PARQUE URBANO

P A RQU E U R B A N O NO MUNICÍPIO DE BATATAIS, SP, COM INTUITO EDUCACIONAL AMBIENTAL E QUE SEDIARÁ A ASSOCIAÇÃO DOS COLETORES DE MATERIAL RECICLÁVEL DE BATATAIS (ACOMAR).

ARIEL SANTOS GARAVINE

Educção Ambiental

Educção Ambiental

ARIEL SANTOS GARAVINE 298443

CRIAÇÃO DE UM PARQUE URBANO NO MUNICÍPIO DE BATATAIS, SP, COM INTUITO EDUCACIONAL AMBIENTAL E QUE SEDIARÁ A ASSOCIAÇÃO DOS COLETORES DE MATERIAL RECICLÁVEL DE BATATAIS (ACOMAR).

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO APRESENTADO AO CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA, PARA CUMPRIMENTO DAS EXIGÊNCIAS PARA OBTENÇÃO DO GRAU BACHAREL EM ARQUITETURA E URBANISMO SOB A ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR JOSÉ ANTONIO LANCHOTI.

RIBEIRÃO PRETO 2013

Dedico este trabalho a todos aqueles que se preocupam com o futuro do nosso planeta e que tem a consciência de que estamos aqui somente de passagem e o que realmente importa é o que deixaremos de exemplo para as futuras gerações.

E mesmo com a menor das atitudes buscam a melhoria na qualidade de vida da sociedade e o meio em que vivem.

Primeiramente agradeço aos meus familiares, que sempre me apoiaram e me ensinaram os verdadeiros valores da vida, me incentivando a ter fé e perseverança nas minhas escolhas, sem o carinho e apoio de vocês com certeza hoje não estaria onde estou.

Agradeço também aos meus professores por sempre me incentivarem a buscar mais e mais conhecimento, em especial meu orientador, pelas broncas e conselhos ao longo deste trabalho.

E por fim, agradeço aos colegas e amigos que fiz ao longo desses cinco anos. Verdadeiras amizades que levarei para sempre comigo.

“... não estamos sós e nem paramos por aqui...”

Solano Trindade

Resumo

O tema escolhido para o projeto foi um Parque Urbano, na cidade de Batatais, SP, onde será implantada a sede da ACOMAR_

Associação dos Coletores de Material Reciclável de Batatais, buscando desenvolver um espaço que acolha a sociedade, gere lazer e insira nesta, a consciência e a importância da preservação do meio ambiente, da redução, da reutilização e da reciclagem do lixo produzido, além de proporcionar um maior contato com a natureza.

Terá além dos espaços de lazer um espaço educacional de referência em Educação Ambiental, com palestras e cursos e um atelier com oficinas e exposições voltadas para a política dos 3R’s (Reduzir, reutilizar e reciclar).

A metodologia escolhida para tal foram pesquisas bibliográficas,

levantamentos de mapas e fotos aéreas digitais, pesquisa documental e legislativa, levantamento iconográfico, mapas e plantas digitais.

Nesse processo foram usados softwares especializados, como AutoCad, SketchUp e Microsoft Office.

Abstract

The theme chosen for the project was a urban park in the city of Batatais, SP, which will be located the headquarters of the Cooperative

Storage of Recyclable Materials, seeking to develop a space that welcomes the society manages leisure and enter this awareness and the importance of preserving the environment, reduction, reuse and recycling of waste produced, in addition to providing greater contact with nature.

Have leisure spaces beyond space educational reference in Environmental Education, with lectures and courses and a space with workshops and exhibits focused on the politics of the 3R's (Reduce, reuse and recycle).

The methodology chosen for this research were bibliographic

survey maps and digital aerial photos, documentary research and legislative iconographic survey, digital maps and plans.

This process were used specialized software such as AutoCAD, SketchUp and Microsoft Office.

P A RQU E U R B A N O

Sumário

17

Introdução.

19

Educação Ambiental.

21

Parques Urbanos.

22

Resíduos Sólidos.

23

Reciclagem.

25

ACOMAR – Associação dos Catadores de Material Reciclado.

27

Coleta Seletiva e Indiferenciada.

29

A cidade.

31

A área – Localização e características

39

A área – Entorno

47

Projetos de Referência.

51

A proposta.

56

Programa de Necessidades.

57

O Projeto.

69

Plantas, Cortes e Perspectivas.

92

Consideração Final.

Introdução.

N

o último século a humanidade passou por grandes mudanças como, por

exemplo, o surgimento do processo de produção industrial, o rápido desenvolvimento das ciências e das tecnologias, a migração das pessoas do meio rural para as cidades e o acelerado crescimento populacional.

Como consequência houve mudanças nos valores e modos de vida das sociedades, uma grande porcentagem da população passou a não se enxergar como parte responsável e integrante do meio ambiente, não estabelecendo limites nem critérios apropriados para utilização dos recursos naturais existentes.

Esse individualismo, aliado a falta de consciência e ao consumismo, resultou

em um aumento da utilização dos recursos naturais, a geração de resíduos e o descarte inadequado destes resíduos, que por consequência gera inúmeros problemas ambientais.

Atualmente um tema muito discutido é a preservação do meio ambiente.

Cuidar do meio ambiente é uma questão fundamental para a sobrevivência e

qualidade de vida das gerações futuras de qualquer espécie.

“Meio Ambiente saudável é a nossa garantia de sobrevivência, e essa condição se dá através das relações externas nas quais um organismo, uma comunidade ou objeto existe; portanto, devemos levar em conta o respeito pela Natureza. Como gestionar essa convivência de forma harmoniosa é o nosso grande desafio e o das futuras gerações. Os fatores que provocam agressões à Natureza precisam ser conhecidos e gerenciados, e a geração de resíduos sólidos urbanos nesse contexto é um desses fatores.” (CONCEIÇÃO e SILVA, 2009, p.01)

Portanto um espaço onde se execute uma ação de preservação ambiental e

que busque transformar o pensamento da sociedade, inserindo nesta a preocupação com o meio em que se vive é de extrema importância.

Nesta linha de pensamento surge à ideia do projeto.

Será um parque urbano que proporcionará aos visitantes, além de lazer, cultura,

convívio social e contato com a natureza, a consciêntização sobre a importância da preservação do meio ambiente e os ensinamentos sobre a redução, reutilização e reciclagem do lixo produzido.

“Nesta composição entram as cooperativas de reciclagem de lixo e as empresas que estão trabalhando neste segmento, visto serem importantes na recuperação/reciclagem de resíduos sólidos que tinham como destino certo os lixões e que, através de um trabalho associativo (com incentivos institucionais), acabam voltando para o mercado como matéria-prima na confecção de novos produtos, economizando os recursos naturais finitos do planeta, sem contar que são fonte de produtos, serviços e mão-de-obra barata para o setor moderno da economia.” (CONCEIÇÃO e SILVA, 2009, p.05)

O objetivo é conscientizar a população sobre os problemas gerados ao meio ambiente devido á excessiva poluição causada pelos de resíduos sólidos, ensinar e demonstrar na prática a importância da redução, da reutilização e da reciclagem do lixo produzido em uma sociedade,

gerar aos usuários um maior contato e preocupação com a reutilização do lixo produzido, criar um espaço acolhedor, saudável, seguro e consequentemente, favorecer o convívio social e melhorar a qualidade de vida dos que frequentarem este parque e dos bairros ao seu redor.

Introdução

18

Educação Ambiental.

N

o Brasil, existe uma lei específica que trata da educação ambiental. A Lei

número 9.795 de 27 de abril de 1999, dispõe sobre a educação ambiental, instituindo a política nacional de educação ambiental.

Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e

competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. (Lei nº 9.795/1999) São objetivos fundamentais da educação ambiental (Art. 5 da lei nº 9.795/1999):

I - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;

II - a garantia de democratização das informações ambientais;

III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social;

IV - o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania;

V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e

macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade;

VI - o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia;

VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade.

