EDIÇÃO ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO - 14 ANOS www.areliquia.com.br / jornalareliquia.blogspot.com / facebook.com “A Relíquia” / twitter.com/areliquia
INFORMATIVO DOS ANTIQUÁRIOS, LEILOEIROS, GALERISTAS E COLECIONADORES ANO XIV - Nº 178 - JUNHO DE 2012 - RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA
Fabergé nos EUA A fascinação pela arte, pela opulência, pompa e esplendor da Rússia czarista, levou os colecionadores norte-americanos a gastarem fortunas, durante mais de cem anos, para adquirir, em qualquer lugar do mundo, peças da joalheria Fabergé. Esta reportagem comemora o 166º aniversário de Peter Carl Fabergé. Páginas 16, 17 e 18
LEILÕES DE JUNHO RIO DE JANEIRO • ALPHAVILLE • CAPADÓCIA • ERNANI • GARAGE SALLES • RESID. JD. BOTÂNICO • ROBERTO HADDAD • VALDIR TEIXEIRA • VITOR NAVES
Ovo de Páscoa imperial Lírio do Vale. Ouro, esmalte, diamantes, rubis, pérolas, cristal de rocha. Alt. 20 cm. Presente de Nicolau II à sua mulher. 1898. Acervo Forbes Magazine Collection, New York.
SÃO PAULO • ANDRE CENCIN • CASA 8 • GALPÃO DOS LEILÕES • JAMES LISBOA
PORTO ALEGRE •AGÊNCIA DE LEILÕES •PONTO DE ARTE
SP Arte 2012 Mais de 20 mil pessoas visitaram a SPArte - Feira Internacional de Arte de São Paulo, entre 9 e 13 de maio. Participaram do evento 110 galerias, dentre as quais 27 internacionais. Página 32 e 33.
Teatro Tereza Rachel: Um Palco de História! Página 36
FERNANDO BRAGA
ArtRio 2012 A segunda edição da ArtRio - Feira Internacional de Arte Contemporânea do Rio de Janeiro, vem com uma programação fora de série. O tema é: "O Rio é arte. O tempo todo. Em toda parte". Página 26.
Leiloeiro Público
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Barra da Tijuca - Cond. Joatinga
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Espaço Ernani Arte e Cultura
Foto: Mauricio Rubio
Grande Leilão de Arte Grande Leilão Residencial
Espaço Ernani Arte e Cultura
Foto feita no local. Casa: projeto Zanini e uma vista maravilhosa de toda a Barra da Tijuca. A partir do dia 20 de junho faça um tour virtual através do nosso site.
Ismael Nery
Antonio Dias
A. Bandeira
Ione Saldanha
Nomes de destaque no leilão ANTONIO BANDEIRA - DI CAVALCANTI - TARSILA DO AMARAL - SALVADOR DALI - CARYBÉ - DJANIRA - VOLPI - IVAN SERPA - EMERIC MARCIER - IBERÊ CAMARGO - PORTINARI - FAYGA OSTROWER - ANA MARIA MAIOLINO - ANTONIO MAIA - MALAGOLI - ROBERTO BURLE MARX - ROBERTO MAGALHÃES - O. GOELDI - JOSÉ MARIA - GERSON - J. PAULO HERALDO PEDREIRA - FRANK SCHAER - MALCON EDGAR CESAR - GRACIANO - IVAN MORAES - ANA LETICIA - VERGARA - ANTONIO POTEIRO - CILDO MEIRELLES - DIONÍSIO DEL SANTO - IVAN SERPA - HELIO DE OLIVEIRA - ALOYSIO ZALUAR GLAUCO RODRIGUES - DAREL - OSCAR NIEMEYER - RUBEM GERCHMAN
Finalizando Captação. Caso tenha algo de real valor que possa participar deste leilão, entre em contato direto com o leiloeiro.
www.ernanileiloeiro.com.br Rua São Clemente, 385 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (21) 2539-2637 - horacioernani@gmail.com
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Junho de 2012
COMPRO OBRAS DE:
LEOPOLDO GOTUZZO ÂNGELO GUIDO LIBINDO FERRÁS PEDRO WEINGARTNER ADO MALAGOLI AUGUSTO LUIZ DE FREITAS FRANCISCO STOCKINGER
DISCAR (51) 3330.4763 8421.9306 e-mail: karam@saladearte.com.br Rua Cel. Bordini, 907 - Moinhos de Vento CEP 90440-001 - Porto Alegre/RS
Leilão de Junho de 2012
Exposição: dias 13 e 14 de junho de 2012 (quarta e quinta-feira), das 12h00 às 20h00 Leilão: dia 16 de junho de 2012 (sábado), às 15h15 Local:
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Exposição: 30 de junho e 1º de julho de 2012
Telefones:
(sábado e domingo), das 15h às 22h Leilão: 2 e 3 de julho de 2012 (segunda e terça-feira) a partir das 20h
(11) 5841.9023 (Net) / 6239.6312 (Oi) 8632.3206 (TIM) e 9844.6317 (Vivo)
Local: Rua Pinheiro Machado, 25 loja B e C,
Rua Uberlândia, 115 - Jd. Bonfiglioli Cep. 05365-040 - São Paulo - SP
Site: www.galpaodosleiloes.com.br e-mail: gal_dosleiloes@hotmail.com Organização: Jô Bueno / Carol Bueno Sergio Bueno de Souza (9229-1117) Leiloeiro Oficial: Roberto de Magalhães Gouvea
A RELÍQUIA
Captação permanentede segunda a sexta-feira das 11:30 às 18:30
Circulação Nacional Publicação mensal da Sabor do Saber Editora
Compramos acervo
FUNDADORES
Porcelanas, pratarias, imagens, marfins, quadros, lustres, móveis, bronzes, tapetes, relógios, opalinas, faqueiros, aparelhos de jantar, toalhas de mesa, etc
Estamos recebendo peças
Laranjeiras. Rio de Janeiro. Cep: 22231-090
Tel: (21) 2553-0791 e 9974-4409 www.galeriaalphaville.com cristina.goston@terra.com.br
Pagamos aos proprietários uma semana após o leilão
Litiere C. Oliveira Luiz Carlos Marinho
FEIRAS DE ARTE E ANTIGUIDADES
EDITOR
ART AND ANTIQUES FAIRS
Litiere C. Oliveira
- Reg.Prof. MTb 15109
e-mail: litiere@areliquia.com.br RIO DE JANEIRO Publicidade: Rua Siquira Campos, 143 - Sl 73 - Copacabana - RJ Tel.: 21 2265-9945 Redação / Arquivo / Distribuição Rua Esteves Júnior 9, casa 01 Laranjeiras - CEP 22231.160 - Rio de Janeiro Tel.: 21 2265-0188 / Tel / Fax: 2265-9945 Cel.: 9613-2737 / 8899-0188 e-mail: jornalareliquia@gmail.com SÃO PAULO Tel.: 11 7389-3445 e-mail: areliquiasp@gmail.com PORTO ALEGRE Representante: Elisa Moog Tel: 51 2112-8038 / 9955-9962 DIAGRAMAÇÃO Felipe A. Oliveira CONSELHO EDITORIAL Itamar Musse, Fernando Braga, Luis Octávio Louro Gomes, Manuel Machado, Paulo Roberto S. Silva e Francisco P. Cunha, Ricardo Kimaid, Roberto Haddad, Rudinel Vicente do Couto, Hebert Gomes, Pedro Arruda e Virgínia Arruda COLABORADORES João Ubaldo Ribeiro ( ABL), Ferreira Gullar, Ledo Ivo (ABL), Paulo Coelho (ABL), Antônio C. Austregésilo de Athayde, Rosângela de Araujo Ainbinder, Ana Beatriz Gomes, Tatiana Maria Dourado, Rachel Brenner, Luiz Marinho, Paulo Scherer Tiragem desta edição: 15.000 exemplares Os conceitos e opiniões emitidas em colunas e matérias assinadas, são de responsabilidade única e exclusiva de seus autores.
Variados tipos de porcelana e cristal, joias, prataria, tapetes, objetos Art-Noveau e Art-Déco, entre outros, em exposição nas barracas montadas There is a wide variety of porcelain, crystal, jewellery, silverware and carpets, amongst other objects of interest. These are displayed and sold at stalls around the market tower.
RIO DE JANEIRO
SÃO PAULO
BELO HORIZONTE
SÁBADO - SATURDAY
SÁBADO - SATURDAY • Feira de Antiguidades da Praça Benedito Calixto - Pinheiros • Exposição de Antiguidades de Santos - Galeria 5ª Avenida, Pça Independência
• Feira de Antiguidades Tom Jobim Sábados, 10 às 17h - Av. Bernardo Monteiro - Santa Efigênia
• Shopping Cassino Atlântico Av. Atlântica, 4240 - Copacabana - Antique fair in air conditioned surroundings with a tea-shop and live music • Feira do Troca - Pça XV, em frente às Barcas (Bric-à-brac onde também se pode encontrar antiguidades). DOMINGO - SUNDAY • Praça Santos Dumont (em frente ao Jóquei) - Jardim Botânico • Feira de Antiguidades de Petrópolis - Praça Visconde de Mauá
BRASÍLIA Todo último final de semana de cada mês - Shopping Gilberto Salomão
DOMINGO - SUNDAY • Feira de Antiguidades do MASP - Vão Livre do Museu de Arte de São Paulo - Av. Paulista • Feira de Antiguidades do Bixiga - Praça Dom Orione - Bixiga • Feira de Antiguidades do MuBE (Museu Brasileiro da Escultura) - Av. Europa, 218 Jardins • Mercado de Antiguidades de Santos - Piso superior do Mercado Municipal. Praça Iguatemi Martins, s/n°, Vila Nova, Santos/SP.
