PLASENCIA
LOCALIZAÇÃO
Plasencia é uma cidade da Espanha, na província de Cáceres, comunidade autónoma da Estremadura.
Zona de fronteira disputada entre cristãos e muçulmanos, e pelos reinos cristãos rivais de Castela, Leão e Portugal.
Segundo núcleo urbano mais povoado da província de Cáceres e o quarto da Estremadura.
No início do século XIX a cidade cresceu para fora das muralhas, principalmente em direção ao Nordeste, seguindo a linha traçada pelo rio e seu vale.
A área, percorrida por uma das rotas comerciais históricas mais importantes e antigas da Península Ibérica.
ORIGEM Excelente localização geográfica, este corredor natural tem sido usado por numerosos povos, incluindo celtas, vetones ou vacceos. Durante o Império Romano, foi instalado um acampamento militar para as legiões romanas. Mais tarde uma fortaleza árabe. Plasencia, a cidade como a conhecemos agora, foi conquistada por volta de 1186, século XII, por Alfonso VIII . Ao fundar a cidade, seu objetivo era garantir o domínio militar e a reconquista de novos territórios. A criação da cidade também teria o objetivo de castelhanizar o território, não apenas civilmente, mas também eclesiástica. Para isso, foi criada a nova diocese de Plasencia.
A partir do século XV, a nobreza da região mudou-se para esta cidade, determinando sua aparência atual, com palácios, casas nobres e importantes edifícios religiosos compõem um bairro monumental singular.
Apesar da cidade não possuir um formato retangular, nem dois eixos centrais que cortam a cidade, ela pode ser classificada como um antigo assentamento romano, pela existência dessa legião durante o Império Romano. E talvez o traçado racional da cidade hoje, origine-se dessa época.
PLANO DA CIDADE DE PLASENCIA
Muralhas
Rio
Portas conservadas Portas não conservadas
torres
torres existêntes Aquedutos Quarteirões
torres de castelo existêntes Ruas Principais
Palácios e casas senhoriais
Castelo
Ruas secundárias Catedrais/Igrejas
Pontes existentes na época medieval Novas Pontes Praças
muralhas e torres
Muralhas
Começou a construção do muro defensivo no ano de sua fundação (1186). O trabalho não foi concluído e Plasencia foi tomada pelos árabes. Um ano depois, Alfonso VIII reconquista à cidade e ordenou a conclusão do muro (1201), em tempo recorde de 9 meses, com o recurso à mão-de-obra de 10.000 homens.
Rio
torres
torres existêntes
A maior parte da construção é em alvenaria, com silhares e pedras de forma irregular unidas com argamassa de terra e cal. Sistema defensivo duplo formado por um pano muito grosso e um barbacã (muro anteposto às muralhas, de menor altura do que estas), separados por um fosso. No fim do sec. XIX alguns troços da muralha foram demolidos.
torres de castelo exist.
Ao total, 78 torres fortaleciam a muralha da cidade, sendo possível encontrar hoje 21 das torres originais. Das 4 principais torres, se conservam 2 que formavam parte do antigo alcázar. Uma, a Torre de la Reina, outra, a Torre Lucía. Atualmente o espaço sedia o Centro de Interpretação da Cidade Medieval de Plasencia.
castelo e aqueduto
Muralhas
Rio
torres
torres existêntes
Todo o sistema defensivo foi reforçado pela Fortaleza ou Alcazar, um tipo de castelo/fortificação. Um dos elementos mais significativos do complexo, que fechou todo o sistema defensivo na parte mais alta da cidade e que, acabou sendo demolido, assim como diferentes seções do muro. A destruição progressiva iniciou no século XV com o desejo de embelezar e limpar a cidade.
Castelo
Aqueduto
Muito perto do castelo, o aqueduto termina, uma impressionante obra medieval (e não romana) que serviu para fornecer água à cidade a partir das montanhas vizinhas de Cabezallosa e El Torno. Cerca de 300 metros deste trabalho são preservados, com 55 arcos e uma altura máxima de 18 metros.
Portas
Puerta Berrozana Puerta de Coria Postigo del Salvador
Puerta de Trujillo
A muralha possui sete portas principais, cinco delas foram conservadas e existem até hoje. As duas que não foram preservadas, são: a Puerta de San Antón e a Puerta de Talavera.
Portas conservadas Portas não conservadas
Ruas Principais Muralhas
De cada uma das sete portas principais, partem ruas que conduzem à Plaza Mayor, o centro nevrálgico da cidade.
Puerta del Sol
FORTALEZAS
FORTALEZAS
PONTES
Puente Adolfo Suárez — Obra recente, é a de maior comprimento e uma das que mais recebe trânsito, especialmente nas horas de pico.
Puente de San Lázaro — Junto à ermida do mesmo nome, no antigo caminho para a cidade de Cória. É também uma ponte típica medieval, de beleza singular.
Rio Pontes existentes na época medieval Novas Pontes
Puente de San Miguel ou do General Gutiérrez Mellado — A mais recente, une o centro da cidade com o bairro de São Miguel.
