14
An
os
www.areliquia.com.br / jornalareliquia.blogspot.com / facebook.com “A Relíquia” / twitter.com/areliquia
INFORMATIVO DOS ANTIQUÁRIOS, LEILOEIROS, GALERISTAS E COLECIONADORES ANO XV - Nº 183 - OUTUBRO DE 2012 - RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA
Edvard Munch Um olhar moderno
As moças na ponte, óleo sobre tela 100 x 90 cm, de 1927. Acervo do Museu Munch - Oslo
LEILÕES DE OUTUBRO RIO DE JANEIRO • ALPHAVILLE • CAPADÓCIA • ERNANI • GARAGE SALLES • VALDIR TEIXEIRA
SÃO PAULO • ANDRE CENCIN • CASA 8 • GALPÃO DOS LEILÕES
PORTO ALEGRE
• AGÊNCIA DE LEILÕES • GARIMPO DO TEMPO
A exposição Edvard Munch - The Modern Eye, na Tate Modern, em Londres, está concentrada em sua obra depois de 1990. Pretende situar Munch mais como um artista modernista do século XX e reflete muito o interesse da Tate na releitura do modernismo frente a uma perspectiva contemporânea. Páginas 6, 7 e 8
Meu olhar sobre Giverny páginas 28 e29
Giorgio Morandi no Brasil página 12
A Torre de Londres Fortaleza, palácio, prisão, museu e monumento supremo do Império Britânico, a Torre de Londres é a fortaleza mais antiga da Europa. Páginas 18, 19, 20 e 21.
FERNANDO BRAGA
Leiloeiro Público
2-
Outubro de 2012
A RELร QUIA
Shopping dos Antiquรกrios Rua Siqueira Campos, 143 - Slj. 153 - Copacabana - RJ
Tel.: (21) 2235-8015 / 3579-3710 / 9607-2692 / 9605-4724 www.portaldotempoantiguidades.com.br / portaldotempoantiguidades@hotmail.com
A RELÍQUIA
Outubro de 2012 -
A GRANDE CIDADE RIO DE JANEIRO (1992 – 2012), pintada por RICARDO NEWTON
RIO DE JANEIRO (1992 – 2012), pintada
RICARDO NEWTON
Horácio Ernani
A GRANDE CIDADE
POR
É com imenso prazer que realizo esta exposição que tem a importância de um verdadeiro registro histórico da última década do século XX e primeiro do século XXI, sob a visão do grande artista Ricardo Newton. Registros estes em óleo sobre tela e grandes formatos em sua maioria. Vale resaltar, ícones representativos de um Rio de Janeiro que não volta mais ... São eles : o lendário "Caneco 70", grande ponto de boêmia carioca daquela época no Leblon; também os antigos quiosques de Copacabana, quiosques estes que já foram trocados várias vezes neste pequeno período; a construção da Barra da Tijuca; a cena marcante dos ônibus coloridos que traziam e levavam os moradores de bairros menos favorecidos às praias, alguns viajavam pelo lado de fora, pendurados e até brincando de surf ... Cenas diurnas: de praias ... parques ... pontos turísticos ... Cenas noturnas: o réveillon... bares ... noites românticas ...relações humanas... O importante desta exposição é mostrar ao público o quanto essa cidade é mutante, e mesmo com tantas alterações ela continua sendo " A Cidade Maravilhosa " independente da época. Nesta mostra conseguimos verificar a trajetória e evolução na forma de pintar e se expressar deste artista que também é professor de desenho e pintura da Escola de Belas Artes da UFRJ. VERÃO DE 2010
VERNISSAGE: 16 de outubro a partir das 18 horas (coquetel de abertura) EXPOSIÇÃO: 17 a 27 de outubro de 2012 de segunda a sexta das 14 às 20 horas sábados das 15 às 20 horas FINISSAGE: 27 de outubro a partir das 21 horas (Festa de Encerramento – para este reserve já seu convite através do e-mail annaespacoernani@gmail.com)
CANECO 70
UM NOVO AMANHECER
A ORIGEM DAS ESPÉCIES
O SOL
LOCAL: Espaço Ernani Arte e Cultura
Espaço Ernani Arte e Cultura Rua São Clemente 385 - Botafogo - RJ Tels.: (21) 2539-2637 / 2539-2638 www.ernaniarteecultura.com.br www.ernanileiloeiro.com.br
REVEILLON I
REVEILLON II
EFEITO DE LUZ I
EFEITO DE LUZ II
AVENTUREIRAS DO COTIDIANO
FIM DE ROMANCE
O FRANCO ATIRADOR
CAMINHANTE NOTURNO
Grande leilão Residencial Cadastre-se em nosso site e receba mais informações
www.ernanileiloeiro.com.br Rua São Clemente, 385 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (21) 2539-2637 - horacioernani@gmail.com
3
4-
A RELÍQUIA
Outubro de 2012
COMPRO OBRAS DE:
LEOPOLDO GOTUZZO ÂNGELO GUIDO LIBINDO FERRÁS PEDRO WEINGARTNER ADO MALAGOLI AUGUSTO LUIZ DE FREITAS FRANCISCO STOCKINGER
Leilão de Outubro de 2012 Exposição: dias 17 e 18 de outubro de 2012 (quarta e quinta-feira), das 12h00 às 20h00 Leilão: dia 20 de outubro de 2012 (sábado), às 16h30 Local:
DISCAR (51) 3330.4763 8421.9306 e-mail: karam@saladearte.com.br Rua Cel. Bordini, 907 - Moinhos de Vento CEP 90440-001 - Porto Alegre/RS
Rua Uberlândia, 115 - Jd. Bonfiglioli Cep. 05365-040 - São Paulo - SP Telefones:
(11) 5841.9023 (Net) / 6239.6312 (Oi) 8632.3206 (TIM) e 9844.6317 (Vivo) Site: www.galpaodosleiloes.com.br e-mail: gal_dosleiloes@hotmail.com Organização: Jô Bueno / Carol Bueno Sergio Bueno de Souza (9229-1117) Leiloeiro Oficial: Roberto de Magalhães Gouvea
A RELÍQUIA
Captação permanentede segunda a sexta-feira das 11:30 às 18:30
Presencial e on-lline
Porcelanas, pratarias, imagens, marfins, quadros, lustres, móveis, bronzes, tapetes, relógios, opalinas, faqueiros, aparelhos de jantar, toalhas de mesa, etc
25
Exposição: 20 e 21 de outubro de 2012 (sábado e domingo), das 15h às 22h Leilão: 22 e 23 de outubro de 2012 (segunda e terça-feira) a partir das 20h Estamos recebendo peças Local: Rua Pinheiro Machado, 25 loja B e C, Laranjeiras. Rio de Janeiro. Cep: 22231-090
Tel: (21) 2553-00791 e 9974-44409 www.cristinagoston.com.br cristina.goston@terra.com.br Pagamos aos proprietários uma semana após o leilão
Compramos acervo
Circulação Nacional Publicação mensal da Sabor do Saber Editora FUNDADORES
Litiere C. Oliveira Luiz Carlos Marinho
FEIRAS DE ARTE E ANTIGUIDADES
EDITOR
ART AND ANTIQUES FAIRS
Litiere C. Oliveira
- Reg.Prof. MTb 15109
e-mail: litiere@areliquia.com.br RIO DE JANEIRO Publicidade: Rua Siquira Campos, 143 - Sl 73 - Copacabana - RJ Tel.: 21 2265-9945 Redação / Arquivo / Distribuição Rua Esteves Júnior 9, casa 01 Laranjeiras - CEP 22231.160 - Rio de Janeiro Tel.: 21 2265-0188 / Tel / Fax: 2265-9945 Cel.: 9613-2737 / 8899-0188 e-mail: jornalareliquia@gmail.com SÃO PAULO Tel.: 11 7389-3445 e-mail: areliquiasp@gmail.com PORTO ALEGRE Representante: Elisa Moog Tel: 51 2112-8038 / 9955-9962 DIAGRAMAÇÃO Felipe A. Oliveira CONSELHO EDITORIAL Itamar Musse, Fernando Braga, Luis Octávio Louro Gomes, Manuel Machado, Paulo Roberto S. Silva e Francisco P. Cunha, Ricardo Kimaid, Roberto Haddad, Rudinel Vicente do Couto, Hebert Gomes, Pedro Arruda e Virgínia Arruda COLABORADORES João Ubaldo Ribeiro ( ABL), Ferreira Gullar, Ledo Ivo (ABL), Paulo Coelho (ABL), Antônio C. Austregésilo de Athayde, Rosângela de Araujo Ainbinder, Ana Beatriz Gomes, Tatiana Maria Dourado, Rachel Brenner, Luiz Marinho, Paulo Scherer Tiragem desta edição: 15.000 exemplares Os conceitos e opiniões emitidas em colunas e matérias assinadas, são de responsabilidade única e exclusiva de seus autores.
Variados tipos de porcelana e cristal, joias, prataria, tapetes, objetos Art-Noveau e Art-Déco, entre outros, em exposição nas barracas montadas There is a wide variety of porcelain, crystal, jewellery, silverware and carpets, amongst other objects of interest. These are displayed and sold at stalls around the market tower.
RIO DE JANEIRO
SÃO PAULO
BELO HORIZONTE
SÁBADO - SATURDAY
SÁBADO - SATURDAY • Feira de Antiguidades da Praça Benedito Calixto - Pinheiros • Exposição de Antiguidades de Santos - Galeria 5ª Avenida, Pça Independência
• Feira de Antiguidades Tom Jobim Sábados, 10 às 17h - Av. Bernardo Monteiro - Santa Efigênia
• Shopping Cassino Atlântico Av. Atlântica, 4240 - Copacabana - Antique fair in air conditioned surroundings with a tea-shop and live music • Feira do Troca - Pça XV, em frente às Barcas (Bric-à-brac onde também se pode encontrar antiguidades). DOMINGO - SUNDAY • Praça Santos Dumont (em frente ao Jóquei) - Jardim Botânico • Feira de Antiguidades de Petrópolis - Praça Visconde de Mauá
BRASÍLIA Todo último final de semana de cada mês - Shopping Gilberto Salomão
DOMINGO - SUNDAY • Feira de Antiguidades do MASP - Vão Livre do Museu de Arte de São Paulo - Av. Paulista • Feira de Antiguidades do Bixiga - Praça Dom Orione - Bixiga • Feira de Antiguidades do MuBE (Museu Brasileiro da Escultura) - Av. Europa, 218 Jardins • Mercado de Antiguidades de Santos - Piso superior do Mercado Municipal. Praça Iguatemi Martins, s/n°, Vila Nova, Santos/SP.
PORTO ALEGRE • Feira do Caminho dos Antiquários - Pça. Daltro Filho - Sábados, 10 às 16h • Brique da Redenção - Domingos, 9 às 18h - Av. José Bonifácio sn. - Bom Fim • Feira do 5ª Avenida -Av. Mostardeiro, 120 - Todos sábados das 10h às 18h
SÃO LUÍS • Feira de Antiguidades de São Luís - Todo último sábado do mes no Tropical Shopping.Av. Colares Moreira, 440 - Renascença 2
A RELÍQUIA
Outubro de 2012 -
Noite de Autógrafos Ronaldo Rego, Delmo Ferreira e o jornal A Relíquia, convidam para a Noite de Autógrafos dos livros A Morta de Tel Aviv e Zé Pelintra - O Rei da Noite A Morta de Tel Aviv, de Ronaldo Rego, é uma coletânea de contos sobre assuntos variados , dentro da corrente do realismo fantástico, ponto forte da literatura latino-americana. O autor é ensaísta e artista plástico de renome, com mais de 60 exposições realizadas no Brasil e no exterior. SITE: www.regosacraoficina.com.br E-MAIL -regosacraoficina@oi.com.br Endereço do ateliê: Rua Alberto Torres, 163 - Centro- Petrópolis - RJ.
