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An os
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INFORMATIVO DOS ANTIQUÁRIOS, LEILOEIROS, GALERISTAS E COLECIONADORES ANO XV
- N º 18 0 - AGOS TO DE 201 2 - RIO DE J A NE IRO/SÃ O PA ULO - DISTR IBUI ÇÃO DIRIGIDA
Impressionistas no CCBB Obr as-pr imas de art ista s co mo Monet, Van Gogh, Manet, Degas e Reno ir virã o pela primeira vez ao Brasil, na exposição Impressionismo: Paris e a modernidade, ObrasPrimas do Acervo do Museu d'Orsay de Par is, França. Em ca rtaz a p artir de 4 de agosto d e 2012, no CCBB de São Paulo.
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Istambul A antiga Constantinopla é uma encruzilhada cultural onde se misturam traços de três poderosos impérios: o Romano, o Bizantino e o Otomano. Mais de 2.600 anos de história fazem de Istambul, na Turquia, uma cidade única no mundo. Na foto, a Igreja de Santa Sofia. Páginas 28, 29, 30 e 31.
Catedral do Whisky páginas 22 e23
Livro: Ruth Grieco Poetizando a Joalheria
A trajetória completa de Waltercio Caldas página 20
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EDITOR
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e-mail: litiere@areliquia.com.br RIO DE JANEIRO Publicidade: Rua Siquira Campos, 143 - Sl 73 - Copacabana - RJ Tel.: 21 2265-9945 Redação / Arquivo / Distribuição Rua Esteves Júnior 9, casa 01 Laranjeiras - CEP 22231.160 - Rio de Janeiro Tel.: 21 2265-0188 / Tel / Fax: 2265-9945 Cel.: 9613-2737 / 8899-0188 e-mail: jornalareliquia@gmail.com SÃO PAULO Rua Eça de Queiroz, 720 / 514. Cep 04011-033 Tel.: 11 3297-6559 / 8050-1060 / 7389-3445 e-mail: areliquiasp@gmail.com PORTO ALEGRE Repres entante: Elisa Moog Tel: 51 211 2-8038 / 995 5-9962 DIAGRAMAÇÃO Felipe A. Oliveira CONSELHO EDITORIAL Itamar Musse, Fernando Braga, Luis Octávio Louro Gomes, Manuel Machado, Paulo Roberto S. Silva e Francisco P. Cunha, Ricardo Kimaid , Rob erto Hadd ad, Rudinel Vicente do Couto, Hebert Gomes, Pedro Arruda e Virgínia Arruda COLABORADORES João Ubaldo Ribeiro ( ABL), Ferreira Gullar, Ledo Ivo (ABL), Paulo Coelho (ABL), Antônio C. Austregésilo de Athayde, Rosângela de Araujo Ainbinder, Ana Beatriz Gomes, Tatiana Maria Dourado, Rachel Bren ner, Luiz Marinho, Paulo Scherer Tiragem desta edição: 15.000 exemplares Os conceitos e opiniões emitidas em colunas e matérias assinadas, são de responsabilidade única e exclusiva de seus autores.
Variados tipos de porcelana e cristal, joias, prataria, tapetes, objetos Art-Noveau e Art-Déco, entre outros, em exposição nas barracas montadas There is a wide variety of porcelain, crystal, jewellery, silverware and carpets, amongst other objects of interest. These are displayed and sold at stalls around the market tower.
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Impressionistas no CCBB Impressionismo: Paris e a modernidade, Obras-Primas do A cervo do Museu d'Orsay de Paris, França etentor da mais im por tante cole ção de obras impressi onistas, o Museu d'Orsay é um dos mais visitados museus do mundo. Pel a pr im eir a vez, 85 ob ras de seu acer vo cruzarão o Atlânti co para apor tar no Brasil, na exposição Impressionismo: Paris e a modernidade, Obras-Primas do Acervo do Museu d'Orsay de Paris, França. A exposi ção apresentar á um panor ama detalhado da pintura impr essi onista e pós-impressionista. Co-organizada pelo Museu d'Orsay e pela Fundación MAPFRE, a m ostra, vai de 4 de agosto a 7 de outubro de 2012, no CCBB de São Paulo, e de 22 de outubro de 2012 a 13 de janeiro de 2013, no CCBB do Rio de Janeiro. Impressionismo: Paris e a Modernidade, Obras-Primas do Acervo do Mus eu d'Orsay de Par is, França tem a "cidade luz" como a principal estrela. Capital moderna por excelência, Paris atraiu os maiores artistas do século XIX, que pintaram sua paisagem, seus lugares e sua vida sob diferentes perspectivas. Atraídos ou repelidos pelo seu magnetismo, a cidade motivou a expressão artística de Claude Monet, Vincent Van Gogh, Jules Lefebvre, Edouard Man et, Paul Gauguin, Pie rre-Auguste Renoir, Toulouse-Lautr ec, entre outros. A exposição reúne alguns dos trabalhos desses pintores: por um lado, aqueles cuja temática está ligada ao crescimento da cidade, a vida moderna, os caminhos de ferro e as estações; por outro, estão repr esentadas obras que surgi ram a partir de uma re ação a este movime nto, a fuga da cidade em busca de ambientes bucólicos. A exposição reúne seis módulos, sendo três deles dedicados à vida da cidade: "Pari s: a cidade moderna", "A vida urbana e seus autores" e "Paris é uma festa" apresentam a vida urbana marcada pela construção de grandes boulevards, mercados, jardins públicos, cafés, óperas e bailes. Aqui estão as cenas e vistas do ri o Sena e da cate dral de Notre-Dame de Paris, retratadas por Pisarro e Gauguin, as cenas da vida burguesa retratadas por Renoi r; o cotidian o mun dan o das pr ostitutas, em quadr os como Fe mme au boa noir , de ToulouseLautrec; e as bailarinas de Degas e as plateias dos cabarés e teatros representadas em La troisième galerie au théâtre du Chatelet, de Félix Vallotton. Os outros trê s módulos - " Fugir da ci dade" , "Convite à vi agem" e "A vida silenciosa" - mos tram os trabal hos de artistas que escaparam do ritmo acelerado de Paris para uma vida calma e reservada. Entr e os artistas que buscaram a tr anquilidade do campo como forma de in spiração estão Claude Monet, que se m udou par a Argenteul, no interior da França, e depois para Giverny. Van Gogh decidiu seguir para Arles, com a fi nali dade de formar uma colônia de artistas; Gau -
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Vincent Van Gogh - La salle de danse à Arles
guin e Émile Bernard foram vi ver na Bretanha; e Cezann e voltou a Ai x-en-Provence para redescobrir a luz. Já um gr upo de artistas do movimento Nabi (palavra que significa "pr ofeta", em hebraico e árabe) escolheu pr ivi legi ar o universo interior, delicado à leitura, à m úsica e à vi da em famíli a. A mostr a Impressionismo: Paris e a Modernidade, Obras-Primas do Acervo do Museu d'Orsay de Paris, França tem curadoria de Caroline Mathi eu, conservadora chefe do Museu d'Orsay, Guy Cogeval, pre sidente do Museu d'Orsay, e Pablo Jimén ez Bur illo, diretor geral do Instituto de Cultura da Fundación MAPFRE, e trará ao Brasil um conjunto inédito de obr as emblemáticas do Impre ssi onismo, que dará ao público a possibilidade de entender e conhecer melhor um dos mais importantes movimentos artísticos do século XIX. Esta exposi ção organizada com obras do Museu D'Orsay, conta com a colaboração científica do Museu D' Orsay e da Fundación MAPFRE. "Tr ata-se do maior pr ojeto da históri a do CCBB. É a n ossa maior ação na ár ea cultural e será um marco", afirma Marcos Montoan, gerente do CCBB São Paulo. >>>
Pierre-Auguste Renoir - Jeunes filles au piano
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Fo to s: d ivu lg açã o
Claude Monet - La gare Saint-Lazare
Edouard Manet - O Tocador de Pífaro
