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anos 1957 - 2017

semanal www.arquidiocesedegoiania.org.br

Evangelize: passe este jornal para outro leitor

Preservar nossas ÁGUAS Condição para salvar nosso CERRADO

Celebrar o Dia Mundial da Água é também refletir sobre como podemos preservar esse bem da humanidade. Os desafios são imensos e o tempo para fazer algo concretamente por essa fonte de vida está se esgotando. O Distrito Federal, neste momento, passa por uma crise hídrica e nós podemos ser os próximos. Como ato de Deus que se oferece a nós, a criação requer nosso cuidado urgente. E a água é o principal deles. pág.

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PALAVRA DO ARCEBISPO

ARQUIDIOCESE

VOCAÇÃO

O caráter, a personalidade e a missão de São José

Documento Pós-Sinodal sobre a Liturgia é apresentado

Agostinianas: entre as pioneiras da educação em Goiânia

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Foto: Francisco Aragão

Edição 148ª - 19 de março de 2017


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Arquidiocese de Goiânia

PALAVRA DO ARCEBISPO

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om esse título, o papa Pio IX, em 8/12/1870, declarou o glorioso São José. 16 anos antes, em 1854, o mesmo papa Pio IX havia proclamado, em 8/12 daquele ano, o dogma da Imaculada Conceição, no momento em que os Bispos do mundo inteiro estavam reunidos no Concílio Vaticano I. Deste modo o papa declarou: “Assim DOM WASHINGTON CRUZ, CP como Deus constituíra o antigo José, filho Arcebispo Metropolitano de Goiânia do antigo patriarca Jacó, para presidir em toda a terra do Egito, a fim de conservar o trigo para os povos; assim, chegada a plenitude dos tempos, estando para enviar à terra o seu Unigênito Filho para redenção do mundo, escolheu outro José, de quem o primeiro era figura; constituiu-o Senhor e Príncipe de sua casa e de sua possessão, e elegeu-o custódio de seus principais tesouros”. Certamente nossa Catequese em muito carece da missão de ensinar as lições sobre e de São José. A Sagrada Escritura, de certa forma, deixa entrever muito pouco acerca de sua história e de sua participação nos caminhos do Filho de Deus. Porém, o pouco escrito já revela muito de seu caráter, de sua personalidade e da sua missão. Envolto em meio às dúvidas humanas, naturais para quem não recebera a visita de um anjo para anunciar a Encarnação de Cristo, Verbo Eterno, ele guardou silêncio, certamente angustiante, mas muito respeitoso para com Maria, da qual estava noivo. De sua atitude, uma lição. Planeja, em silêncio, com claro sofrimento, abandonar Maria. Esse gesto revela humanamente um titubeio, mas divinamente um prenúncio de seu caráter justo, afinal, abandonando a jovem nubente, asseguraria que ela não fosse morta por apedrejamento, segundo os costumes da época e de sua região na Palestina. Já emerge, daí, o título de Justo que a Igreja lhe reconhece. Seus desejos e sua honra não ficaram em primeiro lugar, mas a preocupação em solucionar aquele conflito íntimo sem expor Nossa Senhora e o menino que trazia no seu ventre a riscos e males desnecessários. Nesse momento, um novo traço de virtude aparece naquele jovem: a decisão interior em acolher com obediência, tal como o fizera Maria dias antes, ante o apelo do próprio Deus na imagem do mesmo Anjo da anunciação. Por duas vezes o Anjo aparece a São José. Na primeira vez para anunciar o Santo gerado por obra de Deus no ventre de sua noiva, e a segunda vez para lhe outorgar a missão de zelar pelo tesouro dos céus que a jovem Maria trazia no ventre, ante o risco da perseguição e morte a serem patrocinadas por aqueles que não queriam o nascimento de Jesus. Ou seja, obediente e responsavelmente, José participa do mistério da Encarnação e, de modo antecipado, do mistério da Paixão e Morte do Filho de Deus, confiado aos seus cuidados. E, com irrestrita obediência, tanto no acolhimento da notícia esclarecedora do Céu acerca da condição de sua noiva, quanto ao acolhimento e prontidão ante as providências determinadas por Deus para que mantivesse a mulher e o Filho do Altíssimo Deus a salvos, aquele homem, a quem a história reputa uma vida simples e voltada para a vida do lar e do trabalho, não questiona de modo algum o querer de Deus e a sua missão recebida. Assim também é para com a Igreja, que traz em si, como Maria, o grande dom que Deus nos deu, Cristo, Seu Filho, também para ser gerado eucaristicamente no mundo. Por essa analogia teológica, o glorioso São José, portador das virtudes que a própria Igreja e todos os homens zelosos devem ter, é o Patrono, aquele que exerce autêntica missão de ser pai da Igreja, dela protetor e defensor.