PORTO ALEGRE • Feira do Caminho dos Antiquários - Pça. Daltro Filho - Sábados, 10 às 16h • Brique da Redenção - Domingos, 9 às 18h - Av. José Bonifácio sn. - Bom Fim • Feira do 5ª Avenida -Av. Mostardeiro, 120 - Todos sábados das 10h às 18h
SÃO LUÍS • Feira de Antiguidades de São Luís - Todo último sábado do mes no Tropical Shopping.Av. Colares Moreira, 440 - Renascença 2
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6 - Junho de 2012
ROBERTO HADDAD ESPECIALIZADO EM ARTE DESDE 1967
3º Grande Leilão da Temporada de 2012 Aproximadamente 1200 lotes de obras de arte ao correr do martelo pela melhor oferta Exposição: Dias 23, 24, 25 e 26 de junho de 2012 Sábado e Domingo, de 15:00 às 22:00 h. Segunda e terça-feira, das 10:00 às 22:00 h Leilão: Dias 27, 28 e 29 de junho de 2012. Quarta a sexta-feira às 20:00 h. Dias 2, 3 e 4 de julho de 2012. Segunda, terça e quarta-feira às 20:00 horas.
BIANCO, Enrico - 1918 "Bumba meu boi", o.s.t. 60 x 90. Assinado e datado 1971 cid SCLIAR, Carlos (1920 - 2001) "Bule azul e fruta"- vinil e colagem encerados sobre tela, 37 x 26 cm. Assiando e datado 1987 c.i.e e verso
DI CAVALCANTI, Emiliano - (1897 - 1976) - "Di Cavalcanti e suas modelos", o.s.t. - 60 x 73. Assinado e datado 1950
Par de grandes e robustas esculturas portuguesas em carvalho, exemplares de extrema erudição e expressão do período barroco, retratando entidades angélicas de serafins alabardeiros de meados do século XVIII. Acompanha antigos par de lanternas contrastadas. Alt. escultura 190 cm e lanternas 200 cm
BRACHER, Carlos (1940) Igreja do Rosário São João Del Rei, o.s.t. 60 x 81. Assinado ci e verso e datado 1983 e intitulado no verso
BRUNO GIORGI (1905 - 1993) "Deusa". Escultura de mármore carrara. Assinado. Alt. 118 cm e alt. total 150 cm. Reproduzida no livro "Bruno Giorgi" em duas páginas inteiras, sendo que em uma aparece ao lado do escultor.
Local: Copacabana - Rua Pompeu Loureiro 27-A - Tels.: (21) 2548-3993 / 2548-7141 / Fax: 2256-8656 Segurança e estacionamento com manobrista no local
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MANOEL SANTIAGO (1897 - 1987) "As Amazonas", o.s.t. - 200 x 150 . Ass. e dat. 1923 e datado novamente em 1940, ano em que participou do 8º salão paulista de Belas Artes (carimbo no verso). Pertenceu ao Banco português do Brasil
DI CAVALCANTI, Emiliano - (1897 1976) - "Mulata Joana, ao fundo natureza morta", o.s.t. - 81 x 60 Assinado e datado 1950
ROMANELLI, Armando (1945) "Barcos" , o.s.chapa de madeira industrializada 20 x 20. Assinado cid e no verso assinado e datado 1981
KABIR. Escultura de bronze representando busto de Nefertiti (c. 1380 - 1345 a.C.), rainha da XVIII dinastia do Antigo Egito. Alt. 75 cm. Assinado
EMERIC Marcier (1916 - 1990) "Piazza del Popolo Roma", o.s.t. - 65 x 92. Assinado e datado 1982 cid
SEELINGER, Helios (1878 1965) "Carnaval", o.s.t. 237 x 127. Assinado, datado 1957, intitulado, localizado Rio e selo de participação no 62º Salão Nacional de Belas Artes (1957) no verso
SEELINGER, Helios (1878 - 1965) "Amazonas - Norte", o.s.t. - 237 x 127. Assinado, datado 1957, intitulado e localizado Rio no verso
MARQUETTI, Ivan - (1941-2004) - "Paisagem" - Grade, árvores e Pelourinho-Alcantara", ost, 65 x 85 cm. Assinado e datado 1989 CID e no verso assinado, datado, intitulado e numerado 61
TENREIRO, Joaquim (1906-1992). Estante de jacarandá, estrutura em 4 planos. Med. 158 x 208 x 0,32 cm (A x L X P). Reproduzida no livro "do Tenreiro na P. 148/149
Par de vasos de porcelana francesa Vieux paris, ricamente adornado com flores em policromia e douração. Alt. 32 cm
Par de vasos de opalina Baccarat na cor branca decorada com figura feminina alada com pássaro. Alt. 37 cm
SIGAUD, Eugênio (1899 - 1979) "Estivadores em Demolição", o.s.chapa de madeira industrializada - 34 x 45. Assinado e datado 1973 cid e verso
VAN DIJK, Wim (1915 - 1990) "Flores de primavera", o.s.t - 55 x 47. Assinado cie e no verso e datado 1988
MARQUETTI, Ivan (1941 - 2004) "Dalias", o.s.t. - 50 x 38. Assinado e datado 1982 cid e verso AGOSTINELLI, Mário (1915 2000). Escultura de bronze representando coruja. Assinado. Alt. 49 cm
Sergio Rodrigues "Poltrona Oscar Niemeyer". Estrutura em jacarandá, assento e encosto em palhinha natural e braços esculpidos em desenho anatômico. Med. 80 x 65x 65 cm (A x L X P)
Sergio Rodrigues - "Sofá Mole". Estrutura em jacarandá torneada com travessas que permitem a passagem de percintas em couro apoio o almofadão do assento, encosto e dos braços unidos numa peça só. Med. 75 x 200 x 100 cm (A x L X P)
Visite o site: www.robertohaddad.com.br
E-mail: haddad@robertohaddad.com.br
AGOSTINELLI, Mário (1915 2000). Busto feminino de bronze dourado. Assinado. Alt. 50 cm
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8 - Junho de 2012
Fundação Iberê Camargo: abertura de três exposições em junho Jaime Acioli
Fábio Del Re/Vivafoto
partir de 14 de junho, a Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, renova todo o seu espaço expositivo ao abrir as exposições Ione Saldanha: O Tempo e a Cor, Tomie Ohtake - Pinturas Cegas e O "outro" na Pintura de Iberê Camargo. O período de visitação será de 15 de junho a 12 de agosto de 2012 para as duas primeiras, estendendo-se até março de 2013 para a mostra sobre Iberê.
A
Ione Saldanha Passados dez anos da morte de Ione Saldanha, a Fundação recupera o legado desta importante artista. Nascida em Alegrete, no Rio Grande do Sul, Ione passou a maior parte da vida no Rio de Janeiro, onde faleceu em 2001, deixando uma obra conservada nas principais instituições e coleções brasileiras. Em seu extenso catálogo, os trabalhos denunciam uma experimentação constante com suportes e materiais, mas a sua sensibilidade apurada no emprego da cor, uma influência do pintor Alfredo Volpi, está presente em todos. Ione Saldanha: O Tempo e a Cor é composta por quase 70 obras, entre desenhos, estudos, pinturas e objetos tridimensionais que estarão dispostos no terceiro andar do museu. Eles refazem o percurso artístico de Ione desde o seu período formativo até a produção derradeira, nos anos 90. A partir das figuras e fachadas realizadas nos anos 40 e 50, a disposição cronológica das obras permite ao visitante perceber como as pinturas vão se tornando mais geométricas e complexas do ponto de vista da forma e da cor até o momento em que adquirem caráter abstrato. Ao final da década de 60, Ione abandona a superfície bidimensional e pinta cuidadosamente sobre ripas, bobinas, e bambus. O maior volume de obras na exposição data da década de 1960 até os anos 80, quando Ione atinge a maturidade poética. O curador da retrospectiva, Luiz Camillo Osorio, comenta o trabalho da artista: "Sua obra consegue combinar o rigor formal da tradição concreta com a experimentação constante de novos materiais e suportes, sem abrir mão, entretanto, da dimensão lírica da cor. Trata-se, portanto, de uma artista que viveu de dentro a passagem do período moderno para o contemporâneo".
