BOLETIM INFORMATIVO A TRIBUNA - ÓRGÃO OFICIAL DA ARQUIDIOCESE DE CAMPINAS
Missa dos Santos Óleos, Quinta-feira Santa. Foto de Bárbara Beraquet
ANO 105 - EDIÇÃO 3.910 - MARÇO/ABRIL DE 2016
Missa do Crisma: renovação das promessas dos sacerdotes e bênção dos óleos sacramentais
Semana Santa
Boletim A Tribuna
Publicação do Setor Imprensa da Arquidiocese de Campinas – SP
Arcebispo Metropolitano: Dom Airton José dos Santos Direção: Padre Renato de Moura Petrocco Editora-chefe: Bárbara Beraquet (MTb 37.454) Jornalista: Wilson Antonio Cassanti (MTb 32.422) Apoio: Diácono Antônio Alves (PASCOM) João do Carmo Costa (DRT 22630/SP)
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com a renovação das promessas sacerdotais.
Fotos de Bárbara Beraquet
EXPEDIENTE
Semana Santa foi celebrada em todas as paróquias da Arquidiocese de Campinas com intensidade. Na Quinta-feira Santa, dia 24 de março, quando se abre solenemente o Tríduo Pascal, foi celebrada, na parte da manhã, apenas uma Missa, na Catedral Metropolitana, presidida por Dom Airton José dos Santos, Arcebispo Metropolitano de Campinas, e concelebrada por todos os padres da Arquidiocese, em sinal de unidade do presbitério com o Bispo, sucessor dos Apóstolos. Riquíssima em simbolismo, nela acontece a Bênção dos óleos do Batismo e para a Unção dos Enfermos e a Consagração do óleo do Crisma. Esses óleos serão usados durante todo o ano na administração dos sacramentos. Nela também se dá a comemoração da Instituição do Sacerdócio,
Composição própria Distribuição gratuita Impressão: RIP Editores Gráficos Tiragem: 10 mil exemplares WWW.ARQUIDIOCESECAMPINAS.COM
REDACAO@ ARQUIDIOCESECAMPINAS.COM RUA IRMÃ SERAFINA, 88 BOSQUE 13026-066 CAMPINAS, SP
Equipe Setor Imprensa Confira a versão digital do Boletim A Tribuna, que também está disponível para download em
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02 - MARÇO/ABRIL 2016 - BOLETIM A TRIBUNA
Cruz, sinal da nossa salvação “Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Mt 16, 24) POR BÁRBARA BERAQUET
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ruzes de três metros de altura, confeccionadas em madeira maciça e envernizadas, nelas esculpidas JESUS MISERICORDIA, podem ser vistas diante das Comunidades Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia da Divina Providência, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora de Nazaré e Nossa Senhora da Esperança, em Campinas. O pároco da Nossa Senhora da Pompeia, Padre Luiz Roberto Teixeira Di Lascio, explica que a ideia de colocar as cruzes nas comunidades - demonstração e sinal externo de amor - veio por inspiração e oração depois que o Papa Francisco instituiu o Ano Extraordinário da Misericórdia. “Lendo o documento Bula Misericordie Vultus, lá dentro o Papa cita ‘Abri as Portas a JESUS MISERICORDIA’. Essas duas palavras coloquei na Cruz, como um marco para lembrarmos sempre deste Ano Santo. Estas cruzes são iluminadas à noite e as pessoas, ao passarem diante da Igreja ou Comunidade, logo percebem a força de pronunciar, pensar, rezar, escutar, ler essas duas palavras sagradas”, comenta. A devoção de amor para com a Misericórdia de Deus e o Santo Nome de Jesus, segundo o padre, tem produzido testemunhos
de bênçãos e graças entre o povo. “Em maio, colocaremos, na Festa da Padroeira, na Comunidade de Nossa Senhora dos Pobres e na Comunidade São Francisco de Assis”, fala, sobre as duas comunidades da Paróquia que ainda não receberam, mas receberão a Cruz. Foi Jesus quem escolheu o caminho da Cruz para salvar a humanidade e manifestar o amor da Santíssima Trindade pelos homens. O lugar de sacrifício é também o início da Salvação da Humanidade. Por isso, a cruz sem o crucificado perde o significado para os católicos.
“Na Cruz de Cristo, está todo o amor de Deus, a sua imensa misericórdia. E este é um amor em que podemos confiar, em que podemos crer(...). Só em Cristo morto e ressuscitado encontramos salvação e redenção. Com Ele, o mal, o sofrimento e a morte não têm a última palavra, porque Ele nos dá a esperança e a vida: transformou a Cruz, de instrumento de ódio, de derrota, de morte, em sinal de amor, de vitória e de vida” Papa Francisco, durante a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, em 2014.