SEÇÃO III - DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NÃO FORMAL.

Art. 13. Entende-se por educação ambiental não-formal as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente.

Parágrafo único. O Poder Público, em níveis federal, estadual e municipal, incentivará:

II - a ampla participação da escola, da universidade e de organizações não governamentais na formulação e execução de programas e atividades vinculadas à educação ambiental não formal; III - a participação de empresas públicas e privadas no desenvolvimento de programas de educação ambiental em parceria com a escola, a universidade e as organizações não

governamentais.

“De acordo com essa visão, nem sempre as interações humanas com a natureza são daninhas, porque existe um co-pertencimento, uma coevolução entre o homem e seu meio. Coevolução é a idéia de que a evolução é fruto das interações entre a natureza e as diferentes espécies, e a humanidade também faz parte desse processo.” (CARVALHO, Isabel C. M.).

A preocupação com a crise ambiental fez com que surgisse a mobilização da sociedade, exigindo soluções e mudanças. Na década de 60, surgiu o movimento ecológico que começou a elaborar a proposta da EDUCAÇÃO AMBIENTAL como ferramenta de mudanças nas

relações do homem com o ambiente. O processo educativo proposto pela Educação Ambiental objetiva à formação de sujeitos capazes de compreender a sua realidade e agir nela de forma consciente. Sua meta é a formação de sujeitos ecológicos.

“A educação ambiental para a sustentabilidade deve permitir que a educação se converta em uma experiência vital, alegre, lúdica, atrativa, criadora de sentidos e significados, que estimule a criatividade e permita redirecionar a energia e a rebeldia da juventude para execução de projetos de atividades com a construção de uma sociedade mais justa, mais tolerante, mais equitativa, mais solidária democrática e mais participativa e na qual seja possível a vida com qualidade e dignidade”. (MINISTRO DA EDUCAÇÃO em Cúpula das Américas, Cúpula de Brasília ,1998).

Educação Ambiental

20

Parques Urbanos.

O

s Parques Urbanos são áreas arborizadas de uso coletivo e público que

tem como objetivo além de preservar a natureza e a fauna, oferecer opções de recreação, lazer, cultura, educação, convívio social e o bem estar a todos que o

utilizam.

Segundo Macedo e Sakata (2003, p.14), os parques urbanos são: “Todo espaço de uso público destinado à recreação de massa, qualquer que seja o seu tipo, capaz de incorporar intenções de conservação e cuja estrutura morfológica é autossuficiente, isto é, não é diretamente influencia em sua configuração por nenhuma estrutura construída em seu entorno”.

Sua importância na qualidade de vida da comunidade está diretamente ligada à possibilidade de interação cidade- natureza- convívio social.

O Parque Urbano assume uma função utilitária e de equilíbrio que possibilita minimizar os efeitos nocivos de todo o progresso urbano, deterioração da natureza e estresse humano gerado como reflexo das ações da sociedade atual e ainda propicia condições de desenvolvimento cultural, físico, educacional, estético da área do entorno,

contribuindo diretamente na qualidade de vida.

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

(Constituição Federal da República Federativa do Brasil) .

Resíduos Sólidos.

22

R

esíduos sólidos são todos os restos de materiais descartados pelo ser

humano na rotina doméstica ou comercial.

São classificados como: Orgânicos (Restos de alimentos), papel, plástico, vidro, metal e outros (Roupas, óleos de cozinha, óleo de motor, resíduos informáticos, resíduos de poda, resíduos de construção civil, etc).

E ainda, os chamados resíduos tóxicos (pilhas, baterias, aerosóis, lâmpadas fluorecentes, etc) que nessitam de um descarte especial para não contaminarem o ambiente e os seres que nele habitam.

A quantidade e a composição associadas a uma forma inadequada de armazenamento e descarte do lixo sólido, impactuam de forma negativa diretamente na

natureza e na qualidade de vida da população em função do tempo de decomposição e dos efeitos nocivos causados ao ambiente.

Segundo dados da Secretaria do Meio Ambiente, o municipio produz diariamente uma média de cinquenta toneladas de resíduo doméstico e cerca de oito quilos de

resíduos de construção civil por habitante, descartados no único aterro

sanitário. Resíduos de poda e volumosos em geral (madeira, restos de móveis, etc.), não possuem registros de quantidade de coleta.

Reciclagem.

R

eciclagem: “Ato ou efeito de se recuperar a parte útil dos dejetos e de

reintroduzi-la no ciclo de produção de que eles provêm.”

(Fonte: http://www.dicionarioinformal.com.br/reciclagem/)

Reciclar é sinônimo de transformar, reaproveitar; é reinventar, reutilizar. É criar novas possibilidades é dar função àquilo que já não exercia utilidade.

Segundo Lavoisier: “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma“.

Imagem: Ciclo da Reciclagem Fonte: Internet

O ato de reciclar exerce um papel extremamente importante para a sustentabilidade do planeta, pois vai além de um ato criativo, gerador de renda e economia. Reciclar está diretamente relacionado à diminuição da quantidade de lixo descartado, da poluição do solo, da água, do ar, aumenta a vida útil dos aterros sanitários, gera economia de energia e matéria prima, minimiza a utilização de fontes

naturais e melhora a qualidade de vida da população no âmbito social, econômico da educação e saúde.

Segue abaixo alguns exemplos de quanto tempo que a natureza leva para decompor alguns dos produtos:

Papel (de 3 a 6 meses); Pano (de 6 meses a 1 ano); Filtro de cigarro (5 anos); Chiclete (5 anos); Madeira pintada (13 anos); Nylon (mais de 30 anos); Plástico (mais de 100 anos); Metal (mais de 100 anos); Borracha (tempo indeterminado); Vidro (1 milhão de anos).

(Fonte: http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/decompos.jpg)

Além disso existem alguns materiais que não podem ser reciclados e os mais conhecidos são os papéis não recicláveis (adesivos, etiquetas, fita crepe, papel carbono,

fotografias, papel toalha, papel higiênico, papéis e guardanapos engordurados, papéis metalizados, parafinados ou plastificados), metais não recicláveis (clipes, grampos, esponjas de aço, latas de tintas, latas de combustível e pilhas), plásticos não recicláveis (cabos de panela, tomadas, isopor, adesivos, espuma, teclados de computador, acrílicos), vidros não recicláveis (espelhos, cristal, ampolas de medicamentos, cerâmicas e louças, lâmpadas, vidros temperados planos).

No enfoque do projeto do Parque Urbano, uma grande atenção estará voltada para a reciclagem, buscando uma conscientização do publico usuário, através da aproximação com o assunto.

As cores utilizadas para a separação dos materiais recicláveis na coleta seletiva são:

Papéis

Resíduos Perigosos

Plásticos

Resíduos Ambulatoriais e de saúde

Vidros

Resíduos Radioativos

Metais

Resíduos Orgânicos

Madeiras

Resíduos Gerais – Não Recicláveis

Reciclagem

24

ACOMAR – Associação dos Catadores de Materiais Reciclaveis de Batatais

C

om os índices alarmantes de desemprego, muitas pessoas encontraram

nos resíduos uma forma de sobrevivência. O que para muitas pessoas significa sujeira, pode se tornar fonte de renda, e matéria prima para produção, reutilizando o material reciclável.

A ACOMAR é uma associação composta por vinte e um catadores de material reciclável e possui a função de atuar na coleta e execução de todo processo

necessário para a negociação e venda do material reciclável recolhido no município.

Recebe do poder público subvenção mensal direcionado para melhoria estrutural e logística e por catadores autônomos.

A associação organiza e dignifica o trabalho dos coletores, colabora na promoção e a inclusão social e gera renda através do trabalho coletivo, contribuindo

com a sociedade através da redução de lixo e preservação do meio ambiente.