Tomie Ohtake O quarto andar da Fundação Iberê Camargo recebe Pinturas Cegas, o resultado de uma experiência na qual a artista Tomie Ohtake, nascida no Japão e naturalizada brasileira, decide pintar uma série de quadros com os olhos vendados. As telas, produzidas entre 1959 e 1962, nasceram de um questionamento da artista a respeito do seu saber pictórico e do aprofundamento de sua pesquisa em questões óticas e oftalmológicas. Com as pinturas fora do seu campo de visão, Tomie estava livre para engajar-se na experiência e concentrar-se em outras for-
Acima, Iberê Camargo - “autorretrato” - OST 1943. Ao lado, Ione Saldanha - “Casas Verdes” OST - 1953
mas de perceber a sua arte, como a importância do gesto e da intuição. Ela também trabalhou questões centrais que permeiam o conjunto de sua obra, como a contraposição do acaso à intencionalidade, o diálogo com o tempo, e elementos provindos da cultura Zen japonesa. Para compor a mostra, exibida pela primeira vez no Instituto Tomie Ohtake entre 13 de abril e 19 de junho de 2011, o curador Paulo Herkenhoff se lançou a desafiadora tarefa de reunir cerca de 30 obras provenientes de acervos e coleções particulares espalhadas pelo Brasil. Dessa maneira, a exibição representa a primeira oportunidade de acesso a esta série realizada há mais de 50 anos.
Iberê Camargo A mostra O "Outro" na Pintura de Iberê Camargo busca alargar o entendimento do público a respeito da obra do artista ao colocar em evidência uma faceta desconhecida do seu trabalho. Para tanto, a curadora Maria Alice Milliet recupera o verso da imagem que o grande público tem de sua pintura, "esse rio de águas turvas", conforme ela coloca. Um total de 73 obras estarão à mostra no segundo andar do museu, entre pinturas (31), desenhos (14) e gravuras (28) integrantes do acervo da Fundação Iberê Camargo e de importantes instituições brasileiras. Em sua maior parte, os trabalhos datam de década de 1940 e 50, talvez o período menos estudado da obra do artista. Ao contrário da tinta espessa e sombria pela qual Iberê se tornou conhecido, os trabalhos expostos mostram uma certa limpidez e luminosidade. Seus temas incluem as vielas silenciosas do
bairro carioca de Santa Tereza, os célebres carretéis e ainda garrafas que sugerem uma aproximação com obras do italiano Giorgio Morandi. "A exposição apresenta, sobretudo, paisagens e naturezas mortas e algumas obras de 1961, que já são escuras. Mas o que eu pretendo enfatizar é o lado claro de Iberê. O equilíbrio, e não a angústia", explana Maria Alice. Essa duplicidade do artista está expressa na escolha de dois autorretratos, ambos sem título: o quadro de 1943 apresenta um Iberê de olhar incisivo pintado em tons de azul sobre uma superfície lisa e de composição bastante equilibrada, enquanto o de 1946 figura um Iberê inquieto, envolto por formas geométricas, e pinceladas de tinta pastosa em tons de amarelo e vermelho. As obras mais recentes da exposição são integrantes da série Fiada de Carretéis e datadas de 1961. Nelas, os tons escuros predominam e sinalizam ao visitante a agitação das grandes telas que Iberê viria a pintar posteriormente. SERVIÇO Exposição Tomie Ohtake - Abertura: 14 de junho. Visitação: De 15 de junho a 12 de agosto de 2012 Exposição Ione Saldanha - Abertura: 14 de junho. Visitação: De 15 de junho a 12 de agosto de 2012 Exposição Iberê Camargo - Abertura: 14 de junho. Visitação: De 15 de junho a 10 de março de 2013 FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO Horário: Terça a domingo, das 12h às 19h e quinta, das 12h às 21h. Endereço: Av. Padre Cacique, 2.000. Porto Alegre Entrada Franca - Tel: 3247.8000. Site: www.iberecamargo.org.br
A RELÍQUIA
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10 - Junho de 2012
A RELÍQUIA
Os lojistas do 2º pavimento, representados por Ede Lamar Carvalho, parabenizam A Relíquia pelo seu 14º aniversário, e pela abertura da sucursal do Jornal no Shopping Cidade Copacabana.
Rua Siqueira Campos, 143 - 2° piso (entrada também pela Figueiredo Magalhães). Aberto diariamente das 10:00 às 22:00h Estacionamento pela Figueiredo Magalhães 598. Tel: (21) 2255-3461. www.shoppingdosantiquarios.com.br
A RELÍQUIA
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ONZE DINHEIROS Escritório de Arte
Leilões Residenciais Paulo Roberto de Souza e Silva e Francisco Eduardo de Oliveira Pereira da Cunha
Onze Dinheiros parabeniza A Relíquia pelos 14 anos de serviços prestados ao mercado de arte
Rara escultura representando COMÉRCIO. Fábrica Devezas Portugal, séc. XIX
Rua Siqueira Campos, 143 - S/L. 144/145/146 Cep. 22031-070 - Copacabana - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (021) 2256-1552 - Fax: 2523-9489 - Cel.: 9994-7394 email: onzedinheiros@uol.com.br www.onzedinheiros.com.br
A RELÍQUIA
12 - Junho de 2012
By Pedro Scherer
O MAIS CARIOCA 56 ANOS
SCHERER ANTIQUES 18
DOS ANTIQUÁRIOS
Paulo Scherer
ANOS
A SNOB ANTIGUIDADES E A SCHERER ANTIQUES AGORA ESTÃO JUNTAS. TRADIÇÃO E ESTILO EM DOSE DUPLA. Compra e venda Shopping dos Antiquários - Rua Siqueira Campos, 143 - 2º Piso, Lojas 110 e 111 CEP: 22.030-070 - Copacabana - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (021) 2549-9335 - Telefax: 2256-2032 - Cel.: 9913-5849
Snob Antiguidades, Scherer Antiques e A Relíquia se misturam como um abraço entre apreciadores de Arte que se gostam.
Parabéns A Relíquia pelos 14 anos passando cultura para todos.
A RELÍQUIA
Junho de 2012 - 13
NOSSO PRÓXIMO LEILÃO SERÁ REALIZADO NOS DIAS 20, 21, 27 E 28 DE JULHO DE 2012. EXPOSIÇÃO NO LOCAL A PARTIR DE 30 DE JUNHO DE 2012.
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A RELÍQUIA
14 - Junho de 2012
Forster Galeria de Arte Rua Siqueira Campos, 143 s/loja 126 Copacabana - Rio de Janeiro - Brasil
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MARTHA BURLE ESCRITÓRIO DE ARTE
Consultoria e avaliações
Tel.: (21) 2236-1338 / (21) 9811-5136 NOVO ENDEREÇO Siqueira Campos, 143 - Lojas 71 e 72 - 2º Piso - Varanda e-mail: marthaburle@gmail.com
A RELÍQUIA
Junho de 2012 - 15
Galeria de Artes Veridiana convida para seu III leilão em Teresópolis
Estrada União Indústria 10.885 Itaipava - Petrópolis - RJ Tel. 24-2222.6879 / 9996.6493 petitgarage@petitgarage.com.br www.petitgarage.com.br
Magnífico Aubusson digno de museu, palácio ou sua propriedade medindo 337 x 260 cm = 876 cm² EXPOSIÇÃO: Dias 21 a 24 de Junho de 2012, das 11:00 às 20:00 horas
200
LEILÃO: Dias 29 e 30 de Junho (sexta-feira e sábado) a partir das 20:00 horas LOCAL: Av. Presidente Roosevelt, 966 Barra do Imbuí - Teresópolis - RJ
150
go Catálo partir l íve a dispon junho 20 de do dia
400
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Tels.: 21-2641.9081, 21-8889.2147 21-9765.5188, 24-9994.6493 mariapia@mariapia.lel.br www.mariapia.lel.br www.veridianagaleriadeartes.com.br veridianagaleriadeartes@hotmail.com 280
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www.portaldotempoantiguidades.com.br portaldotempoantiguidades@hotmail.com
A RELÍQUIA
16 - Junho de 2012
Fabergé nos EUA A rivalidade entre os Estados Unidos da América (EUA) e a hoje extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, URSS (1922-1991), o afastamento cultural e os conflitos da Guerra Fria (1945-1991), nada disso impediu que os norteamericanos se apaixonassem pela arte de Peter Carl Fabergé (1846-1920). Durante mais de cem anos, colecionadores norteamericanos gastaram fortunas e empenharam-se em adquirir, em qualquer lugar do mundo, peças da joalheria Fabergé. O gênio extraordinário de Peter Carl Fabergé e a inexcedível arte dos objetos feitos em suas oficinas exerceram sempre especial apelo, também, para norte-americanos visitantes de museus. O caso de amor entre o público norte-americano e a arte de Fabergé foi primeiramente documentado por Christopher Forbes em 1987, e depois por Saul Schaffer em 1994, ambos conectados, atentos a exposições no exterior da arte de Fabergé. Milhares de pessoas fizeram fila para apreciar "Fabergé in America", a última grande exposição itinerante realizada nos EUA, exibida nos seguintes museus, nesta ordem: Metropolitan Museum of Art (New York, NY), Fine Arts Museums of San Francisco (San Francisco, CA), Virginia Museum of Fine Arts (Richmond, VA), New Orleans Museum of Art (New Orleans, LA), The Cleveland Museum of Art (Cleveland, OH). A mostra foi organizada pelas instituições de São Francisco e de Virginia (esta última guarda a grande coleção de Lílian Thomaz Pratt formada durante os anos de 1930 a 1940). A exposição "Fabergé in America" representou um marco incomparável de cooperação entre os museus participantes. "Fabergé in America" foi a primeira exposição representativa dedicada aos extraordinários objetos de arte, prata e joias trabalhados pelo ourives e joalheiro russo Peter Carl Fabergé, e acumulados por colecionadores norte-americanos em mais de um século. Além de focar a arte dos objetos de Fabergé, essa exibição fomentou a história social do colecionismo dos EUA em relação à crescente fascinação
Ovo de Páscoa imperial Catarina a Grande. Ouro, diamantes, pérolas, esmalte. Alt. 11 cm. Presente de Nicolau II à sua mãe. 1914. Hillwood Museum, Washington, D.C
pela arte do período da Rússia imperial. Observadores e o público em geral puderam acompanhar a interação entre colecionadores norte-americanos e a arte de um dos maiores joalheiros de todos os tempos. "Fabergé in America" exibiu algumas das coleções mais importantes do mundo, reunidas por norte-americanos atraídos pela beleza do material e, também, pela permanente aura da família imperial russa que primeiramente patrocinou esse mestre joalheiro. Todos aqueles que puderam ver os objetos dessa exposição, formada por um grande grupo de coleções norte-americanas públicas e privadas, tiveram a possibilidade de relatar o prazer e o orgulho de buscar objetos tão primorosos. A mostra "Fabergé in America" procurou examinar sistematicamente a história do colecionismo norte-americano e apresentar a arte de Fabergé vista pelo olhar de cada geração e de cada colecionador.