Par a o di r eto r de m ark eti ng do Ban co do Brasil , Hayton Jur ema da Rocha, trazer ao Br asi l um a exposi ção de ssa m agn itude, acessí vel ao público, é motivo de or gul ho para a i nstituição. " Acreditam os que ao r ealizar a exposição com obr as-pr imas da hi stóri a da arte, contr ibuímos para o re con heci men to e vi si bili da de do Brasi l n o exte rior como potên cia econôm ica e cultural ." "Ao l ongo dos últimos 22 anos, o CCBB apresentou grandes m ostr as inte rnacionai s e Impre ss ionismo: Paris e a Moderni dade , Obras-Pr imas do Ace rvo do Museu d'Ors ay de Par is, França, marca m ais um capítulo de g rande s r e al i zaçõe s da n ossa históri a. A mostra che ga ao Rio de Jan eir o no momento e m que a cidade br ilha n o cenário mundial de grandes eventos e também com emor a o destaque n as artes plásticas por abr ig ar a exposição de m ai or públi co em todo o m undo em 2011, se gundo o ranking intern acion al da The A rt Ne wspaper ", con ta Mar cel o Men donça, ge rente do CCBB Ri o de Jan eiro. A realização dessa exposição, sem precedentes na história cultural brasileira tem o apoio do Mini stéri o da Cultura, por intermédio da Lei Rouanet e só foi possível graças à idealização da Fundación Mapfre e do Museu d'Orsay, ao patrocínio do Grupo Segurador Banco do Br asil e Mapfr e, do Banco doBrasil e da BBDTVM, e ao apoio da Cie lo e da Brasi lprev. A pr omoção é da R ede Globo. Continua na página seguinte
Paul Cézanne - Nature morte à la soupière
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Continuação da página anterior Fo to s: d ivu lg açã o
Edgar Degas - Danseuses montant un escalier
Em outubro de 2011, depois de anos de trabal ho, o Museu d'Orsay abriu novos espaços que reconfiguraram a história do Museu e de suas coleções. Por outro lado, Pablo Jiménez Burillo, dir etor geral do Instituto de Cultura da Fundaci ón Mapfre, sente grande satisfação por ter contribuído na configuração desse pr ojeto, que trará grande projeção internacional para o Centro Cultural Banco do Brasil. "É uma honra para o Gr upo Segurador Banco do Brasi l e Mapfr e par tici par co mo patroci nador de uma i ni ciativa dessa gr an de za. Além de reconhecermos a magnitude da exposição, entendemos que a arte está dire tamente li gada à dem ocratização do con hec ime nto e traz às pessoas a importância da reflexão", di z Mar cos Ferr eira, presidente do Gr upo Se gur ador Banco do Brasil e Mapfre. A or ganização da m ostra está a car go da Expomus, em pre sa brasil eira que atua há mais de 30 anos no me rcado cultural, escolh ida pela di reção do Museu d'O rsay e pel a Fun daci ón Mapfre par a trazer a m ostra ao Brasil . Se gundo Mar i a Ign ez Mantovan i, di re tor a da Expomus, "essa exposição é um dos m ais de safiantes projetos i ntern aci on ai s já re al i zados n o Brasil ; é muito esti mulante para a Expomus coor denar este projeto, que encerr a
mento Impressionista, que deu or igem à Arte Moderna. O museu funcion a dentr o da gare d'Or say, na margem esque rda do Sen a, criada original mente em 1900, por ocasião da Exposição Uni versal. O projeto da estação foi elaborado pelo arquiteto Vi ctor Laloux, em 1898, le vando em conta a posição central que a estação ocuparia no trajeto ferroviári o e a el egância do bai rro - uma con strução pr óxima ao Louvr e e à Légion d'Honneur. Em 1986, o m useu d'Or say abr iu suas portas ao públ ico. Em 25 anos, r ecebe u mais de 70 milhões de visitantes. Em outubro de 2011, depois de 2 anos de re novação, o Muse u d'O rsay pr oporciona n ovos espaços para o públi co, din amizando a hi stór ia do Muse u e de suas coleções. >>> SERVI ÇO
Claude Monet - Le bassin aux nymphéas, harmonie verte
um a ope ração pr ofissional de ex ce lência. Sem dúvida, estamos consolidando um novo patamar no cenár io in ter naci on al, em que o Bra si l se destaca na reali zação de ex posi ções de gr an de por te, gr aças ao se u pr ofi ssionalismo e ousadia
na conquista de novos públicos par a a arte".
Sobre o Museu d'Orsay É um dos mais importantes museus do mundo, dedicado à arte do sécul o XIX e, sobretudo, ao movi-
Impressionismo: Paris e a Modernidade, Obras-Primas do Acervo do Museu d' Orsay de Paris, França Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo Rua Álvares Penteado, 112 - Centro São Paulo - SP 4 de agosto a 7 de outubro de 2012 Agosto - Terça a domingo - 9h às 22h Setembro: Terça a domingo, das 10h às 22h Atendimento a grupos agendados: 7h às 10h Informações: (11) 3113-3651 / 3113 - 3652
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França Impressionista "Impr essão, Nascer do Sol - eu bem o sabia! Pensava eu, se estou impressionado é porque lá há uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha". Foi por causa dessa crítica acima, feita pelo pintor e escritor Louis Leroy ao quadro "Impressão - Nascer do Sol" (foto) de Claude Monet (18401926), que surgiu o termo Impressionismo. Como se observa, foi usado originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adotaram o título, sabendo da revolução que estavam iniciando (ou continuando) na pintura. O quadro de Monet foi pintado em 1872, e a crítica de Leroy foi escrita em 1874, quando houve a primeira exposição de um grupo de artistas no ateliê do fotógrafo Maurice Nadar. Entretanto, muito antes desse evento, em 1865, segundo histor iadores, nascia r ealmente o estilo de pintura que depois seria conhecido como Impressionismo. Foi quando o pintor Edouard Manet (1832-83), expôs o quadro "Olympia", consider ado por ele mesmo a sua obra-prima, no Salon de 1865. A pintura foi execrada pela crítica: foi qualificado de obsceno, porque "não excitava os sentidos com sugestões epidérmicas complacentes"; foi considerado feio, "porque lhe faltavam todas as modulações insinuantes" e, também, por contrariar o conceito tradicional de modelação e espaço pictural. O público tomou como afronta a aguda confrontação criada por Edouard Manet. Segundo o historiador Norbert Lynton, Olympia (1863) “é um quadro na tradição dos nus reclinados que remonta à Vênus de Giorgiani, podendo ser descrito como uma síntese de elementos recol hidos de Giorgiani, Ticiano, Velásquez, Goya e Ingres". Manet tinha uma profunda admiração por um número considerável de velhos mes tres e pretendia basear sua obra em seus quadros. Mas também r epresenta o caso extremo de um pintor que acaba desenvolvendo um idioma considerado altamente artificial por pessoas que o observavam menos atentamente. As imprecações dirigidas a Olympia estabeleceram um novo "ponto-baixo" nas relações pintor-público e o ano de 1865 marcou a consolidação final do grande cisma - produto do romantismo - entre o artista e o seu público. E para Manet, que desejava ardentemente um reconhecimento oficial e uma aura de respeitabilidade, foi uma penosa experiência que teve como consequência imediata transformá-lo num revolucionário e também reunir à sua volta um grupo de artistas mais jovens que consagraram Edouard Manet como o seu herói. Edouard Manet não se considerava um impressionista, mas foi em torno dele que se reuniram grande parte dos artistas que viriam a ser chama-
dos de Impressionistas. O Impressionismo possui a característica de quebrar os laços com o passado e diversas obr as de Manet são i nspi radas na tradição. Suas obras no entanto serviram de inspiração para os novos pintores. Eram estes os impressionistas, principalmente Monet, Renoir, Pissarro e Sisley. O objetivo desses pintores era representar o caráter óptico da paisagem e outros temas, com exclusão de outros aspectos da realidade. Claude Monet desenvolveu uma técnica revolucionária: a de cobrir uma tela branca com pinceladas justapostas de ti ntas não mescl adas. A brancura da tela reforça o brilho das cores e estas não são encobertas pela mescla na paleta nem pela mistura na tela. Os impressionistas acrescentaram a isso o gosto pelos tons claros e uma aversão quase canônica ao preto, imprimindo uma claridade a suas obras que n a época par ecia in suportável.
