BOLETIM INFORMATIVO A TRIBUNA - ÓRGÃO OFICIAL DA ARQUIDIOCESE DE CAMPINAS
Ordenação presbiteral. Foto de Carolina Grohmann
ANO 105 - EDIÇÃO 3.912 - JULHO/AGOSTO 2016
Arquidiocese em festa pela ordenação de quatro novos presbíteros
“O Sacerdote é o Amor do Coração de Jesus” (São João Maria Vianney) Boletim A Tribuna
Publicação do Setor Imprensa da Arquidiocese de Campinas – SP
Arcebispo Metropolitano: Dom Airton José dos Santos Direção: Padre Renato de Moura Petrocco Editora-chefe: Bárbara Beraquet (MTb 37.454) Jornalista: Wilson Antonio Cassanti (MTb 32.422) Apoio: João do Carmo Costa Estagiárias da PUC-Campinas: Caroline Herculano Giullia Sampaio Thais Helena Bento
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povo acolhe com festa, a família sente orgulho e a Igreja se alegra com a ordenação de um novo padre. Recentemente, essa felicidade foi experimentada com a ordenação de quatro presbíteros, como você confere nessa edição. “O padre é aquele que alivia o fardo pesado dos ombros do irmão e pode dizer a ele: ‘Os teus pecados estão perdoados’. O padre é aquele que se esquece de si para nunca se esquecer dos outros. O padre é aquele que na solidão da vida que escolheu sente-se feliz por nunca estar sozinho, pois só Deus basta. O padre é quem que mesmo com mãos trêmulas por causa da idade avançada nunca esquece que essas mãos são para abençoar, consagrar, santificar e traçar o sinal da santa cruz como sinal de salvação”. Assim, tomadas por empréstimo essas palavras do Padre Juarez de Castro, deixamos a reflexão da essência, da mística e do chamado que é ser padre. Dia 04 de agosto é o dia dedicado ao padre, Dia de São João Maria Vianney, o Cura D’Ars. Em Campinas, o clero se reuniu no dia 08 de agosto para confraternizar e rezou pelos sacerdotes na igreja de Santa Teresinha, em Paulínia.
Foto de Padre Antonio Alves
EXPEDIENTE
Composição própria Distribuição gratuita Impressão: RIP Editores Gráficos Tiragem: 10 mil exemplares WWW.ARQUIDIOCESECAMPINAS.COM
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Fotos de João Costa
30º Encontro de CEBs da Sub-Região Pastoral Campinas THAIS HELENA BENTO
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alestras, debates e confraternização foram as atividades do 30º Encontro de CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) da Sub-Região Pastoral CNBB Campinas, realizado na Comunidade São João Batista, em Campinas. O encontro reuniu as Dioceses de Amparo, Bragança Paulista, Limeira, Piracicaba e São Carlos e a Arquidiocese de Campinas no final de semana dos dias 30 e 31 de julho. Com o tema “CEBs: 30 Anos de Encontros da Sub-Região Campinas. Fé-Vida. Caminhada. Misericórdia” o objetivo foi discutir como as comunidades podem ser misericordiosas neste momento em que presenciamos tanta violência no mundo. Além disso, para o Cônego Cláudio Zaccaria Menegazzi, também assessor da Comissão das CEBs e Pároco do Paróquia São João Batista (Campinas), esse momento é uma troca de experiências nas vidas das comunidades e na caminhada pastoral da Igreja, além da comemoração pelo 30º encontro. Para Fernando Altemeyer, professor da PUC-SP e Assessor do Encontro das CEBs, foi importante o debate de assuntos da atualidade, como o recente assassinato do padre francês Jacques Hamel, degolado por terroristas do Estado Islâmico em sua paróquia, na França. Sobre o Encontro, Fernando enfatizou a multiplicidade da Igreja, na base “que se encontra para fortalecer os links, para favorecer o debate, para conhecer experiências e, sobretudo, para continuar acreditando que Igreja, na base, é a célula fundamental de toda a Igreja”. O 30º Encontro de CEBs da Sub-Região Pastoral CNBB Campinas reuniu 310 pessoas entre público e equipes de serviço, além das 108 famílias que acolheram e hospedaram os participantes. Esse encontro, junto com outros eventos que serão realizados no ano que vem, é uma preparação para o grande encontro intereclesial das CEBs que acontece a cada quatro ou cinco anos.