Zé Pelintra - O Rei da Noite, de Delmo Ferreira, é a história de um dos mitos da Lapa, Zé Pelintra (o pilantra), "o arquétipo do malandro semianalfabeto, mas inteligente e esperto, cheio de truques, uma versão cabocla do Trickster - O Coringa - e suas artes do carteado... Sua eclosão dentro da Umbanda deu-se no bairro da Lapa, povoado por marginais e famoso por sua vida boêmia e desregrada. Não se pode estudar a história da Lapa e da cidade do Rio sem recorrer a este livro único". Delmo Ferreira é escritor, poeta, professor de Língua Portuguesa e Literatura. É o atual Presidente da Academia Teresopolitana de Letras, e faz parte da Academia Petropolitana de Educação e do Elos Clube Internacional.
Dia 25 de outubro de 2012, a partir das 19 horas Local: sede do jornal A Relíquia Endereço: Rua Siqueira Campos, 143 - SL 73. Copacabana - Rio de Janeiro
5
6
- Outubro de 2012
Edvard Munch
A RELÍQUIA
Um olhar moderno
Por esse movimento na história da arte, que se desenvolveu particularmente bem na metade do século XX, Munch foi uma dádiva de Deus.
A
exposição Edvard Munch: The Modern Eye, na Tate Modern, em Londres, é mais que uma retrospectiva contendo obras primas do pintor em ordem cronológica. Pretende situar Munch mais como um artista modernista do século XX e reflete muito o interesse da Tate Modern na releitura do modernismo frente a uma perspectiva contemporânea. Na apresentação do catálogo da mostra, o diretor da Tate Chris Decon, afirma que Edvard Munch: Um olhar moderno "propõe uma releitura do trabalho do artista, examinando o diálogo entre suas pinturas, desenhos e gravuras feitas na primeira metade do século XX e seu interesse crescente no aparecimento de outras mídias, incluindo fotografia, filme e teatro". E explica: "Munch tem sido prioritariamente apresentado como um pintor do final do século XIX, como um
(Ângela Lampe e Clément Chéroux) simbolista ou um pré-expressionista, mas esta exposição mostra, entretanto, como ele se engajou enfaticamente na modernidade dos primórdios do século XX. Os novos aspectos vantajosos oferecidos pelo cinema, fotografia e a introdução da iluminação nos palcos dos teatros aparecem na pintura de Munch, e seu trabalho nessas áreas mostram sua aceitação da modernidade. Esta exposição questiona alguns clichês que algumas vezes são apontados no trabalho de Munch, obscurecendo um completo entendimento sobre ele - como, por exemplo, o artista como um torturado introspectivo - mas na realidade, existia um vivo interesse de Munch pelo mundo que o cercava". A exposição foi organizada pelo Centro Pompidou, Museu Nacional de Arte Moderna de Paris, em cooperação com o Museu Munch, de Oslo, em associação com a Tate Modern. Está organizada em onze seções, cada uma correspondendo aos sinais da modernidade identificados na
Autorretrato, óleo sobre papel, 26 x 19 cm 1882. Museu Munch - Oslo
obra do pintor: sala 1 - Meio como Musa, sala 2 Reelaborações, sala 3 - Autobiografia, sala 4 - Espaço Ótico, sala 5 - No Palco, sala 6 - Compulsão, sala 7 - Fotografia e Retrato, sala 8 - Desmaterialização, sala 9 - Cineasta Amador, sala 10 - O Mundo lá Fora, sala 11 - O Olho Evitado e sala 12 - Olhar Inabalável. >>>
Ao lado: The Sick Child, ost 118 x 121, de 1907. Segundo o diretor da Tate Chris Dercon, é a obra da coleção Tate mais amada pelos visitantes. Acima, Trabalhadores em seu caminho para casa, ost 201 x 227, 1913-14
A RELÍQUIA
Outubro de 2012 -
Sobre a exposição Edvard Munch - Um olhar moderno escreveram Ângela Lampe e Clément Chéroux: "Uma monografia sobre a história da arte geralmente começa com uma data de nascimento. Esta começa com a data de uma morte: o pintor norueguês Edvard Munch faleceu em 23 de janeiro de 1944, em Oslo. Este mesmo ano marcou as mortes de dois outros grandes pintores: Vassily Kandinsky e Piet Mondrian. Munch foi assim contemporâneo desses dois pintores modernistas que deixaram uma marca indelével na arte do século XX. Ele é, entretanto, considerado um artista do século XIX, um simbologista ou proto-expressionista, que mais facilmente encontra seu lugar na cronologia da arte ao lado de Vincent van Gogh e Paul Gauguin. Munch nasceu em 1863 e começou a pintar na década de 1880, mas três quartos de sua produção datam de 1900 em diante. Seu amigo Rolf E. Stenersen afirma que "o período mais próspero em sua vida foi sem dúvida o intervalo entre 1913 e 1930". Com exceção de uma exposição no High Museum of Art em Atlanta, em 2002, a maioria das retrospectivas dedicadas ao artista, desde sua morte, focalizaram sua obra durante os anos 1890, predominantemente mostrando óleos como O Grito, O Beijo, Vampiro, e assim por diante." Edvard Munch - The Modern Eye está concentrada em sua obra depois de 1990. Objetiva mostrar que Munch foi mais um pintor do século XX. Os especialistas em Munch vêem que o princípio do século foi uma marca divisória no trabalho do pintor, citando o ano de 1902, época das brigas mais violentas com Tulla Larsen. O Munch do século XX não é radicalmente um novo pintor comparado àquele do século XIX. Ele retorna a alguns de seus temas favoritos e modelos de composição que já havia explorado e faz novas abordagem a outros temas. "A perspectiva de suas pinturas, os contornos das formas são menos distintas, efeitos dinâmicos se multiplicam e as cores se tornam mais intensas. O princípio adotado nesta exposição focaliza a evolução da obra de Munch menos em termos de aprofundamento do que de intensidade. Mais do que ser novo, é o efeito cumulativo dessa intensidade imprimida nos contornos". O público em geral tende a ver Munch como um solitário e depressivo artista. Desde a sua morte, o discurso dominante tem tentado evitar o clichê atribuído às origens do artista e a abordagem psicológica do seu trabalho. De alguma forma uma certa melancolia escandinava, o seu temperamento associado às terras nórdicas, e de outro lado, a doença, dramas emocionais e os problemas com o alcoolismo e a depressão que marcaram a vida do artista inspiraram estudos seguidos por uma abordagem psicanalítica da arte. Munch teve uma vida, no mínimo, difícil. Entretanto, sua obra não é somente fruto dessa ambivalência. Ele teve muitas influências. Durante as primeiras décadas do século XX, ele foi ao cinema, ouviu rádio, leu a imprensa internacional e se interessava por assuntos econômicos e políticos, assim como àqueles ligados à guerra que se alastrava pela Europa. Ele estava totalmente ligado à sua época e é exatamente isso que a exposição Edvard Munch - The Modern Eye também procura mostrar. Continua na página seguinte
7
Fotos: Litiere C. Oliveira / reproduções
Noite estrelada (Starry Night), ost 120 x 100, 1922-24. Museu Munch - Oslo
Puberdade, ost 97 x 77 cm, 1914-16. Museu Munch - Oslo
Morte na estrada, ost 110 x 138 cm, 1919. Museu Munch - Oslo Foto: L. Avena
O editor de A Relíquia, Litiere C. Oliveira, na exposição da Tate, ao lado de Ashes (Cinzas) ost 139 x 200 cm (1925). Acervo do Museu Munch - Oslo
8
A RELÍQUIA
- Outubro de 2012
Continuação da página anterior
Weeping Woman, ost 88 x 72 cm, 1909
Cavalo galopando, ost 148 x 120 cm, 1910-12. Museu Munch - Oslo
Autorretrato no caminhão do studio, Berlin Fotografia de 1902
Edvard Munch Edvard Munch (Loten, 12 de Dezembro de 1863 - Ekely, 23 de Janeiro de 1944) foi um pintor norueguês, considerado um dos precursores do expressionismo. Ele frequentou a Escola de Artes e Ofícios de Oslo, vindo a ser influenciado por Courbet e Manet. Os pensamentos de Henrik Ibsen e Bjornson marcou o seu percurso inicial, numa época em que a arte era considerada como uma arma destinada a lutar contra a sociedade. Os temas sociais estão assim presentes em O Dia Seguinte e Puberdade, de 1886. Com A Menina doente (Das Kränke Mädchen, 1885) inicia uma temática que surgiria como uma linha de força em todo o seu caminho artístico. Fez inúmeras variações sobre este último trabalho, assim como sobre outras obras, e os seus sentimentos sobre a doença e a morte, que tinham marcado a sua infância (sua mãe morreu quando ele tinha 5 anos, a irmã mais velha faleceu aos 15 anos, a irmã mais nova sofria de doença mental e uma outra irmã morreu meses depois de casar; o próprio Edvard estava constantemente doente), assumem um significado mais vasto, transformados em imagens que deixavam transparecer a fragilidade e a transitoriedade da vida. Edvard Munch descobre em Paris a obra de Van Gogh e Gauguin, e indubitavelmente o seu estilo passa então por grandes mudanças. Em 1892 um convite para expor em Berlim torna-se num momento crucial da sua carreira e da história da arte alemã. Inicia um projeto que intitula O Friso da Vida. Aos trinta anos ele pinta O Grito, considerada a sua obra máxima, e uma das mais importantes da história do expressionismo.
The Artist and his Model, ost 128 x 153 1919-21 Museu Munch - Oslo
Vampiro na floresta, ost 150 x 137 cm, de 1916-18. Museu Munch - Oslo
O quadro retrata a angústia e o desespero, e foi inspirado nas decepções do artista tanto no amor quanto com seus amigos. É uma das peças da série intitulada O Friso da Vida. Os temas da série recorrem durante toda a obra de Munch, em pinturas como A Menina Doente (1885), Amor e Dor (1893-94), Cinzas (1894) e A Ponte. Rostos sem feições e figuras distorcidas fazem parte de seus quadros. Em 1896, em Paris, interessa-se pela gravura, fazendo inovações nesta técnica. Os trabalhos deste período revelam uma segurança notável. Em 1914 inicia a execução do projeto para a decoração da Universidade de Oslo, usando uma linguagem simples, com motivos da tradição popular.
Munch retratava as mulheres ora como sofredoras frágeis e inocentes (ver Puberdade e Amor e Dor), ora como causa de grande anseio, ciúme e desespero (ver Separação, Ciúmes e Cinzas). As últimas obras pretendem ser um resumo das preocupações da sua existência: Entre o Relógio e a Cama, Autorretrato de 1940. Toda a obra está impregnada pelas suas obsessões: a morte, a solidão, a melancolia, o terror das forças da natureza. A obra mais famosa do artista, O Grito, não está em exibição na Tate. A exposição Edvard Munch: um olhar moderno, que se encerra em outubro, faz uma releitura da obra do pintor, mostrando um lado de Munch pouco conhecido, de um artista antenado com as transformações do século XX, em especial no aparecimento de novas mídias. Esta exposição questiona os clichês apontados no seu trabalho e apresenta Edvard Munch como um modernista do século XX.
