PORTFÓLIO - Ariana Nuala (2020)

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ARIANA NUALA

PORTFÓLIO 2020


​MINI BIO

​Ariana Nuala (Recife | PE - 1993) é educadora, pesquisadora e curadora independente. Combina estratégias que

começam no corpo e se condensam em escrita e imagem. O exercício na curadoria é também proposta artística e educativa, uma necessidade em acompanhar e articular que tange seus próprios processos. Formada em Licenciatura em Artes Visuais pela Universidade Federal de Pernambuco (2017). Atua como coordenadora de conteúdo e também do educativo no Museu Murillo La Greca e integra o CARNE Coletivo (@carnecoletivo) responsável pela Mostra Palco Preto realizando ações formativas e de curadoria nas artes visuais entre artistas afrodiaspóricos de todo o país. Seu exercício constante é incorporar práticas no seu caminhar que se relacionem entre o cuidar e o tensionar, assim abrir espaços de ativação em múltiplas paisagens.


​EXPOSIÇÕES CURADORIA Franqueza – Exposição Individual do artista pernambucano Caetano Costa na Galeria Maumau (2018); ENTREMOVERES – Exposição Coletiva de Mulheres Negras e Indígenas em PE – Nacional TROVOA no Museu da Abolição (2019); Banzo - Exposição Individual do artista paraibano Thiago Costa no Museu Murillo La Greca (2019); Estratégias para o contorno - Exposição coletiva para XI ÚNICO Salão Universitário no SESC Santo Amaro | Recife|PE (2019).

​CO-CURADORIA

​Mostra Coletiva de Artes Visuais – Vetores no Museu Murillo La Greca (2018)​; 3º e 4º edição da Revista Propágulo (2019).

CURADORIA EDUCATIVA Mostra Práticas Desviantes no Museu Murillo La Greca (2018); O que não é desenho? – Exposição Comemorativa de 120 anos do artista Murillo La Greca (2019). ARTISTA com a vIdeoarte ​Você não está me vendo ​como primeiro lugar no VII ÚNICO Salão Universitário no SESC Casa Amarela | Recife|PE (2014) com videoinstalação sem título no Cinecão: Uma Má Educação na Galeria Maumau (2016); com a instalação ​Convocatória M.Mulambo ​na exposição coletiva Mulheres que Frequentam na Galeria Maumau (2019).


EXPOSIÇÃO FRANQUEZA | Caetano Costa - Galeria Maumau (2018) De modo geral, a limitação sobre os corpos vem de um aparelhamento conservador colonialista, que através de argumentos higienistas promovem uma naturalização da exclusão. Motivados então, pela seleção de corpos, gestos, poéticas, estéticas, narrativas, culturas e etc., estes se infiltram nas camadas imateriais e materiais do desejo, construindo 1 mundo que nega o diálogo entre outros mundos. Sobretudo, atuam numa rigidez que majoritariamente exclui corpos que não pertencem a branquitude, persuadindo existência destes corpos desviados para fora dos espaços de poder. “Corpos pertencem a determinados lugares. Corpos transitam por determinados espaços.” Gostaria de ampliar o verbo: determinar, como estratégia de ação na demarcação dos lugares. Espaços estes, onde corpos potentes poderiam se dedicar ao exercício de expansão. De modo geral, os trabalhos de Caetano Costa, urgem numa proposta insurgente as conjunturas históricas que ainda são determinantes na contemporaneidade. Não há isenção de si nas situações criadas por Caetano, todas refletem um compromisso em inutilizar as lógicas opressoras. Um deslaçar na lógica capitalista da produção de arte, trazendo como motim a ​sobra e o ​resto,​ transgredindo o ​lixo e potencializando a materialidade em seu processo. A reciclagem e a gambiarra como necessidade e sobrevivência, distante do discurso alienado do - politicamente correto - atrelado ao marketing social da classe média. Todos os títulos são gatilhos de um Brasil que borbulha no abismo e na desigualdade de classe e raça, são mantras para a militância negra e periférica da nação verde e amarela que “deu ruim”.

