Foto: Agência AP – Associated Press
Publicada Exortação Apostólica para a Família
“A alegria do amor”
Família argentina que foi de Kombi aos EUA e se encontrou com o papa
PALAVRA DO ARCEBISPO
ARQUIDIOCESE
CATEQUESE DO PAPA
Dom Washington Cruz explica a vocação do padre na vida da Igreja
Obras de Misericórdia em pauta na Reunião Mensal de Pastoral
Concluída série de catequeses sobre a misericórdia na Bíblia
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Arquidiocese de Goiânia
PALAVRA DO ARCEBISPO
Por que é que um jovem hoje se faz padre?
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ueiramos ou não, o mundo avança. E depende de nós que ele avance conosco ou sem nós. O que é um padre? O que faz? Para que serve? São perguntas que podem incomoDOM WASHINGTON CRUZ, CP dar, mas para as quais deve existir Arcebispo Metropolitano de Goiânia uma resposta que fuja às demagogias apologéticas (mesmo as pós-modernas) e, integrando o que é específico da fé, dialogando com a cultura de cada tempo, se afirme na credibilidade do seu conteúdo e do seu testemunho. A vocação dos padres está, por natureza, ligada à paternidade da fé e à constituição da vida da Igreja, Corpo de Cristo. O ministério dos padres recebe mesmo a sua razão de ser no serviço aos cristãos. Por isso a sua missão é complementar à de todos os cristãos na medida em que é sua função ajudar a que estes vivam a sua fé. O padre é, por isso, alguém que se entrega a Deus por causa dos outros. De fato, o padre é um homem chamado para servir a fé e a vivência cristãs de todos os outros homens e mulheres. A sua vida é isso: servir, ensinando, santificando e animando a fé de todos os outros homens e mulheres. Ou seja, o padre é alguém que está ao serviço da dimensão batismal da vida de todos os crentes. Acreditou e falou!
Editorial “A grande novidade da exortação está no título, pois precisamos olhar a família com alegria” (Dom João Bosco, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB)
Enfim todos poderão ter em mãos, em breve, a Exortação Apostólica do papa Francisco sobre a Família, Amoris Laetitia – a Alegria do Amor. Não é uma novidade, pois se São João Paulo II foi o papa dos jovens, Francisco é o das famílias. Prova disso são os dois sínodos, ordinário e extraordinário, convocados por ele em 2014 e 2015, para refletir sobre essa porção do Povo de Deus no atual contexto social e para onde caminha, e as suas
catequeses semanais, nas quais tem dado ênfase à temática chamando os cristãos a imitarem no seio familiar o Bom Pastor, colaborando com Ele no cuidado das famílias feridas, acompanhando-as na vida de fé na comunidade. Nesta edição, trazemos uma reportagem apresentando os caminhos da exortação para a conversão das famílias e, consequentemente, da sociedade. Pois como ele mesmo disse em uma de suas catequeses “onde há uma família com amor, aquela família é capaz de aquecer o coração de toda uma cidade com o seu testemunho de amor” (Trecho de catequese do papa, do dia 2 de setembro de 2015). Boa leitura!
SEMINÁRIO SEMENTES A CRESCER Se o ser padre é um serviço ao batismo (à fé) de todos os cristãos, então o Seminário, enquanto tempo e espaço, é a experiência da continuidade da comunidade dos discípulos/apóstolos reunidos à volta de Jesus para com Ele aprender e por Ele ser enviados. Sendo um tempo e um espaço de crescimento e formação, tem uma identidade própria, meios e instrumentos, conteúdos e métodos próprios também. E tem, como todas as instituições de formação, um projeto que preside ao dia a dia: aquilo para que forma e prepara é para “ser padre na Igreja”. Ser padre “amanhã” na Igreja exige e proporciona uma formação “hoje”, nas dimensões humana (crescimento para a maturidade), acadêmica (estudo e capacidade intelectual), comunitária (a capacidade de ser e formar comunidades), espiritual (o aprofundamento da fé e da relação orante com Deus), vocacional (o discernimento feliz da vocação), pastoral (diversidade de atividades que auxiliam a aprendizagem e autentificam o discernimento: paróquias, catequeses, retiros, grupos de jovens, hospitais, centros psiquiátricos, prisões, novas tecnologias, etc.).Tudo isso distribuído pela semana numa articulação entre dimensão individual e comunitária. Hoje, em nossa Arquidiocese, quando um jovem sente o chamado ao sacerdócio, o primeiro passo é o contato com o pároco que o coloca em contato com o Seminário. Primeiro fará uma experiência de pré-seminário, permanecendo em sua casa e participando em diversas e variadas ações de formação. Depois disso lhe é proporcionado um tempo de discernimento mais intenso que a nossa Arquidiocese faz em Goiânia juntamente com seminaristas de outras dioceses. Após esse ano de formação e discernimento, seguem-se sete anos de vida comunitária e de estudo da filosofia e da teologia respectivamente no Instituto de Filosofia e Teologia Santa Cruz. Cada padre realiza o ministério de Jesus Cristo no meio do Corpo eclesial. É pela sua boca e pela sua vida que Jesus diz: Este é o meu Corpo entregue por vós. O padre é, portanto, testemunha de uma unidade e de uma entrega cuja medida não é o seu gosto pessoal, nem as suas paixões, nem as suas ideias, mas sim aquela que Cristo quer. Como dirá S. Bernardo, a única medida do amor é não ter medida.
