Trabalhar com alegria. Isso é tudo!
Referências Inspiradoras
Você precisa saber
Entrevista com Giovanni Ciuro
Missão Empresarial 2019
Levando trabalho para casa
EM REVISTA
EXPEDIENTE Informativo Digital da Associação Serrana de Recursos Humanos Presidente: Volmir André Paza | Gerente Executiva: Simone Vigolo Paviani Edição: Dinâmica Comunicação - www.dinamicacomunicacao.com.br Diretor editor: Ricardo Tonet Dini | Editor redator: Fabiano Finco Projeto gráfico e diagramação: CreativeTeam.co Depto. Relações com o Mercado: Camila Toigo Fogaça e Carlene Adami Vivan Fotos: Acervo e Divulgação ARH Serrana, Assessoria de Imprensa Prefeitura de Garibaldi, Fabrício Sviroski, Gabriela Baruffi, Kais Ismael, Leomir Hendges, Regina Lain, Renata Chies, Tatiana Cavagnolli e Vicente Silveira.
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EDITORIAL
Novidades na pauta! A área de Recursos Humanos das empresas tem vivenciado transformações muito impactantes em relação a novos modelos de gestão, novas modalidades de trabalho e novos perfis de profissionais. Há novidades por toda a parte, o que nos chama a ficar atentos e alinhados com as tendências desse segmento tão importante a todas as organizações. Nessa diretriz, a ARH Serrana tem desenvolvido conteúdos, projetos, cursos e eventos que mobilizem o RH das empresas a pensar, estruturar e agir de maneira diferente do que era antes, fazendo com que as relações humanas e profissionais se tornem cada vez mais saudáveis. Nesta edição da ARH em Revista, convidamos os leitores a refletir sobre o quanto é importante a troca de experiências entre profissionais de vários segmentos. Nesse sentido, estamos divulgando mais uma edição da Missão Empresarial, uma imersão cultural e profissional que proporciona visitas a empresas e organizações referências em suas áreas. É quando temos a oportunidade de vivenciar práticas inspiradoras para buscar novos desafios em recursos humanos. Desta vez, o destino é Minas Gerais! Também buscamos contemplar o leitor da ARH em Revista com cases locais de sucesso, como mostra a seção Entrevista, cujo tema é um modelo de administração que transformou para melhor o negócio de uma grande empresa por meio da motivação aos colaboradores. Por mais que vivenciemos o avanço das tecnologias, da Inteligência Artificial, da Internet das Coisas e da Indústria 4.0, por exemplo, serão sempre as pessoas os protagonistas dessas mudanças. Esse tema, aliás, pauta outra reportagem dessa edição, a que apresenta o Fórum de Gestão de Pessoas da ARH Serrana, que ocorre dia 11 de setembro, no UCS Teatro. Explicamos o mote desta edição, Desconfigure-se, que nos exige um constante desaprender para reaprender novas formas de trabalhar, crescer e se relacionar. A revista, em sintonia com o momento atual dos Recursos Humanos, está cheia de novidades. Boa leitura! Patricia Eloisa Rech - Vice-Presidente de Desenvolvimento
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Referências inspiradoras! Estratégias de benchmarking promovem conhecimento a partir de boas práticas de gestão Sabe aquela vontade que todos nós temos de, vez em quando, dar uma espiadinha na grama do vizinho? Pois é. O mundo dos negócios se apropriou disso de uma maneira muito sadia e eficaz, sem conotações invejosas ou algo do tipo. De alguns anos para cá, empresas e organizações que estão na busca incessante pela excelência passaram a compartilhar expertise, trocar experiências e conhecimentos e dividir vivências e aprendizados. E com o tempo aquelas espiadinhas furtivas foram substituídas à contemplação e à inspiração, dando origem ao benchmarking, estratégia essa que ganhou o universo dos Recursos Humanos e de Gestão de Pessoas de maneira extremamente relevante. Afinal, como se desenvolver se não tivermos referência, parâmetros ou padrões de comparação? O benchmarking chega para mostrar que a grama do vizinho até pode ser mais verde, mas que o vizinho está disposto a lhe ensinar qual o segredo para isso. Em tradução literal, benchmarking, do inglês, significa ‘referência’. É uma análise aprofundada das melhores práticas usadas por empresas de diferentes setores e por indústrias de todos os tamanhos, para analisar como seus produtos, seus processos logísticos, de produção e de gestão, por exemplo, estão desempenhando em relação aos concorrentes. Não se trata apenas de ver, conhecer e imitar o que deu certo com o seu concorrente, por exemplo, mas da capacidade em enxergar as melhores práticas e adequá-las às peculiaridades de sua companhia. Nesta tarefa de monitoramento do mercado, entram em jogo a análise, interpretação, avaliação e mensuração das informações coletadas. Para criar uma verdadeira inteligência de mercado é preciso entender o que os dados significam e como podem beneficiar a sua empresa. Em resumo, o benchmarking encoraja profissionais a pensarem além de suas limitações, a buscarem fatores-chaves que aumentem exponencialmente a competitividade do seu negócio.
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1 - Oportunidade de conhecer e analisar métodos e estratégias inovadoras visando buscar inspiração para a excelência de seu negócio através de ações de compartilhamento, criação de novos conhecimentos e aprendizado coletivo. Eis um dos propósitos da Missão Empresarial 2019!
Missão Empresarial ARH Serrana benchmarking “na veia”! Agora que você já está convencido de que o benchmarking é uma prática assertiva entre organizações, que tal participar ativamente desse processo vivenciando mudanças disruptivas e novos paradigmas? A Missão Empresarial 2019 da ARH Serrana oferece a oportunidade de vivenciar práticas e culturas de empresas e instituições que utilizam conceitos contemporâneos de gestão, com foco direcionado à inovação e à tecnologia. O próximo destino é Belo Horizonte, em Minas Gerais, de 18 a 21 de agosto. “A proposta deste ano é oportunizar experiências aos participantes em segmentos diversificados. Assim, visitaremos startups, indústrias, instituições de ensino e serviços. Belo Horizonte foi considerada o primeiro “Vale do Silício” brasileiro em virtude da instalação de um campus do Google por lá. A região tem forte atuação inovadora”, adianta Patrícia Eloisa Rech, vice-presidente de Desenvolvimento da ARH Serrana. Entre as organizações a serem visitadas estão Startup VG Resíduos, Fundação Dom Cabral, Impact Hub, P7 Criativo, Arcor Alimentos e Rhumo.
Tanto para associados como para público externo, a Missão Empresarial apresenta os modelos mais bem sucedidos de benchmarking, entre eles o de cooperação. É quando empresas estabelecem uma parceria, compartilhando informações de seus processos, e uma empresa “modelo” abre as portas de alguns processos para o aprendizado de outra. Isso pode ocorrer quando duas companhias têm distintos pontos de excelência ou quando uma delas permite o conhecimento de outra por razão de prestígio, notoriedade. A Missão Empresarial ARH Serrana é voltada a gerentes de áreas, líderes, diretores e a todos os profissionais interessados, independente da sua área de atuação. “É uma oportunidade a todos os profissionais que busquem novas formas e práticas para conduzir seus processos. Trata-se de uma imersão intensa e cheia de modelos, depoimentos, demonstrações e explicações sobre como empresas referencias em seus segmentos estão atuando e projetando seu futuro”, destaca Patrícia.