Editorial O papa Francisco, em sua Carta Encíclica, Laudato Si’ – sobre o cuidado da criação, diz que “a água potável e limpa constitui uma questão de primordial importância, porque é indispensável para a vida humana e para sustentar os ecossistemas terrestres e aquáticos” (nº 28). No entanto, ele mesmo lembra que “é bem conhecida a impossibilidade de sustentar o nível atual de consumo dos países mais desenvolvidos e dos setores

mais ricos da sociedade, onde o hábito de desperdiçar e jogar fora atinge níveis inauditos” (nº 27). Precisamos fazer nossa parte a respeito disso. Na página 5, apresentamos a riqueza do nosso bioma Cerrado e a situação em que se encontra a água dos nossos mananciais. É urgente tomar atitudes.

Imagem de Nossa Senhora de Guadalupe é entronizada em paróquia dedicada a ela

No dia 5 de março, Dom Moacir Arantes, bispo auxiliar de Goiânia, presidiu a cerimônia de entronização da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, na igreja matriz dedicada a ela, no Parque das Laranjeiras. Vários fiéis participaram do momento. O rito aconteceu ao som de uma Ladainha. A imagem de Nossa Senhora de Guadalupe foi colocada em uma gruta, ao lado da igreja. Na ocasião, Dom Moacir agradeceu a presença das famílias e desejou que cada um “cresça mais na fé”. “Lembramos a todos que ela é nossa Mãe. Jesus nos deu Maria como mãe ainda na cruz, no calvário. Jesus quis não só nos fazer irmãos na filiação paterna, mas também na filiação materna”, disse o bispo.

São José, castíssimo Esposo, rogai por nós.

Certamente nossa Catequese em muito carece da missão de ensinar as lições sobre e de São José’’ Arcebispo de Goiânia: Dom Washington Cruz Bispos Auxiliares: Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes

Coordenadora de Comunicação: Eliane Borges (GO 00575 JP) Consultor Teológico: Pe. Warlen Maxwell Jornalista Responsável: Fúlvio Costa (MTB 8674/DF) Redação: Fúlvio Costa e Talita Salgado (MTB 2162/GO) Revisão: Thais de Oliveira Diagramação: Carlos Henrique

ÚLTIMAS NOMEAÇÕES E TRANSFERÊNCIAS DE SACERDOTES

Colaboração: Edmário Santos, Marcos Paulo Mota Tiragem: 20.400 exemplares Impressão: Gráfica Moura Contatos: encontrosemanal@gmail.com Fone: (62) 3229-2683/2673

LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO

Boa leitura!

Foto: Luiz Gonçalves de Oliveira/Pascom paroquial

São José, Patrono da Igreja

Paróquia Santa Luzia, Vila Cristina Paróquia São Pedro Apóstolo, Setor Gentil Meirelles Pe. Divino Ribeiro da Silva


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ARQUIDIOCESE EM MOVIMENTO

é apresentado na Reunião Mensal de Pastoral FÚLVIO COSTA

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dal foi fundamental para evidenciar as normas da Igreja sobre cada um desses pilares. “Fica evidente, no documento, que há, em nossas comunidades, fragilidade de muitas respostas e equívocos sobre o conceito de Liturgia, que não é discurso, não é teatro, não é entretenimento, mas ação de Cristo, que opera na sua Igreja”, disse. O texto explica justamente isso. A liturgia é única e deve ser conduzida sob as orientações da Igreja em todo o mundo. No documento sobre a Liturgia, assim como nos outros dois – sobre a Palavra e sobre a Caridade –, foram considerados os elementos, escritura, tradição e magistério,

que faz parte da estrutura constitutiva da Igreja desde os primórdios. “Essa base nos faz lembrar que a Liturgia é uma herança de 2 mil anos antes de Cristo e de 2 mil anos depois de Cristo, portanto, temos praticamente 4 mil anos de história, que precisamos compreender para conduzir as pessoas a viver o mistério que se realiza e se opera na história”, destacou. Outro ponto enfatizado na apresentação foi sobre a rejeição ao seguimento das normas da Igreja. Padre Antônio comentou que ninguém inaugura nada de extraordinário com o documento sobre a Liturgia. O texto conduz à plena compreensão e participação da única e

definitiva obra: a da salvação da humanidade toda. “Não há Igreja e liturgia sem unidade, por isso, não podemos colocar na liturgia o que queremos, pois ela é infinitamente maior do que as particularidades dos nossos afetos”, justificou. A partir de agora, nas próximas dez Reuniões Mensais de Pastoral, cada um dos Sacramentos e sua disciplina serão estudados, capítulo a capítulo. Por exemplo, em relação ao Batismo, será abordado o que se exige para recebê-lo; o que a Igreja compreende sobre o Batismo; o que ela exige do celebrante, dos pais e padrinhos e da pessoa batizada, e assim sucessivamente, com os sete Sacramentos.