Coordenadora do Vicom: Eliane Borges (Go. Nº 00370 JP) Consultor Teológico: Pe. Warlen Maxwell Jornalista Responsável: Fúlvio Costa (MTB 8674/DF) Redação: Fúlvio Costa e Talita Salgado (MTB 2162/GO) Revisão: Jane Greco Diagramação: Ana Paula Mota Fotografias: Caio Cézar
Colaboração: Edmário Santos Tiragem: 35 mil exemplares Impressão: Gráfica Moura
Contatos: encontrosemanal@gmail.com Fone: (62) 3229-2683/2673
História dos Jubileus 9º e 10º Anos Jubilares São chamados “Jubileus da Crise”. O 9º Ano Santo, de 1525, foi proclamado por Clemente VIII. E o 10º, do ano de 1550, foi pre-
sidido por Júlio III. Ambos debaixo da forte crise da Revolta de Lutero e da Reforma Protestante, do Concílio de Trento e da Contrarreforma. Monsenhor Nelson Rafael Fleury Continua na próxima edição.
DATAS COMEMORATIVAS 17: Dia Mundial de Orações pelas Vocações / 18: Dia Nacional do Livro Infantil / 19: Dia do Exército Brasileiro; Dia do Índio / 21: Tiradentes; Dia do Policial Civil; Dia do Policial Militar / 22: Descobrimento do Brasil (1500)
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ARQUIDIOCESE EM MOVIMENTO FIQUE POR DENTRO
Foto: Missão Jovem
Jovens em Missão
Foto: Obras Redentoristas
O grupo de “Jovens em Missão”, da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora (Catedral), visitou, no dia 3 de abril, a Fazenda da Esperança, que fica próxima ao município de Aurilândia (Diocese de São Luís de Montes), a 130 km da capital. A casa de acolhida de dependentes químicos tem capacidade para receber 25 pessoas em regime de internação. “Nós conhecemos as instalações do lugar, conhecemos os internos e recebemos informações sobre a vida diária nas dependências da casa”, comentou o jovem Fabriel Vanderlei. Ainda naquele dia, os visitantes ajudaram na preparação do almoço. À tarde, o grupo entregou doações e encerraram com o Terço da Misericórdia, às 15h. Os “Jovens em Missão” se reúnem todos os domingos, às 17h, no Centro Pastoral Dom Antonio, na Rua 24, Setor Central. Mais informações: (62) 8167-2613 – Adelino e 8461-3430 – Fred.
Pastoral da Saúde: agentes são convocados à integração
Segundo o vigário episcopal para a saúde e pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo, padre Márcio Almeida do Prado, PODP, essa primeira formação dá continuidade ao trabalho que já vinha sendo desenvolvido na pastoral antes de sua gestão, que ele assumiu no ano passado. “Procuramos reunir todos os grupos que integram a Pastoral da Saúde nas paróquias para um momento de formação, informação e integração entre os membros”, disse o vigário episcopal.
Foto: Caio Cézar
Com o compromisso de defender, preservar, cuidar, promover e celebrar a vida com saúde, a partir de três dimensões específicas: solidária, comunitária e político-institucional, a Pastoral da Saúde realizou na tarde do dia 9, no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF), o primeiro Encontro de Formação do ano para agentes dessa pastoral, evento que reuniu cerca de 60 pessoas.
Semana contra o Aedes Aegypti
Durante o encontro dois temas principais foram tratados com foco na espiritualidade: a capacitação do agente da pastoral e como formar grupos da pastoral nas paróquias. As assessorias ficaram por conta do padre Márcio e de Ana Cândida, que é membro da Pastoral da Saúde arquidiocesana. Mas o principal tema abordado, segundo padre Márcio, foi mesmo a integração. “Precisamos articular nossas visitas aos doentes, caminhar em unidade e na entreajuda com outras pastorais (pastoral de conjunto) que trabalham em prol da saúde nas diversas comunidades da nossa Igreja particular”, disse. A próxima etapa de trabalho é fortalecer os grupos nas paróquias para que em unidade atuem junto aos enfermos. O próximo encontro de formação está marcado para acontecer no dia 10 de setembro, no CPDF.