A RELÍQUIA
Outubro de 2012 -
9
10
A RELÍQUIA
- Outubro de 2012
O IMPÉRIO LEILOADO
Triste episódio da História do Brasil
N
ão resta dúvida de que uma das páginas mais dolorosas e vergonhosas da história nacional deu-se naquele 17 de novembro de 1889. Nascendo de mentiras adredemente espalhadas, um pequeno punhado de militares, positivistas e maçons desencadearam o golpe de Estado de 15 de novembro 1889. O velho Imperador D. Pedro II e a Imperatriz D. Thereza Christina descansavam em Petrópolis quando foram informados da rebelião. Um trem foi providenciado às pressas para conduzir SSMMII até o Rio de Janeiro. Dom Pedro sentiu a ausência dos batedores no trajeto da estação ferroviária até o Palácio Imperial, mas previa, que, com sua chegada, as coisas se ajeitariam. Afinal, eram quase cinquenta anos de tão profícuo e feliz reinado, fazendo do Brasil uma Nação respeitada e admirada, não só aqui dentro, mas pelos povos mais civilizados da época. Heitor Moniz no "Segundo Reinado" nos conta que: "um dia, na França, saindo da casa de Victor Hugo, ouviu sobre Dom Pedro estas palavras do grande romancista político: "Felizmente não temos na Europa um monarca como Vossa Majestade....". Volta-se o imperador e pergunta com aquela sua vivacidade habitual: "Por quê?". E Victor Hugo tranquilamente, com o sorriso a lhe aflorar nos lábios: "porque, se houvesse, não existiria um só republicano...".
COMPRO pinturas e desenhos de
KARL PLATNER LEO PUTZ e dos artistas paranaenses
Alfredo Andersen Arthur Nisio Theodoro de Bona Miguel Bakun Guido Viaro
(041) 3027.6160 9972.8585 jeribas@terra.com.br
Diferente do temperamento de seu genitor, o Imperador Pedro I, durante tão longo e benfazejo reinado, Pedro II era o símbolo da honestidade, da honradez, do democrata, um homem probo, o rei filósofo! É bem verdade que se encontrava alquebrado e senil, sem ter a idade tão avançada, pois as preocupações, os trabalhos, as canseiras naquele meio século de governo lhe havia roubado a saúde. Encontrava um pouco de paz e sossego nas viagens à Petrópolis. Ainda Heitor Moniz se refere à figura do excelente Imperador: "com seu grande espírito de justiça, a sua profunda honestidade e o coração magnânimo, que batia no seu peito, terá sido um rei completo". Com a guerra do Paraguai, muito longa, os militares se imiscuíram na esfera civil, com ideias positivistas e maçônicas. A república já nasceria eivada de mentiras, de conchavos e logo teria início o leilão de cargos públicos, os apadrinhamentos, a corrupção que se instalaria endemicamente em todo o canto. Hoje, a corrupção é quase uma instituição... Aquela sentinela sempre vigilante que tudo acompanhava, fiscalizava, orientava e agia com o poder Moderador, deixou de existir, bem como o famoso "livro preto", caderninho de anotações que D. Pedro carregava consigo, onde tomava nota de tudo que necessitava de reparo, de punição, de elogio, enfim, de ser observado, por isso era tão temido aquele caderno de notas. Sua fama no exterior era tão grande e boa que Magalhães de Azevedo nos conta que cansou de ouvir esta pergunta: "...Mas porquê destronaram e velho Imperador D. Pedro II, tão bom e tão sábio?". "E de uma feita escutou mesmo: "- Pois nós se cá o tivéssemos e ele quisesse deixar-nos, o faríamos prisioneiro para que não se pudesse ir embora!" " A mediocridade logo tomaria conta de tudo,
Velho Que Vale Antiguidades Cel. 9635-8764 Tel. 2549-5208
Luiz e Creuza Marinho Rua Siqueira Campos, 143 Sobreloja 61 e 62 - Copacabana Tel. 2548-9511
Rua Monte Alegre, 340 Santa Teresa Tels. 2508-6117 / 8848-5051
sendo os cargos ocupados, não raro, por elementos de péssimo caráter, índoles baixíssimas, formação precária, ou seja, por uma "gentinha", duma boçalidade gritante. Os efeitos não tardaram a aparecer: o povo não sabia o que era inflação, pois havia deflação no sábio governo do velho Imperador, impostos foram se multiplicando, que hoje já perdemos a conta de quantos são, as crises foram se sucedendo uma a outra, o povo passou a viver de sobressaltos. A democracia foi golpeada naquilo que havia de mais sagrado, ou seja, a liberdade de expressão, a continuidade, a paz, a estabilidade. Os golpes de Estado, um após outro, renúncias, "impeachment", o governo tornou-se instável. A disparidade entre as classes sociais tornou-se vergonhosa, pornográfica, poucos com muito, muitos com quase nada! A cultura e o ensino se deterioram a ponto de hoje existiram universitários "semi-analfabetos", a escola faz de conta que ensina, o aluno, que aprende, o ensino, um verniz que a nada resiste, pois nem a língua pátria se sabe mais... Mas voltemos à página triste da partida do velho Imperador. Na calada da noite, feito "negro fugido", partiu o pequeno préstito e o povo " a tudo assistiu bestificado", conta a história. A Imperatriz e a Princesa Isabel coberta de véus, o Imperador cambaleando, dirigiram-se para o exílio. A medida do embarque prematuro assim ocorreu, pois os republicanos bem sabiam que, a luz do dia o clamor popular seria inevitável. Dom Pedro II era respeitado por todos e sua aparência, agora frágil, doente e velho inspiravam veneração. A Princesa Isabel tornou-se, para a população negra, quase uma santa que havia remido uma raça do cativeiro, mesmo que para isso perdesse o trono e a coroa. Por Pe. Benedito A. Jahnel
NOTA A reportagem “O Império Leiloado”, sobre o primeiro Leilão de Arte do Brasil feito com os bens da Família Imperial banida pela República, publicada na Edição Extra Salão de Arte, em agosto passado, teve uma grande repercussão. Leitores do jornal A Relíquia e profissionais do mercado de arte de todo o Brasil elogiaram bastante a matéria. Recebemos inúmeros e-mails e cartas sobre o assunto, que se fossem publicados, ocupariam diversas páginas. O artigo acima é de autoria do Padre Benedito A. Jahnel, e poderia perfeitamente servir de complemento à referida reportagem. O Editor
A RELÍQUIA
Outubro de 2012 -
ONZE DINHEIROS Escritório de Arte
Leilões Residenciais Paulo Roberto de Souza e Silva e Francisco Eduardo de Oliveira Pereira da Cunha
Stand de Onze Dinheiros Escritório de Arte no Salão de Arte 2012 - São Paulo
Rua Siqueira Campos, 143 - S/L. 144/145/146 Cep. 22031-0 070 - Copacabana - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (021) 2256-1 1552 - Fax: 2523-9 9489 - Cel.: 9994-7 7394 email: onzedinheiros@uol.com.br www.onzedinheiros.com.br
11
12
A RELÍQUIA
- Outubro de 2012
Fundação Iberê Camargo traz obras emblemáticas de Giorgio Morandi ao Brasil
A
s garrafas e vasos pelos quais o pintor Giorgio Morandi (Bolonha, 1890 - 1964) é reconhecido em todo o mundo serão as estrelas da mostra Giorgio Morandi no Brasil, com inauguração em 29 de novembro na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, e visitação até 17 de fevereiro de 2013. De acordo com a curadora Alessia Masi, as cerca de 40 pinturas e 15 gravuras apresentadas resumirão bem a pesquisa artística deste ícone italiano. Em ordem cronológica, elas traçam sua trajetória desde a poderosa estréia em metafísica na década de 1910 até as pinturas de seus últimos anos. Trabalhando sempre sobre os mesmos motivos (natureza-morta, flores, conchas e paisagens), Morandi se tornou um inquestionável mestre da composição. A mostra Giorgio Morandi no Brasil nasceu da ideia de recriar a "Sala Especial" da IV Bienal de São Paulo, ocorrida em 1957, ocasião que rendeu ao italiano o Gran Prix de pintura e reafirmou em âmbito internacional o valor absoluto da sua arte. Às obras-primas que o artista havia selecionado para a exibição, somam-se obras de renomadas instituições públicas italianas e colecionadores particulares. Três obras que não haviam sido liberadas por seus proprietários em 1957 agora serão finalmente expostas no Brasil, honrando a concepção original de Morandi. O visitante terá a oportunidade de ver a maioria dos objetos que serviram de modelo ao artista, pois seu estúdio será reconstruído respeitando suas dimensões originais. Para isso serão empregados painéis autossustentados com fotos realizadas pelo fotógrafo italiano Luigi Ghirri após a morte do artista. A exposição também terá uma sala reservada para a exibição de La polvere di Morandi, um filme documentário de Mario Chemello sobre a vida e obra do artista. SERVIÇO
Exposição: Giorgio Morandi no Brasil Artista: Giorgio Morandi Curadoria: Alessia Masi Abertura: 29 de novembro Visitação: 30 de novembro a 17 de fevereiro de 2013 Horário: Terça a domingo, das 12h às 19h e quinta, das 12h às 21h. Local: Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2.000. Porto Alegre) Entrada Franca: As empresas Gerdau, Itaú e Vonpar garantem a gratuidade do ingresso. Informações: 3247.8000 ou pelo site www.iberecamargo.org.br
Antonio Masotti/Acervo Museu Morandi
Sergio Buono/Bologna
Paesaggio, 1943
Giorgio Morandi, 1960
Waltercio Caldas em QR Code A Fundação Iberê Camargo segue explorando novas tecnologias para ampliar as possibilidades de quem quer conhecer o universo do artista Waltercio Caldas, que expõe 87 obras na Mostra O ar Mais Próximo e Outras Matérias, com visitação aberta ao público de 2 de setembro a 18 de novembro em Porto Alegre. Os catálogos e o espaço expositivo terão um QR Code, código que pode ser escaneado pela câmera de um smartphone e remete a um conteúdo na internet. Depois de decodificado, o fluxograma direciona o usuário para um vídeo com o depoimento do próprio artista e também do curador Gabriel Pérez-Barreiro. A ação teve a parceria da Bmob Mobile Ideas. Waltercio é um dos maiores nomes da arte contemporânea no Brasil, com um trabalho reconhecido além das fronteiras nacionais. A exposição segue para a Pinacoteca de São Paulo em 2013 e depois para o
Blanton Museum, nos EUA, onde permanece até janeiro de 2014. Além de Gabriel, que foi responsável pelo departamento de arte latino-americana do Blanton entre 2002 e 2007, e é diretor da Colección Patricia Phelps de Cisneros, Venezuela/Nova York, Ursula Davila-Villa assina a curadoria. Ela também é curadora adjunta do Blanton Museum of Art com passagem pelo Guggenheim de Nova Iorque. Quer conferir agora mesmo a gravação? Adiantamos o Qr Code aqui:
A RELÍQUIA
Outubro de 2012 -
13
GRANDE LEILÃO DE ARTE SERGIO TELLES JARRO COM FLORES - OST 61X46cm
Valdir Teixeira, especializado em arte desde 1974, tem o prazer de convidar V.Sª. para o Grande Leilão que realizará:
Leilão de Outubro Quadros europeus e nacionais - pratas - marfins esculturas - estatuetas - móveis - cristais - imagens Excepcional centro de mesa em cristal e prata Russa Imperial, monogramada. Marcas do contraste e do prateiro Ivan Khlebnikov (1819-1881). Med. 27x40x18 cm
Cômoda papeleira semi bombeé em radica com marqueterie. Med. 96x72,5x41,5 cm
Exposição (Atenção, novo dia): Dias 19, 20 e 21 de outubro de 2012 (sexta, sábado e domingo), das 16:00h às 22:00h Leilão (Atenção, novo dia): Início dia 22 de outubro de 2012 - segunda-feira, às 20:00h Continuação dias 23 e 24 de outubro de 2012 terça e quarta-feira no mesmo horário (20:00h)
Faianças européias policromadas. Alts. de 22 a 53cm
Todas as pecas com foto e descricao no site: www.valdirteixeiraleiloeiro.com.br
Rua Assunção, 210 - Botafogo - RJ - CEP. 22251-030 - Tel/Fax: 2539-4907 / 2537-4040 / 8205-3736 Email-leiloeiro@vadirteixeiraleiloeiro.com.br / www.valdirteixeiraleiloeiro.com.br / www.areliquia.com.br/valdirteixeira
ROBERTO HADDAD ESPECIALIZADO EM ARTE DESDE 1967
5º grande leilão da temporada 2012 ESTAMOS CAPTANDO PARA O LEILÃO DE NOVEMBRO Oferecemos para você: ● ● ● ● ● ● ● ●
Pagamento imediato Seguro total das peças Estacionamento com manobrista Sede própria com ar condicionado Avaliadores com hora marcada sem qualquer ônus Transporte de suas mercadorias por nossa conta (Grande Rio) Suas peças serão fotografadas sendo vistas mundialmente via internet Equipe de seguranças interno e externo
Local Copacabana: Rua Pompeu Loureiro 27-A - Tels.: (21) 2548-3993 / 2548-7141 / Fax: 2256-8656 Segurança e estacionamento com manobrista no local Visite o site: www.robertohaddad.com.br E-mail: haddad@robertohaddad.com.br
SE VOCÊ TEM: Pinturas nacionais e estrangeiras, prataria, porcelanas, marfins, esculturas, cristais, mobiliário de época, tapetes orientais, livros raros, vidros assinados, arte sacra, jóias, objetos de decoração, etc. Entre logo em contato para que suas peças possam ser fotografadas e catalogadas.
