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Suplemento de Igreja - Ano XXVII, Nº 523, junho de 2011

Online:

Jornal mensal da Arquidiocese de Goiânia

PENTECOSTES Data celebra descida do Espírito Santo sobre os apóstolos, a Virgem Maria e discípulos

Espírito Santo: graça que desperta na fé pE. ANTÔNIO dONIzETH guIMARÃES

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Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade. É o amor de Deus. Amor que procede da união entre o Pai e o Filho. “Eu estou no Pai e o Pai está em mim” ( Jo 14,11). Jesus o chama também de Espírito Paráclito, consolador, advogado e Espírito da Verdade. O novo Testamento o chama também de Espírito de Cristo, do Senhor, de Deus, Espírito da glória, da promessa. O Espírito Santo é esta força, este amor invisível, mas nós o conhecemos por sua ação quando nos revela o Verbo e age na Igreja. Uma das passagens que representam a manifestação do Espírito é Atos dos Apóstolos, capítulo 2. Narra o episódio de Pentecostes. A palavra vem do grego pentekosté e significa quinquagésimo. A festa de Pentecostes acontece 50 dias após o domingo de Páscoa. Inicialmente, Pentecostes era uma festa agrícola chamada “Festa da Colheita”. Mais tarde, foi relacionada com o Êxodo, para comemorar a proclamação da Lei no Monte Sinai. Para os cristãos, o Pentecostes celebra a descida do Espírito sobre os apóstolos, a Virgem Maria e seguidores de Cristo, que estavam

reunidos em oração. A força do Espírito levou os apóstolos a tomarem a palavra e proclamarem à multidão o anúncio de Jesus Cristo. Foi nesse momento que a Igreja começou sua missão de evangelizar o mundo. Foi na Europa, a partir da Baixa Idade Média, por volta dos anos 1200 que o culto ao Espírito Santo tomou forma de festividade. A origem da Festa de Pentecostes, chamada popularmente de Festa do Divino como se conhece hoje, vem de Portugal no século XIV. Foi instituída pela Rainha Isabel, que depois foi canonizada como Santa Isabel. A festa chegou ao Brasil com os primeiros portugueses, sobretudo com os Jesuítas, e a partir do século XVII se espalhou. O sentido da festa é celebrar a memória da vinda do Espírito sobre a Igreja e também pedir suas bênçãos sobre o povo. Pentecostes é a plenificação do mistério pascal: a comunhão com o Ressuscitado é completada, levada à plenitude, pelo dom do Espírito, que continua em nós a obra do Cristo e sua presença gloriosa. Este acontecimento na vida da Igreja nos faz lembrar que o Espírito Santo está na base de toda comunidade cristã. É o amor universal de Deus que reúne todos, provocando relações fraternas e o verdadeiro entendimento.

O Espírito é dado a todos. Ninguém fica sem ele, e ninguém o possui plenamente. É ele que leva a humanidade a formar uma só família, no amor e para o amor. Ele é quem nos faz ser Igreja: aberta, acolhedora, missionária, profética, transformadora e geradora de vida. Segundo a teologia da Igreja, toda pessoa recebe o Espírito Santo por ocasião do batismo, por isso a Igreja não define a necessidade de um segundo batismo, conforme a profissão de fé do Credo Niceno: “Professo um só batismo para remissão dos pecados”.

A expressão “batismo no Espírito” é usada com frequência no contexto da Renovação Carismática Católica, mas não se trata de um sacramento e sim de um auxílio para uma vivência da fé segundo a mensagem do Evangelho. Existe uma orientação da CNBB em relação a esse assunto. A expressão batismo no Espírito é ambígua por sugerir uma espécie de sacramento, por isso deve ser evitada (cf. doc. 53 CNBB, nº 55). Os bispos aconselham a utilização do termo efusão do Espírito Santo em vez de batismo no Espírito.

Vários símbolos representam o Espírito Santo. A água, símbolo da ação do Espírito no batismo; a unção com óleo, que é sinal sacramental da confirmação; o fogo, que transforma aquilo que toca, significa a energia transformadora dos atos do Espírito; a nuvem e a luz, símbolos inseparáveis nas manifestações e na revelação da glória divina; a imposição das mãos, sinal que tem profundo significado no sacramento da ordem; a pomba, que desce sobre Cristo e permanece sobre ele no batismo. Ainda temos o selo, símbolo próximo da unção e que indica o efeito indelével da unção do Espírito nos sacramentos do batismo, da confirmação e da ordem. O Espírito Santo age em comunhão com Cristo, na Igreja, corpo de Cristo e templo do Espírito Santo. Pelos sacramentos, Cristo comunica aos membros de seu corpo o seu Espírito e a graça de Deus que produz os frutos de vida nova, segundo o Espírito, que constrói, anima e santifica a Igreja. Ele age no coração dos homens preparando-os para atraílos a Cristo. Ele é quem nos desperta na fé e nos inicia na vida nova. Ele age na vida dos fiéis, defendendo-os de perder a vida e a salvação eterna. É por ele que chegamos à compreensão do grande mistério de amor: o mistério de Cristo.

Acesse: www.arquidiocesedegoiania.org.br

Em entrevista ao Brasil Central, a deputada fala de sua trajetória – que tem passagem pela Arquidiocese – e de assuntos polêmicos, como a volta ao PT de Delúbio Soares, marcado pelo escândalo do mensalão. páginas 6 e 7

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Batalha na Câmara dos Deputados, entre representantes do agronegócio e ecologistas, é vencida pelos primeiros. Veja o que pode mudar na legislação ambiental. página 4

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