As Obras Socais Redentoristas desenvolveram a semana de combate ao mosquito Aedes Aegypti em todos os Centros Sociais, em Trindade e em Goiânia. Os assistidos foram convidados a aprender um pouco mais sobre o transmissor da dengue, da chikungunya, do vírus da zika e diversas outras doenças. O projeto foi uma iniciativa do bloco pedagógico das Obras que viram no aprendizado das crianças um aliado no combate às doenças que afetam nosso país. Para o diretor das Obras Sociais Redentoristas de Goiás, padre Reinaldo Martins, “quando a consciência é trabalhada desde a infância, as chances de se mudar um contexto social é muito maior, por isso nos empenhamos tanto na conscientização de todos, mesmo que de forma lúdica e com brincadeiras, como no caso das crianças”. Foto: IAM
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Reunião Mensal de Pastoral, da Arquidiocese de Goiânia deu continuidade, neste mês, às explanações a respeito das Obras de Misericórdia. Desta vez, foram destacadas as espirituais: dar bom conselho, ensinar os ignorantes, corrigir os que erram, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo e rogar a Deus por vivos e defuntos. Padre João Batista salientou que o exercício das obras espirituais acontece de várias formas no nosso dia a dia: ouvir um amigo, aconselhá-lo com sabedoria, corrigir fraternalmente um irmão da comunidade, ter paciência diante da fraqueza do outro e perdoar as ofensas. Todas essas atitudes não são uma opção, mas fazem parte da essência de ser cristão. Logo após, o casal Deyci Borghi e Ademir Chiaveli deram um testemunho a res-
peito da Pastoral da Escuta que tem como principal objetivo levar o amor de Cristo às pessoas que sofrem. O agente de pastoral que se disponibiliza a ouvir o outro é instrumento para que esse amor conciliador de Cristo se revele pelo acolhimento da Palavra. Ambos afirmaram que o serviço nessa pastoral tanto lhes permite ajudar as pessoas, quanto contribui para o crescimento pessoal; acolher sem julgamentos foi um desses aprendizados. Eles acreditam que não importa a situação de vida em que a pessoa se encontra: ao experimentar a misericórdia de Deus, essa vida pode ser tocada e transformada e, em muitos casos, acontece um resgate. Na segunda parte da reunião, a Profª Márcia de Alencar Santana, pró-reitora de Extensão e Apoio Estudantil, da PUC Goiás, e o padre Max Costa apresentaram a Jornada da Cidadania e as novidades da Feira da Solidariedade, um dos eventos que a compõem. Neste ano, uma das novidades é a junção da marca feita pelo artista Siron Franco ‒ pão e peixe – com a tipografia já adotada nas Jornadas anteriores. O evento também terá uma nova disposição dos estandes e organização de atividades, além de contar com a obra do Centro de Convenções da PUC, completamente concluída. A feira da Solidariedade é uma oportunidade de tornar conhecidas as ações das várias pastorais e obras, que podem atrair adesões dos visitantes e abrir caminhos para a ajuda ao próximo.
Pontifícias Obras Missionárias
Foto: Divulgacao
Foto: Caio Cézar
Reunião Mensal
Foram implantados na Paróquia São Sebastião, do Jardim América, no dia 9, os grupos da Infância e Adolescência Missionária (IAM) e da Juventude Missionária (JM), que integram as Pontifícias Obras Missionárias (POM), ou seja, ligadas ao papa. A partir de agora, os seus membros devem se reunir todos os sábados, na igreja matriz e desenvolver atividades ligadas à dimensão missionária, com ênfase na realidade local e além-fronteiras.
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COMUNIDADE DE COMUNIDADES
Paróquia Santo Antônio de Pádua, de Caturaí “Leigos e leigas devem crescer na consciência de vocacionados a “ser Igreja” e precisam dispor de espaço para atuarem na comunidade, assumindo sua participação na construção de comunidade de comunidades ” (Documento 100, CNBB) FÚLVIO COSTA
importante nesse processo foi a de Virgílio Moreira de Melo, filho de Antônio Moreira de Melo e Carolina. O terreno onde a comunidade ergueu a primeira capela de Santo Antônio ficava na Avenida Boa Vista e foi doada por Olino Moreira de Melo e sua esposa Maria Fernandes do Carmo, por volta de 1950. Mas a capela só ficou ali por três anos. Em 1953, o Sr. Neném Moreira, sua esposa Maria e amigos doaram um segundo terreno, já no atual endereço da igreja matriz de Santo Antônio de Pádua, Rua Garibaldi Virgiano, Setor Central. A Igreja Católica, segundo dados históricos da paróquia, come-
çou com as famílias Procópio, Mendonça e Gouveia. Os missionários redentoristas foram os primeiros a atender a comunidade, com o padre Afonso Maria, por volta de 1950. Dos pioneiros ainda vivos, podem-se mencionar Maria Aparecida Pupim, Fátima Arão de Brito e Euripa Pacheco Gouveia. Por ter sido escolhido padroeiro de Caturaí desde o início de sua história, Santo Antônio de Pádua passou a ser padroeiro da comunidade católica também a pedido do povo. Além do padre Afonso, atenderam a comunidade os seguintes sacerdotes: Nilo, José Tupi, monsenhor Angelino Fernandes, Silvio, Francisco Giorni, José Chiarini, Ordanez Peres, Fiorenzio Bertoli, Márcio Celestino, Raimundo Lopes e o atual administrador paroquial, padre Antônio Donizete Guimarães, que está ali há um ano e três meses.