https://www.maumaugaleria.com/franqueza-de-caetano-costa/

A ​ riana Nuala


Base - ​Caetano Costa (2018) performance feita para exposição Franqueza

Fotos: Iagor Peres


​Designer: Camila Martinelli Foto: Iagor Peres

detalhes dos trabalhos​ Periferia ​e​ Deu Ruim – ​Caetano Costa (2018)


​BANZO | Thiago Costa - no Museu Murillo La Greca (2019) Banzo pode ser um espaço de lembrança. A memória que atravessa sensações que parecem indeglutível ao cotidiano, uma presença inquieta. Algo que ecoa e reverbera. O artista vem do exercício da narrativa urbana com caligrafias desenvolvidas através do pixo que marcam sua pesquisa em relação a símbolos e grafismos. Sua potência de criação é como um mito que circunscreve a esfera da vida, da rua para outros espaços expositivos. Narrativas entrelaçadas nos seus traços que religam uma experiência de corpo desterritorializado, em comunicação com seus próprios sistemas.

Cria-se situações, elas são imagens, de cura e de ressignificação. Os elementos visuais vibram o percurso percorrido pelo artista em uma busca que digerem os tempos e resquícios coloniais que evocam à terra e o mar. No objeto-ficção ​Bóia, ​o artista imagina um trânsito de saída, cria táticas de sobrevivência de ancestralidades que sobrevivem para além de navios negreiros. Os objetos instalados na exposição são frutos da linguagem, eles reconstroem histórias possibilitando outras leituras e caminhos sobre o processo de colonização. O brotar de uma comunicação não verbal que se estende para desfazer silenciamentos.

Conceição Evaristo, poeta brasileira, compartilha conosco palavras que abrem um germinar que acompanham o tempo que avança enquanto força ¨das acontecências do banzo brotará em nós o abraço a vida e seguiremos nossas rotas de sal e mel por entre salmos, Axés e aleluias​¨. Não fragmentando política e religião, nem ética e trabalho, Thiago Costa recorre a Banzo para criar uma constelação de sentidos. Evocando outros artistas nordestinos como o baiano Rubem Valentim que na década de 50 dialogava com seus trabalhos argumentos que seriam aliados para uma luta contra o racismo religioso.

Thiago Costa, negro paraibano, conhecido artisticamente por Thiago Ame Preta. Graduando em Design Gráfico e Artes Visuais, é um artista multimídia e vem desenvolvendo suas atividades na valorização da população negra. Sua arte visita, principalmente, memórias ancestrais, as quais impressionam por traços que exaltam a beleza, o poder e a força que emana da cultura afro-brasileira.

Ariana Nuala


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 https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/viver/2019/07/exposicao-u2018banzo-u2019-aporta-em-museu-da-zona-norte-do-reci fe.htmlÂ


​ MOSTRA ENTREMOVERES - Museu da Abolição (2019)

