BOLETIM INFORMATIVO A TRIBUNA - ÓRGÃO OFICIAL DA ARQUIDIOCESE DE CAMPINAS
Na Cerimônia do Lava-pés de 2013, Papa Francisco lavou os pés de 12 jovens do Instituto Penal para Menores Casal del Marmo. Imagem é cartaz da CF 2015.
ANO 105 - EDIÇÃO 3.906 - FEVEREIRO/MARÇO 2015
Fraternidade: Igreja e Sociedade “Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45)
EXPEDIENTE
Ordenação Diaconal
Boletim A Tribuna
Publicação do Setor Imprensa da Arquidiocese de Campinas – SP
Arcebispo Metropolitano: Dom Airton José dos Santos Direção: Padre Rodrigo Catini Flaibam Editora-chefe: Bárbara Beraquet (MTb 37.454) Jornalista: Wilson Antonio Cassanti (MTb 32.422) Editora-assistente: Carolina Grohmann (MTb 72.958) Apoio: Giovanna Lima João do Carmo Costa Marcela Rezende Rafaella Cassia
Composição própria Distribuição gratuita Impressão: RIP Editores Gráficos Tiragem: 10 mil exemplares
m 27 de dezembro de 2014, a Arquidiocese de Campinas testemunhou a ordenação de novos quatro diáconos transitórios, na Catedral Metropolitana. A cerimônia de Ordenação Diaconal dos então seminaristas Luan Flávio de Oliveira, Marcel Fabiano Prado, Marcel Gustavo Alvarenga e Maurício Inácio da Silva foi presidida por Dom Airton José dos Santos, Arcebispo Metropolitano de Campinas. O Diaconato é o primeiro grau do Sacramento da Ordem; o segundo grau é o presbiterado (padres) e o terceiro é o episcopado (bispos). Os diáconos, presbíteros e bispos compõem a hierarquia da Igreja. Na Liturgia Eucarística, o diácono tem funções próprias, como servir o altar, proclamar o Evangelho, convidar para o abraço da paz, purificar os vasos sagrados e fazer a despedida. Recebemos com alegria os novos diáconos!
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Foto de Maurício Aoki
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REDACAO@ ARQUIDIOCESECAMPINAS.COM RUA LUMEN CHRISTI, 02 JARDIM DAS PAINEIRAS 13092-320 CAMPINAS, SP
Equipe Setor Imprensa Confira a versão digital do Boletim A Tribuna, que também está disponível para download em
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02 - FEVEREIRO/MARÇO 2015 - BOLETIM A TRIBUNA
Missa dos Enfermos Agradecimentos por graças alcançadas marcam a Missa de Nossa Senhora de Lourdes RAFAELLA CASSIA “Recebi a água da gruta de Nossa Senhora de Lourdes e a usei com muita fé. Fiz a novena e, então, retornei ao médico e ele me disse que eu estava completamente curada. Não vou faltar à missa enquanto eu viver”. A promessa é da fiel Luzia Maria Saratini, sobre a missa dedicada a Nossa Senhora de Lourdes, padroeira dos enfermos. Luzia foi curada de um câncer de mama no ano passado. Ela foi uma das fieis que participaram da missa celebrada na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Campinas, dedicada ao dia da padroeira, em 11 de fevereiro, data de sua primeira aparição na gruta de Massabielle, na França, em 1858. A Missa dos Enfermos foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Campinas, Dom Airton José dos Santos, e concelebrada pelos padres Paschoal Brazilino Canôas, Nelson Ferreira de Campos, Norberto Tortorelo Bonfim, Marco Antonio Amstalden, Edmilson Euclides Lovatto e Diácono Jamil Cury Sawaya. O pároco, Padre Canôas, afirmou que a Missa dos Enfermos não é somente para aqueles que estão doentes, mas sim para que a Virgem de Lourdes venha em auxílio de todos os seus filhos. “Nossa Senhora de Lourdes não faz somente a cura exterior, ela faz também a cura interior, trazendo paz, calma e tranquilidade para seus devotos”, acrescentou. Na homilia, Dom Airton falou sobre a fragilidade humana e a necessidade de Deus, que é o vinho que sacia. O Arcebispo destacou que precisamos ser solidários com nossos irmãos. “Que nós sejamos o incentivo e ânimo para as outras pessoas. Precisamos ser a bênção de Deus para elas”. A devota Vera Lucia Barbosa foi curada há 10 anos de um nódulo no seio e acredita que a sua cura se deu por interseção de Nossa Senhora de Lourdes. Desde
então, é voluntária na comunidade. Da descoberta do nódulo à graça alcançada, dois questionamentos surgiram no coração da fiel: “primeiro, me perguntei porquê eu, e agora me pergunto se sou merecedora de tamanha graça”, refletiu. Durante a missa, foram distribuídas garrafinhas com água benta e feita a bênção por aspersão. Ao final, os padres oraram pela saúde dos fieis presentes.