INSPIRE-SE E AFIVELE AS MALAS
2 - Mudanças organizacionais pedem novas formas de gestão. A Missão empresarial mostra cases de referência internacional que proporcionam reflexões e análises sobre os processos na busca de desenvolvimento contínuo e melhores resultados
3 - O futuro do trabalho exige novas habilidades, entre elas o uso do capital intelectual para gerar resultados. Por meio da Missão Empresarial é possível conhecer melhores e/ou diferentes práticas de gestão, adaptando o que está em andamento em outras empresas em termos de aprimoramento
4 - Networking com excelência está entre os principais ganhos com a Missão Empresarial. O mundo hoje é colaborativo, interdependente, exige que as organizações encontrem novas maneiras de gerir equipes cada vez mais multidisciplinares, que construa equipes mais inovadoras e criativas. Por isso a importância da criação de uma nova rede de contato com profissionais de diversas empresas com interesses em comum
5 - Conhecer e comparar processos de trabalho de empresas de diferentes segmentos é outra vantagem da Missão Empresarial. Este ano o foco está voltado a empresas que trabalham com inovação e tecnologia
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Vale lembrar: a comparação é algo natural, e nesse sentido o benchmarking traz muitas vantagens: - Melhora o conhecimento que a organização tem de si mesma - Aprimora processos e práticas empresariais para chegar o mais próximo possível da “perfeição” - Motiva as equipes para alcançar objetivos realizáveis, já atingidos por outras empresas - Ganha maior conhecimento do mercado - Aprende com os campeões - Busca redução de custos, aumento na produtividade e ampliação na margem de lucro, etc
Para crescer e desenvolver, é preciso saber como nos posicionamos em relação aos outros. Atente! - Deve-se tomar cuidado para adequar as metodologias e práticas observadas ao contexto da empresa. Somente transpor (copiar) sistemas, pura e simplesmente, com certeza conduzirá a empresa a resultados nulos - Benchmarking interno possui campo de visão limitado - Um eventual excesso de foco na concorrência pode fazer a empresa perder sua própria identidade. Deve-se ter, portanto, o cuidado de adaptar o que for melhor, sem perder suas características mais marcantes
Quem vai pela primeira vez! “É a primeira vez que participarei da Missão Empresarial da ARH Serrana. O novo formato de agenda viabilizou muito a minha inscrição, pois de modo dinâmico permitirá conhecer a gestão de algumas empresas numa região reconhecida pela inovação que traz em sua cultura políticas e processos. Entendo que serão três dias intensos, de grande aprendizado e diversas oportunidades oriundas deste benchmarking, até porque, acredito que cada vez mais as empresas devam seguir compartilhando seus conhecimentos, experiências, acertos e erros já trilhados. Isto engrandece e fortalece a economia como um todo. Nossa região, de modo geral, ainda está engatinhando no trabalho voltado para inovação, uso das tecnologias modernas e parceria com startups, e nisto vejo a importância de acompanhar as boas práticas existentes e viabilizar a implantação do que fizer sentido na empresa, bem como de disseminar isso por aqui.” Vanderlei Fantin, gerente de Recursos Humanos na SIM Rede de Postos Ltda
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“Estou em um novo momento profissional e sinto a necessidade de conhecer outras realidades, de ver, ouvir e ter novas ideias, conhecer outras práticas profissionais. Além disso, por ser voluntária da ARH Serrana desde março de 2018 e por estar mais próxima da Associação, bem como também de outros associados e voluntários, me sinto ainda mais motivada a participar dos eventos que são promovidos pela Associação, que oferece ótimas oportunidades de negócios e conhecimentos. Tenho uma expectativa muito positiva e me sinto muito motivada a participar da Missão por ser uma experiência ímpar para a troca e aquisição de conhecimentos, e pelo contato com outras pessoas e realidades. Acredito que só o fato de sairmos do ambiente que já estamos acostumados a conviver nos faz crescer e aprender muito. Quando saímos para conhecer as melhores práticas de Gestão, logicamente nos tornamos melhores gestores, colaboradores, mas além disso, nos tornamos melhores pessoas e isso é o que realmente toda a experiência da Missão tem a contribuir.” Aline Luisiane Camboim Cantarelli, Psicóloga.
C d S fa
Investimento Programe-se Missão Empresarial 2019 – ARH Serrana Quando: de 18 a 21 de agosto, em Belo Horizonte (MG)
Inscrições até 23 de junho: (54) 3228-7332 desenvolvimento@arhserrana.com.br www.arhserrana.com.br
Pacote completo: Sócios da ARH Serrana: R$ 2.800 (single) e R$ 2.600 (duplo) / Não-sócios: R$ 3.350 (single) e R$ 3.150 (duplo) Pacote sem aéreo: Sócios da ARH Serrana: R$ 1.950 (single) e R$ 1.750 (duplo) / Não-sócios: R$ 2.260 (single) e R$ 2.460 (duplo) Apenas transfer: Sócios da ARH Serrana: R$ 1.000 (single) / Não-sócios: R$ 1.500 (single) *Pessoa jurídica: à vista ou em até 3x. no boleto *Pessoa física: à vista ou no cartão de crédito em até 6x.
Quem já foi!
Confira em vídeo o convite que o diretor de Unidade da Martiplast em São Paulo, Jones Rocha, tem para azer a você!
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Desenvolver os colaboradores para Fazer Acontecer com Excelência é nosso foco. Por isso, lançamos a Universidade Marcopolo que conta com diversas experiências de aprendizagem para os colaboradores, alinhadas aos objetivos estratégicos da nossa empresa e aos conhecimentos necessários para que eles desenvolvam suas atividades.
