14
An
os
www.areliquia.com.br / jornalareliquia.blogspot.com / facebook.com “A Relíquia” / twitter.com/areliquia
INFORMATIVO DOS ANTIQUÁRIOS, LEILOEIROS, GALERISTAS E COLECIONADORES ANO XV - Nº 182 - SETEMBRO DE 2012 - RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA
Grand Canyon Esculpido pela natureza A natureza levou dez milhões de anos para esculpir o Grand Canyon, no noroeste do Arizona, nos EUA. Antes da fotografia, pintores de paisagens da Escola do Rio Hudson muito contribuíram no longo processo de reconhecimento do território norte-americano, incluindo-se o Grand Canyon. Páginas 6, 7 e 8.
LEILÕES DE SETEMBRO RIO DE JANEIRO • ALPHAVILLE • CAPADÓCIA • ERNANI • LEILÃO DA BARRA • LEVY LEILOEIRO • RESID. COPACABANA • ROBERTO HADADD • VITOR NAVES
SÃO PAULO • ANDRE CENCIN • CASA 8 • DAGMAR SABOYA • GALPÃO DOS LEILÕES
ArtRio - Feira Internacional de Arte Contemporânea
De 12 a 16 de setembro, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, será realizada a segunda edição da ArtRio - Feira Internacional de Arte Moderna e Contemporânea, que este ano dobra de tamanho, com a participação de 120 renomadas galerias - nacionais e estrangeiras. Página 15
Salão de Arte 2012 Páginas 28, 29 e 30
Poética das Joias
Destaques: The Elvis Experience Escola do Rio Hudson
páginas 22 e23
FERNANDO BRAGA
Página 32
página 8
Leiloeiro Público
2-
A RELร QUIA
Setembro de 2012
Nova Loja
Shopping dos Antiquรกrios Rua Siqueira Campos, 143 - Slj. 153 - Copacabana - RJ
Tel.: (21) 2235-8015 / 3579-3710 / 9607-2692 / 9605-4724 www.portaldotempoantiguidades.com.br / portaldotempoantiguidades@hotmail.com
A RELÍQUIA
Setembro de 2012 -
Espaço Ernani Arte e Cultura
Entre no site e cadastre-se para poder participar de nossos eventos
Espaço Ernani Arte e Cultura
GRANDE LEILÃO DE ARTE Exposição: dias 14, 15, 16 e 17 de setembro de 2012 Leilão: a partir do dia 18 de setembro de 2012 às 20 h no Espaço Ernani Arte e Cultura
Bruno Giorgi
Bruno Giorgi
Rogerio Tunes
Rosina Becker do Valle
Portinari
Carl Brusell
Antônio Bandeira Antonio Dias
Roberto Magalhães Roberto Magalhães
Antônio Bandeira
Rubem Gerchman
Próximos leilões, fique atento ao site
Roberto Magalhães
www.ernanileiloeiro.com.br Rua São Clemente, 385 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (21) 2539-2637 - horacioernani@gmail.com
3
4-
A RELÍQUIA
Setembro de 2012
COMPRO OBRAS DE:
LEOPOLDO GOTUZZO ÂNGELO GUIDO LIBINDO FERRÁS PEDRO WEINGARTNER ADO MALAGOLI AUGUSTO LUIZ DE FREITAS FRANCISCO STOCKINGER
Leilão de Setembro de 2012 Exposição: dias 19 e 20 de setembro de 2012 (quarta e quinta-feira), das 12h00 às 20h00 Leilão: dia 22 de setembro de 2012 (sábado), às 16h30 Local:
DISCAR (51) 3330.4763 8421.9306 e-mail: karam@saladearte.com.br Rua Cel. Bordini, 907 - Moinhos de Vento CEP 90440-001 - Porto Alegre/RS
Rua Uberlândia, 115 - Jd. Bonfiglioli Cep. 05365-040 - São Paulo - SP Telefones:
(11) 5841.9023 (Net) / 6239.6312 (Oi) 8632.3206 (TIM) e 9844.6317 (Vivo) Site: www.galpaodosleiloes.com.br e-mail: gal_dosleiloes@hotmail.com Organização: Jô Bueno / Carol Bueno Sergio Bueno de Souza (9229-1117) Leiloeiro Oficial: Roberto de Magalhães Gouvea
A RELÍQUIA
Captação permanentede segunda a sexta-feira das 11:30 às 18:30
Presencial e on-lline
Porcelanas, pratarias, imagens, marfins, quadros, lustres, móveis, bronzes, tapetes, relógios, opalinas, faqueiros, aparelhos de jantar, toalhas de mesa, etc
25
Exposição: 15 e 16 de setembro de 2012 (sábado e domingo), das 15h às 22h Leilão: 17 e 18 de setembro de 2012 (segunda e terça-feira) a partir das 20h Estamos recebendo peças Local: Rua Pinheiro Machado, 25 loja B e C, Laranjeiras. Rio de Janeiro. Cep: 22231-090
Tel: (21) 2553-00791 e 9974-44409 www.cristinagoston.com.br cristina.goston@terra.com.br Pagamos aos proprietários uma semana após o leilão
Compramos acervo
Circulação Nacional Publicação mensal da Sabor do Saber Editora FUNDADORES
Litiere C. Oliveira Luiz Carlos Marinho
FEIRAS DE ARTE E ANTIGUIDADES
EDITOR
ART AND ANTIQUES FAIRS
Litiere C. Oliveira
- Reg.Prof. MTb 15109
e-mail: litiere@areliquia.com.br RIO DE JANEIRO Publicidade: Rua Siquira Campos, 143 - Sl 73 - Copacabana - RJ Tel.: 21 2265-9945 Redação / Arquivo / Distribuição Rua Esteves Júnior 9, casa 01 Laranjeiras - CEP 22231.160 - Rio de Janeiro Tel.: 21 2265-0188 / Tel / Fax: 2265-9945 Cel.: 9613-2737 / 8899-0188 e-mail: jornalareliquia@gmail.com SÃO PAULO Tel.: 11 7389-3445 e-mail: areliquiasp@gmail.com PORTO ALEGRE Representante: Elisa Moog Tel: 51 2112-8038 / 9955-9962 DIAGRAMAÇÃO Felipe A. Oliveira CONSELHO EDITORIAL Itamar Musse, Fernando Braga, Luis Octávio Louro Gomes, Manuel Machado, Paulo Roberto S. Silva e Francisco P. Cunha, Ricardo Kimaid, Roberto Haddad, Rudinel Vicente do Couto, Hebert Gomes, Pedro Arruda e Virgínia Arruda COLABORADORES João Ubaldo Ribeiro ( ABL), Ferreira Gullar, Ledo Ivo (ABL), Paulo Coelho (ABL), Antônio C. Austregésilo de Athayde, Rosângela de Araujo Ainbinder, Ana Beatriz Gomes, Tatiana Maria Dourado, Rachel Brenner, Luiz Marinho, Paulo Scherer Tiragem desta edição: 15.000 exemplares Os conceitos e opiniões emitidas em colunas e matérias assinadas, são de responsabilidade única e exclusiva de seus autores.
Variados tipos de porcelana e cristal, joias, prataria, tapetes, objetos Art-Noveau e Art-Déco, entre outros, em exposição nas barracas montadas There is a wide variety of porcelain, crystal, jewellery, silverware and carpets, amongst other objects of interest. These are displayed and sold at stalls around the market tower.
RIO DE JANEIRO
SÃO PAULO
BELO HORIZONTE
SÁBADO - SATURDAY
SÁBADO - SATURDAY • Feira de Antiguidades da Praça Benedito Calixto - Pinheiros • Exposição de Antiguidades de Santos - Galeria 5ª Avenida, Pça Independência
• Feira de Antiguidades Tom Jobim Sábados, 10 às 17h - Av. Bernardo Monteiro - Santa Efigênia
• Shopping Cassino Atlântico Av. Atlântica, 4240 - Copacabana - Antique fair in air conditioned surroundings with a tea-shop and live music • Feira do Troca - Pça XV, em frente às Barcas (Bric-à-brac onde também se pode encontrar antiguidades). DOMINGO - SUNDAY • Praça Santos Dumont (em frente ao Jóquei) - Jardim Botânico • Feira de Antiguidades de Petrópolis - Praça Visconde de Mauá
BRASÍLIA Todo último final de semana de cada mês - Shopping Gilberto Salomão
DOMINGO - SUNDAY • Feira de Antiguidades do MASP - Vão Livre do Museu de Arte de São Paulo - Av. Paulista • Feira de Antiguidades do Bixiga - Praça Dom Orione - Bixiga • Feira de Antiguidades do MuBE (Museu Brasileiro da Escultura) - Av. Europa, 218 Jardins • Mercado de Antiguidades de Santos - Piso superior do Mercado Municipal. Praça Iguatemi Martins, s/n°, Vila Nova, Santos/SP.
PORTO ALEGRE • Feira do Caminho dos Antiquários - Pça. Daltro Filho - Sábados, 10 às 16h • Brique da Redenção - Domingos, 9 às 18h - Av. José Bonifácio sn. - Bom Fim • Feira do 5ª Avenida -Av. Mostardeiro, 120 - Todos sábados das 10h às 18h
SÃO LUÍS • Feira de Antiguidades de São Luís - Todo último sábado do mes no Tropical Shopping.Av. Colares Moreira, 440 - Renascença 2
A RELÍQUIA
Setembro de 2012 -
Marco Grili Antiguidades ADMIRÁVEL.
Stand de Marco Grili Antiguidade no Salão de Arte 2012 - São Paulo
R u a C o n d e d e L i n h a r e s , 5 0 3 - C i d a d e J a r d i m - B e l o H o r i z o n t e - M G - C e p : 3 0 3 8 0 -00 3 0 Tel. (31) 3275.4461 / 3291.9545 antiquario@gmail.com
5
6
A RELÍQUIA
- Setembro de 2012
Grand Canyon Esculpido pela natureza
A
Visitar o Grand Canyon é fazer uma viagem ao Passado do Planeta
natureza levou dez milhões de anos para esculpir o Grand Canyon, no noroeste do Arizona, nos Estados Unidos da América. Na verdade, trata-se de uma imensa garganta com 450 quilômetros de extensão, sinuosa e profunda, moldada pela erosão. No fundo do abismo, que em alguns pontos atinge mais de 1,5 quilômetros de profundidade, está o rio Colorado, que continua a sulcar a terra, deixando à mostra nos rochedos as camadas da crosta terrestre. Cerca de 2 bilhões de anos da história geológica da Terra foram expostos pelo rio, à medida que este e os seus afluentes vão expondo camada após camada de sedimentos.Em alguns trechos tranquilo, em outros formando corredeiras, o rio corre entre os paredões que ele mesmo ajudou a criar. Os europeus descobriram o Grand Canyon em 1540 e permaneceram observando-o apenas de suas bordas por quase 300 anos. Mas para os índios, principalmente os Navajo e os Hopi, esta região era uma velha conhecida, que fornecia abrigo contra os invasores estrangeiros. Descer as trilhas até as margens do rio fazia parte de uma viagem sagrada para os guerreiros.