1. Castiel Vitorino (Trovoa/ES) troca mensagens com Ana Lira. Os textos já evocavam possibilidades de quem poderia articular o Trovoa em Pernambuco. 2. Ana Lira entra em contato comigo e faz o convite, eu aceito. 3. Aceitei. Respiro, nunca esquecer desta ação e checar meus movimentos de vez em quando, tocando na região do peito. 4. Pensar, pensar, pensar e pensar. Percepção que um ​simples processo não conseguiria dar conta de todos os percursos entre as produções das artistas mulheres (trans, cis, travestis) e pessoas não-binárias: negras, originárias e não-brancas em diferentes classes sociais e com distintas histórias de Pernambuco. 5. "Não se trata de uma discussão que ocorre do dia para noite, já que o movimento conta com artistas, não-artistas, curadoras, pesquisadoras, educadoras, produtoras e comunicadoras sociais independentes que acumulam em sua trajetória profissional uma série de ações e posicionamentos anti-racistas no circuito artístico nacional, sobretudo em Pernambuco, estado que ainda tem muito o que se decolonizar em suas mídias e instituições excludentes. Ainda está em voga a apropriação cultural e a perpetuação de discursos hegemônicos não-condizentes com as reais necessidades da maioria da população aqui vivente, composta majoritariamente por pessoas não-brancas e empobrecidas, residentes nas periferias e no interior." 6. Como fazer entender que nossas produções de imagens não devem ser situadas apenas em discursos/lugares racializados? 7. Como não reduzir nossas existências a processos identitários? Como tensionar isso a partir do lugar do cuidado? 8. O mote é a reconexão entre nós.​ Entre a nossa ancestralidade. 9. Como criar um lugar de encontro? Um chão, um território que podemos caminhar traçando outras perspectivas de existência, reafirmando o direito de viver, e não o de sobreviver. 10. Ao se transformarem em imagens as artistas evocam suas presenças, marcam processos que constituem corpos. 11. Escavar memórias. 12. Pele. Pele que levanta. Tantas Giras. Entremoveres.​ Palavras sobre nós, enquanto nos transformamos em imagens. 13. Vaguear entre as estruturas desejando criar novos léxicos e outras formas de residir.


14. Não somos trinta, somos incontáveis, mas não é apenas sobre nós. 15. Considere ‘nossos’ corpos um aliado! (​ parafraseando Mariana de Matos)

Ariana Nuala ENTREMOVERES - Recife (PE) Mostra Nacional TROVOA (@trovoa__) https://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cultura/noticia/2019/05/03/mostra-entremoveres-reune-producoes-de-30-artistasnao-brancas-377763.phphttps://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cultura/noticia/2019/05/03/mostra-entremoveres-reune-p roducoes-de-30-artistas-nao-brancas-377763.php



Fotos: Priscilla Buhr


​PRÁTICAS DESVIANTES - Museu Murillo La Greca (2018)

Práticas Desviantes é uma ação entre os educadores do museu e artistas que participam da convocatória. O evento aconteceu nos dois semestre de 2018, até então, no jardim do Museu Murillo La Greca situado no bairro do Parnamirim - Recife/PE). A primeira edição aconteceu no Museu Murillo La Greca no dia 10 de março de 2018. A mostra contou com 22 artistas entre eles Asia Komarova e Leo Siqueira, Iagor Peres, Letícia Barbosa, Coletivo Boca no Trombone. Mas, o que significa uma prática desviante? Talvez primeiro pensar: no que consiste uma prática? Uma busca que se torna constantemente atual? Que se torna constante atual porque é um pedido ao corpo de sua presença e atividade? Pode uma prática ser uma experiência onde o corpo não seja o centro? Depois, no que consiste um desvio? Descontinuidade do caminho proposto, uma quebra de expectativas? O desvio de uma placa de desvio "vire à direita" talvez fosse virar em frente. Talvez o desvio da placa de desvio fosse seguir em frente ou talvez levar a placa embaixo dos braços. Talvez fosse parar diante da placa. Talvez fosse virar à direita, caso ninguém virasse. Numa maré que mistura golpes de estado com colapsos sociais/ambientais: como se contrapor ou refazer o que, aparentemente, está posto? Práticas que desviem do cotidiano talvez sejam uma das formas — ou a forma — já que carregam dentro de si um experimentar outros estados de permanecer e de atuar no mundo. (Existe criação que não seja uma prática desviante?) É entendendo a importância de tais gestos que o museu convida tais praticantes (ou artistas) a compartilharem suas inquietações em derivados formatos. Abrindo o jardim e o entorno, experimentando juntos os limites e aberturas que possam na caber na palavra e instituição "museu", o Práticas Desviantes busca ser esse lugar que ao mesmo tempo é troca e atuação. Ariana Nuala


