Semanário da Arquidiocese de Goiânia – XXXII Edição – 28 de dezembro de 2014
Foto: Caiocezr
Ano Novo:
PASTORAL CARCERÁRIA
PARÓQUIA
FORMAÇÃO CRISTÃ
Irmã Petra Pfaller, uma das fundadoras da Pastoral Carcerária na Arquidiocese de Goiânia, foi eleita Coordenadora Nacional para a questão da Mulher Presa. pág.
Apresentamos a Paróquia Nossa Senhora Rainha da Paz, na Vila União, que tem na Pastoral do Idoso uma de suas mais intensas iniciativas pastorais. pág.
Frei Fernando Inácio, OFM, conclui o ciclo de formações cristãs no Evangelho de São Mateus, com a introdução do livro que narra a infância de Jesus. pág.
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Arquidiocese de Goiânia
EDITORIAL
PALAVRA DO ARCEBISPO
FELIZ E SANTAS FESTAS DE NATAL E ANO NOVO
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Ao chegarem as Festas Natalinas, faço a todos os diocesanos uma terna saudação de felicitações e de sincera fraternidade. Todos, nestes dias, celebramos a festa mais bonita que existe: o nascimento do Menino-Deus. É a festa de Natal, proclamamos! Que lindo poder viver esses dias fascinados pelo Amor de um Menino que é Deus e que se apresenta a nós tão frágil como qualquer um de nós! Até a este ponto chegou o Amor de Deus! A esse Menino-Deus peço que nos leve a viver, cada vez mais, guiados pela estrela da santidade. Não podemos ficar com os braços cruzados a contemplar o grande mistério que se nos oferece em Belém. Para lá confluem todos os caminhos e acorrem os mais humildes e, desde lá, tivemos a primeira mensagem do Menino-Deus: amar os pobres e cuidar dos excluídos de nossa sociedade. A Igreja quer ser reflexo desse cuidado evangélico através de sua dimensão caritativa. Como Igreja, comprometida com a realidade em que estamos vivendo, durante o tempo de Natal, abrimos os braços – de uma maneira mais comprometida – para acolher os necessitados. Queremos continuar sendo generosos como aqueles pastores que ofereceram o melhor de seus presentes a Jesus, nesse Mistério da Encarnação de um Deus que se adentra no coração da história para iluminá-la e cuidá-la com toda delicadeza e esmero. A esse Menino-Deus peço que cuide e proteja cada uma de nossas famílias. A unidade e o amor que se vive no Presépio de Belém, junto a José e Maria, há de ser fermento para nossas casas e lares. Que o fogo do amor inflame de luz, de verdade e de calor os pais com os filhos e a todos os integrantes da família. Nada mais gratificante, nesta A esse Meninovida, que a unidade, a alegria, o Deus peço que nos apoio, a acolhida, a compreenleve a viver, cada são e a generosidade familiar, o vez mais, guiados lar de portas abertas. pela estrela da Aos padres, religiosos(as) santidade quero expressar minha amizade e minha gratidão pela entrega generosa que realizam em meio a tantas situações e pessoas que buscam a Verdade e a Vida, que se voltam ao coração amoroso de um Deus que alimenta – com sua Palavra, sua eucaristia e sua paz – todas as necessidades que aparecem em cada um de seus filhos. A todos envio minhas mais cordiais felicitações neste Natal do ano de 2014 e vos desejo que passeis dias santos e felizes em companhia de vossos familiares e amigos. Sede mensageiros de luz, de paz, de alegria e de esperança. Que o Deus Amor, o Deus feito-criança, transforme vossas vidas e torne realidade o melhor de vossos sonhos: celebrar um Feliz Natal e Ano Novo.
Caros Amigos Um novo ano começa. Para alguns, tempo de recomeçar; para outros, apenas a continuidade do ciclo da vida. O certo é que é inerente ao ser humano se organizar das mais diversas formas na tentativa de alcançar os objetivos almejados. Nesta edição, um sacerdote e um psicanalista explicam como esse momento “mágico” pode ter sentido em nossas vidas. Dom Washington Cruz lembra que as festas de fim de ano são o momento ideal para abrir os braços e pensar no próximo, em especial nos mais necessitados, de maneira comprometida. Na Formação Mariana desta semana, Irmã Sueli Claudia fala da par-
ticipação de Maria na história da salvação, fato que a tornou um “espelho das maravilhas de Deus” e o “centro da Igreja”, aquela que é o caminho que nos leva a Jesus Cristo. A Catequese do Papa continua dando ênfase ao Sínodo dos Bispos sobre a Família. Desta vez, ele se concentra no exemplo da Família de Nazaré e também destaca a simplicidade da chegada do filho de Deus que preferiu vir da forma mais simples possível, “como filho, numa família”, e em uma cidade do interior sem evidência nenhuma. “A cena tão bonita”, lembra o papa, pode ser vista no presépio.
Feliz Ano Novo!