14
A RELÍQUIA
- Outubro de 2012
By Pedro Scherer O MAIS CARIOCA 56 ANOS
SCHERER ANTIQUES 18 Paulo Scherer
DOS ANTIQU¡RIOS
ANOS
A SNOB ANTIGUIDADES E A SCHERER ANTIQUES AGORA EST O JUNTAS. TRADI« O E ESTILO EM DOSE DUPLA. Compra e venda Shopping dos Antiquários - Rua Siqueira Campos, 143 - 2º Piso, Lojas 110 e 111 CEP: 22.030-070 - Copacabana - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (021) 2549-9335 - Telefax: 2256-2032 - Cel.: 9913-5849
MB Arte
MARTHA BURLE ESCRITÓRIO DE ARTE
Consultoria e avaliações
Tel.: (21) 2236-1338 / (21) 9811-5136 NOVO ENDEREÇO Siqueira Campos, 143 - Lojas 71 e 72 - 2º Piso - Varanda e-mail: marthaburle@gmail.com
A RELÍQUIA
Outubro de 2012 -
47º Grande Leilão Outubro de 2012
15
Leilão Residencial Copacabana
MAIS DE 300 LOTES EM LANCE LIVRE
Exposição:
Quadros, Porcelanas, Cristais, Móveis e curiosidades em geral.
Exposição:
27 e 29 de outubro de 2012 Sábado e Segunda-feira das 10 às 19 h
CAPTAÇÃO PERMANENTE DE PEÇAS PARA LEILÃO
Leilão:
Dias 16, 17 e 18 de outubro de 2012 Terça, quarta e quinta-feira a partir das 19:30 h
Leilão:
Dias 30 e 31 de outubro, e 1 de novembro de 2012 Terça, quarta e quinta-feira a partir das 17 h
Rua Frei Caneca, 165 e 173 - Centro - RJ Tel: 2509-4149 / 7897-3283 / 2221-5780 / 7938-8228 Email: capadocia173@gmail.com Site: www.capadociantiguidades.com.br
13, 14 e 15 de outubro de 2012 Sábado, domingo e segunda-feira das 14 às 21 h
Realização:
Francisco Silveira Orestes Bencardino
Local: Rua Duvivier, 43 - Aptº 501 (Esquina com a Av. N. S. de Copacabana) Copacabana - Rio de Janeiro
Compra e venda www.machadoantiguidades.com.br
Arte Sacra Pinturas Pratas Porcelanas
Nossos endereços Shopping dos Antiquários Loja 1 - Rua Siqueira Campos, 143 - Loja 35 - 2º Piso - Tel./Fax: (21) 2547-9988 Loja 2 - Rua Siqueira Campos, 143 - Loja 114 - Térreo - Tel.: (21) 2521-0030 Loja 3 - Rua Siqueira Campos, 143 - Loja 46 - 2º Piso - Tel.: (21) 9988-2542 Cep. 22031-900 - Copacabana - Rio de Janeiro - RJ - Brasil www.machadoantiguidades.com.br
Móveis Lustres Cristais Tapetes
16
A RELÍQUIA
- Outubro de 2012
LUIZ C ARLOS PA SCHOAL consultoria e avaliações PINTURA PORTUGUESAS
ESCULTORES
ARTE INDO-PPORTUGUESA
óleo s/tela ou madeira, guaches e aguarelas de pintores portugueses como:
bronze e terracota: TEIXEIRA LOPES E SOARES DOS REIS
IMAGENS SACRAS DE MARFINS E MOVEIS
SOUZA PINTO, JOSE MALHOA, CARGALEIRO, VIEIRA DA SILVA E CARLOS REIS
CIA DAS INDIAS ARMAS E BRASÕES PORTUGUESAS
FAZEMOS AVALIAÇÕES PARA LEILÕES NACIONAIS E INTERNACIONAIS E VENDAS DIRETA
São Francisco de Assis Altura.1.60 Século 18
Painel de azulejo representando vaso de flores. Altura. 1.50 x 1.20
Painel de azulejo representando vaso de flores. Altura. 1.50 x 1.20
Veja algumas obras disponíveis para venda Compramos pinturas de artistas brasileiros e estrangeiros. Século 19/20 e contemporâneo. Pintores: Russos, Italianos, Franceses, Americanos, Espanhois, Japoneses, Chineses, Alemães, Poloneses, Colombianos CONTAT0
Tels. Brasil: Rio: 021 98486065 - 80844440 São Paulo: 011 86718000 - 73411708 LUIZCARLOSPASCHOAL(luizcarlospaschoal@yahoo.com.br)
CONTAT0 INTERNACIONAL
Tels. Lisboa - Portugal 0041351917246730 / 00413519198505979
São Paulo: Luiz Carlos Paschoal - Cel: 011 86718000 / 021 98486065
A RELÍQUIA
Outubro de 2012 -
IMPORTANTE LEILÃO DE ESPÓLIO Quinta-feira, 04 de outubro às 20h
Elizabeth Schmidt
Leiloeiro José Luis Santayanna
OSE - Aldo Bonadei, 1978 - 30 x 38cm
OUTUBRO DE 2012
Miniaturas em prata filigrana
Desenho Iberê Camargo, 1980 - 24 x 32cm
Pratas
ASE - Glenio Bianchetti, 1972 - 40 x 55cm
Lotes disponíveis no site: www.spazzioantiguidades.com.br/leilao Rua Emancipação esquina com a Rua Câncio Gomes - Bairro Floresta - Porto Alegre - RS Contatos: garimpo@pop.com.br / 51 3061.0095 - 51 8167.9594 - 51 8136.8433
17
18
- Outubro de 2012
A Torre de Londres
F
ortaleza, palácio, prisão, museu e monumento supremo do Império Britânico, a Torre de Londres ergue-se sombria à margem do rio Tâmisa, onde foi construída para servir de protetora. É a fortaleza mais antiga da Europa, inicialmente erguida pelos antigos bretões. Sobre as ruínas desta, outra fortaleza foi construída pelo imperador romano Claudius. E no final da década de 1070, com a construção da White Tower, começou a tomar forma o complexo conforme hoje é conhecido. Este ano, o imenso complexo da colina da Torre está completando 934 anos de existência com o aproveitamento consciente do novo papel que a ela foi atribuído. Sua grandeza jamais foi afetada em toda a História por cercos ou tempestades, mas sucumbiu ao mais irresistível dos exércitos modernos: os trinta mil turistas que passam diariamente pelo único e estreito portão de
A REL
Acima, vista do complexo da colina da Torre de Londres; à direita, vista aérea do complexo, com a Tower Bridge ao fundo; abaixo, o único e estreito portão de entrada da Torre
entrada, vigiados pelos guardas oficiais da casa real - Yeomen - com seus vistosos uniformes vermelhos. Neste ano, cerca de oito milhões de pessoas pagaram ingresso que dão somente direito a visitar os prédios que compõem o conjunto, sem contar as famosas Joias da Coroa ou os irresistíveis cartões postais, publicações
e incontáveis lembranças oferecidas nos pontos de venda ali instalados. Para quem não conhece muito bem a história da Inglaterra, a Torre de Londres mais parece um forte de brinquedo. E, a bem da verdade, ali nunca ocorreram grandes cenas de guerra porque a Torre pode ser considerada uma das cida-
delas mais bem sucedidas de todos os tempos, já que quem ali se instalava dominava Londres e, controlando Londres, detinha o poder sobre a Inglaterra. Por isso ela é um verdadeiro triunfo da teoria militar da dissuasão. E foi com o intuito de desencorajar qualquer inimigo que os romanos conceberam as muralhas de Londres - uma parte das quais era constituída pela Torre. As muralhas erguiam-se a cerca de cinco metros de altura e estendiam-se por quase três quilômetros, conservando uma espessura de dois metros e protegendo uma área de 133 hectares, maior do que qualquer outra existente na Grã-Bretan-
ha romana. Algumas partes destas muralhas permaneceram como bases do sistema defensivo da cidade através do período saxônico, e quando Guilherme o Conquistador ocupou Londres, instalou-se numa torre de madeira protegida pelas muralhas, ordenando ali mesmo, no final da década de 1070, que seu arquiteto-chefe, Gundulf, bispo de Rochester, projetasse e construísse uma torre de pedra para substituir a de madeira. Gundulf era um monge inteligente e vigoroso que havia erigido pesadas construções de pedra por toda a Inglaterra e a Normandia, porém a sua Torre de Londres era completamente di-
LÍQUIA
Outubro de 2012 -
19
Fotos: Litiere C. Oliveira / Reproduções / W. Commons
A chegada dos embaixadores venezianos no cais da Torre em 1707 - pintura de Luca Carlevares. Cerimônias com disparos de armas de fogo ainda hoje são realizadas
ferente de tudo o que já havia sido feito. Com paredes de cerca de trinta metros de altura e mais de 35 metros de espessura, o prédio era uma combinação de palácio, centro de reuniões, escritórios governamentais e depósitos de materiais militares em um só bloco compacto, com amplas possibilidades de defesa e acesso imediato ao rio. Sua construção demorou vinte anos, e a caiação branca que recebeu valeu-lhe o nome de White Tower - Torre Branca. No
entanto, a ciência militar progredia, e no final do século XII a Torre já estava ultrapassada. Os cruzados chegados da Terra Santa trouxeram a ideia de castelos concêntricos, cabendo a Ricardo I, Henrique III e Eduardo I modernizar a fortaleza. A Torre Byward ou Torre da Guarda, foi construída no tempo de Eduardo I, sendo modificada por Ricardo II, que mandou adicionar um piso. Em cada lado do arco, há quartos para a
A execução de Lady Jane Grey na pintura (detalhe) de Paul Delaroche, 1863
casa de guarda. Em um deles, foi descoberta recentemente uma pintura de parede do século XIV, com as figuras de São Miguel, pintado sobre um fundo dourado com lírios da França e leopardos da Inglaterra. Depois do Castelo de Windsor, a Torre de Londres transformara-se na mais bela residência real da Inglaterra, tendo, devido a sua localização, a função de controlar a navegação no Tâmisa e proteger a cidade. Mas, ali também ficava o
Pintura mostra Sir Thomas More, uma das vítimas dos Tudor, dando um adeus final a sua filha
quartel-general do reino, com acomodações para grande número de soldados e cavalos, depósito e fabricação de armas. Além disso, ela acumulava as funções de Corte de Justiça e palácio residencial, com vários prédios sendo construídos no interior das muralhas concêntricas. Nesta mesma época instalou-se ali a principal casa de cunhagem do reino, havendo mesmo historiadores que afirmem que as principais moedas de ouro
da Inglaterra provêm da Torre. Devido a isso, acumulava-se nos cofres do castelo-fortaleza grande quantidade de ouro e prata, e, por ser o lugar tão seguro, também se guardavam no local os documentos mais importantes do governo. Continua na página seguinte
Thomas Cranmer, arcebispo de Canterbury, que foi aprisionado na Torre por alta traição em 1556. A pintura mostra sua chegada no portão dos traidores
20
A RELÍQUIA
- Outubro de 2012
Continuação da página anterior No entanto, a acumulação de tantas funções na Torre, acabou por torná-la pequena, e a partir do reinado de Eduardo III vários departamentos administrativos foram transferidos para a zona de Westminster, até que o próprio rei mudou de residência. Assim, o último soberano a viver regularmente na Torre foi Ricardo II, até sua abdicação. A partir desta data a realeza só residia na Torre em momentos de grande crise ou em datas especiais como as vésperas da coroação. Suspeita-se mesmo que os soberanos não gostavam do lugar devido às associações que faziam entre a Torre e a deposição de Ricardo II. Outra superstição existente dizia respeito aos animais que ali viviam desde o início do século XIII, pois se acreditava que a vida dos leões relacionava-se com a dos reis. Assim, cada novo soberano recebia um novo espécime, e sua morte era considerada um mau presságio. Coube à Rainha Isabel desmistificar esta crença, mas o zoológico ainda sobreviveu até meados de 1830, apesar das reclamações dos prisioneiros da Torre, que eram permanentemente perturbados pelos ruídos das feras. Contudo, a grande fama da Torre de Londres advém do fato de ela ter exercido mais constantemente o papel de prisão, e é por isso que o monumento ainda guarda uma certa atmosfera de miséria e horror. Durante seis séculos por ali passaram milhares de prisioneiros, muitos dos quais não saíram com vida. Entre os assassinatos famosos ocorridos na época dos Platagenetas contam-se o de Henrique VI, os dos dois filhos de Eduardo IV, o de Carlos II e os dos defensores do cruel Ricardo III. Só estes acontecimentos já justificariam a afirmação de Shakespeare a respeito da mórbida fascinação da Torre, mas como se isso não bastasse ainda houve uma procissão de vítimas dos Tudor, entre os quais se destacam: Thomas More, uma filha de Henrique VIII - Lady Jane Grey e seu marido, e Ana Bolena e Catarina Howard, sendo o último dos mais famosos Robert Deyereux, Conde de Essex e favorito da Rainha Isabel. No início nem todas as execuções realizavam-se dentro dos limites da Torre, e uma das concessões especiais era ser enforcado sem assistência, dentro dos seus jardins, como aconteceu com Ana Bolena. Porém, mesmo estas execuções particulares eram presenciadas por pelo menos cem no-
A White Tower foi a primeira das edificações construídas no conjunto que hoje compõe a Torre de Londres. Ainda apresenta muito da sua aparência original
A Casa da Rainha, onde Ana Bolena passou seus últimos dias
bres, um número insignificante se comparado com o dos sacrifícios públicos ocorridos na colina da Torre, fora das muralhas da fortaleza, e que muitas vezes reuniam um público de dezenas de milhares de pessoas.
