AN_PA VII_Luiz Marcio_Caderno_Pedro Coelho

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CENTRO CULTURAL: DESIGN BRASILEIRO Pedro Coelho de Souza 21651088 Arq. VII Prof. Luiz Marcio de Oliveira Penha 2020


SUMÁRIO Introdução

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Analise do Sítio e Entorno

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Locação

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Contexto da Vizinhança

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Paisagem

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Circulação

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Clima

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Genius Loci

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Obras Análogas

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Centro Cultural CaixaForum Sevilla

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Centro Cultural Constitución

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Museu Mimesis

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La Grande Passerelle

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Memorial

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Partido Arquitetônico e Conceito

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Implantação e Paisagismo

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Planta Subsolo

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Planta Pavimento Térreo

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Planta Pavimento Superior

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Cortes Esquemáticos

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Insolação

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Imagens Renderizadas

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Bibliografia

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INTRODUÇÃO


TEMA: DESIGN DE MOBILIARIO E OBJETOS BRASILEIROS O tema escolhido para o projeto de Centro Cultural de Águas Clara foi Design de Objetos e Mobiliários Brasileiros. O Brasil tem uma grande presença mundial na arte e música, e uma área artística que tem crescido é o design de objetos. O objetivo deste tópico é de valorizar a arte dos designers brasileiros, como Sérgio Rodrigues, Irmãos Campana, Zanini e vários outros, como também inspirar novos artistas e designers de todas as áreas à serem criativos e aprenderem um pouco mais sobre nossa cultura.

Figura 1 – Cadeira Vermelha, Irmãos Campana

Figura 2 – Poltrona Trez, Zanini de Zanini

Figura 3 – Poltrona Mole, Sérgio Rodrigues

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ALÁLISE DO SÍTIO E ENTORNO


LOCAÇÃO Águas Claras DF Terreno localizado próximo ao Parque de Águas Claras, entorno composto por áreas comerciais e residenciais, em conjunto, além de contar com uma praça que possui quadra poliesportiva, parquinho e área de convivência.

Dimensões do Terreno

Figura 4 – Locação Longe

Figura 7 – Dimensões do Terreno

Terreno Total: 130,5m X 55m Figura 5 – Locação Médio

Área Pública: 53m X 55m Área Construída: 77,5m X 55m

Afastamento Obrigatório: 5m Figura 6 – Locação Perto

Topografia Desnível total de aproximadamente 6 metros ao longo de 130 metros, subindo em direção sul, gerando uma inclinação de aproximadamente 4,5%.

Figura 8 – Topografia em Planta

Figura 9 – Topografia em Corte 6


LOCAÇÃO

Praças

Calçadas

Em volta do terreno, somente dentro da rua residencial há praças de lazer, com equipamentos para estimular a permanência, como parquinhos, quadras, bancos e mesas.

As calçadas em volta do terreno varia de qualidade e tamanho. Na área residencial a oeste, as calçadas e praças são feitas por pedras retangulares, também criando um pouco de desníveis (1). As calçadas no entorno imediato são bem lisas, com poucos desníveis, facilitando um pouco o caminho para cadeirantes (2). Dentro do terreno, há somente uma calçada fina com alguns desníveis (3).

O terreno ao norte do terreno a ser projetado está vazio, tendo somente alguns caminhos de desejo, sem nenhum incentivo de uso. Em frente da igreja ao norte do terreno, há um espaço de convívio, que parece ser usado mais pelos frequentadores da igreja.

Figura 11 – Parque Infantil Figura 12 – Quadra

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Figura 10 – Calçadas

Figura 13 – Praça

Figura 14 – Praça

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CONTEXTO DA VISINHANÇA Zoneamento

Ao oeste do terreno, há uma rua residencial, com diversos condomínios de apartamentos. Dentro desta área residencial, há também praças e quadras, que podem ser utilizadas pelos moradores e o público geral. Ao sul, está localizada um via principal, onde há uma concentração maior de comercio, como lojas, restaurantes e cafés. Em frente ao terreno, no lado leste, existe um conjunto de comercio residências.

Figura 15 – Diagrama de zoneamento

Terreno

Comércio

Residencial

Comercial e residencial

Igreja

Em geral, os prédios de Águas Claras tem uma altura entre 12 a 20 andares, com alguns contendo varandas para os moradores dos apartamentos. Na via principal, os prédios residenciais contem embasamentos com comercio, trazendo movimentação para o local, enquanto que na rua residencial, o embasamento dos prédios servem somente como portaria para os moradores, dando mais privacidade e menos movimento.