Fotos de Giovanna Lima
BOLETIM A TRIBUNA - FEVEREIRO/MARÇO 2015 - 03
Campanha da Fraternidade 2015 “Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45) é o lema da Campanha, que este ano tratará das relações entre Igreja e Sociedade BÁRBARA BERAQUET m procissão, os cristãos recebem na fron-
Na Arquidiocese de Campinas, o Arcebispo Me-
te um pouco das cinzas feitas de ramos de
tropolitano, Dom Airton José dos Santos, celebrou
oliveiras, bentos no Domingo de Ramos do
missa na Catedral Metropolitana para marcar o lan-
E
ano anterior, para expressar o desejo de assumir o
çamento da Campanha.
processo de conversão que se iniciou no Batismo. A
Um dos capítulos do Texto Base da CF deste ano,
cena se repete nas missas da Quarta-feira de Cinzas,
subsídio para viver da forma mais integral possível
dia em que, tradicionalmente, também tem início, no
a proposta, diz respeito à relação entre Igreja e So-
Brasil, a Campanha da Fraternidade (CF), momento
ciedade em suas convergências e divergências. Dom
privilegiado de evangelização, que busca despertar
Airton, pouco antes da celebração na Catedral, ex-
a população para uma problemática específica, ano
plicou sobre estas últimas, originadas das diferentes
após ano, que requer uma resposta dos cristãos e de
opiniões que existem numa sociedade plural. Como
pessoas de boa vontade em direção à justiça e à fra-
o arcebispo frisou, a Igreja propõe o diálogo, focada,
ternidade.
sempre, na pessoa humana. “Não podemos negociar
Neste ano, em sua 52ª edição, a CF tem como tema
a vida humana, a condição de vida das pessoas. Olha-
“Fraternidade: Igreja e Sociedade” e como lema “Eu
mos para a sociedade nessas prováveis e possíveis
vim para servir” (cf. Mc 10,45). O objetivo geral da CF
divergências que existem e temos que abrir o campo
2015 é “aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e
para o diálogo”, disse, e lembrou que se deve evitar o
a colaboração entre a Igreja e a sociedade, propostos
confronto. “Nós propomos diálogos nos quais o cen-
pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, como serviço ao
tro de convergência, não de divergência, é o ser hu-
povo brasileiro, para a edificação do Reino de Deus”.
mano”.
04 - FEVEREIRO/MARÇO 2015 - BOLETIM A TRIBUNA
Fotos de Bárbara Beraquet
Dom Airton mencionou o Santo Padre, Papa Francisco, que recentemente propôs trabalho conjunto pela “globalização da fraternidade”. “O respeito pelo outro, ajuda mútua: temos que fazer isso acontecer e não apenas lá nas instâncias de governo, podemos chegar lá, mas temos que fazer acontecer aqui, no dia a dia, nas relações diárias”, convocou. Vivemos o Tempo Quaresmal, momento litúrgico que abriga a CF. “A Campanha da Fraternidade encontra sua inspiração na Quaresma, tempo propício para pensarmos como estamos ajudando o mundo a ser melhor. Esta é a preocupação: como nós, católicos, estamos participando da vida da sociedade, da organização da sociedade? Participamos de modo efetivo? Até de organismos, instituições que querem um mundo melhor, de justiça, um mundo onde a pessoa seja respeitada, onde a dignidade humana seja olhada como algo que vale, e não como algo negociável; como participamos? São elementos fundamentais. No Tempo da Quaresma devemos ‘treinar’
Campanha deste ano trata das relações entre Igreja e Sociedade. O encerramento será no Domingo de Ramos. Imagem: Divulgação
“Não
podemos negociar a vida humana, a condição de vida das pessoas
”
essa vivência em sociedade, de modo a conseguir um mundo melhor”, foram alguns questionamentos levantados por Dom Airton.
