Prospecções filosóficas:
Platão e Aristóteles, Estética, Hermenêutica e Teologia Fausto dos Santos
Prospecções filosóficas:
Platão e Aristóteles, Estética, Hermenêutica e Teologia Fausto dos Santos
Chapecó, 2012
Reitor
Odilon Luiz Poli
Vice-Reitora de Ensino, Pesquisa e Extensão Maria Aparecida Lucca Caovilla
Vice-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento Claudio Alcides Jacoski
Vice-Reitor de Administração Antônio Zanin
Diretora de Pesquisa e Pós-Graduação Stricto Sensu Maria Assunta Busato
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem autorização escrita do Editor. 100 Amaral Filho, Fausto dos Santos A485p Prospecções filosóficas : Platão e Aristóteles, Estética, Hermenêutica e Teologia / Fausto dos Santos Amaral Filho. – Chapecó : Argos, 2012. 237 p. ; 23 cm. – (Coleção Sul ; 1) Inclui bibliografias ISBN: 978-85-7897-044-4 1. Platão, 427-347 a.C. 2. Aristóteles. 3. Filosofia. 4. Hermenêutica. 5. Teologia. 6. I. Título. 7. Série. CDD 100 Catalogação elaborada por Caroline Miotto CRB 14/1178 Biblioteca Central da Unochapecó
Todos os direitos reservados à Argos Editora da Unochapecó Av. Atílio Fontana, 591-E – Bairro Efapi Chapecó (SC) – 89809-000 – Caixa Postal 1141 (49) 3321 8218 – argos@unochapeco.edu.br – www.unochapeco.edu.br/argos
Conselho Editorial
Rosana Maria Badalotti (presidente), Carla Rosane Paz Arruda Teo (vice-presidente), César da Silva Camargo, Dirceu Luiz Hermes, Elison Antonio Paim, Érico Gonçalves de Assis, Maria Aparecida Lucca Caovilla, Maria Assunta Busato, Murilo Cesar Costelli, Tania Mara Zancanaro Pieczkowski
Coordenador
Dirceu Luiz Hermes
Sumário
9 Prefácio Luis Alberto De Boni 11 Apresentação Fausto dos Santos Amaral Filho Parte I PLATÃO E ARISTÓTELES 17
Os gregos e a episteme
27
Linguagem: uma questão aristotélica
49
O poeta e o filósofo: as origens de um conflito originário
63
Para tentar compreender a conversa do filósofo
Parte II PROSPECÇÕES ESTÉTICAS 77
Estética: uma introdução à Filosofia
97
A caminho da Estética
113 O abuso da arte ou ainda a arte do abuso 121 O platonismo estético de Gottlob Frege Parte IIi PROSPECÇÕES HERMENÊUTICAS 139 Hermenêutica: o que é isto, afinal? 157 Paul Ricoeur e a tarefa da hermenêutica ou ainda Paul Ricoeur e a hermenêutica da tarefa 177 A Lógica dos Princípios Parte IV PROSPECÇÕES TEOLÓGICAS 197 A poética bíblica de Paul Ricoeur: um breve breviário 205 Na esteira de Xenófanes: as raízes onto-teológicas da Filosofia 221 A Doutrina Social da Igreja e o Princípio Personalista
Prefácio
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uem conheceu e/ou conhece o professor Fausto dos Santos, sabe que se trata de alguém voltado para a Filosofia. Isso me foi possível constatar já durante seus estudos de pós-graduação, quando o tive como aluno. Sua área de especialização é a Filosofia Grega, sobre a qual escreveu tanto a dissertação como a tese. Mas ele não se detém nela; transita com elegância e competência por outras sendas e, passando pela Hermenêutica, pela Filosofia da Linguagem, pela Estética e pela Ética, adentra nos vastos domínios da Teologia. Já em seu primeiro livro, Filosofia aristotélica da linguagem, restrito a um tema específico, percebia-se essa abertura para temáticas diversas – o que se tornou ainda mais manifesto em A Estética Máxima e em Platão e a linguagem poética, e agora transparece em Prospecções Filosóficas. Fausto se mantém fiel à grande tradição filosófica, para a qual o princípio do verdadeiro filosofar se encontra naquilo
que Aristóteles (Metafísica I, 2 982b 11), na forma verbal, chama de θαυμαξειν (thaumazein), e que traduzimos por “espanto”, “admiração”, “pasmo”, “maravilhamento”. Isso significa que o verdadeiro filosofar não se resume a arrolar questões e às respostas encontradas. Ele é antes um perguntar abismado de quem admira, de quem faz perguntas à procura de respostas. Permito-me destacar na presente obra dois textos que muito me agradaram. O primeiro deles, intitula-se: “O poeta e o filósofo: as origens de um conflito originário”. Nele o autor, tomando diversos diálogos de Platão, explica o motivo pelo qual o pensador grego contrapôs o lógos filosófico à poesia, mostrando como uma civilização baseada no mythos acabava cedendo a quem melhor convencesse (e foi esse o modo de se condenar Sócrates), fugindo assim da argumentação racional. O outro texto é “A poética bíblica de Paul Ricoeur: um breve breviário”. Tomando como fio condutor o texto de Ricoeur, Fausto dos Santos concorda com ele ao privilegiar a escrita ante a oralidade, não no sentido de que a escrita pretenda destruir a tradição oral, mas no de que a prolonga. Lida sob esse aspecto, torna-se a Bíblia “um poema” único, no qual Deus coordena os textos, mas os transcende; e também um poema polifônico, onde de várias maneiras Deus fala ao homem, sua criatura, convidado ao silêncio da escuta. Em linguagem acessível, o leitor encontrará na presente obra temas que lhe possibilitarão momentos de reflexão filosófica e também de alegria intelectual. Porto Alegre, Natal de 2011. Luis Alberto De Boni