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Fotos de Carolina Grohmann
Ordenação presbiteral Arquidiocese de Campinas acolhe quatro novos padres DA REDAÇÃO
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Arquidiocese de Campinas recebeu quatro novos padres pela Ordenação Presbiteral dos então Diáconos Idalírio de Oliveira Olini, Emerson Ginetti, Antonio Rodrigues Alves e Amauri Ribeiro Thomazzi. A cerimônia foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Airton José dos Santos, na Catedral de Campinas, no dia 30 de julho, pela manhã. “O dia da ordenação de um padre representa uma alegria para nós. Significa que a palavra de Deus continua inspirando as pessoas e que muitas continuam respondendo ao Seu chamado”, disse Dom Airton.
A celebração foi prestigiada por fiéis, familiares e membros do clero. Em uma cerimônia emocionante, os quatro diáconos se tornaram presbíteros pela imposição das mãos do Arcebispo e receberam as vestes sacerdotais de seus familiares que, com toda a assembleia, uniram-se em cânticos de acolhida aos novos padres. Padre Idalírio de Oliveira nasceu em Umuarama (PR) e mudou-se para Hortolândia (SP), onde iniciou sua vida religiosa na paróquia Nossa Senhora do Rosário. Depois de terminar os estudos em Teologia na cidade de Pedreira, foi seminarista por dois anos na Paróquia Santana, em Sumaré (SP). “Hoje é o dia que o Senhor preparou para nós. Sou grato a Deus pelo chamado e por esse tempo de amadurecimendo à minha vocação [...]. Vou procurar exercer meu ministério com muita compaixão e misericórdia, assim como tenho experimentado, misericórdia de Deus Pai, que me acolhe e que me ama”, comentou. Padre Antonio Rodrigues, natural de Senhor do Bomfim (BA), lá recebeu o primeiro chamado de Deus, mas resolveu dar continuidade à sua vocação em Campinas (SP). Vindo de uma família religiosa, o apoio dos parentes foi fundamental para seguir com seu objetivo. “Hoje reina um sentimento de gratidão
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Acima, o “sim” do ordenando Emerson ao chamado de Deus; ao lado, momento em que as mãos dos então diáconos são amarradas, sinal externo de sua ligação com Cristo. Abaixo, o arcebispo realiza a imposição das mãos sobre o agora Padre Idalírio. Ao lado, emoção no olhar do Padre Amauri. Página ao lado: os quatro ordenandos prostram-se como sinal de sua total entrega a Deus; abaixo, Dom Airton procede à unção das mãos do Padre Antonio. a Deus, primeiro pelo dom da vida e depois pelo dom de vocação [...] Eu escolhi o lema que é o projeto de Jesus, que quando veio ao mundo teve o projeto de anunciar o reino de Deus, de modo particular, tinha como preferência os pobres e os pequenos. Esse é o meu desejo, fazer as mesmas opções que Jesus fez”, falou. Padre Amauri Ribeiro Thomazzi nasceu em em Moreira Sales (PR) e, aos dois anos de idade, mudou-se com a família para Indaiatuba (SP). Participou da comunidade São João Batista e nela foi atuante nas pastorais da liturgia, catequese de primeira comunhão e crisma. “Só sei dizer que eu estou muito feliz. Ver as pessoas, os amigos, parentes e a Igreja toda da Arquidiocese reunida neste lugar me deixa com
o coração muito agitado. Eu rotulo esse sentimento que eu estou sentindo como alegria, porque eu não sei realmente dizer outra coisa.”, emocionou-se. Padre Emerson Ginetti nasceu em Americana (SP) e começou o Seminário em 2002, mas por motivos de saúde pediu afastamento e voltou ao seminário em 2010. No ano seguinte, iniciou os estudos em Teologia e formou-se em 2014. “Nesse momento eu só tenho que agradecer e louvar a Deus pelo dom da minha vida e pelo chamado que o Senhor me fez. E o momento da graça. Como diz o livro do Eclesiástico: há tempo para tudo. Acima do Céu e abaixo da Terra. Hoje é o momento de Deus para minha vida e também para a vida da Igreja”, agradeceu.
