Revista Subversivo

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REVISTA Uma revista que quebra paradigmas.

edição #1 2° Semestre de 2015

Será o fim do livro? Como será nossa relação com o livro impresso

daqui pra frente?

ARTE NOS MUROS E NAS TELAS Graffiti salva! conheça NO Martins, o graffiteiro e artista plástico que está despontando com seu evento na quebrada.

Lewis Wickes Hine O fotógrafo que registrou a dura vida de imigrantes e crianças americanas em um EUA em crescimento.



REVISTA REVISTA

A

revista Subverter foi criada à partir do trabalho acadêmico realizado dentro do Centro universitário Anhanguera de São Paulo-Unidade Vila Mariana. Pelo aluno André Aridi Jacobs estudante do curso de Design Digital. A revista foi intitulada Subverter com a idéia de quebrar as estruturas já tão conhecidas por todos nós, mostrando assim outras formas de encarar a vida e os acontecimentos que nos rodeia, rompendo padrões para criar uma nova maneira de leitura e melhorando nossa capacidade de análise e crítica.

André Aridi: Aluno da Anhanguera e

Faça uma boa leitura.

criador da revista

ÍNDICE ÍNDICE MATÉRIA DE CAPA

FOTOGRAFIA

O4

10 Conheça o fotográfo

SERÁ O FIM DO LIVRO? A ERA DIGITA É UM RISCO PARA OS MILENARES LIVROS ?

que registrou a construção do Empire Estate Building.

ARTE URBANA 06 NO MARTINS: Fazendo a diferença nas

nas ruas de São Paulo.


S

erá o fim do livro? O livro impresso, físico como o conhecemos irá desaparecer? Uma pergunta que os amantes mais fervoros do bom e velho livro impresso responderia que não sem titubear. Já os mais moderninhos poderiam dizer que sim, o livro irá sumir das preteleiras das livrarias e viraria artigo de museu. Sem contar com as novas gerações que facilmente irá procurar informações por meio digital. Com todo o avanço tecnológico que vemos e sentimos a cada dia, será que teremos algo similiar ao livro que o substitua? Para entender melhor a importância do livro temos que pensar no seu proposito. Como por exemplo trazer conhecimento e cultura através dos mais variados assuntos, um livro de biologia ou um livro que fale sobre a história de um certo período de um país ou que fale de pintores renascentistas e inventores famosos esses são um dos vários caminhos que um livro pode nos levar até conhecimento. Mas o que o livro se tornou nos dias de hoje? Um livro bom é aquele que se traduz em cifras vendendo milhares em dinheiro ou aquele que nos traz um bom conteúdo de importância tanto para quem o publica quanto para quem os lê? Talvez a pergunta feita deveria ser: Será o fim do conteúdo dos livros? É evidente que estamos diante de grandes industrias que visam lucros altíssimos, não poderia ser diferente no setor editorial. Com esse tipo de comportamento, o de gerar mais e mais lucroso que realmente fica em xeque é o conteúdo. Há quem defenda o livro impresso: Fábio Augusto tem 32 anos é assistente jurídico. Você acha que o livro perdeu espaço? Ele perdeu mais pelo valor financeiro do que pela tecnologia. E o valor cultural e do conhecimento, também perdeu o valor? O do conhecimento nunca, o livro está lá,agora o desinteresse

por cultura diminuiu e muito. Você já leu um livro digital? Já, é não gostei, por não ter a experiência do contato físico de poder folhear e sentir o peso que é o que temos com o livro impresso.

Jesus Alves Dias Formado em jornalismo. Pela Anhembi Morumbi

Assim como jornal impresso, é inevitável que o livro físico perca espaço nos próximos anos. O acesso massivo à proposta das redes sociais pode ter provocado certo desinteresse ao texto longo e consequentemente à leitura, por outro lado, o compartilhamento de arquivos em formatos que podem ser baixados gratuitamente em smartphones, torna-se algo positivo, já que o livro possui um alto valor no Brasil. Como acontece na música, o lançamento e divulgação de uma obra literária na rede tende ser uma alternativa positiva ao autor independente, devido ao seu alto custo. Apesar desse cenário, o poder de uma obra clássica permanecerá intocado, assim como o ambiente da uma livraria, biblioteca, ou o apego ao livro de papel.

queimando livros veja alguns momentos da história em que livros foram queimados:


MATÉRIA MATÉRIA DE DE CAPA CAPA Por André Aridi


Até quando você irá esperar aquela informação cair do céu?