O trabalho desenvolvido por esses trabalhadores apresenta um caráter de grande relevância social, ambiental e de utilidade pública uma vez que a responsabilidade da execução dessa ação é constitucionalmente do governo local.

Porém, esses catadores não têm recebido a devida atenção por parte dos

poderes públicos e da sociedade e muitas vezes são confundidos com mendigos e excluídos socialmente.

Infelizmente os coletores ainda vivem à margem dos direitos trabalhistas e sociais e não lucram com a riqueza que esse mercado de reciclagem produz e movimenta.

A profissão de catador de material reciclável é a atividade exercida com a mais baixa das remunerações e quase sem direitos trabalhistas.

Pelo fato de não conseguirem contribuir com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), a maioria tem dificuldade para receber aposentadoria. Em geral, eles se organizam em cooperativas para garantir os seus direitos trabalhistas, mas atualmente,

segundo dados do Comitê Interministerial de Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Materiais Recicláveis, apenas 7,5% no país fazem parte de cooperativas.

Estimativas indicam que o Brasil possui de 800 mil a um milhão de pessoas que retiram seu sustento através da coleta de material reciclavel.

Os resultados causados ao meio ambiente em função da produção de resíduos devem ser incorporados as pasta da administração pública, por meio de políticas transversais de saúde,

educação ambiental e desenvolvimento socioeconômico.

Na esfera Federal algumas ações já são realidade.

Alguns exemplos de formalização de políticas públicas que buscam contribuir para a inclusão social e econômica dos coletores são o Decreto nº 5.940/06, a Lei nº 11.445/07 e a constituição do Comitê Interministerial de Inclusão Social dos Catadores de Materiais

Recicláveis.

Por intermédio do Comitê Interministerial de Inclusão Social dos Catadores de Materiais, estão sendo identificadas as demandas dos catadores para desenvolver e articular ações que promovam a inclusão social e econômica desses trabalhadores, mas a efetivação dessas ações ainda é uma meta distante de ser alcançada.

Nessa perspectiva, ações em rede pactuadas entre poder público, setores privados, instituições, entre outros, que contemplem a incorporação no seu planejamento estratégico e operacional um adequado programa de gestão ambiental, compatibilizando os objetivos ambientais, as obrigações legais, reduzindo custos, reduzindo lixo e ao mesmo tempo favorecendo, através de subsídios, a criação de associações e cooperativas, gerando renda para a comunidade, tornam – se soluções eficientes.

Analisando a realidade do município de Batatais, SP, o que se constata é um grande número de coletores atuando de forma individual, na informalidade e em condições precárias no

que se refere a instrumentos de trabalho (coleta e armazenamento) e número de compradores (apenas duas empresas atravessadoras) que oferecem um preço baixo pelo material para revenderem para usinas de reciclagem.

Outro fator observado é que não existe no município nenhum trabalho ou espaço alternativo que ofereça cursos para a confecção de novos produtos reutilizando materiais

recicláveis e nem mesmo um trabalho efetivo de capacitação e profissionalização de coletores, ou qualquer ensinamento sobre a reciclagem e suas vertentes.

A proposta do presente projeto vem ao encontro dessas necessidades com objetivos e propostas pertinentes à questão.

ACOMAR – Associação dos Catadores de Materiais Reciclaveis de Batatais

26

Coleta Seletiva e Coleta Indiferenciada.

C

oleta seletiva é um processo que consiste no recolhimento de resíduos

possíveis de serem reciclados com os seus componentes já separados do restante do lixo descartado por empresas e pessoas. Ela contribui diretamente e significativamente com a sociedade pois é fonte de renda para muitas pessoas, gera economia para as empresas e contribui positivamente para o desenvolvimento sustentável do planeta uma vez que minimiza a poluição do solo, dos rios e do ar.

Mediante o exposto, podemos considerar que o impacto da coleta seletiva perpassa e beneficia os fatores ambientais, sociais, econômicos, políticos e gera saúde à comunidade e ao planeta.

No município de Batatais a coleta de resíduos é feita de forma indiferenciada e de forma seletiva.

A coleta seletiva é realizada pela ACOMAR (Associação dos Coletores de Material Reciclável de Batatais) As formas de coleta são, porta a porta, através de veículos próprios da cooperativa, ou com carrinhos adaptados pelos catadores autônomos que percorrem as residências em dias e horários pré-determinados, que não coincidem com a coleta

comum de lixo. Geralmente os moradores colocam os recicláveis nas calçadas ou lixeiras, acondicionados em sacos plásticos ou caixas de papelão. E PICS (Programa Interno de Coleta Seletiva), que é realizado com uma pequena adesão por parte de algumas empresas do distrito industrial e escolas, em parceria com a associação, entretanto consegue atingir apenas 40% do município.

Segundo dados da Secretaria do Meio Ambiente à ACOMAR (Associação dos Coletores de Material Reciclável de Batatais), arrecada cerca de 54 toneladas/mês de material com possibilidade de ser utilizado, entretanto cerca de 8% é de rejeito, o descarte deste rejeito também é feito no aterro sanitário.

Existe ainda, um número não oficial de catadores autônomos que fornecem o

material coletado para duas empresas de compra de reciclados do município (AF Comércio de Sucatas Ltda. e Galego Sucatas), gerando segundo dados fornecido pelas próprias empresas cerca de 280.000 Kg/mês de material.

Coleta Seletiva e Coleta Indiferenciada

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Imagens: Atual galpão de armazenamento de material reciclável da ACOMAR. Fonte: Arquivo pessoal.

No caso da coleta indiferenciada não ocorre nenhum tipo de seleção e todo os

resíduos recolhidos acabam rotulados como lixo comum e descartados no aterro sanitário.

A coleta indiferenciada é realizada diariamente porta a porta, através de veículos próprios da prefeitura, com periodicidade de três vezes na semana para cada bairro regulamentado e diariamente através da coleta de caçambas em dois bairros não regulamentados.

Segundo dados da Secretaria do Meio Ambiente - Estima-se que menos da metade da população do município sejam adeptos a rotina de separação de materiais reciclaveis em suas residências, desses, grande parte o faz de forma inadequada ou exporadicamente, o que nos faz pensar na urgência de ações que envolvam políticas de saúde pública e parcerias em vários segmentos, principalmente da comunidade.

Para concientização populacional faz-se necessário um trabalho de massa, com grande impacto na mídia, nas comunidades sociais (igrejas, escolas, centros de referências, associações de bairros, etc) de forma interativa e informativa.

A Cidade.

A

cidade de Batatais com 179 anos comemorados no dia 14 de março de

2013, foi escolhida para a implantação do projeto, localizada no Estado de São Paulo é limitada pelos municípios de São José da Bela Vista, Restinga, Patrocínio Paulista, Altinópolis, Brodowski, Jardinópolis, Sales de Oliveira e Nuporanga.

Mapa: Localização da cidade de Batatais no Brasil e no Estado de São Paulo.

Fonte: Secretaria Municipal de Batatais, 2012.

Considerada uma estância turística tem como principais atrações turísticas o

carnaval de rua, a Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus da Cana Verde, padroeiro da cidade, onde estão expostas obras do pintor Cândido Portinari, também conhecida como a cidade dos mais belos jardins possui em sua praça central, junto á Igreja Matriz, paisagismo predominado por topiaria, possui ainda, um Parque Náutico e um Bosque Municipal, infelizmente ambos em condições precárias de conservação e uso.

Coleta Seletiva e Coleta Indiferenciada

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Imagem: Igreja Matriz do Bom Jesus da Cana Verde. Principal ponto turístico da cidade e ótimo ponto de referência. Localizada na área central.

Fonte: www.batatais.sp.gov.br

O município possui clima tropical ameno com inverno seco e sua temperatura média anual é de 21°. Principal época de chuva nos meses de novembro a março.