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ARQUIDIOCESE em destaque Dom Airton celebra aniversário natalício No dia 25 de junho, na Catedral Metropolitana de Campinas, demos graças pelo aniversário natalício do Arcebispo Metropolitano, Dom Airton José dos Santos. Para comemorar essa data tão especial, o Coro da Arquidiocese de Campinas e instrumentistas convidados apresentaram, após a missa, um concerto de música sacra. Fotos de Maurício Aoki
Templo Votivo inicia celebração do ano jubilar As comemorações do Jubileu dos 50 anos do Templo Votivo do Santíssimo Sacramento, que será celebrado em 2017, já começaram. A missa de abertura do ano jubilar foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano Dom Airton José dos Santos, no dia 14 de julho. O Templo Votivo é uma Igreja construída por um voto feito no Congresso Eucarístico de 1942, idealizado por Dom Paulo de Tarso Campos e concluído por Dom Antônio Maria Alves de Siqueira. Inaugurado em 14 de julho de 1967, o templo foi destinado a ser a sede da Obra da Adoração Perpétua, que promove o culto do Santíssimo Sacramento. A responsabilidade de zelar e cuidar do bom andamento do Templo foi confiada às Irmãs Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacramento – Toca de Assis. O Capelão é o Pe. Thiago Ruiz Bernardo. O Templo Votivo o Santíssimo Sacramento está localizado na Rua Regente Feijó, 1359, no Centro, telefone (19) 3231.1846.
Dom Gilberto P. Lopes, Arcebispo Emérito, Dom Airton e Monsenhor Rafael Capelato. Abaixo, Coro da Arquidiocese.
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Foto gentilmente cedida/Templo Votivo
Foto de Padre Antonio Alves
Medalha Samuel Lisman O Arcebispo Metropolitano de Campinas, Dom Airton José dos Santos, recebeu, em 09 de julho, a Medalha Samuel Lisman de Artes, conferida pela Academia Campineira de Letras e Artes – ACLA. Essa homenagem é concedida anualmente a personalidades de Campinas que tiveram relevante importância na vida cultural da cidade. Para o Dr. Sérgio Caponi, Presidente da ACLA, “Dom Airton é merecedor da medalha, primeiro, por ‘aprimorar o que já era bom’, dando continuidade e novo incentivo ao trabalho desenvolvido pelo Curso de Extensão de Música Litúrgica – CEMULC e pelo Coro da Arquidiocese de Campinas. Depois, pelo restauro do Palácio Episcopal, que foi destinado a ser espaço definitivo do Museu Arquidiocesano de Arte Sacra de Campinas”. Arquivo
Carmelo de Santa Teresinha vende círios e velas O Carmelo de Santa Teresinha do Menino Jesus, em Barão Geraldo, Campinas, está produzindo para a venda, círios e velas para ajudar na manutenção do mosteiro. Além das que estão no mostruário, as irmãs também produzem velas sob medida. Há também, velas para Primeira Comunhão. Para encomendar, entre em contato com Irmã Eliana, pelo irmariaeliana@gmail.com, telefone (19) 3289.4636 ou envie WhatsApp para (19) 98214.1921. O Carmelo de Santa Teresinha do Menino Jesus está situado à Rua Luiz Vicentin, n° 612, no Distrito de Barão Geraldo.
Dom Airton recebe a Medalha Samuel Lissman.
Jornada Missionária Parte das ações programadas para o Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, a Jornada Missionária na Arquidiocese de Campinas acontecerá no período de 03 de outubro a 08 de dezembro de 2016 e tem como objetivos principais expressar nosso esforço para ser uma Igreja em saída, como discípulos e discípulas missionários; estruturar a animação missionária em todos os segmentos de nossa Igreja, a partir da “urgência da Igreja em estado permanente de missão” de nosso novo Plano de Pastoral Orgânica 2015-2019; fortalecer pela missão a integração de nossas Comunidades nas Foranias; e motivar e preparar para a grande peregrinação de nossa Arquidiocese para o Santuário Nacional de Aparecida, em maio de 2017. Os meses de agosto e setembro são dedicados à formação para as Equipes Paroquiais indicadas para a realização da Jornada Missionária da Arquidiocese de Campinas. A formação está sendo realizada nas Foranias, com a assessoria dos Padres que fazem parte da Equipe de Animação da Jornada Missionária.
