1|8
CEVIC CENTRO E DU CA CI O NA L DE V I D A I N D E P E N D E N T E P A R A C E G O S
O intuito desse trabalho foi desenvolver o projeto de uma instituição para deficientes visuais que visa contribuir com a habilitação e reabilitação dessas pessoas. Para isso, buscou-se entender os principais aspectos do universo relacionado a eles. A pesquisa revelou, entre outras coisas, que o órgão da visão tem um amplo espectro de possibilidades, que vai desde a visão total até a cegueira total. Em razão disso, dentro do campo da deficiencia visual, existem 2 grupos: VISÃO SUBNORMAL OU BAIXA VISÃO – Quando o indivíduo tem uma redução significante no campo visual e da sensibilidade de contrastes. O espectro visual de cada pessoa é único podendo contar, as vezes, com o resíduo visual que ainda lhe resta. Algumas pessoas conseguem ler textos com letras muito grandes ou até identificar o contraste entre cores. CEGUEIRA – É a ausência ou perda total da visão em ambos os olhos mesmo com o uso de lentes de correção. Nesse caso a pessoa precisa aprender o braile, a usar a bengala para locomoção e outros artifícios que não dependam da visão. Ainda em relação a cegueira, ela pode ser considerada congênita, quando a deficiência se manifesta até 5 anos de idade e posterior a isso é chamada de adquirida.
Durante os estudos, descobriu-se que para cada fase da vida de um deficiente visual, ele encontra desafios próprios causados pela falta de visão. Porém o impacto da deficiência sobre o desenvolvimento individual e psicológico varia muito entre os indivíduos. Depende da idade em que ocorre, do grau da deficiência, da dinâmica familiar, das intervenções que foram tentadas, da personalidade da pessoa, enfim, uma infinidade de fatores. Assim sendo o aprendizado e autonomia do deficiente visual muito tem a ver com as experiências vividas durante sua vida. A criação desse tipo de equipamento público se mostra necessário a medida que analisamos dados sobre o aumento da cegueira. Em 2009, existiam no mundo 180 milhões de deficientes visuais (SENA, 2009) e ao passar dos anos esse número subiu sendo, em 2014, por exemplo, 285 milhões, sendo 39 milhões totalmente cegas e 246 milhões com baixa visão (MUSSI, ROMANINI, et al., 2016). No Brasil, em 2010 (IBGE, 2010), haviam mais de 190 milhões de habitantes e 18,76% dessas pessoas declararam ter dificuldade de enxergar, mesmo com óculos ou lentes de contato.
No geral as pessoas que nascem ou se tornam cegas nos seus primeiros anos de vida, terão dificuldade de aprendizado para entender o que são as cores ou para imaginar coisas que não se pode tocar, cheirar ou ouvir, pois terão somente a descrição das outras pessoas como base.
ENTRADA DA INSTITUIÇÃO
Entre os motivos desse aumento estão fatores como o crescimento populacional mundial, o aumento da expectativa de vida e o avanço tecnológico que permite maior sobrevivência de bebês prematuros.
ADOLESCÊNCIA
Quando se tem baixa visão ou ficou cego após alguns anos, muitas vezes as pessoas conseguem manter memórias visuais e entender mais facilmente coisas abstratas, via de regra suas dificuldades, vão se resumir em como se adaptar a nova forma de viver.
7 - 11 ANOS
ESTUDO E ALFABETIZAÇÃO A principal atividade da criança consiste em estudar porém o material braille não é tão atraente ao tato como os livros coloridos são para a visão. O alfabetizador precisa conhecer o aluno para incentiva-lo da melhor maneira.
DESAFIOS NA VIDA DE UM DEFICIENTE VISUAL 0 - 3 ANOS
CONVERSAR E ACARICIAR Não reage a estímulos visuais, por isso tem preferência por pessoas à objetos. Importante desenvolver atividades variadas de estimulação, principalmente dos outros sentidos para despertar o desejo de conhecer e aprender.
EsquemaEsquema de proporção de proporção de cegueira de cegueira nos anos nos 90, anos segundo 90, segundo a causa easua causa e sua “possibilidade “possibilidade de ser evitada” de ser evitada”
4 - 6 ANOS
AUTONOMIA E CURIOSIDADE Está se encaminhando para a autonomia e por isso propiciar atividades lúdicas e em grupos ajudará a construir conceitos e utilizar formas de expressão que serão fundamentais no futuro aprendizado da leitura e da escrita.
SEXUALIDADE E PROFISSÃO Fase de descobertas da sexualidade e escolha de sua carreira. A família deve evitar a superproteção e dar oportunidade de expor abertamente suas dúvidas e receber respostas verdadeiras.