Fotos de João Costa BOLETIM A TRIBUNA - MARÇO/ABRIL 2016 - 03
Maria, próxima de Deus POR PROF. DR. PE. EDVALDO MANOEL DE ARAÚJO
O
percurso existencial de Maria é o caminho do encontro marcado pela proximidade amorosa para com Deus,
que desemboca na oferta-comunhão para com o próximo. Em Maria, a relação com Deus proporciona plenitude, alegria, segurança e esperança; e na relação com o próximo, realiza-se na disponibilidade, no cuidado, na irradiação do amor. Na proximidade com Deus, Maria vivencia uma relação vital, ponto de referência para todas as dimensões da vida, a partir de uma visão d’Ele como presença afetiva e efetiva, que atrai, plenifica e faz viver, diferente de uma visão de Deus-lei ou do Deus-distante colocada pelos doutores e mestres da época. “Feliz aquela que acreditou” (Lc 1,45): Maria escuta a proposta de Deus, acolhe no coração, fazendo de sua vida realização da vontade de Deus. A relação com Deus determina todas as dimensões da vida e faz uma escolha fundamental: fazer-se vontade de Deus. Maria, na relação com o próximo, mostra uma solidariedade-caridade pronta e generosa com os necessitados. A solidariedade com os necessitados é, sobretudo, fidelidade a Deus. A verdadeira solidariedade-caridade se posiciona
04 - MARÇO/ABRIL 2016 - BOLETIM A TRIBUNA
e solidária com a Humanidade sempre a partir das necessidades do outro, sobre-
Nosso povo vive a sua religiosidade numa ligação
tudo quando há alguém pronto para se aproveitar,
muito estreita com Maria, nela percebendo sinais
com objetivos não solidários, da situação, das ne-
expressivos e concretos que intensificam a sua fé
cessidades e das fragilidades alheias. Maria se posi-
em Deus e na vida. O encontro devocional com Ma-
ciona com o olhar e com o coração do “samaritano” diante daquele que está em necessidade,
ria é um momento forte de encontro em que a pessoa se sente acolhida como pessoa,
como nas Bodas de Canaã. Maria in-
com suas fragilidades, dificuldades
terpreta a vontade de Deus e a sua
e necessidades - como humano.
missão a partir das necessidades
Sentir-se acolhido é algo que
do seu povo, do contexto históri-
faz acreditar em si mesmo;
co, como no Magnificat.
com a força necessária para
O exemplo de Maria, testemu-
caminhar, revigora a esperan-
nha do serviço, ajuda-nos a sair
ça. A devoção mariana sempre
da indiferença e do individua-
conduz a uma ação que cola-
lismo para buscarmos um novo
bora na construção do Reino
modo de ser, pensar e agir. Mui-
de Deus, sobretudo para a Hu-
tas vezes escutamos o provérbio
manidade hoje angustiada por
popular que afirma: “o que os
tantas situações que acarre-
olhos não veem, o coração não
tam uma vida sub-humana e,
sente”. Ao invertermos a fra-
ao mesmo tempo, com fome e
se, percebemos que é o sentido
sede de um mundo mais justo
mais comum nos dias de hoje:
e humano.
“o que o coração não sente, os
Maria, em sua ternura, é pala-
olhos não veem”.
vra: de esperança, de comunhão, de paz e alegria.
Perceber a realidade do outro a partir do olhar da fé nos conduz a doar ao próximo algo de nós mes-
Maria nos conduz ao encontro com Deus, de nós mesmos, com o próximo.
mos, uma parte de nosso tempo, das nossas energias, dos nossos recursos, enfim, testemunhar o amor cristão promovedor da vida.
Padre Edvaldo Manoel de Araújo é Diretor do Curso de Filosofia da PUC-Campinas.
