navegação francesas aí estabeleceram suas sedes, além disso, a cidade ainda abrigava numerosas agências de empresas estrangeiras cujos navios utilizavam seu porto como parada. Na segunda década do século XX teve início a Primeira Guerra Mundial. O porto de Marselha, a salvo dos ataques da marinha de guerra alemã, tornou-se a mais segura base para o abastecimento da França. Tal fato já não ocorreria durante o segundo conflito, em virtude de a situação se ter modificado inteiramente. Com a capitulação francesa em 1940, a cidade passou a integrar o território sujeito ao governo de Vichy, condição que fazia com que ela fosse considerada zona de guerra inimiga pela poderosa marinha de guerra inglesa que, dominando o Mediterrâneo, efetuava rigoroso bloqueio a todos os portos localizados no sul da França. Em novembro de 1942 os nazistas ocuparam Marselha, situação que perdurou até 1944, quando Paris foi tomada pelos exércitos aliados.

Seguiu-se, então, um período de grande atividade para o porto de Marselha. A população da cidade aumentou consideravelmente e houve grande desenvolvimento econômico e cultural. Cercada ao longe por várias montanhas e localizada perto do delta do Ródano de um lado, e das principais cidades da Cote d'Azur do outro, Marselha, em sua condição de maior cidade da Provença é ponto de parada para todos quantos desejam conhecer não só o progresso como também as belezas naturais, monumentos e construções históricas dessa região da França meridional.

Notre-Dame de Marselha Notre-Dame de la Garde (literalmente Nossa Senhora da Guarda), é a igreja basílica de Marselha. Foi construída no estilo Neo-bizantino pelo arquiteto Henri-Jacques Esperandieu sobre as fundações de um antigo forte localizado no ponto mais alto natural em Marselha, a 149 metros de um afloramento calcário no lado sul do Porto Velho. É um importante marco da cidade e local de uma peregrinação anual popular que acontece no dia 15 de agosto. A basílica foi consagrada em 05 de junho de 1864 e substituiu a igreja de mesmo nome, construída em 1214 e restaurado no século XV. Foi serguida sobre as fundações de uma fortaleza do século XVI construída por Francisco I de França para resistir ao cerco de 1536 pelo imperador Charles V . A basílica é composto de uma igreja inferior ou cripta, no estilo românico esculpido na rocha , bem como uma igreja superior. no estilo Neo-bizantino, decorada com mosaicos. A praça da torre do sino de 41 metros, encimada por um campanário de 12,5 metros, suporta uma monumental e pesada estátua da Nossa Senhora com o Menino feita de cobre dourado com folha de ouro. Os habitantes de Marselha tradicionalmente vêem a Notre-Dame de la Garde como o guardião e protetor da cidade. Os moradores geralmente se referem a ela como la bonne mère ("a boa mãe").

Catedral de Marselha A Catedral de Marselha (Cathédrale SainteMarie-Majeure de Marseille ou Cathédrale de la Major) é uma igreja construída em uma enorme escala no estilo românico-bizantino. Começou a ser construída 1852 e finalizada em 1896, com mármore e rochas, o que deu um aspecto diferente comparado às outras catedrais. É a sede da Arquidiocese de Marselha. Ainda restam algumas estruturas modestas da catedral mais antiga que foi em grande parte demolida. O compositor Charles Desmazures foi organista da Sé Velha. A Catedral de Marselha é um dos principais pontos turísticos da cidade, está localizada um pouco fora do centro, próximo ao porto.

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Maio de 2013 - 13


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14 - Maio de 2013

Fotos: Marc Ferrez

Morro do Castelo e bairro da Ajuda vistos do Morro de Santo Antônio (1885)

Morro do Castelo, Cais Pharoux e adjacêncas (1877)

Memória da Destruição

M

emória da destruição: Rio, uma história que se perdeu (1889-1965). Foi esse o título de uma exposição realizada antes da administração do atual prefeito Eduardo Paes, pelo Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro (AGCRJ), órgão da Secretaria Municipal de Cultura, e que deveria ser este ano reeditada, mas não vai acontecer. A mostra, sem muita divulgação na época, proporcionou uma espécie de viagem no tempo, exibindo imagens de um Rio de Janeiro que restou apenas na memória ou na iconografia sobre a cidade. Mostrou, também, as grandes intervenções urbanísticas levadas a efeito por aqueles que detinham o poder de transformar o tecido urbano de acordo com suas veleidades, interesses políticos ou financeiros, exatamente como ocorre ainda hoje na cidade do Rio. Apesar de ter sofrido a ação, muitas vezes inconsequente, de seus "remodeladores", o Rio de Janeiro ainda é detentor de um patrimônio cultural de inestimável valor, que merece e precisa ser preservado. No entanto, a preocupação com a manutenção dos registros materiais e imateriais da cidade é muito recente, pois se inicia no final da década de 1970. Em 1979, por exemplo, houve a criação do Corredor Cultural, isso foi decisivo para que o casario antigo de dezenas de ruas do centro, onde se iniciou a construção da cidade, escapasse da destruição e, posteriormente, as Áreas de Proteção do Ambiente Cultural (APACs) estenderam a proteção do patrimônio a outros bairros do Rio. Hoje, no entanto, com a febre de construções visando a Copa do Mundo

de 2014 e as Olimpíadas de 2016, não se observam, por parte da administração municipal, novas medidas que busquem a preservação do patrimônio da cidade.

Uma cidade sem berço No início do século XX, a abertura da Avenida Central, hoje Avenida Rio Branco, revela a destruição de todo o casario da época da Colônia e do Império, substituído por prédios da Belle Époque, que, por sua vez, também já não mais existem; posteriormente, o desmonte do Morro do Castelo suprimiu do mapa o verdadeiro berço da cidade, levando de roldão a Fortaleza, o Colégio dos Jesuítas, o Seminário de São José, a Igreja de São Sebastião e o Observatório. Por sua vez, a abertura da Avenida Presidente Vargas, inaugurada em 1944, por um lado permitiu uma ligação direta entre a zona norte e o centro, porém acarretou, por outro, a perda de marcos expressivos da nossa história, como as setecentistas igrejas de: São Domingos, Senhor Bom Jesus do Calvário, e Nossa Senhora da Conceição, além da joia barroca que eram a igreja de São Pedro dos Clérigos. E também, em função do triste massacre, da Praça Onze, cujo nome persiste no imaginário carioca. Isso tudo sem levar em conta a vida efêmera da maioria dos prédios construídos para abrigar os países e estados brasileiros participantes das exposições comemorativas da Abertura dos Portos, em 1908, na Praia Vermelha, e da Independência do Brasil, em 1922, na área ainda hoje denominada Castelo. Outros edifícios de grande significado histórico

