Filósofos pré-socráticos

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FILOSOFIA ANTIGA FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS Resumo Período naturalista/pré-socrático (séc. VII-V a.C.) “O interesse filosófico é voltado para o mundo da natureza.”

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Arlindo Nascimento Rocha Graduado em Filosofia pela UNICV


PERÍODO NATURALISTA OU PRÉ-SOCRÁTICO •

O primeiro período do pensamento grego toma a denominação de NATURALSTA, porque a especulação dos filósofos era voltada para o mundo exterior, julgando-se encontrar aí também o princípio unitário de todas as coisas;

Tem a denominação de período PRÉ -SOCRÁTICO, porque antecede Sócrates e os sofistas, que marcam uma mudança e um desenvolvimento e, por conseguinte, o começo de um novo período na história do pensamento grego.

Esse primeiro período tem início no alvor do VI século a.C., e termina dois séculos depois, mais ou menos, nos fins do século V.

ARLINDO NASCIMENTO ROCHA

13/01/2014

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SURGIMENTO •

Surge e floresce nas prósperas colônias gregas da Ásia Menor, do Egeu (Jônia) e da Itália meridional e da Sicília, favorecido sem dúvida na sua obra crítica e especulativa pelas liberdades democráticas e pelo bem-estar econômico.

Os filósofos deste período preocuparam-se quase exclusivamente com os problemas cosmológicos.

Estudar o mundo exterior nos elementos que o constituem, na sua origem e nas contínuas mudanças a que está sujeito, é a grande questão que dá a este período seu caráter de unidade.

Os filósofos que floresceram são divididas em quatro escolas: • Escola Jônica; a mais antiga, redividida, em fases, - escola jônica antiga, escola jônica nova, a que se acrescentam os seus epígonos; • Escola Itálica ou pitagórica, no Ocidente; •

Escola Eleática, também no Ocidente;

• Escola Atomística na Grécia continental. A divisão pelos autores é importante na filosofia pré-socrática, por causa do caráter fragmentário das informações e dúvida sobre muitas de suas ideias.

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OS FILÓSOFOS TALES DE MILETO (624-548 A.C.) "ÁGUA" •

Tales de Mileto, é considerado o fundador da escola jônica. É o mais antigo filósofo grego. Tales não deixou nada escrito, mas sabemos que ele ensinava ser a ÁGUA a substância única de todas as coisas.

A terra era concebida como um disco boiando sobre a água, no oceano. Cultivou também as matemáticas e a astronomia, predizendo, pela primeira vez, entre os gregos, os eclipses do sol e da lua.

No astronomia, fez estudos sobre solstícios a fim de elaborar um calendário, e examinou o movimento dos astros para orientar a navegação. Do do seu pensamento só restam interpretações formuladas por outros filósofos que lhe atribuíram uma ideia básica: • Tudo se origina da água. Segundo Tales, a água, ao se resfriar, torna-se densa e dá origem à terra; ao se aquecer transforma-se em vapor e ar, que retornam como chuva quando novamente esfriados. Desse ciclo de seu movimento (vapor, chuva, rio, mar, terra) nascem as diversas formas de vida, vegetal e animal.

A cosmologia de Tales pode ser resumida nas seguintes proposições: A terra flutua sobre a água; A água é a causa material de todas as coisas. Todas as coisas estão cheias de deuses. O imã possui vida, pois atrai o ferro.

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ANAXIMANDRO DE MILETO (611-547 A.C.) "ÁPEIRON •

Anaximandro de Mileto, geógrafo, matemático, astrônomo e político, discípulo e sucessor de Tales e autor de um tratado Da Natureza, põe como princípio universal uma substância indefinida, o ápeiron (ilimitado), isto é, quantitativamente infinita e qualitativamente indeterminada.

Deste ápeiron (ilimitado) primitivo, dotado de vida e imortalidade, por um processo de separação ou "segregação" derivam os diferentes corpos. Supõe também a geração espontânea dos seres vivos e a transformação dos peixes em homens.

Ele imagina a terra como um disco suspenso no ar. Eterno, o ápeiron está em constante movimento, e disto resulta uma série de pares opostos - água e fogo, frio e calor, etc. - que constituem o mundo.

O ápeiron é algo abstrato, que não se fixa diretamente em nenhum elemento palpável da natureza. Com essa concepção, Anaximandro prossegue na mesma via de Tales, porém dando um passo a mais na direção da independência do "princípio" em relação às coisas particulares. Para ele, o princípio da "physis" (natureza) é o ápeiron (ilimitado).