Paisagem dominada por penhascos e desfiladeiros
Do alto dos rochedos pode-se ter uma ampla visão da área que, há milhões de anos, era um imenso planalto
O Grand Canyon serviu de abrigo para os indios. Ainda hoje podem ser econtradas numerosas construções feitas por eles, como a torre vista na foto
A RELÍQUIA Estas mesmas trilhas seriam retomadas pela juventude nos anos 1970, em busca de aventuras e de maior contato com a natureza. Os pintores muito contribuíram para o conhecimento, não só do Grand Canyon, como do território dos Estados Unidos. Naquele país o emblema mais significativo e reconhecível da pátria era sua própria paisagem, que se exaltava vigorosamente. Daí a pintura de paisagem. Um grupo de artistas criou a escola que depois ficaria conhecida como a Escola do Rio Hudson* (1825 -1880) e que representou um ponto alto no longo processo de reconhecimento do território norte-americano e de construção da sua imagem, que havia sido iniciado nos tempos coloniais com o trabalho de exploradores, naturalistas e artistas, nativos e estrangeiros. Muito tempo depois a fotografia levaria a beleza selvagem do Grand Canyon para o mundo inteiro. O turismo só descobriria o Canyon na virada do século passado. Uma linha de trem - hoje abandonada - levava os visitantes aos pontos principais. Do alto dos penhascos, a paisagem ainda é a mesma: os abismos, as camadas superpostas de terra, cujas tonalidades variam do vermelho ao ocre, e o rio, que parece correr espremido entre paredes de rochas. Pelo rio Colorado é possível descobrir outra visão do Canyon. Este é um dos cursos de água mais difíceis do mundo para a navegação. Nos 450 quilômetros de extensão dentro da garganta, o viajante encontra corredeiras, cascatas, lagos, fontes e jardins naturais. Nos pontos mais tranquilos, pode-se descer do barco e tomar banho nas pequenas lagoas que se formam ou, então, explorar as cavernas escavadas no calcário. Uma das mais impressionantes é a Red Wall, que assim ficou conhecida por seu tom avermelhado. Segundo os arqueólogos que estudaram e continuam a estudar o Grand Canyon, ela teria servido de habitação para os índios, além de abrigo contra os colonizadores, como se conclui a partir do exame dos numerosos desenhos e inscrições encontrados nas rochas. O Arizona foi colonizado inicialmente pela Espanha, passando ao controle mexicano em 1821, quando o México tornou-se independente. Em 1848, com o fim da Guerra Mexicano-Americana, o Arizona passou a fazer parte dos Estados Unidos. Em 14 de fevereiro de 1912, o Arizona tornou-se o antepenúltimo território norte-americano a ser elevado à categoria de estado, e o último território norte-americano dentro dos Estados Unidos contíguos (localizado dentro do corpo principal de terra na América do Norte) a tornarse um estado. Somente os territórios do Alasca e do Havaí seriam posteriormente elevados à categoria de estado. O primeiro estrangeiro a visitar o Grand Canyon foi o espanhol Garcia Lopez de Cardenas em 1540. Porém, a primeira expedição científica ao desfiladeiro foi dirigida pelo Major John Wesley Powell no final da década de 1870. Powell referiuse às rochas sedimentares expostas no desfiladeiro como "páginas de um belo livro de histórias". A luta pela preservação da área tem pouco mais de cem anos. Em 1882, o senador Benjamin Harrison começou uma campanha para criar o
Setembro de 2012 -
7
Fotos: reproduções
O Grand Canyon possui uma paisagem incomum
As rochas apresentam tonalidades variadas
O Canyon foi Cenário de muitos filmes de cowboy
O Grand Canyon inspirando a arte contemporânea: Asbjorn Lonvig - "grand canyon azul e vermelho", crílico sobre tela. 201 x 139 cm. Acima, pintura de Thomas Moran - Grand Canyon, 1908
Parque Nacional do Grand Canyon. A princípio não teve êxito, mas conseguiu transformá-lo em reserva florestal em 1893, quando já era presidente dos Estados Unidos. Finalmente, em 1919, o Presidente Wilson o transformou em parque nacional, incluindo também uma reserva indígena. Visitar o Grand Canyon é ter uma aula sobre a formação da própria Terra. Entre os pontos principais está a Cachoeira de Lava, assim chamada porque teria sua origem num dique natural de lava, que o rio Colorado formou há milhares de anos. Para quem se aventurar a percorrer o rio, este é um dos trechos mais perigosos: o Colorado despenca de uma altura de doze metros a uma velocidade de quase 60 quilômetros por hora.
As variações do clima nas diferentes zonas do Grand Canyon se refletem na fauna e na flora. Ao longo das margens do Colorado crescem plantas tropicais, enquanto no alto predomina a cobertura de pinheiros, vegetação de clima temperado. Cenário de filmes de cowboys, o Grand Canyon é hoje visitado por milhares de turistas do mundo inteiro. No entanto, poucos têm coragem de seguir as trilhas abertas pelos indios ou percorrer de bote o rio Colorado. A maior parte prefere observar a grandiosidade do Canyon das bordas de seus despenhadeiros a se aventurar a uma viagem ao interior da terra. Por Brad Markel Leia “A Escola do Rio Hudson” na página seguinte
8
A RELÍQUIA
- Setembro de 2012
Escola do Rio Hudson
A
Escola do Rio Hudson foi um movimento artístico norte-americano ativo entre aproximadamente 1825 e 1880, formado por um grupo de pintores paisagistas baseados em Nova Iorque, cuja visão estética representou uma síntese entre os princípios do Romantismo e do Realismo. O grupo não era formalizado, mas se uniu num espírito de fraternidade; alguns excursionavam juntos para o interior, pertenciam aos mesmos clubes e trabalhavam num mesmo prédio localizado na área hoje conhecida como Greenwich Village. O ponto inicial de interesse para suas obras foi a região do rio Hudson e as montanhas circunjacentes, donde o nome da escola, mas em meados do século XIX seus integrantes ampliaram seus horizontes para retratar o oeste dos Estados Unidos, o Grand Canyon e, alguns deles, até mesmo regiões distantes como o Ártico, a Europa, o Oriente e a América do Sul. As primeiras referências ao nome da escola aparecem somente na década de 1870, embora não se saiba exatamente quem o cunhou e, nesse momento, quando o prestígio do grupo começava a declinar, tinha um sentido pejorativo. Seus pintores refletem basicamente três impulsos importantes dos Estados Unidos do século XIX: descobrimento, exploração e conquista, dentro de uma óptica bucólica e pastoril, onde os seres humanos e a natureza coexistem pacificamente, e com um tratamento detalhista e por vezes idealizado. De forma geral seus artistas acreditavam que a natureza era a inefável manifestação de Deus, embora os pintores variassem na profundidade de suas convicções religiosas. Foram inspirados pelas filosofias do Sublime e do Transcendentalismo, pela obra de artistas europeus como Salvator Rosa, John Constable, William Turner e especialmente Claude Lorrain, e compartilhavam a reverência às belezas naturais da América com os escritores norte-americanos contemporâneos, como Henry David Thoreau e Ralph Waldo Emerson. A Escola do Rio Hudson representou um ponto alto no longo processo de reconhecimento do território norte-americano e de construção da sua imagem, que havia iniciado nos tempos coloniais com o trabalho de exploradores, naturalistas e artistas, nativos e estrangeiros. Também é considerada a mais importante expressão romântica na pintura norte-americana, a primeira escola de pintura genuinamente nacional e o movimento mais notável em toda arte do século XIX nos Estados Unidos. Assim, na ausência de um Partenon, de uma Catedral de Notre Dame ou de uma Basílica de São Pedro, carecendo de dinastias régias e tradições ancestrais de longa memória que definem outras nações, e possuindo apenas uma galeria de heróis recente demais para ter se alçado ao patamar do mito, nos Estados Unidos o emble-
Thomas Moran - “Grand Canyon de Yellowstone”
ma mais significativo e reconhecível da pátria era sua própria paisagem, que se exaltava vigorosamente. Daí a pintura de paisagem, que até então, a despeito do esforço dos artistas coloniais, havia conseguido um impacto apenas limitado sobre o grande público, e ainda não podia se comparar com os resultados europeus nem em termos de qualidade técnica nem como um símbolo realmente poderoso de tradição, adquirir uma primazia não encontrada na arte europeia, onde a pintura histórica era o gênero mais prestigiado, passando a natureza largamente virgem do país a ser vista como um espelho ainda mais fiel do mundo imaculado de Rousseau do que o cenário europeu, e sua representação como um autorretrato da sociedade e um poder civilizador positivo. Além disso, ao contrário da pintura histórica, que exige do público uma base cultural e literária relativamente ampla e consistente para poder ser plenamente apreciada, a pintura de paisagem era uma expressão democrática, acessível a todos, e só requeria a experiência natural que era patrimônio de todo ser humano. Um articulista do The Crayon acrescentava: "Lembremos que o sujeito da pintura, o objeto ou objetos materiais a partir dos quais ela é construída, são suas partes essenciais. Se não os amamos, não podemos ter sentimentos genuínos pela pintura que os representa. Amamos a Beleza e a Natureza - admiramos os artistas que as representam em suas obras… Um homem para quem a natureza, em suas formas inanimadas, foi um deleite em sua juventude, amará uma paisagem e será mais capaz de sentir os seus méritos do que qualquer artista crescido nas cidades (…) Só serão
capazes de ser justos críticos de arte aqueles que primeiro aprenderam a amar as coisas de que trata a Arte". O imenso sucesso que os artistas da Escola do Rio Hudson não poderia ter acontecido sem a existência de um sistema de arte amadurecido. A abertura do Canal do Erie em 1825 trouxe grande prosperidade à cidade de Nova Iorque, onde eles tinham sua base de operações, e se tornou um requisito da moda que os grandes investidores e comerciantes exibissem sua riqueza competindo entre si num mecenato generoso. Não somente mantinham grandes coleções privadas mas também faziam encomendas especiais para os pintores e subvencionavam seu aperfeiçoamento na Europa. Somente desta forma os principais representantes da Escola puderam estudar com mestres de renome internacional e conquistar uma desenvoltura técnica sem a qual suas ideias não teriam como se materializar. Entre os artistas europeus que se tornaram referências para os artistas da Escola do Rio Hudson estavam Salvator Rosa, William Turner e John Constable, mas Claude Lorrain foi especialmente importante, estabelecendo um modelo formal eficiente e expressivo para o paisagismo. Um precursor local da escola foi William Guy Wall, um irlandês de carreira consolidada quando iniciou a voga pelas paisagens do rio Hudson e arredores, e outro foi Washington Allston, que realizara pesquisas formais onde a mancha, a cor e a "atmosfera" tinham um papel preponderante, como faziam os românticos franceses na mesma época, e seu estilo foi um passo na direção da obra daquele que é geralmente considerado o fundador da Escola do Rio Hudson, Thomas Cole. >>>
A RELÍQUIA
Setembro de 2012 -
9
Thomas Doughty foi o primeiro artista norteamericano a decidir-se por seguir uma carreira exclusivamente devotada ao paisagismo. E mais importante, o primeiro a escolher o cenário local como tema de preferência, quando até então a cópia de modelos europeus convencionais era a regra. Até o aparecimento de Thomas Cole foi visto como o primeiro entre os paisagistas locais, e depois sua obra foi ofuscada pela dele e considerada imperfeita. Não obstante, sua produção exerceu um impacto significativo em Cole. Quando este viu pela primeira vez suas telas elas lhe apareceram como uma revelação, tratando do tema que ele estava buscando definir para si mesmo, um tema "que para todo Americano deveria ser do mais profundo interesse… sua própria terra, sua beleza, sua magnificência, sua sublimidade - tudo é seu. E quão pouco merecedor de seu direito de nascença seria se desviasse seus olhos dela e se lhe fechasse o coração!". Outros artistas se juntaram à escola, entre eles: Albert Bierstadt, John Gast, Asher Durand, Frederic Church, Thomas Moran.