e arquitetônico, cujos nomes permaneceram na memória como denominação dos logradouros onde se localizavam, como o Pavilhão Mourisco e o Palácio Monroe, constituem evidências dessa sanha destruidora. O prefeito Pereira Passos mandou construir o Pavilhão Mourisco para marcar o fim da Avenida Beira Mar, que ligava o Centro do Rio à Zona Sul, projeto do arquiteto Alfredo Burnier. O pavilhão era coberto por cinco cúpulas, tinha duas escadas de mármore que davam acesso às varandas do primeiro pavimento. Nas colunas ao lado das entradas e no teto decorado liam-se numerosas inscrições árabes. Foi demolido em 1952, durante a administração João Carlos Vidal, para dar espaço para o Túnel do Pasmado. O Palácio Monroe foi erguido em 1904, na grande exposição internacional em Saint Louis, nos Estados Unidos. O pavilhão do Brasil ganhou o primeiro prêmio pela beleza de sua concepção arquitetônica e, encerrado o evento, foi desmontado e transferido para o Rio de Janeiro. Sediou o Ministério da Viação, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. Após intensas polêmicas e discussões, o prédio foi drasticamente destruído.

O Rio de Pereira Passos Polêmica. Essa foi uma das principais características da administração de Francisco Pereira Passos no Rio de Janeiro, entre 1902 e 1906. Não se pode negar que o prefeito deu novos rumos à cidade, nem que promoveu, de fato, um verdadeiro "bota-abaixo", tirando do caminho tudo aquilo que impedia a concretização de seus inovadores projetos. >>>


A RELÍQUIA Seu maior desafio era organizar a urbanização, sanear e civilizar a capital da recente república. Inspirado na Belle Époque, em quatro anos de trabalho transformou o Rio em uma cidade cosmopolita. Há cem anos, o casario colonial e, também, os cortiços deram lugar a um centro urbano moderno, com forma de capital. É verdade que o prefeito teve de enfrentar forte oposição, inclusive do Governo do Distrito Federal, para derrubar tantas construções, mas fato é que quase um milhão de habitantes viviam em uma cidade sem transporte, sem escoamento de água, sem programas de saúde pública e sem segurança nas ruas. Sabemos que o prefeito não conseguiu eliminar nenhum desses problemas, mas deu o primeiro passo, de maneira que a arquitetura e a estrutura urbanística de Paris foram a inspiração para as reformas. Entre as inúmeras obras realizadas nessa época estão: a construção da Avenida Rio Branco; a Avenida Beira-Mar; a Rua Rodrigues Alves; a Avenida Mem de Sá; e de prédios que se impõem sobre nossos olhos, como: a Biblioteca Nacional; o Teatro Municipal; o Mourisco e o Palácio Monroe, que, infelizmente, não tiveram a mesma sorte e foram demolidos. A fim de conseguir reordenar e aumentar a extensão da malha de circulação viária, o prefeito abriu uma série de ruas e alargou outras tantas. Para isso, grande quantidade de casas, comerciais e residenciais, foi derrubada. Lamenta-se ainda hoje as perdas de valor arquitetônico e histórico, e até sentimental, para o povo do Rio, mas, se ruas não tivessem sido alargadas naquela época, teria sido muito mais difícil fazê-lo depois. Pereira Passos inspecionava pessoalmente, e bem de perto, as obras da Avenida Beira-Mar, que começou a ser aberta logo no início de seu governo e ia do centro da cidade até o Morro da Viúva. Para o prefeito, a abertura de avenidas litorâneas permitiria o acesso eficiente de uma extremidade à outra da cidade, um notável sistema que foi reforçado posteriormente pelos túneis. Durante a realização do projeto, fez-se necessário o desmonte do Morro de Santo Antônio para a obtenção de terra suficiente aos aterros. Construir a avenida sobre espaço roubado do mar já estava nos planos do prefeito, a fim de permitir os alargamentos posteriores, e que se mostrou como margem muito útil quando da construção do Aterro do Flamengo. As maiores modificações, porém, foram sofridas pelo centro da cidade: para a passagem da Avenida Mem de Sá, Pereira Passos mandou pôr abaixo todos os prédios paralelos aos Arcos da Lapa, a fim de permitir a liberação do tráfego a partir da construção da avenida. Foi com essa mesma finalidade que ocorreu o desmonte do Morro do Senado. Também, precisou ser extinto, posteriormente, o Largo de São Domingos, para a abertura da Avenida Passos, batismo que homenagou, postumamente, o ex-prefeito. As melhorias atraíram muitos comerciantes, mas não conseguiram extinguir a prática do baixo meretrício na região da Praça Tiradentes, o que perdurou até pouco

Maio de 2013 - 15

Cartão postal antigo do Palácio Monroe

Vista do Centro e Igreja da Candelária (1885)

Palácio Monroe, o pavilhão do Brasil na Exposição Universal de Saint Louis - EUA. Ganhou o peimeiro prêmio pela beleza de sua concepção arquitetôpnica. Foi desmontado e transferido para a Cinelândia - centro do Rio. Em março de 1976 o monumento foi demolido.

tempo atrás. A antiga Rua da Vala, atual Uruguaiana, precisou ser bem alargada e aterrada durante a gestão Pereira Passos. Abrigava as melhores lojas do início do século, mas meio lado da rua veio abaixo durante as obras, concluídas em 1906. A área hoje pertence a um Corredor Cultural, e ainda é possível ver, em muitas fachadas, a elegância neoclássica dos prédios comerciais. A mudança mais evidente, e mais famosa no panorama do centro, surgiu com a abertura do Boulevard Avenida Central, ou Rio Branco, que começa na Praça Mauá e acaba na ligação com a Avenida Beira-Mar. Foi inaugurado em 1905, mas a maioria dos prédios, quando da inauguração, possuía somente as fachadas, que tinham de estarem prontas com a Avenida. Nesta, ergueram-se a Biblioteca Nacional e a Escola Nacional de Belas Artes, atual MNBA. Para a construção da Escola, o prefeito fez um corte no Morro do Castelo, a fim de assegurar uma largura de 33 metros para a Avenida. Muitos acharam que seria larga em excesso, mas face aos estressantes engarrafamentos, consideramos hoje a largura da rua insuficiente. No final da avenida existia o largo da Mãe do Bispo, que deu lugar ao Teatro Municipal, e este só ficou pronto em 1909. Nem todas as obras, porém, estão aí, a olhos vistos. Uma das maiores preocupações de Pereira Passos era a higiene e, para executar planos de saneamento básico, contou com a ajuda e orientação de Oswaldo Cruz. Um dos episódios mais marcantes dessa empreitada foi a "Revolta da Vacina", em 1904. As pessoas temiam ser va-