Atribui-se a Anaximandro a confecção de um mapa do mundo habitado, a introdução na Grécia do uso do gnômon (relógio de sol) e a medição das distâncias entre as estrelas e o cálculo de sua magnitude (iniciador da astronomia grega).. Anaximandro julga que o elemento primordial seria o indeterminado (ápeiron), infinito e em movimento perpétuo.

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ANAXÍMENES DE MILETO (588-524 A.C.) "AR" •

Segundo ANAXIMENES, a arkhé (origem) que comanda o mundo é o AR, um elemento não tão abstrato como o ÁPERIRON (Anaximandro) nem palpável demais como a ÁGUA (Talles).

Tudo provém do ar, através de seus movimentos:

O ar é respiração e é vida; o fogo é o ar rarefeito; a água, a terra, a pedra são formas cada vez mais condensadas do ar.

As diversas coisas que existem, mesmo apresentando qualidades diferentes entre si, reduzem-se a variações quantitativas (mais raro, mais denso) desse único elemento. Atribuindo vida à matéria e identificando a divindade com o elemento primitivo gerador dos seres, os antigos jônios professavam o hilozoísmo (matéria dotada de vida) e o panteísmo (Deus e universo, são a mesma coisa) naturalista.

Dedicou-se especialmente à meteorologia e foi o primeiro a afirmar que a Lua recebe sua luz do Sol. Anaxímenes julga que o elemento primordial das coisas é o ar.

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HERÁCLITO DE ÉFESO •

Heráclito nasceu em Éfeso, cidade da Jônia. Seu caráter altivo, misantrópico (viver isolado) e melancólico (tisteza) ficou proverbial em toda a Antiguidade.

Desprezava a plebe (povo) e recusou-se sempre a intervir na política. Manifestou desprezo pelos antigos poetas, contra os filósofos de seu tempo e até contra a religião. Sem ter sido mestre, Heráclito escreveu um livro Sobre a Natureza, em prosa, no dialeto jônico, mas de forma tão concisa que recebeu o cognome de Skoteinós, o Obscuro.

Floresceu em 504-500 a.C. - Heráclito é por muitos considerados o mais eminente pensador pré-socrático, por formular com vigor o problema da unidade permanente do ser diante da pluralidade e mutabilidade das coisas particulares e transitórias.

Estabeleceu a existência de uma lei universal e fixa (o Lógos), regedora de todos os acontecimentos particulares e fundamento da harmonia universal, harmonia feita de tensões, "como a do arco e da lira".

Suas filosofias eram: •

A. Dialética exterior, um raciocinar de cá para lá e não a alma da coisa dissolvendo-se a si mesma;

B. Dialética imanente do objeto, situando-se, porém, na contemplação do sujeito;

C. Objetividade de Heráclito, isto é, compreender a própria dialética como princípio.

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PITÁGORAS DE SAMOS 571-70 A.C •

Pitágoras, o fundador da escola pitagórica, nasceu em Samos pelos. Em 532-31 fundou em Crotona, colônia grega, uma associação científico-ético-política, que foi o centro de irradiação da escola e encontrou partidários entre os gregos da Itália meridional e da Sicília.

Pitágoras aspirava fazer com que a educação ética da escola se ampliasse e se tornasse reforma política; isto, porém, levantou oposições contra ele e foi constrangido a deixar Crotona, mudando-se para Metaponto, aí morrendo provavelmente em 497-96 a.C.

Segundo o pitagorismo, a essência, o princípio essencial de que são compostas todas as coisas, é o número, ou seja, as relações matemáticas. Os pitagóricos, não distinguindo ainda bem forma, lei e matéria, substância das coisas, consideraram o número como sendo a união de um e outro elemento.

Da racional concepção de que tudo é regulado segundo relações numéricas, passa-se à visão fantástica de que o número seja a essência das coisas. A doutrina e a vida de Pitágoras, desde os tempos da antiguidade, jaz envolta num véu de mistério.

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A força mística do grande filósofo e reformador religioso, há 2.600 anos vem, poderosamente, influindo no pensamento Ocidental. Dentre as religiões de mistérios, de caráter iniciático, a doutrina pitagórica foi a que mais se difundiu na antiguidade.

Não consideramos apenas lenda o que se escreveu sobre essa vida maravilhosa, porque há, nessas descrições, sem dúvida, muito de histórico do que é fruto da imaginação e da cooperação ficcional dos que se dedicaram a descrever a vida do famoso filósofo de Samos.