Ovisa (Orientação para a Vivência Sacramental) e o Jovisa, que são os jovens do mesmo segmento, são as ações desenvolvidas pela paróquia nesse sentido. Semente plantada pelas religiosas, a paróquia conta também com as leigas missionárias de Jesus Crucificado e as mais diversas pastorais como Dízimo, Catequese, Batismo, Liturgia, os movimentos de Cursilhos de Cristandade, a Renovação Carismática Católica (RCC) e ações sociais. As devoções mais fortes são as voltadas ao padroeiro da paróquia e a Nossa Senhora Aparecida, mas o Divino Pai Eterno não fica atrás. O Encontro Semanal registrou uma romaria de 80 carros de boi que chegava de Trindade, em pleno dia útil. Os carreiros, de Caturaí e municípios vizinhos, tinham ido agradecer ao Pai Eterno pelas bênçãos alcançadas nos primeiros três meses do ano. A comunidade, conforme o padre Antônio, também é unida e tem crescido nas celebrações e festas. Na última assembleia paroquial
realizada em fevereiro, a comunidade chegou ao consenso de que é urgente superar os desafios pastorais de acolhida e encontro das pessoas dispersas. Foi pedido também “formação sobre liturgia e para o Ovisa”. Para esse último grupo, houve um encontro formativo no dia 10 de abril, com o missionário redentorista, padre Natalino Martins.
Fotos: Fúlvio Costa
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io do Peixe era o nome da fazenda que deu início ao atual município de Caturaí, a 40 km de Goiânia, em homenagem ao ribeirão de mesmo nome que nasce em Pirenópolis e corta a região central do Estado de Goiás. Conforme relembram as paroquianas Inês Abadia Stival Machado, 51 anos, e Eva Lemos de Carvalho, 53 anos, com base nos arquivos históricos da Paróquia Santo Antônio de Pádua. O lugar começou a ser povoado com a família do paulista Antônio Moreira de Melo e sua esposa, Carolina da Luz, que vieram morar em Goiás na década de 1930. Caturaí, palavra de raiz indígena formada por justaposição, Catu – Rio e Raí – peixe, foi o nome que os primeiros moradores deram à vila, que começou a ser povoada com a
doação de terras para pessoas carentes por parte da família Moreira de Melo. As primeiras construções ali foram um sanatório e um centro espírita e, na mesma época, por volta de 1938, Santo Antônio de Pádua foi escolhido padroeiro do lugar. A vila só viria a ser emancipada em 31 de janeiro de 1961, deixando de ser distrito de Inhumas. Uma contribuição
O PROTAGONISMO DO LEIGO NA IGREJA Contribuíram, em momentos distintos na vida da comunidade, duas congregações religiosas: de 1974 até 1990, as Irmãs Dominicanas, que construíram a casa paroquial a pedido do monsenhor Angelino;
Eva Lemos, Pe. Antônio e Inês Abadia
a partir de 1993 até 2002, passaram por Caturaí as Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado. Estas últimas foram responsáveis por infundir no
povo o protagonismo do leigo na vida da comunidade, característica que perdura até hoje. “As irmãs sempre incentivaram e apoiaram a formação do leigo e a condução da comunidade por essa parcela do povo de Deus. Nós celebramos a Palavra, ministramos o Sacramento do Batismo quando é necessário, com autorização do padre, e o povo é acostumado com isso, de modo que quando o sacerdote não está presente, a comunidade consegue caminhar”, relata Inês Abadia. A paróquia só veio a ser criada em 8 de novembro de 2007, sob decreto do arcebispo Dom Washington Cruz. Foi desmembrada da Paróquia São João Batista, do município vizinho de Brazabrantes. Padre Antônio Donizete diz que a paróquia de Caturaí tem como principal desafio pastoral aquele de ir ao encontro, de modo especial, dos jovens e famílias. “Temos uma juventude dispersa e nos organizamos pastoralmente para resgatar as famílias para a vivência em comunidade”.