Claude Monet foi o mais implacável de todos os impressionistas, o primeiro a rejeitar a arte dos museus em sua totalidade. Ele desenvolveu a técnica característica da pintura impressionista e seus colegas trabalharam de maneira semelhante à dele, antes de encontrarem um estilo mais pessoal. Embora os pintores talvez não estivessem cientes disso, as consequências desse gênero resultou numa nova espécie de unidade pictórica - ou pelo menos, num restabelecimento da unidade pictórica que existia na pintura medieval e no começo da pintura do Renascimento, até o desenvolvimento do claro-escuro, mas com uma série de elementos novos. A ênfase conferida à pincelada, representando os raios de luz, impedia o delineamento das formas, tornando difícil para os contemporâneos distinguir os motivos das pinturas impressionistas. Os autores impressionistas passaram a não mais se preocuparem com os preceitos do Realismo ou
da academia. A busca pelos elementos fundamentais de cada arte levou os esses pintores a pesquisar a produção pictórica não mais interessados em temáticas nobres ou no retrato fiel da realidade, mas em ver o quadro como obra em si mesma. A luz e o movimento utilizando pinceladas soltas tor nam-se o principal elemento da pintur a, sendo que geralmente as telas eram pintadas ao ar livre para que o pintor pudesse capturar melhor as nuances da natureza. A emergente arte visual do Impressionismo foi logo seguida por movimentos análogos em outros meios, os quais ficaram conhecidos como, música impressionista e literatura impressionista. São as seguintes as orientações gerais que caracteri zam a pintura impr essi onista: A pintura deve mostrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz do sol num determinado mome nto, poi s as cores da natur eza mudam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol; e também, com isto, é um a pintura instantânea (captar o momento), recorrendo, inclusivamente à fotografia; as figuras não devem ter contor nos nítidos pois o desenho deixa de ser o pr incipal mei o estr utural do quadr o, passando a ser a mancha/cor (a linha é uma abstração do ser humano para r epresentar imagens); as sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, o pr eto jamais é usado em uma obra impr essi onista plena; os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acor do com a lei das cores complementares - assim um am arelo próximo a um violeta produz um efeito mais real do que um clar o-escur o muito utilizado pelos acadêmicos no passado (Essa orientação viria dar, mais tarde, origem ao pontil hismo); preferência pelos pintores em representar uma natureza morta do que um objeto; as cores e tonali dades não devem ser obtidas pela mistur a das tintas na paleta do pintor, pelo contrário, devem ser puras e dissociadas n o quadro em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintur a, combina as várias cores, obtendo o resultado fi nal. A mistur a deixa, portanto, de ser técnica par a se tor nar óptica. Entre os principais expoentes do Impressionismo estão, além de Edouar d Manet (que não se considerava um impressionista), Claude Monet, Edgar Degas (1834-1917 - considerado clássico por alguns), Auguste Renoir (1841-1919), Camille Pissarro (1830-1903), Alfred Sisley (1839-99), Morisot, Caillebotte, Boldini, Mary Cassatt, Turner e Vincent Van Gogh (1853-90), este considerado pósimpr essionista, juntamente com Paul Gauguin (1848-1903), Georges Seurat (1859-91) e Paul Cézanne (1839-1906), entre outros.
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RICARDO KIMAID
País do Compadrio Próximo a completar um ano de in auguração da ArtRio - Feir a Internacional de Ar te Contemporânea, e às vésperas de sua nova edição, agora em setembro, não ficou clar o par a mim e muitos outros profissionais atuantes do mercado de arte brasileir o, de como essa feira foi concebi da. Apesar de have r cultivado dur ante anos essa ideia de cr iar e participar na construção desse tipo de eve nto aqui n o Ri o, m oti vo pelo qual ender ecei carta fazendo tal sugestão através des te jor nal ao Prefeito Eduardo Paes, no i nício de sua gestão, vejo com mui to bons olhos sua rea l ização, mas não pe la forma obscura com que me pare ce u sua construção. Um fato i ntr igante abre um a pr errogativa de que a indicação para receber tal presente esteja li gada a favoreci mento de ami gos, ou pior, interesses escusos. Baseado em um apanhado de r elatos, deduz-se que a criação da Ar tRio assemelha-se a um conto de fadas: duas ilustres de scon hec idas, uma arti sta pl ásti ca de cujas ob ras ni nguém ouviu falar, e outra, e sposa de um ga le rista, e laboram um pr ojeto, vão à pre fei tura e saem com um che que de R$ 1 milhão na mão. Simples assi m: o secre tário de Turismo da Pr efeitura Municipal do Rio de Janei ro entr ega um mi lhão de reais, dinh eir o do pov o, sem lici ta ção, para viabi lizar a re alização de um e vento privado que visa o lucr o. Na apresentação da 1ª ArtRio à imprensa, na
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sede da Prefeitur a em Botafogo, o próprio secretário disse: "Estas duas mulhere s estive ram na prefeitura vári as vezes para me con ve nce r, mas valeu a pena. Saíram com um milhão". Pergunta que não se cal a: valeu mais a pena para que m? Não se sabe se o espaço onde ocorre a feira foi alugado, cedido ou doado. E logo o Estado, que normal mente é ávi do por impostos, isentou de ICMS as vendas r eal izadas durante a feira, agraci amen to esse que a SP Arte, com sete edições, jamais havia obti do e m São Paul o. Que pr estí gio tem e ssas duas sen horas! Com tanto empe nho do Município e do Estado, paira uma dúvida no ar: tr ata-se de um even to privado ou da Prefeitur a? Outro fato que me causa espéci e é o sur gimento de inve stidor es depois de tudo montado e pr onto: Lui z Cal ai nho e A lexandre A cciol y compr aram parte do negócio, injetando mais dinheiro; será que surgiram novos mecenas no cenár io das artes plásticas brasile iras? A bem da verdade fica patente que se criam Cortes para comandar eventos dessa natureza, que quase sempre não possuem o devi do pedigre e, pr ático e históri co para or ganizá-los. Pes soas que não são ampar adas por um currículo sustentável de prática, experiên ci a e o m ais importante: uma cultur a abran gen te sobr e a história das artes pl ásticas, no Brasil e fora de suas fronteiras. Sua linhagem cultural é insípida para os cl amores que a abrangência de um evento de tal enver gadura preconiza. Vê em-se pessoas no com ando de tarefas desqualificadas par a exe rcê-l o, sem a devida exper iência e preparo para tal atribuição, colocadas ali uni camente por fazerem par te de alguma tr ibo, sem curr ículos que justifiquem suas indi caçõe s. Exe mplo disso é a nome ação dos seus cur adore s, cujos atri butos são im perceptívei s a qualquer anál ise, por m ais
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con descende nte que se ja. Daí obser va-se que as se leções para inclusão dos par ti ci pantes e e xpositores estão em mãos despre paradas ou tendenciosas, re gidas un icamen te por um r egi me de com padrios. Na ver dade, somen te e nxe rgam o que está con strito n esse mun dinho atual de arte contemporânea, que por se r a mesma vazia de conteúdo, não exige muito apelo cultural. Feiras ti po a ArtRi o e as Bie nai s, de veriam se r eventos que pr om ovessem as ar te s pl ásti cas em toda a sua magnitude, se m pre con ceitos, deixan do uni camente ao sabor do público suas escolhas e avaliações. Muito pelo contrário, i mpõe as novas gerações como opção única, o que apraz seus organizadores e adeptos de sua doutrina. Ser ia medo das gerações vi ndour as aprenderem a gostar do agr adável, do in tel igíve l, do i nterpretável ? Seria recei o de vê-las apre ci ando a bele za, a poesi a, re fi nando sua sensibili dade e enri quecer-se cultur alme nte? Fi nal izando, a co in cidên ci a com a data de inaugur ação do Museu de Ar te do Rio, vizi nho próximo a ArtRio, vai deixar então as tribos e m polvorosa; vai rolar muita grana par a os especuladores de pl antão, aquel es que só embarcam nas boas bocas, e muito oba-oba e m é poca de elei ções. Quanto à arte em si , objeto maior des se s aconte ci mentos, isso é um me ro detalhe, e, portanto... deixa pr a lá. Ricardo Kimaid rkimaid@uol.com.br www.rembrandt.com.br tel 21 2273-3398
Os conceitos e opiniões emitidos por colunistas e colaboradores , são de responsabilidade únic a e exclusiva de seus autores, e não refletem, necessariamente, a opinião do jornal.