A pintura norte-americana
Apesar de possuir uma história relativamente curta dentro da arte ocidental, a pintura nos Estados Unidos evoluiu tão rápido como a economia e sociedade desse grande país, para se tornar nos dias de hoje uma das mais insignes e ativas escolas nacionais em todo o mundo. Depois de um início dependente da informação européia, deu no século XX contribuições originais
Albert Bierstadt, “Entre as montanhas da Sierra Nevada”, ost - 186 x 306 cm
de importância fundamental para a evolução da pintura contemporânea. Atualmente os Estados Unidos são uma das referências básicas para a formação de novos pintores, um dos maiores centros produtores de pintura e uma das maiores forças na dinamização do mercado de arte mundial.
Fonte: AVERY, Kevin J. The Hudson River School. In Heilbrunn Timeline of Art History. New York: The Metropolitan Museum of Art, 2000; HOWAT, John K. American Paradise, The World of the Hudson River School; NOVAK, Barbara. American painting of the nineteenth century; BARRINGER, Tim. Unmistakably American? National myths and the historiography of landscape painting in the USA; Wikipédia.
10
A RELÍQUIA
- Setembro de 2012
RICARDO KIMAID
Palpite infeliz Quem é você, que não sabe o que diz; meu Deus do céu, que palpite infeliz... (Estrofe do samba do imortal Noel Rosa)
A recente entrevista com a curadora da próxima edição da ArtRio, publicada no caderno de domingo de um dos mais importantes jornais do país, corrobora meu artigo publicado na penúltima edição deste jornal, quando me insurgi pela forma com que esse evento foi concebido. Dar poderes a pessoas despreparadas justifica a tese de que, também despreparados serão aqueles indicados a cumprir tarefas acima do que seu histórico justifique. Desprovida de qualquer status que abone sua soberba, essa moça revela imaturidade e irresponsabilidade ao desqualificar galerias de arte do Rio, numa afronta contra os seus semelhantes de profissão. Nomeada como os demais curadores, à revelia da opinião dos profissionais de fato do nosso mercado de arte, não chega a surpreender as infelizes declarações proferidas por essa moça. Se com isso, pretendia angariar a antipatia do mercado por aqui, dê-se por satisfeita; conseguiu! Aliás, diga-se de passagem, conseguiu o feito de irritar até os patrocinadores do projeto. Há de se atribuir a irresponsabilidade por parte da imprensa ao criar "notáveis" num passe de mágica; de uma hora para outra convergem os flashes para pessoas desprovidas de brilho pró-
COMPRO pinturas e desenhos de
KARL PLATNER LEO PUTZ e dos artistas paranaenses
Alfredo Andersen Arthur Nisio Theodoro de Bona Miguel Bakun Guido Viaro
(041) 3027.6160 9972.8585 jeribas@terra.com.br
prio, dando sobrevida apenas enquanto as luzes não se apagam. Penso que a imprensa deveria ter profissionais com a devida erudição para os assuntos a que se propõe reportar. Ao dar um espaço de três páginas em uma revista dominical do jornal, o editor dessa matéria não se preocupou em saber, de fato, qual a representatividade no mercado de arte de sua entrevistada, mostrando desconhecimento sobre o assunto abordado, não procurando ouvir as pessoas certas. Há muito não se vê profissionais da imprensa com a devida cultura para falar sobre artes plásticas. Uma vez que são formadores de opinião, deveriam ter um mínimo de informações sobre o assunto em pertinência. Tenho aqui me manifestado, repetidamente, que o mercado de arte está entregue a grupinhos manipulados por investidores, cujos tentáculos dominam a mídia paga, sendo que o status cultural no que diz respeito às artes plásticas são irrelevante diante seus interesses. O caso acima exemplifica o equivoco na seleção dos curadores dessa feira. Como é que se pode conceber que um evento de tal envergadura para a cidade do Rio de Janeiro, esteja sob a responsabilidade de dois curadores de São Paulo, e apenas uma do Rio, sem nenhuma representatividade para defender os interesses da cidade? O que deveria estar sendo conduzido para resgatar a vocação que outrora tivemos, de ser o Rio a capital cultural do país, está a serviço de um grupo que se preocupa apenas locupletar-se com os dividendos auferíveis com a realização dessa feira. Outro fato que não condiz com a organização de um evento de tal monta, é permitir que os curadores se incluam entre os expositores: é an-
Velho Que Vale Antiguidades Cel. 9635-8764 Tel. 2549-5208
Luiz e Creuza Marinho Rua Siqueira Campos, 143 Sobreloja 61 e 62 - Copacabana Tel. 2548-9511
Rua Monte Alegre, 340 Santa Teresa Tels. 2508-6117 / 8848-5051
tiético! Até onde vai o grau de isenção desses curadores, que classificaram suas próprias galerias como aptas entre as demais, em detrimento de tantas outras que foram desqualificadas pelos mesmos?
Luto
Dedico um espaço para expressar meu sentimento em relação à trágica perda da obra maior da pintura brasileira, O Samba, de Di Cavalcanti. Solidarizo-me, não só com o seu proprietário, mas principalmente com todos os amantes da verdadeira arte, que via essa obra como o ícone da pintura brasileira. Nenhuma obra de arte brasileira foi tão genuína, tão emocionalmente bela, tão significativa e tão representativa. Nada, nenhuma obra de arte brasileira é comparável ao "Samba" de Di Cavalcanti! Ao pintá-lo, Di estava em transe com os grandes gênios e mestres da pintura. O Samba foi a síntese de sua obra; tudo de grandioso construído ao longo de sua brilhante vida de artista plástico estava contido nesse trabalho. Imagem que nunca se apagará, não só na memória daqueles que tiveram o privilégio do deguste pessoal, ao vivo, mas também das infinitas ilustrações perpetuadas em catálogos e livros espalhados aqui e mundo afora. Imortaliza-se a obra, que imortalizou o seu autor. O mercado de arte está de luto por essa perda irreparável. Ricardo Kimaid rkimaid@uol.com.br www.rembrandt.com.br tel 2273-3398
Os conceitos e opiniões emitidos por colunistas e colaboradores, são de responsabilidade única e exclusiva de seus autores, e não refletem, necessariamente, a opinião do jornal.
A RELÍQUIA
Setembro de 2012 -
ONZE DINHEIROS Escritório de Arte
Leilões Residenciais Paulo Roberto de Souza e Silva e Francisco Eduardo de Oliveira Pereira da Cunha ONZE DINHEIROS ESCRITÓRIO DE ARTE
Stand de Onze Dinheiros Escritório de Arte no Salão de Arte 2012 - São Paulo
Rua Siqueira Campos, 143 - S/L. 144/145/146 Cep. 22031-0 070 - Copacabana - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (021) 2256-1 1552 - Fax: 2523-9 9489 - Cel.: 9994-7 7394 email: onzedinheiros@uol.com.br www.onzedinheiros.com.br
11
12
A RELÍQUIA
- Setembro de 2012
Quadros furtados Lista de obras:
Alfredo Volpi - Bandeirinhas estruturadas com mastros 33,5 x 68 cm - Década de 60 - Tempera sobre tela Assinado no verso - Projeto Nº2236
Alfredo Volpi - Fachada em azul e vermelho - (Fachadas) - 59,5 x 38,3 cm - Tempera sobre tela Assinado no verso - Início da Década de 60 - Projeto Nº2297
Alfredo Volpi - Elementos de Fachada e Bandeirinhas 1960 - 134 x 84 cm Tempera sobre tela
Alfredo Volpi - O Manequim - natureza morta - Déc. 50 Tempera sobre papel colado sobre papelão 23,3 x 31,8 cm - Assinado no canto inferior direito
Alfredo Volpi - Sacada branca elementos de fachada - Dec.50 Tempera sobre tela - 73 x 54 cm Alfredo Volpi - Sereia - 28 x 53 cm - verso Tempera sobre cartão colado em madeira
Ivan Serpa - Sem Título - 98 x 130 cm c.1957 - Óleo sobre tela
Informações sobre as obras: ligar para (11) 9293-3138 e (21) 8899-0188 Gratifica-se informações concretas.