CARTAS DOS LEITORES Entre em contato conosco através do e-mail: jornal@arquidiocesedegoiania.org.br ou pelo Fone: (62) 3223-0756 Reservamo-nos o direito de editar ou mesmo não publicar as mensagens, dependendo da linguagem utilizada, conteúdo ofensivo ou extensão do texto.
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PALAVRA DO ARCEBISPO
DOM WASHINGTON CRUZ, CP Arcebispo Metropolitano de Goiânia
Publicação semanal da Arquidiocese de Goiânia cujo objetivo é informar e formar sobre as atividades e ações da Igreja no Brasil e no mundo. Sugira, dê suas opiniões ou sugestões de pauta pelo e-mail jornal@arquidiocesedegoiania.org.br
Coordenador do Vicom e do Jornal: Pe. Warlen Maxwell Silva Reis Jornalista Responsável: Fúlvio Costa (MTB 8.674/DF) Redação: Fúlvio Costa, Sarah Marques, Talita Salgado e Lucas Dellamare Revisão: Jane Greco e Thais de Oliveira Diagramação e planejamento gráfico: Fúlvio Costa
Tiragem: 50 mil exemplares Impressão: Gráfica Moura Contatos: jornal@arquidiocesedegoiania.org.br / encontrosemanal@gmail.com Fone: (62) 3229-2683/2673
Arquidiocese de Goiânia
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ARQUIDIOCESE EM MOVIMENTO
Foto: Acervo Pastoral Carcerária
Pastoral Carcerária Nacional
Vice-coordenadora nacional da Pastoral Carcerária nos últimos três anos, a advogada Irmã Petra Pfaller,
49 anos, da Congregação das Irmãs Missionárias de Cristo, foi eleita Coordenadora Nacional para a questão da Mulher Presa. A eleição ocorreu durante a Assembleia Nacional da Pastoral Carcerária, realizada entre os dias 7 e 9 de novembro, em Belo Horizonte (MG), com o tema: “Evangelização e dignidade humana por meio da presença da Igreja nos cárceres através das equipes de pastoral na busca de um mundo sem cárceres!”. Irmã Petra mora em Goiânia há 24 anos. Ela integrou o grupo de pessoas que fundaram a Pastoral Carcerária na Arquidiocese há 19 anos.
Vicariato avalia caminhada
O Vicariato Episcopal Leste realizou no dia 29 de novembro sua Assembleia de Avaliação do ano de 2014, na Paróquia Divino Espírito Santo, no Setor Jardim Novo Mundo. Foram apresentadas, durante o encontro,
IGREJA DE GOIÂNIA
ção do Reino de Deus”. Sobre o documento Pós-Sinodal, Dom Waldemar Passini Dalbello esclareceu que tem como título “A palavra de Deus na vida e missão da Igreja particular de Goiânia”. Segundo ele, o texto foi construído a partir de uma dupla percepção: a primeira, reflexiva, proveniente da Palavra de Deus; e a segunda, das disposições sinodais. Também afirmou que é um texto que dá ênfase à dimensão missionária. “A Igreja é chamada a assumir sua condição real que é ser missionária. Mais que uma meta, a missão é o princípio de tudo”. A próxima reunião será no dia 14 de março de 2015.
Foto: Acervo Vicariato Leste
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última Reunião Mensal de 2014 foi realizada no dia 13 de dezembro, no Centro Pastoral Dom Fernando. Na ocasião, várias pessoas estiveram presentes e acompanharam a apresentação do tema da Campanha da Fraternidade de 2015 (CF-2015), “Eu vim para servir”, e da 1ª parte do documento Pós-Sinodal Arquidiocesano. De acordo com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o objetivo geral da CF-2015 se baseia na proposta do Concílio Vaticano II: “Aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade, como serviço ao povo brasileiro, para a edifica-
Foto: Caiocezr
Campanha da Fraternidade 2015 e documento PósSinodal em destaque na última Reunião Mensal do ano
3 as sínteses das avaliações realizadas nas três foranias (Jesus Bom Pastor, São João Apóstolo e Evangelista e Dom Fernando) e sugestões para o ano de 2015. Uma confraternização encerrou o evento.
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Arquidiocese de Goiânia
PARÓQUIA: COMUNIDADE DE COMUNIDADES
Paróquia Nossa Senhora Rainha da Paz, a conquista pela participação
A comunidade se expressará na comunhão dos seus membros entre si, com as outras comunidades e com toda a diocese reunida em torno do seu bispo (CNBB/Doc. 100) (CNBB/doc. 100)
A COMUNIDADES
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Com grande participação de idosos nas celebrações e eventos, a Paróquia Nossa Senhora Rainha da Paz, na Vila União, é exemplo, mostrando que a idade não é fator limitante no serviço ao irmão. A Pastoral do Idoso é uma das mais ativas da comunidade, como destaca o administrador paroquial, padre Valdison Braga, que explica que cerca de 90% dos paroquianos são aposentados idosos. O lançamento da pedra fundamental da paróquia data de 1969,
Fotos: Lucas Dellamare
missão do leigo na Igreja tem início no batismo, quando cada fiel recebe a graça da filiação divina; dessa forma, assumimos o papel de levar a Palavra, que é Cristo, às outras pessoas. Mas até quando se pode exercer uma missão dentro da Igreja? Para muitos, o trabalho pastoral tem data de validade, mas muitas paróquias mostram que isso não é uma verdade.