VIDA ADULTA
EMPREGO E FAMÍLIA Existe grande responsabilidade em prover sustento próprio e o da família. Quando a cegueira é adquirida nessa idade as perdas não se resumem ao prejuízo da visão, por isso o acompanhamento especializado e a capacitação profissional são importantes.
Proporção de proporção cegueira nos anos 90, Esquema de de cegueira 10%90, segundo 10% a causa e sua nos anos segundo a causa e sua “possibilidade de ser evitada” “possibilidade de ser evitada” 15%
15% 10%
De acordo com os dados coleta15% 60% 60% dos pela Organização Mundial da 15% 15% Saúde (OMS) a respeito da população cega, foi possível fazer 60% 15% uma estimativa futura. Do resultado, concluiu-se que em 2020 três quartos da população com perda visual serão causados por doenTRATÁVEL TRATÁVEL EVITÁVEL EVITÁVEL ças que levarão a cegueira (CONTRATÁVEL EVITÁVEL SELHO BRASILEIRO DE OFTALDIFÍCIL DIFÍCIL PESQUISA NECESSÁRIA PESQUISA NECESSÁR DIFÍCIL PESQUISA NECESSÁRIA MOLOGIA,2014). A Fundação REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Dorina Nowill para Cegos, afirma que muitos dos casos de cegueira CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA. poderiam ser tratados e evitados Situação mundial da visão Visão 2020: o direito de ver 1999-2005. São Paulo: CBO, 2014. Dispocom ações preventivas nas áreas nivel em: <http://www.cbo.com.br/novo/geral/pdf/ da saúde e educação e ainda na situacao_mundial_da_visao.pdf>. Acesso em: 03 mai 2018. disseminação de informação sobre a cegueira. Partindo do pre-suposto de que existem muitas pessoas ficando cegas devido à falta de informações e cuidados, percebe-se que há demandas locais para não somente auxiliar essas pessoas, mas também de pôr em pauta formas de propagação das informações sobre a cegueira.
IBGE. BRASIL. IBGE - Censo Demográfico, 2010. Disponivel em: <www.ibge.gov.br>. Acesso em: 03 mai 2018. MUSSI, A. Q. et al. Arquitetura inclusiva: a planta tátil como instrumento de projeto colaborativo com portadores de deficiência visual, 2016. Disponivel em: <http://papers.cumincad.org/data/works/att/ sigradi2016_714.pdf>. Acesso em: 06 abr 2018.
SENA, M. D. C. Etiqueta Têxtil como Contributo para a Interpretação da Cor pelos Deficientes Visuais. Universidade da Beira Interior. Covilhã. 2009.
2|8
PARTIDO ARQUITETÔNICO
C E NT RO EDUCACION AL DE VIDA IN DEP E ND ENTE P A R A CEGO S No nível da rua, devido ao fluxo de pedestres oriundos dos equipamentos públicos da proximidade, se imaginou a praça como polo atrativo dessas pessoas para que conheçam como um local que propicia uma vivencia mais humana entre a população da comunidade e os deficientes visuais, gerando sensibilidade e visando a importância de romper essa segregação de espaços. Enquanto que, o nível mais alto foi pensado para resguardar a privacidade dos alunos, dando-lhes confiança e equilíbrio emocional.
SÃO PAULO
Existem dois principais acessos a instituição. O mais importante deles, faz frente com a rodoviária (está no nivel 0,00 m) e o outro permite acesso direto ao nível mais alto, perto da quadra de esportes.
BRASIL
RMBS
REGIÃO METROPOLITADA DA BAIXADA SANTISTA
PRAÇA NÍVEL 0,0 m - DECK ELEVADO NÍVEL 0,80 m
TERRENO
Apesar de encontrarmos a necessidade de implantação de institutos para deficientes visuais em várias regiões brasileiras, optou-se como exercício projetual a aplicação do projeto na cidade de Praia Grande, município localizado no Litoral Sul de São Paulo. A escolha do terreno se deu por estar situado em uma área privilegiada na malha urbana, permite fácil acesso aos municípios vizinhos, tem uma relação consolidada entre a região e a população local, além disso está próximo de equipamentos públicos comunitários (Prefeitura e Posto de Saúde) e de uma rodoviária. O ônibus é um dos meios transportes mais utilizado pelos deficientes visuais na Região Metropolitana da Baixada Santista, consequentemente a rodoviária teve um papel fundamental na escolha do local pois, é também um terminal de ônibus que recebe linhas intermunicipais.
Durante a reabilitação do cego, o aprendizado de orientação e mobilidade (uso da bengala) é muito importante, pensando nisso a implantação conta com vários desafios para que ele aprenda na prática as técnicas de locomoção em um ambiente sem risco de acidentes. Por isso diferentemente de arquiteturas similares, optou-se por inserir adversidades por meios de escadas e rampas para que os alunos possam ter experiência real. O nível intermediário além de ter essa função, foi pensado para contribuir com a praça como um pequeno palco onde pode-se ter eventos abertos como show, ginástica e palestras ao ar livre dentre outras atividades relacionadas ao público.