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ARQUIDIOCESE em destaque
Início do ano formativo no Seminário
Com acolhida do Arcebispo Metropolitano de Campinas, Dom Airton José dos Santos, aos oito novos seminaristas, teve início a missa de abertura do ano formativo. O arcebispo ainda lembrou a importância da relação do seminarista com a Igreja. “A relação deve ser fraterna, uma relação de compromisso, de entrega e de honestidade com Deus. O momento de formação é para ser transformador”, concluiu. A missa ocorreu na Comunidade Santa Teresinha, pertencente à Paróquia Sant’Ana, de Campinas, na manhã da última quinta-feira, dia 12. Ainda na homilia, Dom Airton destacou a importância da reflexão durante este período de formação. Os novos seminaristas ingressaram no Seminário Arquidiocesano Imaculada Conceição – Propedêutico, onde dão os passos iniciais para sua formação para, no futuro, serem ordenados presbíteros. Foto de Antônio Alves
Manhã de espiritualidade Na manhã de 20 de fevereiro, o clero da Arquidiocese de Campinas (SP), juntamente com Dom Airton José dos Santos, se reuniu no Mosteiro de São Bento, em Vinhedo, para um momento de espiritualidade, motivados pelo Tempo da Quaresma, tempo de preparação para as solenidades pascais. Dom Prior Paulo S. Panza, O.S.B, em sua prelação, citou as palavras do Abade Dom Douglas Nowicki, O.S.B. que, na conferência de início da Quaresma 2015, refletiu sobre o narcisismo que marca, segundo o Abade, a cultura e, consequentemente, a Igreja e cada um de nós. “(O narcisismo) Leva ao individualismo, ao culto do eu, à tirania, muitas vezes ignorante de um modo de sentir, pensar e agir, que se recusa mesmo a perceber o outro”, advertiu.
Foto: Carolina Grohmann
Aniversário de Ordenação Episcopal de Dom Airton José dos Santos Parabenizamos nosso Arcebispo Metropolitano, Dom Airton José dos Santos, pelo seu 13º aniversário de Ordenação Episcopal. Em comemoração, Dom Airton celebrou Missa na mesma data, dia 2 de março, na Catedral Metropolitana de Campinas.
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Casa de Retiros e Encontros São João Paulo II: convivência com a natureza, ambiente propício ao descanso e à reflexão
Casa de Retiros São João Paulo II Desde 2014, a Casa de Retiros e Encontros São João Paulo II, situada à Rua Alemanha, 288, Chácaras do Trevo, em Indaiatuba, pode ser locada pelas Paróquias, Comissões, Equipes e Movimentos da Arquidiocese de Campinas. O espaço é amplo, cercado pela natureza, propício para a reflexão e cultivo da espiritualidade. Os interessados devem procurar a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral, no Centro Pastoral Pio XII, Rua Irmã Serafina, 88, Bosque, em Campinas.
Fotos de Carolina Grohmann BOLETIM A TRIBUNA - FEVEREIRO/MARÇO 2015 - 07
Responsabilidade Social e a Inclusão Brasileiro participa de Congresso Educativo no Vaticano CAROLINA GROHMANN
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onvidado pela Academia de Ciências do Vaticano, o historiador Célio Roberto Turino de Miranda se encontrou com o Papa Francisco para falar sobre uma política pública que há 11 anos aposta no protagonismo das pessoas: o Ponto de Cultura. O encontro ocorreu durante o IV Congresso Educativo de Scholas Occurrentes (Escolas para o Encontro), de 02 a 05 de fevereiro, no Vaticano, sob o tema geral “Responsabilidade social e a inclusão” e reuniu experiências educativas de todo o mundo. Nascido em Indaiatuba (SP), Célio ficou à frente da Secretaria da Cidadania Cultural do Minis-
tério da Cultura (2004 a 2010), quando criou o Programa Cultura Viva, que abriga o Ponto de Cultura. Para ele, o Papa não veio para “brincar em serviço”. “Ele é um líder espiritual que percebeu o papel dele no mundo e não está para brincadeira, nem para perder tempo”, avalia. No encontro pessoal com o Papa, Célio entregou a edição argentina do seu livro, Punto de Cultura - Cultura viva en movimiento, e teve uma breve conversa com o pontífice. “A gente colocou a possibilidade de juntar os diferentes, mas não de uma maneira retórica, e sim de uma maneira sensível e cotidiana”.