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Na última edição, no artigo “Revelação e Misericórdia”, Padre Edemilson discorreu sobre o Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Nesta edição, ele dá continuidade ao tema.
Justiça Divina e Misericórdia PADRE EDEMILSON LOVATTO como justiceiro ou vingador, então, a misericórdia deve ser assumida como propriedade fundamental de Deus e princípio de compreensão do seu modo de ser e agir. Isto posto, não é a misericórdia que deve ser entendida como um aspecto da justiça de Deus, mas, pelo contrário, é a justiça divina a expressão da sua misericórdia. Por isso, acertadamente lembra o papa Francisco “a misericórdia não é contrária à justiça, mas exprime o comportamento de Deus para com o pecador, oferecendo-lhe uma nova possibilidade de se arrepender, converter e acreditar [...] Esta justiça de Deus é a misericórdia concedida a todos como graça” [MV, 21]. Não se pode, portanto, compreender a misericórdia em oposição à justiça, sobretudo em relação aos mandamentos. A misericórdia não elimina a justiça, mas com aquela, Deus passa além desta, como bem ensinou Jesus, a misericórdia encarnada do Pai: “se a vossa justiça não exceder a dos escribas e a dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus” (Mt 5,20). O que pauta a vida do cristão é o mandamento do amor, o qual é a própria expressão do modo de ser e agir de Deus. Exceder a justiça é deixar-se guiar e transbordar pelo amor compassivo de Deus, que primeiro nos amou.
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Padre Edemilson Lovatto é Administrador Paroquial da Paróquia São Benedito – Vila Costa e Silva Arquivo
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utro ponto de contato destacado pelo papa Francisco na Bula de proclamação do ano jubilar e que merece consideração é o da justiça e a misericórdia. Há que se recordar de que o ponto de partida de como Deus se revela é a paciência e a misericórdia, prevalecendo, portanto sua bondade sobre o castigo e a destruição [MV, 6]. O Pai criador deseja o bem da humanidade e quer vê-la feliz, alegre e serena de tal modo que a misericórdia é a manifestação de sua onipotência e não de sua fraqueza. Assim posto, a misericórdia e a justiça em Deus não estão em oposição, como aspectos contraditórios, mas duas dimensões de uma única realidade. Dirá o papa que para além da perspectiva legalista, “a justiça é essencialmente um abandonar-se confiante à vontade de Deus” [MV, 20]. A visão meramente jurídica deixa a justiça reduzida simplesmente como mera aplicação da lei. E Deus, como um juiz, teria a lei acima de si e também estaria submetido à sua observância e aplicação. É neste sentido que o papa recorda de que “se Deus se detivesse na justiça, deixaria de ser Deus; seria como todos os homens que clamam pelo respeito da lei” [MV, 21]. O Pai é soberano e justo em relação a si mesmo e não em relação a uma lei externa a si. E, para ser fiel a si mesmo, ele também é misericordioso, buscando “os pecadores para lhes oferecer o perdão e a salvação” [MV, 20]. Se, como recorda o Concílio Vaticano II, “existe uma ordem ou ‘hierarquia’ das verdades da doutrina católica” (Unitatis redintegratio, 11), e como já foi lembrado anteriormente, de que Deus se revelou primeiramente como “misericordioso e clemente, vagaroso na ira, cheio de bondade e fidelidade” (Ex 34,6) e também como amor (cf. 1Jo 4,8.16) e não
(Campinas) e Vigário Forâneo da Forania Nossa Senhora de Fátima.