A vegetação predominante na cidade é o cerrado e os 732.078,28m² de áreas verdes

da cidade são bem distribuídos e classificados como jardins urbanizados ou não, áreas verdes ocupadas por edificações e áreas de preservação permanente, sendo que o bosque municipal representa aproximadamente 70% desta área. (IBGE, 2010).

Segundo dados do IBGE, a altitude do município de Batatais é de 862m acima do nível do mar. Situa-se entre duas colinas na bacia hidrográfica Sapucaí Mirime e possui uma topografia

ondulada.

Com área de 851 km² e 56.481 habitantes, sendo 49.954 – população urbana, possui hoje, um total de 17.725 domicílios ocupados, (IBGE, 2010), distribuídos em 58 bairros e uma geração de lixo mensal de 1410 toneladas. (Prefeitura Municipal, 2012).

A capacidade atual de coleta de materiais recicláveis é de 3,8%, 54 toneladas por mês.

O município possui uma associação de coletores de material reciclável composta por 21 catadores. A base da economia do município é a agricultura e pecuária sendo a renda per capta média por domicilio de R$ 1090,68.

A área – Localização e características.

A

área escolhida está localizada na unidade de Planejamento 04,

denominada bairro Riachuelo, este possui uma área total de 2,3 km² e confronta com os bairros Vila Maria, Castelo, Centro e Santo Antônio.

Mapa: Localização do bairro Riachuelo na cidade de Batatais – SP. Fonte: Secretaria Municipal de Batatais, 2012.

Trata-se de um dos bairros mais antigos do município, segundo a Secretaria de Obras e Planejamento da Estância Turística de Batatais, o bairro pode ser considerado de classe média baixa. Nele está o Distrito Industrial entretanto sua predominância é residencial. É uma área de fácil acesso localizada a dois quilômetros de distância da entrada principal da cidade e ao lado do Bosque Municipal, ótimo ponto de referência

para turistas. Conta com uma infraestrutura viária de qualidade suficiente, tendo como a principal via de acesso a Avenida Moacir Dias de Morais.

A área – Localização e características

32

Acesso

ÁREA

Mapa: Sistema Viário.

Fonte: Secretaria Municipal de Batatais, 2012.

Segundo dados do Plano Diretor da cidade, a área de estudo compõe a MZ1 (Macrozona de destinação urbana), cujo uso é diversificado e possui adensamento básico de 200 hab./ha, porém com controle de gabarito.

Nota-se que por se situar em uma região onde o uso é diversificado, não há restrições

no tipo de equipamento que será instalado no terreno, mas quanto ao controle de gabarito, entende-se que há uma preocupação na interferência da paisagem urbana.

Com estas condições impostas não haverá grandes preocupações, pois o objetivo da implantação do parque urbano nesta região é de qualificar o espaço melhorando a paisagem existente.

Mapa: Sistema Viário.

Fonte: Secretaria Municipal de Batatais, 2012.

A área em questão é um enorme lote pertencente ao estado, repleto de verde, com área de 120.302,298m2 e perímetro de 1464,31m, quase sem nenhuma utilização.

Possui no centro um prédio construído na década de 50, que em 1960 passou a pertencer à Secretaria de Ação Social do Estado e fazer parte do Instituto Agrícola de Menores

de Batatais, SP, que amparava menores abandonados e carentes, na época eram 13 unidades.

Em 1977, passou a se chamar FEBEM (Fundação Educacional do Bem Estar do Menor). Em 1986 as atividades como FEBEM foram encerradas e toda a estrutura foi entregue à Prefeitura Municipal. A partir desta data o local passou a ser utilizado como Creche e Secretaria da Família.

Em 1995 até o momento, passou a ser sede da Secretaria da Família, Criança e Bem Estar

Social. Desenvolve ações pertinentes à secretaria e possui um programa sócio-educativo de apoio escolar em conjunto com a Secretaria da Educação. (Fonte: Entrevista).

Atrás do prédio da Secretaria da Família, Criança e Bem Estar Social existe uma área utilizada para receber e cuidar de cães de rua, entretanto não esta recebendo mais animais devido à superlotação.

Em frente ao prédio existe uma reserva de eucaliptos e um campo de futebol, utilizado somente por associados.

Infelizmente o restante da área não possui nenhum uso.

Imagens: Sede da Secretaria da Família, Criança e Bem Estar Social.

Fonte: Arquivo pessoal.

A área – Localização e características

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Imagem: Vista aérea da área.

Fonte: Google Earth, 2010.

A área – Localização e características

36

Por se tratar de um projeto que sediara a ACOMAR - Associação dos Coletores de Material Reciclável, deve-se tratar com cautela a questão do mau cheiro produzido pelo armazenamento dos materiais e demais empecilhos que o projeto possa ter.

Os ventos predominantes servem de apoio para se desenvolver a melhor distribuição do programa de necessidades no terreno.

Mapa: Direção dos ventos.

Fonte: Arquivo pessoal.

A topografia na área escolhida para implantação do projeto possui um desnível suave, com 15 metros de desnível em uma extensão de aproximadamente 420m, resultando em um desnível de aproximadamente 3,6%.

O que garante o escoamento das águas e não compromete a implantação do projeto evitando áreas muito íngremes para o passeio.

Mapa: Topografia.

Fonte: Arquivo pessoal.

A área – Localização e características

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A área – Entorno.

F

oi realizado um levantamento em um raio de 500m ao redor da área

escolhida para definir a predominância de seu entorno.

Mapa: Uso do solo.

Fonte: Arquivo pessoal.

A predominância no entorno do lote é residencial, entretanto este conta com

o Distrito Industrial, localizado quase em frente, áreas institucionais localizadas ao redor e com um bom número de áreas verdes, sendo a principal delas o Bosque Municipal, localizado ao lado da área escolhida.

Porém a situação real em que essas áreas verdes se encontram é lamentável. A maioria delas esta em péssimas condições de uso, devido ao abandono

do poder publico.

A área – Entorno

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Imagens: Atual situação do Bosque Municipal.

Fonte: Arquivo pessoal.

Mapa: Áreas verdes.

Fonte: Arquivo pessoal.

Os principais pontos de referência e áreas institucionais próximos à área, em um raio de 500 metros são: 1.

EMEIEF do CAIC “Professor Gilberto Dalla Vecchia” (Projeto arquitetônico de João Figueiras Lima); 2. Distrito industrial (69 Industrias) – Fonte: ACE (Associão Comercial e Empresarial de Batatais – SP) (Anexo 2).

3. Ambulatório de Saúde Mental “Dr. Alberto Gaspar Gomes”; 4. UPA (Unidade de Pronto Atendimento); 5. Escola SESI (Escola Integral – Ensino fundamental e médio); 6. APAE Batatais; 7. ETA “Professor José Olimpio da Freiria”; 8. Praça Dr. Ângelo Marcolini; 9. Secr. Municipal da Família, Criança e Bem Estar Social; 10. Conjunto Habitacional Prefeito Salim Jorge Mansur; 11.Escola Estadual “Professor Geraldo T. de Lima”.

12. Centro de Convivência do Idoso - "Elisa Cristalino Cardoso”; 13. Bosque Municipal – “Dr. Alberto Gaspar Gomes”; 14. ETEC Paula Sousa; 15. Igreja de Santo Antônio; 16. Sede do Tiro de Guerra e Junta do Serviço Militar; 17. Creche Menino Jesus; 18. Sociedade São Vicente de Paula; 19. Velório Municipal; 20. Cemitério.

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Imagens: Principais pontos no entorno.

Fonte: Arquivo pessoal

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Imagens: Principais pontos no entorno Fonte: Arquivo pessoal

Mapa: Localização das principais atividades no entorno da área.

Fonte: Arquivo pessoal.

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A área – Entorno

42

Para uma aproximação mais intensa com a real situação da área e seu entorno foi realizado um questionário com moradores dos bairros lindeiros à área.