designer: Camila Martinelli


​CONVOCATÓRIA PARA OCUPAÇÃO DO JARDIM

“O educativo do Museu Murillo La Greca convida artistas e coletivos a ocuparem o espaço externo do museu com propostas artísticas (vídeos, instalação, vídeo-instalação, performance, poesia visual, grafite, projeto sonoro, intervenção, propostas relacionais, fotografia, gravura, desenho, pintura, colagem e outras experimentações.) que provoquem o debate, ações e reflexões sobre o que afeta o movimento dos corpos, da cidade e dos diferentes modos de vida. O encontro se dispõe a acolher aqueles que através de seus trabalhos tenham desejo de dialogar sobre as complexidades do mover, do desviar, da deriva, do direito a rua, entre outras questões que atravessam o caminhar cotidiano. Movimento se torna necessário para construção de relações, logo sentimos a urgência de realizar a convocatória como estratégia de reunir pessoas interessadas ao tema da mobilidade, abarcando suas diferentes dimensões.” Zine do Práticas Desviantes II: https://issuu.com/educativomurillolagreca/docs/zine_praticas_desviantes_1 http://www2.recife.pe.gov.br/noticias/07/03/2018/divulgada-lista-dos-selecionados-para-exposicao-praticas-desviantes-no-museu


O QUE NÃO É DESENHO?​ ​- Museu Murillo La Greca (2019)

O que não é desenho? O acervo pessoal do artista pernambucano Murillo La Greca (1899 - 1985) foi doado à Prefeitura do Recife em 1985, inaugurando assim o Museu Murillo La Greca. A exposição atual surge como homenagem à sua dedicação às artes visuais, ao ensino e aos 120 anos que completaria em 2019.

“O que não é desenho?" utiliza alguns dos 1.400 desenhos do acervo como ponto de partida por conta de sua multiplicidade das técnicas como fusain (carvão), crayon (lápis grafite), pastel e sanguínea. Os desenhos guardados foram o dispositivo para o Educativo do Museu Murillo La Greca pesquisar o trabalho do artista e também se aprofundar em sua atuação como professor na disciplina de Desenho de Modelo Vivo (déc. de 30) na Escola de Belas Artes de Pernambuco -- atualmente o Centro de Artes e Comunicação da UFPE -- do qual foi um dos fundadores. A prática do desenho sempre foi desenvolvida nas escolas e academias de arte como um exercício para o aprimoramento de outras técnicas como a pintura e a escultura. Dentro de uma visão clássica e acadêmica, Murillo La Greca e alguns artistas contemporâneos a ele muitas vezes consideravam o desenho como prática de estudo e suporte, e não como uma obra em si. De que outro ângulo é possível experienciar a prática do desenho? O espaço propositivo irá trazer outras formas de se relacionar com o desenho, que investiguem as possibilidades criativas do desenhar e seus métodos. É um exercício sobre a forma,o como, a motivação e o conteúdo a partir da atuação do corpo, principalmente da mão, diversos materiais durando em um tempo. Desenhar, traçar, gestualizar é um processo de expansão onde se investiga formas do fazer. Utilizando técnicas ou fluindo por outros caminhos intuitivos, o desenho pode ser um fim em si mesmo, em que o espaço deve ser ocupado, e também um estímulo para criação. O que persiste dos métodos de Murillo? Para participar dessa experiência existem proposições: relaxar, sentir, concentrar, desacelerar, realizar (sem avaliações, sem notas, sem comparações), se interessar, desenhar o que se vê (e o que não se vê): praticar. Educativo Museu Murillo La Greca



https://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cultura/artes-plasticas/noticia/2019/08/01/exposicao-se-debruca-sobre-desenhos-de-murillo-la-greca-3 84642.php


​VETORES - Mostra Coletiva de Artes Visuais - Museu Murillo La Greca (2018)