Foto: Fúlvio Costa

Liturgia na vida e na missão da Igreja particular de Goiânia foi o tema da Reunião Mensal de Pastoral, que aconteceu no dia 11 de março, no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF) e foi apresentado pelo coordenador arquidiocesano para a Liturgia, padre Antônio Donizeth do Nascimento. Após a oração das laudes, o arcebispo Dom Washington Cruz fez a abertura do evento relembrando o volume de trabalho consumido pelo Sínodo, com a sua preparação, execução e produção dos documentos pós-sinodais. Padre Antônio, durante a exposição, explicou que o objetivo do documento é lembrar o que é a Igreja, isto é, o que há de mais belo em sua essência. “Podemos constatar facilmente, no texto, que a Igreja é o corpo de Cristo, pelo trabalho, pelas obras e por tudo o que ela realiza, fazendo dos homens e mulheres templos do Espírito Santo”, disse. Diante dessa beleza, conforme padre Antônio, o documento também traz a dimensão da comunhão e compreensão dos Sacramentos, da doutrina e da transmissão da fé. Com o Sínodo Arquidiocesano realizado de 2009 a 2012, foi proposta a reflexão sobre a evangelização nas bases da Igreja a partir dos elementos Palavra, Caridade e Liturgia. Por isso, o caminho sino-

Dia da Mulher Refletindo sobre o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, a coordenadora da Pastoral Familiar no Regional Centro-Oeste da CNBB, Maria Dóris, que estava acompanhada do seu esposo, Leônidas Magalhães, falou sobre a missão da mulher na Igreja e na sociedade. “Falamos da mulher porque a nossa evangelização é oportuna. Em todo o tempo cabe a nós falar dela e observar que nossos direitos devem ser batalhados dentro de uma coerência cristã”, sublinhou. Ela

também se lembrou das mulheres marginalizadas, abandonadas pelos pais ou esposos, e assassinadas. “A mulher, mesmo sendo vítima de violência, muitas vezes praticada por homens próximos, continua fiel aos seus deveres. Por isso, nós temos uma grande missão: viver a santidade e acolher o dever que nos foi dado em todas as situações”, afirmou. A próxima Reunião Mensal de Pastoral está marcada para o dia 8 de abril, das 8h30 às 12h, no CPDF. Mais informações: (62) 3223-0759

Foto: Fúlvio Costa

Documento Pós-Sinodal sobre a Liturgia

Coordenadora da Pastoral Familiar falou sobre a missão da mulher na Igreja e na sociedade


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Arquidiocese de Goiânia

ANO VOCACIONAL MARIANO

Irmãs Agostinianas Missionárias FÚLVIO COSTA

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Dedicação aos goianos Em Goiânia, se instalaram a pedido do bispo de Goiás (1922-1932), Dom Emanuel Gomes de Oliveira, com a missão de gerir a Santa Casa de Misericórdia e ajudar na educação da nova capital. “Ficamos na gestão da Santa Casa até meados da década de 1940, com as irmãs Isidora Rodrigues e Maria Ângela de Araújo Silva. Outras três, também vindas de Catalão ficaram por conta da educação (escola e internato): Madre Esperança Garrido, irmã

Foto: Rudger Remígio

Encontro Semanal abriu a seção Ano Vocacional Mariano com a história das Irmãs Franciscanas da Ação Pastoral (Ed. 144), as primeiras religiosas a chegarem a Campininha das Flores (1922), antes mesmo da criação da nova capital, que foi fundada em 1930. Neste novo número, apresentamos as Irmãs Agostinianas Missionárias, que chegaram a Goiânia em 1937, portanto, elas são as religiosas pioneiras da nova capital. Fundadas em Madri, Espanha, em 1890, as Irmãs Missionárias Agostinianas são um ramo da origem agostiniana. O carisma da congregação é evangelizar por meio da educação e promoção humana em escolas próprias, públicas, centros sociais, creches e paróquias. “Como dizia Santo Agostinho, o mais importante é a educação do coração, por isso, nós nos dedicamos à educação integral: intelectual, moral e cristã, com especial atenção à infância, adolescência, juventude e à mulher”, disse, em entrevista, irmã Edilene de Abreu Rodrigues, 46 anos, dos quais 23 anos dedicados à vida religiosa. O nome inicial da congregação, no fim do século XIX, era Agostinianas Terciárias Missionárias de Ultramar. A dimensão missionária sempre foi um forte na congregação. Está marcada em sua história a dedicação às missões nas Filipinas.

Trata-se de uma página de fé e testemunho das missionárias. Na dimensão social, elas mantêm obras sociais de acolhida e de educação de crianças e jovens em São Paulo, Pará, Rio de Janeiro e em Moçambique, na África. Essas iniciativas podem ser conhecidas pelo seguinte endereço: www.agostinianas.com.br/ assistencia-social. Ao Brasil, a congregação chega em 1921, a pedido do então bispo de Goiás, Dom Prudêncio Gomes da Silva, e se instala em Catalão, no sudeste do estado de Goiás, com cinco irmãs espanholas. Depois se expande para Taquaritinga (SP), em 1925; São Paulo (SP), em 1933; Rio de Janeiro, em 1954; Ilha do Marajó (PA) e Belo Horizonte (MG), em 1959. A congregação conta hoje com 48 irmãs no Brasil e com 411 no mundo, presentes em 17 países de quatro continentes: Europa, América do Sul e Caribe, África e Ásia.