Imagens extraídas da Internet. Imagem central: “Visitação” de Mariotto Albertinelli, 1503 BOLETIM A TRIBUNA - MARÇO/ABRIL 2016 - 05
ARQUIDIOCESE em destaque
Curso na PUC-Campinas aborda Nulidade Matrimonial
Aniversário de ordenação episcopal de Dom Airton José dos Santos
No dia 02 de março de 2016, comemoraram-se A PUC-Campinas está oferecendo o curso de ex- 14 anos de ordenação episcopal de Dom Airton tensão “Processos de Declaração de Nulidade José dos Santos, Arcebispo Metropolitano de CamMatrimonial – MOTU PROPRIO: MITIS IUDEX DO- pinas. Em missa com a presença de Dom Alfio RaMINUS IESUS”, ministrado pelo Professor Doutor pisarda, Núncio Apostólico no Brasil de 1992 a Padre Adriano Broleze. O objetivo da formação é 2002, de Dom Gilberto P. Lopes, Arcebispo Eméatualizar as informações sobre o processo de De- rito de Campinas, de membros do clero e de fiéis, claração de Nulidade nos Tribunais Eclesiásticos e Dom Airton reafirmou o ânimo enunciado em seu lema episcopal “Eu vim, ó Deus, para fazer a tua fazer um estudo do Motu Proprio citado. No conteúdo programático, em síntese, a aborda- vontade”(Hb 10,9), lembrando que as inúmeras gem será feita pela introdução ao Direito Canôni- missões a ele confiadas não são opressivas, senco e passará pelo Direito Matrimonial Canônico do realizadas com o desejo de servir e segundo a e Direito Processual de Declaração de Nulidade vontade do Senhor. Matrimonial. Ao final do curso, sob o tema Jurisprudência, o aluno terá uma visão abrangente com casos práticos e orientações jurisprudenciais mais recentes da Rota Romana nas causas matrimoniais.
Dom Airton e Dom Alfio ao centro. Foto de Bárbara Beraquet
Cúria retorna ao Centro de Pastoral Pio XII
Assembleia Geral A 54ª Assembleia Geral (AG) da CNBB começou em 6 de abril, com uma missa no Santuário Nacional de Aparecida, e encerrou-se no dia 15 do mesmo mês. O tema central “Os cristãos leigos e leigas” esteve nas discussões e decisões dos bispos do Brasil. Entre os mais de 300 bispos presentes, estava o Arcebispo Metropolitano de Campinas, Dom Airton José dos Santos. (Foto: CNBB)
Em dezembro de 2015, a Cúria Metropolitana voltou a ocupar o prédio do Centro de Pastoral Pio XII, situado à Rua Irmã Serafina, 88, no Bosque, em Campinas. O telefone de contato é o (19)3519.3050.
06 - MARÇO/ABRIL 2016 - BOLETIM A TRIBUNA
Jubileu dos Enfermos
Lava-pés(inhos) na Perpétuo Socorro
Lembra-te, Senhor, da tua misericórdia e do teu amor, pois eles existem desde sempre” (Sl 25,6). No dia 03 de abril, foi celebrada a Santa Missa do Jubileu pelos Enfermos e Profissionais da Área da Saúde, na Catedral Metropolitana de Campinas, às 09h30, presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Airton José dos Santos. O Jubileu dos Enfermos faz parte da série de jubileus específicos da Arquidiocese de Campinas pelo Ano Santo da Misericórdia, convocado pelo Papa Francisco no final do ano passado.
Na Quinta-feira Santa, 24 de março, na Matriz Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Campinas, o momento do Lava-pés teve a participação de crianças - o pároco, Padre Bruno Alencar Alexandroni, lavou os pezinhos dos pequenos. “Como neste ano a Campanha da Fraternidade foi sobre a corresponsabilidade para com a casa comum e o grande tema foi o do saneamento básico, uma das questões que foram refletidas se referia ao mundo que queremos deixar para os ‘nossos’ filhos e netos. Assim, pensamos que lavar os pés das criancinhas nos coloca em comunhão com o Nosso Senhor que, recebendo as crianças em seus braços para as abençoar, afirmou que quem não acolher o Reino de Deus como uma criança não entrará nele”, explica o padre. Gesto de purificação e humildade, o Lava-pés reproduz e celebra o ato de Jesus Cristo a seus discípulos, na Última Ceia, quando Jesus surpreendeu a todos ao se levantar e lavar os pés de cada um dos Apóstolos, mostrando que a autoridade só pode ser entendida como serviço aos outros.
Foto: João Costa
24 horas para o Senhor Na Bula Misericordiae vultus (O Rosto da Misericórdia), de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, o Papa Francisco pede que “a Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus”. Como ação do Jubileu, o Papa Francisco solicitou que as dioceses de todo o mundo incrementassem as “24 horas para o Senhor” da sexta-feira ao sábado anteriores ao 4º Domingo da Quaresma, dias 04 e 05 de março. Na Arquidiocese de Campinas, em unidade com o Santo Padre e com as dioceses de todo o mundo, a Jornada “24 horas para o Senhor” foi realizada em todas as nove cidades que compõem nossa Igreja Particular. Na cidade de Campinas, as horas foram na Catedral Metropolitana, com a presença de padres da cidade para atendimento de confissões. A Catedral permaneceu aberta 24 horas, com início no dia 04 de março, às 12h15, e término no dia 05 de março, às 12h15.