A premissa inicial do projeto foi setorizar o programa de necessidades em edifícios, com os ambientes que tivessem relação entre si. Optou-se por manter os setores destinados a orientação e aprendizado dos alunos (setor de atendimento, educação, infantil e esportes) dispostos em um nível mais alto (+ 1,60 m) e os de uso público (setor da comunidade, serviço e administrativo) no nível da rua (0,00 m) e nível intermediário (+0,80 m) criando uma grande praça, que faz a ligação com o exterior (sem muros) chamando a comunidade a conviver nesse espaço. Decidiu-se criar um projeto conectado com o exterior para reforçar a importância da inclusão. Historicamente falando, foi necessário superar o conceito de segregação institucional passando pela integração até chegar ao atual modelo de sociedade inclusiva, que pode ser bem definida como: ato de igualdade entre os diferentes indivíduos que habitam determinada sociedade. Apesar dos avanços, na década de 90, em relação à igualdade de participação e oportunidade de pessoas com deficiência, ainda hoje existem barreiras sociais que impedem essas pessoas de se relacionarem.
ESCADA E RAMPA - ACESSO AO NÍVEL 1,60m
Durante a pesquisa de campo notou-se que as organizações que trabalham com esse público embora possuam programas de necessidades semelhantes, cada uma delas possui uma missão em específico. O propósito do CEVIC é preparar o aluno para lidar com os mais diversos desafios inerentes de sua deficiência, tendo como singularidade o uso da natureza em todas as etapas de sua vida. Além disso, estimular através da arte e do esporte o desenvolvimento pessoal ou profissional.
ACESSO PRINCIPAL - PRAÇA CENTRAL
IMPLANTAÇÃO
RO DO V
O projeto foi concebido primeiramente através de análises na implantação, para isso levou-se em consideração a ventilação, iluminação, vias, entre outras condicionantes locais.
Pensou-se ainda em alguns pontos de estacionamento em ruas menos movimentadas, eles suprem uma demanda local e ainda, na possibilidade de ter eventos, tanto no setor da comunidade como na quadra, o estacionamento torna-se necessário.
7
DECK ELEVADO
2 2
9
2
4
2
4 10 9
2
10 3
4
+ 1,60
6
1
10
2
7
2
2 9
+ 1,60
2
SETOR DE ESPORTES SETOR DE EDUCAÇÃO
5
+ 0,80
8
A
2 9
0,00
VENTO
IMPLANTAÇÃO 0
PLAYGROUND
4
4
+ 0,80
0,00
1
0,00
AVENIDA ASTERIO GENÁRIO
4
ESTACIONAMENTO
A
PRAÇA CENTRAL
4 SE T AD O R M.
D A SETOR
4 1
3
5
SETOR INFANTIL
PREDOMINANTE
50m
CORTE A-A
LEGENDA - Implantação Nos últimos 30 anos a arquitetura vem sendo voltada para o artístico, o belo, o estético, com poucas influências nas conexões sociais, pessoas ou seu bem-estar, transformando-se em uma arte que se importa apenas com o impacto momentâneo. Se durante experiências emocionais muito intensas, tendemos a barrar o sentido distanciador da visão, fechamos os olhos enquanto dormimos, ouvimos música, acariciamos nossos amados, etc. Nasce então o questionamento, porque a arquitetura não pode provocar a mesma sensação, a de querer sentir o espaço sem necessáriamente vê-lo. Através desse questionamento e juntamente com o desafio de criar uma arquitetura para quem não vê, adotou-se como estratégia projetual a estimulação dos outros sentidos (tato, paladar, olfato, audição e visão) tendo a natureza como aliada para proporcionar oportunidades de aprendizagem e vivencias tocantes.
1 - ÁRVORES FRUTÍFERAS Ao implantar árvores frutíferas a intenção é propiciar degustação das pessoas e ainda atrair pássaros remetendo a sensação de natureza. 2 - PLANTAS AROMÁTICAS Foi pensado em jardineiras com plantas aromáticas em locais estratégicos para que através do oufato, a pessoa tenha noção de espaço, por exemplo perto de portas identificando a entrada. 3 - ÁREA DE DESCANÇO Gramado onde as pessoas podem sentar, deitar, conversar, ler ou até fazer um piquenique em contato com a natureza. 4 - OBRA DE ARTE AO AR LIVRE As obras de arte espalhadas por todo o terreno, podem ser tocadas pelo público e contam com suporte de totens explicativos em braille, escrita comum e com audiodescrição.