INFORMAÇÕES Missas Domingo: 9h30 5ª-feira: 19h30 Secretaria 2ª a sábado, das 7h às 11h Pároco Pe. Antônio Donizete Guimarães Tel.: (62) 3528-1481 E-mail: stoantoniocaturai@gmail.com Endereço Rua Garibaldi Virgiano, nº 385 – St. Central – CEP.: 75430-000 Caturaí-GO
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CAPA
Família: oportunidade para amar TALITA SALGADO
Reflexo do amor de Deus Logo no início a exortação destaca que “o Deus Trindade é comunhão de amor; e a família, o seu reflexo vivente (...) O nosso Deus, no seu mistério mais íntimo, não é solidão, mas uma família, dado que tem em Si mesmo paternidade, filiação e a essência da família, que é o amor. Este amor, na família divina, é o Espírito Santo. Concluindo, a família não é alheia à própria essência divina. Este aspecto trinitário do casal encontra uma nova representação na teo-
A realidade e os desafios O bem da família é decisivo para o futuro do mundo e da Igreja. Essa é uma afirmação do documento, na qual se compreendem toda a importância de sua existência e do debate em torno do tema, e principalmente o diálogo desde o seio da família até as grandes esferas da sociedade. O papa afirma que devemos olhar à luz de Cristo, a realidade da família e toda sua complexidade, sem ignorar as mudanças antropológico-culturais, porém “há de se considerar o perigo representado por um individualismo exagerado que desvirtua os laços familiares e acaba por considerar cada componente
Foto: Reprodução
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o último dia 8 de abril, o papa Francisco apresentou a esperada exortação apostólica pós-sinodal com o título “Amoris laetitia” ‒ “A alegria do amor”, sobre o amor na família. Ela abarca os resultados dos dois Sínodos sobre a família, realizados nos anos de 2014 e 2015, com bispos de todo o mundo. Muito se especulou a respeito do assunto, tendo em vista a realidade complexa em que a família se encontra na atualidade e as tantas questões levantadas em torno do tema. Esta matéria de forma alguma pretende resumir o conteúdo da exortação. Então, como e o que falar deste extenso documento? Papa Francisco salienta que o documento aborda muitos e variados temas, em diferentes estilos, por isso não aconselha, de início, a leitura geral e apressada, ressaltando que “poderá ser de maior proveito, tanto para as famílias como para os agentes de pastoral familiar, aprofundar pacientemente uma parte de cada vez ou procurar nela
aquilo de que precisam em cada circunstância concreta”. Mas, um chamado é geral, o apelo do Papa para “que cada um, através da leitura, se sinta chamado a cuidar com amor da vida das famílias, porque elas não são um problema, são sobretudo uma oportunidade.” Então comecemos assim, com uma atitude tão necessária na família: a paciência. Em um segundo momento,
logia paulina, quando o Apóstolo relaciona o casal com o mistério da união entre Cristo e a Igreja (cf. Ef 5,21-33)”. Tão ligados estão família, Igreja e Cristo que essa relação ilumina todo o documento. Outra dimensão que ele destaca é a família que também é Igreja doméstica, a igreja que se reúne em casa, local da Eucaristia, da presença de Cristo sentado à mesma mesa. “Com este olhar feito de fé e amor, de graça e compromisso, de família humana e Trindade divina, contemplamos a família que a Palavra de Deus confia nas mãos da família como uma ilha, fazendo prevalecer, em certos casos, a ideia dum sujeito que se constrói segundo os seus próprios desejos assumidos com caráter absoluto. As tensões causadas por uma cultura individualista exagerada da posse e fruição geram no seio das famílias dinâmicas de impaciência e agressividade.” Outro aspecto destacado é a cultura do descartável e o papa se refere “à rapidez com que as pessoas passam duma relação afetiva para outra. Creem que o amor, como acontece nas redes sociais, se possa conectar ou desconectar ao gosto do consumidor e inclusive bloquear rapidamente. Penso também no medo que desperta a perspectiva de um compromisso permanen-
procuremos sair de nós, ampliar nossa compreensão, para perceber a dimensão do mundo, das tantas regiões, países e, logo, das tantas famílias. Por isso a exortação, ao falar da família, ressalta que “é possível buscar soluções mais inculturadas, atentas às tradições e aos desafios locais. De fato, as culturas são muito diferentes entre si e cada princípio geral (...), se quiser ser observado e aplicado,
do marido, da esposa e dos filhos, para que formem uma comunhão de pessoas que seja imagem da união entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Por sua vez, a atividade geradora e educativa é um reflexo da obra criadora do Pai.” E destaca que cada família tem diante de si o ícone da família de Nazaré, onde nasceu Jesus, humilde e batalhadora, que enfrentou inúmeros desafios e sofrimentos. O papa salienta ainda que no “tesou-
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cada família, mesmo na sua fragilidade, pode tornar-se uma luz na escuridão do mundo”
te, na obsessão pelo tempo livre, nas relações que medem custos e benefícios e mantêm-se apenas se forem um meio para remediar a solidão, ter proteção ou receber algum serviço. Transpõe-se para as relações afetivas o que acontece com os objetos e o meio ambiente: tudo é descartável, cada um usa e joga fora, gasta e rompe, aprovei-
precisa de ser inculturado”. Ou seja, levando em consideração o contexto cultural no qual se insere. Assim, também podemos trazer isso para nosso contexto micro, no qual não podemos compreender as realidades familiares a partir da realidade pessoal. O próprio nome do documento “Alegria do amor” pode muito bem ser tomado como um indicativo da forma como podemos recebê-lo neste primeiro momento: com alegria e amor. Mais uma vez o Papa ilumina nosso pensamento, para primeiro acolhermos a exortação, destacando seu significado especial no contexto do Ano Jubilar da Misericórdia: “(...) porque a vejo como uma proposta para as famílias cristãs, que as estimule a apreciar os dons do matrimônio e da família e a manter um amor forte e cheio de valores como a generosidade, o compromisso, a fidelidade e a paciência; em segundo lugar, porque se propõe encorajar todos a serem sinais de misericórdia e proximidade para a vida familiar, onde esta não se realize perfeitamente ou não se desenrole em paz e alegria.”