Possui dois conjuntos habitacionais vizinhos, sendo o principal o Conjunto Habitacional Prefeito Salim Jorge Mansur, com 06 blocos, 192 apartamentos, com área aproximada de 42 m² cada, com média de 05 moradores por apartamento e um sistema de armazenamento de lixo precário. (Fonte: Secretria de Obras e Planejamento) Extremamente problemático, com condições de moradia desfavoráveis no que se refere á

estrutura predial, deterioração (por se tratar de uma construção sem qualidade), com umidade, mofo, falta de manutenção e com uma população desprovida de recursos informativos e materiais que favoreçam a condição de higiene e preservação do meio ambiente no condomínio.

“[…] O ambiente está integrado por processos, tanto de ordem física como social, dominados e excluídos pela racionalidade econômica dominante: a natureza superexplorada e a degradação sócio ambiental, a perda de diversidade biológica e cultural, a pobreza associada à destruição do patrimônio de recursos dos povos e a dissolução de suas identidades étnicas, a distribuição desigual dos custos ecológicos do crescimento e a deterioração da qualidade de vida.” (LEFF, 2000, p.159)

Imagens: Conjunto Habitacional Prefeito Salim Jorge Mansur.

Fonte: Arquivo pessoal.

O que se vê é uma realidade quase desumana de moradia, com acúmulo de lixo por todo o espaço de área comum, não há separação do lixo, as lixeiras comunitárias são insuficientes e inadequadas, tendo como consequência um acúmulo de lixo e reciclável, mau cheiro e a presença de animais peçonhentos que colocam em risco e comprometem a saúde dos moradores.

Somados e esses fatores, o tráfico de drogas, a exclusão social, a baixa estima dos moradores,

o risco de vulnerabilidade por conta do vandalismo, a carência de emprego, a falta de lazer e informações sobre seus direitos e deveres enquanto cidadãos e do impacto de suas ações contribuem para uma situação de vulnerabilidade e para deterioração do meio ambiente.

A cerca de nove meses, Carlos Henrique Cardoso da Silva, um morador do conjunto, iniciou o processo de coleta de material reciclado dentro do condomínio, porém, grande parte do material recolhido (90%) é retirado por ele diretamente das lixeiras. A coleta é feita três vezes na semana e é recolhido cerca de 200Kg de material/mês. (Fonte: Entrevista).

O condomínio foi o foco maior de entrevistados e como resultado obteve-se dados que demonstram que a população não conhece a política dos 3R’s (Reduzir, Recicla e Reutilizar), mas

se mostram interessados em aprender e foi unanime a aceitação da proposta da implantação do parque como forma de geração de renda, conhecimento, lazer, convívio e inclusão social.

A realidade dessa comunidade gera desconforto e insegurança para a população dos bairros que a confrontam.

Imagens: Armazenamento precário do lixo no Conjunto Habitacional Prefeito Salim Jorge Mansur.

Fonte: Arquivo pessoal.

A área – Entorno

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Por outro lado é uma região que já possui Escolas (da Educação Infantil, até Ensino Médio), Centro de Atenção ao Idoso, Unidade Básica de Saúde com programa de PSF, a Secretaria da Família Infância e Bem Estar, SESI e o Distrito Industrial.

Locais que podem exercer um papel importante como parceiros do projeto no sentido de

desenvolver ações e/ou disponibilizar espaço/tempo na própria instituição/empresa para a realização de ações de prevenção, educação para saúde e capacitação de agentes multiplicadores, com intuito de atingir um maior número de pessoas em uma faixa de idade mais ampla, com enfoque mais específico e direcionado para a necessidade de cada setor.

Da mesma forma, disponibilizar o espaço do parque para realização das atividades das

indústrias (lazer, entretenimento, ginástica laboral, campeonatos esportivos, palestras, cursos de capacitação, etc.), escolas (educação física, ciências, artes, biologia, feiras, exposições, socialização, inclusão, etc.), os idosos (ginástica, artesanato, cursos, passeios, etc.) e demais instituições do entorno e de todo município.

A ideia é que toda a área e funcionalidade do parque estejam diretamente ou indiretamente

inserida no contexto das demais instituições e setores do entorno funcionando como uma engrenagem.

Diante do exposto e analisando as necessidades e a condição sócio econômica cultural da maioria da população

que envolve o entorno da área em questão, conclui-se que a implantação do parque urbano como um espaço de convívio e aprendizado será de grande importância para atender a demanda de lazer e de áreas verdes e ainda beneficiar a inclusão social, geração de renda e problemas relacionados

diretamente com o lixo.

A área – Entorno

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Projetos de Referência.

Praça Victor Civita.

Espaço aberto da Sustentabilidade.

O projeto teve início em 2006, quando a Prefeitura de São Paulo e o Instituto Abril, assessorados por Levisky Arquitetos, firmaram uma parceria com o intuito de recuperar um terreno que abrigava o incinerador de lixo de Pinheiros e a atividade de coleta seletiva e que encontrava-se em profundo estado de degradação devido aos anos de acúmulo de resíduos tóxicos. As responsáveis pelo projeto foram as arquitetas

Adriana Levisky e Anna Julia Dietzsch.

A proposta das arquitetas foi de integrar a praça com a cidade; oferecer uma programação cultural gratuito de qualidade para diferentes públicos; desenvolver atividades de educação ambiental focadas prioritariamente em crianças e adolescentes, ser um espaço de lazer e ponto de encontro e tornar-se ser modelo para discussões

sobre sustentabilidade.

Para recuperar a área degradada as arquitetas utilizaram alternativas ecológicas e sustentáveis. Criaram decks de madeira elevando o piso e evitando o contato dos usuários com o solo. O que ao longo dos anos recupera o solo contaminado.

A revitalização da Praça Victor Civita reintera a importância da reciclagem não apenas de materiais, mas também de espaços degradados.

Um local degradado pelo mau uso pode tornar-se um espaço público de lazer e de reflexão sobre questões ambientais e grandes problemas urbanos.

Maquete eletrônica.

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/pr ojetodesign/arquitetura/adrian a-levisky-e-anna-juliadietzsch-praca-victor-12-052009

Projetos de Referência

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Imagens: Praça Victor Civita.

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/adriana-levisky-e-anna-julia-dietzschpraca-victor-12-05-2009

Absorveu-se deste projeto de referência o conceito de se desenvolver um projeto arquitetônico sustentável que conscientiza os usuários sobre determinado o assunto e demonstra os efeitos positivos que a arquitetura bem elabora pode gerar, revitalizando uma área degradada.

Casa da Bahia.

Projetada em 2010 pelo arquiteto Marcio Kogan (Studio MK27), na cidade de Salvador,

BH, a Casa da Bahia, possui uma área construída de 690 m² em um terreno de 2165 m².

Utilizando-se apenas de conhecimentos tradicionais e básicos a Casa da Bahia gera para seus moradores um enorme conforto ambiental.

A organização de planta e os materiais utilizados (Concreto, pedra e madeira) se deram pelo conforto climático, buscando torna-la fresca mesmo em um ambiente onde a temperatura

chega à mais de 40ºC .

A planta foi desenvolvida ao redor de um pátio central, onde encontra-se um jardim com duas enormes e belas mangueiras. Este pátio cria uma ventilação cruzada nos principais pontos da casa, que possuem grandes aberturas e fechamentos com painéis de madeira o que permite que o vento passe e a luz do sol seja filtrada, gerando um enorme conforto para o interior.

Planta Baixa.

Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-14317/casa-da-bahia-studio-mk27-marcio-kogan

Projetos de Referência

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Imagens: Nelson Kon Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-14317/casa-da-bahia-studio-mk27marcio-kogan

Absorveu-se deste projeto de referência o conceito de simplicidade na forma arquitetônica, porém extrema eficiência no assusto conforto térmico e a utilização de um tipo fechamento que se “esconde” e possibilita a criação de um amplo espaço único.

A proposta.