No Canto mais ao norte, em relação ao terreno, há uma igreja com uma pequena praça e estacionamento.

Padrões Tipológicos de Edificações

Figura 16 – Tipologia de edificações

Diferente do Plano Piloto de Brasília, estes embasamentos não são permeáveis e não contem pilotis, deixando a circulação de pedestres restrita às calçadas seguindo a malha de grid da cidade.

Figura 17 – Terreno e prédios


PAISAGEM Iluminação

Ruídos A via principal ao sul do terreno gera um ruído mais alto, com a alta circulação de carros. Ao leste, há uma via secundária com comércio, gerando ruídos médios.

Figura 18 – Diagrama de iluminação artificial

As ruas ao redor do terreno contém uma iluminação adequada, seguindo as calçadas.

O canteiro ao norte do terreno está vazio, gerando poucos ruídos pela falta de movimento e permanência.

Existem alguns postes de luz dentro do terreno, que podem possivelmente ser aproveitadas.

Muros e Muretas Figura 20 – Diagrama de ruídos

Massas Arbóreas Falta de grandes massas arbóreas no terreno e seu entorno.

Figura 19 – Diagrama de muros

Na extremidade oeste do terreno, há um muro separando a área residencial da zona mais pública do terreno.

Grande concentração de vegetação em rua residencial a oeste do terreno e Parque Ecológico ao norte.

Ao redor, há muros que não permitem a transição, e alguns com entradas para comercio e residências. Muros sólidos Muros com acessos

Figura 21 – Diagrama de massas arbóreas


CIRCULAÇÃO Pedestres

Figura 22 – Fluxo de pedestres

O maior fluxo de pedestres esta localizado ao longo da via principal ao sul do terreno, onde esta localizado também maior parte do comércio.

Veículos Similar ao fluxo de pedestres, o fluxo mais alto de veículos esta localizado na via principal ao sul. A via perpendicular, que passa do lado leste do terreno, tem um nível de fluxo intermediário, por ser uma rua secundaria que também leva para outras áreas da cidade. As vias residências tem o menor fluxo, por serem usadas mais por moradores.

As calçadas secundarias naturalmente contem um fluxo mais baixo, porem as praças contem um fluxo um pouco mais alto por causa de sua permanência. No terreno desocupado ao norte, há um caminho de desejo, mostrando movimento de pedestres onde não existe uma calçada formal.

Pontos de Transporte Público

Figura 24 – Fluxo de veículos

Estacionamentos Ao longo da via principal ao sul, em frente ao comércio, há uma quantidade grande de vagas de estacionamento. Maioria dos edifícios contem algum tipo de estacionamento publico gratuito, seja para comercio, residência, ou para a igreja.

Figura 23 – Pontos de ônibus e metrô

Os pontos de ônibus mais próximos ao terreno estão localizados ao longo da via principal ao sul do terreno. Seguindo após um quarteirão à direção sul, se encontra uma estação de metrô,

Figura 24 – Estacionamentos

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OESTE: Apesar de ter uma insolação e temperaturas mais altas, os edifícios altos diretamente ao oeste do terreno sombreiam durante a tarde, minimizando a necessidade de proteção solar.

CLIMA Insolação LESTE: Apesar de ter bastante insolação, seu período exposto é de manha, aquecendo somente quando estiver perto das 10h - 11h. Por isso, não é necessário uma proteção para todo o período de exposição

Figura 27 – Carta Solar, fachada oeste

Figura 25 – Carta Solar, fachada leste

NORTE: Devido ao ângulo, a fachada norte tem o maior tem o maior tempo de insolação, com temperaturas quentes. Para ter uma proteção adequada, será necessário usar elementos verticais (brises) e horizontais (coberturas).

SUL: Esta fachada contem a menor quantidade de insolação, e devido ao ângulo e período do dia, a temperatura recebida é baixa, e não necessita de uma grande proteção. Figura 28 – Carta Solar, fachada norte

Figura 26– Carta Solar, fachada sul

Ventos Analisando os gráficos de ventos em Aguas Claras, pode-se observar que os ventos predominantes vem da direção leste, e são mais frequentes durante o inverno. Porem, os ventos de maior velocidade vem do noroeste.

Figura 30 – Roda de ventos, Velocidades predominantes

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Figura 29 – Roda de ventos, frequências


GENIUS LOCI Diferente de Brasília, Aguas Claras parece ser uma cidade mais tradicional em seu desenho.