Pavilhão Mourisco, construido por Pereira Passos para marcar o fim da Avenida Beira Mar, que liga o Centro a Zona Sul do Rio de Janeiro

cinadas e era preciso que os agentes de saúde fossem até a casa de todos acompanhados da polícia, o que gerou um grande descontentamento na população. As pessoas, removidas dos cortiços, que já eram habitações precárias, começavam agora a subir os morros para não se afastar tanto do centro, e a ocupação desordenada deu início à favelização, que se tornou um problema insolúvel para os governantes posteriores, devido ao grande crescimento populacional. Na época, um objetivo importante a ser atingido era o melhoramento dos serviços a cargo da prefeitura, como a instalação de uma rede pública de escolas primárias e a ampliação do atendimento médico gratuito à população. Hoje, não podemos dizer que tudo foram só acertos. Muitos desmandos foram cometidos em nome da "modernidade" e da "civilização", e as provas - mais contundentes e mais expressivas que as palavras - são as imagens que fizeram parte da exposição "Memória da destruição: Rio, uma história que se perdeu (1889-1965)", hoje guardadas no Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro (AGCRJ). Colaboraram: Litiere C. Oliveira; Antonio Carlos Austregésilo de Athayde; Monique Cardoso. Referências consultadas: MALTA , A.; REBELO, Marques; BULHÕES, Antônio. O Rio de Janeiro do Bota-Abaixo: Fotografias de Augusto Malta. PASSOS, Pereira; LENZI, Maria Isabel Ribeiro. Pereira Passos: notas de viagens. Rio de Janeiro: Sextante ARQUIVO Geral da Cidade do Rio de Janeiro (AGCRJ). Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro.


A REL

16 - Maio de 2013

ROBERTO HADDAD ESPECIALIZADO EM ARTE DESDE 1967

2º Grande Leilão da Temporada de 2013

Coleção Eulália Maria de Magalhães Figueira ( Bahia, 1933-2010) e outros comitentes Exposição: 10, 11, 12 e 13 de Maio, sexta e segunda-feira, das 10h às 22h. Sábado e Domingo das 15h às 22h. Leilão: 14, 15, 16 e 17 de Maio, terça à sexta-feira às 20h. e 20, 21 e 22 de Maio, segunda à quarta-feira, às 20h.

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Lote T d

Lote 1092 - Belíssimo centro de mesa inglês de prata, contraste da cidade de Chester, período Edw. VII 1901 e marca do prateiro BM. Formato de uma grande concha. Alt. 44 cm. Med: 49 x 28 cm

Lote 940 - Bahia - Sec. XVIII. Imagem de "Cristo" em marfim. Cruz em jacarandá, adornos e raiados em prata. Alt. 83 cm

Lote 304 Fantástica escultura erótica europeia de bronze representando um robô, a máquina do prazer saciando a libido feminina de sua dona. Esta aparece completamente nua, suspensa nos braços pela figura que encontra-se com o pênis ereto coberto por um tapa - sexo. Alt. 105 cm.

Lote 932 - BIANCO, Enrico - (1918 ) "Iemanjá", óleo s/ madeira industrializada 80 x 60. Ass. e dat.1977

Lote 120 - Imagem pernambucana do sec. XVIII/XIX, "Nossa Senhora da Glória" em madeira. Alt. 78 cm

Lote 280 - Bianco, Enrico (1918 - 2013) "Jangadas e pescadores", óleo sobre madeira industrializada 45 x 70. Assinado e datado 1988 cid e verso e selo da galeria Contorno

Lote 528 - CICERO DIAS (1907 - 2003) "Cena familiar ao fundo casario em Olinda", o.s.t. - 93 x 74 - Assinado. Década de 70

Lote 552 - Paul Charles Emmanuel GALLARD LÉPINAY (1842-1885) - Escola francesa. "Marinha", o.s.t. - 50x 75. Assinado cid

Lote 548 - Presciliano Silva (1883-1965) "Claustro do Convento de São Francisco", o.s.t. - 80 x 100. Ass.e dat. 1940. Coleção Vva. Oscar Magalhães. Reproduzido no livro Presciliano Silva por Clarival do Prado Valladares

Local: Copacabana - Rua Pompeu Loureiro 27-A - Tels.: (21) 2548-3993 / 2548-7141 / Fax: 2256-8656 Segurança e estacionamento com manobrista no local

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LÍQUIA

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Lote 110 - Marie LAURENCIN 1883 - 1956) "Figura feminina", o.s.t. 41 x 34. Assinado

Lote 1115 - Malfatti, Anita (1889 - 1964) "Figuras", o.s.t. - 80 x 60. Assinado cid

e 1136 - DJANIRA da Motta e Silva (1914 1979) - "Hotel Toriba Campos do Jordão", o.s.t. - 56 x 73. Assinado e datado 70 cie e no verso assinado, datado e intitulado

Lote 545 - BURLE MARX, Roberto (1909 - 1994) "Composição", acrílica s/tela - 72 x 82. Assinado e datado 1991 cid

Lote 125 - MABE, Manabu (1924 - 1997) "Abstrato Ocre", o.s.t. - 87 x 102. Assinado e datado 1972 cie e no verso assinado, datado 1972 e numerado AC 48 e selo da Galeria de Arte Ipanema

Lote 935 - BURLE MARX, Roberto (1909 - 1994) "composição", acrílica s/tela - 72 x 82. Assinado e datado 1991 cid

Lote 142 - Valença, Alberto (1890-1983) - "Casario praieiro", o.s.m. - 33 x 40. Assinado. Reproduzido no livro Alberto Valença por Clarival do Prado Valladares N. 58 Lote 536 - Dall'Ara, Gustavo (1865 1923) - "Figura e casario no Rio de Janeiro", óleo sobre madeira industrializada - 40 x 28. Assinado e datado 1892

Lote 315 - FAUSTO GONÇALVES (1893-1946) - Escola portuguesa "Guiando os bois", o.s.t. - 81 x 65. Assinado e datado 1926 cid

Lote 287 - Valença, Alberto (1890-983) "Paisagem (Marinha, morro e ruínas)", o.s.m. 32,5 x 41. Reproduzido no livro Alberto Valença por Clarival do Prado Valladares

Lote 915 - EMILE GALLÉ - "Plums". Raríssimo vaso francês, cerca 1900 em cameo glass suflê. Alt. 39,5 cm. Assinado

Lote 861 - Seelinger, Helios (18781965) "Modelo", o.s.t. - 58 x 58. Assinado e datado 1930 e localizado São Paulo cid. No verso selo Coleção Museu de Arte de São Paulo, n. 20"

Lote 532- Claire Jeanne Roberte COLINET (French, 1880-1950) "Toward the Unknown Valkyrie". Raríssima escultura de bronze e marfim, C.1925. Alt. 75 cm. e comp. 70 cm. Ass.(Única peça encontrada no Brasil) Lote 492 - Cômoda francesa do Séc. XIX, estilo Luiz XV, em marqueterie e bronze.Tampo de mármore. Medida 92 x 133 x 59 cm (AxLxP)