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Obras de Brecheret são tema de novo livro No próximo dia 4, a escritora e pesquisadora na área de artes plásticas, Sandra Brecheret Pellegrini, lançará o livro "Brecheret - Uma obra eterna" (Editora Noovha América), na Casa da Fazenda do Morumbi, em São Paulo. Esse é o 11º livro que a filha do mais importante escultor modernista brasileiro produz sobre ele. Como presidente da Fundação Escultor Victor Brecheret, a autora organiza frequentemente diversas outr as ações em homenagem ao artista, além de participar de eventos nacionais e internacionais, como exposições, doações, premiações, outorga de menções honrosas e palestras. Totalmente ilustrada, essa obra enfoca importantes acontecimentos como a premiação pela estátua Fuga para o Egito, exposta no Salão de Outono, em 1925; a aquisição pelo governo francês da obra O Grupo para o Museu Jeu de Paume, na década de 30, atualmente em La Roche-sur-Yon, na França; a obra O Índio e a Suassuapara, doada em 1959 para o Museu Middelheim, na Antuérpia, Bélgica; e a doação da escultura Porteuse de parfum ao Senado
da França, em 13 de outubro de 2010, quando Sandra Brecheret foi recebida oficialmente pelo presidente do Senado, Gerard Larcher, e pelo seu vice. A escultura foi colocada no jardim privativo (Jardin de la Reine), sendo até hoje a única naquele ambiente. O livro reúne, ainda, fotos e informações sobre alguns outros trabalhos em bronze, terracota, mármore e gesso, com destaque para o Monumento às Bandeiras, além de documentos, selos, listagem das obras em locais públicos, cemitérios e museus e a cronologia do artista. Nascido em São Paulo, 1894, Victor Brecher et, embora tenha sido participante e responsável pelos movimentos artísticos de maior importância no contexto do País de sua época, jamais deixou de ser um escultor de formação clássica e ao mesmo tempo um pioneiro até sua morte, em 1955. Determinado, passou um período na Europa, onde vivenciou momentos vanguardistas do início do século XX e teve a oportunidade de conviver com renomados artistas. Passou por "art déco" e "art noveau", mas manteve um estilo próprio contextualizando sua
obra na linguagem contemporânea. Por meio das formas, texturas e volumes, ele transformou materiais brutos em preciosos, lapidados por suas mãos e mente habilidosas. Artesão e criador de obras monumentais com significado singular, Brecheret consolidou-se como um dos mais renomados artistas dos cenários brasileiro e internacional. Brecheret uma Obra Eterna 96 páginas 20 x 23 cm Bilíngue: português/inglês. Após o evento, o mesmo poderá ser encontrado nas melhores livrarias do país e no site www. noovhaamerica.com.br
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Carlos Kirovsky: o novo Pintor do Mar e sse tem a, Car los Kirovsky se uti liza das duas técnicas que mai s domina: A tin ta a óleo e a aquarela. Seu estilo acadê mico tem como escola as pintur as inglesas, francesas e holandesas que se consolidaram como um estil o forte desde o sécul o XVIII, atin gi ndo seu auge no sé cul o XIX e v em evolui ndo até hoje naque les países. M as o ar tista proc ur a dar sua contr ibuição pessoal a esse tema. Ape sar de suas pi nturas te re m o estilo bem clássico e acadêmi co, ele pr ocura sempre que possível , atr avés de sua visão particular do uso das cor es e da com posi ção dos quadr os, apre sentar algo i nter es sante, di fe rente, trazendo uma atmosfera meio fantástica e mais moderna ao estil o cl ássi co de que se util iza Pel o seu cuidado aos detalh es, conhecimentos de mar, dos ventos, e do comportame nto das embarcações em rel ação a esses elem entos,
N
N. E. Benjamin Constant
South America
Chegada do N. E. Alte. Saldanha ao Rio
seus quadros têm tido ampla acei tação na pr ópri a Mari nha do Bra sil , a qual sempre te m r ecor rido a ele quando preci sa retratar seus na vios ou mome ntos históri cos. Esses re qui si tos são fun damen tai s para for mar um bom pintor de mar inhas, al ém de se ter um bom de sen ho e b om con he cim en to de luz, cores e som br as. Tal tratam en to a seus quadr os não pode r iam dei xar de atr ai r também a aten ção de particul ar es, que têm c ompr ado r egul ar me nte
suas obr as, assim com o fei to e ncomen das. O artista fez diver sas exposi ções i ndivi duai s, tanto na Mari nha do Br asil como em espaços no meio civil, al ém de ter participado de inúm er as exposiçõe s c ole tivas, re cebe ndo m uitos prê mi os. A lgum as exposiçõe s in divi duais: Sal ão Náutico do RJ, Abril , 1991; Iate Clube do R J, Junho, 1991; Museu Naval do RJ, Dezem br o, 1991 e Espaço Cultural da Mar i nh a do RJ, Set/Out, 1998.
Kirovsky também r ecebeu diver sas remi açõe s, e ntr e el as: Medalha de Ouro, I Sal ão do Mar , Sede do C. Naval do RJ, 1993; Medal ha de Our o, II Salão do Mar, Sede do C. Naval do RJ, 1994; Medalha de O uro, I Salão da Escola de Guerra Naval do RJ, 2002 e o Prêmi o Viagem à Fran ça, VIII Salão do Mar, Sede do C. Naval do RJ, 2000. Hoje, ao se falar n o tema de ma rinhas aqui no Brasil, a especialização do artista n ão pode de ixar de ser lembrada e comen tada.
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m uma iniciativa inédita, a Fundação Iberê Camargo e o Blanton Museum of Art (Austin, Texas), uniram esforços par a realizar o primeiro levantamento completo da carreira de Walter cio Cal das. A e xposi ção “O ar m ai s próximo... e outros ensaios (1968-2012)” apresentará 85 obras repr esentativas de mais de quatro décadas de produção deste grande mestre contemporâneo. A mostra abr e em 1º de setembr o e ficará aberta ao público até 18 de novembro, na Fundação Iber ê Camargo, em Porto Alegre, depoi s segue par a a Pi nacoteca de São Paulo, entr e 2 de fevereiro e 7 de abril de 2013, e para o Blanton Museum, no Texas, entre 27 de outubro de 2013 e 19 de janeir o de 2014. O carioca Waltercio Caldas é um dos artistas de maior renome no Brasil, com inúmeras participações em bienais e mostr as ao redor do mundo. Seu papel central na arte brasil eira será investigado pelos curadores Gabriel Perez-Barreiro, curador convidado da Fundação Iberê Camargo e Ursul a D avila-Vil la, curadora adjunta do Blanton Museum of Art. Eles irão a fundo no pensamento único desse artista con hecido por trabal hos que esculpem o vazio dialogando com o espaço ex positivo e al terando a percepção do espectador.
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N. Srª da Conceição em marfim de Goa, séc. XVIII. Contador em jacarandá e osso, indo-português, séc. XIX. Prato em porcelana, Chinese Imari, séc. XVIII. Coco em prata brasileira, séc. XIX.
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Colecionador constroi Catedral do Whisky em meio a antiguidades
Dono da maior coleção de whisky da América Latina, com 10 mil itens, o empresário José Roberto Briguenti mostra para A RELÍQUIA suas demais coleções no interior paulista Por Nara Alves ob um friozinho de 16 graus, o empresário José Roberto Briguenti apr esenta a Catedral do Whisky em sua casa de campo, em Itatiba, no interior de São Paulo. Dono da maior col eção da bebida na América Latina, com 10 mil itens, Briguenti oferece cobertor e explica que é importante manter a temperatura baixa por causa do controle de umidade, que deve estar abai xo de 50%. Mas logo adianta que o sistema está sendo reformado para manter a umidade ideal sem a necessidade de tanto frio. "Aqui só não funciona eu. O resto funci ona tudo", brinca.
S
O "resto" a que Briguenti se refere são suas outras coleções. Apenas 5 mil garrafas de whisky estão na Catedral, decorada com um confessionário do Colégio Dom Bosco, púlpito, bancos de igreja, pia batismal e ofertório. Outras 5 mil garrafas vazias enfeitam a área residencial, onde ele exibe as demais coleções. Delas fazem parte um relógio de 1790, uma vitrola de 1917, lustres do Rio Antigo de 1910, uma balança norte-americana aferida em 1906, um Chevrolet de 1928, entre outras antiguidades. Na garagem, 4 mi l l ápis estampados com propagandas de diversas épocas e 850 xícaras e pires com marcas de café estão guardadas em móveis de madeira i mbuia que na década de 30 perten-
ciam a uma farmácia e a um armazém de grãos a grane l. Em br eve, Briguenti explica, ter á de se desfazer dessas coleções para abrigar 3,5 mil mini-garrafas de whisky. "Não me apego às coleções", conta. Maior pr ova disso é o fato de ele ter se desfei to de sua pri meira, de cachaças. Outra coleção prestes a sair das mãos de Briguenti é a de máqui nas do acervo de Ludovico Evari sto Mungiol i, com dez equipamentos fotogr áfi cos como Rollei flex, Polaroide e acessóri os, com toda a documentação. "Não vou atrás de nada. As coisas vêm atrás de mim. Então, não sei dar a importância disso", explica. Mas não é sempre assim. >>>
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José Roberto Briguenti com uma vitrola de 1917
Briguenti sabe valorizar sua coleção de 80 unidades de garrafas da cerâmica inglesa Royal Dalton de 1909, assim como seu decanter italiano Renascentista, de 1600, e a garrafa com receita médica, nome do paciente, dosagem e dosador, de 1929, plena Lei Seca. Ele mostra com orgulho o móvel adquirido da mansão da família Sampaio demolida em 1913, na Avenida São Luiz, centro da capital paulista. Segundo ele, a família decidiu sair da região com as construções do Theatro Municipal e Viaduto do Chá, que transformaram o local num dos pontos mais movimentados do País.