@onibusmarcopolo #Marcopolo70 www.marcopolo.com.br/70anos
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O momento é de desconfigurar-se e reaprender O crescimento e o desenvolvimento linear transformam-se em ritmo exponencial que muito nos desafia como profissionais e seres humanos. Vivemos um momento de grandes transformações no mundo dos negócios com o avanço da tecnologia - Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Indústria 4.0... A cada dia, e de forma muito rápida, surgem novas possibilidades, tendências e necessidades. Foi inspirada nessas transformações que a ARH Serrana definiu o mote do 11º Fórum de Gestão de Pessoas, que ocorre dia 11 de setembro, no UCS Teatro, em Caxias do Sul. Desconfigure-se! Ou seja, o Fórum será uma oportunidade de desaprender para reaprender novas formas de trabalhar, crescer, se relacionar. “Diante desse cenário de mudanças, temos as pessoas que são o centro desse movimento, sejam elas construtoras de inovação ou impactadas por elas. Então entendemos que o momento é de investir nesse novo mindset. Por isso propomos, através do “desconfigure-se”, a abordagem de temas que promovam conexões, aprendizados e inovações”, observa Patricia Eloisa Rech, vice-presidente de Desenvolvimento da ARH Serrana. O Fórum de Gestão de Pessoas chega a sua 11ª edição explorando temas relevantes e acelerando discussões acerca dos desafios e rumos, não só para área de gestão de pessoas, mas para vários outros segmentos profissionais. A partir de 2017, passou a ser realizado no UCS Teatro, atendendo à necessidade de ampliar o
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espaço para o público, que cresce a cada ano. “O evento é direcionado a líderes e profissionais de todas as áreas que estejam em busca de desenvolvimento para os novos cenários”, diz Patricia, adiantando que o Fórum deste ano terá a apresentação de palestrantes e cases abrangendo diferentes enfoques de atuação, pensando desde a transformação no ambiente de negócios até reflexões acerca das posturas profissionais e pessoais que essa transformação exige de cada um. Entre os palestrantes estão Paulo Walendorff, gerente de Pessoas e Cultura do Agibank, premiado no ranking do Grupo Amanhã de Empresas Inovadoras, que abordará o assunto Liderança e Equipes, e Cassio Grinberg, consultor estratégico e autor do livro Desaprenda: como se abrir para o novo pode nos levar mais longe, que trará o assunto Cultura da Mudança. Além da diversidade de palestras, o Fórum 2019 promoverá espaços de networking, informações sobre serviços e fornecedores, atividades de descontração e muito mais. “É uma grande oportunidade de conferir como grandes corporações estão conduzindo suas ações nesse contexto de mudanças, inovações, transformações. Um espaço para participar das reflexões e provocações com profissionais estudiosos dos novos cenários, descobrir possibilidades de nos reinventarmos para atuar de forma assertiva diante de tantos desafios”, convida Patricia.
O que? 11º Fórum de Gestão de Pessoas ARH Serrana
Quando? 11 de setembro
Onde? UCS Teatro – Caxias do Sul
Como participar As inscrições podem ser feitas diretamente no site: www.arhserrana.com.br
Investimento 1° lote (até 30 de junho): R$200,00 para associados e R$310,00 para não- associados 2º lote (a partir de 1º de julho): R$250,00 para associados e R$360,00 não-associados
Confira os demais palestrantes do Fórum:
Alexandre Gewehr Paulo Walendorff Sandra Gioffi Leandro Brandão
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“Desaprender é essencial para configurar novas realidades” Cassio Grinberg é um consultor estratégico que tem o propósito de fazer as empresas e marcas liderarem com longevidade. Formado no ecossistema de inovação de Israel pelo Ministry of Foreign Affairs, é mestre em Marketing pelo PPGA/UFRGS e especialista em International Business na London City College. Criador de cursos de pós-graduação ligados à construção
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de marcas na PUC/RS, onde lecionou por 15 anos, é ex-skatista, pai de gêmeos, escritor e palestrante. É dele o livro Desaprenda: como se abrir para o novo pode nos levar mais longe, mesmo tema da palestra que apresentará no Fórum de Gestão de Pessoas ARH Serrana. Será a primeira vez que Grinberg participará do evento, pelo qual nutre grande respeito. “Estou muito feliz pelo convite e pela oportunidade que terei de compartilhar reflexões ligadas ao exercício da autocrítica sobre o quanto a gente pensa que sabe e o quanto temos que sair um pouco da defensiva para se dispor a aprender coisas novas. Isso vale para a maneira como a gente contrata, motiva e se relaciona com as pessoas...”, comenta. Na entrevista a seguir, concedida com exclusividade à ARH em Revista, Grinberg fala um pouco sobre a velocidade das coisas e o que vai abordar em sua palestra.
ARH em Revista: Qual o tema que você vai explorar no 11º Fórum de Gestão de Pessoas? Como relacioná-lo ao atual momento de mudanças por que passam profissionais de RH e de outros segmentos? Cassio Grinberg: Será “Desaprender”, título do meu livro e conteúdo da palestra. Desaprender é um movimento que precisa ser feito incrementalmente. A gente precisa aos poucos, em várias situações do nosso dia a dia, esvaziar a caixa para entrar coisas novas. Estamos muito acostumados a aprender, colocar mais e mais informações para dentro. Eu proponho que a gente desaprenda algumas coisas, esvazie um pouco essa caixa, para ganhar liberdade de movimento. Como as crianças de três, quatro anos de idade, que ganham da gente no Jogo da Memória. Elas têm a caixa bem mais vazia e a agilidade de pensamento. Desaprender significa muito “não ter certezas”, e falar de incertezas e poder conviver com incertezas não só é uma necessidade, mas uma realidade nos dias de hoje. Temos de estar dispostos a conviver não tendo informações certas sobre algumas coisas. Vou abordar também formas diferentes de aprender, sair um pouco do quadrado e aprender com novas formas, não apenas consultando o Google. Sobre a importância de “ser água”, exemplo que o Bruce Lee usava para sugerir formas líquidas, e não sólidas, de se moldar diante das adversidades. Vou falar um pouco sobre David Bowie, usando a importância de se renovar mesmo quando as vendas estão em alta, aliás, principalmente quando estão
em alta. Mudar o time quando se está ganhando é válido sim, não só quando está perdendo. Esta é uma releitura que faço de um ditado popular inclusive falo da importância de não se prender a ditados e ensinamentos prontos, e sim de abrir o próprio caminho, do seu jeito. ARH em Revista: Qual a sua interpretação sobre as transformações atuais, velocidade das coisas, tecnologia, exponencialização? Grinberg: A exponencialização é inevitável, a tecnologia nos leva a isso. O que é preciso é uma reflexão sobre como é importante uma base construída para poder exponencializar. Não vamos esquecer que uma fórmula exponencial é constituída da base e do expoente, então se a gente não tem base a gente não exponencializa nada. Há uma tendência muito grande de buscar a exponencialização de forma muito rápida, mas ela só vai existir se a base for sólida. Ter a base sólida significa beber um pouco do passado, colocar o passado na mesa, ver o que precisa ser desaprendido desse passado, ver o quanto foi construído a partir daí e, depois sim, buscar essa aceleração, esse crescimento. Falo no meu livro que exponencializar também tem muito a ver com continuar, e continuar às vezes é uma dificuldade porque a gente busca muitas vezes resultados prontos, rápidos, sem se dar conta de que temos uma estrada a percorrer. Muitas vezes algumas empresas não dão certo, ou não exponencializam, porque o empreendedor desiste por não
conseguir ver o final da estrada. Mas a hora em que estamos mais cansados é justamente a hora de acelerar, e o sucesso, nesse caso da exponencialização, pode estar ali depois da curva. ARH em Revista: O tema do Fórum de Gestão de Pessoas deste ano é “Desconfigure-se”, muito próximo do conceito que você trabalha, que é o de “desaprender”. Como você os relaciona? Grinberg: O mote do evento é ótimo, tem muito a ver com o “desaprender”. Ou seja, te desfaz das tuas certezas e começa a arranjar informações novas; faz uma autocrítica da tua realidade a partir daí, passe a fazer exercícios diários de “desconfigurar-se”. Há exercícios muito simples no nosso dia a dia que têm a ver com adquirir novas ferramentas de pensamentos. No meu livro eu sugiro 10 microatitudes que ajudam a desaprender, como dar uma caminhada, fazer um pouquinho de meditação, anotar os pensamentos, caminhar pra trás, escovar os dentes com mão inversa, trocar o lugar de se sentar à mesa, viajar....Tudo isso é essencial para configurar novas realidades e voltar com novas visões além do seu umbigo.