mesmo ano em que os membros mais antigos se recordam dos primeiros momentos de oração nas casas da região. Nessa época, destaca-se o trabalho realizado pelo padre Alberto de Siqueira, responsável pelas famílias locais e pela escolha do nome da Igreja Matriz. Segundo relatos, padre Alberto sugeriu que a paróquia recebesse o nome de Rainha da Paz, pois estava localizada na Vila União, e onde havia união havia também a paz. Aprovado o nome pela comunidade, a Paróquia Rainha da Paz foi erigida oficialmente pelo então arcebispo, Dom Fernando Gomes dos Santos, há 46 anos. No intuito de ir ao encontro dos
fiéis, padre Valdison leva as atividades da Matriz também para as quatro comunidades que a compõem (São João Batista, Nossa Senhora da Libertação, Capela Menino Jesus de Praga e Capela Santana e Santa Lúcia), como a celebração do Sacramento do Batismo e outras iniciativas pastorais. “Minha missão é conviver com as pessoas não num nível distante, mas num nível de mais proximidade. Essa sempre foi a minha marca por onde passei; conquistar pela participação dos pequenos”. Curiosidade A imagem de Nossa Senhora Rainha da Paz, padroeira da comunidade, foi feita sob encomenda. A
intenção era confeccionar uma imagem que fosse semelhante à da padroeira da Arquidiocese de Goiânia, Nossa Senhora Auxiliadora. Assim, a imagem deveria ser uma Mãe com o filho nos braços, porém sem o cetro na mão. Segundo relatos, padre Alberto, então pároco, disse: “faremos uma imagem em um tamanho acima do normal, com a cabeça voltada para baixo. Ela será colocada em um pedestal no altar, assim, quando os fiéis pisarem na soleira da porta da igreja, ao olharem para a imagem, terão a impressão de que ela os acolhe com o olhar”.
Missas na Matriz Domingo, às 7h, 10h15 e 19h 2ª e 6ª-feira, às 7h 3ª-feira, às 15h 4ª-feira e 6ª-feira, às 19h30 Secretaria 3ª a 6ª-feira, das 8h às 11h e das 13h às 17h. Sábado, das 8h às 12h Administrador paroquial : Pe. Valdison de Barros Braga Tel.: (62) 3287-2860 E-mail: paroquiarainhadapaz@gmail.com End.: Rua U-54, área 15, s/n – Vila União, 74313-380 – Goiânia-GO
NESTA SEMANA CELEBRAM-SE Dia 29: Sagrada Família Jesus foi acolhido no seio de uma verdadeira família. Uma humilde, boa e honrada família, ligada pela fé e bons costumes. Deus escolheu, seus anjos agiram e a Sagrada Família foi constituída. Assim, Jesus nasceu numa verdadeira família para receber tudo o que necessitava para crescer e viver, mesmo sendo muito pobre. Teve o amor dos pais unidos pela religião, trabalhadores honrados, solidários com a comunidade, conscientes e responsáveis por sua formação escolar, cívica, religiosa e profissional. Maria, José e Jesus são o símbolo da verdadeira família idealizada pelo Criador. A única diferença, que a tornou a “Sagrada Família”, foi a sua abnegação, a aceitação e a adesão ao projeto de Deus, com a entrega plena às suas disposições. Mesmo assim, não perderam sua condição humana, imprescindível para que todas as profecias se cumprissem.
Dia 1/01: Maria, Mãe de Deus Oito dias depois da Natividade, o calendário dos santos se abre com a festa de Maria Santíssima, no mistério de sua maternidade divina. Escolha acertada, porque de fato Ela é “a Virgem mãe, filha de seu Filho, humilde e mais sublime que toda criatura, objeto fixado por um eterno desígnio de amor” (Dante). Ela tem o direito de chamá-lo “Filho”, e Ele, Deus onipotente, chama-a, com toda verdade, Mãe! Todo o ano litúrgico segue as pegadas dessa maternidade, começando pela solenidade da Anunciação, a 25 de março, nove meses antes da Natividade. Maria concebeu por obra do Espírito Santo. Como todas as mães, trouxe no próprio seio aquele que só ela sabia que se tratava do Filho unigênito de Deus. Deus se fez carne por meio de Maria. Ela é o ponto de união entre o céu e a Terra. Contribuiu para a obtenção da plenitude dos tempos. Sem Maria, o Evangelho seria apenas ideologia.