Foto: Rudger Remígio

80 anos educando e evangelizando Goiânia

Ir. Edilene, Ir. Ivone (Superiora), Ir. Emília e Ir. Mercedes

Maria Valvaneira, irmã Maria Consolação Garcia”, conta irmã Mercedes Vivas de Rezende, 83 anos e 62 de vida religiosa. A princípio, elas se dedicaram à educação numa casa da Rua 20, próxima ao Colégio Lyceu de Goiânia. A procura foi aumentando e elas foram tendo que abrir novas salas. “Quando foi lançada a primeira pedra fundamental da escola atual, em 7 de julho de 1939, aqui na Rua 55, nós já tínhamos seis salas de aula”, relembra irmã Mercedes, que na época era aluna. Neste ano, em que o colégio e as religiosas celebram 80 anos de presença e dedicação à educação dos goianos, a escola conta com 2.002 alunos, levando em frente a sua missão de evangelizar pela educação e a promoção humana. As irmãs se orgulham também de que o primeiro sacrário de Goiânia tenha sido instalado na capela do Colégio Santo Agostinho.

Vocação

Alunos da Educação Infantil, do Colégio Santo Agostinho

As Irmãs Agostinianas Missionárias, na dimensão vocacional, procuram ser um sinal de Deus pelo seu testemunho de vida na comunidade onde atuam. Participam e colaboram na Paróquia Imaculado Coração de Maria, que fica na Avenida Paranaíba. Irmã Edilene é responsável por acompanhar os jovens que sentem o chamado em seu coração, e aqueles que procuram discernir como ser um cristão autêntico.

Na casa de Goiânia moram quatro irmãs: irmã Edilene, irmã Mercedes Vivas, a superiora irmã Ivone Colombo e irmã Emília Gallo, de 86 anos, que conheceu a congregação aos 12 anos de idade, mas só se decidiu à vida religiosa com 25 anos. Ela professou seus votos perpétuos perante a comunidade do Colégio Santo Agostinho e Dom Antonio Ribeiro, antes de ele ser bispo. O processo vocacional da congregação começa nas comunidades, com o acompanhamento feito pelas irmãs e, em seguida, caso as jovens queiram conhecer melhor o carisma e a espiritualidade, continuam um processo em São Miguel Paulista (SP), com a promotora vocacional, irmã Marlene da Cruz Bandeira. A atual provincial da congregação no Brasil é a irmã Maria Gonçalves.

INFORMAÇÕES Carisma Evangelização por meio da educação e promoção humana em ambientes pobres e necessitados, com especial atenção à infância, adolescência, juventude e à mulher. Dentro da espiritualidade agostiniana, assume também a busca da verdade, justiça e amor. Fraternidade Superiora: Ir. Ivone Colombo End.: Rua 55, nº 63 – St. Central CEP: 74055-150 – Goiânia-GO Tel.: (62) 3223-0919 Site: www.agostinianas.com.br E-mail: edileneamjcs@yahoo.com.br


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CAPA

Cuidado com a água FÚLVIO COSTA

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esta quarta-feira, 22 de março, é celebrado o Dia Mundial da Água, data instituída pela ONU em 22 de março de 1992, com o objetivo de conscientizar a população a respeito da importância desse valioso bem natural. Falar hoje sobre o assunto é urgente, principalmente porque a criação continua a “gemer em dores de parto” (cf. Rm 8,22). Os problemas só têm se agravado e muito por todo o planeta. Por isso, a Igreja se posiciona profeticamente para que os cristãos se comprometam com o meio ambiente. “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” é o tema proposto pela Campanha da Fraternidade deste ano, com o objetivo de tornar lúcida, atual e urgente, a busca pelo cultivo da criação. Para falar sobre o assunto água e sua importante relação com o nosso bioma Cerrado – que abrange principalmente a região Centro-Oeste (Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul) e também faz parte das belezas da região oeste de Minas Gerais e das regiões sul do Maranhão e do Piauí –, o Encontro Semanal entrevistou o engenheiro agrônomo, Dr. Antonio Pasqualetto, professor titular da PUC Goiás e professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG). “A situação é preocupante”, disse, logo no início da entrevista, o prof. Pasqualetto, quando perguntado sobre a situação dos nossos mananciais em Goiânia e em Goiás. Isso porque são dois os principais problemas graves: “a quantidade de água que está reduzindo rapidamente nos mananciais pelas condições impermeáveis que só aumentam nas áreas urbanas, bem como o desmatamento para a agricultura e pecuária, que está desencadeando adensamento e compactação do solo”. Como consequência, o Rio Meia Ponte, por exemplo, chega a reduzir a sua vazão em 84%, do período chuvoso para o de seca. “Essa é a bacia hidrográfica que detém mais de 50% da população de Goiás”, alerta o estudioso. A captação desordenada de água para irrigação também eleva o consumo de água e reduz o nível dos córregos.

Nascente nas dependências do Parque Água Branca

É grave também a contaminação das águas, principalmente nos centros urbanos, por dejetos residenciais e industriais. “O aumento da carga orgânica nos cursos hídricos reduz a disponibilidade de oxigênio, comprometendo a vida aquática”. O professor alerta para o aumento da demanda biológica de oxigênio, para a decomposição dos materiais orgânicos e consequente mineralização, que, segundo ele, gera a mortalidade dos peixes e o comprometimento da qualidade das águas para os diversos usos. Esses fatores, de acordo com o professor, têm ameaçado o Cerrado em suas principais riquezas: água, solo, fauna e flora.