As garrafas mais caras da coleção
Antigos vitrais proveniente de igrejas
Xadrez com mini-garrafas de wisky Garrafas raras, parte da coleção
Desapego Mai s de 13 mil unidades de garr afin has de di ver sas bebi das se amontoam em caixas num quartinho nos fun dos da r esidên ci a. " Preci so me desfazer disso tudo, talvez tr ocar, ainda não sei ", diz. O objetivo é continuar coleci onando, mas sem ter de ampl iar muito mais o espaço dedi cado ao hobby. Isso porque a disputa por espaço na casa onde a família passa os finais de semana é constante, além das despesas. Divor ci ado após três décadas de casamento, Briguenti é pai de três filhos e aguarda o primeiro neto. "Isso aqui não tem dona. Só tem dono. Tá preci sando de uma dona", anuncia o empresário, que emagreceu recentemente mai s de 10 quilos. Aos 60 anos, o técnico em edificações começa a se afastar do comando dos 530 funcionários de sua empresa de terr aplanagem, a Terr am, em Alphaville, para se dedicar ao hobby. O ofíci o no setor de construção é h erança do pai, pe dr ei ro fal eci do em 1960, quando o filho era criança. Hoje, o con tato co m e mpre sas de demol ição muitas vezes favorece o empr esár io na hora de conseguir as madeiras e os vitrais que utiliza na decoração dos ambientes. A peque-
Whisky com receita médica
na pá que o pai usava par a trabalhar - re líquia guardada pel a mãe por décadas -, está emoldurada junto com o rascunho do planejamento do casebre de três cômodos construído pelo pai. Ao contrári o dos iten s que compra par a de poi s se desfazer, Briguen ti não deve tirar a pá da parede de sua sala tão cedo. SERVI ÇO Catedral do Whi sky Para marcar uma visita: catedral@catedraldowhisky.com.br www.catedraldowhisky.com.br
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Por Litiere C. Oliveira Di vul ga ção
Maquete do Museu de Arte do Rio
Museu de Arte do Rio Parte do projeto do Porto Maravilha, peça chave na revitalização cultural da Zona Portuária do Rio de Janeiro, o MAR - Museu de Arte do Rio será inaugurado no dia 10 de setembro, na Praça Mauá. Ocupando dois prédios vizinhos construídos no início do século XX, unidos por uma imensa cobertura ondulada, a obra foi orçada em R$ 76,6 milhões. O projeto do museu foi feito pelos arquitetos
Thiago Bernardes, Bernardo Jacobsen e Paulo Jacobsen. O curador-chefe do museu é Paulo Herkenhoff, que já contabiliza mais de 300 doações. Quatro exposições temporárias estão sendo montadas para a inauguração: "Abrigo, poética e o direito de morar", "Vontade Construtivista", "A Arte brasileira e internacional" e, por último, uma mostra de paisagens e documentos do Rio de Janeiro.
Álvaro Siza ganha o Leão de Ouro na Bienal de Veneza foto : Ma th ia s C ram er
Álvaro Siza, autor do projet o da Fun dação Ib erê, mais uma vez é notícia na imprensa int ernacional. O premiado arquitet o port uguês vai receber em agosto o Leão de Ouro de carreira na 13ª Bienal Internacional de Arquit etu ra de Veneza. Em 2002, há dez anos, o projeto da Fundação Iberê Camargo, assi nad o p or ele, t amb ém receb eu o Leão de Ouro pela genialidade da proposta. E na última semana, o Mo MA de Nova Io rque, que tem privilegiado sobretudo arÁlvaro qu itet os americano s ou com obra nos Estados Unidos - int egrou a su a coleção permanent e três trabalhos de Siza, ent res eles 21 desenhos e uma maquete do prédio erguido em Porto Alegre, de f rente para o Guaíba. Na avaliação do MoMA, o projeto da Fundação
Iberê representa a maturidade do estilo de Siza e é um destaque na arquitetura do século XXI. O edif ício também é ref erência mundial em sustentabilidade pelo sistema de iluminação int eligente, climatização de última geração, reuso de água das chuvas, resgate e preservação das áreas verdes da encosta. Homenageado com o Pritzker , em 1992, con siderad o o Nobel da Arquitet ura, Siza tem obras espalhadas pelo mundo. O Museu de Serralves, a Casa do Chá, o Pavilhão de Port ugal Siza na Expo 98, a igreja de Marco de Canavezes ou o projeto de renovação do Chiado, em Lisboa, são algumas das suas obras mais emblemáticas. Também criou o projeto para o Centro Meteorológico da Vila Olímpica, em Barcelona, e para o Museu de Art e Contemporânea da Galiza.
Virgínia Arruda, antiquária de Brasília, comemorou seu aniversário em julho, do jeito que mais gosta: viajando pelo mundo com o marido, também antiquário, Pedro Arruda.
Giacometti no Rio Sucesso de público em São Paulo, chega ao MAM - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro a exposição "Alberto Giacometti - Coleção da Fundation Alberto et Annette Giacometti, Paris". A mostra conta com cerca de 280 obras, entre pintura, escultura, desenho, gravura e artes decorativas, reali zadas entre os anos 1910 e 1960, provenientes da referida fundação, e uma obra do MAM (Quatre Femmes sur Socle), a única que pertence a uma coleção pública no país. A curadoria é de Véronique Wiesinger, diretora da Fondation Alberto et Annette Giacometti, Paris.A mostra foi matéria de capa de A Relíquia, na edição de março de 2012, quando foi inaugurada na capital paulista. Leia no blog: http://www.jornalareliquia.blogspot.com.br/2012 /03/o-andar-de-giacometti.html
Angelo Venosa Também no MAM RJ, no espaço vizinho ao da exposição de Giacometti, está aberta a primeira retrospectiva do escultor Angelo Venosa, com 30 obras, entre imensas esculturas e objetos menores.
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Administração: Associação de Antiquários do Estado de São Paulo - AAESP End.: Rua André Saraiv a, 584 - Vila Sônia - CEP. 05626- 001 - São Paulo - S.P Tel.: (11) 3253-6382 Fax: (11) 3251-4210 ( Seg á Sex das 09:00h ás 18:00h) Site.: www.aaesp.art.br - E-mail: associação.antiquarios@aaesp.art.br
Feira de Antigüidades do Shopping Cassino Atlântico 16 Anos ANTIGÜIDADES - BIJUTERIAS - PRATARIAS - MURANO PORCELANAS - ESCULTURAS - PINTURAS - CRISTAIS TAPETES ARTESANATO BRASILEIRO - COMIDAS TÍPICAS TODOS OS SÁBADOS DAS 11:00H ÀS 19:00H Av. Atlântica, 4240 - também com acesso pela Av. N.S. de Copacabana, 1417 e Rua Francisco Otaviano, 20. Garagem: entrada pela N.S. de Copacabana
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Ruth Grieco - Poetizando a Joalheria A brilhante trajetória profissional da designer de joias Ruth Grieco é homenageada em livro escrito na Europa pelo jornalista parisiense Didier Brod beck. Autor de dezenas de livros sobre relógios, diamantes e pérolas, Didier é editor da Dreams, a primeira revista francesa dedicada à joalheria. No livro, a coleção de arte, a casa e o estilo de vida de Ruth aparecem como fonte de inspiração para suas cole ções. O l ivro "Ruth Grieco Poetizando a Joalheria" é ricamente ilustr ado com fotos, desenhos e pr êmios conquistados dentr o e
for a do Brasi l; além de peque nas cr ôn icas que narram momentos de criação, sempre enaltecendo as gemas brasileiras, pelas quais Ruth nutre grande paixão. Com edição em inglês e português, a obra inclui um breve relato da história da joalheria brasileira desde 1700, dando destaque às joias de crioulas mostr adas nas gravuras de época de Debret. A obra foi lançada em Paris no dia 06 de março passado na HIP Gallerie D'Art, e outra sessão de autógrafos aconteceu no dia 10 de março, para a i mprensa inter nacional, durante a maior feir a de joalheria do mundo, a Baselworld, na Suíça.