Dia 3/01: Santa Genoveva Santa Genoveva nasceu em Nanterre, perto de Paris, no ano 422, de família muito humilde, época em que a Inglaterra ainda era dominada pelo paganismo, exigindo da Igreja uma postura de evangelização naquele país. Assim, tinha Genoveva cerca de 6 anos quando uma missão católica passou por sua cidade, liderada por dois bispos. Um deles profetizou que a menina seria um prodígio cristão – e não errou. Já aos 15 anos Genoveva fez voto de castidade, participando de uma irmandade que, embora não se retirasse para os conventos, atuava religiosa e socialmente a partir de suas próprias casas. Sua história como protetora da França tem dois episódios significativos: a resistência aos hunos e o auxílio dos moradores do campo à cidade que vivia na penúria. Morreu por volta do ano 502 e seu culto perdura até hoje na Igreja de Santo Estêvão do Monte.
DATAS COMEMORATIVAS – 29: Dia Internacional da Biodiversidade | 1/01: Dia Mundial da Paz
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CAPA
tempo, a maioria das promessas não se concretizam e os itens da lista às vezes se repetem por anos... Por que é tão difícil perseverar nos projetos feitos no início do ano? E como viver essa renovação de forma verdadeira? Esse marco muito conhecido como “réveillon”, festejado como “virada do ano”, faz parte do calendário civil. Os cristãos são chamados a viver essa experiência de renovação em outro momento, no centro do calendário cristão, que é a festa da Páscoa, na qual se celebra a Ressurreição de Cristo. A ressurreição é o grande marco de mudança e renovação da vida, como diz São Paulo: “Se Cristo não houvesse ressuscitado, vã seria nossa fé” (Rm 6,4).
Foto: Lucas Dellamare
Renovar-se à Luz de Cristo
mas é bom que o cristão tenha essa consciência e conhecimento do calendário litúrgico e do sentido real de cada data. Ele ressalta a importância de não colocar Cristo apenas presente na vida, mas como nor-
“ Padre Jonas Carvalho de Morais, jesuíta, diretor da Casa da Juventude Padre Burnier, assessor do Centro Loyola e vigário da Paróquia Santa Genoveva, ressalta que não existe problema em se festejar e fazer projetos na passagem do ano,
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Os novos propósitos devem ser baseados em Cristo, na sua ressurreição. A partir Dele que os projetos são gerados. Ele deve ser nosso horizonte de comparação para as mudanças
te nas decisões e planejamentos: “Os novos propósitos devem ser baseados em Cristo, na sua ressurreição. É a partir Dele que os projetos são gerados; Ele deve ser nosso horizonte de comparação para as mudanças, mas normalmente não é isso que acontece. As pessoas fazem suas pro-
Ano novo, tudo na mesma?!
Dr. Altair José dos Santos, psicanalista e professor de psicologia da Universidade Federal de Goiás (UFG), explica que temos em nossa cultura a percepção subjetiva de ruptura na passagem do dia 31 para o dia primeiro do ano seguinte, em que as pessoas aproveitam para fazer propostas de uma nova vida. Porém, elas têm dificuldades em pôr em prática tudo o que se propõem a fazer. Ele ressalta que isso acontece porque na maioria das vezes é preciso mais do que boa vontade: “Quase nunca essas propostas são conquistadas, porque essas mudanças normalmente são processuais e não se resolvem apenas com uma intenção ou uma atitude, elas exigem um processo, uma mudança na posição subjetiva, que vai além da boa vontade. Os motivos que impediam as pessoas de progredirem ou tomarem determinadas atitudes no ano anterior vão permanecer no ano
novo, apesar da boa intenção em mudar. É preciso entender o que a levava a agir de determinada forma, que agora ela própria julga inconveniente ou inadequada. E então pensar e analisar uma possibilidade de mudança. A virada em si não muda, nem a habilita a nada”. Fazer planos para o novo ano faz bem. As pessoas precisam buscar progredir. Porém, tanto padre Jonas quanto o Dr. Altair destacam que é preciso avaliar o que realmente tem valor, avaliar as razões que as impedem de mudar situações estagnadas, discernir e ter a consciência de que boa vontade ajuda, mas sem dúvida não é o suficiente. Dr. Altair ainda ressalta que às vezes é preciso buscar ajuda profissional em alguns casos: “Existem experiências pelas quais a pessoa está passando, que por diversas vezes ela já tentou eliminar ou mudar e não conseguiu, porque exis-
ESPECIAL
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ais um ano está chegando ao fim. Muitos ainda estão no clima das festividades do Natal; já pensaram no ano que se passou, em como o ano foi bom ou difícil, nos problemas, nas realizações, eleições, na Copa (talvez poucos queiram lembrar), nas alegrias e tristezas. Logo vem aquele suspirar profundo... Acabou! Agora é pensar no novo! E aí começam a surgir as famosas listas de promessas e projetos: emagrecer, reformar a casa, dedicar mais tempo à família, realizar aquela viagem, mudar de emprego... Cada pessoa tem uma expectativa, e a virada do ano parece o momento “mágico” para se tomar decisões e mudar os rumos. Porém, no decorrer do
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Adeus ano velho
messas, suas listas para o ano que virá, baseadas apenas no pensamento, na força de vontade, mas que não as conferem a Jesus; não são decisões e propósitos à luz do Evangelho, na presença de Deus. Com isso, se perdem em meio às dificuldades e atribuições diárias, não se consegue perpetuar”. Ele ainda fala que é preciso buscar o discernimento em Deus para avaliar o que realmente precisa ser mudado, o que realmente tem valor. Muitas vezes as pessoas buscam grandes mudanças, quando é preciso pequenas, que podem causar transformações muito significativas. O sacerdote fala que, ao fazer novos propósitos, é preciso pensar também no outro. “Que procuremos fazer propósitos de promovam mudanças de conversão, que aproximem as pessoas de Deus e dos irmãos e irmãs. Que procuremos sempre sair da comodidade, do egoísmo, do individualismo, tão comuns nos dias atuais, buscando ser mais solidários, próximos e justos. Colocar o Evangelho na vivência concreta da vida”.