Foto: Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
BOLETIM A TRIBUNA - MARÇO/ABRIL 2016 - 07
Jornada Diocesana da Juventude POR BÁRBARA BERAQUET
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Celebração de Ramos na Catedral Metropolitana, no dia 20 de março de 2016, teve início com a Bênção, Procissão, Missa de Ramos e término com a realização da Jornada Diocesana da Juventude, em que os jovens participaram da catequese com o Arcebispo, Dom Airton José dos Santos. Em comunhão com toda a Igreja, todas as Dioceses promovem suas Jornadas no Domingo de Ramos. A Jornada Diocesana tem como propósito trabalhar, com os jovens, subsídios e reflexões e prepará -los para a próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que será em breve, de 26 a 31 de julho deste ano, na Cracóvia, Polônia.
Os temas das Jornada Diocesana são sempre escolhidos pelo papa e, para este ano, Papa Francisco escolheu como tema “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” (Mt 5,7). “A palavra de Deus nos ensina que a felicidade está mais em dar do que em receber. É precisamente por este motivo que esta bem-aventurança declara felizes os misericordiosos. Sabemos que o Senhor nos amou primeiro, mas só seremos verdadeiramente bem-aventurados e felizes se entrarmos nesta lógica do amor de Deus”, orientou Dom Airton, na catequese com os jovens. O Arcebispo também se dirigiu a eles sobre o Ano Santo da Misericórdia, instituído pelo Papa Francisco no final do ano pas-
A pedido da Redação, Moniquele Cruz, paroquiana da Sant’Ana de Campinas, e Juliana Brechó, da Paróquia Santa Paulina, em Campinas, que participaram da organização para a Jornada, convidaram dois jovens para dar seu testemunho. Confira! EU PARTICIPEI!
Acima, o assessor da Área Pastoral Juventude, Padre Jonas Barbosa. Ao lado, Dom Airton. Fotos gentilmente cedidas pela Paróquia Santa Paulina, de Campinas
Natalia Tofoli: “Sobre meu Domingo de Ramos, simplesmente o melhor poder estar no jubileu da juventude, foi espetacular. Nunca vi a catedral com tantos jovens! A catequese com o Arcebispo Dom Airton no final da missa foi ‘show de bola’. Como estamos no Ano da Misericórdia, a catequese foi sobre o tema. Também neste ano acontece a JMJ 2016, que será na terra do nosso antigo papa João Paulo II e devemos estar em comunhão com quem terá o privilégio de estar nesse marco da juventude católica. Nós, jovens, devemos mostrar nossas caras na Igreja para provar que o mal não nos atinge e sermos cristão assumidos sem vergonha de gritar para o mundo ‘Eu sou um jovem cristão’”.
08 - MARÇO/ABRIL 2016 - BOLETIM A TRIBUNA
“A Misericórdia
de Deus é concreta
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sado e iniciado em 8 de dezembro de 2015, na Solenidade da Imaculada Conceição de Maria. Na bula Misericordiae Vultus (“O Rosto da Misericórdia”), que institui o ano jubilar, o Santo Padre aborda a grandeza da Misericórdia Divina e, ao mesmo tempo, a importância de os fiéis aplicarem em sua vida a virtude da misericórdia. “A Misericórdia de Deus é concreta”, disse o bispo. “Somos chamados, todos, a fazer sua experiência pessoalmente. Encontrar a Misericórdia de Deus significa sentir-se filho de Deus. Amado por Deus. Quando você sente que é amado, respeitado, visto, você não sente vontade de conversar?”, questionou os participantes, sobre o exercício de proximidade com Deus.