Lote 1107 - Móvel bargueno espanhol do sec. XVII. Frente com elegante trabalho formando flores. Med. 146 x 99 x 40 (fechado) e 96 (aberto) cm

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Lote 506 - Escultura italiana do sec. XVIII em mármore carrara representando Belerofonte sobre seu cavalo alado Pégaso. Med. 130 x 85 cm

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A RELÍQUIA

Maio de 2013

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Maio de 2013

Museu de Arte Sacra expõe peças da coleção do casal Grieco Museu de Arte Sacra de São Paulo MAS/SP, inaugura a exposição “Memória, Devoção e Brasilidade Coleção Ruth e Paschoal Grieco”, com curadoria de Beatriz Vicente de Azevedo, exibindo 93 peças, entre imaginária, talhas, mobiliário, pinturas e prataria. "Os bens culturais que Ruth e Paschoal, com rigor e critério, reuniram ao longo de mais de quatro décadas são testemunhos "sólidos" e relevantes da memória e da identidade brasileira. O mobiliário, prataria, imaginária e pinturas desta exposição foram criados e utilizados em outras épocas, e, é necessário imaginação ou conhecimento de história para conseguir ter uma pálida ideia do que era o século XVII e XVIII na atual cidade de São Paulo. O sentido religioso do casal que reuniu esta coleção vai ao encontro da devoção que permeava os séculos anteriores. A fé católica, o amor ao Brasil, o respeito pelo passado e a consciência da importância de preservar estes verdadeiros tesouros são evidentes" - comenta Beatriz Vicente de Azevedo sobre os objetos em exibição". E continua: "Ao se deparar com uma coleção como esta, é impossível não ser tomado pela admiração, mas o sentimento mais forte que este encontro provoca é a gratidão, em nosso nome, mas principalmente em nome das gerações futuras. Cada peça que integra a coleção passou pela lupa, pelo estudo de publicações e pela pesquisa minuciosa". Funcionalidade e simbolismo são marcas de cada uma das peças pertencentes ao núcleo de prataria sacra cristã desta coleção, reunida pelo casal Grieco, tais como navetas, turíbulos, caldeiras para água benta, sinetas, âmbulas, cálices, galhetas, bacias, gomis, luminárias, candelas e castiçais. Entre os destaques da exposição estão a coroa, o bastão e a salva encimada por uma pomba, objetos utilizados na tradi-

O

Par de lanternas de procissão Prata batida e cinzelada Sem marcas - Final do século XVIII Rio de Janeiro - 45 cm (cada lanterna) - 193 x 23 cm (cada lanterna com vara) - Peso: 5.540 g (par de lanternas - sem as varas)

Salva de esmola e Culto do Divino, final do séc. XVIII - Rio Grande do Sul Naveta com colher - Prata Sem marcas - século XVII - Bahia 12 cm x 20 cm - peso: 413 g

cional Festa do Divino Espírito Santo. A prata não era um material fácil de obter no Brasil colonial e imperial. Ela era trazida das minas de Potosí (Bolívia) através do Rio da Prata, do México e da Espanha. Era também fundida por ourives a partir de objetos estragados ou fora de moda. Uma outra alternativa foi o uso das moedas circulantes, devido, inclusive, à qualidade da liga de cunhagem. O uso das moedas para a produção de objetos em prata foi tão intenso que, para se ter ideia, o

dinheiro na colônia tornou-se escasso. Após inúmeras tentativas de se fiscalizar metais e pedras preciosas em circulação pelo Brasil, foi promulgada em 1766 a Carta Régia, que proibiu terminantemente o ofício de ourives no país, lei esta que vigorou até 1815. Durante esses 49 anos os ourives continuaram a atuar e, ao que tudo indica, em maior número. Peças desse período revelam um aprimoramento técnico desses artistas perseguidos. Um dos objetivos da mostra é reafirmar a enorme importância que

as coleções particulares possuem para a preservação de patrimônios culturais. "Após o contato com o objeto, tem início uma inquietação, um desassossego que se traduz em muita observação, pesquisa, estudo e crítica. O casal Grieco é extremamente rigoroso nas escolhas, apesar de ser encantado com a força e o sabor da arte brasileira do período colonial e imperial", avalia a curadora. "Nossas viagens sempre incluíram visitas a museus, antiquários, compra de livros, enfim, queríamos aprender mais e mais". >>>


A RELÍQUIA

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Friedrich Hagedorn (1814- 1889) - Vista do Rio de Janeiro século XIX - guache sobre papel - 50 x 70 cm

No decorrer de quatro décadas juntos - ainda que nem sempre com decisões unânimes, mas sempre respeitando as preferências um do outro, e como fruto de muita pesquisa, análise e determinação em nossas escolhas, organizamos um conjunto de peças, que incluem imagens sacras, prataria, móveis, leques, porcelanas e algumas curiosidades. Tudo com referência ao Brasil, e continuamos buscando, sempre com entusiasmo, algo inédito. As imperfeições e a simplicidade da arte brasileira constituem reputados sinais de originalidade e superioridade. Usufruímos cotidianamente do prazer estético que esta coleção nos proporciona, entendemos e passamos para nossos filhos e netos, que aqui temos, além da plasticidade impressa em cada peça, um registro da cultura, dos hábitos e costumes, das raízes de nosso país e do nosso povo." (Ruth e Paschoal Greco). Além dos objetos em prata, será exibida uma seleção de pinturas, móveis e imagens, também da coleção Ruth e Paschoal Grieco.

O museu Mantido pela Secretaria de Estado da Cultura, o Museu de Arte Sacra de São Paulo é uma das mais importantes instituições do gênero no país. É fruto de um convênio celebrado entre o Governo do Estado e a Mitra Arquidiocesana de São Paulo, em 28 de outubro de 1969, e sua instalação data de 28 de junho de 1970. Desde então, o Museu de Arte Sacra de São Paulo passou a ocupar ala do Mosteiro de Nossa Senhora da Imaculada Conceição da Luz, na Avenida Tiradentes, centro da capi-

Joseph Brüggemann (1825-1894) - Vista de Florianópolis, 1866 óleo sobre tela - 74 x 105 cm

Cadeira de escritório madeira (Jacarandá), assento de tecido - Último terço do século XVIII - 92 x 80 x 50 cm

Santa Bárbara madeira policromada e dourada Início do século XVIII Pernambuco - 40 cm

tal paulista. A edificação é um dos mais importantes monumentos da arquitetura colonial paulista, construído em taipa de pilão, raro exemplar remanescente na cidade, ultima chácara conventual da cidade. Foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1943, e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico do Estado de São Paulo, em 1979. Tem grande parte de seu acervo também tombado pelo IPHAN, desde 1969, cujo inestimável patrimônio compreende relíquias das his-

tórias do Brasil e mundial. O Museu de Arte Sacra de São Paulo detém uma vasta coleção de obras criadas entre os séculos 16 e 20, contando com exemplares raros e significativos. São mais de 14 mil itens no acervo. O museu possui obras de nomes reconhecidos, como Frei Agostinho da Piedade, Frei Agostinho de Jesus, Antonio Francisco de Lisboa, o "Aleijadinho" e Benedito Calixto de Jesus. Destacam-se também as coleções de presépios, prataria e ourivesaria, lampadários, mobiliário, retábulos, altares, vestimentas, livros litúrgicos e numismática.