Alfredo Volpi - Bandeirinha - Final da década 1950 - Tempera sobre tela - 92 x 65 cm - assinado no verso - Projeto Nº 1002
Alfredo Volpi - Pintura nº 2 - (Concretos) Tempera sobre tela - 72,8 x 116 cm Assinado no verso - Projeto nº 2276
A RELĂ?QUIA
Setembro de 2012 -
13
14
A RELÍQUIA
- Setembro de 2012
By Pedro Scherer O MAIS CARIOCA 56 ANOS
SCHERER ANTIQUES 18 Paulo Scherer
DOS ANTIQU¡RIOS
ANOS
A SNOB ANTIGUIDADES E A SCHERER ANTIQUES AGORA EST O JUNTAS. TRADI« O E ESTILO EM DOSE DUPLA. Compra e venda Shopping dos Antiquários - Rua Siqueira Campos, 143 - 2º Piso, Lojas 110 e 111 CEP: 22.030-070 - Copacabana - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (021) 2549-9335 - Telefax: 2256-2032 - Cel.: 9913-5849
MB Arte
MARTHA BURLE ESCRITÓRIO DE ARTE
Consultoria e avaliações
Tel.: (21) 2236-1338 / (21) 9811-5136 NOVO ENDEREÇO Siqueira Campos, 143 - Lojas 71 e 72 - 2º Piso - Varanda e-mail: marthaburle@gmail.com
A RELÍQUIA
Setembro de 2012 -
15
ArtRio - Feira Internacional de Arte Contemporânea Segunda edição da ArtRio dobra de tamanho e traz para o Rio de Janeiro o melhor do cenário da arte mundial A ArtRio - Feira Internacional de Arte Moderna e Contemporânea chega a sua segunda edição, dobra de tamanho, e transforma o Rio de Janeiro em "capital mundial da arte" em setembro de 2012. O evento é o ápice das ações do movimento ArtRio, marca viva que ao longo do ano reforçou a arte no cotidiano da cidade - em diferentes formatos e possibilidades como intervenções urbanas, criações de roteiros artísticos nos espaços públicos da cidade, cursos e oficinas e a atualização do portal online www.artrio.art.br. O mote do movimento é O Rio é arte. O tempo todo. Em toda parte. Realizada pelos sócios Brenda Valansi, Elisangela Valadares, Alexandre Accioly e Luiz Calainho, a ArtRio 2012 acontece entre os dias 12 e 16 de setembro (dia 12 abertura para convidados) e vai ocupar os galpões 2, 3, 4 e 5, além do Anexo 4, do Píer Mauá. A expectativa é receber 60 mil visitantes e ter a movimentação de R$ 150 milhões. O evento marca a primeira ação no Brasil da renomada galeria Gagosian, considerada hoje a maior do mundo, que além de seu stand terá uma exposição especial de esculturas gigantes no Armazém 5. A galeria Kaikai Kiki, fundada pelo artista Takashi Murakami, também faz sua estreia na ArtRio, assim como a David Zwirner e White Cube. "A ArtRio, em seu segundo ano, já é reconhecida
pelo mercado como um dos mais importantes e qualificados eventos do segmento. O público que for a ArtRio vai ter a chance de ver obras de grandes nomes como Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Volpi, Miró, Pablo Picasso, Portinari, Barrão, Ernesto Neto, Andy Warhol e Roy Lichstenstein, entre outros", indica Brenda Valansi. "Queremos consolidar a posição do Rio de Janeiro entre as cidades mais criativas do mundo. A realização da ArtRio e seu reconhecimento internacional confirmam esse posicionamento. A cidade respira arte em todos os seus momentos - não apenas nas edificações e obras, mas no modo de vida e na paisagem. Extrapolamos também o modelo de evento único - temos uma marca viva, presente em feiras, em meios de imprensa, em cursos enfim - um ininterrupto trocar de conhecimento", diz Luiz Calainho.
ArtRio - A Feira
Se na primeira edição, em 2011, a ArtRio contou com 83 galerias, recebeu público de 46 mil pessoas e movimentou cerca de R$ 120 milhões, para 2012 os números são maiores e mais arrojados. São esperadas 120 galerias para um público estimado de 60 mil visitantes. Confirmando sua vocação de mercado, a ArtRio 2012 deve movimentar na economia R$ 150 milhões.
"Nos últimos 12 meses, visitamos as principais feiras e galerias internacionais, assim como tivemos reuniões com artistas e colecionadores de diferentes países com o foco em apresentar o sucesso da primeira edição da ArtRio e o calendário de 2012. No Brasil, antes mesmo de começar nosso planejamento, fomos contatadas por representantes das galerias que estiveram presentes na feira - e também por muitos que não estiveram - querendo já confirmar seus espaços para este ano", esclarece Brenda Valansi. Na área do Anexo 4, será criado um espaço de convivência com bares e restaurantes. Também serão realizados pocket shows e performances. SERVIÇO ARTRIO 2012 Data: 12 de setembro (quarta-feira) - restrito a convidados. 13 a 16 de setembro (quinta a domingo) - aberto ao público. Local: Píer Mauá (Armazéns 2, 3, 4, 5 e Anexo 4) - Av Rodrigues Alves 10 - RJ Horário de visitação: do meio-dia às 20h Horário Anexo 4: do meio-dia à meia noite Ingressos: R$ 30 e R$ 15 meia (entrada) - Venda antecipada no site www.ingresso.com Formas de pagamento: dinheiro, cartões de crédito e débito Estacionamento: Valet R$ 30
Compra e venda www.machadoantiguidades.com.br
Arte Sacra Pinturas Pratas Porcelanas
Nossos endereços Shopping dos Antiquários Loja 1 - Rua Siqueira Campos, 143 - Loja 35 - 2º Piso - Tel./Fax: (21) 2547-9988 Loja 2 - Rua Siqueira Campos, 143 - Loja 114 - Térreo - Tel.: (21) 2521-0030 Loja 3 - Rua Siqueira Campos, 143 - Loja 46 - 2º Piso - Tel.: (21) 9988-2542 Cep. 22031-900 - Copacabana - Rio de Janeiro - RJ - Brasil www.machadoantiguidades.com.br
Móveis Lustres Cristais Tapetes
16
A RELÍQUIA
- Setembro de 2012
LUIZ C ARLOS PA SCHOAL consultoria e avaliações PINTURA PORTUGUESAS
ESCULTORES
ARTE INDO-PPORTUGUESA
óleo s/tela ou madeira, guaches e aguarelas de pintores portugueses como:
bronze e terracota: TEIXEIRA LOPES E SOARES DOS REIS
IMAGENS SACRAS DE MARFINS E MOVEIS
SOUZA PINTO, JOSE MALHOA, CARGALEIRO, VIEIRA DA SILVA E CARLOS REIS
CIA DAS INDIAS ARMAS E BRASÕES PORTUGUESAS
FAZEMOS AVALIAÇÕES PARA LEILÕES NACIONAIS E INTERNACIONAIS E VENDAS DIRETA
São Francisco de Assis Altura.1.60 Século 18
Painel de azulejo representando vaso de flores. Altura. 1.50 x 1.20
Painel de azulejo representando vaso de flores. Altura. 1.50 x 1.20
Veja algumas obras disponíveis para venda Compramos pinturas de artistas brasileiros e estrangeiros. Século 19/20 e contemporâneo. Pintores: Russos, Italianos, Franceses, Americanos, Espanhois, Japoneses, Chineses, Alemães, Poloneses, Colombianos CONTAT0
Tels. Brasil: Rio: 021 98486065 - 80844440 São Paulo: 011 86718000 - 73411708 LUIZCARLOSPASCHOAL(luizcarlospaschoal@yahoo.com.br)
CONTAT0 INTERNACIONAL
Tels. Lisboa - Portugal 0041351917246730 / 00413519198505979
São Paulo: Luiz Carlos Paschoal - Cel: 011 86718000 / 021 98486065
A RELÍQUIA
Setembro de 2012 -
17
LEILÃO DA BARRA BURLE MARX, Roberto (SP 1909 RJ 1994) Composição - Guache e nanquim s/ cartão 50 x 70 cm. ass. inf. direito 1987
Centro de mesa em prata alemã contrastada e numerada. Circa de 1920 decorado com aguia no topo de um rochedo. Medindo 44 x 42 cm
SERGIO TELLES (1936) "Circo" Óleo s/ tela 80 x 100 cm. ass. inf. direito São Paulo 2002. Reproduzido nas págs. 24 e 25 catálogo da Exposição realizada pela TNT em agosto/setembro de 2011
DI CAVALCANTI, Emiliano (RJ 1897 1976) Mulata - Bico de pena 36 x 26 cm. ass. inf. direito 1962. Apresenta dedicatória
PORTINARI, Cândido (SP 1903 -1962) "Feitor" desenho a grafite s/ papel 19 x 14,5 cm. Registrado no catalogo raisonné do artista na página 249 do vol. III 771 22756 (FCO 4583)
IVAN MARQUETTI (1941 - 2004) A despedida Óleo s/ tela 110 x 73 cm. ass. inf. direito e verso 1991
Mesa de encostar em jacarandá D.José. Entalhes rasos na saia, nas joelheiras e sobre os pés. Med. 1.10 x 50 x 80 cm
EXPOSIÇÃO:
REYNALDO FONSECA (1925) Figura feminina - Pastel s/ papel 70 x 50 cm. ass. inf. direito 1991
1, 2, e 3 de setembro de 2012, Sábado, Domingo, Segunda-feira das 10:00 às 21:00h
RAPOPORT, Alexandre (1929) "Uma sonata para violino e clarinete" Acrílica s/ tela 110 x 90 cm. ass. inf. esquerdo e verso 2011. Reproduzido no livro do artista "O Som do desenho", na pág. 84
LEILÃO: 4 e 5 de setembro de 2012 Terça e quarta-feira às 20:30h
Oratório dito Lapinha completo com santos esculpidos em pedra sabão ricamente policromados, medindo 75 x 35 cm. Minas Séc XVIII
LOCAL: Av. General Guedes da Fontoura, 611 Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (21) 7238-6343 / 3251-5751 Manobrista no local
CONTATOS E LANCES POR TELEFONE: (21) 3251-5751 / 7238-6343 / 9982-6691 Tel-Fax: (21) 2495-1157 www.leilaodabarra.com.br leilãodabarra@leilaodabarra.com.br
NOSSA SENHORA DO LEITE, imagem de marfim sobre base de madeira.Gôa séc. XVIII. Alt. 18 cm
Antiga imagem em marfim europeu. Alt. 12,5 cm
Gallé - Vaso em cameo glass, na cor azul decorado com folhas. França circa de 1900. Alt. 38 cm
MÁRIO ZANINI (1907 - 1971) - Lavadeiras Óleo s/ tela 33 x 41 cm. ass. inf. esquerdo
RAIMUNDO DE OLIVEIRA (1930-1966) Anjo - Nanquim e aquarela s/ papel 73 x 53 cm. ass. inf. direito 1956
18
A REL
- Setembro de 2012
ROBERTO HADDAD ESPECIALIZADO EM ARTE DESDE 1967
4º Grande Leilão da Temporada de 2012
Aproximadamente 1800 lotes de coleções particulares ao correr do martelo pela melhor oferta Exposição: 21, 22, 23 e 24 de Setembro de 2012 Sábado e Domingo, de 15:00 às 22:00 h. Sexta e segunda-feira, das 10:00 às 22:00 h. Leilão: a partir de 25 de setembro às 20:00 h.