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A SAÚDE DA SUA EMPRESA COMEÇA COM OS GESTORES.
A qualidade de vida dos seus executivos tem tudo a ver com o desempenho e a produtividade da sua empresa. O Check-up do Círculo oferece um programa completo de diagnóstico precoce, com o objetivo de promover a saúde e a busca da melhor condição bio-psíquica das pessoas. A participação de executivos em um programa completo de check-up reduz significativamente o risco de doenças inesperadas, contribuindo assim para a manutenção do estado de saúde de todos: empresa e colaboradores. Conte com o Check-up do Círculo para manter sua equipe em forma.
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VOCÊ PRECISA SABER!
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Levando Levando trabalho trabalho pra casa pra casa. Como a cultura do home office e da jornada flexível tem mudado os modelos tradicionais Flexibilização de horário, trabalho remoto, home office, part-time, flex place... Esses modelos de trabalho têm ganhado cada vez mais atenção dos profissionais de Recursos Humanos por estarem mudando a cultura do cumprimento de jornadas e a relação entre colaboradores e empresas. Na verdade, essas práticas não são novidades, mas nos últimos anos o avanço da tecnologia permitiu um aumento considerável de organizações aderindo a elas. Cada vez mais empresas diversificam seus regimes de trabalho nas funções que permitem tais mudanças, se adaptando inclusive a demandas como a mobilidade dos funcionários em grandes centros urbanos. Ações simples nesse sentido, por exemplo, mas que representam grandes vantagens: ganha pontos a empresa que oferece horários flexíveis de entrada e saída para que os funcionários escapem do rush no trânsito. Pesquisa recente da CNI (Confederação Nacional da Indústria) aponta que 73% dos trabalhadores brasileiros gostariam de ter mais flexibilidade em seus
trabalhos. De acordo com o levantamento, sete em cada dez brasileiros gostariam de ter horários mais flexíveis em sua jornada, mas apenas 56% possui essa possibilidade atualmente em suas empresas. Para que o modelo seja produtivo, a empresa precisa verificar e estudar como poderá ser o trabalho flexível de cada funcionário de acordo com seu cargo e funções. Tudo pode ser adaptado de acordo com a rotina do profissional: reuniões presenciais podem ser realizadas, alguns dias, à distância, por exemplo. Para que a prática funcione bem, é papel da organização e de seus líderes deixar bem alinhado com funcionários projetos, tarefas e prazos e nunca deixar de acompanhar os profissionais, mesmo que à distância. Afinal, o trabalho não muda, o que muda é o formato. A fixação da jornada flexível ou móvel vai depender também da atividade da empresa, pois há atividades em que a liberdade de horário pode prejudicar o andamento da produção, a prestação de serviços ou do atendimento ao cliente.
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Home office Fugir da rotina tradicional em uma organização faz com que os profissionais tenham mais tempo para investir em qualidade de vida e na resolução de assuntos pessoais. Ou seja, a iniciativa tem o poder de melhorar a produtividade e a motivação de funcionários de uma empresa, mas deve sempre ser acordada entre o colaborador e seu gestor, de acordo com suas responsabilidades e funções. Entre os modelos de flexibilização de horários de trabalho mais eficientes está o home office, por ser capaz de gerar mais produtividade e satisfação do funcionário, diminuir as intensas taxas de rotatividade e otimizar o orçamento da companhia. Alguns gestores manifestam desconforto com a ideia do home office, pois acreditam que é muito fácil perder a gerência sobre os colaboradores e, consequentemente, o controle das atividades. No entanto, é aí que entra um setor fundamental da empresa que deve trabalhar em total sintonia com os demais, o da tecnologia da informação (TI). A tecnologia abriu novas portas para essa modalidade, com diversas ferramentas que, se bem utilizadas, possibilitam que o home office se transforme em uma verdadeira extensão da empresa. Através de chats, plataformas e programas de vídeo conferência é possível entrar em contato com o colaborador a qualquer momento, além de realizar reuniões e até treinamentos à distância.
Disciplina e planejamento “Disciplina, planejamento e administração do tempo são as palavras de ordem para tudo funcionar bem nas jornadas de home office e de horário flexível. Respeitar os horários de início e de término do expediente são fundamentais”. O alerta é da Gerente de Negócios da Edenred, Mircéia Cunha, que trabalha com esse modelo há cerca de três anos e meio. Responsável por atender a carteira de clientes e zelar pela rentabilidade do negócio, ela destaca muitos pontos positivos tanto para a empresa como para o funcionário, como não ter de deslocar-se até a empresa, flexibilidade no horário de trabalho, maior produtividade e concentração. “Mas ainda há uma falsa ideia de que trabalha-se menos no home office do que dentro de uma empresa. No entanto, a probabilidade é de trabalharmos muito mais, por isso respeitar os horários é fundamental. Eu estruturei meu escritório em um cômodo de minha casa,
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escolhi um local silencioso e bem iluminado para trabalhar, e quando entro no meu escritório é como se estivesse entrando na empresa”, comenta. Ela ressalta que o home office não significa necessariamente trabalhar em casa. Trata-se de um trabalho remoto, ou seja, pode ser feito em hotéis, cafeterias, aeroportos entre outros locais. “O home office faz parte da cultura da Edenred, e isso é muito importante para o sucesso do modelo. A empresa disponibiliza inúmeras ferramentas de comunicação, treinamentos, videoconferências, mantemos contato constante com nossos colegas e superiores. Existe muita troca de informações e não nos sentimos sozinhos. E esse suporte também é muito importante”, finaliza. Muitos outros grandes grupos passaram a oferecer o modelo de home office a seus colaboradores, entre eles Roche Farma América Latina, Unilever e Bosch América Latina.
Saiba mais Horário flexível consiste em permitir que funcionários tenham mais liberdade na escolha de seu expediente: desde a hora em que começarão a trabalhar até o local em que farão suas atividades. A iniciativa segue a premissa de que existem horas a serem cumpridas diariamente, mas sem especificação de horário e lugar. Acordo com os trabalhadores e sindicatos são muito importantes quando o assunto é flexibilização do horário de trabalho. Antes de permitir que os colaboradores escolham a própria jornada de trabalho, no entanto, a organização precisa analisar qual será o impacto da iniciativa no negócio, e o que a legislação trabalhista prevê para cada caso. Pesquisa feita pelo MindMetre Research a pedido do International Workplace Group (IWG) com 18 mil pessoas, em 96 países, constatou que mais de dois terços dos executivos trabalham de forma remota ao menos uma vez por semana em todo o mundo, principalmente em ambientes de trabalho e em empresas que se permitem o avanço da tecnologia. Segundo levantamento da IWG, 77% dos brasileiros entrevistados afirmam que o home office oferece maior qualidade de vida aos funcionários. Na pesquisa da Randstad, 90% dos entrevistados dizem que gostam de trabalhar de modo mais flexível, pois assim conseguem manter um equilíbrio maior entre trabalho e vida pessoal.