​Partilhar atos coletivos, sejam eles fora ou dentro da arte, é criar pontos de encontro onde diferentes

manifestações possam surgir e atuar nas várias modalidades do cotidiano. Abrigar o trabalho de 9 (nove) artistas se torna um exercício de cartografar paisagens em movimento. Acompanhar, assim, pensamentos heterogêneos. O projeto curatorial dos trabalhos foi realizado pela antiga Coordenação de Artes Visuais do Recife em parceria com a Coordenação do Educativo do MMLG. ​VETORES - Mostra Coletiva de Artes Visuais r​ eafirma a importância da produção imagética nacional, compartilhando estas em um espaço público do próprio país. Para a Mostra, a equipe do Museu Murillo La Greca convidou mais 2 (dois) artistas que ajudam a tecer um panorama da produção das artes visuais brasileira, transformando seus trabalhos em vetores de suas próprias forças de inventividade. Assim, criando seus próprios espaços, os artistas trazem novas ficções sobre a vida, valendo-se de situações rotineiras e, muitas vezes, não percebidas corriqueiramente. Neste sentido, os trabalhos recorrem a práticas que apontam um estudo de forças subjetivas, relacionadas à existência humana comum. A força talvez como eixo de ação principal, tão plausível em momentos de paralisação. Elen Braga cria um ambiente que ressignifica os limites atribuídos ao corpo. Relações entre a força física repetitive, como nas academias, a força-máquina. Contrapondo à máquina, temos a força que brota da fé no trabalho de ​Adones Valença​, um esforço em busca da incerteza que se torna guia da ação. A política institucional, representadas como vetores de poder, enquanto criação humana imaterial aparece nos trabalhos de ​Lia Letícia e do grupo ​Favela News​, como substância palpável e mutante. Seja através do deslocamento de figuras-chave como a urna –– imposta como símbolo da democracia ––, seja por táticas de utilização da ​massm ​ ídia(força-organização). Todas os agenciamentos coexistindo como na força das utopias, dos delírios, do imaginário presentes na pintura de ​Tatiana Cavinato​; a força da ​pausa (o desabar) na instalação convidativa de Renan Marcondes; no grito imponente de ​Mariana de Matos com sua força manifesta, potência em palavras de presença (força-raiz/matriz); e, por fim, entre desdobramentos de um registro fotográfico, os trabalhos de Betina Guedes e Daniel Cabral que se conectam por uma força de habitação em uma geografia simbólica (mapeamento de memórias e lugares). ​VETORES - Mostra Coletiva de Artes Visuais r​ eforça o árduo exercício de urgir incansavelmente a possibilidade de estar e mover o presente. Como, afinal, articulamos outros estudos de forças? Ariana Nuala


Imagem 1: Registro da ativação no trabalho “Sala de Exercícios” de Elen Braga com o educativo do MMLG. Imagem 2: Registro da faixa “Considere o Meu Corpo Um Aliado” da artista Mariana de Matos.

​http://www2.recife.pe.gov.br/noticias/04/05/2018/murillo-la-greca-recebe-mostra-vetores


Fotos: Vivian Karini


Convocatória M.Mulambo​ na exposição coletiva Mulheres que Frequentam - Galeria Maumau (2019)

Maria Mulambo é uma curadoria que desenvolve um circuito independente em pequenas escalas. A maleta é um dispositivo para o trânsito entre estratégias, uma forma de compartilhamento de acervos e também táticas de transformação do meio. Agir em seu percurso marcando um tráfico de mensagens que atravessa territórios, os agenciamentos são feitos através de quem carrega a maleta e dos desdobramentos que os materiais podem oferecer no local destinado. Os trabalhos devem caber nesta maleta para serem expostos em outro território. a perspectiva é atravessar outras paisagens propondo interferências em contextos distintos. Observar a materialidade e a composição do espaço como possibilidades para sua própria reestruturação, desenhando frestas em um sistema eticamente falido. A chamada interessa mover subjetividades afetadas por isolamentos geográficos e historicamente cerceadas por condições macroestruturais, desejando possíveis reestruturações do espaço. O que seria necessário para contornar e criar outros entornos? qual escala do possível? Este é o protótipo da ação, a convocatória está aberta para artistas que queiram articular a gira de pensamentos com seus trabalhos. Para iniciar o diálogo, manda uma mensagem para: chamadam.mulambo@gmail.com. Ariana Nuala

https://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cultura/artes-plasticas/noticia/2019/08/23/maumau-reune-27-artistas-na-exposicao-mulheres-que-frequentam-386357