O historiador Célio Turino em recente encontro com o Papa Francisco, durante o IV Congresso Educativo de Scholas Occurrentes, de 02 a 05 de fevereiro, no Vaticano. 08 - FEVEREIRO/MARÇO 2015 - BOLETIM A TRIBUNA
“O Papa não
veio para ‘brincar em serviço’
”
Célio diz ter ficado surpreso com a gestão do Papa. “Eram pensadores de todo o mundo reunidos no Congresso, como israelenses e palestinos que não são vinculados à Igreja Católica, e tinha um interesse real em conhecer e conversar com o que estava sendo produzido de interessante pelo mundo. O Papa quebra qualquer protocolo”, conta. Foram duas palestras ministradas por Célio. Na primeira, na abertura, o historiador introduziu o conceito de Ponto de Cultura e refletiu sobre o poder da arte para a transformação das pessoas. “Todos nós fazemos arte. Arte é uma habilidade humana e cultura é o quê? O cultivo. Então o que devemos fazer é potencializar as energias criativas, ou melhor, potencializar as virtudes das pessoas. Quem disse isso foi um padre jesuíta de Del Salvador, Martín-Baró”, menciona. Na segunda palestra, Célio fez uma fala mais técnica sobre o Programa. Num momento do Congresso, por videoconferência na web, o Papa conversou com jovens com necessidades especiais sobre como eles usavam a tecnologia no dia a dia. Pedro, de São Paulo, não tem parte do braço direito. Amante dos esportes, ele espera que a tecnologia o ajude a andar de bicicleta a partir de uma prótese que está sendo feita. Quando disse que gostava de jogar futebol, Papa Francisco perguntou como ele se sente quando leva um gol. “Eu me sinto feliz por estar com meus amigos praticando esporte”, respondeu. Em seguida, o Papa resumiu: “Isso é uma lição para nós. O que importa não é ganhar - é jogar e estar junto com os amigos”. Depois, um jovem indiano com deficiência auditiva contou que usa a tecnologia para aprender o que não entende na escola. “É como ter outro professor”, explica e pergunta ao Papa como o Scholas pode ajudá-lo. “Criando pontes, facilitando a comunicação. Quando vocês se comunicam, dão o melhor de vocês e recebem o melhor das outras pessoas. Isso é muito importante. Quando não nos comunicamos, ficamos sozinhos com nossas limitações. Isso nos faz mal”, respondeu.
E é este o ponto que, para Célio, os Pontos de Cultura têm em sintonia com a proposta das Scholas Occurrentes: a relação com o outro. “O Ponto de Cultura se concretiza quando um se relaciona com o outro. Ele depende do encontro”, comenta. Para ele, esse encontro proposto não é a partir da caridade, mas sim pelo que se chama de serviço-aprendizagem. “É desenvolver serviços comunitários de forma contínua em que você vai aprendendo nesse processo de serviço. Definir a ação em conjunto é a essência da proposta”. Idealizado pelo Papa Francisco, quando foi Arcebispo de Buenos Aires, hoje o Scholas Occurrentes une mais de 400 instituições educacionais de todo o mundo, com uma média de 500 alunos em cada uma. A proposta é que elas “analisem juntas os problemas e busquem soluções concretas”, define o Papa. São os cinco continentes unidos pela plataforma. Para Célio, a “liga” entre tantos povos é a cultura, que tem o papel fundamental para a união. “Mas do mesmo jeito em que a cultura une, ela também desune, quando você acha que a sua cultura é a melhor que a do outro. Então essa é a busca. Agora você imagina, o Papa fez esse encontro!”, exclama.
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Tribunal Eclesiástico Interdiocesano e de Apelação de Campinas BÁRBARA BERAQUET
O
Arquivo
Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de Campinas, então primeira instância, foi elevado, no início do ano, a segunda instância, passando a se chamar Tribunal Eclesiástico Interdiocesano e de Apelação de Campinas. Para entender um pouco mais sobre esta novidade e sobre o funcionamento do Tribunal Eclesiástico, A Tribuna conversou com Padre Dr. Adriano Broleze, Vigário Judicial do Tribunal.