A Capela de São João Evangelista, localizada na White Tower
O último traidor do Estado a morrer na colina da Torre foi Simon Lovat, um nobre escocês condenado em 1747 pela Câmara dos Lordes por estar envolvido numa rebelião. Mas o derradeiro habitante trágico da Torre
era um humanitarista condenado à morte em 1916 por ter participado de um levante na Irlanda: Roger Casement viveu ali seus últimos dias nas condições mais deploráveis e repugnantes possíveis. >>>
A RELÍQUIA
Outubro de 2012 -
21
Coroa de St. Eduardo
Capela Real de São Pedro ad Vincula
O bloco e o machado estão expostos juntos. Usados para execução pública pela última vez em 1747
Assim, a Torre de Londres parece ter mantido sua fama de horror e degradação até o fim, conservandose ao mesmo tempo como um local de exposições - desde as terríveis torturas e execuções de Henrique VIII, os animais, as armas reais e, mais recentemente, as Joias da Coroa, que são talvez a sua maior atração. Entre as peças expostas na coleção das Armas da Torre destacamse uma armadura gigante e outra anã, espadas imensas que parecem impossíveis de ser carregadas e as famosas armaduras de Greenwich que pertenceram a Henrique VIII. Dentre as famosas Joias da Coroa apenas três peças são anteriores à destruição efetuada por Cromwell: a âmbula em forma de águia dourada que contém o óleo da coroação; a colher da sagração; e o saleiro da Rainha Isabel. Apreciadas de um ponto de vista apenas estético, as demais joias podem ser considera-
das um tanto vulgares, embora talvez a sua grandiosidade seja o estilo adequado para os monarcas. Os guias falam sempre das peças em termos de seu peso e do tamanho das pedras que as adornam. O cetro com a cruz contém grande parte do imenso diamante - 530 quilates oferecido a Eduardo VII pelo governo de Transvaal, em 1907. A Coroa do Estado Imperial tem no centro um rubi conhecido como Ruby, o Príncipe Negro, doado por Dom Pedro de Castilla como um sinal de gratidão após a vitória do príncipe na batalha de Najera em 1367. Logo abaixo do rubi está a Estrela da África, um diamante de 317 quilates. A Rainha Alexandra foi coroada com uma tiara incrustada com o diamante Koh-i-noor, que havia sido presenteado pela Companhia das Índias Orientais e hoje está engastado na coroa da Rainha Mãe. Estas peças pomposas são equilibradas
Coroa do Estado Imperial
por umas poucas relíquias de estima pessoal, como a pequenina coroa da Rainha Vitória feita especialmente por encomenda da soberana quando esta já se encontrava em idade avançada e achava a coroa real muito pesada. Algumas pedras que aparecem hoje entre as Joias da Coroa estavam na antiga Regalia, antes da destruição efetuada por Cromwell, e têm histórias incrivelmente românticas. A safira de Santo Eduardo provavelmente esteve engastada no anel de Eduardo, o Confessor, que com ele teria sido enterrado. Conta-se que, quando o túmulo foi aberto no século XII, um abade retirou o anel e ofereceu-o ao monarca reinante. Já o diamante Koh-i-noor só veio a pertencer à Coroa Britânica no reinado da Rainha Vitória e tem a tradição mais longa e romântica de todas. Ele é o brilhante mais antigo do mundo, tendo pertencido a Mumtaz
Globo de Ouro com pedras preciosas
Mahal, a rainha em cuja memória foi erigido o Taj Mahal. Muitos críticos acham que as Armas da Coroa, idealizadas para ferir cavalos e apunhalar cavaleiros, para espetar porcos ou eviscerar baleias, muitas das vezes são as verdadeiras obras de arte. Um capacete bem polido pode parecer uma escultura; um punhal adamascado ou a bainha de uma espada lembram joias renascentistas para homens. Uma armadura atende muito mais à definição que Corbusier deu para uma casa: "uma máquina na qual se vive". Contudo, a Torre de Londres é muito mais do que apenas um museu. Ela é uma prova real do lado negro da História da Inglaterra, uma lembrança sempre presente de que uma democracia parlamentar como a que é exercida naquele país foi construída com sofrimento, injustiça e violência, mas, acima de tudo, com sabedoria e consciência.
22
A RELÍQUIA
- Outubro de 2012
Lançamento do livro "Eliseu Visconti - A Arte em Movimento"
O
mais expressivo representante da pintura impressionista no Brasil, Eliseu Visconti, tem sua vida e sua obra apresentadas em novo livro lançado recentemente. São 276 páginas, compreendendo textos de diversos autores e imagens das obras mais representativas da carreira do artista. O lançamento coincide com a oportunidade única de podermos apreciar um conjunto de obras emblemáticas do impressionismo europeu, na exposição de 85 telas do acervo do Museu d'Orsay, em apresentação no CCBB do Rio de Janeiro. Admirado mundialmente, o movimento impressionista representa o grande salto das artes plásticas para a modernidade. No Brasil, entretanto, os artistas que primeiro se deixaram influenciar pela pintura impressionista foram injustiçados por uma historiografia que preferiu renegar tudo o que ocorreu nas artes plásticas anteriormente à Semana de 22. Enquanto as obras modernistas foram associadas a uma produção genuinamente nacional, designou-se que as obras de nossos artistas impressionistas seriam imitativas e tardias. Como se o expressionismo e o cubismo não tivessem por aqui aportados, tal qual o impressionismo, cerca de duas décadas após terem surgido na Europa. Uma revisão dessa história está em curso, defendida por renomados críticos e professores de arte, como Rafael Cardoso, Paulo Herkenhoff e Jorge Coli, reposicionando a importância dos artistas que abriram caminho para o modernis-
AO Nprimeiro TIQUnomeARemITarteY ANTIQUARITY OBJETOS DE ARTE
COMPRA E VENDA EXCELENTE AVALIAÇÃO
Quadros Nacionais, Marfins Pratas, Porcelanas Cristais, Tapetes e Móveis antigos TEL.: (21) 2431-55558 ou 9989-22654 Av. das Américas, 3120 - lj 101 - Bloco 5 (Bay Side) - Barra da Tijuca - RJ www.antiquarity.com.br E-mail: antiquarity@gmail.com
Uma das telas reproduzidas no livro: Patinhos no lago, de 1897, está entre as primeiras criações de Eliseu Visconti sob o impacto direto dos impressionistas
mo no Brasil e assegurando para Visconti seu lugar entre os maiores pintores brasileiros. O lançamento do livro de Visconti constitui o coroamento de um intenso trabalho desenvolvido no âmbito do Projeto Eliseu Visconti desde 2004, o que permitiu que a ele fossem incorporados a experiência e o conhecimento adquiridos ao longo desse processo. Organizado pelo neto do artista, Tobias Stourdzé Visconti, diretor do Projeto Eliseu Visconti, o livro contém apenas textos atuais, podendo o leitor recorrer à extensa bibliografia se desejar conhecer a fortuna crítica de Visconti.
Ao texto biográfico "Uma trajetória pioneira" foram incorporados datas e fatos obtidos de novas pesquisas, que muitas vezes corrigem biografias anteriores, inclusive a de Frederico Barata, autor do primeiro livro sobre o artista. E para discorrer sobre a carreira artística de Visconti, Mirian N. Seraphim propõe uma nova divisão da sua obra em períodos, considerando-se fatos importantes ocorridos em sua vida particular e carreira profissional. A vertente da produção de Visconti que o consagrou como um pioneiro do nosso design é destacada em texto de autoria do seu neto designer, Leonardo Visconti Cavalleiro, e do também designer Claudio Lamas de Farias. Igualmente mereceram um capítulo à parte as decorações que Visconti realizou para o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, considerada pelo próprio artista como a sua mais importante obra. E em ensaio especial, a professora Ana Maria Tavares Cavalcanti escreve sobre o período de formação de Visconti em Paris, fundamental para sua evolução artística. Para os capítulos finais, colaboraram dois expressivos nomes de nossa cultura. O professor Luciano Migliaccio analisa a obra de Visconti, mostrando como o artista continuou fiel à sua poética de matriz simbolista durante toda a vida. E o sociólogo Sergio Miceli disserta sobre os retratos de Visconti, apresentando-os como se os seus modelos tivessem o condão de revelar aspectos inesperados de sua existência.