5 - HORTA Espaço reservado para o cultivo, conhecimento e percepção de plantas alimentíceas. Estão perto dos setores infantil e educacional, a intensão é estimular os alunos a identificarem plantas que podem consumir. 6 - PLAYGRUND Local destinado às experiências sensoriais das crianças, com brinquedos, casa de boneca, rampas, escaladas, pisos com diversos tipos de texturas (areia, pedra, casco de árvores,etc), estímulos sonoros (sino de vento, quedas d’água, etc), esculturas ou animais empalhados. 7 - DECK DE ALIMENTAÇÃO Espaços externos à cantina e ao café, aonde existem mesas para fazer as refeições. A intensão é proporcionar maior permanência e convívio entre as pessoas.
8 - BILHETERIA A bilheteria abriga o local de venda de ingressos nos dias de eventos na quadra, ela pode ser usada tanto para os próprios alunos como para promover pequenos campeonatos. 9 - ESTACIONAMENTO Em dois locais diferentes do terreno estão localizadas vagas de estacionamento, somando-se 95 vagas. Além disso existem 2 locais para carga e descarga, um perto do café/restaurante para automóveis pequenos e outra perto do edfício de serviço para automóveis de grande porte - até ônibus para possíveis excursões. 10 - PERGOLADO Elemento paisagístico que serve para sombreamento, descanço das pessoas ou ainda de suporte para plantas trepadeiras. ACESSO AOS EDIFÍCIOS A seta indica as entradas dos edifícios.
+1,60
Embora o ser humano hierarquize os sentidos, considerando a visão o principal deles, ao nascer ainda não sabemos enxergar, pouco a pouco criamos correlações entre o mundo e os objetos. Os deficientes visuais, por terem a ausência desse sentido, contam com meios não usuais (experiências sensoriais) para perceber o espaço, para eles suas mãos são seus olhos, a exploração tátil e sonora, são os principais meios de percepção do deficiente visual, por isso devem ser intensamente utilizadas e aprimoradas.
ADE UNID COM
PLANTA - PAV. SUPERIOR Setor de Atendimento e Educação
O desenho do corte mostra a relação entre as volumetrias, buscou-se criar edifícios que se complementassem e conversassem entre si, para isso o uso de materiais como: o vidro para valorizar a claridade nos ambientes internos; a cor branca que possibilita contraste; chapas metálicas que permitem a criação de texturas e ainda o uso de telhados verde, jardins verticais e madeira remetendo sempre a natureza foi uma das formas de alcançar esse objetivo.
2
1
CORTE A-A
Já no setor educacional, infantil e esportivo realiza-se as atividades relativas ao ensino e aprendizagem dos alunos. Os edifícios foram distribuídos de forma a criar uma praça central que permite convivência, experimentações e segurança.
4
SETOR DE SERVIÇOS
O setor de atendimento, é a área hospitalar, nele concentra-se as atividades de avaliação, prevenção e acompanhamento de pacientes e alunos.
RUA JORGE MONTEIRO DOS SANTOS
O setor administrativo tem um papel importante para a organização da instituição. Além das funções básicas administrativas, distribui as demandas pelo orientando pessoas e comporta serviços de produção que agrega financeiramente para a instituição.
I ÁR IA RUA VALTER JOSÉ ALVES
AMBULATÓRIO MÉDICO ESPECIALIZADO (AME)
O setor da comunidade, foi previsto como ancora financeira afim de dar sustentabilidade ao empreendimento a partir dos pré requisitos do terceiro setor. Por isso está localizado de forma acessível, convidativa priorizado pela via com maior fluxo (Rua Valter José Alves).
N
C E NT RO EDUCACION AL DE VIDA IN DEP E ND ENTE P A R A CEGO S
SETOR DE ATENDIMENTO
3|8
PROJEÇÃO PA
+
SETOR ADMINISTRATIVO
4|8
S S
0,00 0,00 S S
0,00
2 PLANTA - PAV. TÉRREO 1 Setor de Serviços 0
10m 10m
+0,80 +0,80
4
+1,60 +1,60 +0,80
RAMPA RAMPA = 8,33% = 8,33%
5 5
6
5
VISTA EXTERNA DA FRENTE - ADM
+1,60
S S
7
N
0 0
10m
3
A construção possui dois pavimentos, o primeiro destinando a departamentos de compras e venPLANTA - PAV. TÉRREO das (financeiro), Setor Administrativo relações sociais, comunicação e desenvolvimento, atendimento ao público, te0 5 lemarketing e 10m ainda tecnologia da informação, dentre outros. No segundo pavimento encontram-se salas relativas ao grupo de conselheiros do terceiro setor, o departamento de produção que se resume em um estúdio de gravação e imprensa braile (prestam serviços extras para auxílio financeiro da instituição), a estação da rádio CEVIC criada para tocar músicas e notícias na área externa da instituição.