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Prefácio
Apresentação
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eunidos aqui sob o título de Prospecções filosóficas encontraremos alguns dos resultados de uma década de investigações regidas pelo espanto. Década marcada não tanto pelo teor ou pela quantidade das respostas encontradas – se é que se encontrou alguma –, mas, antes, pela determinação de um caminho diante do maravilhamento com a possibilidade das questões. São 14 textos; cada um guardando a sua completude específica, quase todos publicados originariamente em revistas acadêmicas no decorrer desses anos. No entanto, ainda que dispersos pelos momentos distintos da busca, agora agrupados em quatro partes, no seu conjunto, certamente possuem uma unidade: a unidade do referido caminho. O que pude perceber nessa oportunidade de reuni-los. Porém, à medida que a Filosofia comporta idas e vindas, ainda que para apreender-lhes a dita unidade os textos devam ser lidos todos como um todo, o leitor pode fazê-lo como bem entender, dispondo-os conforme o seu próprio caminho, compreendendo-os de acordo com as suas necessidades próprias.
Revendo-os, também pude realizar pequenas correções, bem como traduzir as notas de rodapé que se encontravam em outras línguas que não a nossa e transliterar todos os termos gregos, buscando, assim, ampliar o que talvez seja uma virtude dos textos: a acessibilidade. A primeira parte de prospecções é intitulado Platão e Aristóteles e começa com “Os gregos e a episteme”, texto não publicado escrito em 2009, seguido de “Linguagem: uma questão aristotélica”, publicado na revista Theophilos (volume 1, número 2, julho/dezembro de 2001). Ambos refletem o meu envolvimento com Aristóteles e o que dizem pode ser ampliado pela leitura do meu primeiro livro, Filosofia aristotélica da linguagem (Argos, 2002), cuja segunda edição, no momento, está a caminho. Foi esse envolvimento com Aristóteles que me levou a Platão, tema do meu terceiro livro, Platão e a linguagem poética: o prenúncio de uma distinção (Argos, 2008), e dos próximos dois textos das nossas prospecções: “O poeta e o filósofo: as origens de um conflito originário”, publicado na revista Grifos (número 19, dezembro de 2005), e “Para tentar compreender a conversa do filósofo”, publicado no 4º livro da Coleção Fepráxis da Faculdade de Educação da UFPEL em 2010. Nossa segunda parte chama-se Prospecções Estéticas e começa com “Estética: uma introdução à Filosofia”; texto não publicado, cuja data de feitura já não me recordo, mas que deve ser próxima do meu segundo livro, A Estética Máxima (Argos, 2003). Em seguida, temos “A caminho da Estética”, publicado na revista Veritas (volume 52, número 2, junho de 2007). Na sequência, encontraremos “O abuso da arte ou ainda a arte do abuso”, publicado na revista Perspectiva Filosófica (volume II, número 26, julho/dezembro de 2006). Tal texto, que podemos chamar de “irmão” do anterior, tenta aplicar em um fato concreto o que o outro procurou expor teoricamente. E, por fim, “O platonismo estético de Gottlob Frege”, texto publicado pela revista Artefilosofia (número 9, 2010). Prospecções Hermenêuticas é o título da terceira parte, que começa com “Hermenêutica: o que é isto, afinal?”, texto apresentado oralmente no III Ciclo de Estudos Educação e Filosofia: tem jogo nesse campo?, realizado pela Faculdade de Educação da UFPEL em 2007 e, em seguida, publicado no primeiro livro da Coleção Fepráxis: Interfaces:
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Apresentação
temas de Educação e Filosofia (Editora Universitária/UFPEL, 2009). Na sequência, temos “Paul Ricoeur e a tarefa da hermenêutica ou ainda Paul Ricoeur e a hermenêutica da tarefa”, publicado na revista Perspectiva Filosófica (volume II, número 22, julho/dezembro de 2004). “A Lógica dos Princípios” é o último texto dessa parte e foi publicado no dossiê Filosofia e Linguagem da revista Grifos (número 12, maio de 2002). Por fim, temos as Prospecções Teológicas, que começam com “A poética bíblica de Paul Ricoeur: um breve breviário”, texto publicado na revista Cultura e Fé (número 113, abril/junho de 2006). Depois temos um texto com o qual participei do II Simpósio Internacional de Teologia e Ciências da Religião, realizado pela Universidade Católica de Pernambuco em 2007 e publicado pela revista Ágora Filosófica (volume 1, janeiro/junho de 2008), seu nome é “Na esteira de Xenófanes: as raízes onto-teológicas da Filosofia”. “A Doutrina Social da Igreja e o Princípio Personalista” é o último texto deste nosso livro, tendo sido publicado na revista Teocomunicação (volume 37, número 155, março de 2007). Pois bem, eis então as nossas Prospecções. Quem prospecta busca algo de valor. O que vale, na Filosofia, é a coragem serena de se manter a caminho na consecução do fim. Na decisão do caminho, há vários desvios e nenhum atalho. Para quem sabe que o fim é o próprio caminho é que dedico tanto as palavras quanto o silente destes meus passos. Fausto dos Santos Amaral Filho Santos, agosto de 2010.