A RELÍQUIA
Outubro de 2012 -
ALDEMIR MARTINS - MARINHA - TRIPTICO - AST - 85X105 CM
ANTONIO POTEIRO - AMAZÔNIA - OST - 100 X 100 CM
VINCENZO CENCIN - MARINHA - OSTCSP - 50 X 73 CM
23
24
A RELÍQUIA
- Outubro de 2012
Livro mostra grandes coleções de porcelana chinesa de exportação
O
mais importante novo livro de referência sobre porcelana chinesa de exportação publicado nos últimos anos dá pela primeira vez a conhecer pormenores exaustivos sobre aquela que é provavelmente a melhor coleção particular a nível mundial de peças destinadas ao mercado europeu. Cerâmica da China. Coleção RA de Maria Antonia Pinto de Matos, distinta acadêmica e diretora museológica, inclui também o resultado de nova investigação substancial sobre o tema da porcelana chinesa de exportação. Publicada pela editora Jorge Welsh Books, 116 Kensington Church Street, Londres W8 4BH, esta magnífica edição limitada, em três volumes numa caixa, constitui por si só uma obra de arte. A Coleção RA foi reunida ao longo dos últimos 30 anos por um conhecedor intuitivo e perspicaz que combinou a paixão pela porcelana chinesa de exportação com uma insistência rigorosa quanto à sua qualidade, beleza, raridade e relevância histórica. O resultado é uma coleção extraordinária de peças raras, incluindo 52 que são as únicas do seu gênero jamais registradas, 49 de que são apenas conhecidos, mais um ou dois outros exemplares e um número das chamadas 'primeiras encomendas' exportadas para Portugal durante o século XVI e início do século XVII, muito superior àquele que se encontra em qualquer museu. A autora estuda a Coleção RA há 11 anos, aprofundando novos materiais de arquivo e inventários dos séculos XVI ao XIX. O resultado deste estudo pormenorizado culmina numa obra verdadeiramente erudita que apresenta a descrição mais atualizada e completa disponível sobre porcelana chinesa de exportação. A obra in-
Terrina em forma de caranguejo - Dinastia Qing, período de Qianlong (1736-1795). Altura 10,5 cm, largura do prato 21,5 cm
qualquer curador de museu, colecionador ou acadêmico. Maria Antonia Pinto de Matos é uma perita de renome na área da porcelana chinesa de exportação dos séculos XVI a XIX, com um interesse especial pelas peças iniciais destinadas ao mercado português. Atualmente Diretora do Museu Nacional do Azulejo em Lisboa foi Diretora da CasaMuseu Dr. Anastácio Gonçalves, também em Lisboa, e do Instituto Português de Museus. Comissariou exposições tanto em Portugal como no estrangeiro e escreveu diversos livros sobre porcelana chinesa de exportação. Jorge Welsh Books é a editora de Jorge Welsh e Luísa Vinhais, especialistas internacionalmente reconhecidos no campo da porcelana oriental e obras de arte relacionadas com a expansão portuguesa. Os seus conhecimentos transparecem não só do seu trabalho como antiquários, com galerias em Londres e Lisboa e consultores de colecionadores, mas também através da investigação, patrocínio e publicação de livros acadêmicos pioneiros, como é o caso da obra em causa. ESPECIFICAÇÕES DA PUBLICAÇÃO:
aaaObra de arte da dinastia Qing, período de Kangxi (1662-1722). Refrescador decorado com as armas dos Sampaio e Melo. Altura: 42 cm.
clui mais de 900 ilustrações e as 1200 páginas apresentam, entre outros, capítulos temáticos sobre terracotas, grés, porcelana das dinastias Song,
Yuan, Ming e Qing, peças com formas e decoração ocidentais e porcelana chinesa de exportação armoriada, sendo absolutamente imprescindível para
Cerâmica da China. Coleção RA Caixa com três volumes em edição cartonada, formato 36,2 x 26,5 cm, 1200 páginas, 927 ilustrações. Edição em inglês: 500 exemplares numerados e assinados pela autora. ISBN 978-0-9557432-3-8. Edição em português: 400 exemplares numerados e assinados pela autora. Para encomendar, contatar a Livraria da Vila: www.livrariadavila.com.br
Onde você estiver A edição completa do jornal A Relíquia em formato específico para tablet e smartphone jornalareliquia.blogspot.com.br/p/e-jornal.html
www.areliquia.com.br
A RELÍQUIA
Outubro de 2012 -
Ferreira Tapetes Persas Compro Antiguidades Oficina, Restauração e Lavagem de Tapetes Orientais. Lavagem a Seco de Estofados e Carpetes Orçamento sem Compromisso
Sr. Ferreira Rua Siqueira Campos, 143 - Sbl, Lj 142, Copacabana - RJ Tels.: (21)2295-0964 / 9985-1239 / 7821-7940
Administração: Associação de Antiquários do Estado de São Paulo - AAESP End.: Rua André Saraiva, 584 - Vila Sônia - CEP. 05626-001 - São Paulo - S.P Tel.: (11) 3253-6382 Fax: (11) 3251-4210 (Seg á Sex das 09:00h ás 18:00h) Site.: www.aaesp.art.br - E-mail: associação.antiquarios@aaesp.art.br
Feira de Antig¸idades do Shopping Cassino Atl‚ntico 16 Anos ANTIGÜIDADES - BIJUTERIAS - PRATARIAS - MURANO PORCELANAS - ESCULTURAS - PINTURAS - CRISTAIS TAPETES ARTESANATO BRASILEIRO - COMIDAS TÍPICAS TODOS OS SÁBADOS DAS 11:00H ÀS 19:00H Av. Atlântica, 4240 - também com acesso pela Av. N.S. de Copacabana, 1417 e Rua Francisco Otaviano, 20. Garagem: entrada pela N.S. de Copacabana
Tel.: 55 21 2523-8709
25
26 -
A RELÍQUIA
Outubro de 2012
Funarte SP exibe individuais de Marcia Pastore e Tony Camargo A Funarte São Paulo recebe em 10 de outubro duas exposições de artistas contemplados com o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2012. Na Galeria Flávio de Carvalho, Marcia Pastore apresenta a instalação "Peso-Contrapeso", que transforma o espaço num emaranhado de sistema de cabos, roldanas e tubos de latão. Tony Camargo ocupa a Galeria Mário Schenberg com sua mais recente série de trabalhos, intutulada "Videomódulos", uma espécie de performance realizada pelo artista, com o corpo inserido em um espaço
IERI
E
real, cenograficamente escolhido e modificado. As exposições ficam em cartaz, simultaneamente, até o dia 20 de novembro. As exposições "Peso-Contrapeso", de Marcia Pastore; e "Videomódulos", de Tony Camargo; são realizadas pela Funarte, Ministério da Cultura e Governo Federal em apoio e estímulo à produção contemporânea. Funarte São Paulo: Campos Elíseos: Alameda Nothmann, 1058, tel. (11) 3662-5177. Seg. a qua., 10h/18h; Qui., a dom., 13h/22h.
OGGI ROBERTO PRADA
Moveis, quadros, pratas, cristais, brasileiros e europues, séc. XVIII - XX. Compra-se quadros europeus.
COMPRO E VENDO Relógios, Carrilhão,Pedestal, Bolso e Pulso
Telefax: (11) 3083-2227 - cel. (11) 7886-9568 Alameda Tietê, 43 lj. 15, Cerqueira César - São Paulo/SP rprada.antique@uol.com.br N. Srª da Conceição em marfim de Goa, séc. XVIII. Contador em jacarandá e osso, indo-português, séc. XIX. Prato em porcelana, Chinese Imari, séc. XVIII. Coco em prata brasileira, séc. XIX.
Dantas
Molduras Everaldo SHOPPING CASSINO ATLÂNTICO Av. Atlântica, 4.240 SS Lj.133 Copacabana RJ CEP 22070-002 T. (21) 2410-7070 ● 2521-4090 2523-4814 www.everaldomolduras.com.br faleconosco@everaldomolduras.com.br
2548-1514 9975-7545 Rua Siqueira Campos, 143, Sl 136 Copacabana - Rio de Janeiro - RJ
Óbidos Antiguidades Aluguel de material de imagem & som de época Compra e Venda
Mário Abreu
“Onde garimpar é sempre um prazer.” Vamos e sua resi m dência
Jornal A RELÍQUIA
Móveis, Objetos, Roupas e Antiguidades em Geral.
Para Assinar ou Anunciar RIO DE JANEIRO: (21) 2265-0188 SÃO PAULO: (11) 97389-3445 PORTO ALEGRE: (51) 2112-8038
BRECHÓ CHARISMA
R. Gal. Glicério 400-B Laranjeiras Rua Siqueira Campos, 143, loja 52, 2º piso - Copacabana Cep: 22031-070 - Rio de Janeiro RJ - Brasil Cel. 8111-1041 / Telfax: 2548-9607 abreu.mariopintoabreu@gmail.com www.antiguidadesdoabreu.com.br
Tel.: 2265-99736 www.brechocharisma.com.br twitter.com/brechocharisma
A RELÍQUIA
Outubro de 2012 -
São Paulo: Arte & Estilo Antonio Parreiras na Pinacoteca de SP A Pinacoteca do Estado de São Paulo apresenta a exposição Antonio Parreiras, pinturas e desenhos com 20 trabalhos realizados entre 1887 e 1929. As obras pertencem aos acervos da Pinacoteca do Estado e do Museu Antonio Parreiras, primeiro museu brasileiro dedicado à obra de um único artista e que este ano, comemora 70 anos de existência. Antonio Diogo da Silva Parreiras (Niterói, RJ, 1867-1937) é conhecido como um dos principais paisagistas brasileiros entre o final do século 19 e as primeiras décadas do século 20. A exposição apresentada na Pinacoteca é uma oportunidade única para ver um conjunto de cinco desenhos raramente exposto, com destaque para Cabeça de onça, 1916, Salgueiros em dezembro, 1917, Vieilles Maisons à Sartene [Velhas casas em Sartene], 1918, e Chaumière Saint-Alpinien [Cabana Saint-Alpinien], 1919. Também serão exibidas 16 pinturas de paisagens, marinhas, casarios e figuras, realizadas durante suas viagens pelo Brasil e pela Europa. Deste conjunto, destacam-se, Manhã de inverno, 1894, Dia de mormaço, 1900, Marinha, cerca de 1905, e Tormenta, 1905, entre outros. "Parreiras executou diversos gêneros de pintura. Difícil indicar o número aproximado de obras que realizou. Segundo o próprio Parreiras, em sua autobiografia História de um pintor, contada por ele mesmo (1926), até aquele momento havia feito mais de 850 telas. (...) Elogiado como paisagista; criticado como pintor de temas históricos e de pinturas de gênero - especialmente os nus -, suas obras estão presentes em muitos museus brasileiros e também em coleções particulares. Quando vivo, foi reconhecido como o mais importante pintor atuante pela revista Fon-Fon em 1926", afirma Ana Paula Nascimento, curadora da mostra. Esta é a segunda exposição de Parreiras na Pinacoteca. A primeira, Antonio Parreiras: pintor de paisagem, gênero e história, aconteceu em 1981. Segundo Kátia de Marco, diretora do Museu Antonio Parreiras, "o temperamento impetuoso e independente de Parreiras, que transparece de modo espontâneo no seu livro de memórias] permitiu que o artista direcionasse seu talento à liberdade expressiva de se preservar das imposições clássicas do academicismo, sem se comprometer com os novos preceitos modernistas surgidos no Brasil nas duas primeiras décadas do século XIX. (...) De alguma forma, tal postura contribuiu para mantê-lo em certo limbo da crítica póstuma e da historiografia escrita pelas lentes modernas, deslocando-o do foco de interesse para um aprofundamento valorativo e merecido, dada a importância de sua obra na história da arte brasileira"
Sobre o artista
Antonio Parreiras (Niterói, RJ, 1860-1937) inicia
27
seus estudos em 1883, como aluno amador na Academia Imperial de Belas Artes, onde frequenta as aulas do professor de paisagem Georg Grimm. Após dois anos, junto a França Júnior, Castagneto, Hipólito Caron e Domingos Garcia y Vasquez, abandona a Academia quando esta proíbe que o mestre dê aulas de pintura ao ar livre. Ainda sob a orientação de Grimm, o grupo pinta paisagens da praia da Boa Viagem, em Niterói. Em janeiro de 1885, em seu ateliê naquela cidade, Parreiras realiza a primeira exposição de sua produção; esses quadros e mais alguns são expostos no mesmo ano na loja A Photographia, no Rio de Janeiro. Em abril inaugura exposição na Casa De Wilde, um dos principais pontos de encontro dos artistas profissionais no Rio de Janeiro, e no final do mesmo ano expõe algumas telas na Glace Élégante. Assim, inicia uma carreira permeada de exposições individuais, não só no Rio de Janeiro, mas, posteriormente, em diversos estados do Brasil, como São Paulo, Pará, Amazonas e Rio Grande do Sul. Realiza uma série de excursões e viagens de estudo por diversas partes do país. A imprensa no período observa a falta de prática do artista no desenho de figura e, em diversas ocasiões, pronuncia-se incitando o jovem a ir aperfeiçoarse na Europa. Parreiras executa então a pintura A tarde, para submissão à compra pelo Governo Imperial. Com o dinheiro da venda, viaja pela primeira vez à Europa, desembarcando em Gênova, de onde segue para Roma; por fim, estabelece residência em
Veneza. Torna-se aluno livre da Academia de Belas Artes local, onde estuda com FilippoCarcano. Em 1890 retorna ao Brasil e inscreve trabalhos na Exposição Geral de Belas Artes daquele ano, a primeira organizada no período republicano, obtendo pequena medalha de ouro. Pela primeira vez realiza uma pintura histórica, sob encomenda. Embrenha-se nas florestas tropicais, reproduzindo nas telas o clima e o mistério que existem na flora e na fauna locais, com verdes intensos e cores fortes. Marinhas e cenas campestres completam a sua produção artística, que o coloca entre os principais paisagistas do Brasil. Em fevereiro de 1906 embarca novamente para a Europa; passa por Portugal e se estabelece em Paris. Retorna ao Brasil em 1907, e em 1908 segue para Belém, de onde se transfere para Paris levando consigo o filho Dakir, para iniciá-lo na pintura. Em 1909, em Paris, inscreve a pintura de nu Fantasia no Salon de laSocietéNationale de BeauxArts, obtendo grande sucesso. De volta ao Brasil, em 1910 parte novamente para Paris, onde inscreve no Salon a pintura Frineia, aceita por unanimidade pelo júri. Passa então a ser conhecido na Europa como pintor de nus. Apresenta posteriormente Dolorida, 1910; Flor brasileira, 1913; Nonchalance, 1914, e Modelo em repouso, 1920. São poucas as paisagens realizadas na década de 1920. Contudo, prossegue na realização de pinturas históricas. Pelas dificuldades em obter encomendas de pinturas históricas nos anos seguintes, Parreiras volta-se novamente para a pintura de paisagens. Adoece progressivamente a partir de 1932, e, ao morrer, deixa prontos os originais da segunda parte de seu livro de memórias, História de um pintor contada por ele mesmo, cuja primeira edição data de 1926. Segundo ele próprio, realizou ao longo de aproximadamente 55 anos, mais de 850 pinturas, das quais 720 em solo brasileiro, tendo feito 39 exposições no Rio de Janeiro e em vários outros estados do Brasil. A exposição vai de 06 de outubro a 03 de março de 2013.
