Anjos PHOTO / Os Pioneiros

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advento da fotografia foi um acontecimento marcante para a arte, criou divisões e uma disrupção até ali nunca vista. A criação da arte por uma máquina. Enquanto a arte em geral ganhou cor, cresceu e se mostrou e impôs ao mundo a fotografia escondeu-se, diminuiu-se numa relação pouco definida com o público, refugiouse no papel barato em oposição à tela e ao mármore. Encontrou no preto e branco e nas imagens desfocadas o seu espaço. Parecia que estava/está à procura de um espaço não seu mas superior, virou-se para Deus… E nessa procura parece procurar e por vezes parece encontrar os anjos na terra.

junho 2020 ilídio manuel

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n a t á l i a

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c o r r e i a

reio nos anjos que andam pelo mundo, Creio na Deusa com olhos de diamantes, Creio em amores lunares com piano ao fundo, Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes, Creio num engenho que falta mais fecundo De harmonizar as partes dissonantes, Creio que tudo eterno num segundo, Creio num céu futuro que houve dantes, Creio nos deuses de um astral mais puro, Na flor humilde que se encosta ao muro, Creio na carne que enfeitiça o além, Creio no incrível, nas coisas assombrosas, Na ocupação do mundo pelas rosas, Creio que o Amor tem asas de ouro. Ámen.

Creio nos anjos que andam pelo mundo Natália Correia

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b r a v o

anuel Álvarez B r a v o é considerado um dos maiores representantes da fotografia latinoamericana do século XX, sua obra se estende desde o final da década de 20 ao início dos anos 90. Diego Rivera, que foi muito seu amigo, o considera uma pessoa hipersensível, de mentalidade incisiva e profunda, aberta a toda experiência e propícia a toda inquietude. Ainda citando a descrição de Rivera, a poesia discreta e profunda, a ironia desesperada e fina, emanam das fotografias de Manuel Álvarez Bravo como se estivessem suspensas no ar, como se tornassem visível um raio de luz que penetra em um quarto escuro.

1902 - 2002

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enry Cartier-Bresson, um pintor francês que se converteu à fotografia.

Nascido na região francesa de Chanteloupen-Brie, em 1908, em uma família rica de industriais, Henri Cartier-Bresson ganhou sua primeira câmera fotográfica ainda criança. Porém, só descobriu a paixão pela fotografia em uma viagem que fez à Africa, aos 22 anos. Em 1931, ao ver uma fotografia mostrando três rapazes correndo em direção ao mar, do húngaro Martin Munkacsi, publicada na revista Photographies, que Cartier-Bresson descobriu verdadeiramente a fotografia. “A única coisa que era uma surpresa completa pra mim e me levou à fotografia foi o registro de Munkacsi. Quando eu vi a fotografia dos meninos negros correndo em direção à onda, eu não pude acreditar que tal coisa poderia ser captada por uma câmera. Peguei a câmera e fui para as ruas. (…) De repente eu entendi que a fotografia poderia captar a eternidade instantaneamente” – disse Cartier-Bresson durante uma entrevista.

1908 - 2004

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ve Arnold nasceu em Filadélfia (Estados Unidos), de uma família pobre de imigrantes russos com ascendência judaica. Passou parte da infância e adolescência estudando para se tornar médica. Mas, a vida lhe apresentou outro grande amor que a nortearia até a sua morte: a fotografia. Foi no ano de 1946 que Eve ganhou sua primeira câmera: uma Rolleicord, presente de um namorado. Dois anos depois se matriculou na New School for Social Research, no Harley, bairro pobre em Nova York, episódio que representou um momento decisivo para a futura carreira que estaria por vir. Lá ela fez a sua primeira cobertura fotográfica, a de um desfile de moda. Em 1957 passou a se estabelecer em Londres e foi contratada pela famosa Agência Magnum, passando a realizar inúmeras coberturas fotográficas. Nesse período, Eve Arnold alcança a maturidade profissional, com destaque para fotografias que beiram a excelência e versatilidade, marcas de seu amplo e distinto trabalho. 1912 - 2012

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elen Levitt nasceu no Brooklyn, Nova York, em 1913. Ela trabalhou para uma fotógrafa comercial no Bronx, onde, por seis dólares por semana, aprendeu o básico da câmara escura. Em 1935, durante uma exposição na Julien Levy Gallery ela descobrir o trabalho de Henri Cartier-Bresson e Walker Evans. Interessada em cinema, tornou-se editora e diretora de filmes em tempo integral. Na década de 1950 fez uma segunda carreira fora de seus filmes, um dos quais foi uma colaboração com o escritor James Agee. Ela retornou à fotografia em 1959 depois de receber uma bolsa Guggenheim para suas cenas de rua, mas desta vez em cores.