​Participação no Cinecão “A Má Educação: Uma Obra Aberta” - Galeria Maumau (2016)

​ ​“Sem título” (2016) fratura de videoinstalação

Imagens em movimento de um processo de residência no Hospital Psiquiátrico Ulysses Pernambucano. A instalação contém livros da biblioteca do espaço hospitalar que foram descartados sobre uma mesa. A videoprojeção contém mais de 300 imagens que foram feitas dentro do hospital com os usuários em um processo de organização da biblioteca. As fotos são modificadas para que ninguém seja identificado em ritmo de looping que poderá constar um trabalho repetitivo porém sem utilidade, pois após a organização da sala, na outra semana, os funcionários do hospital desarticularam a arrumação. Esse vídeo é um experimento sobre a relação inoperante de um trabalho de arte estético, sem as relações políticas dentro da política de saúde mental que tem em desdobramento a saída do hospital para redes de atenção (RAPS)

https://poraqui.com/aflitos-e-espinheiro/cinecao-da-maumau-traz-como-mote-a-ma-educacao-uma-obra-aberta/


Você não está me vendo - VII Salão Único Universitário SESC Casa Amarela (2014)

Videoarte ganhadora do 1º lugar no Salão Único de 2014. Com temática Corpo-Mundo a curadoria da mostra me fez reflexionar sobre as relações de identidade que parecem intrínsecas a nossas relações com o mundo. Utilizando uma simples ferramenta que possibilita o espelhamento virtual do corpo, exercito formas que parecem sobressair aquilo que conhecemos com ser humano. A brincadeira se torna um estudo do próprio corpo e suas deformidades, também suas imposições dentro de uma perspectiva em que a biologia se torna uma inimiga sobre quem queremos ser. O poder científico anula possibilidades de existir, talvez, utilizando a ficção, podemos criar outros corpos para reagir ao impositivo.

“Você não está me vendo” (2014) videoarte https://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cultura/artes-plasticas/noticia/2014/11/06/salao-universitario-de-arte-e-aberto-ao-publico-no-sesc-casa-amarela -154901.php


Currículo (Português) Ariana Nuala – Ariana Nuala Reithler Pereira de Lima (1993) Rua Pereira Coutinho Filho, 532, apt: 04 - Iputinga Recife/PE Tel: (81) 9.9619-3012 | e-mail: ​ariananualaa@gmail.com​ | skype: Finngualaa

Atualmente exerce função como ​Coordenadora do Educativo​ no ​Museu Murillo La Greca e ​é integrante do CARNE Coletivo de Arte Negra. Formação 2012 - 2017 Graduada na Universidade Federal de Pernambuco em Licenciatura em Artes Visuais Carreira Profissional Arte Visuais 2019 Curadora da exposição "Estratégias para o Contorno" no XI Único Salão Contemporâneo Universitário do Sesc Pernambuco (out); 2019 Instalação “Chamada M. Mulambo” na exposição Elas que Frequentam na Galeria Maumau, Recife/PE (ago); 2019 Curadoria do XI Único São Universitário de Arte Contemporânea - Sesc/PE “Estratégias para o contorno”, Recife/PE (ago); 2019 Curadoria Educativa da exposição “O que não é desenho?” junto com o Educativo do Museu Murillo La Greca, Recife/PE (ago); 2019 Curadoria da exposição individual ​Banzo​ do artista Thiago Costa no Museu Murillo La Greca, Recife/PE (julho, 2019); 2019 Curadoria e Articulação da Mostra Trova Nacional em Recife com a Exposição ENTREMOVERES no Museu da Abolição, Recife/PE (maio à ago); 2019 Co-curadora das 3º e 4º edições da Revista Propágulo, Recife/PE; 2019 Co-curadora da Exposição Vetores no Museu Murillo La Greca, maio, Recife/PE; 2018 Performance coletiva “Petróleo Mata” no 11º Dark Show, proposta de Gentil Porto Filho, Recife/PE; 2018 Coordenadora e Curadora em Artes Visuais na III Mostra Palco Preto pelo CARNE Coletivo de Arte Negra, Recife/PE; 2018 Curadora da exposição “Franqueza” do artista visual Caetano Costa na Galeria MauMau, Recife/PE; 2018 Coordenadora Geral e Curadora do evento “Prática Desviantes” (I e II edição) no Museu Murillo La Greca, Recife/PE; 2016 Videoinstalação “Sem título” - Cinecão: Uma Má Educação na Galeria MauMau, Recife/PE; 2014 Performance “Solstício” - Mostra “Corpo-Ritual” do Grupo TOTEM no Espaço Poste Soluções Teatrais,Recife/PE; 2015 Videoarte “Você não está me vendo” - II No Jardim do La Greca (Gênero na Arte) no Museu Murillo La Greca, Recife/PE; 2014 Videoarte “Você não está me vendo” - Salão Universitário de Arte Contemporânea do Sesc (VII Único), no Sesc Casa Amarela, Recife/PE. (Premiado como 1º lugar da Mostra)