Crise hídrica Desde janeiro, o Distrito Federal passa por um racionamento de água. Choveu menos neste ano, evidentemente, mas o rodízio de água por que passa a população vai além das causas climáticas e se dá principalmente por falta de gestão. Pasqualetto elenca cinco pontos que contribuem para que a crise hídrica atinja também Goiás, em breve. “O excessivo desmatamento do Cerrado e da região amazônica; o aumento da impermeabilização do solo, que ocorre nas cidades pelo asfalto e construções de imóveis; o desmatamento, com a retirada de plantas, em especial as matas ciliares, que compromete a retenção de chuvas; o aumento da demanda e a oferta limitada de água; a carência de planejamento de médio e longo prazo para os recursos hídricos, seja na prevenção, como controle e manutenção da disponibilidade”.

Parque Água Branca Merece destaque, diante desse cenário, a proposta de construção do Parque Água Branca, motivada pelo orçamento participativo, instrumento de democracia direta implantado pelo então prefeito de Goiânia, Pedro Wilson Guimarães (2001-2004). A ação teve início em 2001, em uma Área de Preservação Permanente (APP), na região leste da capital. A iniciativa é encabeçada pela Associação de moradores

do Parque Água Branca, do Conjunto Sonho Verde e do Conjunto Riviera. Para que o projeto Membros do Projeto: Maria, Catiê, José Carlos, Pe. Leo e Nilton fosse levado em frente, o primeiro passo foi a remoção de 140 famílias de posseiros no dia 16 de fevereiro, Dom Moacir da ocupação existente às margens Arantes, bispo auxiliar de Goiânia, do córrego da Mina, para moradias trouxe à luz o tema da Campanha dignas. Mas ainda resiste no lugar da Fraternidade deste ano, “Frater40 famílias. Um dos principais en- nidade: biomas brasileiros e defesa traves, no entanto, para a elabora- da vida”, realçando que a temática ção do projeto e posterior execução é propícia para a conversão quaresdo parque, é o aporte financeiro. De mal. Naquela ocasião, ele lembrou 2013 a 2015, o foco principal da luta que “não é possível amar a Deus tem sido as parcerias institucionais, sem servi-lo e sem assumir seu procom o objetivo de fazer levanta- jeto”. Para isso, “precisamos conhementos técnicos e a mobilização de cer o artista pelas suas obras, ou seja, por tudo aquilo que é manifestação recursos. O desejo de lideranças e das co- de Deus”, ressaltou. Dom Moacir destacou que, cuimunidades locais é que o Parque Municipal Água Branca comece no dando da criação, o homem é chabairro homônimo e vá até o Rio Meia mado a um duplo ato, de gratidão Ponte, no residencial Vale do Ara- e responsabilidade. “A criação não guaia, cobrindo aproximadamente é objeto a ser manipulado. É ato de 3,2 km lineares. Para o padre Leo Deus, que se oferece a nós. DesPaulo Fiorin, pároco da Paróquia Di- sa forma, requer nosso cuidado”, vino Espírito Santo, essa é uma luta afirmou. O bispo disse que o primeiro ato que interessa a todos, inclusive à de revelação de Deus é a sua obra. Igreja. “O Rio Meia Ponte está sendo Por isso, o homem é chamado ao contaminado na jurisdição da nossa cuidado, que é uma experiência de paróquia, por isso não podemos ficar calados diante dessa situação, redenção. “O cuidado da criação pois nos interessa o cuidado com a nos restaura e redime; restaura as água. Nós vamos lutar com o povo feridas do pecado”. Ele ainda explida região e cobrar do poder público cou por que cabe ao homem cuidar que o parque saia do papel e benefi- da criação. “A natureza nos educa cie a todos os nove bairros que serão como filhos e filhas de Deus. Como o último ser criado, o homem foi atendidos”, disse. aquele que recebeu a missão de cuidar. Portanto, é responsabilidade dos cristãos cuidar da criação, pois Quando presidiu a aula inau- o homem precisa dela, que é uma gural do semestre, para o Instituto irmã que cuida de mim e a quem eu Santa Cruz de Filosofia e Teologia, devo cuidar”, completou.

Cuidar da criação

Foto: Rudger Remígio

Uma causa cristã de primeira ordem


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Arquidiocese de Goiânia

SETOR JUVENTUDE

Lectio Divina com os jovens Foto: Fúlvio Costa

“Em Jesus, há sempre mais a se ver do que as aparências” FÚLVIO COSTA

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o dia 11 de março, o bispo auxiliar de Goiânia Dom Moacir Arantes se encontrou com os jovens, na segunda noite da Lectio Divina (Leitura Orante da Palavra de Deus), que acontece todos os sábados da Quaresma, às 19h30, na Paróquia Universitária São João Evangelista, no Setor Leste Universitário, organizada pelo Setor Juventude. O tema dessa noite foi A Transfiguração do Senhor (Mt 17,1-9), em que Jesus conduziu três discípulos, Pedro, Tiago e João, a uma alta montanha e transfigurou-se diante deles. Dom Moacir explicou aos jovens presentes que, nesse episódio, o lugar e o tempo são pontos importantes que dizem muito sobre nossas vidas. Em relação ao tempo, o trecho em que se diz seis dias depois (17,1) refere-se à primeira narrativa da Paixão do Senhor (16,21). Seis dias antes, Jesus tinha falado de sua Paixão e Pedro reagiu. “Quando Pedro diz: ‘Senhor, é bom estarmos aqui’, ele revela que não quer perder Jesus, não quer perder o amor que encontrou, e esse é o desejo do coração humano: segurar junto de si o que ama, porque é uma necessidade humana”, ex-