ro do coração de Maria, estão também todos os acontecimentos de cada uma das nossas famílias, que Ela guarda solicitamente. Por isso pode ajudar-nos a interpretá-los de modo a reconhecer a mensagem de Deus na história familiar.” Toda família tem seu valor “a Sagrada Família de Nazaré, ilumina o princípio que dá forma a cada família e a torna capaz de enfrentar melhor as vicissitudes da vida e da história. Sobre este fundamento, cada família, mesmo na sua fragilidade, pode tornar-se uma luz na escuridão do mundo”. ta e espreme enquanto serve; depois… adeus.” Já destacamos a relação íntima entre a Igreja e a família, e diante da realidade familiar, a Igreja tem especial missão: “A Igreja é família de famílias, constantemente enriquecida pela vida de todas as igrejas domésticas. Assim, em virtude do sacramento do matrimônio, cada família torna-se, para todos os efeitos, um bem para a Igreja. Nesta perspectiva, será certamente um dom precioso, para o momento atual da Igreja, considerar também a reciprocidade entre família e Igreja: a Igreja é um bem para a família, a família é um bem para a Igreja. (...) O amor vivido nas famílias é uma força permanente para a vida da Igreja”.
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CATEQUESE DO PAPA
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Deus é maior que o nosso pecado
Amados irmãos e irmãs,
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erminamos hoje as catequeses sobre a misericórdia no Antigo Testamento, e fazemo-lo meditando sobre o Salmo 51, chamado Miserere. Trata-se de uma oração penitencial na qual o pedido de perdão é precedido pela confissão da culpa e na qual o orante, deixando-se purificar pelo amor do Senhor, se torna uma
nova criatura, capaz de obediência, de firmeza e de louvor sincero. O “título” que a antiga tradição judaica deu a esse Salmo refere-se ao rei Davi e ao seu pecado com Betsabé, a esposa de Urias, o Hitita. Conhecemos bem a história. O rei Davi, chamado por Deus para apascentar o povo e para o guiar pelos caminhos da obediência à Lei divina, atraiçoa a própria missão e, depois de ter cometido adultério com
Betsabé, manda matar o seu marido. Pecado horrível! O profeta Natan revela-lhe a sua culpa e ajuda-o a reconhecê-la. É o momento da reconciliação com Deus, na confissão do próprio pecado. E aqui Davi foi humilde, foi grande! Quem reza com este Salmo é convidado a ter os mesmos sentimentos de arrependimento e de confiança em Deus que Davi teve quando se arrependeu e, mesmo sendo rei, se humilhou sem ter receio de confessar a culpa e mostrar a própria miséria ao Senhor, convicto, contudo, da certeza da sua misericórdia. E não era um pecado de pouca importância, o que ele tinha cometido: um adultério e um assassínio! O Salmo começa com estas palavras de súplica: “Tende piedade de mim, Senhor, / segundo a Vossa misericórdia, / segundo a vossa grande misericórdia, apagai os meus pecados. / Lavai-me totalmente das minhas iniquidades” (vv. 3-4). A invocação é dirigida ao Deus de misericórdia para que, movido por um amor grande como o de um pai ou de uma mãe, tenha piedade, isto é, conceda a graça, mostre o seu favor com benevolência e compreensão. É um apelo urgente a
Deus, o único que pode libertar do pecado. São usadas imagens muito plásticas: cancela, lava-me, purifica-me. Manifesta-se, nesta oração, a verdadeira necessidade do homem: a única coisa da qual temos deveras necessidade na nossa vida é ser perdoados, libertados do mal e das suas consequências de morte. Infelizmente, a vida faz-nos experimentar muitas vezes essas situações; e antes de tudo devemos confiar na misericórdia. Deus é maior do que o nosso pecado. Não esqueçamos isto: Deus é maior do que o nosso pecado! “Padre, não sei, fiz tantas, grandes!”. Deus é maior que todos os pecados que podemos cometer. Deus é maior do que o nosso pecado. Digamos juntos? Todos juntos: “Deus é maior do que o nosso pecado!”. Outra vez: “Deus é maior do que o nosso pecado!”. Mais uma vez: “Deus é maior do que o nosso pecado!”. E o seu amor é um oceano no qual nos podemos imergir sem receio de ser subjugados: para Deus, perdoar significa dar-nos a certeza de que Ele nunca nos abandona. Independentemente do que nos reprovemos, Ele é ainda e sempre maior do que tudo (cf. 1Jo 3,20), porque Deus é maior do que o nosso pecado.