8
9
PLANTA - PAV. TÉRREO PLANTA - PAV. TÉRREO Setor Administrativo Setor Administrativo 0 0
5 5
10m 10m
+4,55 +4,55
12
2,80 2,80
11
2,80
7,25 7,25
10
7,25
As salas do departamento de produção, são isoladas acusticamente para que o som produzido dentro delas não atrapalhe as pessoas que trabalham no mesmo edifício, e vice-versa. A imprensa braile serve para produzir livros e materiais gráficos adaptados ao sistema em braile e o stúdio de gravação tem como principal função a criação de materiais de audiodescrição.
5
+0,80 +0,80
6
0,00 0,00
NN
Toda instituição necessita de uma área administrativa, para esse projeto existe um edifício destinado a essas atividades. Ele foi planejado, em sua implantação para ter destaque em relações aos outros prédios, é o único no nível intermediário e com rotação diferenciada, privilegiando quem passa na rua (frente à rodoviária). Essa notoriedade foi dada pois+0,80 a adminstração tem um papel importante ao orientar o usuário desse espaço, seja ele: voluntário, aluno, funcionário, visitantes ou ainda parceiros, é a ela que as pessoas recorrem ao precisar de uma informação.
0,00
N
RAMPA = 8,33%
S
PLANTA - PAV. TÉRREO PLANTA - PAV. TÉRREO Setor de Serviços Setor de Serviços
NN
RAMPA RAMPA = 8,33% = 8,33%
RAMPA RAMPA 8,33% 8,33%
C E NT RO EDUCACION AL DE VIDA IN DEP E ND ENTE P A R A CEGO S
PLANTA - PAV. SUPERIOR PLANTA - PAV. SUPERIOR Setor Administrativo Setor Administrativo
VISTA EXTERNA POSTERIOR - ADM 9,70 9,70
ESTÚDIO DE GRAVAÇÃO
9,70
IMPRENSA BRAILE 4,75 4,75
6,00 6,00
4,75
4,75 4,75
DETALHE SETOR DE PRODUÇÃO - Setor Administrativo
DETALHE SETOR DE PRODUÇÃO - Setor Administrativo DETALHE SETOR DE PRODUÇÃO - Setor Administrativo
0
0 0
2
5m
2 2
5m 5m
2,20 2,20
2,20
2,00 6,00
1 - RECEPÇÃO - 57,84 m² 2 - ATENDIMENTO AO PÚBLICO - 78,63 m² 3 - DEPARTAMENTOS INTERNOS - 66,30 m² 4 - SALA DE REUNIÃO - 10,37 m² 5 - ARQUIVO - 7,22 m² 6 - SANITÁRIOS 7 - SALA DO PRESIDENTE - 18,06 m² 8 - SALA DE REUNIÃO DO CONSELHO - 23,94 m² 9 - SALA DO VICE-PRESIDENTE - 18,06 m² 10 - RÁDIO CEVIC - 22,12 m² 11 - IMPRENSA BRAILE - 58,20 m² 12 - ESTÚDIO DE GRAVAÇÃO - 33,86 m²
2,00 2,00
4,75
LEGENDA - Administração
3
+1,60
+1,60
LEGENDA - Serviços
1 - COPA - 31,96 m² 2 - VESTIÁRIO 3 -TÉRREO ALMOXARIFADO - 47,52 m² PLANTA - PAV. descar4 DEPÓSITO DE LIXO - 15,35 m² Setor Administrativo 5 - MEDIDORES - 15,35 m² 0 5 6 - GERADOR 10m - 15,35 m² 7 - CARGA E DESCARGA DE GRANDE PORTE 8 - PERGOLADO 9 - OBRA DE ARTE AO AR LIVRE
VISTA EXTERNA - SERVIÇOS
LEGENDA - Cominidade
4
9,70
8
8
7,25
PLANTA - PAV. SUPERIOR Setor Administrativo
8
3,25
1 - CAFÉ / RESTAURANTE - 95,43 m² 2 - LOJA - 73,68 m² 3 - MUSEU / GALERIA DE ARTES - 150,23 m² 4 - HALL - RECEPÇÃO, SANITÁRIOS E CIRC. 2,80 5 - SALÃO DE EVENTOS - 138,54 m² 6 - AUDITÓRIO - 160 Lugares e 2 PCD - 196,35 m² 7 - PALCO - 2 Ambientes - 85,70 m² 8 - SALAS PARA ALUGAR 9 - OBRA DE ARTE AO AR LIVRE 10- DECK DE ALIMENTAÇÃO 11 - CARGA E DESCARGA DE PEQUENO PORTE 9,70 12 - ESPELHO D’ÁGUA 13 - ÁREA DE DESCANÇO 14 - ÁRVORES FRUTÍFERAS
2,80
8
8
8 8
PLANTA - PAV. SUPERIOR Setor da Comunidade
4,75
4,75
PLANTA - PAV. TÉRREO Setor da Comunidade
0
10m
2,20
2,20
2,00
9
5
14 6,00
4,75
DETALHE SETOR DE PRODUÇÃO - Setor Administrativo 0
2
3
5m
5
2
5m O PR
2
4,75
P J.