Nossa Senhora da Conceição barro policromado - Início do século XVIII - Bahia - 31 cm

SERVIÇO Memória, Devoção e Brasilidade Coleção Ruth e Paschoal Grieco Abertura: 14 de maio de 2013, terça-feira, às 19h Período: 15 de maio a 07 de julho de 2013 Horário: terça a sexta das 9h às 17h, sábado e domingo das 10h às 18h Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo www.museuartesacra.org.br Avenida Tiradentes, 676 - Luz, São Paulo Tel.: (11) 3326-5393 - visitas monitoradas Ingressos: R$ 6,00 (estudantes pagam meia); grátis aos sábados


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A RELÍQUIA

Maio de 2013

Leilão de Arte 13 de MAIO de 2013 Segunda-feira às 21h

Sergio Ferro

Exposição Dias 10, 11 e 12 de maio de 2013 das 11h às 20h

Leiloeiro Oficial:

André Cencin

Veja Catálogo Completo no site: www.cencin.com.br

Rua José Maria Lisboa, 1089 - Jardim Paulista - CEP: 01423-003 - São Paulo - SP Fone: +55 11 3083-2694 / 3081-0076 / 9162-7740 E-mail: contato@cencin.com.br

Joias de coleção furtadas Foram furtadas de residência joias muito raras e valiosas, no total de vinte peças conforme registro na polícia, 12ªDP (Hilário de Gouveia). Do século XVIII, um colar de ouro e diamantes, brancos e azuis, que pertenceu a D. Maria I; um grande pendente do mesmo estilo; um par de brincos pendentes grandes e dois relicários. Congêneres, muito semelhantes a essas peças, figuram na maioria dos livros sobre joias antigas hoje pertencentes a coleções de museus. Do século XIX, duas pulseiras em ouro e brilhantes; dois relógios femininos em ouro e esmaltes, sendo a peça mais rara, uma caixa rapezeira em ouro e esmalte.

Gratifica-se informação que leve à recuperação da joias prbarragat@terra.com.br


A RELÍQUIA

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Julia Jacobina

São Paulo: Arte & Estilo

Candido Portinari Séries Bíblica e Retirantes A exposição "Cândido Portinari - Séries Bíblicas e Retirantes" Foi inaugurada no dia 18 de abril passado, no 1º subsolo do MASP, apresentando um conjunto de obras que abrange o período em que a denúncia social marcou a pintura de Portinari, que reflete a situação brasileira a reboque das calamidades da guerra, que sensibilizaram tantos pintores europeus. As obras aqui expostas põem em evidência os motivos pelos quais Portinari foi considerado um dos pintores brasileiros por excelência da primeira metade do século XX. A série Bíblica foi executada entre 1942 e 1944 para a sede da Rádio Tupi de São Paulo a pedido de Assis Chateaubriand. São oito telas de grandes dimensões que ilustram passagens do Velho e do Novo Testamento. A série seguinte, Retirantes, foi produzida entre 1944 e 1945. Das cinco pinturas iniciais, o MASP tem três - que deixam de lado o estilo da série anterior em busca de outra linguagem, mais próxima da adotada pelos muralistas expressionistas mexicanos Orozco e Siqueiros. Mostradas em conjunto, estas onze peças são um exemplo singular da arte pública engajada que, à época, se identificava com a vanguarda política e estética. De 3ªs a domingos e feriados, das 10h às 18h. Às 5ªs: das 10h às 20h.

Gravura Brasileira na Pinacoteca de São Paulo Desde o dia 21de abril está em cartaz a exposição Gravura Brasileira no Acervo da Pinacoteca de São Paulo, mostra com obras de 105 artistas como Elisa Bracher, Fayga Ostrowe, Ivan Serpa, Lasar Segall, Lívio Abramo, Maria Bonomi, Oswaldo Goedi, entre outros. A exposição é resultado de uma pesquisa que vem sendo realizada no acervo da Pinacoteca, que conta com mais de três mil gravuras e marca o inicio das atividades sistemáticas, propostas pela Pinacoteca, com foco na produção de gravura no Brasil. A mostra contempla grandes temas pertinentes a historia da arte brasileira, da primeira década do século XX até a primeira década do século XXI.

Local x global: a arquitetura como lugar O Museu da Casa Brasileira recebe a exposição

e conhecida como Galeria Tato DiLascio, inaugurou dia 27 de abril passado, sede permanente e nova proposta em Pinheiros. A mostra de abertura "De Heróis e Bandidos" apresenta série de novos trabalhos, entre desenho, pintura, escultura e serigrafia, do artista brasileiro radicado na Suíça Alex Romano. Suas obras trazem uma linguagem direta de grande força gráfica, repleta de lirismo e fantasia. Além do novo endereço e novo nome, a galeria redefiniu também algumas características conceituais e mercadológicas adotadas anteriormente. Com objetivo de se tornar um espaço dedicado a projetos experimentais com foco na cultura urbana, a Galeria TATO convidou um time de jovens curadores que serão responsáveis pela concepção, montagem e supervisão dos próximos projetos. São eles Douglas de Freitas, C.G. Hünninghausen e Paulo Trevisan. A Galeria TATO será voltada para a produção de arte emergente. Em seu elenco, artistas que trabalham com diversas mídias e que guardam grande afinidade com as questões atuais da arte experimental, livre e aguçada. Localizada na Rua Mateus Grou, 580 - no bairro de Pinheiros, o novo espaço tem projeto arquitetônico da reforma assinado por Ana Galli. O corpo de artistas representados é composto por Alex Romano, Diego Castro, Fernanda Preto, Luiz 83 e Marcelo Gandhi. Além dos projetos experimentais de Daniel de Souza e Lucimara Viviane. Informações para esta coluna: areliquiasp@gmail.com

Candido Portinari - Retirantes, de 1944

"Local x global: a arquitetura como lugar", desde o dia 16 de abril. A mostra apresenta um recorte da produção arquitetônica atual dos dois países, a partir do tema "casa". "A arquitetura como lugar" reflete o diálogo entre portugueses e brasileiros em 20 projetos residenciais recentes, 10 de cada país, sob a curadoria da arquiteta portuguesa Bárbara Silva. Compõem a exposição painéis fotográficos, desenhos, maquetes e vídeos, que revelam modos de viver e de pensar a arquitetura nos dois países.