SAMSUNG GALAXY S6


Por André Aridi

FOMENTANDO a cultura

É O QUE “NO Martins” ESTUDANTE DE ARTES VISUAIS FAZ NO BAIRRO ONDE MORA.

NO Martins.

Pinta suas telas em seu estúdio em casa, belas pinturas de rostos com traços de personagens negros bailarinas e olhos coloridos dando nomes como Dolores. aplicando sua técnica em telas folhas de livros e até jornais dando um lindo visual em suas composições. Mas isso não o impede de ir às ruas mostrar seu outro lado criativo. O lado de fora dos muros das casas do bairro onde mora, com o seu coletivo chamado GRAFFITI SALVA,ele promove uma grande harmonia entre as tintas pick ups com muito som de qualidade e as pessoas que por alí passam, usando o Facebook e todo o pessoal que faz parte desse time como fotógrafos graffiteiros, e amigos é feita a divulgação. No Martins não tem medo de encarar os desafios, um belo exemplo a ser seguido.

Acesse o QRcode e conheça os trabalhos de NO Martins:

ARTE ARTE



LEWIS Wickes HINE Por André Aridi

Foto de :Lewis Wickes Hine,sociólogo e fotógrafo.

Hine nasceu em Oshkosh, Wisconsin, 26 de setembro de 1874 estudou sociólogia. Mas depois de comprar uma câmera fotogáfica passou a se dedicar mais à fotografia no intuito de divulgar a miséria que presenciava em Nova Iorque na época de 1905.

Garoto trabalhando na indústria têxtil Maple Mills em Dillon, Carolina do Sul

Em 1908, publicou Charities and the Commons, uma coleção de fotografias de cortiços e fábricas. Para ele a imigração não favoreceu em cada os que vieram para os EUA em busca de uma vida melhor,mas o contrário, milhões terminaram vivendo marginalizados em cortiços superpovoados, e ganhando míseros salários. No começo do século XX, as crianças compunham uma boa parcela da mão de obra industrial nos Estados Unidos. Entre 1908 e 1924, Hine produziu um vasto material mostrando os absurdos daquela época em relação ao trabalho infantil sua precariedade, salários miseráveis e insalubridade. Com uma importância sem igual esse documentário fotográfico fica sob a guarda da Biblioteca do Congresso Americano. Com um acervo de 5 mil fotografias em papel e 300 negativos de vidro Hine foi contratado como fotógrafo e inspetor do Comitê Nacional do Trabalho Infantil em 1908. Não se preocupou apenas com as condições do trabalho em indústrias, mas com questões de saúde pública e de discriminação de minorias.

Encaradas como documentos e acompanhadas de alentada pesquisa e investigação, as fotos de Lewis Hine ajudaram na criação de diversas leis trabalhistas e de reforma social. Após sua morte, no entanto, o sociólogo acabou sendo reconhecido também como grande fotógrafo. Hoje, a obra de Hine é considerada um dos pilares da fotografia documental. A sistemática documentação das crianças em retratos posados é um dos destaques de sua produção. Hine acreditava que o semblante de uma criança poderia mostrar muito mais do que qualquer outro tipo de prova sobre a realidade do trabalho infantil.


FOTOGRAFIA FOTOGRAFIA

Trabalhador se dependurando sem nenhum tipo de segurança.

Com uma coleção de fotos incríveis Hine também registrou a construção do edifício Empire State Building um dos edifício mais emblemático do mundo. Com a antiga Nova Iorque de fundo conseguimos ter uma noção da altitude em que os destemidos trabalhadores exerciam suas tarefas. São fotos realmente fascinantes capazes de provocar vertigens em seus expectadores.

Confira a matéria sobre a construção do Empire State Building (matéria em inglês) e mais fotos de Lewis Wickes Hine:



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