tem determinações além do consciente; portanto, não depende da retidão das intenções, existe um conteúdo emocional que se manifesta naquele comportamento. Nesse caso a pessoa deve procurar buscar ajuda, se isso lhe trouxer prejuízo para a vida”. Ele ainda fala que a “lista de planos para o ano novo” não deve se tornar um martírio ou um motivo de derrota quando não conquistados os itens: “Fazer listas e promessas a cada ano pode até ser divertido. As pessoas não devem se maltratar em nome dessas propostas, pois nem sempre as condições para a mudança dependem somente da boa vontade. É preciso valorizar a vida. O despertar a cada ano é a vitória que mais conta, com comportamentos que gostaríamos de mudar ou não, com mais ou menos quilos, menos ou mais dinheiro, tudo é menos importante que celebrar a vida”.
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CATEQUESE DO PAPA
“Mas este Deus que vem para nos salvar perdeu trinta anos ali, naquela periferia de má fama?”. Perdeu trinta anos! Ele quis que fosse assim. O caminho de Jesus era no seio daquela família. “A Mãe conservava tudo isto no seu coração, e Jesus crescia em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens” (2,51-52). Não se fala de milagres ou curas, de pregações – não fez alguma nessa época – de multidões que acorrem. Em Nazaré tudo parece acontecer “normalmente”, segundo os
costumes de uma família israelita piedosa e diligente: trabalhava-se, a mãe cozinhava, ocupava-se dos afazeres de casa, passava a ferro... coisas de mãe. O pai, carpinteiro, labutava, ensinava o filho a trabalhar. Trinta anos. “Mas que desperdício, Padre!”. Os caminhos de Deus são misteriosos. Mas ali o importante era a família! E isso não constituía um desperdício! Eram grandes santos: Maria, a mulher mais santa, Imaculada, e José, o homem mais justo... A família.
Assim como Jesus se preparou para a sua missão, os cristãos também devem se preparar para acolhê-lo no Natal
Foto: Divulgação
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numa família. Ele podia ter vindo de modo espetacular, ou como um guerreiro, um imperador... Mas não: veio como filho, numa família. Isto é importante: ver no presépio essa cena tão bonita! Deus quis nascer numa família humana, que Ele mesmo formou. Forjou-a num longínquo povoado da periferia do Império romano. Não em Roma, que era a capital do Império, não numa cidade grande, mas numa periferia quase invisível, aliás, bastante famigerada. Recordam-no também os Evangelhos, praticamente como um modo de dizer: “Pode porventura vir algo de bom de Nazaré?” (Jo 1,46). Talvez, em muitas regiões do mundo, nós mesmos ainda falemos assim, quando ouvimos o nome de um lugar periférico de uma cidade grande. Pois bem, precisamente aí, na periferia do grande Império, começou a história mais santa e boa, a de Jesus entre os homens! E essa família vivia ali. Jesus permaneceu naquela periferia durante trinta anos. O evangelista Lucas assim resume esse período: Jesus “vivia submetido a eles” [ou seja, a Maria e José]. E poder-se-ia dizer:
Sem dúvida, enternece-nos a narração do modo como Jesus, adolescente, enfrentava os encontros da comunidade religiosa e os deveres da vida social; saber como, jovem operário, trabalhava com José; e depois, o seu modo de participar na escuta das Escrituras, na oração dos Salmos e em muitos outros hábitos da vida diária. Na sua sobriedade, os Evangelhos nada falam sobre a adolescência de Jesus, deixando essa tarefa à nossa meditação afetuosa. A arte, a literatura e a música percorreram esse caminho da imaginação. Sem dúvida, não é difícil imaginar o que as mães poderiam aprender do esmero de Maria pelo seu Filho! E quanto os Publicidade
pais poderiam aprender do exemplo de José, homem justo, que dedicou a sua vida para apoiar e defender o Menino e a esposa – a sua família – nas horas difíceis! Sem mencionar quanto os jovens poderiam ser encorajados por Jesus adolescente a entender a necessidade e a beleza de cultivar a sua vocação mais profunda, e de fazer sonhos grandiosos! E nesses trinta anos Jesus cultivou a sua vocação, para a qual o Pai o enviara. E nessa época Jesus nunca desanimou, mas cresceu em coragem, para ir em frente com a sua missão. Cada família cristã – como Maria e José – pode primeiro acolher Jesus, ouvi-lo, falar com Ele, conservá-lo, protegê-lo e crescer com Ele, e assim melhorar o mundo. Deixemos espaço ao Senhor no nosso coração e nos nossos dias. Assim
fizeram também Maria e José, mas não foi fácil: quantas dificuldades tiveram que superar! Não era uma família fictícia, nem uma família irreal. A família de Nazaré compromete-nos a redescobrir a vocação e
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A família de Nazaré compromete-nos a redescobrir a vocação e missão da família, de cada família
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SANTA SÉ