plicou. “Quem não pensa como Jesus vira uma pedra de tropeço no caminho de Deus”. Por isso, no anúncio da Paixão, o Senhor diz “vai para trás de mim, satanás” (16,23), e agora quem se manifesta é o próprio Deus: “Este é o meu filho amado, nele está meu pleno agrado: escutai-o” (17,5). Já em relação ao lugar, o alto da montanha, Dom Moacir disse que é o ambiente próprio da experiência de Deus. “Em Minas Gerais temos muitas igrejas construídas no alto, de onde se vê melhor e mais longe. Tem gente que não vê longe porque vive nos lugares baixos de suas vi-

das”, confrontou. A escolha dos três discípulos também quer dizer muito. “Dos 12, ele leva três, pois são os discípulos mais íntimos, e quando isso ocorre, geralmente algo vai acontecer. Pedro foi o discípulo que Cristo confiou à Igreja; João, aquele a quem confiou sua mãe; Tiago, o primeiro a morrer martirizado”. Mas por que Jesus os escolhe? Conforme o bispo, porque ele só escolhe os íntimos para viver os momentos difíceis. E por que ele nos escolhe? “Porque conhece cada um. Jesus é o promotor da ação e eles sobem porque Jesus os leva. Quantas ve-

zes, se Jesus não nos levar, nós não vamos?”, questionou. Moisés e Elias são citados porque eles são homens da experiência com Deus, no alto. “A montanha é ainda o lugar para conhecer a Deus e receber dele”. Por fim, o bispo pediu aos jovens que não se acomodassem às coisas deste mundo, referindo-se às palavras de São Paulo (Rm 12,2). “Deixai-vos transformar nesta Quaresma. Em Jesus, há sempre mais a se ver do que as aparências. O fruto da Lectio Divina é a oração, e o fruto da contemplação é a decisão que nos leva à ação”. Como proposta de ação para a semana, ele pediu aos jovens que construíssem um projeto pessoal de vida. “Peguem o exemplo da vela que se desgasta, mas ilumina. Muitos, porém, se desgastam, mas não produzem luz alguma. Vocês não fazem ideia do que está para além das aparências”. Neste sábado (18) o tema da Lectio Divina foi A Samaritana, sob orientação do padre Luiz Henrique Brandão. No próximo sábado (25), será sobre A cura do cego de nascença. Os encontros seguem todos os sábados, às 19h30, até o dia 8 de abril, em que acontecerá a Celebração Penitencial. Recomenda-se que todos levem suas bíblias.

“O Setor Juventude tem como missão garantir um espaço de reflexão, discernimento, tomada de posição e celebração conjunta dos diversos segmentos da Arquidiocese” (Evangelização da Juventude, Doc. 85, CNBB)

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m janeiro passado, padre Ronaldo Rangel Magalhães Macedo, 33 anos, assumiu a administração da Paróquia Universitária São João Evangelista e as coordenações do Setor Juventude e da Pastoral Vocacional da Arquidiocese de Goiânia. O objetivo é que haja uma maior relação e unidade na proposta arquidiocesana de evangelização para os diversos segmentos jovens. Em entrevista ao Encontro Semanal, padre Ronaldo explica que a unidade se justifica porque é na juventude que se vive um tempo de busca por respostas definitivas para toda a vida. “É no período dos estudos universitários que surgem ainda mais dúvidas sobre as escolhas para a vida. Nesse âmbito, entra a Paróquia Universitária, que soma à missão, uma vez que o ambiente universitário é majoritariamente juvenil, ajudando os jovens na conscientização de que a razão é iluminada pela fé e com ela podem ir além”.

No Setor Juventude, de modo específico, que teve padre Max Costa como coordenador nos últimos três anos, as iniciativas que vinham sendo realizadas continuarão e, como o próprio padre Ronaldo destaca na entrevista, “nada será abolido”. Mas, além de realizar grandes eventos que expressam a comunhão, o Setor Juventude, cujo objetivo é convocar e propor orientações para a evangelização dos jovens, terá a pretensão de abraçar todos os carismas juvenis. “Como nos orientam as diretrizes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Setor Juventude não pode ser mais um grupo de jovens ou mais um movimento que se adiciona a outros, mas deve assumir de fato sua missão de articulador, para que os grupos de jovens cumpram a sua missão”, explica. A princípio, está sendo formado um núcleo constituído por alguns jovens que represente, de modo geral, toda a expressão da juventude na Arquidiocese de Goiânia, para que juntos caminhem em direção à vontade de Deus, em consonância com a pastoral arquidiocesana, sem que com isso se perca sua identidade própria, nem se negligencie a unidade na diversidade de dons. “Como nos lembra o Senhor: ‘A messe é grande e poucos são os trabalhadores’ (Lc 10,2), por isso, devemos, dessa maneira, compartilhar a missão, de modo que, na união de es-

Foto: Fúlvio Costa

Unidade pastoral é a nova proposta para evangelizar a juventude

forços, como membros do corpo que é a Igreja, cada grupo, movimento, pastoral, de acordo com a sua espiritualidade, possa enriquecer a missão e fazer com que o Evangelho seja semeado nesta Arquidiocese”, declara o coordenador.