Bianco, Enrico (1928) “Trigal”, o.s.chapa de madeira industrializada 45 x 60 cm. Assinado e datado 2000 cid
MABE, Manabu (1924 1997) - "Abstrato", o.s.t 51 x 51 cm. Assinado e datado 1985 cid e no verso assinado, datado, numerado ZZB-12 e com etiqueta da Galeria Contorno TOMIE Ohtake (1913) "Sem título", o.s.t. 150 x 115 cm. Assinado cie e verso e datado 1996 cie. Registrado no Instituto Tomie Ohtake sob o nº P96-34
Par de Blackamoor do sec. XIX - Colunas altas venezianas representando duas figuras masculinas estilizando negros escravos. Alt. 98cm
Pa f
Jean Victor BERTIN (1767-1842) “Marinha e castelo”, o.s.t. – 47 x 88 cm. Assinado cie
Par de espelhos do sec. XIX, estilo Luiz XV em rica douração com entalhes de acantos e volutas. Med: 155 x 84 cm
Cômoda francesa estilo Luiz XV do sec. XIX, decoração Chinoiserie com figuras e paisagem oriental. Guarnições em bronze cinzelado e dourado com flores e acantos. Med: 89 x 130 x 60 cm
Sérgio Rodrigues. “Mesa Alex” 1960. Mesa redonda de madeira de lei maciça com base central e pés em cruzeta. Diam. 141 cm. Alt. 75 cm
Local: Copacabana - Rua Pompeu Loureiro 27-A - Tels.: (21) 2548-3993 / 2548-7141 / Fax: 2256-8656 Segurança e estacionamento com manobrista no local
Escr arr
Sérgio Rodrigues. Poltrona Mole. banqueta de jacarandá com trave suportam os almofadões do asse encosto e dos braços. Med.100 x
LÍQUIA
Setembro de 2012 -
19
Manoel Santiago (1897 1987) - "Paisagem com figuras", o.s.t. 47 x 61 cm. Assinado cid e verso com etiqueta da Galeria Contorno e assinado
RAPOPORT, Alexandre (1929) -"O mágico verde", o.s.t. 40 x 28 cm. Assinado cid e verso com etiqueta da Galeria Contorno, assinado e datado SCLIAR, Carlos (1920 2001) - "Bule e castiçal", vinil e colagem encerado sobre tela 37 x 26 cm. Ass e dat 1985
TERUZ, Orlando (1902 – 1984) “Favela”, o.s.t. – 56 x 47 cm. Assinado cid
VAN DIJK, Wim (1915 – 1990) “Frederiksholm kanal Copenhagen ”, o.s.t. – 79 x 130 cm. Assinado cie e verso Terno francês do sec. XIX de Sévres. Composto por relógio de mesa guarnecido por bronze dourado e par de candelabros para 5 velas com cabeças de carneiros e rostos mitológicos. Alt. 55 cm
Par de colunas salomônicas. Adornada com cachos de uvas e folhas de parreiras. Alt. 177 cm
ar de aparadores estio Luiz XIV do sec. XIX, ricamente entalhado com flores e acantos em madeira patina a ouro. Pés de cabra. Tampo em mármore. Assinado A. G. Trabucco. Med: 85 x 130 x 42 cm
Par de mesas tip top estilo inglês. Tampo oitavado com gradil. Alt. 78 x 78 x 78 cm
Esultura chinesa de marfim do séc. XIX, representando "divindade e menino". Alt. 48 cm
rivaninha estilo Luiz XVI. Apresenta as laterais redondadas, uma com 4 gavetas e outra com uma porta. Med: 77 x 128 x 43 cm
Poltrona com essas que ento, do x 100 x 75 cm
Bianco, Enrico (1928) “Nu feminino”, o.s.chapa de madeira industrializada 59 x 34 cm. Assinado e datado 1983 cid e verso
Esultura japonesa de marfim "sêlo vermelho" do séc. XIX, representando "divindade e menino". Alt. 45 cm
Cômoda lateral do sec. XVIII, holandesa em riquíssima decoração em marqueterie floral. Puxadores de bronze. Med: 78 x 69 x 42 cm
Visite o site: www.robertohaddad.com.br
E-mail: haddad@robertohaddad.com.br
Belíssima vitrine do Séc. XIX estilo Luiz XV. Toda em marqueterie e decorada com cenas de galanteio. Pilastras laterais com figuras femininas também em bronze. Medida 202 x 85 x 47 cm
20
A RELÍQUIA
- Setembro de 2012
Grande Leilão Residencial Copacabana EXPOSIÇÃO Dias 29 e 30 de setembro e 1º de outubro de 2012 sábado, domingo e segunda-feira, das 14 às 21 horas LEILÃO Milton da Costa - figura feminina o.s.m. assinada 1949 medindo 28 x 24 cm
Dias 2 e 3 de outubro de 2012 - terça e quarta-feira às 20 horas
Tenreiro - Paisagem - o.s.e assinada - medindo 23 x 23 cm
Endereço: Avenida Atlântica, 2672, apto. 402 - Copacabana O imóvel também vai a leilão
VOLPI - Mastros - o.s.t. - medindo 32 x 47 cm
Tenreiro - escultura em ferro patinado, assinada - 1988 medindo 46 cm
Organização: Carla Alencar
Tels: (21) 9615-3466 / 8890-0930 8245-1154 / 8145-3393 carlaalencarorg@hotmail.com / luizalencarant@hotmail.com leiloeiro@antonioferreira.lel.br / leiloeiroantonioferreira@gmail.com
AO Nprimeiro TIQUnomeARemITarteY ANTIQUARITY OBJETOS DE ARTE
Destaques: Coleção de pinturas e desenhos de Milton da Costa; Alfredo Volpi, Aldemir Martins, Fernando P, Oswaldo Teixeira, Alberto Valença, Antonio Parreiras, G. Dal'ara. Bruno Giorgi, Tenreiro, móveis contemporâneos e de época, marfins, pratarias, e peças de decoração.
COMPRA E VENDA EXCELENTE AVALIAÇÃO
Quadros Nacionais, Marfins Pratas, Porcelanas Cristais, Tapetes e Móveis antigos TEL.: (21) 2431-55558 ou 9989-22654 Av. das Américas, 3120 - lj 101 - Bloco 5 (Bay Side) - Barra da Tijuca - RJ www.antiquarity.com.br E-mail: antiquarity@gmail.com
Bruno Giorgi - escultura em mármore assinada medindo 28 cm
Milton da Costa figura feminina o.s.t. assinada medindo 16 x 22 cm
www.antonioferreira.lel.br
A RELÍQUIA
Setembro de 2012 -
ALDEMIR MARTINS - MARINHA - TRIPTICO - AST - 85X105 CM
ANTONIO POTEIRO - AMAZÔNIA - OST - 100 X 100 CM
VINCENZO CENCIN - MARINHA - OSTCSP - 50 X 73 CM
21
22
A RELÍQUIA
- Setembro de 2012
A Poética das Joias "Ruth Grieco não é simplesmente uma designer de joias, mas uma poetisa da joalheria. Suas peças são mais que simples traços, são formas harmônicas que se entrelaçam transformando-se em poemas para os olhos." Ricardo Lerner
Colar com ametistas, peridotos e brilhantes - criação Ruth Grieco
A
brilhante trajetória profissional da designer de joias Ruth Grieco é homenageada em livro escrito na Europa pelo jornalista parisiense Didier Brodbeck. O livro "Ruth Grieco - Poetizando a Joalheria" é ricamente ilustrado com fotos, desenhos e prêmios conquistados dentro e fora do Brasil. Na publicação, a coleção de arte, a casa e o estilo de vida de Ruth aparecem como fonte de inspiração para suas coleções, além de pequenas crônicas que narram momentos de criação, sempre enaltecendo as gemas brasileiras, pelas quais Ruth nutre grande paixão. Entre os depoimentos sobre a arte de Ruth Grieco, destacamos o de Lélia Pereira da Silva Nunes, que fala sobre a Rosa dos Ventos, uma criação da designer para a capa do livro LUXO 2010 Year Book - "The Best of the Best": "A peça belíssima em diamantes e Turmalina Paraíba apresenta a figura da Rosa dos Ventos. Deslumbrante. Sua delicada e elegante ourivesaria emociona pelo poder de criação. Penso na criatura que a concebeu. Aplaudo. Na magnitude da Rosa dos Ventos em joia parida, a elegância absoluta nas formas, na raridade do azul turmalina, na lumino-
Ruth Grieco: Cada peça que crio traz consigo uma parte dos meus sentimentos
sidade dos diamantes que com leveza expressam a essência do belo. Silencio... Reverencio uma mulher com Arte: a catarinense Ruth Grieco. Nascida em Florianópolis, Ilha de Santa Catarina. Um dia, Ruth deixou a Ilha foi em busca do seu "Norte". Como todo ilhéu carregou a Ilha dentro de si, o imaginário,o mar, a maresia, as gaivotas os peixes,
o marisco, a estrela do mar, a laelia purpurata, a ponte Hercílio Luz-fetiche e portal para o mundo. Encontrou-o na Arte da joalheria. Ali, deixou fluir livremente o poder da criação. Transformou as pedras brasileiras em joias que encantam por seu designer elegante, por sua riqueza de detalhes e, sobretudo, por ser um registro precioso da cultura brasileira.Verdadeira expressão do nosso patrimônio cultural salvaguardado na Arte de joalheria que, Ruth Grieco, com magia, talento e competência inegável vem apresentando ao longo de sua trajetória profissional e artística desde 1976. Como catarinense e estudiosa da cultura popular brasileira, reverencio com respeito infinito a Arte maior de Ruth Grieco e a sua capacidade de transformar em joias as belezas do nosso da nossa terra. Peças que falam da arte plumária indígena; dos costumes, da flora e da fauna, que revelam os tesouros do mar nos corais, cochas e mariscos; a sinfonia cromática dos pássaros, o folclore nas mais significativas manifestações da cultura popular brasileira.Uma poesia visual, um legado incomensurável no seu valioso registro.Uma arte de joalheria reverenciada internacionalmente, premiadíssima e admirada por onde quer que apresente o seu fabuloso trabalho de designer. >>>
A RELÍQUIA
Setembro de 2012 -
23
Pendente - kunzitas e brilhantes
Rosa dos Ventos: diamantes e Turmalina Paraíba
Pulseira - topázios azuis, peridotos, turmalinas e brilhantes
Motivo de muito orgulho para a sua cidade natal: Florianópolis. Por seu destaque na área de joalheria e em reconhecimento ao seu talento inconteste, em oito de março de 2003, foi homenagiada pela Prefeitura de Florianópolis com o prêmio "Mulheres com Arte". Uma singela e justa homenagem a quem tanto orgulho causa aos catarinenses. Ouso afirmar que Ruth Grieco é uma mulher com Arte que significa que dignifica e identifica a terra brasileira. Pois, sua Arte é só Brasil". Com edição em inglês e português, o livro "Ruth Grieco - Poetizando a Joalheria" inclui um breve relato da história da joalheria brasileira desde 1700, dando destaque às joias de crioulas mostradas nas gravuras de época de Debret. O texto é de autoria da própria Ruth, abaixo reproduzido. A obra mostra a casa e a família da designer, e faz referência também à Coleção de Arte Grieco, que reúne objetos de arte sacra, pintura, escultura, peças em prata, adornos para a casa e joalheria. E traça um panorama da produção artística de Ruth Grieco, que inclui colares, brin-
cos, pulseiras, anéis, pingentes e broches.