Os Tribunais Eclesiásticos e a Conciliação
MONSENHOR ADRIANO BROLEZE
observância das orientações dadas pelo próprio Senhor. A conciliação é um esforço que visa a não desnecessária busca do conflito, e em muitas situações o abandono de algo em vista de uma pacificação maior, como orienta o Senhor: “se alguém te ofender com um tapa na face direita, volta-lhe também a outra. E se alguém quiser processar-te e tirar-te a túnica, deixa que leve também a capa” (Mt 5,40). Em nossos dias, tão marcados por iniciativas de ódio e revanchismos, como as palavras de Jesus são desafiadoras! Na legislação do Código de Direito Canônico, a lei de nossa Igreja, assim, expressa: Cân. 1446 — § 1. Todos os fiéis, a começar pelos Bispos, se esforcem com diligência para que, salvaguardada a justiça, quanto possível se evitem os litígios entre o povo de Deus, e se resolvam pacificamente com rapidez. Assim, sempre que necessário, o Tribunal Eclesiástico buscará, ainda que fatigosamente, realizar sua principal tarefa, colaborando com equilíbrio da justiça eclesiástica. Até mesmo nas causas matrimoniais, que compõem a grandíssima maioria dos processos, o juiz convidará as partes a refletirem se ainda existe a possibilidade da reconciliação. Contudo, nas soluções das controvérsias mais gerais, a busca principal será a da conciliação, não só por prática jurisdicional, mas, sobretudo, por ser um mandamento do único e supremo juiz de todos nós: o Senhor Jesus!
Doutor Monsenhor Adriano Broleze é Vigário Judicial do Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de Campinas e Pároco da Paróquia Nossa
Arquivo
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esde suas origens, a Igreja compreendeu que as questões mais delicadas deveriam ser especialmente tratadas, buscando a reconciliação e o reencontro dos irmãos. O próprio Senhor ensinou, em várias passagens, como isso deveria ser feito por seus discípulos: Se teu irmão pecar contra ti, vai e, em particular com ele, conversem sobre a falta que cometeu. Se ele te der ouvidos, ganhaste a teu irmão. Porém, se ele não te der atenção, leva contigo mais uma ou duas pessoas, para que pelo depoimento de duas ou três testemunhas, qualquer acusação seja confirmada. (Mt 18,15). Nasce dessa passagem bíblica uma forma de proceder que visa, constante e incansavelmente, buscar a conciliação. Essa pedagogia, dada pelo Mestre como caminho de comunhão, deverá ser presente nos Tribunais Eclesiásticos. Os Tribunais Eclesiásticos nascem da dimensão social da própria Igreja, que no brocardo latino reza Ubi societas, ibi jus, traduzido como Onde está a sociedade aí está o direito. A Igreja, como sociedade do povo de Deus, também necessita do esforço regulador, laborioso, para participar da Justiça Divina que, no Direito Canônico, será a Salvação das Almas. Nesse sentindo, ao contrário do que se possa inicialmente imaginar, o Tribunal não será um local de denúncias ou mesmo uma torre de vigilância, onde e quando se enumeram os erros e se demandam punições, mas a primeira e precípua função do Tribunal é a busca da conciliação. Essa reconciliação será entendida, juridicamente, como a busca do equilíbrio, a realização do bem comum, bem representada pelo símbolo da balança, que acompanha quase todos os tribunais do mundo. Visto que, quando uma ofensa foi cometida, quando uma violação da lei foi realizada ou quando alguém, legitimamente, foi ferido em seu direito, o desequilíbrio ocorreu, e cabe ao esforço da justiça realizar a pacificação, o equilíbrio social. Esse equilíbrio será formado, superando o inicial desejo de vingança, proporcionado, em suma, com o diálogo, com a
Senhora de Fátima (Campinas).