Figura 31 – Águas Claras, vista aérea

Malha urbana em grid, com ruas tendo nomes tradicionais em vez que sistema de quadras e eixos. Observando um dia comum durante a semana, há um numero grande de pessoas andando na rua, e não somente em veículos privados.

Figura 32 – Parque Águas Claras

As Praças são usadas em grande parte por moradores próximos, mas são convidativas para todos os pedestres em geral. Comércio diverso próximo de áreas residenciais, incentivando os moradores a saírem mais de casa á pé e valorizar a comunidade próxima.

Figura 33 – Águas Claras, nível de pedestre

Alto número de cachorros mostra que a cidade tem uma tendência convidativa para morderes que gostam de animais de estimação 12

Figura 34 – Águas Claras, panorama


OBRAS ANÁLOGAS


CENTRO CULTURAL CAIXAFORUM SEVILLA Vázquez Consuegra Sevilla, Espanha 2017

O Centro Cultural CaixaForum Sevilla, projetado por Vázquez Consuegra, Contem um grande volume permeável sobre a praça, mesclando um pouco o espaço arquitetônico com a praça. Ao mesmo tempo, os espaços internos do centro cultural são localizados no subterrâneo, valorizando a praça sem intervenções grandes.

Figura 35 – Centro Cultural CaixaForum

Figura 36 – Interior de Centro Cultural Constitución

O Centro Cultural Constitución, projetado por Alejandro Aravena, contem espaços amplos e livres, uteis para diversas funcionalidades. A madeira é o material predominante na obra, dando a importância ao meio ambiente na cidade e conforto geral.

CENTRO CULTURAL CONSTITUCIÓN

Alejandro Aravena Constitución, Chile 2015

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MUSEU MIMESIS

O Museu Mimesis, de arquiteto Álvaro Siza, tem um formato mais “orgânico”, com curvas e linhas não ortogonais.

Álvaro Siza Paju-si, Korea do Sul 2009

Figura 37 – Museu Mimesis

LA GRANDE PASSERELLE Architecture-Studio St-Malo, França 2009

Figura 38 – La Grande Passerelle, estrutura de madeira

Figura 37– La Grande Passerelle, exterior

O centro cultural La Grande Passerelle (A Grande Passarela) é composta por dois volumes, criando um espaço de fluxo e transição entre os dois prédios. Os materiais predominantes, aço e madeira, criam um 15 contraste estético.


MEMORIAL


PARTIDO ARQUITETONICO O conceito E CONCEITO

principal do projeto é a permeabilidade de circulação. Analisando o terreno e a cidade de Águas Clara, pode-se observar muitos muros e bloqueios, que impedem o pedestre de circular em qualquer direção. Isso não é algo incomum em cidades grandes, porem, é um aspecto que possa ser visto como negativo.

Figura 38 – Diagrama de espaços

Figura 39 – Croqui de volumetria inicial

Figura 40 – Croqui de volumetria inicial

Para atingir essa permeabilidade, os espaços do centro cultural foram divididos em dois, um lado focando somente na exposição dos moveis e objetos de design, e o outro designado para o comercio, auditório, administração etc. (Figura 38). A volumetria inicial concebido por dois edifícios, criando um corredor aberto, possibilitando uma circulação que atravesse a arquitetura, sem precisar pegar um caminho mais longo (Figuras 39 e 40). O problema gerado por esta proposta é de que não facilita a visibilidade tanto quanto desejado, não deixa de ser simplesmente dois volumes simples. 17


PARTIDO ARQUITETONICO E CONCEITO A evolução do conceito gerou uma volumetria mais favorável, onde o edifício é ao mesmo tempo encostado no solo para facilitar entra entrada, como elevado para permitir uma circulação mais livre. Devido ao terreno levemente inclinado, foi possível gerar uma forma em que o acesso ao centro cultural fosse no térreo, e ao longo do percurso da exposição a edificação subisse com uma inclinação oposta ao terreno, gerando um espaço publico similar ao pilotis (Figura 42).

Figura 41 – Diagrama de volume final

Esta forma permite muito melhor a circulação externa, e deixa o projeto com um edifício só, em vez de dois separados. Para a estrutura , foi usado uma mistura de materiais comum em mobiliários e objetos de design, como madeira, aço e vidro.