O livro e o autor
Autor de dezenas de livros sobre relógios, diamantes e pérolas, Didier Brodbeck é editor da Dreams, a primeira revista francesa dedicada à joalheria. O livro "Ruth Grieco - Poetizando a Joalheria" foi lançado em Paris na HIP Gallerie D'Art, e outra sessão de autógrafos aconteceu para a imprensa internacional, durante a maior feira de joalheria do mundo, a Baselworld, na Suíça. No Brasil, o lançamento aconteceu em Maio, em Santa Catarina, no Museu Histórico de Santa Catarina (Palácio Cruz e Souza) e em 26 de Junho em São Paulo, em noite de autógrafos no Museu da Casa Brasileira, com a presença do autor parisiense. Durante o Salão de Arte 2012, ocorrido em agosto na Hebraica, em São Paulo, teve uma concorrida noite de autógrafos, onde a edição limitada foi praticamente esgotada. Espera-se uma segunda edição de tão primorosa obra. A História da joalheria brasileira na página seguinte
Acessório "Queda D'Água" (pérolas Tahiti e diamantes) recebeu o 1º lugar na etapa brasileira do concurso Tahiti Pearl Trophy e ficou em 2º lugar na competição mundial em 2004
Brincos - ametistas, peridotos, turmalinas e brilhantes
Anel com água marinha e diamantes
Ordem da Cruz de Cristo Granadas e Minas Novas, Portugal, séc. XVIII - Coleção Ruth e Paschoal Grieco
Peça sacra brasileira em prata - Coleção Ruth e Paschoal Grieco
24
A RELÍQUIA
- Setembro de 2012
Continuação da página anterior
História da joalheria brasileira 'Ouro, pedras preciosas e diamantes sempre fascinaram a humanidade, em forma de arte, reserva de valor, e em algumas culturas, proximidade do divino. Joias são tidas como a primeira manifestação artística do homem. Desde a pré-história até hoje, são símbolos de riqueza, majestade, poder e grande magia. A história das joias é tão antiga quanto à vaidade dos homens. No Brasil, país descoberto pelos portugueses em 1500, o ouro era abundante e logo começou a ser extraído da terra. Igrejas logo começaram a ser construídas, e adquiriam o resplendor do sol quando enriquecidas e recobertas pelo ouro, quase como um agradecimento ao divino. Porém, grande parte deste nobre metal era enviada para Portugal em forma de impostos. Mais precisamente, um quinto do todo. Até 1720, 25 toneladas anuais eram enviadas para Portugal. A partir de 1727, foram descobertas no Brasil minas de diamantes, nos estados da Bahia, Minas Gerais e Mato Grosso, e até 1870 o Brasil foi o maior produtor de diamantes do mundo e presenteou Portugal até está data com mais de três milhões de quilates. Inúmeras outras gemas surgiram das entranhas brasileiras, possibilitando assim o fausto das joias em uma época de exuberância. Com a vinda de Dom João VI e a corte portuguesa, instalada no Rio de Janeiro em 1808, intensificou-se a produção das joias para atender a burguesia e até mesmo as classes menos favorecidas, incluindo os escravos. Ourives lusobrasileiros trabalhavam no Brasil. Foram criadas as chamadas joias de crioulas, especialmente na Bahia, para mulheres negras e crioulas nascidas no Brasil, sendo estas uma expressão ímpar de um estilo brasileiro. A estética da riqueza e do exagero exteriorizava o luxo e sinalizavam poder e distinção. Escravas e amas de leite de lares abastados circulavam ostentando enormes peças de ouro, exibindo assim o poder de seus senhores. O Brasil nunca produziu prata. Ela chegava do México e do Peru, e aqui era trocada por outros produtos, e até mesmo por escravos africanos. As pencas de balangandãs eram adornos eram adornos usados na cintura e fizeram parte da indumentária baiana do século XVIII até meados do século XX. Carrega-
Os balangandãs da Bahia
Jean Baptiste Grenier. Mulata, ost 67 x 56 cm séc. XIX. Coleção particular
vam consigo um sincretismo religioso e eram compostos por vários grandes elementos manufaturados em prata, que adquiriam uma conotação mística através de amuletos de boa sorte. Todos estes adornos de prata e ouro representavam também reserva de capital a ser transformada em dinheiro em caso de necessidade financeira." (Ruth Grieco) SERVIÇO Ruth Grieco - Poetizando a Joalheria Autor: Didier Brodbeck - Editora: Dazzling Books - 256 Páginas, papel couche - Capa dura de tecido Compra no Brasil: Livraria Cultura - WWW.livrariacultura,com.br
Jean Baptiste Debret. Transporte de uma criança branca para ser batizada na igreja. Litografia - Coleção Particular
Crioula usando Penca Baiana. Crioula - Baianas do século XVIII
Bentinhos & amuletos. A sofisticação místicosocial do branco e o terror animista dos povos primitivos do Brasil amalgamados numa ourivesaria de raiz popular. O homem na sua queda (leia-se: diáspora tribal) e perdida unidade teísta e cultural refugiou-se na saudade daqueles tempos de glória. Bentinhos & amuletos seriam, afinal de contas, a projeção e a memorialística coletiva de uma idade de ouro em que tudo era uma só Verdade de consumo coletivo, representada cabalisticamente pelo olho do conhecimento humano no meio do triângulo egípcio; ou pela cruz do Kristó significando o equilíbrio In e do Yang - o positivo e o negativo, forças mestras da vida. E o escapulário sobre o peito dos líderes religiosos e das multidões de fieis, vibradores a irradiar força animista/psíquico positiva, ou a proteger e amortecer, pela neutralidade mineral e a nobreza química de seus componentes, o yang negativo e o maléfico das forças cósmicas e humanas desencadeadas e decaídas. Os balangandãs da Bahia seriam, assim, uma representação simbólica dessa velhíssima tradição do conhecimento humano e divino acumulado e esquecido: o temor de Deus onipresente pelo conhecimento de suas forças fecundantes de luz & sombra, noite & dia, sol & lua, terra & água, ar & fogo, homem & mulher. Braços propiciatórios e mortais, todos eles a embalar um ser de eleição terrestre: aquele feito à semelhança e imagem de Deus. Mãos diferenciadas e unas do mesmo corpo cósmico. E místico. Tudo revelado (e encoberto) pelas três palavras profanas que se escondem a grande unidade simbólica tripartida: Uma Coisa Só. Introduzida pelos negros islamizados do Daomei e vizinhanças, a ourivesaria baiana vem repetindo o comício castralvino da dor dos negros sublimada pela beleza. Fruto menos dramático da tragédia da escravidão em sua floração plástico-simbólica, repete o sofrimento documentado do Navio Negreiro: nos pequenos arranjos conhecidos como pencas de balangandãs, certas peças são conhecidas como nave, galera, chave, correntão, grilhão - toda a gíria de dor tartamudeada pela escravaria em viagem para o Brasil e sublimada, em forma de esconjuro criativo, pelos delicados artífices da ourivesaria baiana, escravos e forros em sua quase totalidade. Por Homero Homem
A RELÍQUIA
Setembro de 2012 -
Administração: Associação de Antiquários do Estado de São Paulo - AAESP End.: Rua André Saraiva, 584 - Vila Sônia - CEP. 05626-001 - São Paulo - S.P Tel.: (11) 3253-6382 Fax: (11) 3251-4210 (Seg á Sex das 09:00h ás 18:00h) Site.: www.aaesp.art.br - E-mail: associação.antiquarios@aaesp.art.br
Feira de Antig¸idades do Shopping Cassino Atl‚ntico 16 Anos ANTIGÜIDADES - BIJUTERIAS - PRATARIAS - MURANO PORCELANAS - ESCULTURAS - PINTURAS - CRISTAIS TAPETES ARTESANATO BRASILEIRO - COMIDAS TÍPICAS TODOS OS SÁBADOS DAS 11:00H ÀS 19:00H Av. Atlântica, 4240 - também com acesso pela Av. N.S. de Copacabana, 1417 e Rua Francisco Otaviano, 20. Garagem: entrada pela N.S. de Copacabana
Tel.: 55 21 2523-8709
25
26 -
A RELÍQUIA
Setembro de 2012
Morre Galileu Resende O Desenhista e pintor Galileu Resende faleceu dia 19 de agosto passado em Teresópolis, sua cidade de adoção e de trabalho, vitimado por câncer. Nascido em 1939 no Rio de Janeiro, cursou a antiga Escola de Belas Artes, aperfeiçoandose em Roma. Fez dezenas de individuais e coletivas em importantes galerias do Rio e no exterior. Executou um belíssimo painel para a Justiça Federal , em Brasília. O poeta Manuel Bandeira assim falou dele: "vistos de perto, revelam os desenhos de Galaileu
IERI
E
como que uma arte dentro de outra: a certa distância parecem composições abstratas, névoas de nanquim ou de sépia; só de perto é que constatamos a sua técnica, desenhos a bico de pena, colagens de jornal, aguadas, buscando o espaço em branco funcionar como elemento." Galileu exerceu o magistério na Escola de Arte de Instituto Santa Filomena e no Colégio Metropolitano e tem extenso verbete no Dicionário Brasileiro de Artistas Plásticos - Tomo 2 MEC.
OGGI ROBERTO PRADA
Moveis, quadros, pratas, cristais, brasileiros e europues, séc. XVIII - XX. Compra-se quadros europeus.
COMPRO E VENDO Relógios, Carrilhão,Pedestal, Bolso e Pulso
Telefax: (11) 3083-2227 - cel. (11) 7886-9568 Alameda Tietê, 43 lj. 15, Cerqueira César - São Paulo/SP rprada.antique@uol.com.br N. Srª da Conceição em marfim de Goa, séc. XVIII. Contador em jacarandá e osso, indo-português, séc. XIX. Prato em porcelana, Chinese Imari, séc. XVIII. Coco em prata brasileira, séc. XIX.
Dantas
Molduras Everaldo SHOPPING CASSINO ATLÂNTICO Av. Atlântica, 4.240 SS Lj.133 Copacabana RJ CEP 22070-002 T. (21) 2410-7070 ● 2521-4090 2523-4814 www.everaldomolduras.com.br faleconosco@everaldomolduras.com.br
2548-1514 9975-7545 Rua Siqueira Campos, 143, Sl 136 Copacabana - Rio de Janeiro - RJ
Óbidos Antiguidades Aluguel de material de imagem & som de época Compra e Venda
Mário Abreu
“Onde garimpar é sempre um prazer.” Vamos e sua resi m dência
Jornal A RELÍQUIA
Móveis, Objetos, Roupas e Antiguidades em Geral.