Desafio Em relação aos desafios do trabalho a ser desenvolvido no Setor Juventude, padre Ronaldo diz que são os mesmos para toda a Igreja: a evangelização, porque anunciar o Cristo exige compromisso e obediência ao seu mandamento. “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que eu estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,19-20). “O desafio dos tempos atuais é proporcionar aos jovens saírem da cultura egoísta e intimista, que muitas vezes está presente na experiência religiosa das nossas comunidades, fazendo com que cada grupo se feche, vivendo assim no comodismo, no que é básico da fé, sempre o ‘mais do mesmo’, quando Jesus nos manda ir para outras margens. É preciso que entendam que a missão é maior do que os gostos de cada um e que não somos donos da messe, somos convocados e enviados pelo Senhor, que fala na Igreja, pelos pastores”, explica.


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CATEQUESE DO PAPA

A criação Estimados irmãos e irmãs!

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uitas vezes somos tentados a pensar que a criação é nossa propriedade, uma posse a ser desfrutada a nosso bel-prazer e da qual não devemos prestar contas a ninguém. No trecho da Carta aos Romanos (8,19-27), da qual há pouco ouvimos uma parte, o Apóstolo Paulo recorda-nos, ao contrário, que a criação é um dom maravilhoso que Deus colocou nas nossas mãos, para podermos entrar em relação com Ele e nela reconhecer o vestígio do seu desígnio de amor, para cuja realização todos nós somos chamados a colaborar, dia após dia. No entanto, quando se deixa levar pelo egoísmo, o ser humano acaba por estragar até as coisas mais bonitas que lhe foram confiadas. E assim aconteceu inclusive no caso da criação. Pensemos na água. A água é um bem belíssimo e deveras importante; a água dá-nos vida, ajudando-nos em tudo, mas para explorar os minerais contamina-se a água, deturpa-se e destrói-se a criação. Esse é apenas um exemplo. Há muitos outros. Com a trágica experiência do pecado, rompendo a comunhão com Deus, transgredimos a comunhão originária com tudo aquilo que nos circunda e acabamos por corromper a criação, tornando-a, desse modo, escrava, submetida à nossa caducidade. E infelizmente a consequência de tudo isso salta de maneira dramática aos nossos olhos, todos os dias. Quando rompe a comunhão com

Deus, o homem perde a sua beleza originária e acaba por desfigurar tudo ao seu redor; e onde antes tudo remetia ao Pai Criador e ao seu amor infinito, agora tem o sinal triste e desolado do orgulho e da voracidade do homem. Explorando a criação, o orgulho humano destrói. Contudo, o Senhor não nos deixa sozinhos e até nessa situação desoladora nos oferece uma nova perspectiva de libertação, de salvação universal. É aquilo que Paulo põe em evidência com alegria, convidando-nos a dar ouvidos aos gemidos de toda a criação. Com efeito, se prestarmos atenção, ao nosso redor, tudo geme: a própria criação geme, nós, seres humanos, gememos, e até o Espírito geme dentro de nós, no nosso coração. Pois bem, esses gemidos não são uma lamentação estéril, desconsolada, mas – como esclarece o Apóstolo – são os gemidos de uma mulher em trabalho de parto; trata-se dos gemidos de quem sofre, mas sabe que está prestes a nascer uma nova vida. E no nosso caso é realmente assim. Nós ainda estamos implicados com as consequências do nosso pecado e, ao nosso redor, tudo ainda tem o sinal dos nossos esforços, das nossas faltas, dos nossos fechamentos. Mas ao mesmo tempo, sabemos que fomos salvos pelo Senhor e já nos é dado contemplar e prelibar, em nós e no que nos circunda, os sinais da Ressurreição, da Páscoa que atua uma nova criação. Esse é o conteúdo da nossa esperança. O cristão não vive fora do

Foto: Reprodução

Dom de Deus que precisa ser cuidado

mundo, sabe reconhecer na sua vida e naquilo que o circunda os sinais do mal, do egoísmo e do pecado. É solidário com quantos sofrem, com o que chora, com os marginalizados, com aqueles que se sentem desesperados... Mas ao mesmo tempo, o cristão aprendeu a ler tudo isso com os olhos da Páscoa, com os olhos de Cristo Ressuscitado. E então, sabe que vivemos o tempo da espera, o tempo de um anseio que vai além do presente, o tempo do cumprimento. Na esperança, nós sabemos que o Senhor quer purificar definitivamente com a sua misericórdia os corações feridos e humilhados, bem como tudo o que o homem deturpou na sua impiedade, e que desse modo Ele regenera um mundo novo e uma humanidade nova, finalmente reconciliados no seu amor.