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Sínodo dos Bispos sobre a Família, recém-celebrado, foi a primeira etapa de um caminho, que terminará em outubro próximo com a celebração de mais uma Assembleia sobre o tema “Vocação e missão da família na Igreja e no mundo”. A oração e a reflexão que devem acompanhar esse caminho comprometem todo o Povo de Deus. Gostaria que também as habituais meditações das audiências de quarta-feira se inserissem nesse caminho comum. Por isso, decidi ponderar convosco, durante este ano, precisamente sobre a família, sobre esse dom grandioso que o Senhor ofereceu ao mundo desde os primórdios, quando conferiu a Adão e Eva a missão de se multiplicar e encher a terra (cf. Gn 1,28). Um dom que Jesus confirmou e selou no seu Evangelho. A proximidade do Natal acende uma luz forte sobre esse mistério. A encarnação do Filho de Deus abre um novo início na história universal do homem e da mulher. E esse novo início tem lugar no seio de uma família, em Nazaré. Jesus nasceu
Foto: Divulgação
O exemplo da família de Nazaré
missão da família, de cada família. E, como aconteceu naqueles trinta anos em Nazaré, assim também pode ocorrer para nós: fazer com que o amor se torne normal, e não o ódio, fazer com que a entreajuda se
torne comum, não a indiferença ou a inimizade. Então, não é por acaso que “Nazaré” significa “Aquela que conserva”, como Maria, que diz o Evangelho – “conservava tudo isto no seu coração” (cf. Lc 2,19.51). A partir de então, quando uma família preserva esse mistério, até na periferia do mundo, entra em ação o mistério do Filho de Deus, o mistério de Jesus que vem salvar-nos. E vem para salvar o mundo. Esta é a grande missão da família: deixar lugar a Jesus que vem; acolher Jesus na família, na pessoa dos filhos, do marido, da esposa, dos avós... Jesus está aí. É preciso acolhê-lo ali, para que cresça espiritualmente naquela família.
Que o Senhor nos conceda tal graça nestes últimos dias antes do Natal. Obrigado!
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A presença da Virgem Maria implorando, no Cenáculo, a vinda do Espírito Santo, era sem sombra de dúvida, para os Apóstolos, um testemunho especial do mistério de Cristo.
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Igreja de Jesus Cristo, pela virtude do Senhor ressuscitado, faz um caminho de peregrinação mediante a fé. Pois, por entre as tentações e tribulações que vai encontrando no seu peregrinar, a Igreja é confortada pela força da graça de Deus. Com o auxílio do Espírito Santo, a Igreja se renovará sempre, até que, pela cruz, chegue àquela luz que não conhece ocaso. Precisamente ao longo dessa caminhada-peregrinação eclesial, através do espaço e do tempo e, mais ainda, através da história das almas, Maria está presente, como aquela, que é “feliz porque acreditou”, como aquela que avançava na peregrinação da fé, participando como nenhuma outra criatura no mistério de Cristo. O Concílio Vaticano II diz que “Maria..., pela sua participação íntima na história da salvação, reúne, por assim dizer, e reflete em si os imperativos mais altos da fé”. Ela é, entre todos os que acreditam, como um “espelho”, em que se refletem da maneira mais profunda e mais límpida “as maravilhas de Deus”. A partir de Pentecostes, no qual os Apóstolos recebem o Espírito Santo em forma de línguas de fogo,
Foto: Divulgacao
IR. SUELI CLAUDIA DE ARAÚJO
Instituto Coração de Jesus
começa também a caminhada de fé, a peregrinação da Igreja através da história dos homens e dos povos. É sabido que, ao iniciar-se essa caminhada, Maria se encontrava presente; vemo-la no meio dos apóstolos no Cenáculo de Jerusalém, “implorando com as suas orações o dom do Espírito” (cf. At 1,13-14). A presença da Virgem Maria implorando, no Cenáculo, a vinda do Espírito Santo, era sem sombra de dúvida, para os Apóstolos, um testemunho especial do mistério de
Cristo. Os discípulos sabiam que Maria era a Mãe daquele Jesus que viram ser crucificado, que viram ressuscitado e depois viram subir aos céus. A Igreja, portanto, desde o primeiro momento de sua caminhada, “olhou” para Maria através de Jesus, como também “olhou” para Jesus através de Maria. Ela foi para a Igreja de então e de sempre uma testemunha singular dos anos da infância de Jesus e da sua vida oculta em Nazaré, período em que ela “conservava todas estas coisas,
ponderando-as no seu coração” (Lc 2,19.51). Maria faz parte indissoluvelmente do mistério de Cristo; e faz parte também do mistério da Igreja desde o princípio, desde o dia do seu nascimento. Na base daquilo que a Igreja é desde o início, daquilo que ela deve tornar-se continuamente, de geração em geração, no seio de todas as nações da Terra, encontra-se “aquela que acreditou no cumprimento das coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor” (Lc 1,45). Essa fé da Virgem, precisamente, que assinala o início da nova e eterna Aliança de Deus com a humanidade em Jesus Cristo, essa sua fé heroica “precede” o testemunho apostólico da Igreja e permanece no coração da mesma Igreja, escondida como uma herança especial da revelação de Deus. Todos aqueles que, de geração em geração, aceitando o testemunho apostólico da Igreja, começam a participar dessa herança misteriosa, participam, em certo sentido, da fé da Virgem Maria. Peçamos, humildemente, que a Virgem Maria continue a interceder e alcance para todos nós o dom da fé confiante que a acompanhou em toda a sua vida. E que ela nos ajude para que as maravilhas de Deus resplandeçam em nós, assim como acontecia em sua própria vida.