1913 - 2009

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douard Boubat nasceu em 1923, em Paris.

Começou a despertar para a fotografia depois da Segunda Guerra Mundial, por volta de 1946. Iniciou os seus estudos na área da fotografia na capita francesa, onde também começou a trabalhar num estúdio fotográfico. A nível profissional, tudo se iniciou em 1951, ao participar numa exposição coletiva na livraria La Hune. Mais do que tudo, as fotos de Boubat são uma celebração da vida. Boubat tinha a capacidade única de registar instantes únicos e mágicos, momentos que só podem ser capturados intemporalmente pelo olhar único dos verdadeiros mestres. Ao longo da vida foi distinguido com vários prémios: Grand Prix du Livre (1977), Grand Prix National de la Photographie (1984) e Grand Prix de la Fondation Hasselblad (1988).

1923 - 1999

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r o b e r t

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f r a n k

obert Frank foi um nome fundamental na fotografia. A sua obra "The Americans" (1958) é considerada um marco na história da fotografia, com as suas imagens a preto e branco captadas em viagens que realizou pelos Estados Unidos da América a tornarem-se um manifesto contra a tradição. As suas 83 fotos rejeitaram muitas convenções estabelecidas e centravam-se em pessoas comuns. Teve prefácio escrito por Jack Kerouac, o escritor da Beat Generation.. Feitas com uma câmara Leica de 35 mm, as imagens a preto e branco são consideradas uma obra-prima de Frank e focadas em figuras marginais, negligenciadas da vida americana - de casais adolescentes e operários a motociclistas. Apelidado de "Manet da nova fotografia" pela crítica nova-iorquina Janet Malcolm, Frank foi considerado o pai da "estética instantânea", que captura um momento espontâneo em movimento.

1924 - 2019

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k o r d a

lberto Korda em 1960 tirou uma fotografia de Ernesto Che Guevara quando em Havana.

Nesta época, o comandante Guevara tinha 31 anos de idade. A mítica fotografia foi conhecida publicamente em outubro de 1967, após a morte de Guevara na Bolívia, devido à publicação de um livro pelo italiano Giangiacomo Feltrinelli, para quem Korda havia cedido algumas imagens, entre elas a inédita captura que havia realizado naquele 5 de março de 1960. A célebre imagem, na qual o líder revolucionário se vê com o olhar fixo no horizonte e exibindo sua boina de comandante com a estrela no centro, é considerada a imagem mais reproduzida da história da humanidade, além de ter se transformado em um ícone da contracultura, estandarte de movimentos políticos ao redor do mundo e expressão de rebeldia para muitos jovens. Seu autor, o cubano Alberto Korda, jamais recebeu um só dólar por conta de direitos de propriedade intelectual pela fotografia, argumentando que "Como defensor dos ideais pelos quais Che Guevara morreu, não me oponho à reprodução da imagem para difusão de sua memória e da causa da justiça social no mundo". 1928 - 2001

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sebastião salgado

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em 1944.

ebastião Ribeiro Salgado é um fotógrafo brasileiro, nascido em Aimorés, Minas Gerais,

Sebastião é formado em economia e realiza doutorados nessa área. Durante o período entre 1971 e 1973, trabalhou para a Organização Internacional do Café, em Londres. Já, quando estava em uma viagem na África, onde coordenava um projeto sobre a cultura do café em angola, Sebastião decidiu tornar-se fotógrafo. Enquanto estava em Paris, documentou perturbados acontecimentos sociais e políticos na Europa e na África. Realizou viagens pela América Latina, entre 1977 e 1984, onde documentou as condições de vida dos camponeses e dos índios, que se encontram no livro Autres Ameriques, de 1986. Trabalhou por 15 meses com o grupo francês Médicos Sem Fronteiras, percorrendo a região do Sahel, na África, e registrando a devastação causada pela seca na década de 1980. Já entre 1986 e 1992, produziu a série Trabalhadores, em que documentou o trabalho manual e as árduas condições de vida dos trabalhadores em várias regiões do mundo

1944

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Ă­ndice remissivo

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ndice remissivo

manuel (1967) natĂĄlia (1923) bravo (1902) ...............................................6/7 bresson (1908).............................................8/9 eve (1912) ................................................10/11 levitt (1913)..............................................12/13 boubat (1923)..........................................14/15 frank (1924).............................................16/17 korda (1928)............................................18/19 salgado (1944).........................................20/21



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