AV
.S
R IO ER P U
7
12 6
0,00
1 VISTA EXTERNA - COMUNIDADE
14
14
DETALHE SETOR 4 DE PRODUÇÃO - Setor Administrativo 0
11
7,25
+4,55
10m
N
RAMPA = 8,33%
AUDITÓRIO
2
5
9
+0,80
2,00
A arquitetura desse edifício foi pensada com o sentido de acolhimento, a escolha de um semi circulo proporciona a criação de uma praça que gera convivência entre as pessoas.
6
6,00
Nesse setor existe um museu (galeria 0 5 de artes) 10m que serve tanto para exposição de trabalhos dos alunos, como local de referência para exposições intinerantes. Uma loja para venda de +4,55 artigos doados e fabricados pelos alunos, um café que serve almoço facilitando os alunos e trabalhadores locais, um salão de evento para festas da instituição ou ainda para locação, um auditório que pode ser usado como teatro, apresentações ou palestras. E ainda nesse mesmo edifício existem salas de aula multidisciplinares que podem ser usadas para diversas atividades tanto da instituição, em projetos sociais de conscientização como para o público em geral para PLANTA - PAV. SUPERIOR Setor Administrativo reuniões, mediante a aluguel.
Ambos os edifícios, contam com área de carga e ga, cada um com uma intensidade de uso.
2
0
0,00
+0,80
RAMPA = 8,33%
Setor Administrativo
PLANTA - PAV. TÉRREO Setor de Serviços
1
5
Já +0,80 o setor de serviço foi pensado contrariamente a exuberância da comunidade, a intenção foi deixar esse edifício que serve de apoio á instituição na área de a manutenção, armazenamento, áreas técnicas, copa e vestiário dos funcionários em um local mais escondido, sem tanta visibilidade. S N
RAMPA = 8,33%
O setor da comunidade é um local destinado a atividades que podem gerar renda à instituição S e ao mesmo tempo ser um polo atrativo de pesPLANTA - PAV. TÉRREO soas para a interação e lazer.
8
4
0 Nesse sentido, ao redor do edifício, temos5árvores 10m frutíferas, o deck de alimentação perto do café para proporcionar maior permanência, um gramado como área de descanço, espelho d’água com peixes. +0,80
+0,80
RAMPA = 8,33%
RA
RA
C E NT RO EDUCACION AL DE VIDA IN DEP E ND ENTE P A R A CEGO S
7
0,00
N
5|8
PLANTA - PAV. TÉRREO Setor de Serviços
N
SETOR DA COMUNIDADE e SERVIÇOS
10 13 9
9
14
N
SETOR DE ATENDIMENTO e EDUCAÇÃO
VISTA INTERNA - EDUCAÇÃO
C E NT RO EDUCACION AL DE VIDA IN DEP E ND ENTE P A R A CEGO S
N
B
0
PROJ. PAV. SUPERIOR
5
10m
20
CORTE B-B 10
4
20m
4
B
0
10
LEGENDA
1 - SALA DE INFORMÁTICA - 30,00 m² 2 - SALA MULTIUSO - 30,00 m² 3 - SALA DOS PROFS - 64,80 m² 4 - SANITÁRIOS 5 - ATELIÊ DE ARTES - 114,00 m² 6 - ÁREA DE CONVÍVIO E EXPOSIÇÃO 7 - RECEPÇÃO ATEND. - 168,00 m² 8 - ALMOXARIFADO - 6,30 m² 9 - ARQUIVO - 6,30 m² 10 - CONSULTÓRIO MÉDICO - 15,68 m²
Todas as pessoas têm, de alguma forma, preocupações com a estética. Com os deficientes visuais não seria diferente. O salão de beleza tem a função de auxiliar no cuidado com a higiene, saúde e beleza. A arquitetura entre outras coisas, tem a função de tornar o ambiente funcional, confortável e bonito. Um dos maiores desafios desse trabalho foi o de projetar para quem não enxerga. Entretanto, a arquitetura não se resume ao que se pode ver. Por isso procurou-se contornar essa dificuldade nesse edifício utilizando bem a combinação de ventos predominantes e Iluminação natural, que traz um bem-estar e nos casos de baixa visão, auxilia na identificação de cores e contraste.