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PUC-Campinas celebra 75 anos Comemorações marcam o aniversário da Universidade DA REDAÇÃO
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m comemoração aos seus 75 anos, completos neste ano, a PUC-Campinas tem desenvolvido inúmeras atividades. Em entrevista ao Jornal da PUC-Campinas, Dom Airton José dos Santos, Arcebispo Metropolitano, expressou suas expectativas como Grão-Chanceler da instituição. “Nestes 75 anos, a presença da PUC-Campinas tem sido marcante na história da cidade de Campinas e da região. Desde o seu início, na década de 1940, por inspiração do Bispo Dom Barreto (um dos idealizadores da PUC-Campinas) e de Monsenhor Salim (primeiro Reitor da Universidade), a Igreja sempre se preocu-
pou em contribuir com a formação das pessoas e com o desenvolvimento local e regional. A presença da PUCCampinas na história é perene. Nosso objetivo é com o futuro. Esses 75 anos constituem a base dos próximos muitos anos que virão. E a PUC-Campinas permanecerá em cada época da história contribuindo de modo significativo para o desenvolvimento da sociedade. Nesse contexto histórico em que vivemos, a Universidade tem muito a contribuir, com análises, perspectivas e soluções. A realidade está aí para ser enfrentada, com inteligência, competência, e a PUC-Campinas tem tudo para oferecer isso”, disse.
Orquestra Sinfônica de Campinas A PUC-Campinas reuniu alunos, ex-alunos, docentes, funcionários e toda a comunidade para comemorar os 75 anos de fundação com um concerto da Orquestra Sinfônica de Campinas, sob regência do Maestro Victor Hugo Toro e exposição de fotos históricas da Universidade promovida pelo museu Universitário. O evento foi realizado no Teatro Municipal “José de Castro Mendes”, em Campinas/SP na noite de 08 de abril. O concerto teve obras de W.A. Mozart (1756-1791) e solo da premiada pianista Erika Ribeiro, considerada uma das artistas mais expressivas de sua geração.
Colóquio Laudato Si’ O evento “Colóquio Laudato Si’: Por uma Ecologia Integral” teve o tema baseado na Encíclica do Papa Francisco, “Laudato Si’: sobre o cuidado da Casa Comum”, que apresenta texto sobre a ecologia humana. A PUCCampinas sediou este evento nos dias 04 e 05 de maio, com a presença do Magnífico Reitor da PUC-Rio, Prof. Dr. Pe. Josafá Carlos de Siqueira. A Encíclica foi o primeiro documento escrito integralmente pelo Papa Francisco, que buscou inspiração nas meditações de São Francisco de Assis, patrono dos animais e do meio ambiente. Em 2013, no início do 10 - JULHO/AGOSTO 2016 - BOLETIM A TRIBUNA
seu Pontificado, o primeiro documento publicado por Francisco foi “Lumen Fidei”, que já tinha sido iniciado pelo Papa Emérito Bento XVI. A Encíclica é composta por seis capítulos: “O que está a acontecer à nossa casa”, “O Evangelho da criação”, “A raiz humana da crise ecológica”, “Uma ecologia integral”, “Algumas linhas de orientação e ação” e “Educação e espiritualidade ecológicas”. Durante o “Colóquio Laudato Si’: Por uma Ecologia Integral” houve a Conferência “Laudato SI’: Os grandes desafios para a educação” e mesas redondas para discussões: “Panorama Ético, Ecológico, Espiritual e Midiático da ida no Planeta”, “Fundamentos para uma reflexão teológica, econômica e social sobre a crise ecológica” e “Educação e espiritualidade ecológica para a construção de uma ecologia integral”. O evento foi organizado pelo Núcleo de Fé e Cultura da Universidade e realizado para toda a comunidade no Auditório Dom Gilberto e no Auditório do Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (CCHSA), no Campus I da PUC-Campinas.
pecial em comemoração aos 75 anos da Universidade. Em meio a palestras com mediadores e rodas de conversa, com temas “Década de 1940: o surgimento das Faculdades Campineiras”, “Monsenhor Dr. Emílio José Salim e o seu tempo (1941 a 1968)”, “Memórias e Convivências”, a PUC-Campinas teve como objetivo refletir sobre a conjuntura nacional e internacional, no período de atuação de seu primeiro Reitor, Monsenhor Dr. Emílio José Salim. Uma das maiores autoridades de Ensino Superior do País, o Monsenhor Dr. Emílio José Salim foi peça chave da organização da maioria dos cursos superiores da Igreja nas décadas de 40 e 50. Tornou-se o principal esteio do projeto de implantação das Faculdades Campineiras e seu primeiro Reitor, entre os anos de 1958 a 1968.