Figura 43 – Volume em perspectiva do pedestre

Figura 42 – Croqui de volume final

Figura 44 – Volume isométrico 18


IMPLANTAÇÃO, PAISAGISMO E CORTE ESQUEMATICO 2 2

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Figura 45 – Implantação e paisagismo em planta

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Figura 46 – Corte de paisagismo e centro cultural

LEGENDA 1. Calçada 2. Canteiro Paisagístico 3. Centro Cultural

O projeto foi implantado de foram que os acessos principais são feitos no nível da praça e calçada no centro do terreno. Uma série de platôs foram desenhados para facilitar o acessos ao centro cultural e o resto da praça. Em frente ao centro cultural, há uma praça com vegetação e bancos, para serem usados por pedestres e frequentadores do centro cultural . 19


PLANTA BAIXA SUBSOLO 1 3

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Figura 47 – Planta de subsolo LEGENDA 1. Rampa (Garagem) 2. Garagem 3. Camarins 4. Gerador 5. CEB 6. Casa de Bombas 7. Deposito 8. CTFV 9. Sala de Brigadista 10. Central de Ar-Condicionado 11. Palco 12. Auditório 13. Apoio Técnico 14. Antecâmara 15. Foyer 16. Banheiros 17. Escada e Elevadores (Acesso ao Térreo) 18. Rampa de acesso à praça

No subsolo do Centro Cultural, é localizado uma garagem para os funcionários. Toda a área técnica, como geradores, casa de bombas, etc., são localizados neste pavimento. Para acessar, existe uma rampa localizado na praça que desce para um platô que da acesso à garagem ao foyer. É possível também acessar o foyer pelo pavimento superior usando escadas ou elevadores. O foyer é usado como entrada para o auditório, e o fundo do palco contem acesso para os camarins e garagem. 20


PLANTA BAIXA TERREO 1 5 2

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Figura 48 – Planta de pavimento térreo

LEGENDA 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11.

Rampa (Garagem) Café/Loja Sala Educacional Copa Sala de Reunião Áreas de Funcionários Sala de Diretor Hall e Recepção Exposição Hall de entrada Acesso ao Foyer e Garagem

Existem dois acessos para a exposição principal, onde são exposta diversas obras de mobiliário objetos de design brasileiros. O primeiro é pelo hall de entrada, localizada ao lado da calçada. A outra entrada é localizada mais internamente, do outro lado do edifico. Do lado oposto do hall de entrada, há um café e loja, onde pode se comprar objetos e livros sobre design brasileiro. O acesso ao lado do café leva á um corredor com uma sala educacional, onde se pode fazer atividades para inspirar criatividade. No final do corredor, é localizado o segundo acesso á exposição, como também a sala do diretor, administração, e foyer. 21


PLANTA BAIXA PAVIMENTO SUPERIOR 2

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Figura 49 – Planta de pavimento superior

LEGENDA

1. Exposição 2. Cobertura 3. Caixa D’Agua

Tecnicamente, a edificação não tem um pavimento superior ao térreo, mas o espaço usado para a exposição tem uma inclinação, que ao longo de uma serie de rampas e escadas, eleva o pavimento 2,25m acima do nível do térreo

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CORTES 1 5

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Figura 50 – Corte longitudinal, auditório

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5 Figura 51 – Corte longitudinal, exposição

LEGENDA 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.

Café/Loja Sala Educacional Administração Recepção Garagem Camarim Auditório Hall Exposição 23


PROTEÇÃO SOLAR Para proteger as fachadas de insolação forte, as janelas foram projetadas com um recuo, sombreando o interior dependo do horário. Nos horários de insolação mais direta, foi preciso projetas brises móveis que possa rotacionar para ter uma proteção melhor em qualquer horário do dia (Figura 52) . A estrutura de madeira, que começa pelo café/loja, tem uma continuidade ao longo da fachada, protegendo levemente a janela de insolação (Figura 53)

Figura 52 – Recuo de janelas e brises

Figura 53 – Estrutura de madeira 24


Figura 54 – Vista perspectiva do pedestre

Figura 55 – Vista aérea

Figura 56 – Vista pedestre

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BIBLIOGRAFIA ANÁLISE DO SÍTIO E ENTORNO Carta solar e rosa de ventos – programa SOL-AR OBRAS ANÁLOGAS CaixaForum Sevilla - https://www.archdaily.com/882996/caixaforum-sevilla-vazquezconsuegra Centro Cultural Constitución - https://www.archdaily.com/780801/constitucioncultural-center-alejandro-aravena-elemental Museu Mimeis - https://www.archdaily.com.br/br/603488/museu-mimesis-alvaro-sizamais-castanheira-e-bastai-mais-jun-sung-kim La Grande Passerelle - https://www.archdaily.com/635138/la-grande-passerelle-asarchitecture-studio

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