O

perfil do Parque Urbano visa à criação de um espaço público de lazer

multifacetado, com enfoque socioeducativo, saúde, inclusão e convívio social em uma área particularmente carente deste tipo de equipamento.

Possuirá programações esportivas, recreativas, culturais, educacionais e sociais.

As opções de lazer e recreação ao ar livre serão amplas, contando com área de caminhada, ciclovias, academia de ginástica ao ar livre, pista de skate, quadras poliesportivas, playground, campo de futebol e muita área verde.

Sediará a ACOMAR, armazenando de forma correta os materiais recicláveis coletados.

Antes mesmo de iniciar as atividades da associação, deverá ser realizado um trabalho intenso de divulgação e mobilização da comunidade sobre o assunto, as propostas e o funcionamento da associação. Materiais informativos, entrevistas, palestras, carros de som, mídia falada e escrita, serão algumas das estratégias utilizadas na divulgação.

As ações ambientais e operacionais devem interagir entre si e incluir também a população na busca de uma solução para o problema que envolve os resíduos sólidos.

No entorno da área escolhida para a implantação do Parque Urbano, limpeza urbana, emprego e qualidade de vida se fazem presentes como necessidades

básicas.

Focado no impacto gerado pela produção de lixo, faz-se necessária à busca de alternativas que facilitem a operacionalização do sistema e que, concomitantemente, atendam aos anseios da população em relação à limpeza urbana, emprego e a qualidade de vida.

Portanto, a proposta do projeto de criar um Parque Urbano contendo a sede da sede da ACOMAR visa mudar a imagem do bairro propondo a utilização de forma adequada de uma grande área verde ociosa em uma região residencial carente, principalmente no que diz respeito ao aspecto de saúde, lazer e geração de renda; propondo, planejando, coordenando e executando ações em educação para saúde, educação ambiental e programas socioeducativos de desenvolvimento social que traga

benefícios ecológicos, sociais e econômicos para melhor atender a população alvo; é mais do que uma ação de educação ambiental, pois representa uma oportunidade prática de

exercício de cidadania.

Este trabalho justifica-se pelos seguintes motivos:

a) Baixo custo de implementação da Associação dos Coletores de Material Reciclável. b) Trata-se de uma proposta com grande potencial de geração de trabalho e renda, combate à pobreza e promoção da inclusão social; c) Elevado impacto positivo da reciclagem de materiais nos âmbitos social, econômico e ambiental;

Como meta espera-se:

a) Promover a educação ambiental em todos os níveis e estimular a participação da comunidade, nos processos de planejamento e gestão ambiental, conservação, proteção, preservação, recuperação e restauração do meio ambiente; b) Colaborar com a redução da destinação inadequada do lixo doméstico que é produzido pela

comunidade; c) Elevar gradativamente esse índice a partir da conscientização e do envolvimento da população na cultura da reciclagem. d) Gerar emprego, inclusão social e qualidade de vida.

Possuirá também um grande ateliê onde se desenvolverá atividades, oficinas

e

cursos relacionados à política dos 3R’s (Reduzir, Reciclar e Reutilizar) e de preservação do meio ambiente, favorecendo a consciência ambiental principalmente em relação ao lixo.

A proposta

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“Os professores são a peça fundamental no processo de conscientização da sociedade dos problemas ambientais, pois, buscarão desenvolver em seus alunos hábitos e atitudes sadias de conservação ambiental e respeito à natureza transformando-os em cidadãos conscientes e comprometidos com o futuro do país.” (MUNHOZ, 2004, s/p).

O Ateliê terá entre suas metas, desenvolver as habilidades manuais e a criatividade voltadas para a confecção de produtos em vários segmentos para uso próprio ou como fonte de renda através de cursos, oficinas, exposições.

O espaço contará também com uma loja, onde serão expostos e vendidos os produtos confeccionados pelos associados e colaboradores.

A ideia é criar uma moeda de troca o que pretende incentivar toda a população a utilizar o espaço como forma de reaproveitamento/economia dos produtos em forma de barganha.

Cada vez que um morador levar os materiais recicláveis produzidos em sua casa, ou ainda roupas, móveis, brinquedos, etc., até o Posto de Entrega Voluntária, receberá em troca uma moeda fictícia, com a qual poderá adquirir qualquer tipo de produto disponível na loja.

Produtos que muitas vezes não possuem mais utilidade para algumas pessoas, mas

que ainda podem ser utei, também poderão ser trocados. A troca será feita conforme a tabela de preços estabelecida para cada produto. Dessa forma, por meio da reutilização de produtos se evita o consumo de mais recursos naturais, contribuindo para a sustentabilidade do planeta.

As oficinas oferecerão cursos de artesanato utilizando matéria prima reciclável, cursos sócio educativos e profissionalização.

Os objetivos são promover uma integração do público alvo da associação e demais moradores, reutilizar materiais coletados pela associação na confecção de novos materiais para utilização própria ou venda, incentivar a criatividade e o cooperativismo, despertar o interesse pela reutilização de lixo descartável, criar fonte de renda alternativa, favorecer a inclusão e convívio social, capacitar e formar agentes multiplicadores sobre a política dos 3 R’s

e sobre meio ambiente, minimizar os impactos ambientais causados pelo descarte equivocado e melhorar a qualidade de vida da população alvo.

As oficinas funcionarão de segunda á sexta das 08:00 as 22:00 horas e aos sábados das 08:00 as 17:00 horas. Sem custo. Os cursos terão carga horária específica para cada módulo.

Os cursos oferecidos serão divididos em no máximo 5 módulos, sendo 1 teórico e os demais práticos:

1º módulo - Teórico - Apresentação do projeto, de seu idealizador, os colaboradores e parceiros e o cronograma das atividades a serem desenvolvidas. Palestra sobre a política dos 3R’s – reduzir, reutilizar e reciclar e sua importância para vida diária e para o meio ambiente.

2º / 5º módulo - Prática – Confecção de produtos a partir de materiais recicláveis.

Diariamente serão oferecidos pequenos cursos (Oficinas de reutilização) com carga

horária total de 04 horas. Distribuídos durante o mês e informados á população através de um cronograma pré-determinado.

Algumas sugestões de oficinas são caixas multiuso, cestas de papel, confecção de vassouras com garrafa pet, brinquedos com Pet e papelão, lembranças de aniversário e objetos de decoração. Algumas sugestões de cursos são: Móveis feitos de garrafa pet , móveis feitos de

papelão, profissionalização dos catadores, móveis feitos com Bobinas de madeira e papelão, pallet.

Tendo com público alvo a comunidade em geral.

Os produtos produzidos poderão ser comercializados no próprio espaço do atelier em sala própria que funcionará como loja. O valor adquirido destina-se 30% para o artesão e 70% investidos para aquisição de novos materiais e manutenção (logística).

Além dos cursos o espaço oferecerá, outros eventos como shows, palestras, espaços de convívio, dança, etc.

A proposta de trabalho no que se refere a recurso financeiro para concretização da proposta em questão, baseia-se em parcerias com setor público e terceiro setor para aquisição de subsidio financeiro e serviços voluntários.

Imagens: Exemplos de produtos que poderão ser produzidos nas oficinas a partir de materiais recicláveis.

Fonte: Internet.

A proposta

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O mobiliário (Bancos, mesas de jogos e descanso e lixeira) será distribuído em pontos estratégicos e construído a base de materiais recicláveis o que dará charme e

identidade sustentável ao espaço.

Imagens: Exemplos de mobiliários que poderão ser produzidos nas oficinas a partir de materiais recicláveis e distribuídos pelo parque.

Fonte: Internet.

A sinalização (identidade visual) será criada e distribuída em pontos estratégicos para informar e facilitar a localização dos pontos de referência e equipamentos do parque.

O projeto pretende aliar a preservação do meio-ambiente, a uma nova opção

econômica e educativa e desta forma melhorar a qualidade de vida da população inerente á área de abrangência.

Programa de Necessidades.