Para Assinar ou Anunciar RIO DE JANEIRO: (21) 2265-0188 SÃO PAULO: (11) 97389-3445 PORTO ALEGRE: (51) 2112-8038
BRECHÓ CHARISMA
R. Gal. Glicério 400-B Laranjeiras Rua Siqueira Campos, 143, loja 52, 2º piso - Copacabana Cep: 22031-070 - Rio de Janeiro RJ - Brasil Cel. 8111-1041 / Telfax: 2548-9607 abreu.mariopintoabreu@gmail.com www.antiguidadesdoabreu.com.br
Tel.: 2265-99736 www.brechocharisma.com.br twitter.com/brechocharisma
A RELÍQUIA
Setembro de 2012 -
27
Larissa Simões
São Paulo: Arte & Estilo O espectro diverso - 600 anos de cerâmica coreana Exposição concebida especialmente para o MASP traz raros exemplares da arte cerâmica em mostra organizada pela curadoria do Museu Nacional da Coreia. Obras-primas produzidas ao longo de séculos estarão ao lado de outras, contemporâneas, que reinterpretam os princípios tradicionais dessa arte. Nestes 600 anos de história, técnicas de elevado nível refletem o desenvolvimento de conceitos e ideologias que moveram os artistas coreanos ao longo do tempo. Uma dos mais marcantes manifestações artísticas orientais, a arte cerâmica chega ao MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand no próximo dia 17, sexta-feira, com mais de 70 obras-primas da coleção do Museu Nacional da Coreia, todas inéditas no Brasil. O espectro diverso - 600 anos de cerâmica coreana explora a tradição ousada e surpreendentemente moderna da cerâmica que floresceu na Coreia. Com curadoria de Heagyeong Lee, do Museu Nacional da Coreia a exposição integra as comemorações dos 50 anos da imigração coreana ao Brasil e fica em cartaz até 25 de novembro no museu paulista. Destaque em museus como o Metropolitan de Nova York e Museu de História Natural de Washington, a cerâmica coreana ocupa lugar de destaque no gênero e pela primeira vez será mostrada no Brasil. Na visão de Teixeira Coelho, curador do MASP, "será uma ocasião singular para apreciar a manifestação da beleza em seu estado mais puro, apesar da funcionalidade que as peças mostradas possam ter". Em texto de apresentação da mostra, ele escreve: "A criação de recipientes em cerâmica é um dos mais antigos modos de unir a funcionalidade dos objetos aos mais elevados princípios estéticos e filosóficos. É nela que se distingue com clareza a ética da estética, ou a vinculação da busca da forma adequada e, se possível, perfeita, aos princípios que devem reger a vida e o comportamento humanos". O espectro diverso - 600 anos de cerâmica coreana é uma iniciativa conjunta do MASP, Fundação Coreia e Museu Nacional da Coreia e tem patrocínio da Korean Airlines.
Todd Bracher - A essência das coisas
A mostra traz 70 obras-primas do século 14 até os dias de hoje, vindas do Museu Nacional da Coreia
leva em conta os aspectos do habitat natural até os costumes no século XIX. O grande destaque da mostra é a exibição do papel de parede Vistas do Brasil (1829-1830). As imagens que deram origem a essa composição foram as ilustrações do livro Voyage pittoresque dans le Brésil (Viagem pitoresca através do Brasil) de Johann Moritz Rugendas. O jovem artista bávaro, que viveu por cerca de quatro anos no Brasil, fora contratado para acompanhar, como desenhista, a expedição científica comandada pelo barão de Langsdorff (1774-1852). O livro, publicado em fascículos entre 1827 e 1835, tornou-se um dos mais populares álbuns de viagem ao Brasil, rivalizando com a Voyage pittoresque et historique au Brésil (Viagem pi-
DOURAÇÕES Dourações Brunidas Ouro comum e legítimo 22/24 quilates
Vistas do Brasil
A Pinacoteca do Estado de São Paulo, instituição da Secretaria da Cultura, apresenta a exposição, Vistas do Brasil com 11 obras que fazem parte dos acervos da Pinacoteca e do Instituto Moreira Salles. Para a exposição foram selecionados trabalhos de dois artistas que contribuíram significativamente para o registro da paisagem brasileira: Johann Moritz Rugendas (1802-1858) e Jean - Julien Deltil (1792-1853). Realizadas entre 1827 e 1835, as obras apresentam a visão do europeu sobre o Brasil; uma narrativa que
toresca e histórica ao Brasil) de Jean-Baptiste Debret. Para sua produção, foram empregados diversos gravadores, cuja responsabilidade era compor as litografias a partir dos desenhos de Rugendas realizados no Brasil. Esse material, litografias e alguns desenhos, por sua vez, foi colocado à disposição de Jean-Julien Deltil, artista contratado pela Manufatura Zuber (localizada em Rixheim, na França, fabricante de papéis de parede decorativos. A manufatura ainda existe e ainda produz esse papel de parede utilizando as matrizes originais do século XIX) para elaborar a composição final do papel de parede panorâmico Vistas do Brasil. A exposição fica em cartaz de até o dia 27 de janeiro de 2012.
Restauros de dourações Shirley / Clarisse São Paulo Tel: (11) 997820400
Ao reforçar sua vocação em apresentar diferentes caminhos do design contemporâneo, o Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, expõe até o dia 21 de outubro, a produção do designer americano Todd Bracher. Todd Bracher - A essência das coisas conta com patrocínio da home store Etna, e serão apresentadas peças entre mobiliário, utensílios de cozinha e luminárias, além de painéis fotográficos e vídeos com imagens referentes ao processo criativo e a reflexões de origem formal de seus projetos. Tanto a curadoria como a montagem foram idealizadas pelo alemão Albrecht Bangert, reconhecido internacionalmente por diversas exposições na área do design. O projeto expositivo de Bangert contará com grandes reproduções fotográficas em papeis de parede que remetem à atmosfera do estúdio de Todd Bracher em Nova Iorque. A exposição, idealizada pelo Museu em parceria com o BOOMSPDESIGN, será apresentada pela primeira vez na América Latina. Releases e sugestões para esta coluna: areliquiasp@gmail.com
Compro Pinturas de artistas paranaenses Alfredo Andersen A. Nisio Theodoro de Bona Maria Amélia Assumpção Miguel Bakun Guido Viaro Freysleben Traple
41-9971-0484 41-3013-7218 claudineybelgamo@hotmail.com
28
A RELÍQUIA
- Setembro de 2012
Salão de Arte 2012 em revista
O
mais tradicional e charmoso Salão de Arte do Brasil, que aconteceu de 20 a 26 de agosto no clube A Hebraica, em São Paulo, apresentou um mix de arte composto por obras modernas e contemporâneas, gravuras, peças e livros raros, galerias, joalherias, antiquários, fotografias e decoradores. A diretora e organizadora do evento, Vera Chaccur Chadad, ampliou o espaço expositivo para receber novos expositores de arte contemporânea. O Salão de Arte mostrou, mais uma vez, a força e o crescimento do mercado de arte no Brasil e manteve a tradição de atuar em projetos de responsabilidade social. Nesta edição, o evento também teve a sua renda integral da bilheteria e do coquetel da noite de abertura revertidos à ACTC - Associação de Assistência à Criança e ao Adolescente Cardíacos e aos Transplantados do Coração. A entidade presta atendimento multidisciplinar à criança cardíaca e aos transplantados do coração, encaminhados pelo Instituto do Coração, Incor (HC-FMUSP), bem como a seus familiares. Neste ano, participam do Salão de Arte 65 expositores, sendo dois estrangeiros e o restante de diversos estados do país. Em uma área de 3.500 m², a programação, além abertura beneficente, teve coquetéis em vários estandes, como o animadíssimo coquetel da excelente revista Versatille e noites de autógrafos, como a do livro Poetizando a Joalheria, de Ruth Grieco. Sobre o 19º Salão de arte, escreveu Pedro Corrêa do Lago, na apresentação do catálogo: "A oportunidade de visitar, num mesmo lugar, uma seleção de suas melhores peças realizada por muitos dos maiores profissionais do Brasil, é imperdível para o colecionador, ou mesmo para o simples apreciador das artes decorativas e da pintura. A consistente preocupação com a qualidade e autenticidade das peças por parte da organização, assim como a escolha sempre criteriosa dos expositores, garantem para o Salão de Arte um prestígio renovado a cada ano. Num momento em que a Arte Contemporânea domina a maior parte das manifestações e impõe-se para muitos como opção quase exclusiva, o Salão de Arte propõe a alternativa de obras de grande qualidade produzidas no passado, que muitas vezes originaram a busca dos artistas atuais". A Relíquia, apoiador do Salão de Arte, mais uma vez realizou uma farta distribuição de jornais, durante todo o evento, do primeiro ao último dia. Entre inúmeros visitantes e expositores ilustres, destacamos alguns, dentre outros não menos importantes.
Max Perlingeiro
Vera Chaccur Chadad, diretora, organizadora e curadora do Salão de Arte
Jones Bergamim (Peninha) da Bolsa de Arte
Luiz Carlos Began
Luís Alegria
Antonio d'Bitencourt Dias e Fernando Braga
A leiloeira Angela Maltarollo e Mauricinho Pontual
A RELÍQUIA
Setembro de 2012 -
29
Roberto Castelli, Dagmar Saboya, Luiz Sérgio e Fernando Saboya
Antônio Kfuri (Country House) com Sonia Abdo e Nilva Baracat
Fernando Motta, Adilson Reis e Tony Chouvkizpa
Paulo Roberto e Francisco Eduardo, de Onze Dinheiro Escritório de Arte
Valeria S. Bortoletto, Jose Roberto Bortoletto Junior e Fernando de Azevedo
Ulisses Barbosa da Silva e Malu Piazza da Casa 8 Leilões
Manuel Guimarães, D Rosa, Nadja Gomes e o antiquário pernambucano José dos Santos
Hebert Gomes e Robson Santiago
Paulo Setúbal e Luiz Machado de Mello
Cícero Amaral e Patricia Vogel do Amaral
Cristiane Musse (BA)
Marcio Carvalho (Sandra& Márcio - MG)
30
A RELÍQUIA
- Setembro de 2012
Caloula Filho e Marta Dione
Nathan e Mozart Forster (Forster Antiguidades)
Walter Giserman
Marta Veloso da Casa das Artes
Julio Arrruda e Eva Marra
Juliana (Galeria André), F.Silva, Cláudio de Castro, Horácio Ernani d Fabiana Keller
Silvia de Souza Aranha (Resplendor)
Pedro Tinoco
Marco Grili e Suraia
Litiere C. Oliveira, editor de A Relíquia, Ruth Grieco autografando seu livro "Poetizando a joalheria" e o antiquário mineiro Marco Grili
A Galeria uruguaia Sur também participou do Salão de Arte 2012, ao lado do stand de Fenando Braga
A RELÍQUIA
Setembro de 2012 -
O seu estilo e bom gosto merecem um lugar assim! Mais de 80 lojas de antiguidade, decoração, galerias de artes e muito mais esperam por você no maior shopping de Antiquários da América Latina. Venha nos visitar.