Noite de autógrafos no Salão de Arte
Didier Brodbeck e Ruth Grieco em noite de autógrafos no Museu da Casa Brasileira
No Brasil, o lançamento aconteceu em Maio, em Santa Catarina, no Museu Histórico de Santa Catarina (Palácio Cruz e Souza) e em 26 de Junho em São Paulo, em noite de autógrafos no Museu da Casa Br asile ira, com a pre se nça do autor parisiense. No Salão de Ar te 2012 em São Paulo, na Hebraica, haverá uma noite de autógrafos, no dia 22 de agosto a partir das 19 horas.
Emanuel Araujo e Didier Brodbeck Ruth Grieco Poet izando a Joalheria Autor: Didier Brodbeck Editora : Dazzling Books 256 Páginas, papel couche, capa dura de tecido.
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Nara Alves
São Paulo: Arte & Estilo Festival de arte eletrônica FILE a SP chega à 13 edição Foto: di vulg ação
A décima terceira edição do FILE - Festival Internacional de Linguagem Eletrônica acontece até 19 de agosto na Galeria de Arte do SESI-SP. O FILE SP 2012 abrange uma série de festivais, como o FILE Instalação, Anima+, Tablet, Games, Hipersônica, Maquinema e Mídia Arte. Um dos destaques do FILE SP 2012 é a animação interativa de Petros Vrellis, Starry Night, da Grécia. A obra é baseada na obra-prima de Van Gogh "Noite Estrelada". Os fluxos icônicos da pintura original ganham vida por meio de animação. Al ém disso, o espectador pode interagir com a pintura, al terando os fl uxos ao tocá-la. Toda influência é temporária e, gradualmente, a animação volta a seu estado original. A trilha sonora ao fundo também reage ao fluxo. A edição de 2012 do FILE Anima+, festival de animação, é apr esen tada na Galeria de Arte do SESI-SP, no Espaço FIESP, no Museu da Imagem e do Som (MIS) e em estações de metrô da avenida Paulista, exibindo curadoria própria e trabalhos provenientes de parcerias com os maiores festivais de animação do mundo. A participação em todas as atividades é gratuita. Centro Cultural FIESP - Ruth Cardoso, na avenida Pauli sta, 1313. Mais in formações: www.filefestival.org
Abertas inscrições do 26º Prêmio Design MCB Produto O Museu da Casa Brasileira abre de 1 a 22 de agosto as inscrições do Prêmio Design MCB modalidade Produto. A mais renomada e prestigiada premiação de design do Brasil, promovida pelo MCB com a Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo, existe há 26 anos e reflete a própria história do design no País. Na modalidade Produto, a premiação recebe criações (protótipos ou em produção) em categorias voltadas ao design de produto e à produção teórica ligada ao design gráfico, design de produto, arquitetura, urbanismo e paisagismo. Em maio de 2012 ocorreu a premiação na modalidade Cartaz. Profissionais, estudantes e empresas participam do processo de seleção, que é dividido em duas fases. Os trabalhos são analisados por uma comissão julgadora composta por renomados profissionais e acadêmicos que muda a cada ano. A premiação acontece no dia 22 de novembro, quando começa a exposição no MCB com as peças aprovadas (premiadas e finalistas). Além da exposição, o Prêmio prepara ações especiais, como palestras, workshops, bolsas de estudo e visitas a parques gráficos. Mais informações: www.mcb.org.br
Noite Estrelada de Van Gogh: animação interativa
/ 26premiodesign @mcb.org.br - Av. Faria Lima, 2705 Jd. Paulistano, São Paulo, SP - 11 30323727
Café da Manhã com Estela Sahm e Cabral na Casa das Artes O próximo Café da Manhã na Casa das Artes acontece das 11h às 15h no dia 11 de agosto e apresenta os desenhos da artista Estela Sahm, em tela e papel. Estela Sahm é arquiteta, artista plástica profissional e suas obras fazem parte do acervo da galeria desde 2007. O livro Cabral, apresentando obras importantes do artista, estará à venda na galeria. No evento, a Casa das Artes apresenta também as novidades do acervo. A entrada é gratuita. Rua Bahia, 871 - Higienópoli s Te l: 11 36619595 e 11 38252409. www.casadasartes.com.br/
"Gesto amplificado" exibe olhar contemporâneo latino-americano na Caixa Até o dia 23 de setembro, os paulistanos podem conferir a exposição "Gesto Amplificado" na Caixa Cultural São Paulo. A mostra apresenta o conjunto de obras de 10 artistas contemporâneos do Brasil, Argentina e México e traduz uma visão das metrópoles, refletindo o caos, as relações políticas, classes sociais, arquiteturas e personagens por meio da arte. As obras apresentam diversas possibilidades de ações plásticas, criam movimento e narrativa, levando o espectador a apreciar o limite de uma experiência sensorial e estética. A mostra é composta por fotografias, desenhos, vídeos, grafites, instalações, desenhos e pinturas dos artistas Alê Souto, Bruno Miguel, Carla Evanovitch, Coletivo Acidum, Demián Flores, Heberth Sobral, Horácio Cadzco (foto), Magrão, Pablo Rosales e Pedro Sánchez. A linha do brasileiro Alê Souto, artista e cura-
dor convi dado, busca uma multiplicidade visual por meio da conexão de linguagens, mixadas com características gestuais e pictóricas, e segue a tendência de fusão de mídias com interação dos diversos campos da arte. Mais informações: www.caixacultural.com.br Até 23 de setembro das 10h às 22h (terça a sábado) e 10h às 21h (domingo) - Praça da Sé, 111, São Paulo, SP, 11 3321-4400. Entrada gratuita.
A Casa Museu do Objeto Brasileiro apresenta exposição de joias "Percurso" No dia 15 de agosto, A Casa Museu do Objeto Brasileiro inaugura a exposição "Joia Contemporânea Brasileira: Percurso", que apresenta o trabalho de 24 artistas selecionados pela curadora Miriam Mirna Korolkovas. A exibição vai até o di a 4 de outubro e tem entrada gratuita. Poderão ser conferidos trabalhos de artistas, designers, cooperativas de artesãos e comunidades indígenas que utilizam matérias-primas que vão muito além dos metais nobres tradicionai s, mas não deixam de ser preciosos, como o ferro, a madeira e a fibra de buriti. Korolkovas convidou artistas de todo o Brasil. Estarão pr esentes Am elia Toledo, de São Paulo, Paula Mourão e Rudolf Ruthner, do Rio de Janeiro, Karin Jakobsson, de Brasília, Alice Floriano e Mariana Neumann, do Rio Grande do Sul, Carla de Carvalho, da Bahia, e Daniel Coxini Karajá, de Mato Grosso. Os 24 artistas convidados mostrarão peças dos anos de 1940 até hoje. Mais informações: Joia Contemporânea Brasileira: Percurso - A Casa - Rua Cunha Gago, 807 | Pinheiros SP - Até 4 de outubro de segunda a sexta, das 10h às 19h | Sábados, das 12h às 16h. 11 3814 9711. Entrada gr atuita www.acasa.org.br Releases e sugestões para esta coluna: areliquiasp@gmail.c om / Nara Alves
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Istambul: Portal do Oriente Fortaleza de Rumeli vista do Bósforo
mais notável fronteira entre Or iente e O cidente está em Istambul. Metrópole da moder na Turquia, a an tiga Constantin opla é uma encruzilhada cultural onde se misturam traços de tr ês poderosos impé rios: o Romano, o Bizantino e o Otomano. A Ponte Sultão Muhamed Fatih cruza o estrei to de Bósforo, que separa a Europa da Ásia, e emoldura a paisagem de uma cidade singul ar, com 26 séculos de história. Mais de 2.600 anos de história fazem de Istambul , na Turquia, um a ci dade úni ca n o mundo. Nas construções e monum entos, há a marca de três suntuosos impérios: o Romano, poli teísta, o Bizantino, cristão ortodoxo, e o Otomano, fundado por guer reiros isl âmicos. Cortada pelo gol fo do Chifre de Ouro, um braço de mar que separ a a Europa da Ásia, à margem do estreito de Bósforo e do m ar de Mármara, Istambul parece celebrar eternamente o encontro de duas civi lizações. Religiosidade e tradições milenares convivem com o ritmo de uma cidade de mais de tr eze m ilhões de habitan tes, que, n o lim iar de 2000, vei o a tornar -se um dos pontos mais valorizados da ro-
A
ta do turismo mundial. Do alto da Torre Gálata, um monumento de quase setenta metros de altura, no centro da cidade nova, avista-se esta fascinante mistura de passado e presente. O Chifre de Ouro estende-se a oeste, um por to natural que já foi cobiçado por dezenas de povos ao longo dos séculos. A leste, o estreito de Bósfor o desenha os contornos que separam o lado europeu da parte asiáti ca da Turquia. Já a Ponte Gálata, com cerca de quinhentos metros sobre o Chifre, liga a cidade antiga à nova, confrontando os pal áci os dos grandes sultões de ontem com os vendedores dos mais variados objetos em artesanato, além de peixes e frutos do mar.