a mãe, para o pai, para que a ajude a levantar-se. Façamos o mesmo! Se caíres por debilidade no pecado, levanta a tua mão: o Senhor pega nela para te ajudar a levantar. Esta é a dignidade do perdão de Deus! A dignidade que o perdão de Deus nos confere é a de nos levantarmos, de nos pormos sempre de pé, porque Ele criou o homem e a mulher para que estejam de pé. Diz o Salmista: “Ó Senhor, criai em mim um coração puro, / e renovai ao meu interior um espírito reto. [...] Então ensinarei aos iníquos os Vossos caminhos / e converter-se-ão a Vós os pecadores” (vv. 12. 15). Amados irmãos e irmãs, o per-
dão de Deus é aquilo de que todos precisamos, e é o maior sinal da sua misericórdia. Um dom que cada pecador perdoado está chamado a partilhar com cada irmão e irmã que encontra. Todos os que o Senhor colocou ao nosso lado, os familiares, os amigos, os colegas, os paroquianos... todos são, como nós, necessitados da misericórdia de Deus. É bom ser perdoado, mas também tu, se quiseres ser perdoado, perdoa por tua vez. Perdoa! Que o Senhor nos conceda, por intercessão de Maria, Mãe de misericórdia, ser testemunhas do seu perdão, que purifica o coração e transforma a vida. Obrigado.
SE CAÍRES, LEVANTATE! Neste sentido, quem reza com este Salmo procura o perdão, confessa a própria culpa, mas reconhecendo-a celebra a justiça e a santidade de Deus. E depois pede ainda graça e misericórdia. O salmista confia na bondade de Deus, sabe que o perdão divino é sumamente eficaz, porque cria aquilo que diz. Não esconde o pecado, mas destrói-o e cancela-o; mas cancela-o precisamente pela raiz, não como fazem na lavandaria quando levamos uma veste e tiram uma nódoa. Não! Deus cancela o nosso pecado precisamente pela raiz, todo! Por isso o penitente volta a ser puro, toda a mancha é eliminada e agora ele está mais
branco que a neve incontaminada. Todos nós somos pecadores. É verdade isto? Se algum de vós não se sente pecador que levante a mão... Ninguém! Todos o somos. Nós, pecadores, com o perdão, tornamo-nos criaturas novas, repletas do espírito e cheias de alegria. Agora começa para nós uma nova realidade: um coração novo, um espírito novo, uma vida nova. Nós, pecadores perdoados, que acolhemos a graça divina, podemos até ensinar aos outros a não voltar a pecar. “Mas Padre, eu sou débil, caio, caio”. “Mas se caíres, levanta-te! Levanta-te!”. Quando uma criança cai, o que faz? Levanta a mão para
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VIDA CRISTÃ
Tempo de silêncio Foto: Reprodução
WALLISON RODRIGUES
Seminarista, músico e membro do grupo de compositores da CNBB
O
tempo de silêncio se instaura quando as forças não são suficientes à luta, quando as vozes não conseguem exprimir o sentimento do coração. Atualmente há um silêncio entristecedor, marcado pela indignação, um repúdio a tanta violência, a tanta corrupção... São vidas ceifadas, famílias destruídas, são dores e lamentos que se alojam nos corações da humanidade. Um silêncio que não é sinônimo de covardia. Jamais! No entanto, infelizmente, que chora sangue. As forças da humanidade estão se esvaindo junto com as lágrimas de dor e de pranto... O que fazer? Somos prisioneiros dentro dos nossos próprios refúgios. São homens contra homens, são vidas contra vidas. Até mesmo o ar que revoa lá fora, não é puro, pois traz os últimos gritos dos nossos semelhantes, um grito que vem do fundo de um abismo, ecoando, ecoando, ecoando... Faminto e sedento de justiça. Somente neste silêncio cinzento que podemos compreender esses escárnios e zombarias contra a vida, contra a justiça e o direito da humanidade. O mal se personifica em
uma minoria, impondo-se a tantos que somente querem viver, nada mais... Está mais do que claro: deste mundo, levem de nós os bens, mas não nos tirem o direito de viver. Infelizmente, a morte quer gerenciar o mundo, os homens e toda a criação. É triste porque muitos caíram na astuciosa armadilha do arqui-inimigo. Mas, não é o demônio quem vai destruir o mundo. Seria muito mais “doloroso aos olhos” de Deus ver a sua própria criação se destruindo – esse possivelmente é o grande prazer do maligno. Por exemplo, ao invés de homens se unirem para
“
Mesmo com a saúde comprometida, com a segurança abalada, com a lei incerta... precisamos de um tempo de silêncio capaz de construir a paz e o respeito pela vida”
pensar politicamente a sociedade, há amotinações e tramas em buscas de poder e glórias; grupos que se autodenominam de direita e esquerda e guerrilham-se aleijando a própria ideia de Política. E assim, está acontecendo em vários ambientes e dimensões humana e social. Mesmo com a saúde comprometida, com a segurança abalada, com a lei incerta... precisamos de um tempo de silêncio capaz de construir a paz e o respeito pela vida. Precisamos ser fecundos neste mundo: uma fecundidade que vem de dentro de cada ser humano que ainda acredita na vida, na justiça e no direito. Sobretudo, é preciso aprender a perdoar e a se arrepender, para que a vida não seja pautada pelo remorso que impede a liberdade e a vontade de agir rumo ao bem. Continuamente temos de nos lembrar: mesmo que nos tirem deste mundo, jamais poderão tirar-nos a ressurreição. E nós, que estamos no advento da justiça e do direito, porque somos marcados pela esperança – que em hipótese alguma provém de mãos humanas –, sabemos que a “Páscoa é irreversível”. Nossas forças não são suficientes para uma luta que não gere violência, sendo assim, somente isso justifica o nosso silêncio profético – Eis o tempo, tempo de silêncio!