Shopping dos
ANTIQU¡RIOS ●
Apoio: Ben-H Hur Antiguidades ● Cícero Amaral Antiquário ● Décio Rodrigues ● Dimas Antiguidades ● Herbert Antiguidades ● Lola Artes ● Machado Antiguidades ● Manuel Guimarães Antiguidades ● Mozart & Nathan Forster Antiquários MIB Galeria de Arte ● Onze Dinheiros Escritório de Arte ● Phoenix Objetos de Arte ● Snob Antiguidades ● Scherer Antiques ● Tzi Ethnic ● Velho que Vale Antiguidades ● Walter Giserman Galeria de Arte ● A Relíquia
Rua Siqueira Campos, 143 - 2° piso (entrada também pela Figueiredo Magalhães). Aberto de Seg. à Sexta das 10:00 às 19:00hrs e Sábados das 10:00 às 16:00 hrs Estacionamento pela Figueiredo Magalhães 598. Tel: 2255-3461
31
32
A RELÍQUIA
- Setembro de 2012
Destaques
Por Litiere C. Oliveira
30ª Bienal de São Paulo A Iminência das Poéticas Sob o título A iminência das poéticas, e sem o mesmo apelo das edições realizadas no século XX, a 30ª Bienal de São Paulo acontece entre 07 de setembro e 09 de dezembro de 2012, no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera. A mostra tem como centro curatorial os temas da multiplicidade, transicionalidade, recorrência e permanente mutabilidade das poéticas artísticas. Por poéticas entende-se o repertório instrumental que permite que um indivíduo, uma coletividade, um campo disciplinar ou uma tradição estabeleça, de forma
intuitiva, intencional ou inconsciente, as estratégias ou plataformas discursivas que tornam possíveis atos expressivos de caráter artístico. Mais do que uma Bienal de obras individuais e de artistas singulares, a 30ª Bienal pretende ser um evento capaz de produzir constelações de obras e artistas que conversam entre si: uma base para que essas relações sejam dispositivos eficazes de renovação e de produção de sentido e significação. A mostra recebe 110 artistas neste ano, sendo 21 deles brasileiros.
Christie's e Sotheby's + Galerias barradas na ArtRio Não se pode negar que Juliana Cintra, galerista alçada a integrante do comitê de seleção da ArtRio, teve muita coragem ao afirmar que as galerias cariocas não têm nível para entrar na feira. Essa declaração gerou revolta e muita crítica por parte das galerias de arte do Rio de Janeiro que foram barradas no baile. No entanto, analisando a lista dos participantes da ArtRio, verifica-se que o Rio comparece com 27 galerias, o mesmo número de galerias de São Paulo presente no evento. Isso significaria que as outras que levaram bola preta, tanto do Rio, como de São Paulo e mesmo de outros estados, não teriam nível pa-
Museu da Casa Brasileira A exposição "Patrimônio Paulista: Litoral e Vale do Paraíba", criada com base em textos e imagens do livro homônimo, de Margarida Cintra Gordinho e Iatã Cannabrava, apresenta bens tombados no litoral e Vale do Paraíba pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT). Com abertura marcada para o dia 17, a mostra vai até 21 de outubro de 2012.
Noite de autógrafos
ra entrar na ArtRio? Foi o que ficou patente. Excluem-se, claro, as galerias que não tentaram participar da feira e que, por isso mesmo, não poderiam levar bola nenhuma, nem branca, nem preta. As casas de leilão Christie's e Sotheby's, que estavam negociando participação na Art Rio, foram barradas por unanimidade pelo comitê de seleção. Segundo Juliana Cintra declarou na entrevista a um grande jornal, as casas de leilão "têm um papel dúbio no mercado de arte" e representam o "lado especulativo da coisa, fazendo os preços das obras dispararem".
Elvis vive Inaugurada no dia 5, no Shopping Eldorado, em São Paulo, a exposição The Elvis Experience, que reúne mais de 500 objetos e fotos que estavam na residência de Elvis Presley em Menphis, no Tennessee - EUA. A mostra faz parte das homenagens pelos 35 anos da morte do artista. Macacão de águia, usado no primeiro show (Aloha from Hawaii) transmitido ao vivo no mundo
O casal Paschoal e Ruth Grieco (autografado seu livro no Salão de Arte na Hebraica) com Parlo Roberto e Francisco Eduardo, de Onze Dinheiro
MAR só em novembro Parte do projeto do Porto Maravilha, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, o MAR - Museu de Arte do Rio, que seria inaugurado em setembro, na semana em que acontece a ArtRio Feira de Arte Contemporânea, sofreu um atraso nas obras e somente abrirá suas portas em novembro. O curador-chefe do museu, Paulo Herkenhoff, confirma as quatro exposições temporárias que estão sendo montadas para a inauguração, incluindo "A Arte brasileira e internacional" com a coleção do marchand Jean Boghici que recentemente teve importantes obras destruídas por um incêndio em sua cobertura em Copacabana.
Festival Cultural Benedicto Lacerda De 29 de agosto a 16 de setembro, as cidades Macaé, Campos dos Goytacazes, Rio das Ostras e Quissamã, no Estado do Rio de Janeiro, receberão o Festival Cultural Benedicto Lacerda 2012. Anualmente, o ilustre músico macaense é homenageado e, em 2012, a programação apresentará shows, exposição biográfica, oficinas de música (workshop) e palestra. A entrada é franca em todas as atividades.
A RELÍQUIA
Setembro de 2012 -
33
Informe da ABA - Associação Brasileira de Antiquários
Feira de Antiguidades da Gávea, a boa atração dos domingos cariocas Além das peças antigas, também há stands para produção de cinema, TV e teatro Cansado de mesmice, se você quer voltar ao passado por algumas horas, deixe a praia de lado para fazer algo diferente: visite e se divirta para valer na Feira de Antiguidades da Gávea, que acontece todos os domingos na Praça Santos Dumnt. A Feira existe desde 1997 e reúne colecionadores e curiosos que apreciam o valor e a beleza de peças antigas. Ela é coordenada pela Associação Brasileira de Antiquários (ABA), que tem por finalidade incentivar o comércio de objetos antigos e apoiar colecionadores, estudio-
sos e pesquisadores de arte. Além das peças antigas e jóias e bijuterias raras, alguns stands trabalham com produção de cinema, TV e teatro. As roupas ganham um trato especial: são lavadas, recuperadas e colocadas à venda em um estado bem criterioso. Quem gosta de brechós e velharias, também vai se dar bem, pois muitos dos expositores dali são fornecedores dos melhores brechós da cidade.
MUSICA DE QUALIDADE
De acordo com a programação cultural da feira, o visitante pode ser
surpreendido, a cada domingo, com exposições curiosas ou temáticas, ou ainda assistir shows de bons artistas, como aconteceu no último dia 19 de agosto, com a apresentação do excelente músico, cantor e compositor, PEDRO MIRANDA, um dos primeiros jovens da Zona Sul a brilhar no samba da Lapa, e um dos responsáveis pela sua renovação de uns anos para cá. Pedro se apresentou com um regional, dentro da programação musical do Projeto Rio Gastronomia, promovido pelas Organizações Globo. Um bom programa para reunir
a família é realmente combinar uma visita à Feira de Antiguidades da Praça Santos Dumont, na Gávea, de 9 |às 18 h, num passeio que revela tesouros escondidos que formam um verdadeiro museu ao ar livre, sem aquele clima de "é proibido tocar". Os coleciuonadores e curiosos que apreciam a beleza de peças antigas estão convidados a embarcar nesta viagem cultural e certamente ficarão se programando para voltarm domingos seguintes. Luiz Carlos Lourenço
34
A RELÍQUIA
- Setembro de 2012
46º Grande Leilão Setembro de 2012 MAIS DE 300 LOTES EM LANCE LIVRE Quadros, Porcelanas, Cristais, Móveis e curiosidades em geral.
Exposição:
15 e 17 de setembro de 2012 Sábado e Segunda-feira das 10 às 19 h
Leilão:
Dias 18, 19 e 20 de setembro de 2012 Terça, Quarta e Quinta-feira a partir das 17 h
Rua Frei Caneca, 165 e 173 - Centro - RJ Tel: 2509-4149 / 7897-3283 / 2221-5780 / 7938-8228 Email: capadocia173@gmail.com Site: www.capadociantiguidades.com.br CAPTAÇÃO PERMANENTE DE PEÇAS PARA LEILÃO Realização:
Francisco Silveira Orestes Bencardino
A RELÍQUIA
Setembro de 2012 -
35
Itamar M u s s e Antiquário
Leilão Residencial Laranjeiras
Desde 1918
Gomil em prata camusso alt. 24cm
EXPOSIÇÃO 9 e 10 de setembro de 2012 Domingo e Segunda-feira Das 16 às 22h
Baccarat - par de compoteiras com presentoir med. 15x16cm
LEILÃO 11, 12 e 13 de setembro, Terça, quarta e quinta-feira A partir das 20h
Pratas - Tapetes - MÛveis - Marfins - Cristais Colecionismo - Curiosidade - Etc. (21) 2556-3748 (21) 7189-1001 (21) 9404-6341
Rua Alice 217 Laranjeiras Rio de Janeiro
Rua da Paciência, 461 - Rio Vermelho - Salvador - BA Tel: (71) 3334-5316 Tel/fax: 3334-8224 / Cel:(71)9988-0691
Móveis e Designers
E-mail: itamarmusse@uol.com.br
Frans Hals - "Retrato" osm. dat. de 1626 med. 27x21cm
Leilão de Arte 17 de SETEMBRO de 2012 Segunda-feira às 21h
Osmar Beneson, ost 1,50 x 1,45 m
Frank Stella
Exposição Dias 14, 15 e 16 de setembro de 2012 das 11h às 20h
Leiloeiro Oficial:
André Cencin
Veja Catálogo Completo no site: www.cencin.com.br Mesa Cimo Par de Cadeiras Gelli
Contato: Carrinho de Chá Carlo Hauner 21 7867-4814 rcjneiva@hotmail.com
Rua José Maria Lisboa, 1089 - Jardim Paulista - CEP: 01423-003 - São Paulo - SP Fone: +55 11 3083-2694 / 3081-0076 / 9162-7740 E-mail: contato@cencin.com.br