Puente del Trujillo — A mais antiga e com a maior altura desde o leito do rio até ao tabuleiro. Foi objeto de várias reformas ao longo da sua vida útil.
Puente Peatonal ou Puente José Neria Manglano - Ponte recentemente construída no bairro de San Juan em Plasencia (Cáceres). Dando passagem ao bairro de San Juan com o Cachon. Rio Jerte.
Puente Nuevo - Uma ponte tipicamente medieval, tem um nicho com a Virgem da Guia no seu ponto mais alto. Era a entrada principal de Plasencia desde as comarcas de La Vera e Vale do Jerte.
traçado e ruas O tecido urbano da cidade está organizado a partir do eixo da Plaza Mayor.Desse ponto divergem radialmente as principais vias até às portas da muralha. As ruas secundárias interceptam as principais fazendo a ligação entre si, e o casaria é rodeado por um circuito, paralelo à muralha, pela zona intramuros, formando um traçado radiocêntrico, característico das cidades medievais. A cidade tem uma rede viária urbana pouco hierarquizada, não é possível perceber grandes diferenças entre as ruas primárias e secundárias, além dos usos que nelas existem. Portas/Entrada Ruas Principais Ruas secundárias Muralhas Rio
Rua Talavera - Principal
Rua do Sol - Principal
Rua Nova - Secundária
Quarteirões
Perspectiva de um quarteirão da Plaza Mayor
Vista aérea de quarteirões Quarteirões Muralhas Rio
A cidade de Plasencia possui variedade morfológica em função do traçado urbano, que é radiocêntrico, artérias que divergem de um centro e são ligadas entre elas por ruas secundárias. Porém como a cidade possui um formato irregular, os quarteirões gerados por essas suas
são de formas geométricas variadas, os que estão localizados na margem da muralha seguem um circuito irregular que a mesma proporciona. É possível observar edifícios de no máximo 4 andares, todos geminado, alguns possuem pátio em seu interior.
praรงas
Plaza de Ansano
Plaza San Martin Plaza San Salvador
Plaza San Vicente Ferrer Praรงas Muralhas Rio
Plaza de San Nicolรกs
Plaza Catedral
Plaza Mayor
Catedrais e igrejas
Igreja de San Martín
Igreja de San Salvador Igreja de São Vicente Ferrer
Igrejas
Igreja de San Esteban
Muralhas Rio
Igreja de San Nicolás
Catedral Velha/Catedral Nova
Igreja de San Pedro
PALÁCIOS
4 - Palácio de Almaraz
5 - Palácio Carvajales 8 - Palácio do Conde de Torrejón
1 - Palácio do Marquês de Mirabel 4
9
1 10 3
8 7
5
2
6
2 - Palácio Municipal
9 - Casa das Infantas Rio
Muralhas
Palácios e Casas Senhoriais
10 - Casa das Argolas 3 - Palácio Monroy
6 - Palácio episcopal
7 – Casa del Dean
Catedral velha - Românico/gótico fachada
interior
Construção foi iniciada no fim do século XII ou início do século XIII e só terminaria no século XIV Material rustico, completamente aparente O pórtico principal é de estilo românico, com as clássicas arquivoltas plenas, que repousa sobre 10 coluna, sobre as quais existe um grupo escultórico talhado em pedra representando a Anunciação de Nossa Senhora. Aberturas com vitrais no topo da fachada a insterferência do Gótico na construção.
Planta basilical. Possui três naves, uma central e duas laterais.
A nave central mais alta mantém suas abóbadas nervuradas com arcos ogivais (gótico) Nas Naves laterais é possível observar arco de aresta mais simples que o da nave central. Arcada com arco ogival Interior trabalhado com iluminação de janelas e vitrais
Catedral velha - Românico/gótico claustro
Capela de San Pablo ou Torre del Melón
O claustro, com uma planta regular, é uma transição óbvia do românico para o gótico, típico da antiga catedral. Lembrança do românico em suas colunas e capitéis, com cenas bíblicas e referências ao gótico nos arcos e abóbadas com nervuras. O centro do pátio é ocupado por uma fonte gótica do século XV, com brasões do bispo e cardeal Juan de Carvajal.
É uma sala com uma planta quadrada, que é convertida em um octógono através de tubos com nervuras. Lá fora, a cúpula de tampa dupla é um elemento íngreme e cônico, coberto com chaves em forma de escamas, que impedem a erosão que a água da chuva pode produzir. No ponto mais alto, termina com uma bola canelada, que deu origem ao nome popular de Torre del Melón.
Palácio Monroy - ROMÂNICO/gótico
Construçao da época medieval, com uma mistura dos estilos românico e gótico. Arquitetura rústica, robusta e maciça. Aberturas do castelo em estilo gótico, com um composição de arcos ogivais. Utilização de vidros para passagem da iluminação nas aberturas. Torre muito mais robusta e com poucas aberturas, servia como proteção em caso de invasões na cidade.