Outras exposições A Arte da Rússia imperial na época dos dois últimos czares cativou a imaginação do público por muitas décadas. Esse interesse pela opulência, pompa e esplendor da Rússia czarista foi am-
Ovo de Páscoa Imperial de Pedro o Grande. Ovo: Ouro, platina, diamantes, rubis, esmalte, bronze, safira, aquarela, marfim, cristal de rocha. Suporte: Ouro e safira. Alt. 15,2 cm. Presente de Nicolau II à czarina Alexandra, 1903. Virginia Museum of Fine Arts
Ovo de Páscoa Imperial Napoleônico - Ouro, esmalte, diamantes, platina, marfim, veludo e seda. Alt. 11,5 cm. Presente do czar Nicolau II para sua mãe. New Orleans Museum of art
plamente demonstrado pelo sucesso de exposições pioneiras, como "Treasures from the Kremlin", realizada no Metropolitan Museum of Art, New York (NY), em 1979; uma exposição similar, que atraiu cerca de 500.000 visitantes, foi realizada em St. Petersburg (FL), em 1995, e "Catherine the Great: Treasures of Imperial Rússia from the State Hermitage Museum, Leningrad", foi uma exposição realizada em Memphis, Dallas (TX) e em Los Angeles, California (CA) em 1991. A única mostra substancial de Fabergé nos EUA desde os anos de 1960 ocorreu em New York (NY), em 1983, com exposições paralelas realizadas no Smithsonian Cooper-Hewitt, National Design Museum e A La Vieille Russie, ambos em New York (NY). No oeste, em San Francisco (CA), uma única apresentação data de 1964. Peças selecionadas da coleção Matilda Geddings Gray Foundation de New Orleans, Louisiana (LA), e a própria coleção da Forbes Magazine percorreram o país desde 1972. Algumas poucas exposições realçaram específicos aspectos da arte de Fabergé, tais como "Fabergé: The Imperial Easter Eggs" (San Diego, CA, 1989) e "The World is Fabergé: Russian Gems and Jewels" (Houston, TX, 1994). Essas exposições chamaram a atenção do público, mesmo porque realizaram muitas chamadas na mídia. O filme 007 Contra Octopussy (Octopussy, 1983), com o agente James Bond, mostra um ovo imperial de Páscoa feito por Fabergé, e um Fabergé de Páscoa exibido em Oshkosh (WI), atingiram o pico de notoriedade em 1983. > > >
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Moldura de relógio - quartzo, prata, ouro, diamante, safira e marfim. Miniatura do príncipe Albert de Sachsen-Altemburg, dat. De 1891. Doada à Czarina Alexandra Feadorovna. Altura: 20 cm. Acervo New Orleans Museum of art
Fotos: Reproduções
Ovo de Páscoa Imperial (Cáucaso). Ouro, prata, platina, esmalte, diamante, pérolas, cristal de rocha e marfim. Alt. 8,7 cm. Presente do czar Alexandre III para sua mulher, czarina Maria Feodorovna (1893). New Orleans Museum of art
Relógio em forma de globo Quartzo, prata, ouro, esmalte e vidro. Alt. 10 cm. New Orleans Museum of art
O grande número de simpósios, livros, artigos, conferências, leilões e exposições dedicadas a Fabergé revela a clara preferência pela sua arte acima de todos os outros joalheiros, com exceção, atualmente, talvez da Tiffany & Co. A realização da exposição "Fabergé in America" foi bastante influenciada pelo sucesso da mostra "Fabergé: Joalheiro Imperial" (1993-94), por sua vez apoiada pela Unilever/Fabergé Co. (proprietária da marca Fabergé) e coorganizada pela Fabergé Arts Foundation de Washington (DC) e de São Petersburgo (Russia), e pelo State Hermitage Museum, em São Petersburgo (Rússia).
As coleções Embora muitas transações permaneçam obscuras, está documentado quando e como começaram as aquisições das peças da joalheria Fabergé por parte dos colecionadores norte-americanos. O interesse pelos maravilhosos objetos de Carl Fabergé data de antes de 1900, quando o milionário Henry C. Walters, de Baltimore (MD), visitou São Petersburgo (Russia). Seu interesse foi seguido pelos de Consuelo Vanderbilt, em 1902, e de John Pierpont Morgan (J. P. Morgan), em 1905. Pessoas da alta sociedade e suas famílias continuaram a adquirir peças de Fabergé, em grande quantidade, de uma firma de Londres, até o final de 1917. Os ovos de Páscoa não ficaram restritos só à família imperial. Pequenos e charmosos ovos-surpresa podiam ser encontrados nas cinco lojas Fabergé, junto a outros objetos suntuosos, e qualquer viajante que fosse à Rússia poderia comprá-los. Fabergé também participou da Exposição Universal de Paris (1900), onde exibiu para que o mundo visse, pela primeira vez, todos os Ovos Imperiais que ele havia feito, juntamente com uma seleção
Taça dupla de casamento. Ouro. Alt. 10 cm. Col. A La Vicille Russie, New York
representativa de seus outros artigos. O efeito que Fabergé causou na ourivesaria europeia foi "elétrico". Ele foi unanimemente nobilitado Maître e condecorado com a Légion d'Honneur (Legião de Honra). O nome da ourivesaria russa tornou-se internacionalmente conhecido e respeitado. Dali em diante, Fabergé teria uma história de sucesso contínuo e expansão dos negócios. Além de entregar anualmente Ovos de Páscoa com os quais o czar presentearia a czarina e também a mãe do czar, Fabergé era requisitado a produzir peças para que o rei Edward VII (1841-1910), da Inglaterra, pudesse presentear a rainha Alexandra Feodorovna (1798-1860), irmã de Marie (1847-1928), todos os anos, no aniversário da rainha . Entre os vários e influentes protetores da Casa Fabergé, independentemente dos nobres, deve ser feita uma menção às famílias Youssoupoff, Kelch e Nobel, para as quais, juntamente com muitas de suas belas peças, Fabergé trabalhou muitos Ovos de Páscoa tão originais e adoráveis quanto os imperiais. No período de 1920 a 1950, depois da Revolução Russa (1917), membros da família imperial e da nobreza trouxeram para os EUA seus tesouros salvaguardados, incluindo muitos objetos de Fabergé. Estes eram usados como moeda e presentes, e muitos foram passados adiante como herança. O interesse pela refinada arte russa foi estimulado no início dos anos de 1930, quando Aimand e Victor Hammer (1901-1985) astuciosamente comercializaram seus tesouros russos, a princípio por meio de lojas de departamentos e, posteriormente, nas Galerias Hammer. Foi assim, através dos Hammers, e de Alexandre e Ray Schaffer, de "A La Vieille Russie", que as grandes coleções de Fabergé foram formadas, inclusive as de Matilda Geddings Gray, Margorie Post e Lílian Thomas Pratt. Conclui na página seguinte
Ovo de Páscoa Imperial (pelicano). Ouro, diamante, esmalte, pérolas, marfim, pintura. Alt. 12,7 cm Presente do czar Nicolau II a czarina, 1897. Virginia Museum of Fine Arts
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Conclusão da página anterior Dois dos netos de FaPáscoa foram convobergé, ambos filhos de cados a basear suas seu filho Alexander, escomposições em temas tavam entre os russos de guerra. Os designers que se estabeleceram da Rua Morskaya, sem nos EUA. Alexander equipamentos para rea(1912-1988) nasceu em lizar tais peças, naveMoscou, e Irina (1925gando em águas pouco 1987), nascida em Pafamiliares, rapidamente ris, casou-se com sucumbiram; antiestétiMorgan Arthur Gunst ca e desastrosa, essa em 1947, e fixou-se na queda pode ser verificaCalifórnia em 1950. da nos Ovos da Cruz Os colecionadores Vermelha de 1916. norte-americanos tamEra a batida da meiabém adquiriram peças noite para a Casa Fabergé, de Fabergé em leilões, e tendo o sino soado uma tanto na Europa covez, a aurora do dia semo nos EUA. Preguinte não encontraria temços recordes espepo ou lugar para a magia taculares foram que irradiara com tanto suatingidos: um cesso ao longo dos norte-americano anos. Quando os copagou U$ 3,19 munistas tomaram o controle dos negómilhões em NoOvo de Páscoa imperial da Coroação. Ovo: ouro, esmalte, cios privados, o va Iorque, EUA, diamantes, veludo. Alt. 12,5 cm. Carruagem: ouro, platina, em 1992, por um esmalte, diamantes, rubis, cristal de rocha. Alt. 7,5 cm. Presente próprio Fabergé teMoldura de coluna Taça de champanhe. ria pedido, com sua ovo de Páscoa do czar Nicolau II para a czarina Alexandra Feodorovna, 1897. imperial. Ouro, diamante, Vidro e ouro. Alt. 18 Acervo Forbes Magazine Collection, New York característica falta imperial, e outro marfim e pintura com cm. Proveniente da de cerimônia, o