Arte/Educação 2017 Escola Encontro Professora de Artes 2017 Colégio Boa Viagem - Jaqueira Professora de Artes 2016 Fundação Joaquim Nabuco/Derby, Recife/PE Mediadora cultural 2015 PIBID (Programa Institucional de Bolsas Iniciação a Docência) Bolsista pesquisadora 2014 XV FENEART pela Escolinha de Artes do Recife, Recife/PE Arte/Educadora 2013-2014 Museu Murillo la Greca, Recife/PE Mediadora cultura​l 2012 Museu do Estado de Pernambuco, Recife/PE Mediadora cultural Cinema 2019 Curta-Metragem “Ninguém Precisa Saber” - Direção: Priscilla Nascimento; Direção de Arte 2019 Videoarte “Per Capita” - Direção: Lia Letícia; Direção de Arte 2019 MOV - Festival de Cinema Universitário no Cinema São Luiz, Recife/PE (julho, 2019); Juri Oficial (categoria Nacional) 2018 Piloto de Série para TV “Delegado” - Direção: Tião, Leonardo Lacca e Marcelo Lordello; Assistente de Arte 2018 Curta-Metragem “Adore/o” - Direção: Rodrigo S. Pereira; Direção de Arte 2017 Longa-Metragem “A Morte Habita a Noite” - Direção: Eduardo Morotó; Assistente de Direção de Arte e Produtora de Arte 2016 Curta-Metragem “Superpina” - Direção: Jean Santos; Assistente de Direção de Arte e Produtora de Arte 2016 Curta-Metragem “Frequências” - Direção: Adalberto Oliveira (Premiado no 10º Festival de Cinema de Triunfo por Melhor Direção de Arte); Assistente de Direção de Arte e Figurino 2015 Longa-Metragem "Suspiros Primários" - Direção: Jucélio Matos; Assistente de Figurino


2015 Curta-metragem ¨Edney¨ - Direção: João Cintra; Assistente de Figurino 2015 Curta-Metragem ¨O Homem das Gavetas" - Direção: Duda Rodrigues; Art Concept 2014 Curta-Metragem "Frascos" selecionado para o Cine PE 2014 | Festival de Audiovisual Direção e Direção de Arte

Oficinas Ministradas

2017 “Artes de Inventar: oficina de imaginação e invenções para o dia-a-dia” com Marcela Lins, Ateliê da Luz, duração 20h; 2016 “Mapas Afetivos” com Bia Lima, Galeria Amparo 60, duração 4h; 2014 “Meu corpo, meu mundo”, Museu Murillo La Greca, duração: 20h; 2015 “Oficinas criativas”, Museu Murillo La Greca, duração: 20h. Idiomas Espanhol: ​escrita: bom, leitura: ótimo, fala: bom e compreensão: ótimo;


CONTATO E-mail: ​ariananualaa@gmail.com Telefone: +55 (81) 9.9619.3012 Skype: finngualaa Instagram: @socorrrrrr


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