11 - CONSULT. DE OFTALMO - 25,20 m² 12 - SALA DE AVALIAÇÃO - 30,24 m² 13 - COPA DOS MÉDICOS - 21,00 m² 14 - SALA COMUM - 35,00 m² 15 - SALÃO DE BELEZA- 35,00 m² 16 - SALA DE MÚSICA - 56,00 m² 17 - SALA DE DANÇA - 56,00 m² 18 - SALA DE TEATRO - 56,00 m² 19 - BIBLIOTECA - 67,20 m² 20 - ESPELHO D’ÁGUA
7
10
+0,15
10 10
8
10
9
10 10
+0,80
+1,60
CORTE B-B
10 10 10
20
10 1
1
2
2
2
2
4
3
4
+1,75
11 5
6
12 11
VISTA EXTERNA - ATENDIMENTO
CORTE B-B
0,00 0,00
PROJ. PROJ.PAV. PAV.SUPER SUPE
B
13 18
17
16
15
14
4
4
+4,75
19 CORTE CORTE B-B B-B 00
10 10
PLANTA - PAV. SUPERIOR Setor de Atendimento e Educação
20m 20m
B
Já os pacientes detectados em situação irreversível de diminuição da resposta visual, se tornam alunos da instituição. Para esses, é traçado um plano de aulas específicas e acompanhamento de acordo com suas necessidades e preferências.Cada pessoa terá um plano de aula único e prazo indeterminado de reabilitação, pois cada indivíduo tem seu próprio ciclo evolutivo. O setor de atendimento possui ligação com o setor de educação através do pavimento superior.
É no setor da educação que os alunos realizam as principais atividades de aprendizado tais como: uso do sistema braile, estudo da matemática com o uso do sorobã, de informática, escrita a tinta e etc. Para essa necessidade foram pensadas as salas multiuso, de informática e uma sala comum (carteiras individuais). Respeitando o foco artístico da instituição, esse setor tem o propósito de estimular a criatividade, destreza, coordenação motora e sensibilidade tátil dos alunos. O espaço possibilita ter aulas como: coral, música, dança, expressão corporal, teatro, crochê, artesanato, pintura, escultura, entre outras atividades que ajudam desenvolver sua personalidade, autoestima e contribui para o nascimento de novos talentos. Devido à possibilidade de algumas atividades que geram ruídos acontecerem simultaneamente, algumas salas foram preparadas com isolamento acústico.
PROJEÇÃO PAV. SUPERIOR
O setor de atendimento é o local aonde o cidadão com deficiência visual irá para ingressar à instituição. A pessoa se direcionará à recepção (pavimento inferior) em posse de um laudo médico atestando sua deficiência visual e a partir disso se farão exames avaliativos. Um desses exames é da porcentagem de resíduo visual que lhe resta. Caso seja diagnosticado uma possível correção (cirúrgico ou com auxílio óptico) a pessoa é classificada como paciente, tendo o acompanhamento médico somente na parte de consultas da instituição, nesse mesmo prédio (pavimento superior).
PLANTA - PAV. TÉRRO Setor de Atendimento e Educação
0,00
PROJEÇÃO PAV. SUPERIOR
6|8
SETOR INFANTIL
4
2 1
6
+1,60
LEGENDA 8 10 7
10m
3,25
1,30
3,40
3,25 2,58
2,37
3,40
3,10
CASA MODELO
1,75
DETALHE CASA MODELO - Setor Infantil 0
2
5m
1 - CASA MODELO 2 - ESPAÇO FAMÍLIA - 53,82 m² 3 - BRINQUEDOTECA - 104,26 m² 4 - SANITÁRIOS (Infantil e Adulto) 5 - SALA DE INTERVENÇÃO PRECOCE (0 a 6 Anos) - 39,04 m² 6 - SALA DE INTERVENÇÃO PRECOCE (7 a 11 Anos) - 46,32 m² 7 - ÁREA DE DESCANÇO 8 - PERGOLADO 9 - OBRA DE ARTE AO AR LIVRE 10 - PLAYGROUND 11 - HORTA
ENTRADA - INFANTIL
4,70
5
2,90
0
N
PLANTA - PAV. TÉRREO Setor Infantil
9
1,30
VISTA EXTERNA - INFANTIL
11
5
3
60
Na área externa está situado o playground e a horta onde esses alunos podem ter o contato com texturas e cheiros variados. A experiência sensorial com a natureza traz novas oportunidades de aprendizagem e auxilia no processo de percepção dos fenômenos do meio ambiente.
Ainda no mesmo edifício encontramos a casa modelo da instituição. Ela tem a função de contribuir com habilidades do dia a dia baseado no período de vida (idade), rotina e atividades domiciliares do aluno em conjunto com sua família. Criando simulações das rotinas diárias do deficiente visual em um ambiente que ele possa se sentir seguro durante o processo de aprendizado. Eles serão auxiliados por monitores à realizarem tarefas básicas e algumas que envolvam algum tipo de risco como passar roupa, cozinhar, arrumar a casa. A casa modelo possui entrada separada do infantil e tem uma aquitetura genérica, o que ajudará a desenvolver uma noção de espaço, através dos próprios passos (ver detalhe). O mais importante nessa experiência é a interação da família do aluno possibilitando a noção de que os detalhes como a organização dos objetos, substituição de alguns por materiais plásticos, indentificações tátils nos armários e pequenas adaptações em suas casas ajudam o deficiente, facilita a convivência e evita acidentes.