Quantas vezes nós, cristãos, somos tentados pela desilusão, pelo pessimismo... Às vezes abandonamo-nos à lamentação inútil, ou então permanecemos sem palavras e nem sequer sabemos o que pedir, o que esperar... Mas vem de novo em nossa ajuda o Espírito Santo, suspiro da nossa esperança, que mantém vivos o gemido e a expectativa do nosso coração. O Espírito vê por nós além das aparências negativas do presente, revelando-nos desde já os novos céus, a nova terra que o Senhor continua a preparar para a humanidade.

Audiência Geral. Praça São Pedro, 22 de fevereiro de 2017


Março de 2017

Arquidiocese de Goiânia

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LEITURA ORANTE

“Senhor, abra-nos os olhos!” ‘‘Eu vim a este mundo... a fim de que os que não veem, vejam...’’ (Jo 9,39) RAPHAEL ALIEVI (SEMINARISTA)

Seminário Interdiocesano São João Maria Vianney

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Evangelho do próximo domingo nos convida a abrirmos os olhos, a sairmos da nossa cegueira, da escuridão que, por vezes, nos impedem de enxergar as manifestações de Deus na nossa vida. Jesus e seus discípulos encontram-se com um cego de nascença, e “para que as obras de Deus se manifestem nele” (Jo 9,3), Jesus lhe restitui a visão. Jesus lhe abre os olhos. A cura do cego de nascença, para os fariseus e as autoridades judaicas, é um escândalo. Eles, vivendo como “cegos que guiam cegos” (Mt 15,14), chegam a dizer a respeito de Jesus: “esse homem não vem de Deus” (Jo 9,16). Porém, aquele que antes era tido como cego, impossibilitado de enxergar as obras de Deus, agora é capaz de prostrar-se diante de Jesus, voltar o seu coração a Ele e dizer: “Eu creio, Senhor!” (Jo 9,38). Esse homem renasceu em Cris-

to. “Este meu filho estava morto e tornou a viver” (Lc 15,24). Jesus veio a este mundo “para abrir os olhos dos cegos, tirar os cativos da prisão, livrar do cárcere os que vivem nas trevas” (Is 42,7). Ele “é a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano” (Jo 1,9). Ademais, Paulo nos recorda: “Vós sois filho da luz e filhos do dia; não somos da noite, nem das trevas” (1Ts 5,5). Neste tempo de conversão, Jesus abre-nos os olhos e nos ensina a enxergar.

Siga os passos para a leitura orante: Texto para a oração: Jo 9,1-41 (página 1323 - Bíblia das Edições CNBB) 1. Eleve o pensamento a Deus; respire lentamente e procure acalmar o coração. Após um breve momento de silêncio, faça sobre si o sinal da cruz. Invoque a luz do Espírito Santo; se preferir, cante: “A nós descei divina Luz...”. 2. Leia o texto, uma, duas ou mais vezes. Identifique as palavras do evangelista, as palavras de Jesus, as palavras do cego de nascença e demais personagens. Com os olhos fechados, imagine a cena. 3. Procure identificar-se no Evangelho. Coloque-se no lugar de alguns personagens. Identifique o que o texto tem a lhe dizer. Qual personagem mais lhe chamou a atenção? Qual palavra, atitude, lhe falou ao coração? O texto convida você a renunciar a quê? Convida você a assumir o quê? 4. Por fim, reze! Gaste um bom tempo na oração. Agradeça a Deus por esse momento de oração e renove o seu compromisso quaresmal, preparando-se para a celebração da Páscoa. (ANO A, 4° Domingo da Quaresma. Liturgia da Palavra: 1Sm 16,1b.6-7.10-13a; Sl 22,1-6; Ef 5,8-14; Jo 9,1-41)

ESPAÇO CULTURAL Sugestão de leitura Neste livro, a doutoranda em Direito Internacional, Gabriela Saab, apresenta a água como um bem essencial à vida. No decorrer das páginas, a autora suscita reflexão sobre a importância da água e o que a falta dela acarretará em um futuro perturbador e não tão distante, diante da crise hídrica mundial. Um dos dados apresentados no livro é a estimativa de que, até 2025, quase 2 bilhões de pessoas estarão vivendo em absoluta escassez de água. Portanto, é preciso uma conscientização urgente, e, principalmente, ações para enfrentar a crise e garantir o acesso de todos a esse bem vital. Autora: Gabriela R. Saab Riva Onde encontrar: Livraria Paulinas – Av. Goiás, 636, Setor Central Telefone: (62) 3224-2329

Imagem Peregrina de N. Sra. Aparecida visita nossas paróquias Nesta semana, a imagem peregrina de N. Sra. Aparecida que visita nossa Arquidiocese, marcando os 300 anos de sua aparição, passará pelas seguintes paróquias:

MARÇO

20 21 22 23 24 25 e 26

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PUC TV/EFPH Área I – PUC Goiás Área IV/SGC – PUC Goiás Área III – PUC Goiás Área II – PUC Goiás PARUSE – Paróquia Universitária São João Evangelista – PUC Goiás


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