fa- Hommer Galeries, New norte-americano miniatura de Nicolau II. Alt.15,6 cm. Presente da Uork. Virginia Museum vor de "dez minupagou U$ 5,5 czarina Alexandra ao czar of Fine Arts milhões em Gene- no catálogo da coleção. Logo após a Revolução tos para vestir o chapéu em 1907. bra, Suíça, em 1994, Russa (1917), Malcolm (Stevenson) Forbes (1919- e o casaco". Peter Carl por um ovo de 1990) comprou duas das mais importantes cria- Fabergé morreu em Lausanne (Suíça) em 1920, 1913. Várias peças da Casa Fabergé passaram por ções dos Ovos de Páscoa Fabergé: os Ovos da Co- exilado tanto de seu país quanto de seu trabalmãos de vários proprietários, incluindo personali- roação e dos Lírios do Vale. Outras peças cria- ho. Segundo a família, ele morreu de tristeza. dades como J. P. Morgan, Rei Farouk, Dr. Ar- das pela Casa Fabergé encontram-se em museus e mand Hammer e o presidente norte-americano F. nas mãos de colecionadores particulares, todas A Relíquia já publicou a história de Fabergé e do Ovo de D. Roosevelt. No início de 1960, J. P. Morgan co- elas guardadas como preciosidades, com alto vaPáscoa na edição extra de agosto de 1994. meçou a adquirir as obras-primas de Fabergé e lor de mercado. Colaboraram: Litiere C. Oliveira e Lia Malcher (New York). sua coleção foi inaugurada em 1967, para comemorar o aniversário da Fundação Forbes Maga- O fim Fonte: New Orleans Museum of art, Cleveland Museum of Com o ano de 1914, veio a Primeira Guerra zine. Outras instituições, como o Museu MetroArt, Virginia Museum of Fine Arts, Hillwood Museum, politano de Nova Iorque, adquiriram algumas Mundial (1914-1918). Ao primeiro golpe de reaWashington, D.C., Forbes Magazine Collection, New York, La dessas peças, como o Ovo do 15º Aniversário , o lidade do mundo exterior, o encantamento de FaVicille Russie e catálogo da exposição "Fabergé in America" Ovo da Cruz de São Jor- bergé se perdeu. A Revolução, quando explodiu, - Géza von Habsburg (Fine Arts Museums of San Francisco). ge, o Primeiro Ovo finalmente levantou as cortinas, mas o coup de e o Ovo da grâce já havia sido distribuído. As oficinas eram Ressurreição, cada vez mais usadas para a manufatura de pepeças que quenas armas e suprimentos médicos, e centenas se encon- de trabalhadores eram necessários para esse fim tram in- em Moscou e São Petersburgo. Até mesmo os arcluídas tesãos imbuídos de fazer os Ovos Imperiais de
Ovo de Páscoa imperial Cruz Vermelha. Esmalte, prata, ouro, pérola, pintura, marfim. Alt. 8 cm. Presente de Nicolau II à sua mãe, 1915. Virginia Museum of Fine Arts
Caixa. Jade, ouro e marfim. Diâm. 10 cm. Acervo Hillwood Museum, Washington, D.C
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Rio+20 no Shopping Cidade Copacabana Felicidade: novos indicadores para o desenvolvimento
E
ste evento, que integrará as atividades da Rio +20, será realizado no Shopping Cidade Copacabana, no Rio de Janeiro, em 19 de junho de 2012, de 10 às 17 horas. O Seminário FIB (Felicidade Interna Bruta), acontecerá no Theatro Net e o shopping cedeu, através de sua síndica Ede Lamar Carvalho, espaço para o brunch e coffee, além de apoio para a facilitar o fluxo de convidados. O Seminário FIB é idealizado pelo CIEDS e pelo Instituto Visão do Futuro, cujo trabalho de ambos em responsabilidade social e sustentabilidade
já é bastante conhecido no Rio e no Brasil. O Seminário visa sensibilizar a sociedade para a importância da felicidade e o bem estar como indicadores de um desenvolvimento que de fato seja sustentável. O conceito FIB foi criado no Butão e tem se destacado com medidas não monetarizadas de desenvolvimento. A abertura do evento será feita por Paul Singer, Secretário Nacional de Economia Solidária e já estão confirmados os speakers: Susan Andrews- psicóloga e antropóloga formada pela Universidade de Har-
vard (EUA) e doutora em Psicologia Transpessoal pela Universidade de Greenwich (EUA) e fundadora do Instituto Visão do Futuro; Karma Ura - Mestre em Política, Filosofia e Economia pela Universidade de Oxford, Inglaterra, vice-presidente do Conselho Nacional do Butão e presidente do Centro para os Estudos do Butão fundado pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD); John Helliwell - Professor Emérito de Economia pela University of BritishColumbia, Canadá, pioneiro na incorporação de bem-estar em modelos econômicos.
Do Butão para a Rio+20 O Butão é um pequeno reino, com cerca de 700 mil habitantes, encravado no Himalaia Oriental, entre a China e a Índia. Sua capital é a bela cidade de Thimphu (certamente o lugar mais tranquilo do mundo), situada há mais de 2.500 m acima do nível do mar. A lei maior que rege o país é Ser Feliz. O Butão é um dos lugares culturalmente mais preservados da Ásia e extraordinário em diversos aspectos. Um desses aspectos, com certeza único no mundo, é que, apesar do tamanho, demografia e relativo isolamento, o país é assunto de pesquisa em grandes Universidades do mundo, como Harvard, Oxford, etc. E a causa é um índice chamado FIB Felicidade Interna Bruta. O FIB foi criado na década de 1970 por Jigme Singye Wangchuk, pai do atual rei do Butão (Jigme Khesar Namgyel Wangchuck). É um índice muito peculiar que, por meio de um intrincado cálculo, identifica os elementos básicos que determinam aquilo que vai proporcionar o bem-estar da população. O conceito de FIB baseia-se no princípio de que o verdadeiro crescimento de uma sociedade humana surge quando o desenvolvimento espiritual e material são simultâneos. Os pilares do FIB são: 1 - promoção de um desenvolvimento socioeconômico sustentável e
Festival religioso Tsechu em Thimpu
O Rei do Butão Jigme Khesar Namgyel Wangchuck
igualitário; 2 - preservação e a promoção dos valores culturais e espirituais; 3 - conservação do meio-ambiente natural; e 4 - o estabelecimento de uma boa governança. Os dirigentess do país acreditam que o cálculo do progresso deve levar em conta não apenas as riquezas materiais, mas sim o bem estar do povo . A ideia e implementação do FIB assinalou o compromisso do monarca de construir uma economia adaptada à cultura do país, baseada nos valores espirituais budistas. (Colaborou Maria Helena Avena)
Punakha Dzong - construção típica do Butão.
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Destaques
Por Litiere C. Oliveira
Caravaggio e seus seguidores Integrando a programação do Momento Itália-Brasil 20112012, a Casa Fiat de Cultura apresenta a exposição Caravaggio e seus seguidores que reúne, pela primeira vez no Brasil, um conjunto de 21 obras, sendo 7 pinturas de Michelangelo Merisi da Caravaggio (15711610) e as demais de grandes mestres, seguidores do artista os chamados "Caravaggescos". Trata-se da exposição com o maior número de obras do grande precursor do barroco europeu já realizada na América do Sul. Das obras produzidas durante seus 39 anos de vida, apenas 62 chegaram aos nossos
dias. Caravaggio revolucionou a arte de seu tempo por meio da técnica chiaroscuro, que utiliza as luzes e sombras gerando dramaticidade às cenas retratadas. A curadoria da mostra é dos italianos Rosella Vodret, diretora do Polo Museale, em Roma, do professor Giorgio Leone e do crítico de arte e museólogo brasileiro, Fábio Magalhães. Até o dia 15 de julho, na Casa Fiat de Cultura (Rua Jornalista Djalma Andrade, 1.250 - Belvedere, Belo Horizonte). Depois a exposição vai para São Paulo.
Fundação Iberê Camargo é premiada Em menos de um mês, a Fundação Iberê Camargo foi premiada duas vezes. A primeira chegou com a exposição de Torres García, eleita a melhor de 2011 pela a Associação Brasileira de Críticos de Arte; no final do mês passado, a Fundação recebeu mais um reconhecimento, desta vez pelo Programa Ateliê de Gravura, vencedor na categoria Gravura do 6º Prêmio Açorianos de Artes Plásticas, pro-
movido pela Secretaria da Cultura de Porto Alegre. Realizado há mais de dez anos, o Programa guarda registros de alguns dos maiores nomes das artes plásticas do país, como Amilcar de Castro, Arthur Piza, Iole de Freitas, Jorge Macchi, Leon Ferrari, Maria Bonomi, Nelson Felix, Tomie Ohtake, Waltercio Caldas e Xico Stockinger.