A Tribuna: Como se deu a elevação do Tribunal Eclesiástico de Campinas a segunda instância? Padre Adriano: Primeiramente, houve um pedido do Tribunal Eclesiástico de Brasília para uma revisão dos tribunais de segunda instância, visto a sobrecarga de trabalhos naquela sede. O Tribunal de Londrina fez, então, o pedido à CNBB, e esta encaminhou ao Supremo Tribunal da Signatura Apóstolica em Roma. O Supremo Tribunal, que age em nome do Papa, após a devida verificação, reconheceu que o Tribunal Eclesiástico de Campinas comporta as qualidades para agir como Tribunal de Apelo. Foi, então, emanado o Decreto favorável elevando nosso tribunal a segunda instância. Assim, agora somos Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de Primeira e Segunda Instância de Campinas. A Tribuna: A partir de agora, o que muda na prática e no trabalho do Tribunal? Padre Adriano: Haverá certamente mais trabalho, pois, do Tribunal Eclesiástico de Londrina, receberemos, em média, mais de cem processos por ano, no entanto, não será uma sobrecarga ao Tribunal de Campinas, visto que, hoje, temos uma equipe disposta e bem capacitada. Continuaremos o empenho em nossa primeira instância e realizaremos certamente um efetivo trabalho na segunda instância que agora nos foi confiada pelo Santo Padre.
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da justiça é a oferta pastoral mais preciosa que o Tribunal presta a quem o procura
”
A Tribuna: Conte-nos um pouco sobre como será a atuação do Tribunal em segunda instância nos processos. Padre Adriano: Os processos de declaração de nulidade matrimonial necessitam, ordinariamente, perpassarem por duas instâncias (dois Tribunais) recebendo, desta forma, decisão conforme para sua nulidade. Assim sendo, os processos provenientes do Tribunal de Londrina deverão ser novamente analisados pelo Defensor do Vínculo em Campinas e por três juízes. Se concordes com a primeira instância, o processo é homologado e é emitida a declaração de nulidade matrimonial. É uma tarefa extremamente responsável e requer o conhecimento da antropologia, psicologia, pastoral e, sem dúvida alguma, do direito canônico. A Tribuna: O Papa Francisco tem demonstrado, em diversas ocasiões e com o Sínodo sobre as Famílias, sua preocupação com a situação das famílias nos tempos atuais e futuros. O Tribunal Eclesiástico Interdiocesano partilha ou comunga das preocupações levantadas pelo Santo Padre? E como o Tribunal pode atuar frente aos desafios colocados às famílias? Padre Adriano: Posso dizer que não só comungamos, mas estamos realizando na prática, acolhendo a todos que procuram o Tribunal Eclesiástico, não negando, por nenhuma razão, o acesso daqueles que desejam a justiça. Conseguimos significativos passos: maior rapidez dos processos, aumento dos membros com titulação canônica, atendimento ao público de segunda a sexta-feira e a inexistência de acúmulo de processos em espera. É preciso recordar que nem todo casamento é
Arquivo
Padre Adriano Broleze
“A realização
nulo, e que o processo de declaração de nulidade não é mera formalidade; exige certo tempo, vários profissionais e, sobretudo, empenhada análise. A realização da justiça é a oferta pastoral mais preciosa que o Tribunal presta a quem o procura. Existem ainda alguns pontos cruciais que devemos corrigir e Dom Airtom José, Arcebispo Metropolitano e Moderador do Tribunal, tem acompanhando e participado de perto, o que tem possibilitado essa melhora e o que estimula a vislumbrar, sempre, tempos melhores. O ideal seria que todos os casamentos fossem verdadeiros e, por assim, válidos, infelizmente isso não acontece e, para acolher os que necessitam, estaremos presentes. A Tribuna: É um grande passo para o Tribunal ser elevado? Todos estiveram envolvidos para que se tornasse Segunda Instância de Londrina? Padre Adriano: Ninguém faz nada sozinho; o trabalho é de todos, pois todos se preocupam com os anseios daqueles que buscam a justiça e, ainda mais, a Justiça Eclesiástica. É um orgulho, sem dúvidas, participar ativamente desse momento, mas o desejo de melhorar e sanar antigas feridas é constante. Com o apoio de todos vamos melhorar cada vez mais no serviço que nos é confiado diante do povo de Deus. É preciso lembrar que o Tribunal é Interdiocesano, ou seja, ele envolve todas as Dioceses da Província de Campinas, sendo assim, devemos compartilhar esse passo com todas as Câmaras Eclesiásticas e com todos que se esforçam para realizar o trabalho da Justiça Eclesiástica que, como meta suprema, busca a salvação das almas.