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Sobre o autor
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austo dos Santos: Nasceu em Santos (SP). É graduado em Filosofia (Bacharelado e Licenciatura) pela PUCRS (1996), onde também fez o seu Mestrado em Filosofia (1999). Doutorou-se em Filosofia pela UFRJ (2005), com tese sobre Platão. Lecionou disciplinas filosóficas por dez anos na ULBRA (Canoas, RS) e atualmente é professor-pesquisador do PPGEd da Universidade Tuiuti do Paraná. Além de diversos artigos e capítulos de livros, são suas as seguintes obras: Filosofia aristotélica da linguagem (Chapecó: Argos, 2002), A estética máxima (Chapecó: Argos, 2003), Platão e a linguagem poética: o prenúncio de uma distinção (Chapecó: Argos, 2008).
Argos Editora da Unochapecó Site: www.unochapeco.edu.br/argos Título
Prospecções filosóficas: Platão e Aristóteles, Estética, Hermenêutica e Teologia
Autor
Fausto dos Santos Amaral Filho
Coleção Coordenador Assistente editorial Assistente de vendas Secretaria Divulgação, distribuição e vendas
Projeto gráfico e capa da coleção (elaborado pelo grupo participante do curso Projeto gráfico editorial: desafio constante, promovido pela ABEU – SUL, em setembro de 2010)
ABEU – Sul Dirceu Luiz Hermes Alexsandro Stumpf Neli Ferrari Leonardo Favero Neli Ferrari Felipe Alison Zuanazzi Luana Paula Biazus Renan Klaus Alves de Souza Alexsandro Stumpf (Argos Editora da Unochapecó) Caroline Kirschner (Argos Editora da Unochapecó) Daiana Luiza Christ (Editora UFSM) Maristela Bürger Rodrigues (Editora UFSM) Eduardo A. Santos de Oliveira (Editora Unicentro) Thiago Cancelier Dias (Editora Unicentro) Humberto Schwert (Editora da Ulbra) Isabel Kubaski (Editora da Ulbra) Rachel Cristina Pavim (Editora UFPR)
Capa desta edição
Alexsandro Stumpf
Diagramação
Alexsandro Stumpf Mariani Tauchert
Preparação dos originais Revisão
Formato Tipologia Papel
Rodrigo Junior Ludwig Carlos Pace Dori Araceli Pimentel Godinho Rodrigo Junior Ludwig 16 X 23 cm Minion Pro entre 10 e 14 pontos Capa: Supremo 240 g/m2 Miolo: Offset 90 g/m2
Número de páginas
237
Tiragem
800
Publicação Impressão e acabamento
2012 Gráfica e Editora Pallotti – Santa Maria (RS)
Este livro está à venda:
www.travessa.com.br
www.livrariacultura.com.br
Reunidos aqui sob o título de Prospecções filosóficas encontraremos alguns dos resultados de uma década de investigações regidas pelo espanto. Década marcada não tanto pelo teor ou pela quantidade das respostas encontradas – se é que se encontrou alguma –, mas, antes, pela determinação de um caminho diante do maravilhamento com a possibilidade das questões. São quatorze textos; cada um guardando a sua completude específica. Ainda que dispersos pelos momentos distintos da busca, agora agrupados em quatro partes, no seu conjunto, certamente possuem uma unidade: a unidade do referido caminho. Porém, à medida que a Filosofia comporta idas e vindas, ainda que para apreender-lhes a dita unidade os textos devam ser lidos todos como um todo, o leitor pode fazê-lo como bem entender, dispondo-os conforme o seu próprio caminho, compreendendo-os de acordo com as suas necessidades próprias.
Editoras que fazem parte da Coleção Sul Argos Editora da Unochapecó Editora da UFRGS Editora da UNESC Editora da Ulbra Editora Unicentro Editora UFPR Editora da PUCRS – Edipucrs Editora Unioeste Editora UFSM Editora UNISC UPF Editora
ISBN 978-85-7897-XXX-X