Considere! Se por um lado o trabalho remoto é capaz de otimizar o orçamento da companhia, especialmente com relação aos custos do aluguel, por outro o trabalho remoto pode sobrecarregar o colaborador, que precisa arcar com gastos como energia, luz, telefone e, dependendo do caso até equipamentos. Para evitar problemas e desgastes, o ideal é que a empresa possua um protocolo de regras com relação ao trabalho remoto, estabelecendo responsabilidades sobre os gastos. Algumas empresas oferecem treinamentos, equipamentos e até uma ajuda de custo no caso do trabalho remoto. Outras não oferecem contrapartida, pois já consideram o home office uma espécie de benefício. De toda forma, é fundamental estabelecer diretrizes claras entre empregadores e empregados. Para o controle de horário, embora esteja fora do escritório é preciso que o funcionário registre sua jornada. A empresa pode instituir um ponto externo ou dar a possibilidade de marcar as horas trabalhadas posteriormente, no retorno a empresa, mesmo que, na prática, o controle seja feito por projetos ou metas.
Não há nenhum dispositivo nas leis trabalhistas que preveja uma jornada de trabalho flexível. Isso faz parte de um acordo direto entre o empregador e o empregado, que permite cumprir a jornada contratual fora dos horários previamente estabelecidos. Porém, essa modalidade laboral tem seus prós e contras. A CLT autoriza esse ajuste de salário e horas, com a expressa anuência do empregado e sua prévia ciência da jornada a ser trabalhada. Já no contrato de trabalho intermitente, diferentemente da jornada flexível, o empregado é contratado para trabalhar em períodos alternados, seja em horas, dias ou meses, dependendo da exigência da atividade. O trabalho intermitente foi conceituado pela Lei 13.467/2017, encontrando-se previsto no artigo 443, §3º da CLT. Várias empresas já constataram que a liberdade no cumprimento da jornada pode ser compensada com o cumprimento de metas mais arrojadas e com o atingimento de melhores resultados, tornando um ambiente mais propício ao crescimento, já que a liberdade de horário proporciona um sentimento de maior responsabilidade por parte dos empregados.
Clique no link abaixo e confira uma entrevista exclusiva concedida à ARH em Revista pelo Diretor de Recursos Humanos da Edenred do Brasil, José Ricardo Amaro. Organização com 2250 funcionários no país, a Edenred passou a adotar o sistema de home office em 2005 e desde então aperfeiçoa esse modelo ao mesmo tempo em que adota outros com jornada flexível, entre eles o flex place. Saiba mais!
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randon 70 anos. Juntos, inovando por um futuro melhor. Nós, das Empresas Randon, acreditamos que pensar no futuro é pensar em uma vida melhor. Há 70 anos investimos em inovação, tecnologia e soluções mais inteligentes para o transporte. Por isso, com muita satisfação recebemos recentemente da Revista Amanhã o reconhecimento como uma das dez primeiras colocadas no ranking Campeãs da Inovação 2019, no qual também lideramos na categoria Segmento Automotivo. Uma conquista que chega para comprovar que estamos no caminho certo. E nos motiva a seguir trabalhando por um futuro cada vez mais inovador, mais humano e melhor para todos.
juntos
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R A N D O N 7 0 A N O S . C O M . B R
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Entrevista Giovanni Ciuro
“Trabalhar com alegria. Isso é tudo!”
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“Alegria em cada ação. Confiança em todas as relações. Trabalho em equipe, com segurança e capacitação. Compromisso com o cliente interno e externo e a comunidade”. Toda grande empresa procura deixar claro seu negócio, sua política de qualidade, sua missão e seus valores. É uma maneira de espelhar os objetivos da organização e até mesmo de aproximá-la ainda mais da comunidade onde está inserida. Os quatro valores citados acima são da Cobra Correntes, empresa caxiense fundada em 1986 e que tornou-se case de sucesso ao longo de sua história. Não apenas por ter se tornado a primeira empresa nacional a suprir o mercado de movimentação intralogística com produtos e soluções estratégicas e de qualidade - antes, essa demanda dependia de empresas do exterior. A Cobra Correntes destacou-se por implantar políticas e modelos de gestão mais abertos, mais dinâmicos, focando em seu potencial humano antes de qualquer outro grande investimento.
Confira a seguir a entrevista exclusiva concedida pelo Diretor Executivo da Cobra, Giovanni Ciuro Pacheco, um engenheiro com muito jeito de lidar com pessoas, à base da alegria. ARH em Revista: Por que a Cobra Correntes tem se tornado um referencial como política de RH? Giovanni: Essa pergunta me pegou de surpresa! Não tínhamos essa percepção, apesar de termos recebido muitas visitas de empresas de todos os portes para trocar experiências. Isso tem nos chamado bastante atenção, e agora, com essa entrevista... Ficamos felizes por isso! Trabalhamos práticas muito simples, com um custo financeiro muito baixo, mas todas feitas de coração. Acredito que essa é a grande chave: quando algo é genuíno, é percebido de forma diferente pelas pessoas. É de minha natureza explorar e me divertir, sempre fui inquieto e nunca segui uma linha de conduta “convencional”. Sempre tento tornar o ambiente em que estou um ambiente descontraído. Acredito que é mais fácil viver sorrindo. Iniciei na indústria com 17 anos, e percebi o quão chato o ambiente corporativo pode ser. Sofri bastante com isso, por ver muitas vezes pessoas alegres e brincalhonas não serem levadas a sério. Sou contra rótulos e
conceitos pré-estabelecidos e sempre idealizei o lugar onde queria trabalhar. Aliado a isso, tive a oportunidade de conhecer empresas de tecnologia em muitos lugares e passei a perceber que empresas com decoração colorida, música, puffs e escorregador eram sempre as mais divertidas. Então fomos “implantando” uma forma descontraída de lidar com assuntos sérios, de olhar para as pessoas e de nos colocar no lugar do outro sempre, unidos a um forte senso de coletividade e muita transparência. Na verdade, estou apenas construindo a empresa que eu gostaria de trabalhar. Então talvez o fato de a Cobra estar sendo vista dessa forma por outras empresas pode significar que mais pessoas dividam comigo essa visão e vontade. ARH em Revista: Em que momento a empresa percebeu que deveria ganhar um novo rumo em relação à gestão de seu potencial humano? O que o levou a isso? Giovanni: Em 2007 tive a oportunidade de assumir a Gerência Operacional da Cobra Correntes, uma empresa então com 21 anos de história e 52 profissionais, consolidada em seu mercado com um bom resultado operacional e práticas definidos, porém com as quais eu não me identificava. Com experiência profissional limitada à gestão na teoria, passei a testar aquilo que tinha aprendido em escolas tradicionais. Nos primeiros anos segui a cartilha da gestão tradicional, modelo testado e validado, sem muita assinatura própria. Tudo andava bem até uma certa inquietude dar sinal de vida. Percebi que estava repetindo tudo o que me incomodava no passado. Sentia falta do ambiente descontraído e sem pressão, onde todos têm voz e autonomia, portanto sabem o que é preciso fazer. Nesse momento, a ousadia que fazia parte do meu jeito de ser me permitiu experimentar e, aos poucos, procurei, de forma mais intuitiva, criar aquele ambiente descontraído e divertido que curto. Por consequência, fui transformando a empresa naquele lugar que eu sonhava trabalhar e que preenchia o meu propósito profissional e de vida. Acho relevante mencionar que esse “movimento” nunca foi pensado visando lucro, mas sim em buscar um lugar excelente para se trabalhar, não para passar trabalho. Em 2015 tive a oportunidade de conhecer, em um congresso, Márcio Fernandes, então presidente da distribuidora de energia Elektro. Foi então que percebi que eu não estava sozinho nessa busca, que existia fundamento e teoria para o que eu estava fazendo, e que isso gerava resultados incríveis.