Evangelho de São Mateus (VI) FREI FERNANDO INÁCIO P. DE CASTRO
Ordem dos Frades Menores
Embora já iniciado o novo Ciclo Litúrgico dias atrás, com o Primeiro Domingo do Advento – Ano B, quis encerrar esse percurso de estudo do Evangelho de São Mateus, tratando justamente agora da Introdução, a saber, o chamado Evangelho da Infância, nos caps. 1 e 2. O Evangelho da Infância possui tal unidade e estrutura, como se tivesse existido sozinho e anterior ao surgimento de todo o Evangelho de Mateus: ao modo dos primeiros relatos do Gênesis, ele se intitula “Livro da Origem de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão” – Jesus leva à plenitude a realeza da-
vídica, leva à plenitude as promessas e a descendência de nosso pai na fé, Abraão. O referido livro tem as seguintes partes: Primeira Parte – 1,2 a 17 – Jesus, filho do Povo Eleito – Nela, apresenta-se a Genealogia de Jesus a partir de Abraão, de tal modo que a mesma se organiza em três grupos de nomes – formados de dois grupos de sete pessoas – e na qual se vê a “história antiga” como uma série de seis semanas com os seis dias da criação, que encontram o seu ponto alto na inauguração da sétima semana, com o nascimento do Messias esperado e o início do novo Israel. Essas seis semanas da história conduzem à sétima, isto é, ao sábado, ao Jubileu da história, o tempo da santificação e do descanso. Segunda Parte – 1,18 a 25 – A Origem de Jesus Cristo, anunciado por Isaías como Emanuel, Deus conosco – Nessa parte, descreve-se a origem de Jesus, destacando-se
Maria, grávida por ação do Espírito Santo antes que coabitasse com o esposo; e José, apresentado como justo e dócil ao Anjo do Senhor como seu ancestral José do Egito, que através de sonhos é orientado a participar dessa origem do novo Israel no Menino que vai nascer e a quem ele dará o nome de Jesus. Terceira Parte – 2,1 a 12 – O Rei nascido na Cidade de Davi é anunciado pela Estrela e reconhecido pelos Gentios – Nesse trecho o destaque se coloca na Estrela que nos lembra as profecias de Balaão e a bênção de Jacó para a Tribo de Judá. Também se destacam os Magos do Oriente, sinal da busca sapiencial de salvação e reconhecimento da realeza do Menino nascido. Quarta Parte – 2,13 a 18 – José abre o Egito para o Menino e sua Mãe, José traz do Egito, o Menino e sua Mãe – Nesse trecho, o escritor sagrado antevê a oposição que o Menino nascido sofrerá e o faz percorrer o caminho do Israel
salvado da escravidão para a terra das promessas – José, como o seu ancestral, abre o Egito para aquele que dará para o seu povo o pão abundante, sinal profético do Reino. Conclusão – 2,19 a 23 – Jesus será reconhecido como Galileu, como a luz que brilha na Galileia das Nações. Indo habitar com seus pais em Nazaré, será chamado o Nazareno – esse termo que além de ser toponímico de quem nasce em Nazaré pode significar o consagrado de Deus (nazir), o rebento de Jessé anunciado por Isaías (netser), e também o resto (natsur) querido do Senhor, que após o Exílio inaugurou um novo Israel. Esse Evangelho da Infância chama a Igreja a acolher a novidade do Reino dos Céus, como luz e salvação para todos nós. Votos de Feliz Natal para todos os leitores e leitoras de nosso Jornal. Para o Ano Novo, continuaremos com o estudo do Evangelho de São Marcos.