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O

programa de necessidades ficou definido da seguinte forma:

1º Equipamento - Galpão de armazenamento de materiais RECICLÁVEIS. Contendo: Acesso para veículos; Área de carga e descarga; Espaço de triagem Separando os tipos de materiais recicláveis coletados e os materiais que poderão ser reutilizados (este material reutilizável será estocado em um segundo galpão) ; Área

para prensas; Área de lavagem; Baias de armazenamento dos materiais (Plástico, Papel, Papelão, Vidro, Alumínio, etc.); Eixos de circulação para Empilhadeiras; Espaço para guardar os carros de mão utilizados para a coleta; Banheiros e vestiários

2º Equipamento - Galpão de armazenamento de materiais REUTILIZÁVEIS.

Contendo: Área de carga e descarga; Espaço de triagem - Separando os tipos de materiais recicláveis coletados e os materiais que poderão ser reutilizados (este material reutilizável será estocado em um segundo galpão); Área de lavagem; Área de secagem; Baias de armazenamento dos materiais reutilizáveis (Plástico, Papel, Papelão, Vidro, Alumínio, etc.); e eixos de circulação.

3º Equipamento - Ateliê. – Contendo: Amplo espaço para as oficinas e banheiros;

4º Equipamento – Loja.

Contendo: Sala administrativa; Banheiro; e espaço para venda e troca dos produtos confeccionados.

5º Equipamento – Praça.

6º Equipamento – Playground.

7º Equipamento – Quadras poliesportivas.

8º Equipamento – Academia ao ar livre.

9º Equipamento – Pista de skate 10º Equipamento – Ciclovias; 11º Equipamento – Espaços de caminhada.

O Projeto.

Proposta Inicial.

A estruturação geral do Parque Urbano inspirou-se nas paisagens naturais existentes in loco, preservando espécies vegetais nativas existentes, assegurando a qualidade da paisagem e do bioma da área.

Por localizar-se entre dois Conjuntos Habitacionais a área é muito utilizada por pedestres e ciclistas, que buscando encurtar o caminho entre os bairros, criaram

eixos de caminhada. Que podem ser melhor visualizados na imagem abaixo.

Imagem: Vista aérea da área.

Fonte: Google Earth, 2010

Esses eixos existentes na área tornaram-se a DIRETRIZ do projeto, definindo os espaços e quadras que irão compor o Parque. Dessa forma não se perdeu a característica já existente, com a qual a população do entorno já esta acostumada.

Buscando distribuir da melhor maneira o programa de necessidades alguns

croquis foram desenvolvidos, levando em conta as características da área, como topografia, vias de fácil acesso, confrontações, etc.

O Projeto

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Imagens: Croqui de estudo.

Fonte: Arquivo pessoal.

A via de acesso existente foi ampliada e criou-se um acesso para automóveis até o segundo prédio existente na área, localizado atrás do prédio onde funciona a Secretária da da

Família, Criança e Bem Estar Social..

O acesso aos galpões de armazenamento será realizado pela Rua Coronel Ovídio, uma via coletora, localiza entre a área e o Bosque Municipal.

Ao redor dos galpões foi realizado um projeto paisagístico resguardando os outros ambientes de possível mau cheiro gerado pelo lixo armazenado.

Essa extensão da via existente possibilitou a implantação das quadras poliesportivas na parte superior da área, ao lado da Secretaria da Família, Criança e Bem Estar Social.

Imagem: Implantação – Sem escala – 1ª Proposta.

Fonte: Arquivo pessoal.

Segunda Proposta.

Após a inserção de parte dos equipamentos, notou-se que as áreas distribuídas na proposta inicial estavam com dimensões incompatíveis com a realidade.

Foi necessária uma nova distribuição, buscando entretanto, não alterar drasticamente o sentido dos eixos de caminhada, já definidos, mantendo desta forma a característica existente no local.

Primeiramente alterou-se a localização das quadras poliesportivas, que tiveram sua localização inicial substituída pelos novos quarteirões do bairro Ouro Verde.

Nota-se na imagem abaixo que a completa elaboração deste quarteirão residencial existente (Rosa), foi interrompida pela área do parque (Vermelho) e havendo a possibilidade, realizou-se a continuidade deste quarteirão, e um segundo foi criado (Amarelo).

A continuação do quarteirão residencial e a abertura do novo geraram por consequência a continuidade da via existente (Verde) e possibilitaram ainda a abertura de outras duas novas vias (Azul).

Imagem: Implantação - Sem escala – 2ª Proposta.

Fonte: Arquivo pessoal.

O Projeto

60

Essa nova via localizada entre os dois novos quarteirões residenciais possibilitou que fosse criado um segundo acesso ao parque urbano.

Com a criação deste segundo acesso passou a ser necessária a implantação de alguns estacionamentos, um foi colocado atrás da Secretaria da Família, Criança e Bem Estar

Social, destinado para o uso dos visitantes do parque e o outro ao lado do campo de futebol, onde na primeira proposta ficava o acesso do galpão de armazenamento de material reciclável.

Imagens: Implantação – Sem escala e Vista do acesso principal – 2ª Proposta.

Fonte: Arquivo pessoal.

O Projeto

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O acesso ao galpão de armazenamento de material reciclável passou a ser feito pela Avenida Moacir Dias de Morais, criando uma rua marginal ao Conjunto Habitacional Prefeito Salim

Jorge Mansur.

A área destinada a ACOMAR passou a ter um galpão de armazenagem, um de triagem e uma sede administrativa.

Imagens: Implantação - Sem escala e Vista dos galpões – 2ª Proposta.

Fonte: Arquivo pessoal.

Assim como o quarteirão residencial a praça existente na esquina foi ampliada e incorporada ao projeto do parque, servindo de apoio para as áreas de atividades esportivas, localizadas próximas a ela.

A pista de skate foi implantada entre a extensão da praça existente e o prédio existente, utilizado atualmente para receber e cuidar de cães de rua.

Imagens: Implantação - Sem escala – 2ª Proposta.

Fonte: Arquivo pessoal.

A área destinada na primeira proposta para as quadras, foi ocupada com a ampliação dos quarteirões, portanto tiveram de ser relocadas. A nova área de implantação fica localizada ao lado direito do prédio existente, utilizado atualmente para receber e cuidar de cães de rua.

Desta forma criou-se na área central do parque um eixo de áreas para praticas esportivas, o que atrai o publico e o coloca em maior contato com os prédios existentes e com a

ACOMAR, favorecendo possíveis adoções de animais e a conscientização e acompanhamento do trabalho executado nestes ambientes. A intenção é que este contato aumente o interesse dos usuários quanto a importância da reciclagem e do reaproveitamento.

O Projeto

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Imagens: Perspectiva – 2ª Proposta.

Fonte: Arquivo pessoal.

Abaixo das quadras estão as áreas destinadas aos Ateliê e ao lado as áreas destinadas ao parque ciclo viário e de caminhada, ainda em processo de elaboração.

Pensando-se nas características arquitetônicas da edificação destinada ao Ateliê, foram feitos alguns croquis, a intenção é criar um espaço com estrutura leve, com fechamentos móveis

que possam garantir a amplitude de espaço, assim como a casa do projeto de referencia.

Uma laje única, apoiada em paredes estruturais, possuindo como fechamento brises de bambu que se deslocam, eliminando este fechamento quando ele não for necessário.

Imagem: Croqui.

Fonte: Arquivo pessoal.

Proposta Final.

Todo o programa de necessidades imposto foi inserido adequadamente na área da melhor maneira possível, não apenas levando em conta somente as características físicas do lote, mas também o conforto, a segurança, a qualidade, a conscientização e o visual que a sua implantação ira gerar aos usuários e ao entorno.

Propositalmente definiu-se um eixo central esportivo, com academia ao ar livre, pista de skate, quadras poliesportivas e um playground, rodeado por um lado pelo espaço voltado para caminhada e ciclo viário e do outro lado pela Secretaria da Família, Criança e Bem Estar Social, a Sede da ACOMAR, o Ateliê e a praça.