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ARH em Revista: Como se deu o processo de implantação de uma nova cultura de RH, gestão de pessoas, valorização de talentos...? Giovanni: Bons resultados nos motivam a seguir em frente. Ao perceber a necessidade de sustentar esta visão e colocar as pessoas no centro, fui buscar uma pessoa que tivesse vivência e, principalmente, alguém que acreditasse de forma genuína nos valores e no propósito que eu estava criando na empresa. Em 2017, nossa atual Gerente de RH, Sabrina Bossle, passou a integrar o time da Cobra. A entrada dela permitiu materializar tudo que eu tinha intenção de fazer e não sabia como, pois até então tudo era muito empírico, feito pela minha intuição e ela conseguiu trazer experiência prática, metodologias, programas que implantamos. Parceria formada, muita vontade de fazer diferente, criatividade e “cara de pau” para conseguir visitas de “benchmarking”, e o processo iniciou. A cultura foi mudando aos poucos, algumas pessoas que não se sentiram confortáveis com a nova cultura naturalmente buscaram novos desafios profissionais. Isso é natural que aconteça. ARH em Revista: Foi adotado algum método específico de gestão? Qual? Giovanni: Estudamos alguns métodos e optamos por aquele que de fato tinha muito a ver com o nosso propósito, pessoas, e que fazia sentido para nos dar suporte na busca de um lugar excelente para todos conviveram. Encontramos ferramentas que nos apoiaram na metodologia de Robert Levering, escritor e co-fundador da Great Place To Work (GPTW). O que nos brilhou os olhos foi o fato de a
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metodologia estar centrada na confiança. ARH em Revista: Quais foram as principais ações realizadas e em que áreas foram implantadas? Giovanni: Sempre tivemos a preocupação com o senso coletivo: ou somos todos, ou somos nenhum. Quando falamos em implementação de práticas, isso deve ser considerado. Nossa primeira ação foi a de escutar, por meio de pesquisa de clima, como todos estavam se sentindo e como enxergavam a empresa. Tivemos grande proveito com a pesquisa, mas não era o suficiente. Neste momento criamos o projeto “Café com o Diretor”, realizado fora do ambiente da empresa, em um coworking. Passávamos a manhã, literalmente, tomando um belo café e escutando cada um. Criamos um canal aberto e de confiança com os nossos então 96 colegas. Percebemos que podemos fazer muito com pouco. Surgiram necessidades simples e não percebidas, por exemplo: wi-fi aberto nos intervalos, um novo bebedouro na linha de montagem, melhor iluminação em uma máquina, um ponto de ar comprimido para facilitar a vida do operador. E elas foram rapidamente solucionadas, com baixo custo e satisfação imediata. Como já esperávamos, algumas questões curiosas surgiram, entre elas a necessidade que muitos colaboradores tinham de conhecer e ver o produto Cobra Correntes em funcionamento. Foi a mais complexa e a que mais nos orgulhamos de realizar. Em vez de oferecer o tradicional churrasco no Dia do Trabalhador servido pela gestão, optamos por fechar a operação por completo em uma segunda-feira de maio do
ano passado e levamos toda a equipe para um destino desconhecido. Estávamos em um processo de mudança de endereço e todos tinham curiosidade para conhecer a nova sede da empresa, portanto esse novo local foi a primeira parada. Em seguida nos dirigimos a Bento Gonçalves, onde tivemos um tradicional almoço italiano e fechamos o dia visitando uma das maiores vinícolas da região que é grande cliente da Cobra, com direito a degustação de vinhos. Foi maravilhoso. O maior valor percebido por todos foi a transparência da empresa, a alegria com a qual todos desenvolvem seu trabalho e a liberdade que todos têm com os gestores. Disso nasceu o novo DNA Cobra: “Sorrir, sorrir muito”. Entre tantas ações simples e de baixo custo criadas, tivemos sempre o cuidado de que elas fossem sempre para a fábrica como um todo, ao exemplo do uso de bermuda. Surgiu a ideia de adotar o uso da bermuda no início desse ano, tivemos cuidado para ter certeza dos riscos que estávamos assumindo por se tratar de uma metalúrgica. Então, com segurança, quando liberamos o uso, liberamos para todos, principalmente para a produção, que mais sofre com o calor. Recentemente, ações que nos trazem imensa alegria são as comemorações pelos aniversários, farra única com direito a bolo, zoeira, aquela corneteada do bem, entre amigos! Nossa meta é “zero dias sem cornetear alguém”, a brincadeira faz parte dos nossos dias. O mais novo projeto é a Sexta do Pet, dia em que os profissionais podem levar seu animalzinho de estimação para a empresa.
ARH em Revista: As mudanças culturais alcançadas no ambiente da empresa revelaram quais vantagens ou resultados?
ARH em Revista: Como um novo modelo de gestão pode transformar pequenas ou grandes empresas com ações diferenciadas?
Giovanni: Construímos mais do que um excelente lugar para se trabalhar. No primeiro ano, percebemos um aumento na rotatividade. Eram colegas que não dividiam o novo propósito, e naturalmente foram se sentindo deslocados. Já as pessoas que acreditaram nessa cultura nos apoiaram na construção desse novo ambiente. Um canal de comunicação reto, sem hierarquia, foi naturalmente criado, no qual pequenos assuntos são resolvidos assim que surgem. O clima organizacional é alegre e o engajamento é alto, mas são apenas dois anos focados nessa nova cultura, ainda temos potencial para evoluir muito. Hoje temos um índice de satisfação de trabalho na Cobra Correntes de 78%, mas estamos em busca dos 90%. Em termos de resultados operacionais, o índice de rejeitos baixou e a produtividade aumentou. O nosso mais recente NPS, que mede a satisfação dos clientes, está em 90%, a taxa de rotatividade está inferior a 1,5% e tenho convicção de que, se não fosse por essa nova cultura não teríamos atravessado tempos difíceis como os vividos nos últimos anos, com taxa de crescimento média anual de 10%.