4
4,05
Para uma melhor forma de trabalho, as salas de intervenção precoce dividem esse grupo en+1,60 tre crianças de 0 a 6 anos e de 7 a 11 anos, com as atividades necessárias para estimular o desenvolvimento das habilidades através de atividades lúdicas, brincadeiras que utilizem os outros sentidos e o contato com a natureza. A brinquedoteca tem uma dupla função, podendo ser utilizada tanto na espera do início da aula de maneira a distrair, quanto na forma de aprendizado e incentivo do uso das habilidades motoras através das brincadeiras.
Além da ala voltada a criança e, diferentemente das outras salas do complexo CEVIC, o espaço família, como o próprio nome diz, é voltado para os familiares dos alunos. Nesse espaço eles podem se acomodar enquanto esperam o fim das aulas e também da oportunidade, enquanto grupo, de ser unirem e discutirem as suas experiências. A intensão é permitir o nascimento de um grupo de apoio emocional e motivacional, por isso a sala conta com uma estrutura de slide apropriada para proporcionar pequenas palestras e orientações aos familiares.
1,30
Para o deficiente visual a melhor maneira para a captação de conhecimento é a utilização de experiências sensitivas, sendo assim, as assimilações de objetos e de espaços só irão ocorrer quando houver desenvolvimento e estimulação constante desses sentidos. Para as crianças esses estímulos são ainda mais importantes, por isso o setor infantil é responsável por receber as crianças de 0 a 11 anos.
S
C E NT RO EDUCACION AL DE VIDA IN DEP E ND ENTE P A R A CEGO S
4,05
7|8
8|8
SETOR DE ESPORTES
PLANTA - PAV. TÉRREO Setor de Esportes
VISTA INTERNA - ESPORTE
C E NT RO EDUCACION AL DE VIDA IN DEP E ND ENTE P A R A CEGO S
0
5
N
10m
12 VISTA EXTERNA - ESPORTE O esporte é um importante meio para superação dos medos e obstáculos da deficiência, além de contribuir para a interação e coletividade das pessoas. Por isso, o setor de esporte foi planejado com estrutura que possibilita aulas como: educação física, hidroterapia, natação, hidroginástica, corrida, capoeira e ainda o goaball (futebol para deficientes visuais onde os participantes jogam com as mãos), entre outros.
Além disso, proporciona a elaboração de cursos profissionalizantes na área de massoterapia e ainda uma cantina com cozinha equipada para aulas de culinária. Esse edifício dá oportunidade ainda de ser um centro esportivo para altletas deficientes, eles podem contar com um local de treinamento na área do atletismo, natação e esportes de quadra.
Esse edifício conta também com sala para academia, fisioterapia e pilates (infantil e adulta), visto que alguns alunos podem possuir deficiências multiplas.
Por se tratar de uma instituição sem fins lucrativos, a quadra e cantina podem ser locadas para eventos e campeonatos esportivos.
13
LEGENDA
1 - QUADRA POLIESPORTIVA 2 - ARQUIBANCADA - 160 Lugares e 2 PCD 3 - ALMOXARIFADO - 11,70 m² 4 - VESTIÁRIOS 5 - ENFERMARIA - 16,50 m² 6 - SALA DE DE PILATES - 91,92 m² 7 - SALA DE MASSOTERAPIA - 45,36 m²
8 - ACADEMIA - 78,04 m² 9 - COZINHA - 58,77 m² 10 - DECK DE ALIMENTAÇÃO 11 - CANTINA - 38,49 m² 12 - PISCINA INFANTIL 13 - PISCINA ADULTO 14 - PISTA DE CORRIDA - 70 Metros
+1,60
5 10 +1,75
11
7
6
3 14
4
9 4
8
VISTA AÉREA DA INSTITUIÇÃO
1
Para isso o projeto teve como eixo principal fazer a integração de um equipamento pensado para o deficiente visual, mas que se integre a malha urbana. A partir de um ambiente controlado, os deficientes visuais tem experiências, ao longo de sua vida, que o levem a entender seus limites e como lidar com eles, essas vivências permitem adquirir autonomia e independência no seu dia a dia potencializando o convívio social urbano.
S
S
CONSIDERAÇÕES A arquitetura tem a capacidade de criar uma conexão entre a pessoa e a construção, ao ver que o ser humano é diretamente influenciado ou mesmo limitado pelo ambiente em que vive, a proposta do trabalho visou demonstrar que através de soluções arquitetônicas e paisagísticas é possível criar um local harmonioso e inclusivo do deficiente com à comunidade, sem desprezar a função do edifício.
2