A deusa Hécate evitou que Bizâncio fosse destruída Com pre ende r a h istóri a de Istambul é como entrar no túnel do tempo, percorrendo episódios de guerras, conquistas e ri quezas. Atr ibui-se sua fundação a um grupo de colonos gregos vindos de Mégara, cidade localizada a oeste de Atenas, que atingi u a prosperi dade no século VII a.C.,
Vista da Igreja de Santa Irene. À direita, abside da igreja de Santa Irene com a cruz
graças ao comércio com a Itália e a região do mar Negro. Com um porto duplo e muitas possibilidades de tr oca a ser exploradas, os mercadores de Mégara enviaram um grupo chefiado pelo grego Byzos para estabelecer uma nova colônia, provave lmente n o ano 657 a.C. Mais tarde, ofuscada por Atenas, Mégara decairia, até ser arrasada por piratas na Idade Média. Já a cidade por eles erguida no Bósforo, chamada mais tarde pelos romanos de Bizantium ou Bizâncio, ganhou muralhas e tornou-se cada vez mais rica, conquistando um importante lugar nas rotas comerciais da época. Mesmo assim, não escapou de uma história turbulenta. Foi invadida pelos persas, em 514 a.C., até ser novamente libertada pelos gregos, sob o comando do rei Pausânias, em 478 a.C. Apenas um ano depois, os atenienses expulsaram Pausânias do poder e a cidade tornou-se um prêmio estratégico na longa disputa entre Atenas e Esparta, passando sucessivamente de uma para a outra, ao sabor do resultado das batalhas. Em 340 a.C., governada pelos atenienses, Bizâncio quase foi destruída pela invasão dos macedônios, liderados por Filipe II, pai de Alexandre, o Grande. >>>
A Fortaleza de Anadolu, na margem do Bósforo
Mesquita de Suleiman
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Vista da Mesquita Azul (de Sultanahmet) desde a Torre de Gálata
A Torre de Gálata (Megalos Pyrgos), construída em 1348
Segundo a mitologia gr ega, a própr ia de usa Hécate havia interferido, obrigando Filipe a suspender o sítio sobre a cidade. Invocada como divindade responsável pel a pr osperidade mater ial e pelo dom da vitória nas batalhas e n os jogos, Hécate era às vezes representada como uma mulher de três cabeças. Dizem as lendas que, em homenagem à i ntervenção da deusa, os bizantinos fizeram cunhar moedas com uma lua crescente e uma estrela. Atualmente, este símbolo aparece na bandeir a da Tur qui a, mas está r elacionado ao crescente muçul mano. Por volta de 62 a.C., Bizâncio passou a i ntegrar o Império Romano, então em expansão, como parte da colônia de Pompéia. A conquista foi confi rmada no ano 196 da nossa er a, quando o General Setímio Severo, em luta contra dissidentes, mandou saquear a cidade, demol ir a famosa muralha e submeter os habitantes. Mais tarde, Severo reconstr uiu parte de Bizâncio e r ebatizou-a com um nome romano, Augusta Antonina. Àquela altura, o impé rio havia se expandido para o Ori ente e a cidade voltou aos tempos de glória, ganhando um novo m ur o de defe sa, pal áci os, tem plos pol iteístas e te rmas, à m oda r oman a. Deste per íodo, restar am poucos monumentos na Istambul de hoje. A ci dade mantém três obeliscos e as ruínas de uma arena, construída em 324 para proporcionar ao povo os mais apreciados divertimentos da época: cor ridas de bi gas e lutas de gladiadores.
No ano 330 a cidade se tornou Constantinopla Seria o Imper ador Constantino Magno (provavelmen te nascido em 288 e m orto em 337 d.C.) quem revolucionaria a cidade, tornando-a capital política, rel igi osa e cultur al. Fil ho de Constâncio Cl oro e de uma concubina, Helena, Constantino foi aclamado rei por seus soldados, em 306, após
À esquerda, vista do Palácio Topkapi, antiga residência de sultões e centro administrativo do império. Acima, o grande harém do palácio
Palácio de Dolmabahce
várias vi tórias sobre os exércitos per sas, sármatas e pictos. Ape sar de seg uir os padr ões da crueldade da época - chegou a mandar executar a nulh er, Fausta, e o fil ho, Crispo -, o i mperador passou a ser lembrado pela tolerância reli gi osa, uma vez que pôs fim à er a de perseguições ao cristianismo, que tin ha pr oduzido centen as de mártires, torturados, crucificados ou destroçados por leões nas arenas romanas. As r azões para a conver são de Constantino ao cristianismo são até hoje muito discutidas. Alguns estudiosos acreditam que a origem do ato tenha sido puramente política, com o objetivo de captar
o apoio dos adeptos da nova r el igi ão. Outros argumentam que os cristãos eram uma minoria sem posses na época, portanto não somariam nenhuma pedr a importante na construção do prestígio do imperador. Esta corrente de estudiosos identifi ca um a genuína mudança de mentali dade em Constanti no. Eles se baseiam principal mente no depoimento dado pelo governante, sob juramento, ao biógrafo Eusébio. Ele contou que, em 312, durante a batalha na ponte de Múlvia, contra o di ssidente Maxêncio, viu uma cruz luminosa no céu, ofuscando o sol. E a vitória nesta batalha foi decisiva par a consolidá-lo no trono. A partir daí, Constantino passou a se consi derar o servo escolhido "da mais Alta Divindade", se gun do escre veu em v ár ios decr etos, no an o seguinte . El e admitiu que esta divi ndade era o Deus cristão e tomou uma série de medidas para instaurar a liberdade religiosa, ao mesmo tem po em que r estringia o politeísmo. Entr e as mudanças, está a escolha do domingo como feriado sagrado da se man a, de acordo com a tr adição cr istã. E mais: ao longo de seu reinado, que se estenderia até 337, Constantino transformou o império em uma monarquia de direito divino, tornando-se também líder espiritual. Continua na página seguinte
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Continuação da página anterior
Acima, Trono de Ouro no Palácio Topkapi. À direita, o Sarcófago de Alexandre, encontrado em Sidon, acervo do Museu Arqueológico de Istambul
Para i sso, ele precisava de uma "n ova Roma", uma capital fortificada, erguida em posição estratégica e que simbolizasse a importância dos territórios romanos do Ori ente . Foi então que seus olhos se voltaram para Augusta Antonina, antiga Bizâncio. A cidade foi novamente rebatizada em 330, com o nome de Constantinopla, e tornouse capital do Impér io Bi zanti no. A ar te bizan tin a flor esce u com o n un ca, n a época dos gr andes imperadores. As imagens dos santos cristãos, que nunca podiam ser pi ntadas sob a inspiração de m odelos vivos, substituír am as estátuas de Zeus, Vê nus, Marte e outras divindades pagãs. São mosaicos e ícones que decoram as igrejas, hoje misturadas aos edifíci os ergui dos pelos muçulm anos, conqui stadores que vier am a seguir . A Igr eja de Santa Ire ne, construída prov ave lm ente n o ano 300, é uma das mais anti gas e ai nda m ostra car acte rísti cas rom an as, com tr ês naves e uma cúpul a. Mas a mais importante delas é Hágia Sofia, ou Igreja de Santa Sofia, iniciada no sécul o IV pelo filho de Constantino, Constâncio. No entanto, só durante o reinado de Justiniano I (482-565), imperador a parti r de 527, a construção ganhou i mpulso graças a dez mil tr abalhadores, que a concluíram dez anos após a morte do i mperador . Justiniano empenhou-se em reconstruir os territór ios do Oci dente, siti ados pelos chamados povos bárbaros, e também em confirmar a supremaci a do cristianismo. Em 529, chegou a fechar a universidade de Atenas, um dos últimos focos da antiga re ligião pol iteísta. Também é atribuída a e le a ordem para a construção da magnífi ca Igreja do Cr isto Pan tocrátor (tradução aproximada: Cris to Regente do Mundo), cujas paredes seriam cobertas por belíssimos mosaicos, no século XIV, re presentando cenas das vidas dos santos. A atribul ada história de Constanti nopla teri a um capítulo trágico em 542, quando uma grande peste dizimou mais da metade da população. Mas os povos vizinhos continuaram cobiçando da cidade, apesar do período de decadência que se seguiu e durou até o século IX. Persas, avaros, árabes, búlgaros e russos invadiram-na neste período.