Abril de 2016
8
Arquidiocese de Goiânia
LEITURA ORANTE
VILMAR A. BARRETO
(Seminarista) Seminário São João MariaVianney
“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos”
(Jo 13,35)
J
udas saiu (cf. Jo 13,21-30) para entregar Jesus àqueles que queriam sua morte. O Filho do Homem glorifica o Pai, na certeza que Deus o glorificará em breve no Reino Celeste. É a relação de um amor que se concretiza a partir do olhar de Deus para Jesus e de Jesus para Deus: “agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele” (Jo 13,31). E como caminho para a vida eterna, Jesus dá à humanidade um novo mandamento: o amor recíproco (cf. Jo 13,34). O convite de Jesus é sempre
novo, capaz de mudar qualquer estrutura de pensamento e de converter os corações mais duros. Quando não conseguimos amar nossos irmãos é porque ainda não assumimos o estilo de vida de Jesus. É um amor gratuito, não se trata de uma negociação como nos propõe as ilusões de nosso tempo, pois a iniciativa de amar é sempre de Deus. O amor exige um “sair de si”, de ir às periferias existenciais do outro fazendo a experiência do vazio, para se encher com as “coisas do alto” (cf. Cl 3,2). “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13,35). Os Apóstolos continuaram a missão e formaram as primeiras comunidades cristãs com a serenidade e vitalidade do amor, “tinham um só coração e uma só alma” (At 4 32). O mandamento do amor fraterno é o testamento e a herança que o Senhor nos deixou.
Siga os passos para a leitura orante: Texto para oração: Jo 13,31-33a.34-35 (página 1330 Bíblia das Edições CNBB). 1º Crie um ambiente de oração: uma posição cômoda e um local agradável; silencie, inclusive o coração, procure pensar em Deus e invoque o auxílio do Espírito Santo; 2º Leitura atenta da Palavra: leia o texto mais de uma vez, tente compreender o que Deus quer lhe falar; 3º Meditação livre: reflita sobre o que esse texto diz a você, procure repetir frases ou palavras que mais lhe chamaram atenção. 4º Oração espontânea: converse com Deus, peça perdão. Louve, adore, agradeça, faça seu pedido de filho e filha muito amado, fale com Deus como a um amigo íntimo; 5º Contemplação: imagine Deus em sua vida, ao seu lado, abraçando você e lhe dando forças para seguir em frente, lembre-se daquilo que ele falou com você nessa Palavra que acabou de ler. Se possível, escreva os frutos dessa oração/contemplação; 6º Ação: para que a sua Lectio Divina seja frutuosa, é necessário que você realize algo concretamente (ajudar o próximo, pedir perdão, falar sobre o amor de Deus, visitar um doente etc.) e que seja fruto de sua oração. (V Domingo da Páscoa – Ano C. Liturgia da Palavra: At 14,21b-27; Sl 144,8-9.10-11.12-13ab; Ap 21,1-5a; Jo 13,31-33a.34-35)
ESPAÇO CULTURAL Exortação Apostólica Pós-Sinodal - "Amoris Laetitia"
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O Papa responde às cartas de crianças do mundo todo
Nesta Exortação Apostólica pós-sinodal, Francisco recolhe contribuições dos dois Sínodos recentes (2014 e 2015) sobre a família e acrescenta outras considerações para orientar a reflexão, o diálogo e a práxis pastoral e oferecer coragem, estímulo e ajuda às famílias em sua doação e em suas dificuldades. A edição impressa ainda é preferência de muitos, principalmente para estudo e marcações.
O livro surgiu quando crianças de todo o mundo começaram a enviar cartas ao Papa. As correspondências, junto com as respostas do Santo Padre, foram reunidas neste livro. Muitas são as questões levantadas, algumas divertidas, outras sérias. E algumas são de partir o coração. Mas, todas vêm de crianças que merecem conhecer e sentir o amor incondicional de Deus. Uma ótima leitura para crianças e também para os adultos.
Editora: Loyola
Autor: Papa Francisco / Editora: Loyola