EU PARTICIPEI! Alexandre Pedroso: “Sou Alexandre, da Paróquia Santa Paulina, e venho falar um pouco sobre a Missa de Ramos e sobre a catequese com o Bispo Dom Airton. Fiquei muito feliz ao ver tantos jovens reunidos para a missa. O nosso Arcebispo nos deu uma missão para o ano que vem: de cada jovem que foi levar mais um amigo. A catequese com o Dom Airton foi muito boa para a nossa formação, ficamos sabendo um pouco mais sobre o Ano da Misericórdia e sobre a Jornada Mundial da Juventude que acontecerá em Cracóvia, mas teremos várias atividades em nossa Arquidiocese. Valeu muito esse encontro com o bispo. Acho que deveria ter mais vezes, não só no Domingo de Ramos. Muito obrigado...”. BOLETIM A TRIBUNA - MARÇO/ABRIL 2016 - 09
ARQUIDIOCESE em destaque
ORIENTAÇÕES PASTORAIS ACERCA DO MODO DE PROCEDER FRENTE AO SURTO DE INFLUENZA “H1N1”
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onsiderando, os crescentes casos de transmissão do vírus “Influenza H1N1” e tendo em vista o salvaguardo da boa saúde de nossos fiéis, assim como o zelo intrínseco ao nosso ministério pelos Sacramentos e pela Igreja, após terem sido a mim apresentados estudos e propostas acerca do cuidado que devemos ter nesta específica situação, orientamos todas as Paróquias, Comunidades, Capelas e demais organismos de nossa Arquidiocese de Campinas, como segue: 1.A transmissão do vírus “Influenza A/H1N1” pode ocorrer principalmente em locais fechados, pelo contato próximo (aproximadamente um metro) com pessoas que já estejam infectadas com o vírus, geralmente, apresentando os sintomas da gripe (febre, tosse, coriza nasal, espirros, dores musculares). Assim, reforçamos as orientações do Ministério da Saúde para evitar o contágio: cubra “sempre o nariz e a boca quando espirrar ou tossir. Lave as mãos frequentemente com água e sabão… Sempre que possível, evite aglomerações ou locais pouco arejados. Mantenha uma boa alimentação e hábitos saudáveis”. Que se faça atenção à salubridade de nossas igrejas e alfaias, bem como haja boa ventilação dos ambientes, sobretudo quando houver maior fluxo de pessoas. 2.Como herança a nós deixada pelo próprio Cristo Senhor, os Sacramentos são sinais eficazes e sensíveis da graça de Deus, necessários à Salvação, constituindo, juntamente com a Palavra, um direito dos fiéis, segundo a sua condição. Devendo ser celebrados com todo o zelo e devoção, segundo as normas litúrgicas, orientamos especial atenção quanto à celebração e distribuição da Santa Euca-
ristia. Orientamos, até que de nossa parte haja disposição contrária: – Que nas Celebrações Litúrgicas Comunitárias evite-se o cumprimento da saudação da paz; – Que os fieis evitem dar as mãos durante a oração do Pai-nosso; – Que a Sagrada Comunhão seja ministrada somente na espécie do pão Consagrado e diretamente nas mãos dos fiéis, observando as disposições corretas para este modo. Sendo facultado aos fiéis a possibilidade de receber a comunhão na boca ou na mão (Instrução Geral do Missal Romano, n. 161), exortamos a que, nessa fase de surto da gripe, os fiéis conscientemente optem por receber na mão a Sagrada Espécie; – Que os ministros do altar estejam atentos à necessária higienização das mãos com água e álcool gel antes e depois da distribuição da Sagrada Comunhão; 3.Sejam elevadas preces a Deus a fim de nos livrar deste grave mal. Recomendo que os padres, conforme as orientações litúrgicas, quando possível, celebrem a Santa Missa usando os formulários apropriados do Missal Romano: “em qualquer necessidade” e/ou “pelos enfermos”. No desejo de zelar por todo o rebanho a mim confiado por Cristo, em nossa Arquidiocese de Campinas, manifesto meu profundo afeto aos sacerdotes, fiéis cooperadores de nosso ministério episcopal, aos diáconos e a todo o Povo de Deus, rogando-lhes a minha bênção apostólica!