Bienal Ibero-Americana de Design Está em exposição, desde o dia 16 de abril, a mostra, intitulada BID 8|10|12 que tem como objetivo trazer ao público brasileiro um panorama da recente evolução do design da região, que colocou no mapa internacional da produção contemporânea novas capitais como São Paulo, Buenos Aires e Bogotá. A exposição no MCB apresentará 159 trabalhos representativos das principais categorias do design produzido nos últimos anos, com ênfase à participação do Brasil na edição 2012. Serão exibidas 50 peças, 12 trabalhos digitais e 96 painéis, entre design gráfico, produtos, moda, têxtil, e design de interiores.

Pinheiros ganha galeria focada em projetos experimentais A Galeria TATO, que até então era itinerante

COMPRO pinturas e desenhos de

KARL PLATNER LEO PUTZ e dos artistas paranaenses

Alfredo Andersen Arthur Nisio Theodoro de Bona Miguel Bakun Guido Viaro

(041) 3027.6160 9972.8585 jeribas@terra.com.br


A RELÍQUIA

24 - Maio de 2013

Bazar do Palácio Dia das Mães beneficia Pró Criança Cardíaca Foi um sucesso a segunda edição do Bazar do Palácio, realizada nos dias 27 e 28 de abril, das 14 às 20 horas, no Espaço Ernani de Arte e Cultura, em Botafogo. O evento, organizado por Christina e Suzana Galdeano e Horacio Ernani, beneficiou a obra de Dra. Rosa Celia, do Instituo Pro Criança Cardíaca, que compareceu na abertura. Foram quase 20 marcas de moda feminina e infantil, jóias, acessórios, doces e decoração, nesta edição dedicada ao dia das mães. A Champanharia Bar & Bistrô, de Eder Meneghuine foi transportada para dentro do espaço Ernani Arte e Cultura, du-

rante todo o final de semana, sob o comando do chef Hugo Oliveira. O menu contava com 5 opções de crepes salgados e duas de doces, além de três variedades de paninis. Destaque para os crepes de trio de cogumelos e camarões com alho poró ao azeite balsâmico. A decoração era toda em verde e roxo, cores da Champa, com almofadas e pufs estilo anos 50. O fotógrafo José Olimpio montou um estúdio fotográfico para clicar mães, avós, filhos e netos. Cada convidado levou para casa sua foto lembrança do Bazar do Palácio Dia das Mães.

José Olimpio

Horacio Ernani, Diego Cosac, Pedro Henrique, Paulo Barragat

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A RELÍQUIA

Maio de 2013 - 25

(presencial e on line, simultaneamente)

Móveis, quadros, tapetes antigos (persas e chineses), cristais, porcelanas, pratarias, relógios, livros, bronze e demais peças de arte e decoração que integram as residências.

Exposição

Leilão

Local

5, 6 e 7 de maio (domingo, segunda e terça) - das 17h às 21h

Dia 09 (quinta), com continuação dia 10 (sexta) às 19h

Rua Jornalista Orlando Dantas, 15 Casa 1 - Botafogo Rio de Janeiro - RJ

Carreaux

Mesa de encostar D.José

Passadeira chinesa

Antigo tapete chines

Itamar Musse Desde 1918 Antiquário

Oratório de viagem

Catálogo na internet a partir de 04 de maio de 2013 no site www.mozartleiloeiro.com.br Organização: Mario Sobral, Sonia Passini e Michel Grossmann Informações: (21) 9966-3892 / (21) 8885-8184 mario.sobral@terra.com.br / soniapassini@terra.com.br

Rua da Paciência, 461 - Rio Vermelho - Salvador - BA Tel: (71) 3334-5316 Tel/fax: 3334-8224 / Cel:(71)9988-0691

52º Grande Leilão Maio de 2013

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Francisco Silveira Orestes Bencardino

E-mail: itamarmusse@uol.com.br

Leilão de peças de residências em Botafogo


A RELÍQUIA

26 - Maio de 2013

Fontes d'Art - Elo cultural entre a França e o Brasil Por José Francisco Alves*

N

o século XIX, a França levou a cabo um produto cultural muito específico para a cidade moderna haussmaniana, com o objetivo de ornamentação do meio urbano, em especial as praças, parques, bulevares, edifícios e mansões, por meio de chafarizes, estátuas e objetos variados: a indústria das Fontes d'Art. Como Paris era tida como referencia para o mundo ocidental, seus exemplares dessa indústria cultural passaram a inspirar as urbes de vários continentes, em especial na América do Sul, as quais passaram a desejar essas obras de arte para europeizar seus espaços públicos, o que significava afrancesar tais locais. Essa produção artística de elementos decorativos e dos mais diversos "equipamentos urbanos" (de luminárias a mictórios públicos) surgiu em função do desenvolvimento de um sistema industrial criado por determinadas fundições especializadas no ferro fundido, as quais destacaram-se as localizadas na região de Champagne-Ardenne, nordeste francês. Essas fundições contavam com excelentes condicionantes, como a disponibilidade dos materiais (carvão para os fornos e água corrente), a tecnologia avançada, e, principalmente, a qualidade de artistas e artesãos formados pelo sistema de arte francês. Dentre as fundições mais destacadas que existiram podemos citar Val d'Osne, (em Osne-le-Val) e Durenne (em Sommevoire). As fontes d'art - cujo termo designa basicamente os materiais fundidos em ferro [fonte de fer] vieram para o Brasil entre a segunda metade do Séc. XIX e as primeiras décadas do Séc. XX, em contextos diferentes, porém inter-relacionados. Enquanto na década de 1860 o Rio Grande do Sul recebeu para Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande nada mais nada menos do que treze chafarizes de grandes dimensões (das Fundições Durenne), Estátua Crepusculo - Fundição Val d’Osne - Biblioteca Pública do RS