BOLETIM A TRIBUNA - FEVEREIRO/MARÇO 2015 - 11
Atos do Governo Arquidiocesano Decretos, atos, provisões ou nomeações assinados por Dom Airton José dos Santos, Arcebispo Metropolitano
Chancelaria do Arcebispado Comunicamos que, no dia 05 de dezembro de 2014, a Chancelaria do Arcebispado de Campinas expediu os documentos: 1. Uso de Ordem: Revmo. Pe. Dom Bruno da Silva, O.S.B, do Mosteiro de São Bento, em Vinhedo; 2. Provisão de Pároco: Pe. Antônio Marcos Camargo. Paróquia São Francisco de Assis, em Monte Mor; 3. Decreto: Criação da Paróquia de São Francisco de Assis, em Monte Mor. Em 06 de dezembro de 2014: 1. Ata de Ereção Canônica da Paróquia de São Francisco de Assis, em Monte Mor. Em 09 de dezembro de 2014: 1. Provisão de Pároco: Pe. João Batista Silvestre, Paróquia Santa Luzia, no Jardim das Oliveiras, em Campinas. Em 09 de janeiro de 2015: 1. O Revmo. Padre Air José de Mendonça, MSC, nomeado Pároco da Paróquia São José, em Campinas. 2. O Revmo. Pe. Tarcísio Pereira Machado, MSC, nomeado Vigário Paroquial da Paróquia São José, em Campinas. 3. O Revmo. Pe. Henrique Batista Roberto, MSC, nomeado Vigário Paroquial da Paróquia São José, em Campinas. Em 16 de janeiro de 2015: 1. Criação da Nova Paróquia São Guido Maria Conforti, com sede à Rua Antonio Gonçalves Pires, 41, Jardim Novo Ângulo, CEP. 13185-160, Hortolândia, Estado de São Paulo. 2. Nomeação do Rev.\mo. Pe. Lucas Marandi, SX, Missionário Xaveriano, para o cargo de Pároco da Paróquia São Guido Maria Conforti, em Hortolândia, São Paulo.
3. Nomeação do Revmo. Pe. Alfiero Ceresoli, SX, Missionário Xaveriano, para o cargo de Vigário Paroquial da Paróquia São Guido Maria Confrorti, em Hortolândia, São Paulo. 4. Nomeação do Revmo. Pe. Giovanni Murazzo, SX, Missionário Xaveriano, para o cargo de Vigário Paroquial da Paróquia São Guido Maria Conforti, em Hortolândia, São Paulo. Em 29 de janeiro de 2015: 1. Provisão de Ministro Extraordinário da Distribuição da Comunhão Eucarística, Paróquia Santos Apóstolos, em Campinas; 2. Provisão de Ministro Extraordinário da Palavra, Paróquia Santos Apóstolos, em Campinas; 3. Provisão de Ministro Extraordinário da Saúde, Paróquia Santos Apóstolos, em Campinas; 4. Provisão de Ministro Extraordinário das Exéquias, Paróquia Santos Apóstolos, em Campinas. Em 31 de janeiro de 2015: 1. Nomeação do Revmo. Pe. Matheus da Silva Bernardes, religioso do Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt, para o cargo de Administrador Paroquial da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Campos Verdes, em Hortolândia, São Paulo. Em 02 de fevereiro de 2015: 1. Ata da tomada de posse do Revmo. Padre Lucas Marandi, SX, Pároco da Paróquia São Guido Maria Conforti. 2. Ata de Ereção Canônica da Paróquia São Guido Maria Conforti, em Hortolândia. Mantenha-se atualizado pelo portal www.arquidiocesecampinas.com/chancelaria (Fechamento desta edição em 27 de fevereiro de 2015)
Rua Lumen Christi, 02 - Jardim das Paineiras 13092-320 - Campinas - SP Telefone (19) 3794.4650 www.arquidiocesecampinas.com
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