Uma das entradas do Grande Bazar. À direita, uma das “ruas” no interior do bazar
Em 1504, a Igreja de Constantinopla separou-se definitivamente do catolicismo de Roma e passou a se chamar Igreja Cr istã Ortodoxa, sob o comando dos patriarcas. Aliás, as divergências entre Roma e Constantinopla eram bastante antigas - no século VI, Justiniano havia exilado o Papa Silvério e e xi gido obediê ncia do pon tí fice seg uin te, Virgíli o. Em 1204, foi a vez de os cruzados - componentes dos exércitos formados durante a Idade Média para submeter os povos não-católicos - tomar em Constantinopla. Foram expulsos em 1261 por Miguel VIII, proclamado novo imperador bizantino. A parti r daí , no e ntanto, torn ou-se cada vez mais difícil resistir aos ataques, que vinham tanto do Oci de nte quanto do O ri ente . O s turcos transform aram-se na pr incipal ameaça. Em 1299, o Sul tão Osmã I fundou o rei no otomano, cujos esforços expansionistas logo transformariam e m império. Em 1453, sob a li derança de Mahmud II, as tr opas tur cas tomaram fi nalm ente Constan ti nopla. Mai s tarde, e ste ano se ria apontado pelos histori adores como m arco final da Idade Média. O mun do do mercantilismo, do ab-
solutismo monár quico e dos Estados fortes seria consolidado. Acompanh ando as mudan ças, Constantinopla deixou de existir , passando a ser chamada de Istambul .
Istambul foi a sede do rico e poderoso Império Otomano Mais um período de glórias seguiu-se a esta conquista. O auge seria o reinado de Salomão, o Magnífico, entre 1520 e 1566. Este excêntrico soberano l ançou-se à conquista de vários territórios do Mediterrâneo e do Leste da Europa, chegando até a sitiar Viena, na Áustr ia. Conta-se que o sonho de Salomão era dominar a Europa Ocidental e que, na tentativa de ganhar aliados, ele teria enviado um crocodilo como presente ao Rei Henrique VIII, da Inglaterra. A sobre vi vên cia do animal no frio in ver no britânico seria um símbolo: a prova da resistência e adaptabilidade dos turcos. O son ho do sultão ruiu defini tivamente em 1683, quando o Im pério Otomano foi der rotado por exércitos alemães e poloneses na Batal ha de Kahlenberg, diante dos muros de Viena. >>>
A RELÍQUIA Aos poucos, os turcos for am perdendo os territórios europeus e hoje suas fronteiras limitam-se a cerca de 780 mil quilômetros quadrados. Em compensação, mantiveram Istambul, hoje um baluarte da r eligião muçulmana, pon tilh ada por mesquitas e minaretes - torr es de três a quatr o andares, com bal cões, de onde se anunciam os horários das orações.
A cidade dos católicos e dos muçulmanos O mei o do cam inh o entre o O cidente e o Oriente reservas surpr esas para visi tantes de ambos os lados. E uma das melhores formas de conhecer a cidade é em passeio de bar co pelo estreito de Bósforo e pel o braço de mar Halic (o Ch ifre de Ouro). O Bósforo, que li ga dois mar es interiores - o Negr o e o de Mármara -, separa a Europa da Ásia. E o Chifre de Ouro divide a cidade em duas: a parte mais antiga, a oeste, e a mai s n ova, a leste. Do outro lado do Bósforo, e al cançada por uma ponte suspensa, inaugurada em 1973 e consi derada a mais larga da Europa, está Usküdar (ou Scutari), já na Ásia. Dur an te o passei o m ar ítim o, vêem -se, por exemplo, o Palácio de Dolmabahce, as fortalezas de Anadolu e Rumeli e os pavilhões imperiais do Palácio de Yi ldiz, onde ficam os palacetes de Cadir e Malta, que hoje abrigam cafés. Os hotéis estão na região nova da cidade (Beyoglu), mas as principais atrações se concentram do outro l ado das Pontes Gálata e Ataturk, na parte mais antiga. Lá está o Grande Bazar, o Kapali Carsi. Totalmente coberto, tem mais de quatro m il lojas e destina uma rua a cada mercadori a, como a Rua das Joi as, a das Espadas, a dos Tapetes, a das Antiguidades. Ali se deve praticar aquil o que par ece ser um e spor te nacional - a pechincha, pois os negociantes já estabelecem os preços ten do em vista que terão de bai xá-los. O Grande Bazar é também um excelente local pare ser apresentado à deliciosa culinária do país. As entradas são conhecidas como meze e podem ser compostas por m exilhões, fr ango com m olho de noze s e folha de par reir a ou ovas de pei xe. Há ainda várias maneiras de servir o carneiro ou os peixes, como a espada e a anchova. Acompanhando, o raki, uma bebida destilada de uvas. Para terminar a refeição, o mais indicado é pedir o
O Palácio Submerso
Agosto de 2012 kahve, o café tur co, servido com o pó. Para r elaxar , os turi stas procuram os hanam, os banh os-turcos, que existem par a homen s e mul her es, sepa radamente. Os ban hos Cagalogl u e o Galatasaray são considerados históricos. A rel igião se une ao tur ismo nas mais de quin hentas mesquitas. Cada me squita é como um a cidade e m mini atura. Trata-se de um con junto arquitetônico, com um templo cerca do por casas de banho, escol a, bi blioteca e hospital. Antes de entr ar, é bom lembrar que o islamismo exige que os ombros estejam cober tos e que os sapatos sejam deixados na entr ada. As mulheres devem vestir saia, n ão pode m passar n a fr ente dos fiéis que estiver em or ando (ou eles terão que recomeçar as preces) e rezam num local próprio, no alto, na parte de trás.
Milagre arquitetônico com uma cúpula de 50 metros de altura O mais famoso desses templos é o de Hágia (Santa) Sofia, consider ado um mi lagre da arqui tetura na é poca da construção, com a cúpula de cinqüenta metros de altur a. Constr uí da como igr eja cristã, acabou transform ada e m mesquita e hoje é o Museu Nacional. Em seu interior, os belos mosaicos com as i magen s de Cr isto e dos Imperadores Justini ano e Constantin o convi vem em harm onia com as citaçõe s do Corão e os m osai cos bizantin os. Próximo a ela e stá outr o prédio que rivaliza em beleza e fama: a Mesquita Azul, assim conhecida devido aos seus 21 mil azulejos nessa cor. De forma diferente da de San ta Sofia, que tem
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quatro minaretes, a Mesquita Azul foi projetada no século XII para ser ainda maior - e r ecebeu seis minar etes. Seu arquiteto também era um ourives, o que resultou num fino acabamento. Já a Mesquita de Suleiman foi construída entr e os anos de 1550 e 1557, por Salomão, o Magnífico, em cima de uma colina, per to do Ch ifre de Our o. Desse ponto se avista quase toda a cidade. No interior, observam-se as par ede s de cor adas com versículos do Corão e os vitrais feitos por um ar te são conhe ci do com o Ibrah im, o Bêbado. Mas os maiores tesouros estão no Palácio Topkapi. Anti ga residência de sultões e centro administrativo do império, contém um a ala considerada a mais r ica do mundo, pois abriga os presentes recebidos pelos sultões. Entre as peças estão um trono com diamantes, rubis e outras pedras pre ciosas, um diamante de 86 quilates e oito candelabros de ouro, pesando 48 quilos por peça. Além disso, cada candelabr o carrega 6.666 diamantes, que cor respondem aos ver sos do Corão. Outras alas do museu que despe rtam curiosi dade pelo an tigo modo de vida são o harém, as pequenas cel as dos eunucos e a Via Áurea, um corredor de 46 metros dentro dos muros do palácio, por onde concubinas e esposas passeavam. Istambul tem ainda mais surpresas para o visitante. No Museu Arqueológico, por exemplo, estão importantes coleções fenícias, r omanas e gregas. Outr a par ada que de ve fazer parte de qualquer roteiro é a Cisterna de Yerebatã, também chamada de Palácio Submerso, onde os ar quitetos do sécul o VI pr oduzi ram um belíssimo prédio, cuja principal car acterística é a abóbada sobre 336 colunas corínti as.
Obelisco de Teodósio
Santa Sofia, a que foi a igreja mais famosa do cristianismo, numa representação antiga, da Crônica Universal de Schedel, 1493
Por Cris tina Azevedo e Carmem Zamora
Gravura de 1455: Cerco de Constantinopla pelos otomanos
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