DOURAÇÕES
Compro
Dourações Brunidas Ouro comum e legítimo 22/24 quilates Restauros de dourações Shirley / Clarisse São Paulo Tel: (11) 997820400
Pinturas de artistas paranaenses Alfredo Andersen A. Nisio Theodoro de Bona Maria Amélia Assumpção Miguel Bakun Guido Viaro Freysleben Traple
41-9971-0484 41-3013-7218 claudineybelgamo@hotmail.com
28
A RELÍQUIA
- Outubro de 2012
Meu olhar sobre Giverny Por Litiere C. Oliveira
U
ma coisa é ver nas fotografias de livros e revistas, ou assistir a filmes no cinema e na televisão. Outra, bem diferente, é olhar pessoalmente, entrar num templo da arte impressionista, passear pelos bucólicos jardins, sentir nos dedos a textura das flores, pisar nos caminhos percorridos pelo mestre Claude Monet, procurar os ângulos escolhidos pelo artista para pintar seus quadros, atravessar as pontes somente vistas antes nas suas pinturas em museus, admirar as ninféias. Emocionante também é subir a escadinha que leva até sua casa, entrar na sua intimidade, ver sua cama, seus móveis e objetos pessoais, a poltrona onde dormitava, admirar o seu studio... uma tela esperando inutilmente no cavalete, ouvir o seu riso ecoando nas paredes e sentir os odores da sua comida na cozinha com a mesa arrumada, como se de repente ele fosse entrar com o avental todo sujo de tinta. Giverny é emocionante.
Claude Monet (1840-1926) mudou-se para Giverny em 1883, e ali viveu durante 43 anos, até a sua morte. A propriedade está localizada na Normandia, a sessenta quilômetros de Paris, próxima ao rio Sena. Ele mesmo criou os jardins, sua grande fonte de inspiração, onde deu início a uma nova fase de sua produção artística pintando uma série de paisagens em diferentes horas e com diferentes incidências de luz, muitas das vezes utilizando o mesmo ângulo. Ele acreditava que isolar um momento, pintando-o uma única vez, era negar a passagem do tempo, pois a cada instante a luz muda e, com ela, o aspecto da paisagem - a pura essência do impressionismo. Quase todo dia Monet percorria e cuidava dos jardins. Com seu cavalete, o grande pintor francês do impressionismo saia à procura de novas imagens, novos ângulos. Quando se decidia, abria seu pára-sol e pintava a mesma cena em diversas horas do dia. As pequenas pontes japonesas, as flores, os chorões, o lago das ninféias e o barco o inspiravam na criação de suas pinturas. >>>
De todas as janelas da casa de Monet se avista os jardins de Giverny
A RELÍQUIA A partir de 1900 até a data de sua morte ele pinta a série "Ninféias", num total de dezenove painéis, que depois doou ao governo francês. Depois da morte de Claude Monet, Giverny foi herdada por seu filho, Michel. Coma morte deste e por sua vontade, a casa passou a pertencer a Academia de Belas-Artes, que não cuidou da propriedade. Giverny ficou praticamente abandonada e, em 1977, a casa e os jardins, em ruínas, estavam quase irreconhecíveis. Foi quando começaram os trabalhos de restauração da propriedade, sob a responsabilidade do professor Gerald van der Kemp, conservador do Palácio de Versalhes. O financiamento da obra ficou por conta de um grupo de admiradores de Monet, que arrecadaram dois e meio milhão de dólares. O trabalho só foi possível porque a casa se encontrava ainda em pé e os móveis originais estavam guardados. Os jardins foram reconstituídos de acordo com planos, fotos e quadros do artista. Depois de restaurados e transformados em Fundação e Museu Claude Monet, atualmente a casa e os jardins se encontram exatamente como os criou o pintor. Existem muitas publicações e livros imensos sobre Giverny. Mais do que escrever, a minha intenção foi fotografar os jardins e a casa de Monet, mostrando o meu olhar sobre Giverny através da minha máquina fotográfica.
Outubro de 2012 -
29
Fotos: Litiere C. Oliveira
As pequenas pontes japonesas, as flores, os chorões e o lago das ninféias inspiravam o artista. O quadro de Monet, ao lado, parece ter sido pintado do mesmo ângulo onde a foto foi feita
A tranquilidade do lago com ninféias
Vista da casa através das flores dos jardins
Outro ângulo da casa de Monet
Vista do lago
O studio do pintor
O sofá do studio fica ao lado do janelão
30
- Outubro de 2012
M
A RELÍQUIA
Música no museu
úsica no Museu é a versão brasileira do que acontece nos museus de maior expressão no mundo: Metropolitan, MoMA, Guggenhein (Nova Iorque), Louvre, Picasso, Montmartre (Paris), Gulbenkian (Lisboa), Prado (Madrid) etc. que, a par de suas atividades principais nas artes plásticas, dedicam amplos espaços à música como elo entre os seus cenários trazendo-lhes um ganho considerável na sua densidade cultural. Inaugurada em 1997 no MNBA Música no Museu conta hoje, com cerca de 60 espaços entre museus, igrejas, palácios, centros culturais e teatros, de norte a sul do Brasil ainda que 95% se concentrando no Rio de Janeiro. Já registrando um público superior a 350.000 espectadores e realizando até 520 concertos por ano é considerado pelo Rank Brasil, a versão brasileira do Guinness Book a maior Serie de Musica Clássica do Brasil. Seus concertos são gratuitos, privilegiando a música de boa qualidade, sem distinção de procedência, escola ou época - da música medieval aos clássicos europeus, dos românticos aos impressionistas, dos modernos aos contemporâneos brasileiros, de Bach, Beethoven, Mozart e De-
Almendrix Trio, formado por Karla Bach, João Carlos Assis Brasil, Paulo Pedrassoli
bussy a Villa-Lobos, Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, Astor Piazzolla e Gershwin, etc que já passaram pelos seus palcos na interpretação dos melhores solistas, grupos brasileiros e alguns internacionais.
O modelo veio de fora mas Musica no Museu também inovou levando musica e músicos brasileiros para o exterior e, a partir de 2005, atingiu a todos os continentes. Inicialmente em Paris, nas comemorações do Ano
Daniel Ximenes -
"Sem Título" - ost 70 X 100 cm. Ass. e Dat. 2011
Brasil-França, Musique au Musée- Museée de Montmartre e, daí em diante, cidades de Portugal (Lisboa, Santarem, Aveiro, Porto), Republica Tcheca (Praga), USA (Nova Iorque e Washington), França (Paris), Espanha (Madrid, Salamanca, Bilbao) Marrocos (Rabat), India (Nova Delhi), Australia (Sydney) além de memorável apresentação no Carnegie Hall, em Nova Iorque com os Classicos do Brasil: de Villa-Lobos a Tom Jobim. Em 2012 participa do Ano do Brasil em Portugal além de fazer concertos na Austrália e nos Estados Unidos (Los Angeles). Ganhador de muitos premios, entre eles o Golfinho de Ouro, Cultura Viva, da Unesco, Ordem do Mérito Cultural e a maior honraria cultural do Brasil - Urbanidades, conferido pelo IAB-Instituto dos Arquitetos do Brasil. Em 2011, recebeu na PUC em Buenos Aires o Premio Latin American Quality Awards 2011. Nas comemorações dos seus 15 anos, a partir de pesquisa realizada entre o seu público, foram escolhidos os seus 10 melhores concertos sendo o de Nelson Freire, hors concours e que coincide com esta comemoração em São João del Rei. Maiores informações no no site www.musicanomuseu.com.br.
Artista Plástico e Restaurador
"Sem Título" - ost 56 X 120 cm. Ass. e Dat. 2012
Fez três exposições individuais "Sem Título" - ost 85 X 69 cm. Ass. e Dat. 2010
● Exposição Individual - FACHA - Faculdade Hélio Alonso - Rio de Janeiro. ● Exposição Individual - Consulado da Rússia - Rio de Janeiro ● Exposição Individual - SESC Ramos - Rio de Janeiro. A Caminho das Águas. Em 2010, participou da coletiva dos artistas de Laranjeiras, no Casarão Austregésilo de Athaide. Atualmente pintando arte contemporânea.
Contato:
(21) 9860-8284
A RELÍQUIA
Outubro de 2012 -
O seu estilo e bom gosto merecem um lugar assim! Mais de 80 lojas de antiguidade, decoração, galerias de artes e muito mais esperam por você no maior shopping de Antiquários da América Latina. Venha nos visitar.