Imagens: Implantação – Sem escala - Proposta Final Fonte: Arquivo pessoal.

Este eixo central esportivo tem como objetivo atrair um grande numero de usuários, de todas as faixas etárias, pois possui atividades para todas as idades e desta maneira colocar este publico em contato com o as áreas educativas do programa de necessidades.

Retomou-se a ideia inicial de acesso para a ACOMAR, que voltou a ser realizado

pela Rua Coronel Ovídio, uma via coletora, localiza entre a área e o Bosque Municipal. Isso ocorreu pelo fato da nova distribuição dos galpões consumir área e impossibilitar o tráfego de caminhões para carga e descarga dentro da área da ACOMAR. O antigo acesso, feito pela Avenida Moacir Dias de Morais passou a ser uma área de estacionamento, por se tratar de uma avenida

de grande fluxo facilitando o acesso dos

usuários.

Após estudos e estudos chegou-se ao resultado final, “O Parque Urbano – Sede da Associação dos Catadores de Material Reciclado”.

Imagens: Implantação – Sem escala - Proposta Final Fonte: Arquivo pessoal.

O Projeto

66

9

8

10

1

7

6

3

4

5

2

Distribuição do programa:

1. Galpão de armazenamento de materiais RECICLÁVEIS.

2. Galpão de armazenamento de materiais REUTILIZÁVEIS.

3. Ateliê.

4. Loja.

5. Praça.

6. Playground.

7. Quadras poliesportivas.

8. Academia ao ar livre.

9. Pista de skate.

10. Espaço ciclo viário e de caminhada.

O Projeto

68

Perspectivas, plantas e cortes.

72

Imagem: Perspectiva 1 – Vista geral da årea.

Fonte:Arquivo pessoal.

Perspectivas, plantas e cortes.

74

Imagem: Perspectiva 2 – Vista do playground. Ao fundo Loja e Ateliê.

Fonte:Arquivo pessoal.

Plantas, Cortes e Perspectivas

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Imagem: Perspectiva 3 – Vista da loja e Ateliê.

Fonte:Arquivo pessoal.

Perspectivas, plantas e cortes.

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Imagem: Perspectiva 4 – Vista da loja e Ateliê. Ao fundo Quadras Poliesportivas.

Fonte:Arquivo pessoal.

Perspectivas, plantas e cortes.

80

Imagem: Perspectiva 5 – Vista dos Galpþes.

Fonte:Arquivo pessoal.

Perspectivas, plantas e cortes.

82

Imagem: Perspectiva 6 – Vista dos acessos aos Galpþes.

Fonte:Arquivo pessoal.

Perspectivas, plantas e cortes.

84

Imagem: Perspectiva 7 – Vista das áreas de carga e descarga dos Galpões.

Fonte:Arquivo pessoal.

Perspectivas, plantas e cortes.

86

Imagem: Perspectiva 8 – Vista da Academia ao ar livre e pista de Skate.

Ao fundo prédio existente no lote, utilizado como abrigo para cães de rua.

Fonte:Arquivo pessoal.

Perspectivas, plantas e cortes.

88

Imagem: Perspectiva 9 – Vista da Pista de Skate. Ao fundo prédio da Secretaria da Família, Criança e Bem Estar Social e prédio utilizado como abrigo para cães de rua, existentes no lote.

Fonte:Arquivo pessoal.

Perspectivas, plantas e cortes.

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Imagem: Perspectiva 10 – Vista das Quadras Poliesportivas.

Ao fundo Galpão de Armazenamento de material reciclável.

Fonte:Arquivo pessoal.

C

onsiderando o espaço físico escolhido que se refere a uma grande área

verde em ociosidade funcional, a realidade sócio, cultural e econômica da população no entorno, que se caracteriza pela escassez de recursos econômicos, desprovidos de espaços de lazer e entretenimento, das condições de higiene e saúde e o impacto que a união desses fatores ocasiona na população e no meio ambiente, e ainda,

considerando as possibilidades favoráveis quanto à localização e as possibilidades de parceria e trabalho em rede.

Considerando que o Parque Urbano tem um propósito que contempla assumir uma função utilitária e de equilíbrio que possibilita minimizar os efeitos nocivos de todo o progresso urbano com a revitalização do espaço e do estresse humano,

através de atividades físicas , de lazer e entretenimento e ainda propicia condições de desenvolvimento cultural, físico, educacional, estético da área do entorno, contribuindo diretamente na qualidade de vida.

Considerando que integrado ao parque urbano será implantada a associação de coletores de material reciclável, que tem como princípio gerar emprego,

colaborar com a limpeza do município, favorecer a inclusão social.

Considerando que concomitante a todo o processo será desenvolvido um trabalho sócio educativo, inserindo nessa comunidade uma consciência sobre a importância. da preservação do meio ambiente, da redução, da reutilização e da reciclagem do lixo produzido, do impacto dessas ações na qualidade de vida do ser

humano e do planeta.

Conclui-se que a implantação do parque urbano como um espaço de preservação ambiental, de convívio social e aprendizado será de grande importância para atender a demanda de lazer e de áreas verdes fornecendo benefícios ecológicos, sociais e econômicos, intervindo diretamente na qualidade de vida da comunidade, na

inclusão social e preservação do meio ambiente.

Mais do que uma ação de educação ambiental, a presente proposta representa uma oportunidade prática de exercício de cidadania.

Considerações Finais.

Considerações Finais.

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REFERÊNCIAS

CARVALHO, Isabel C. M. – Educação Ambiental. A Formação do Sujeito Ecológico.

CONCEIÇÃO, Márcio Magera; SILVA, Orlando R. – A Reciclagem dos Resíduos Sólidos Urbanos e o uso das Cooperativas de Reciclagem - Uma alternativa aos problemas do Meio Ambiente. FACCAMP – Faculdade de Campo Limpo Paulista, SP - Centro Científico Conhecer - Enciclopédia Biosfera, Goiânia, vol.5, n.8, 2009.

Constituição Federal da República Federativa do Brasil de 1988, Art. 225 - Do Meio Ambiente.

COSTA, C. S. – Áreas Verdes: um elemento chave para a sustentabilidade urbana. A abordagem do Projeto GreenKeys. Vitruvius, Nov 2010. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.126/3672>.

DIAS, Genebaldo Freire. – Educação Ambiental - Princípios e Práticas. Gaia Editora

FOLADORI, Guilhermo. (2001). – Limites do desenvolvimento sustentável. SP. Unicamp.

GREENPEACE. – Chega de poluição!.

LEFF, Enrique. (2001). – Epistemologia ambiental. SP. Cortez.

LEI nº 7.797/89 – Institui o Fundo Nacional de Meio Ambiente.

MACEDO, S. S e SAKATA F.G. - Parques Urbanos no Brasil - São Paulo. Edusp. 2003.

MUNHOZ, Tânia. – Desenvolvimento sustentável e educação ambiental.

PAIVA, H. N.; GONÇALVES, W. – Florestas urbanas: planejamento para melhoria da qualidade de vida, v.2. 2 ed. Viçosa, MG: Aprenda fácil, 2002.

FONTES DE DADOS

ACE – Associação Comercial e Empresarial de Batatais;

ACOMAR – Associação dos Catadores de Material Reciclável de Batatais, SP; AF Sucatas;

Biblioteca Municipal de Batatais; IBGE;

Galego Sucata; Secretaria da Família, Criança e Ação Social de Batatais;

Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Batatais; Secretaria Municipal de Obras e Planejamento de Batatais; Secretaria do Turismo e Patrimônio de Batatais.

DOCUMENTOS REFERÊNCIA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Lei que institui a Política Nacional de Educação Ambiental; Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global: Comitê Interministerial de Inclusão Social dos Catadores de Materiais Recicláveis.Coleta Seletiva Solidária.