Giovanni: Hoje, muito se fala em engajar as pessoas e são elas os agentes de transformação das empresas. A escolha por um profissional adequado para uma vaga muitas vezes é determinada quando a empresa também está adequada às necessidades desse profissional. Um bom profissional tem muitas opções. Richard Brason, fundador da ViriginGroup, disse “Capacite bem seus colaboradores para que eles possam partir. Trate-os bem para que prefiram ficar”. Um excelente profissional tem a chance de escolher onde quer trabalhar e cabe às empresas entender quais profissionais queremos atrair, e então criar um ambiente que promova isso. Um profissional engajado não troca uma empresa com cultura forte por um benefício a mais e, se trocar, é porque não estava engajado àquela cultura. O processo de mudança de cultura está longe de ser simples. Você tem que estar preparado para escutar e remover os tapetes para que nada seja varrido para baixo deles, nada mesmo. Neste momento é importante entender quem são os influenciadores positivos, e nutrí-los; mas é preciso estar atento aos negativos, pois um influenciador negativo coloca
toda a mudança em risco. Recentemente, li um artigo escrito por Steven Kotler, para a Forbes, no qual ele fala um pouco sobre a receita para encontrar sua paixão. Nesse texto, ele apresenta uma fórmula simples para encontrarmos a nossa paixão. A minha paixão está na alegria, no bem-estar e nas pessoas. Sugiro que você tenha muito clara a sua. Digo isso, pois sem paixão não há cultura que se sustente, já que ela precisa partir de você, como gestor. Boa sorte!
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O QUE TE CONECTA?
Estreamos nesta edição a seção O Que te Conecta?, onde personalidades e influenciadores de vários segmentos profissionais são convidados a falar um pouco do seu pensar. A seção é inspirada no mote que define o negócio da ARH Serrana atualmente, Conectar Para Transformar! O convidado da temporada é o empresário Virgílio Tonolli, 36 anos. Diretor da Tonolli Camas – Varejo e Franchising. Virgílio respondeu à resposta O QUE TE CONECTA relacionando-a aos temas abaixo. Confira!
- ...com o passado? Bons exemplos do passado me conectam; me ensinam caminhos, me apontam algumas respostas. Respeitá-lo é essencial; pena que vivemos num país que pouco se importa com o seu passado e evoca no futuro a solução dos seus problemas. Sem respeitar o passado, não há futuro.
- ...com o futuro? Pergunta difícil. No futuro estão algumas das nossas esperanças. Mas eu sou alguém que prefere o hoje. O amanhã é consequência do que você faz agora.
- ...com o hoje? A vida é agora!
Virgílio Tonolli 28
- ...aos hábitos saudáveis?
Uma rotina, um prazer mundo seria mais feliz se as pessoas se preocupassem m com a saúde mudando peq hábitos do dia a dia.
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r. O s mais quenos
-...na relação com as pessoas? Existem pessoas extraordinárias, que se desafiam, vão além dos seus limites. O que me conecta com elas é justamente a capacidade que cada uma tem de nos surpreender positivamente, seja no trabalho ou nas relações pessoais. Eu escolhi ter os melhores por perto, seja um funcionário, um amigo ou fornecedor. Quem está em permanente movimento se atualiza, detesta a zona de conforto e certamente se conecta muito fácil comigo.
- ...no dia a dia do seu trabalho? Os desafios dos meus negócios são extremamente motivadores. A empresa que dirijo hoje vive um momento excepcional. Todos os dias novas oportunidades mostram a força dos nossos negócios. Eu sempre estou em busca de oportunidades. São elas que me conectam com o dia a dia do meu trabalho.
- ...às novas práticas de gestão? Novas práticas de gestão surgem a todo momento. Mas a melhor prática é aquela que foge de fórmulas de carteira de MBAs, de consultores, de gente de fora do seu negócio que não entende dele. Boas práticas de gestão nascem durante a trajetória do seu negócio e são confirmadas pelo seu sucesso. Ninguém melhor do que você para resolver os seus problemas, você é o único conhecedor profundo deles. Basta estar atento e saber ouvir e observar. Encontrar os caminhos vai ser consequência.
- ...à tecnologia? É indispensável ter o domínio de ferramentas que nos ajudam no dia a dia. A tecnologia só faz sentido para mim quando encurta distâncias e simplifica processos. Se os avanços tecnológicos não fazem isso, eu dispenso. Se fazem, se conectam comigo no propósito de tornar o meu dia a dia mais fácil e objetivo.
- ...à inovação? A inovação está no DNA das empresas da família. Nasci ouvindo meu pai repetir isso diariamente e vivenciei na prática nossa corrida em busca de soluções inovadoras para atender aos nossos clientes. Inovar significa estar à frente. Quem não inova, morre. Inovar não deve ser obrigação, deve ser parte da filosofia de uma empresa.
- ...às redes sociais? São um instrumento incrível para conectar pessoas. Ainda as usamos de maneira equivocada porque não as integramos corretamente ao nosso modo de viver, tanto que as redes incitaram comportamentos recônditos nas pessoas e mudaram alguns comportamentos. Ainda creio numa evolução das pessoas em relação ao uso das redes. Mas o que me conecta às redes sociais é a chance de ter mais perto um universo de coisas e pessoas, antes impossível de tê-lo. 29
PROGRAME-SE PARA A FENACHAMP! Garibaldi realiza de 3 a 27 de outubro a Festa do Espumante Brasileiro -Fenachamp 2019. Uma das festas de maior destaque e referência ao setor vitivinícola do Brasil, a Fenachamp deste ano vai explorar a temática “Sinta o Aroma da Felicidade”. Os visitantes serão recepcionados pela rainha Aline Bortolini e as princesas Rafaela Cappelari e Tainara Correa e terão muitas atrações enogastronômicas e culturais, entre elas show com Paula Toller, César Oliveira e Rogério Melo, Cachorro Grande e Blues Etílicos. Saiba mais: www.fenachamp.com.br
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ENCANTOS DA SERRA GAÚCHA Dê a Dica A seção Dê a Dica segue apresentando os Encantos da Serra Gaúcha, desta vez para convidar os leitores a conhecerem as cidades vizinhas a Bento Gonçalves, cidade escolhida pela ARH Serrana para receber a próxima edição do Encontro Sul-Americano de Recursos Humanos - ESARH, de 11 a 13 de maio de 2020.
A poucos quilômetros de Bento está a pacata e histórica Garibaldi, cidade cuja herança da colonização italiana pode ser identificada na sua gente, com os gestos largos, na espontaneidade e no riso fácil. A Capital Brasileira do Espumante guarda com um charme especial as características de um ambiente tranquilo, com uma paisagem característica da Serra Gaúcha e com um ar de outros tempos. Confira abaixo dicas para um passeio inesquecível!
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Italianos, franceses, florescimento do comér Buarque de Macedo, res uma das mais importante do estado. O resultado d construções que se este Roteiro Passadas. O visit expressividade e história caminhão GMC de 1944 Estrada do Sabor
Estrada do Sabor
O roteiro oferece a oportunidade de estar em contato com a paisagem, de caminhar pelos vinhedos, degustar vinhos elaborados com um minucioso processo de vinificação, provar os deliciosos pães cozidos em forno a lenha, geleias, grapa e licores caseiros, produzidos através da agricultura ecológica. É o momento de interagir com os agricultores. Na Estrada do Sabor descobrimos que sempre há algo que nos conecta com nossas lembranças, pois os lugares e os objetos são portadores de memórias e estão impregnados de significados.