Goeldi em dose dupla O Museu de Arte Moderna de São Paulo abre suas portas no dia 14 de junho com duas exposições sobre Oswaldo Goeldi (1895-1961). No seu salão principal abriga "Oswaldo Goeldi: Sombria Luz" com a curadoria de Paulo Venâncio Filho, e na sala Paulo Figueiredo apresenta "O Ateliê de Oswaldo Goeldi", com curadoria de Lani Goeldi. O artista nasceu e faleceu no Rio de Janeiro e passou por cidades como Belém e Zurique, onde aprimorou suas técnicas. Goeldi foi desenhista, ilustrador, professor e gravador. Ficou famoso por suas gravuras e desenhos que retratam o universo existencial,
a paisagem noturna e sonhos e pesadelos. Ganhou vários prêmios, entre eles o Prêmio de Gravura da 1ª Bienal Internacional de São Paulo e o Prêmio Internacional de Gravura da II Bienal Americana do México. Retorna agora ao Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, onde em 1956 foi realizada também uma exposição de seus trabalhos. Sua obra já participou de mais de uma centena de exposições póstumas no Brasil, Argentina, França, Portugal, Suíça e Espanha. Ficam em exposição até o dia 19 de agosto.
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Costa Verde II A vernissage da exposição Costa Verde II, do artista Antonio Geraldo Barrozo do Amaral (Duca), acontece no dia 14 de junho, na Casa de Cultura de Itaguaí - RJ. Antonio Geraldo está catalogado no dicionário Brasileiro de artes plásticas de Roberto Pontual. Os traços do artista plástico Duca, hoje com 64 anos, parecem firmes como se ele ainda fosse o garoto de 15, que pintava com aquarela. Depois de ver a carreira deslanchar ao expor na Feira Internacional de Nova York, em 1964, e de participar de importantes salões no Brasil e no exterior, ele se prepara para mostrar ao público o seu estilo, o fantástico, em uma nova roupagem.
Exposição Amazônia Ciclos da Modernidade Com curadoria de Paulo Herkenhoff, o CCBB-Rio - Centro Cultural Banco do Brasil abre a Exposição “Amazônia - Ciclos da Modernidade”, que 'conta' a história da Amazônia a partir da produção artística. Com 300 obras e ocupando dez salas, a mostra apresenta um retrato da região. Os objetos expostos compreendem o século XVIII, passando pelo Iluminismo, ciclo da borracha, modernismo e a contemporaneidade. Uma das salas é ocupada com objetos da coleção de etnografia do Museu Paraense Emílio Goeldi, considerado um dos centros básicos da cultura do País.
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ArtRio 2012
O Rio é arte. O tempo todo. Em toda parte Sergio Greif
segunda edição da ArtRio Feira Internacional de Arte Contemporânea do Rio de Janeiro, vem com uma programação fora de série. O tema é: "O Rio é arte. O tempo todo. Em toda parte". O ápice é a feira que quase dobra de tamanho e acontece de 12 a 16 de setembro, ocupando os galpões 2, 3 e 4 e o anexo 4 do Píer Mauá, abrangendo uma área total de 6.200 metros quadrados. Participam desta edição 120 galerias, sendo 60 internacionais. Em coletiva de imprensa realizada no Parque Lage, os organizadores informaram que aguardam 60 mil visitantes e esperam movimentar R$ 150 milhões. Porém, além da feira, os idealizadores Brenda Valansi, Elisangela Valadares, Alexandre Accioly, e Luiz Calainho, pretendem dar início a um movimento de arte. E para isso fizeram roteiros de circuitos artísticos, criados por convidados Vik Muniz, Oskar Metsavaht, Marcio Botner, Luiz Camillo Osório e pelo Prefeito Eduardo Paz. Também terão programas no rádio e parce-
A
Na foto os sócios da ArtRio - Luiz Calainho, Alexandre Accioly, Elisangela Valadares e Brenda Valansi, o Presidente do Bradesco Jorge Nasses e o Diretor da área de Varejo do Bradesco - Aurelio Guido Pagani
rias com museus e espaços expositivos. Tudo isso para valorização da arte e a confirmação do Rio de Ja-
neiro entre as cidades mais criativas do mundo ao lado de Paris, NY e Londres. No dia 29 de maio hou-
ve lançamento do site que conta com agenda cultural e os Circuitos projetados. (Por Ana Beatriz Gomes)
Jornal A RELÍQUIA Para Assinar ou Anunciar RIO DE JANEIRO: (21) 2265-0188 SÃO PAULO: (11) 7389-3445 PORTO ALEGRE: (51) 2112-8038
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Andanças e Lembranças Parabéns ao jornal A Relíquia pelo aniversário de 14 anos prestando bons serviços ao mercado de arte.
Objetos de Arte Leilão Residencial - Jardim Botânico
Organização: Andanças e Lembranças Brechó e Objetos de Arte Tels: (21) 2225-1324 / 2262-7876 9842-1747 / 7884-0330 jane.dias@uol.com.br arteflamengo@gmail.com Exposição: Dias 01, 02 e 03 de junho de 2012 Sexta-feira, Sábado e Domingo, das 15:00 às 21:00 h Leilão: Dias 04 e 05 de junho de 2012 Segunda e Terça-feira, às 20:00 h Local do Leilão: Rua Maria Angélica, 460 Jardim Botânico - RJ HUMBERTO DA COSTA - "Sem título" - 1975 - 67 x 50 cm
O leilão terá pregão simultâneo na forma presencial, on-line ou e-mail Informações e lances prévios por telefone ou e-mail Tels: Tels: (21) 2225-1324 / 2262-7876 / 9842-1747 / 7884-0330 Catálogo completo e lances on-line a partir de 28 de maio de 2012 jane.dias@uol.com.br / arteflamengo@gmail.com / levyleiloeiro@msn.com
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Junho de 2012 - 29
Administração: Associação de Antiquários do Estado de São Paulo - AAESP End.: Rua André Saraiva, 584 - Vila Sônia - CEP. 05626-001 - São Paulo - S.P Tel.: (11) 3253-6382 Fax: (11) 3251-4210 (Seg á Sex das 09:00h ás 18:00h) Site.: www.aaesp.art.br - E-mail: associação.antiquarios@aaesp.art.br
Feira de Antigüidades do Shopping Cassino Atlântico 16 Anos ANTIGÜIDADES - BIJUTERIAS - PRATARIAS - MURANO PORCELANAS - ESCULTURAS - PINTURAS - CRISTAIS TAPETES ARTESANATO BRASILEIRO - COMIDAS TÍPICAS TODOS OS SÁBADOS DAS 11:00H ÀS 19:00H Av. Atlântica, 4240 - também com acesso pela Av. N.S. de Copacabana, 1417 e Rua Francisco Otaviano, 20. Garagem: entrada pela N.S. de Copacabana
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Junho de 2012
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C O M U N I C A D O Depois de anos como representante de A Relíquia, em São Paulo, Jair Marcos Vieira deixa o jornal para se dedicar a outras atividades que ele - paralelamente - já exercia. Músico de formação, Jair foi membro de uma banda de rock chamada "Fellini" e, depois, com a extinção do grupo, montou outra banda de música, "3 Hombres", que está em plena atividade, inclusive gravando um CD que será lançado em breve. Outro trabalho de Jair Marcos é na área de assessoria e comunicação. Essas duas ocupações tomam o seu tempo e o impedem de assumir a nova sucursal do jornal que está sendo montada em São Paulo, que nos permitirá manter e melhorar o atendimento aos nossos clientes, assim como manter e melhorar ainda mais a distribuição. Agradecemos e desejamos todo o sucesso a Jair Marcos Vieira.