com o objetivo principal do abastecimento de água potável, o Rio de janeiro recebeu centenas de peças para o embelezamento de espaços públicos e privados (com maioria de peças originada nas Fundições Val d'Osne). E é justamente a cidade do Rio de Janeiro o lugar considerado como o detentor da maior coleção dessas peças fora da França, embora tenhamos um elevado número dessa produção em cidades como Buenos Aires, Santiago, Montevidéu e Recife. Nas últimas duas décadas, as Fontes d'Art na América do Sul tiveram a sua importância renovada como patrimônio cultural e artístico a partir da ação da ASPM (Association pour la Sauvegarde et la Promotion du Patrimoine Métallurgique haut-marnais), sediada em Saint-Dizier, França. Em 1995, foi dado o primeiro passo nesse sentido, com a exposição "Fontes de Arte - estátuas e chafarizes franceses", na Casa França-Brasil, em promoção da Prefeitura do Rio de Janeiro e Consulado Geral da França, com a participação da ASPM. Logo em seguida, foram realizados, sob coordenação da ASPM, simpósios com convidados de vários países, técnicos e especialistas franceses, em parceria com prefeituras e Embaixadas da França: Rio de Janeiro (1997), Buenos Aires (2003), Santiago (2005) e Montevidéu (2007). As peças da cultura das fontes d'art têm habitado o universo do comércio de artes e antiguidades e é preciso atenção na correta identificação das peças. No site da ASPM [www.fontesdart.org], podem ser encontrados fac-símiles das pranchas dos catálogos produzidos pelas fundições, os quais ajudam bastante nas atribuições. A ASPM, na busca de aprimorar o inventário dessa produção, também têm solicitado o envio de imagens de peças por interessados, com vistas à catalogação. A identificação das peças da Fundição Val d'Osne é mais comum em razão das etiquetas que comumente eram afixadas na base de estátuas, chafarizes, candelabros, etc. Mas lembramos, enquanto nessas etiquetas a menção de origem era 'Paris', essa era em verdade uma estratégia de marketing, uma vez que as fundições eram localizadas bem longe da capital francesa. *Doutor em História da Arte, Professor de Escultura e Curador-Chefe do MARGS. Representante no Brasil da ASPM

Estatua Candelabro da Fundição Val d' Osne Biblioteca Pública - RS


A RELÍQUIA

Chafariz francês - Monroe Rio de Janeiro

Maio de 2013 - 27

Chafariz Fundição Val d' Osne da Praça São Salvador - Laranjeiras - Rio de janeiro

Detalhe de Chafariz francês Fundição Durenne - Pelotas

Esculturas francesas no Rio de Janeiro O inicio da utilização das esculturas em ferro no Rio de Janeiro está ligada à modernização da cidade. O Rio que acolheu D. João VI e a família real, em 1808, cercados de outras 15 mil pessoas que fugiam da invasão dos exércitos napoleônicos a Portugal, tinha até então apenas 50 mil habitantes. Na onda de transformações para adequar a cidade nova às novas necessidades de características de sua população, o Rio recebeu, em 1816, a Missão Artística Francesa, contratada para transformar a corte tropical. A influência francesa passou a ser uma marca nos anos que seguiram. As fontes e chafarizes são um testemunho das novas necessidades estéticas. Até 1870, o abastecimento de água do Rio de Janeiro era feito pro bicas, fontes e chafarizes. Se, a principio, estas peças tinham meramente fins utilitários, com a transformação da cidade elas foram se tornando também ornamentais e a grande maioria das peças em ferro fundido passou a vir da França. A presença de um grande número de esculturas em jardins públicos e particulares é atribuída à chegada do botânico e paisagista Auguste François Marie Glaziou que, a convite de D. Pedro II, chegou ao Brasil em 1858 para reformar o Passeio Público. Glaziou passou a fazer também o projeto de parques, praças e jardins para palácios e residências e a utilizar as obras de arte em ferro fundido - que estavam no auge da moda na Europa como adorno. (Colaborou Maria Helena Esteban)

Alguns locais onde se encontram as Fontes d'Art no Rio PASSEIO PÚBLICO O jardim projetado por Glaziou tem traçado inspirado nos jardins ingleses, em estilo romântico, com alamedas sinuosas entre gramados, riachos e lagos. A pequena ponte que cruza o lado lago e parece feita de galhos de árvore na verdade foi fundida em ferro e é o único exemplar no Rio de Janeiro. No Passeio Público também estão três estátuas alegóricas de Mathurin Moreau: a Primavera, o Verão e o Outono. CAMPO DE SANTANA O jardim, inaugurado em 1880, também foi projetado por Glaziou. As esculturas a Sereia - que emerge das águas trazendo nas mãos um peixe do escultor Serres, e as fontes do tipo Stella adornadas com o busto de Europa, de Marthurin Moreau e encontradas nos quatro cantos do parque são apenas mais uma atração. IGREJA DA CANDELÁRIA As três portas de entrada da igreja, obra do escultor português Teixeira Lopes, foram fundidas em bronze, na França. PRAÇA ESTADO DA GUANABARA Próximo ao Largo da Carioca está a fonte o Amor à Lira, de Eugène Louis Lequesne. JARDIM DO MONROE - CINELÂNDIA O Chafariz Monumental do Jardim Monroe foi comprado por D. Pedro II, em Viena para ser instalado na Praça XV, em 1878. O Chafariz possui uma peça circular em cantaria e várias taças de ferro fundido entremeados de alegorias. No Centro, uma base ornamentada apóia um grupo de estátuas de crianças representando a América, a Europa, a Ásia e a África. RUAS PRIMEIRO DE MARÇO E DOM MANUEL No Prédio do Supremo Tribunal Eleitoral estão as estátuas de Marthurin Moreau que representam a Agricultura, a Marinha, a Indústria e o Comércio e no prédio da Procuradoria do Estado do Rio de Janeiro estão duas estátuas: a Ciência e uma obra alegórica mostrando um jo-

vem com os símbolos característicos da Indústria. CATETE - MUSEU DA REPÚBLICA No interior do prédio estão quatro candelabros e o busto que representa a República. Na varanda externa, utilizadas para a iluminação, estão a Aurora e o Crepúsculo. Nos jardins encontramos o chafariz o Nascimento de Vênus, uma peça que na verdade foi confeccionada no ano de 1854, e que a princípio foi instalada no Largo do Valderato. Também nos jardins estão as estátuas que representam os cinco continentes: América, Europa, Ásia, África e Oceania e ainda uma escultura de Cristóvão Colombo. Todas as peças são de autoria de Marthurin Moreau. FACULDADE SOUZA MARQUES Logo na estrada à esquerda, está a estátua Atlanta, de Lepautre. No mesmo prédio estão duas escadas de ferro que foram construídas de forma simétrica. Os corrimões são sustentados por carrancas e as pilastras de apoio são formadas por quatro estátuas de meninos. Do outro lado do prédio está a estátua de Hipômenes que traz na mão uma maçã de ouro e foi esculpida por Coustou. CATETE/GLÓRIA - HOTEL NOVO MUNDO E HOTEL GLÓRIA Na Praia do Flamengo, guardando a entrada do Hotel Novo Mundo estão dois leões. São peças do escultor animalista Jacquemart. No interior do Hotel Glória há uma estatueta de um menino. PRAÇA SÃO SALVADOR Nesta praça está um chafariz decorado onde chama a atenção a figura de uma mulher que verte água e está localizada ao alto de um conjunto. A base é formada por crianças sobre golfinhos e a água jorra em tanque de granito. LARANJEIRAS - PALÁCIO LARANJEIRAS (PARQUE GUINLE) No meio do jardim do Palácio Laranjeiras está um chafariz com a estátua do deus Mercúrio que traz nas mãos a vareta mágica divina (caduceu), entrelaçada pelas duas serpentes da sorte.