Tudo é história e encantamento na Capital do Espumante. E é esta história e a experiência de viver no limite entre a paixão e a razão que vamos encontrar na Rota dos Espumantes. O bouquet do espumante exalado pelas caves e pelos corredores que guardam o mosto da uva nos revigora, fazendo com que os sentidos nos transportem para uma dimensão, senão divina, mágica, como é próprio para apreciar esta bebida. De 1913, ano em que foi elaborado o primeiro espumante brasileiro, aos dias de hoje, Garibaldi vem construindo a história dos vinhos e espumantes do país. Nas grandes empresas e nas cantinas familiares, o visitante poderá visitar e conhecer esta história, bem como acompanhar as técnicas de elaboração charmat e champenoise, participar do processo de engarrafamento e aprender a degustar a bebida.
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Rota dos Espumantes
, sírios, tropeiros mascates e artesãos experimentaram o rcio em uma das principais estradas do sul do país, hoje a Rua sponsável pelo acesso das levas de imigrantes às suas terras e es vias de ligação das colônias do oeste da serra com a capital dessa trajetória de sucesso está presente nos 35 exemplares de endem ao longo da Buarque e ruas adjacentes que compõem o tante é convidado a mergulhar nesse mundo de simbologia, a em um passeio guiado, que pode ser feito a pé ou de Tim Tim 4, adaptado para o transporte de turistas.
Roteiro Passadas
A religião permitiu ao homem estabelecer uma relação com a vida numa dimensão que excede a aparência, lhe permitindo encontrar o sagrado. O seu papel e a sua importância podem ser lidos no jogo de volumes da arquitetura neogótica da Igreja Matriz, nas cores, nas formas de seus vitrais e nos espaços que se alojam no nosso íntimo. O falar silencioso do Convento e Capela de São José nos colocam em contato com nossa fragilidade, fazendo com que experimentemos sentimentos difíceis de serem explicados. Compartilhamos, na Ermida, a crença da reza, da graça alcançada e da descoberta de mais significados que nossos olhos podem enxergar.
Rota Religiosa
É na Estação Férrea de Garibaldi que é feita a segunda parada de um trajeto de 23 quilômetros de passeio com a Maria-Fumaça, que inclui as cidades de Bento Gonçalves e Carlos Barbosa. O brinde com espumante mistura-se com o riso das crianças, com o colorido dos abraços. A paisagem também vai se modificando, ganhando novas formas, num clima nostálgico que brinca com a imaginação.
Maria-Fumaça
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(RE) CRIAR a humanização na era digital, é possível?
11, 12 e 13 de maio de 2020
Bento Gonçalves - RS
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Aconteceu na ARH
Evento 31 anos ARH Serrana Cristiana Ferronatto e Fernanda Godolfim conduziram a palestra Cultura da Mudança: O Novo Mindset, evento realizado em comemoração aos 31 anos da ARH Serrana, dia 22 de abril, no Auditório do Bloco H da UCS.
1ª turma Business Partner No dia 6 de abril formou-se a primeira turma do Curso de BP - Business Partner oferecido pela ARH Serrana. O curso teve duração de dois meses e a formatura ocorreu na OCA Brasil Innovative Hub.
Na galeria de ex-presidentes! A presidente da ARH Serrana gestão 2017/2018, Zilda da Silva, entrou para a galeria de ex-presidentes dia 29 de março, quando foi descerrado o quadro com a sua foto. Zilda foi a primeira mulher a presidir a ARH Serrana em seus 31 anos de história. 38 36
Desafios e integração na Convenção ARH
O ano de 2019 começou intenso e cheio de desafios aos voluntários e equipes da ARH Serrana. A tradicional convenção bienal foi realizada dia 16 de março na Quinta da Estância, em Viamão, e foi repleta de atividades de recreação, integração e cumplicidade.
Confira, em vídeo, como foi a Convenção 2019 acessando o link abaixo:
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POTENCIALIZE SEU CONHECIMENTO COM OS CURSOS DA ARH JUNHO Data: 08/06/2019
JULHO Local: ARH Serrana
Trocando Ideias Mindfulne Horário: 19h às 20h30
LinkedIn para Negócios e Carreiras Horário: 9h às 13h Data: 11/06/2019
Local: Coca-Cola
Visita técnica Horário: 6h30 às 15h30 Data: 11/06/2019
Local: Auditório Unimed
Data: 13 e 14/06/2019
Local: CIC
Local: Efficenza
Local: CIC
Inteligência emocional para Organizações Horário: 14h às 22h
Festa Junina Horário: 19h
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Data: 12 e 13/07/2019
Formação de Analista Com PDA International Horário: 8h30 às 12h e 13h
Trocando Ideias especial - Prêmio Destaques Horário: 18h30 às 20h30
Data: 28/06/2019
Data: 09/07/2019
Benefícios Flexíveis - Da te Horário: 9h às 12h e 13h às
Conflito e Tomada de Decisão Horário: Quinta-feira Sexta-feira 18h30 às 22h30 8h30h às 12h 13h às 17h30
Data: 26 e 27/06/2019
Data: 05/07/2019 Extra Business Partner Horário: 10h às 16h
Lançamento Fórum de Gestão de Pessoas Horário: 19h30 às 21h30
Data: 18/06/2019
Data: 03/07/2019
Local: Fundação Marcopolo
Data: 17 e 18/07/2019
Cálculos das Verbas Traba de Pagamento e Rescisão C Horário: 14h às 19h Data: 22/07/2019
Lo
Entrega da Pesquisa Salari e Indicadores Horário: 8h às 12h
CURSOS AGOSTO Local: CIC
ess
Data: 02 e 03/08/2019 Conversas Colaborativas Horário: Sexta-Feira 18h30 às 22h30
Local: CIC Sábado 8h30h às 12h30
Local: Efficienza Data: 12,13 e 14/08/2019
Local: Randon-Interlagos
eoria a prática s 18h
Local: Randon-Interlagos
Elaboração, Implantação, Condução e gestão do PPR para atender o E-Social + Capacitação de Condutos de ensaio de vedação qualitativo e quantitativo. Horário: 8 às 12h e 13h às 17h
Data: 18 a 21/08 Local: CIC
Local: Belo Horizonte
Missão Empresarial
mportamental
h30 às 17h30 Local: CIC
alhistas na Folha Contratual
SETEMBRO Data: 11/09/2019
Local: UCS
11º Fórum de Gestão de Pessoas Horário: 8h às 18h
ocal: Dall'Onder Axten Hotel
ial
*A grade de cursos está sujeita a alterações. 39 37
A GENTE PODE SER O NOVO TIME CRIATIVO DA SUA EMPRESA. Somos um estúdio de solução de problemas em Comunicação e Design, onde abraçamos as causas das marcas que passam por aqui. Temos bom gosto e buscamos transmitir visualmente os objetivos dos negócios que estão em nossas mãos. É aquela coisa: se é pra fazer, que seja bem feito. O nosso nome já diz muito sobre nós, um time criativo, formado por líderes com expertises que trabalham em sintonia com as marcas que abraçamos. Agora é com você.
Rua Tronca, 2660/1403 Tronca Corporate. Caxias do Sul. (54) 99638.4121 (54) 3066.6206 oi@creativeteam.co
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