Shopping dos
ANTIQU¡RIOS ●
Apoio: Ben-H Hur Antiguidades ● Cícero Amaral Antiquário ● Décio Rodrigues ● Dimas Antiguidades ● Herbert Antiguidades ● Lola Artes ● Machado Antiguidades ● Manuel Guimarães Antiguidades ● Mozart & Nathan Forster Antiquários MIB Galeria de Arte ● Onze Dinheiros Escritório de Arte ● Phoenix Objetos de Arte ● Snob Antiguidades ● Scherer Antiques ● Neiva Móveis e Designs ● Velho que Vale Antiguidades ● Walter Giserman Galeria de Arte ● A Relíquia
Rua Siqueira Campos, 143 - 2° piso (entrada também pela Figueiredo Magalhães). Aberto de Seg. à Sexta das 10:00 às 19:00hrs e Sábados das 10:00 às 16:00 hrs Estacionamento pela Figueiredo Magalhães 598. Tel: 2255-3461
31
32
A RELÍQUIA
- Outubro de 2012
Destaques
Por Litiere C. Oliveira
Da ArtRio para a Tate Modern A melhor decisão que tomei este ano, seguindo uma programação, foi viajar para a Europa no terceiro dia da ArtRio, deixando para trás a arrogância e a empáfia dos organizadores da feira (exceção feita a Elisângela Valadares). Foi muito mais gratificante visitar, logo no dia 16, a magnífica exposição Edvard Munch: The Modern Eye na Tate Modern, em Londres, cuja reportagem vocês conferem nesta edição. E logo em seguida assistir a uma performance na Turbine Hall, para depois me deliciar com o acervo do museu, apreciando Matisse, Malevich, Picasso, Warhol, Dali, De Chirico, Francis Bacon e Chagall. Muito mais interessante do que ver as obras de arte suspeitas e estranhas apresentadas por algumas galerias estrangeiras, essas sim, sem nível para participar de uma feira internacional desse porte. Obras tão estranhas que um conhecido colecionador de arte do Rio foi repreendido
por jogar um copo descartável de café numa caixa; o que ele pensava ser uma espécie de lata de lixo, na verdade era uma obra de arte de uma galeria estrangeira.
Imprensa
A ArtRio - Feira Internacional de Arte Moderna e Contemporânea chegou ao sucesso imediato muito graças à imprensa, incluindo a especializada. Por isso, achei um absurdo as revistas de arte brasileiras aceitarem ser embutidas em cubículos no fundo do armazém 4 do Píer Mauá. Mereciam mais respeito e um melhor tratamento. A organização me ofereceu colocar um expositor de A Relíquia, que recusei. Preferi distribuir exemplares do jornal entre os expositores e o público, além de colocar jornais no Espaço Vip (enquanto permitiram, porque logo apareceu umazinha dizendo que eu não sou vip, e portando ao mar).
O passado presente A máxima "Não se pode construir o futuro sem um passado" é levada muito a sério na Inglaterra. Não sei se foi coincidência, mas é emblemática a construção de uma passarela
de pedestres ligando a Tate Modern à Catedral de St. Paul, fazendo a ponte entre o passado e o presente. Para o governo brasileiro, o passado é um incômodo.
Exposições em Paris Entre outras, duas exposições temporárias chamaram a minha atenção em Paris: O Impressionismo e a Moda, no Museu d'Orsay, que fica em cartaz até 20 de janeiro de 2013 e depois vai para o Metro-
Nelson Leirner na Tate
politan de Nova York, e Canaletto-Guardi, os dois mestres de Veneza, no museu Jacquemart-André, até 14 de janeiro de 2013. Aguardem a reportagem nas próximas edições.
Logo à direita da entrada do salão de exposição permanente da Tate Modern, me daparei com uma obra do artista brasileiro Nelson Leirner. Trata-se de Homenagem a Fontana II, de 1967 (foto).
Masp comemora 65 anos de vida O Museu de Arte de São Paulo (Masp) comemora em 2 de outubro seu 65º aniversário, mas a festa começa apenas na quinta-feira, dia 4, com três eventos. A partir das 10h até as 18h, o museu oferece entrada livre aos visitantes, que poderão conferir a exposição O Espectro Diverso - 600 anos de Cerâmica Coreana e outras quatro mostras. Também de graça, na quinta, o público pode assistir à Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo. À noite, apenas para convidados, o maestro João Carlos Martins rege a Filarmônica Bachiana do Sesi SP, no Grande Auditório. O Masp foi fundado em 1947, criado pelo jornalista Assis Chateaubriand e pelo crítico de arte italiano Pietro Maria Bardi. O prédio foi desenhado por Lina Bo Bardi, uma construção com um vão livre de 74 metros que virou cartão postal de São Paulo. O acervo do museu é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e possui atualmente cerca de 8 mil peças. Aos domingos acontece a Feira de Antiguidades do MASP, criada há mais de 25 anos, uma atração para colecionadores, amantes de arte para o público em geral.
A RELÍQUIA
Outubro de 2012 -
33
Informe da ABA - Associação Brasileira de Antiquários
Feira da Gávea: as boas ideias de presentes exclusivos de Natal Um dos programas obrigatórios dos domingos para os cariocas, turistas do exterior ou para os brasileiros vindos de outros estados é a visita da Feira de Antiguidades da Gávea, que é montada, com qualquer tempo, de 9 às 18 h, na Praça Santos Dumont. Além de um passeio tranquilo, à sombra das árvores, numa praça atraente e que foi recentemente recuperada pela prefeitura carioca, ali podem ser encontrados pratarias, quadros, objetos de colecionismo e raros brinquedos movidos a corda. Muitos visitantes já procuram na feira seus presentes de Natal exclusivos para parentes e amigos, como uma rara peça de cristal, objetos de colecionismo, quadros de pintores famosos, ou mesmo um broche, pulseira ou um anel que nossas avós usavam no início do século 20. Para os colecionadores, podem ser encontrados na feira luminárias e máquinas de costura onde nossas mães e tias confeccionavam seus modelos. Até casacos antigos de couro e fantasias podem ser achadas por lá: são muitas as barracas que vendem roupas usadas exóticas, na maioria. Pulseiras de galalite, multicoloridas, fazem a alegria dos visi-
tantes assim como selos, medalhas de bronze e prata, moedas antigas e cédulas dos mais longínquos e menos conhecidos países do mundo encantam por seu design. Na feira existe ainda uma barraca especialidade em botões de futebol de mesa(botões), realizando, permanentemente, animados campeonatos reunindo apreciadores de todas as idades. A Feira de Antiguidades da Gávea, administrada pela Associação Brasileira de Antiquários, tem nomes de projeção entre seus freqüentadores assíduos, com destaque Marília Pera, Mariana Ximenes, Wagner Moura, Leandra Leal, Olivier Anquier, Jayme Monjardim, Sonia Braga, Débora Falabella, Zezé Motta, Déo Garcez, Marisa Monte, Flavia Alessandra, Haroldo Costa, Paulo Betti, Carla Camuratti e ainda Paulo José, Ricardo e Suely Stambowski, Ovidio Cavalheiro, Ricardo Cravo Albin e também colunistas consagrados como Hlldegard Angel, Anna Maria Ramalho, Joaquim Ferreira dos Santos, Elizabeth Orsini e Ancelmo Goes. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Antiquários, Marcos Freitas, a feira tem seus visitan-
tes do tipo "fã-de-carteirinha", que chegam bem cedo para arrematar as peças mais raras e valiosas Muitos estão à procura de desenhos e pinturas que merecem moldura e vidro anti-reflexo. Garrafas do lendário refrigerante Crush podem ser encontradas estão lá , assim como antigas fotos de família que remetem o público a um passado distante. Uma boa parte de seus frequentadores visitantes prefere sair garimpando curiosidades e uma boa parte do público gosta de contar que ali já conseguiu algumas peças fantásticas, verdadeiras pechinchas, como a escultura de bronze de um touro, de fundição francesa, tão perfeito no desenho de seus músculos que parece estar respirando. Outros gabamse de terem adquirido um buda deitado de lado, um deus africano simbolizando a fertilidade ou uma rara peça esculpida em madeira. Em muitas barracas podem ser encontradas muitas medalhas, algumas com mensagens religiosas ou efígies de Camões, Napoleão ou o ex-presidente americano John Kennedy. Outras peças podem ser adquiridas como raros presentes de Natal, como é o caso de uma faquinha de
madrepérola de Jerusalém e um terço oriental antigo, conhecido como masbaha (pronuncia-se masbarrá), em prata. Há várias barracas com brinquedos antigos, como caixinhas de música, bichinhos movidos a corda, casa de bonecas, carrinhos antiqüíssimos e antigos livros infantis. Existem ainda, como sugestão de presentes personalizados, telefones incríveis, alguns ainda um deles de manivela, do tempo em que se pedia à telefonista para fazer a ligação. As luminárias e os ventiladores em estilo retrô também fazem o maior sucesso e as bijuterias antigas são um caso à parte: há broches, brincos, anéis, colares e pulseiras belíssimos, em todos os tipos de material, nos mais diversos preços. Não é à toa que as figurinistas de teatro, cinema e TV vivem por lá à procura de peças antigas para produções de época, juntamente com chapéus, guarda-chuvas, polainas, botas. Tem gente que corre atrás de objetos exóticos para enfeitar vitrines ou para adornar suas residências com estatuetas, máquinas de escrever, rolos de esticar massa de pastel, e outras curiosidades dos velhos tempos. Luiz Carlos Lourenço
34
- Outubro de 2012
A RELĂ?QUIA
Marco Grili Antiguidades
Compra e Venda de antiguidades e objetos de arte Rua Conde de Linhares, 503 - Cidade Jardim B e l o H o r i z o n t e - M G - C e p : 3 0 3 8 0 -00 3 0 Tel. (31) 3275.4461 / 3291.9545 antiquario@gmail.com
A RELÍQUIA
Outubro de 2012 -
Itamar M u s s e Antiquário
MOLDURAS ● ● ● ●
Fabricação e restauração Pátina Douração Chassis p/ tela
● ● ● ●
35
Desde 1918
Limpeza e restauro de gravuras Aquarelas Serigrafias Pintura a óleo sobre tela e madeira
Descontos especiais para leilões e comerciantes
Atendemos em domicílio Orçamento sem compromisso Levamos mostruário
Rua Siqueira Campos, 143 - Loja 109 Shopping dos Antiquários - Copacabana
Rua da Paciência, 461 - Rio Vermelho - Salvador - BA
Tels.: 2235-8311 / 9912-8005
Tel: (71) 3334-5316 Tel/fax: 3334-8224 / Cel:(71)9988-0691
Móveis e Designers
E-mail: itamarmusse@uol.com.br
Enviamos para São Paulo e Minas
Leilão de Arte 22 de OUTUBRO de 2012 Segunda-feira às 21h
Osmar Beneson, ost 1,50 x 1,45 m
Djnaira da Motta e Silva
Exposição Dias 19, 20 e 21 de outubro de 2012 das 11h às 20h
Leiloeiro Oficial:
André Cencin
Veja Catálogo Completo no site: www.cencin.com.br Mesa Cimo Par de Cadeiras Gelli
Contato: Carrinho de Chá Carlo Hauner 21 7867-4814 rcjneiva@hotmail.com
Rua José Maria Lisboa, 1089 - Jardim Paulista - CEP: 01423-003 - São Paulo - SP Fone: +55 11 3083-2694 / 3081-0076 / 9162-7740 E-mail: contato@cencin.com.br
Leilão Imperial
ESTAMOS CAPTANDO PEÇAS PARA O LEILÃO DE NOVEMBRO LOCAL Estrada União Indústria, 14999 - Cep.: 25750-221 Itaipava - Petrópolis - RJ Tels: 24 2222-2057 / 24 9951-3768
ORGANIZAÇÃO João Gibeiro Antiquário FERNANDO BRAGA Leiloeiro Público www.fernandobraga.lel.br
www.fazendaimperial.com