FORMAÇÃO CRISTÃ
A Virgem Maria no centro da Igreja
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dezembro de 2014
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Siga os passos para a leitura orante: Texto para a oração: Mt 2,1-12 (página 1202 – Bíblia das Edições CNBB). Passos para a leitura orante: 1.
A pergunta feita por alguns magos do Oriente deve conduzir a primeira leitura do texto: – Onde está o rei dos Judeus, que acaba de nascer? O texto menciona Belém, na Judeia, por três vezes, e depois conduz à casa onde estão Maria e o menino. Leia com atenção!
2.
O menino rei é encontrado a partir da indicação da estrela-guia (sinal), da busca dos magos e da orientação da profecia (Palavra de Deus). Releia o texto e observe essa dinâmica da fé-que-busca: sinal e Palavra / Palavra e sinal.
3.
O menino é adorado pelos que o encontram. Ao ler o texto pela terceira vez, “incline” a mente e o coração diante do Emanuel (Deus conosco), presente em sua oração. Ele faz de você um(a) guia para os que desejam encontrá-Lo. Silêncio diante do menino que fala!
Conclua esse momento de oração com a entrega de um “tesouro” seu a Jesus Salvador. (Ano B, Epifania do Senhor. Liturgia da Palavra: Is 60,1-6; Sl 71 (72); Ef 3,2-3.5-6; Mt 2,1-12)
PUC Goiás empossa diretores de novas Escolas DIAS MENTES/PUC
A solenidade de implantação das quatro novas Escolas, de posse dos respectivos diretores e do pró-reitor de Saúde da PUC Goiás, foi realizada no dia 10 de dezembro, no Auditório da Área 4, Setor Universitário. O presidente da Sociedade Goiana de Cultura (SGC), grão-chanceler da PUC Goiás e Arcebispo Metropolitano de Goiânia, Dom Washington Cruz, e o reitor Wolmir Amado implantaram as escolas e deram posse aos diretores e ao novo pró-reitor. Pró-Reitoria de Saúde O ex-diretor da Escola de Direito e Relações Internacionais, prof. José Antônio Lobo, foi empossado pró-reitor de Saúde. A gestão será de três anos. O novo pró-reitor, há 13 anos professor na universidade, vai administrar o hospital-ensino, Santa Casa de
Misericórdia de Goiânia, sendo nomeado superintendente geral do hospital. “É com muita alegria que assumimos esta missão. Mas, é uma alegria responsável porque é um desafio grande e o trabalho é que vai mostrar esse caminho para nós”, concluiu o empossado. Escolas Foram criadas a Escola de Engenharia, que terá como diretor o prof. Fábio Manoel Sá Simões; a Escola de Artes e Arquitetura, com o prof. Marcelo Granato como diretor; a Escola de Comunicação, que será dirigida pela profa. Sabrina Moreira de Morais Oliveira; e a Escola de Gestão e Negócios, tendo o prof. Irineu Gomes como diretor. Essas gestões se desenvolverão nos próximos quatro anos. De acordo com o reitor Wolmir Amado, as Escolas estão surgindo com uma implantação gradu-
Foto: Wesll ey Cruz
PALAVRA DE DEUS
Q
uem procura, acha! O Evangelho do próximo domingo nos fala da busca dos magos do Oriente. Tal como bons marinheiros ou grandes viajantes, eles se orientavam por uma estrela. Querem muito encontrar o menino Jesus, e dizem: Nós vimos sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo (Mt 2,2b). Eles chamam o menino de rei dos judeus, e têm razão. Assim ficará escrito sobre a Cruz do menino já crescido: Este é Jesus, o Rei dos Judeus (Mt 27,37). Quem procura, acha! Jesus também procurava os magos do Oriente; procurava Herodes pai, Herodes filho, e depois Pilatos; procurava os primeiros discípulos, judeus ou gregos; e hoje ainda procura. Vem ao nosso encontro para
recolher nossa contradição, divisão e violência. Ele as coloca sobre os ombros e procura a vontade do Pai, entregando-se à morte e morte de Cruz. É assim que reconduz os que o acolhem à obediência e à alegria dos filhos e filhas de Deus. Ó presépio feliz! Com a presença dos magos, de José e de Maria, o Menino no presépio atrai nossos olhos desde a infância, nos fala de um amor terno e fiel, apresenta o caminho e indica o modo de ler os sinais de vida. Prepare-se, como de costume, para seu momento de oração com o Evangelho do próximo domingo. Com sua Bíblia aberta, siga o indicado a seguir.
Foto: Divulgação
DOM WALDEMAR PASSINI DALBELLO
Arquidiocese de Goiânia
Empossados receberam os cumprimentos da Reitoria
al. “Duas escolas já foram criadas neste ano, a Escola de Formação de Professores e a Escola de Direito e Relações Internacionais. Agora mais quatro escolas serão criadas em 2015. Queremos entrar em 2016 já com a universidade completa-
mente reestruturada”, explicou. As Escolas entram no lugar dos antigos departamentos de curso, integrando cursos de graduação e programas de pós-graduação, unidos por áreas de conhecimento.