Solene Celebração Eucarística O Arcebispo Metropolitano de Campinas e GrãoChanceler da PUC-Campinas, Dom Airton José dos Santos, pesidiu a Solene Celebração Eucarística em Comemoração ao Aniversário de 75 anos da PUC-Campinas. A cerimônia foi realizada no sábado, dia 11 de junho na Catedral Metropolitana de Campinas, e contou com a presença da Magnífica Reitora, Profa. Dra. Angela de Mendonça Engelbrecht, docentes, funcionários e alunos da Universidade.
Monsenhor Dr. Emílio José Salim A PUC-Campinas, por meio do Museu Universitário e da Faculdade de História, promoveu a Semana Monsenhor Dr. Emílio José Salim nos dias 13 a 17 de junho, no Campus I. Este evento faz parte da programação es-
Dom Airton presidiu Missa Solene pelos 75 anos da PUC-Campinas. Abaixo, na outra página, concerto comemorativo. Colóquio Laudato Si’. Prof. Dr. Pe. Josafá Carlos de Siqueira – Reitor da PUC – Rio cumprimenta Dom Airton. Ao centro da foto, Magnífica Reitora. Fotos de Álvaro Jr./PUC-Campinas.
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ARQUIDIOCESE em destaque
Foto de João Costa
Posse Canônica de Dom Paulo é celebrada em São Carlos
Dom Airton, Cláudio di Salvo, vice-prefeito de São Carlos, Cardeal Orani João Tempesta, Paulo Altomani, prefeito e Dom Paulo Cezar Costa.
Dom Paulo Cezar Costa recebeu a Posse Canônica como 7º Bispo da Diocese de São Carlos com uma missa celebrada em 6 de agosto, dia da Festa da Transfiguração do Senhor. A missa ocorreu na Catedral São Carlos Borromeu. A celebração também contou com a presença do Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta; do Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer; Dom Airton José dos Santos, Arcebispo Metropolitano de Campinas e presidente do Regional Sul 1 da CNBB, de Bispos, padres, diáconos e seminaristas da diocese de São Carlos. Para Dom Paulo, assumir uma diocese traz um sentimento de muita alegria, mas também de muita responsabilidade: “A grande imagem do Bispo é a imagem do cristo bom pastor. O Bispo é chamado a ser a presença do bom pastor, é chamado a ser aquele que faz as vezes do bom pastor no meio do seu povo. Isso é uma grande responsabilidade. Mas entro confiando na graça do Senhor; entro confiando que o Senhor me chamou. Ele me sustentará em cada momento do meu ministério.” Dom Paulo foi nomeado pelo Papa Francisco no dia 22 de junho do ano passado, após a renúncia de Dom Paulo Sérgio Machado, aceita em 16 de dezembro de 2015. Desde então, a Diocese de São Carlos se encontrava sob a Administração Apostólica de Dom Airton José dos Santo, Arcebispo Metropolitano de Campinas.
Jornada Mundial da Juventude reuniu quase 2 milhões de pessoas A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2016 foi composta de peregrinações, shows, vigílias e missas na Cracóvia, Polônia, e foi encerrada no último domingo, dia 31. Durante a última semana do mês de julho, a JMJ proporcionou momentos muito importantes para os católicos de todo o mundo e principalmente aos quase 2 milhões que participaram pessoalmente. Com o tema “Bem-aventurados os misericordiosos, pois alcançarão misericórdia” e também a data especial do Ano da Misericórdia, instituída em 8 de dezembro do ano passado até 20 de novembro desse ano, o Papa Francisco abordou várias vezes a questão da violência no Oriente Médio, o terrorismo e incentivou os jovens a não desistirem: “O tempo que estamos vivendo hoje não necessita de jovens-sofá, mas de jovens com sapatos, melhor ainda, com as chuteiras calçadas. Só aceita jogadores titulares na quadra, não há espaço para substitutos”. Na missa de encerramento da Jornada, no último domingo, Papa Franciso usou palavras do cotidiano dos jovens para passar uma mensagem: “Jovens, Jesus quer fazer parte do seu “chat” diário e deseja que o Evangelho seja seu “navegador” pelas estradas da vida”. E para finalizar e deixar os jovens ansiosos, a próxima JMJ já foi divulgada: será no Panamá em 2019.
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