O fato de negar-se, peremptoriamente, a historicidade de Pitágoras (como alguns o fazem), por não se ter às mãos documentação bastante, não impede que seja o pitagorismo uma realidade empolgante na história da filosofia, cuja influência atravessa os séculos até nossos dias.

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ZENÃO DE ELÉIA 464/461 A.C. •

Zenão floresceu cerca de 464/461 a.C. Nasceu em Eléia (Itália). Ao contrário de Heráclito, interveio na política, dando leis à sua pátria. Tendo conspirado contra a tirania e o tirano (Nearco), acabou preso, torturado e, por não revelar o nome dos comparsas, perdeu a vida.

Escreveu várias obras em prosa: •

Discussões, Contra os Físicos, Sobre a Natureza, Explicação Crítica de Empédocles. - Considerado criador da dialética (entendida como argumentação combativa ou erística),

Zenão erigiu-se em defensor de seu mestre, Parmênides, contra as críticas dos adversários, principalmente os pitagóricos. Defendeu o ser uno, contínuo e indivisível de Parmênides contra o ser múltiplo, descontínuo e divisível dos pitagóricos.

A característica de Zenão é a dialética. Ele é o mestre da Escola Eleática; nela seu puro pensamento torna-se o movimento do conceito em si mesmo, a alma pura da ciência - é o iniciador da dialética.

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DEMÓCRITO DE ABDERA •

De sua vida sabemos poucas coisas seguras, mas muitas lendas. Viagens extraordinárias, a ruína material, as honras que recebeu de seus concidadãos, sua solidão, seu grande poder de trabalho. Uma tradição tardia afirma que ele ria de tudo. . .

Demócrito e Leucipo partem do eleatismo. Mas o ponto de partida de Demócrito é acreditar na realidade do movimento porque o pensamento é um movimento. Esse é seu ponto de ataque: o movimento existe porque eu penso e o pensamento tem realidade. Mas se há movimento deve haver um espaço vazio, o que equivale a dizer que o não-ser é tão real quanto o ser. Se o espaço é absolutamente pleno, não pode haver movimento.

São características de seu pensamento:

Gosto pela ciência. Viagens. Clareza. Aversão ao bizarro. Simplicidade do método. Arrojo poético (poesia do atomismo). Sentimento de um progresso poderoso. Fé absoluta em seu sistema.

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O Mal excluído de seu sistema. Paz de espírito, resultado do estudo cientifico. Pitágoras. Inquietações míticas: racionalismo. Inquietações morais: ascetismo. Inquietações políticas: quietismo. Inquietações conjugais: adoção de filhos.

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CONCLUSÃO •

Após termos estudado o tema abordado neste trabalho, vimos que os filósofos pré-socráticos foram de extrema importância para o desenvolvimento do pensamento ao longo dos anos. Foram esses que iniciaram o estudo de uma das ciências mais importantes, a ciência das ciências: a Matemática.

O nascimento da filosofia é marcado pela passagem da cosmogonia para a cosmologia. Do caos surge o cosmos, a partir da geração dos deuses, identificamos as forças na natureza.

Eles foram os primeiros filósofos a serem originais. A filosofia não é um progresso, mas uma busca do Ser, em que não há aperfeiçoamento como ocorre na ciência e na tecnologia.

Os Pré-socráticos enunciam interpretações dos cosmos e de sua relação com o ser humano. Eles tratavam de ir em busca da verdade em um único ponto, descobrir o ponto culminante de tudo o que existe. Todos tinham em comum as transformações e movimentos na natureza.

Seus objetivos eram tão simplesmente perguntar sobre o surgimento das verdades do mundo, De onde vem? Para onde vão?, as grandes transformações, era voltada para a pergunta: “Como era possível acontecer tais transformações?”

Todos acreditavam que existiam um motor propulsor que impulsionava todas as coisas e que todas problemática para se explicar o princípio de tudo estava voltada para a natureza. E que tudo partia de uma substância básica, tudo tinha um princípio....

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FONTES DE PESQUISA •

http://www.coladaweb.com/filosofia/filosofos-pre-socraticos

http://www.templodeapolo.net/civilizacoes/grecia/filosofia/presocraticos/filosofia_presocrat icos.html

https://sites.google.com/site/filofolio/filosofia-pre-socratica

http://portalveritas.blogspot.com.br/2009/07/pre-socraticos-introducao.html

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