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Junho de 2012 - 31
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32 - Maio de 2012
Público e boas vendas marcam a SP-Arte 2012 Fotos: Divulgação
ais de 20 mil pessoas visitaram a SPArte - Feira Internacional de Arte de São Paulo, entre 9 e 13 de maio, sendo mais de 7 mil apenas no dia da abertura para convidados. E logo na abertura aconteceu a primeira grande venda: uma das "Spot paintings" de Damien Hirst foi negociada por R$ 1,9 milhão. Mas não foi a obra mais cara. O quadro "Mariposa", da artista carioca Beatriz Milhazes (2004, acrílica sobre tela, 2,49 x 2,49 cm) estava à venda por R$ 5,5 milhões. A obra mais barata na SP-Arte 2012 era uma escultura em vinil, feita em uma série de 1.000 peças, de título "F-120" do artista Edgar de Souza, ao valor de R$ 120,00, cada. Mais de 3.300 obras estiveram à venda nos cinco dias da SPArte 2012, que este ano espalhou-se pelos 3 pisos do Pavilhão da Bienal de São Paulo, somando 15 mil m², onde foram distribuídas 110 galerias, dentre as quais 27 internacionais. Fernanda Feitosa, diretora da SP-Arte, afirmou que "O crescimento da feira é resultado de um trabalho gradativo que atraiu os mais conceituados colecionadores, marchands e artistas plásticos e consolida o Brasil no mapa mundial das grandes feiras. Nossa vocação de ampliar a visibilidade do mercado de arte de forma altamente profissional certamente contribui significativamente para esse panorama". > > >
M
Fernanda e Felipe Feitosa
Bernardo Paz e Olavo Setubal
Gilberto Chateaubriand e Heitor Reis
O antiquário Madson, o colecionador e psicóloco Dr. Dalcir com o leiloeiro Fernando Braga
Ana Elisa e Alfredo Setubal
Patricia Marino e Max Perlingeiro
Litiere C. Oliveira
O antiquário baiano Itamar Musse
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Maio de 2012 - 33 Litiere C. Oliveira
Vera Chaddad do Salão de Arte (esquerda) e Brenda Valansi da ArtRio (acima) prestigiando a SP Arte 2012
Outro fator que contribuiu para o sucesso do evento foi o acordo assinado entre os organizadores do evento e a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. As aquisições feitas durante a mostra ficaram isentas do recolhimento do ICMS, tributo estadual que corresponde a 18% do valor de comercialização da obra. Fernanda também celebrou parcerias que integraram o circuito das artes durante o evento. O visitante desta edição que adquiriu um in-
gresso para o MAM, MASP, MIS e Pinacoteca, a partir de abril, recebeu um convite para visitar a Feira nos dias 10 e 11 de maio. Por sua vez, ao adquirir um ingresso para a SP-Arte, o visitante recebeu gratuitamente uma cartela com ingressos aos quatro museus parceiros, com validade entre 10 e 13 de maio. O objetivo aí foi reforçar a vocação cultural da cidade, promovendo a visitação e a interação entre as instituições parceiras.
Abílio Diniz
Entre o público presente na SP-Arte 2012, além de admiradores da arte, muitos colecionadores, profissionais do mercado, autoridades, celebridades, artistas e empresários, que circularam nas galerias, coquetéis, lançamentos de livros e revistas de arte. A Relíquia distribuiu milhares de exemplares do jornal durante o evento, e fez a cobertura da feira através do blog, face book e twitter, destaca nesta edição alguns dos visitantes ilustres.
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34 - Junho de 2012
44º Grande Leilão Junho de 2012 MAIS DE 300 LOTES EM LANCE LIVRE Quadros, Porcelanas, Cristais, Móveis e curiosidades em geral.
Exposição: 30 de junho e 2 de julho de 2012 Sábado e Segunda-feira das 10 às 19 h
Leilão: Dias 3, 4 e 5 de julho de 2012 Terça, Quarta e Quinta-feira a partir das 17 h
Rua Frei Caneca, 165 e 173 - Centro - RJ Tel: 2509-4149 / 7897-3283 / 2221-5780 / 7938-8228 Email: capadocia173@gmail.com Site: www.capadociantiguidades.com.br CAPTAÇÃO PERMANENTE DE PEÇAS PARA LEILÃO Realização:
Francisco Silveira Orestes Bencardino
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Junho de 2012 - 35
30 anos sem ‘A Explicação’
E
m 2012 se completa 30 anos da reabertura do MAM - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, após o incêndio que destruiu 90% de acervo da instituição, queimando obras de Picasso (Cabeça cubista e um Retrato de Dora Maar), Miró, Salvador Dalí, Max Ernst, René Magritte, Ivan Serpa, Manabu Mabe, entre muitos outros, além de todos os trabalhos de uma retrospectiva de Joaquin Torres García. Inaugurado em 1948, o museu ardeu em chamas no dia 8 de julho de 1978, num incêndio provavelmente causado por um curto-circuito. Após exaustivos trabalhos de restauração, em 1982 o Bloco de Exposições volta a funcionar. Entre 1993 e 2002, o museu recebeu doações de coleções particulares, de artistas, instituições e mesmo de governos, e passou a abrigar, em regime de comodato, a Coleção Gilberto Chateaubriand, com cerca de 4.000 obras, incluindo telas de Cândido Portinari, Di Cavalcanti , Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Lasar Segall, Ismael Nery, Vicente do Rego Monteiro, Pancetti, Goeldi e Djanira, entre outras, que se juntaram a obras que escaparam do fogo, como Mademoiselle Pogany, escultura de Constantin Brancusi de 1920 e Number 16, de Jackson Pollock, de 1950. Uma das obras que não escapou do fogo foi A Explicação, de René Magritte, num incêndio que, ironcamente, até hoje não tem explicação. O quadro de Magritte, que estava na Alexander Iolar Gallery, de Nova York, foi adquirido, em março de 1958, pelo Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, com recursos captados através de doações particulares (entre outras obras importantes compradas naquela época, Niomar Moniz Sodré Bittencourt, então diretora do museu, teve a sensibilidade de incluir A Explicação, que mais tarde exatamente 20 anos depois - foi destruída no incêndio que devastou grande parte do acervo do MAM). Sobre a obra de René Magritte, em 1924 pintou o quadro que ele mesmo considerou o ponto de partida de seu trabalho: uma janela, vista do interior, que se abre para uma mão tentando agarrar um pássaro em pleno vôo. Outra obra, executada pouco depois, representa uma mulher com uma rosa no lugar do coração. O artista criou um repertório de problemas em que se incluem lições de coisas - como afirma S. Alexandrian no livro Surrealismo -, explorando combinações que dão ao familiar um aspecto estranho. Nas telas que, com seus objetivos insólitos, produzem um efeito inquietante, Magritte aplicava os seguintes princípios: a ampliação do pormenor (uma maçã ou uma rosa imensa que en-
apóia-se solidamente no objeto que o inspirou". Sobre esta obra de Magritte, disse André Breton: "Comparar dois objetos tão afastados quanto possível um do outro, ou, utilizando outro método, reuni-los de uma forma brusca e impressionante, continua a ser a tarefa mais elevada a que a poesia pode aspirar".
Museu de Arte Moderna
che totalmente o espaço de uma sala); a associação de complementares (uma folha-pássaro ou uma folha-árvore, uma montanha-águia); a animação do inanimado (um olho numa fatia de presunto); a abertura misteriosa (uma porta aberta para um panorama inesperado); a transformação material dos seres (um personagem de papel recortado, um pássaro de pedra voando sobre os rochedos de uma praia, uma garrafa cujo gargalo se transmuta numa cenoura); e suas surpresas anatômicas (uma mão cujo punho é uma face de mulher). Na linha destas concepções é que se situa seu quadro de 1951, A Explicação, uma natureza-morta que apresenta a fusão de dois objetos bem distintos, quanto à natureza pelo menos: uma garrafa e uma cenoura. S. Alexandrian explica em sua análise: "Magritte soube aproximar dois objetos semelhantes fazendo sobressair suas diferenças, provocando no espectador uma sensação que poderia ser chamada de choque-revelação. Assim, sua pintura, que exclui os símbolos e os mitos, não é uma prospecção do invisível. Ele transmite fielmente o que lhe revela sua observação atenta da realidade. Mesmo quando lhe muda o sentido,
Atualmente, com cerca de onze mil obras, o MAM dispõe de esculturas e pinturas de artistas de renome internacional como Fernand Léger, Alberto Giacometti, Henry Moore, Jean Arp, Barry Flanaghan, Bourdelle, Poliakov, Henri Laurens, Lipchitz e Carlo Carrà. Além da coleção internacional, há um grupo notável de artistas latino-americanos, entre eles Joaquin Torres García, Cruz Díez, Jorge de la Vega, Romulo Macció, Xul Solar, Antonio Seguí e Guillermo Kuitca, além de brasileiros como Bruno Giorgi, Maria Martins, Di Cavalcanti e, naturalmente, representantes do neoconcretismo como Lygia Clark, Helio Oiticica, Franz Weissmann, Amílcar de Castro e Wyllis de Castro. Já em 2005, o Museu de Arte Moderna teve o prazer de receber, em regime comodato, grande parte da coleção do diplomata Joaquim Paiva. A Coleção Joaquim Paiva teve seu início em 1981 quando o diplomata começou a adquirir sistematicamente fotografias brasileiras contemporâneas. No museu estão depositadas aproximadamente 1090 obras que registram o que há de mais representativo na fotografia brasileira de nosso tempo. Desde retratos e paisagens à experimentos fotográficos dos anos 1990. Entre os nomes mais representativos da coleção estão: Pierre Verger com a sua preciosa documentação sobre a cultura afro-brasileira; Geraldo de Barros e seus experimentalismos técnicos; Miguel Rio Branco que busca a intensidade das cores no universo mais dura da realidade brasileira, o fotojornalismo ligado à temática social e bem brasileira de Walter Firmo, a atitude questionadora sobre o ato de fotografar da artista Rosângela Rennó entre outros. Nesse sentido a Coleção Joaquim Paiva representa no toda a qualidade e a pluralidade de trabalhos e tendências que a fotografia contemporânea brasileira pode nos oferecer. Somado a esta coleção por si só impressionante, o Museu de Arte Moderna abriga, ainda, um terceiro conjunto igualmente expressivo, com cerca de quatro mil obras de fotógrafos brasileiros, que compõem um terceiro acervo, adquirido em parte graças a uma doação especial da White Martins. Mas continua, para sempre, sem A Explicação.