A RELÍQUIA

28 - Maio de 2013

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A RELÍQUIA

Maio de 2013 - 29

Destaques

Ambigüidades é tema de exposição no CCBB em maio A programação de exposições para o mês de maio está bastante diversificada na cidade do Rio de Janeiro. Começando pelo tradicional Centro Cultural Banco do Brasil que promoverá a exposição Ambiguações, até o dia 12 de maio. Ambíguo é tudo aquilo que pode ter mais de um significado, é esse o objetivo da exposição de curadoria de Claris-

sa Diniz. A exposição reúne 19 obras de 11 artistas de diversas gerações, desde Antonio Dias e Daniel Steegmann Mangrané, a Gustavo Speridião e Jonathas de Andrade. O CCBB funciona de terça a domingo das 9h às 21h e a entrada é franca. A exposição Ambiguações estará disponível na Sala A Contemporânea.

Exposição "Escalas" investiga relações entre arte e arquitetura O Estúdio Alvaro Razuk recebe a partir de 04 de maio, às 14h, sua primeira mostra coletiva, a primeira aberta à visitação e a terceira a ocupar o espaço. Com apoio das galerias Fortes Vilaça, Luciana Brito e Marília Razuk, a exposição "Escalas", organizada pelo jovem curador Bruno Mendonça, propõe investigações e discussões que permeiam as relações entre arte e arquitetura. Em "Escalas", Bruno Mendonça reúne artistas nacionais e estrangeiros cujas pesquisas e poéticas envolvem, em diferentes suportes, as relações entre arte e arquitetura. Participam da mostra os artistas brasileiros Aline Van Langendonck, Ana Mazzei, Débora Bolsoni Raquel Garbelotti, Rafaela Jemmene, Luiz Roque e Renato Pera, o francês Raphaël Zarka, a espanhola que vive no Brasil Sara Ramo e o renomado artista mexicano Hector Zamora. O principal objetivo desta exposição não é promover respostas, nem representar linhas teóricas, mas adicionar através das poéticas desses artistas diversos vértices neste campo de discussão. A escolha desses artistas específicos para ativarem

um espaço não convencional, no caso um escritório de arquitetura, se deu pelas escalas subjetivas, projetuais, conceituais, políticas e de fato, espaciais, encontradas nos trabalhos destes artistas. Estúdio Alvaro Razuk O escritório do arquiteto, criado em 1989, está localizado em um edifício de traços modernistas no largo do Arouche, no centro de São Paulo. Dedicado a projetos museográficos, cenográficos e arquitetônicos, sua equipe inter-disciplinar já realizou trabalhos de destaque no Brasil e em diversos países. O Estúdio Alvaro Razuk, que vem se destacando na elaboração e coordenação de projetos culturais desde sua concepção até a entrega final e aproveita o momento de ebulição artística no Brasil para abrir suas portas a projetos situados na fronteira entre a arte e a arquitetura, explorando novas práticas curatoriais. A exposição vai até 29 de junho de 2013, no Estúdio Alvaro Razuk: Largo do Arouche, 161, República. Horário de Visitação sob agendamento prévio: (11) 3661-8111 / 9 9828-5484.

Centro Cultural da Justiça Federal recebe exposição inspirada em Cartier Bresson O Centro Cultural da Justiça Federal apresenta, até o dia 19 de maio, a exposição Mind your Step de Marcos Sêmola. São 18 imagens registradas na saída de uma estação de metrô, em Londres, inspiradas na estética do pai da fotografia, Henri Cartier

155 anos do Morro da Providência são comemorados com arte

Bresson. As imagens são em preto e branco e todas cheias de simbolismos e representatividades. O Centro Cultural da Justiça Federal, no centro do Rio de Janeiro, funciona de terça a domingo, das 12h às 18h. A entrada é franca.

Com objetivo de comemorar os 115 anos da Comunidade do Morro da Providência, a Casa Amarela realizará uma mostra até o dia 12 de maio, a Desarquitetura. A exibição que conta com curadoria de Mauro Trindade e Alexandre Hypólito, reúne instalações, performances, filmes e fotos de 12 artistas que tem como objetivo discutir as transformações mais recentes no campo social das capitais brasileiras. A Casa Amarela, situada na Ladeira do barroso, 223 - Centro - Rio de Janeiro, funciona de terça à domingas das 12h às 18h.

Frick Collection de Nova York A Frick Collection acaba de inaugurar uma nova mostra: "The Impressionist Line from Degas to Toulouse-Lautrec". A coleção pertence ao Clark Art Institute de Williamstown, uma cidadezinha do interior do Massachusetts. Cidadezinha, mas com um senhor museu! Gauguin, Toulouse-Lautrec, Degas, Manet, Pissarro, Millet, Courbet e muitos outros mestres desceram a I95 em direção a New York e vão marcar presença na Frick até 16 de junho.


A RELÍQUIA

30 - Maio de 2013

Informe da ABA - Associação Brasileira de Antiquários

Feira da Gávea inicia ano com atrações e exposições temáticas Fotos: José Amaro Torres

Depois de já ter apresentado grandes nomes do cenário musical na Feira de Antiguidades da Gávea, como o grupo de chorinho "Novos Chorões", o sambista moderno Pedrinho Miranda e o talento do trombonista Raul de Barros, a Associação Brasileira de Antiquários convidou um dos maiores músicos populares do Rio de Janeiro, o saxofonista Ademir Leão. Ao aceitar o convite, emocionado, disse: “É claro que estarei lá!... Mas de preferencia num belo domingo de sol". O consagrado músico tem como um dos seus maiores feitos a satisfação de ter participado do programa de televisão de Jô Soares, tendo recebido um novo instrumento de trabalho das mãos do apresentador. Ademir vai tocar na feirinha ainda no mês de maio. Quem já passou pela estação do metrô no Largo da Carioca já conhece o artista. Entre as escadas rolantes e o comércio, podemos nos extasiar com

a boa música de Ademir Leão, que já faz parte da paisagem da cidade por tirar acordes na entrada da estação. O artista é da opinião de que tocar na rua o faz sentir logo a felicidade das pessoas e que sua música acalma a loucura do centro da cidade, alegrando o Rio de Janeiro. A irreverência, aliada com o bom humor e suas notas precisas são suas marcas registradas. Marcos Freitas, presidente da Associação Brasileira de Antiquários está mobilizando alguns especialistas para montarem exposições temáticas de colecionismo, como, óculos extravagantes; carrinhos de corrida e brinquedos antigos de lata. A feira de antiguidades funciona com qualquer tempo todos os domingos de 9h. às 18h, na praça Santos Dumont, na Gávea, em frente ao Jockey Club do Brasil. Por Luiz Carlos Lourenço


A RELÍQUIA

Maio de 2013 - 31

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