Dom Airton José dos Santos Arcebispo Metropolitano de Campinas
10 - MARÇO/ABRIL 2016 - BOLETIM A TRIBUNA
“A Alegria do Amor” Breve análise da Exortação Apostólica Amoris Laetitia POR PEDRO J. DE REZENDE E KETTY A. DE REZENDE
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guardávamos com grande expectativa a muito da integração e do carinhoso acolhimento a espublicação de uma Exortação Apostólica sas pessoas procurando-se abrigá-las, cada uma em sobre a família, como havia sido anunciado sua condição presente, dentro do ambiente amoroso logo após o término do Sínodo de outubro passado. da Igreja. Ao mesmo tempo, nos conclama a mostrarJá era esperado que ela contivesse orientações pas- mos, a cada um, um caminho de conversão constante torais que contemplassem a grande diversidade de e de abertura gradativa à missão que é confiada a cada situações em que se encontram as famílias no mundo um de nós batizados. contemporâneo. Esta Exortação é, portanto, um documento para ser Entretanto, “A Alegria do Amor” (Amolido, estudado e refletido por cada cristão. Mas, ris Laetitia) acabou sendo um docudeve ser no mesmo espírito de alegria e de mento pastoral muito além das nosamor com que foi escrito, que deve ser lido: Um sas expectativas. Ao mesmo tempo com a mente aberta, grande disposição de documento em que se encontra nele a reiteraadesão à verdade e sincera atitude miseripara ser lido, cordiosa, como o exemplo que temos visto ção dos ensinamentos da Igreja, fundamentada no Magistério e nos no Papa Francisco. estudado e textos dos papas anteriores, se vê ali refletido Pedro Jussieu de Rezende e Ketty Abaroa de Reclaramente a mão do Papa Francisco: zende participaram da XIV Assembléia Geral do Síseu estilo pedagógico, compassivo e tão nodo dos Bispos em 2015 como Auditores, por nomeação acessível ao cristão leigo. do Papa Francisco. Por um lado, destaca aspectos doutrinais já abordados em encíclicas e exortações anteriores. Por outro A aguardada Exortação pós-sinodal sobre a Família, do lado, ao costumeiro estilo do Papa Francisco, ressalta Papa Francisco, datada de 19 de março, Solenidade de São de modo muito concreto, aos casais e às famílias que José, recolhe os resultados de dois Sínodos sobre a família vivem fielmente a sua missão, o valor do amor conju- convocados pelo Papa Francisco em 2014 e 2015 gal verdadeiro, da abertura à fecundidade e da edu- São 325 parágrafos distribuídos em nove partes assim discação dos filhos, como fonte de profunda alegria no criminadas: À luz da Palavra; A realidade e os desafios da família; Olhar fixo em Jesus: A vocação da família; O ambiente familiar e no contexto da sociedade. amor no matrimônio; O amor que se torna fecundo; AlguNota-se porém, que “A Alegria do Amor” traz uma mas perspectivas familiares; Reforçar a educação dos filhos; grande novidade pastoral. Há uma marcante ênfase Acompanhar, discernir e integrar a familiaridade e espirituao aspecto do “acompanhamento” das pessoas feridas alidade conjugal e familiar. Encerra-se com uma Oração à ou que se colocam à margem da Igreja. Francisco fala Sagrada Família.
“
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BOLETIM A TRIBUNA - MARÇO/ABRIL 2016 - 11
Atos do Governo Arquidiocesano Decretos, atos, provisões ou nomeações assinados por Dom Airton José dos Santos, Arcebispo Metropolitano
Chancelaria do Arcebispado Comunicamos que a Chancelaria do Arcebispado de Campinas expediu os documentos:
1. O Revmo. Diác. Idalírio de Oliveira Olini, recebe Provisão para Uso de Ordem na Paróquia Nossa Senhora da Candelária, em Indaiatuba.
Em 24 de fevereiro de 2016 1. O REVMO. PE. ANTONIO PEREIRA SOBRINHO, OMI, nomeado para o Ofício de Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Sumaré. 2. O REVMO. PE. LINDOMAR FELIX DA SILVA, OMI, nomeado para o Ofício de Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Sumaré.
2. O Revmo. Diác. Antonio Rodrigues Alves, recebe Provisão para Uso de Ordem na Paróquia de São Benedito (Vila Costa e Silva), em Campinas.
Em 14 de março de 2016 1. Provisão para o serviço pastoral: a Sra. Maria Aparecida Falsarella Duarte, Presidente do Centro de Promoções Sociais “Maria Antônia Celani”, em Valinhos. Assistente Eclesiástico,
Em 29 de fevereiro de 2016
o Revmo. Pe. Dalmírio Djalma do Amaral.
1. O REV.MO. Mons. RAFAEL CAPELATO, nomeado para o Ofício de Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição – Catedral Metropolitana de Campinas.
Em 04 de março de 2016
Mantenha-se atualizado pelo portal www.arquidiocesecampinas.com/chancelaria (Fechamento desta edição em 14 de abril de 2016)
Rua Irmã Serafina, 88 - Bosque 13026-066 - Campinas - SP Telefone (19) 3519.3050 www.arquidiocesecampinas.com
12 - MARÇO/ABRIL 2016 - BOLETIM A TRIBUNA