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A RELÍQUIA
Teatro Tereza Rachel: Um Palco de História! rojetado em 1958, pelo arOutra Banda (formada por Thoquiteto Henrique Mindlin, maz Improta, Arnaldo Brandão o Teatro Tereza Rachel, loe Vinicius Cantuária). Já a excalizado no Shopping Ciplosão da arte literária, se deu dade Copacabana, no Rio com Secos e Molhados, Raul Seide Janeiro, só foi inaugurado 13 xas e Rita Lee, que manifestaanos depois, em 14 de outubro ram sua talentosa euforia. de 1971, pela atriz que lhe dá o A manifestação da cultura do nome. morro, com o Samba de Raiz, Na ocasião, a cantora Gal veio com Clementina de Jesus e Costa estreou o show "Fa-Tal Cartola, que encantaram a todos Gal a Todo Vapor", em uma com sua simplicidade. E a cultemporada de apresentações que tura do sertão teve vez no Rio seriam registradas no disco ao de Janeiro, a música nordestina vivo. Tereza Rachel também muito bem representada por produziu a montagem da peça Luiz Gonzaga, Alceu Valença, A Mãe, de Stanislaw Witkiewicz, Elba Ramalho, Moraes Moreira após assisti-la na França. Para a e Fagner, que contagiavam o púmontagem, ela trouxe de Paris blico com o embalo da sanfona. o mesmo diretor, Claude Régy. O disco O Canto Jovem de Luiz Teteza Rachel em A interpretação da protagonista Gonzaga, gravado em 1971, refrente ao tetatro lhe rendeu o Prêmio Molière. sultou no show Luiz Gonzaga Em seguida, Tereza produz Tango, de Slawo- Volta Pra Curtir, em março de 1972, no palco mir Mrozek, uma produção ambiciosa, que faz do Teatro. com que a crítica especializada a considere a Lá se apresentaram outros artistas e grupos produtora mais corajosa do Rio de Janeiro. No consagrados como: Ivan Lins, Dzi Croquettes, elenco, além dela, também estavam os atores Gonzaguinha, Turíbio Santos, MPB4, Pepeu GoSérgio Brito, Sadi Cabral e Ary Coslov. mes, Amelinha, Sivuca, Paulinho da Viola, Ney No palco do Terezão, como carinhosamente Matogrosso, Carmem Costa, Zizi Possi, Baby o Teatro é conhecido, vários sucessos da dra- Consuelo, Nelson Cavaquinho, Eduardo Dusek, maturgia brasileira e internacional foram apre- Os Novos Baianos, Marlene, Zé Ramalho, Elza sentados, com destaque para Um Bonde Chamado Soares, Jackson Pandeiro, Ademilde Fonseca, Desejo, de Tennessee Williams, encenado por Erasmo Carlos, Geraldo Azevedo, Clara Nunes, Tereza e por Eva Wilma, em 1974, e os musi- Fafá de Belém e Adoniram Barbosa. Além de cais Gota d'Água, de Chico Buarque de Hollan- atores, como: Paulo Gracindo, Marília Pera, Juda e Paulo Pontes, estrelado por Bibi Ferreira, ca de Oliveira, Elza Gomes, Dina Sfat, Aracy em 1975, e A Chorus Line, de Michael Bennett, Balabanian, Gloria Menezes, Sonia Oiticica, Reem 1985, marcando a estreia da atriz Cláudia nata Sorrah, Paulo Gracindo, Jorge Dória, GranRaia nos palcos, aos 16 anos, em um espetáculo de Otelo, Luiz Gustavo, Sebastião Vasconcelos, sobre dançarinos da Broadway. Diogo Vilela, Chico Anysio, Renato Borghi, MilOutros espetáculos de sucesso foram encena- ton Gonçalves, entre outros. dos, como: A Visita da Velha Senhora, A GaivoO Teatro Tereza Rachel tornou-se nacionalta, Escola de Mulheres, Mais Quero Um Asno, mente conhecido como um templo da moderna O Pagador de Promessas, Loja dos Horrores, música popular brasileira e das artes cênicas e Jogo Mortal, Os Melhores Anos de Nossas Vi- foi apontado pelo público como um dos melhodas, Fulaninha e Dona Coisa, Chico Anísio Set, res teatros privados do Rio de Janeiro. Arena Canta Zumbi, Os Fuzis da Senhora CarEm 1997, devido ao seu trabalho como atriz e rar, Sonhos de Uma Noite de Verão, Laços Eter- produtora de cultura, foi concedido a Tereza nos, Rock Horror Show, Brincando Em Cima Rachel o Título de Benemérito do Estado do Daquilo e Solidão, a Comédia. Rio de Janeiro, na ocasião em que o Teatro Era o espaço para os clássicos, para os musi- completara 25 anos. cais, para os dramas e para as comédias. E tamPouco tempo depois, o Teatro fechou suas bém da música. Foi palco do pop, do tropicalis- portas e foi alugado para a Igreja Universal do mo, do rock, do samba de raiz e da música Reino de Deus, para as suas pregações religionordestina. sas, entre 2001 e 2008. Sendo tombado pela PreNos anos 70, Caetano Veloso e Gilberto Gil feitura do Rio de Janeiro, em 2004. Entre 2008 e brilharam no palco do Tereza Rachel. Caetano 2011, o espaço foi usado pelos diretores e proesteve com o show Muito, acompanhado pela dutores teatrais Charles Moeller e Cláudio Bote-
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Cartaz do show de Gal Costa que inaugurou o Teatro Tereza Rachel em 1971
A cultura do sertão no palco do teatro: show “Luiz Gonzaga volta para curtir” foi realizado em 1972
lho como local de ensaios e seleções de elenco dos musicais produzidos pela dupla no Rio de Janeiro. Em 2011, foi arrendado pelo produtor cultural Frederico Reder, da Brainstorming Entretenimento. Recentemente passou por reforma completa, com um projeto arquitetônico idealizado por José Dias, o maior especialista em revitalização de teatros do Brasil. Quarenta anos depois de sua inauguração, o Teatro reabriu em abril de 2012, com Bibi Ferreira comemorando seus 90 anos de vida e 70 anos de carreira, e tem como proposta ser uma casa de espetáculos, palco de todas as artes. Para ampliar o espaço, foram arrendados mais três imóveis (dois antiquários e um estúdio fotográfico), aumentando o teatro de 1.300 metros quadrados para 1.500, com duas salas de espetáculos. A maior, batizada de Sala Tereza Rachel, tem capacidade de 789 lugares, e a menor, Sala Paulo Pontes, conta com 200 lugares. Tendo a empresa de telecomunicações NET como patrocinadora oficial, passa a se chamar Theatro NET Rio.
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Junho de 2012 - 37
Informe da ABA - Associação Brasileira de Antiquários Fotos: José Amaro Torres
Feira de Antiguidades da Gávea, a bela opção de compras no Rio Localizada na Praça Santos Dumont, próxima ao portão principal do Jockey Club Brasileiro, na Gávea, a Feira
de Antiguidades que funciona aos domingos se revela como uma ótima opção de passeio cultural aos domingos,
no Rio de janeiro, de 9 às 17 h. A feira é montada com cerca de 80 barracas com exposição de
objetos antigos. Entre as quais encontramos peças de coleção, cerâmicas, vidros, cristais, prataria e esculturas.
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38 - Junho de 2012
Curso Tesouros da Ourivesaria Portuguesa e Brasileira Dando continuidade aos cursos sobre as coleções de arte do Museu Carlos Costa Pinto (Salvador - BA), o destaque agora é o tema ourivesaria, ministrado pelo Prof. Dr. Gonçalo de Vasconcelos e
Sousa. Professor Catedrático da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa (Porto), autor de diversos livros sobre o tema, o Museu traz de Portugal o eminente professor, especialista nes-
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ta área, que desperta atenção pela beleza, valor histórico e investigação científica. Haverá uma palestra de abertura, "Os adornos de ouro do Norte de Portugal e os da Bahia: viagem transatlântica, usos e costumes desde o século XVIII ao século XX." proferida pelo Professor Doutor Gonçalo e pela Mestre Rosa Maria dos Santos Mota. A palestra acontece no dia 11, das 17 às 19 horas, e o curso nos dias 12, 14 e 15 de Junho, das 17 às 20 horas. No dia 12, o tema é Ourivesaria - conceitos introdutórios, abordando funções da joalheria, prataria sacra e profana, joalheria erudita, ourivesaria popular, ensaiador e contraste, principais centros produtores de ourivesaria em Portugal e no Brasil. Joalheria Proto-Histórica, Romana, Quinhentista, Seiscentista, o Barroco, o Rococó, a Joalheria Neoclássica, Insígnias. No dia 14, o curso é sobre Arte Nova, Art Decó, As Grandes Casas da Joalheria em Portugal, Joalheria Contemporânea. História da Prataria em Portugal e no Brasil: Prataria Sacra Medieval Românica e Gótica, Maneirismo, a Emergência da Prataria Civil. No dia 15 o assunto é Relações Artísticas com o Oriente, Prataria do XVII e do XVIII, Peças de Prataria Profana - peças de aparato, de uso da mesa, serviço de bebidas, peças de escrita, peças de iluminação, peças de uso de viagem. Prataria do XIX. O ecletismo da Prataria Portuguesa e Brasileira, As Grandes Casas de Ourivesaria Portuguesa e a Exportação para o Brasil. Design Contemporâneo. Informações e inscrições no museu, no site: cultural@museucostapinto.com.br
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