Jornal da Arquidiocese | nº 240 | Novembro de 2017

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Jornal da

ARQUIDIOCESE

FLORIANÓPOLIS, nº 240

Santa Catarina

Casa de Apoio São José Abrace esta causa | 10

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Confira a programação da festa | 4

NOVEMBRO DE 2017

Kairós

RCC reúne jovens em Itajaí | 11


Jornal da Arquidiocese, Novembro de 2017

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opinião Creio na vida eterna

“Sal da terra e luz do mundo” Nesta edição de outubro, o Jornal da Arquidiocese (JA) vai tratar, nas páginas 06 e 07, do Ano Laicato, que tem o objetivo de celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade. Na página 03, você confere notícias da quarta edição do Viva Floripa, que ocorreu no 07 de outubro, em Florianópolis. O encontro reuniu movimentos e pastorais para promover a beleza da família e o valor da vida. A Casa de Apoio São José precisa da sua ajuda! Na página 10, o JA conta os detalhes da reforma que está em andamento e esclarece todos os recursos que a Ação Social Arquidiocesana (ASA) precisa para a conclusão do projeto. A casa tem previsão de ser inaugurada em dezembro deste ano, para acolher pessoas que são atendidas pelo Hospital Regional, em São José, mas que não necessitam de internação. A procura só tem aumentado, o que ressalta a urgência da conclusão dos trabalhos. Na contracapa desta edição, página 12, o leitor vai conhecer um pouco mais sobre os neo-sacerdotes da Arquidiocese. Padre José Silvano Torquato, 40 anos, foi ordenado presbítero no dia 07 de outubro, na Igreja Matriz da Paróquia Senhor Bom Jesus, em Palhoça. E, aos 25 anos de idade, Pe. Paulo Stippe Schmitt recebeu a ordenação na Paróquia Santo Antônio, em Itapema, no dia 14 de outubro. Ótima leitura a todos!

Dom Wilson Tadeu Jönck, scj No dia 02 de novembro celebramos a memória dos mortos. Cada um de nós, depois de uma certa idade, tem uma lista de pessoas que passaram pela nossa vida e estão mortos. No Dia de Finados damos espaço para rezar por estas pessoas. Elas fazem parte da nossa experiência de morte. E os túmulos são uma forma de comprovar que as pessoas sobrevivem à morte. Nós cremos que os mortos vivem de um modo mais verdadeiro, vivem em Deus. Ao visitar os seus túmulos, não queremos apenas reviver os momentos dolorosos da separação. Desejamos aprender algo sobre a grande viagem que, cedo ou tarde, devemos fazer. Não queremos falar da face terrível da morte, mas do rosto da morte que perdeu seu aguilhão (1 Cor 15,54). Renovamos a certeza de que a morte não ameaça o nosso ser com a destruição total. Nós cremos que a morte foi vencida no mo-

mento em que Jesus passou por ela, extraiu-lhe todo veneno e ressuscitou. Duas imagens revelam o rosto cristão da morte. Uma delas é o parto. A vida do ser humano é apresentada no Evangelho como um estado de espera (Jo 16,21). Naquele dia se conclui a longa gestação da “nova criatura”, do “homem novo”, daquele que foi destinado a viver para sempre. A liturgia chama a morte dos justos de “natividade”. Por outro lado, é um despojar-se da veste da miséria que é o corpo, para ressuscitar com uma veste nova que é o corpo glorioso da ressurreição. Jesus fala a Lázaro: “vem para fora” (Jo 11,43). Diz a todos nós: vem para fora da tua indiferença na vida, da tua preguiça, do teu egoísmo, do teu desespero, da dissipação e desordem de tua vida. Assim como reproduzimos em nós as feições do Cristo terreno, precisamos reproduzir a imagem do homem celestial

Nos caminhos de Francisco

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Nas redes

“O anjo da guarda é um amigo que não vemos, mas que sentimos. Ele nos acompanha no caminho na terra até o céu”.

Visita do Diretor Nacional Apostolado da Oração O Diretor Nacional do Apostolado da Oração, Pe. Eliomar Ribeiro, SJ, esteve no dia 24 de setembro, na Arquidiocese de Florianópolis, para participar do Encontro Arquidiocesano do movimento.

02 de outubro, no Twitter

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“Este é o vinho novo da vinha do Senhor: a misericórdia. Há um só impedimento diante da vontade tenaz e tenra de Deus: a nossa arrogância e a nossa presunção, que por vezes se torna também violência!”.

youtube.com

09 de outubro, no Angelus

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“Quando se perde essa relação de proximidade com o Senhor, se cai nessa mentalidade obtusa que acredita na autossuficiência da salvação com o cumprimento da lei. A proximidade de Deus”. 19 de outubro, na Missa da Casa Santa Marta

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O poder da Ave-Maria

“Nossa Senhora Aparecida foi encontrada por trabalhadores pobres: hoje abençoa todos, especialmente aqueles que procuram um trabalho”. 12 de outubro, no Twitter

(1 Cor 15,49). O que aconteceu com Cristo na ressurreição, assim acontecerá com aqueles que são de Cristo. No dia em que celebramos a memória dos mortos, todos os nossos pensamentos se concentram na ressurreição. Sem a ressurreição não haveria outra atitude diante da morte do que afligir-se como os que não tem esperança (1 Ts 4,3). “As almas dos justos estão nas mãos de Deus, nenhum tormento os tocará” (Sab 3,1).

@pontifex_pt

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“Sejam testemunhas corajosas de Cristo no ambiente particular onde vivem e trabalham”. 25 de outubro, no Twitter

“A Igreja é realmente viva se é materna, missionária e se vai ao encontro do próximo”.

Milhões de católicos rezam frequentemente a Ave-Maria. Às vezes depressa, sem sequer pensarem nas palavras que estão dizendo. Uma Ave-Maria bem recitada nos dá mais graças que mil rezadas sem reflexão. facebook.com/arquifloripa

Preservação do Rio Camboriú A Forania de Camboriú, em ato público, protocolou no dia 04 de outubro, o dossiê e abaixo-assinado, em preservação ao Rio Camboriú e seus afluentes.

21 de outubro, no Twitter

twitter.com/arquifloripa

Rua Esteves Júnior, 447, Centro Florianópolis-SC, Fone: (48) 3224-4799 / 99982-2463

Assessoria de Comunicação

O Jornal da Arquidiocese é uma publicação mensal da Arquidiocese de Florianópolis-SC.

DIRETOR: Pe. Vitor Galdino Feller CONSELHO EDITORIAL: Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, Pe. Leandro Rech, Pe. Revelino Seidler, Pe. Vânio da Silva, Carol Denardi, Fernando Anísio Batista e Mateus Peixer. JORNALISTA RESPONSÁVEL: Carol Denardi (SC 01843-JP) PROJETO GRÁFICO: Lui Holleben

DIAGRAMAÇÃO: Mateus Peixer COORD. DE PUBLICIDADE: Pe. Leandro Rech e Erlon Costa TIRAGEM: 24.000 exemplares IMPRESSÃO: Diário Catarinense EMAIL: imprensa.arquifln@gmail.com SITE: www.arquifln.org.br FACEBOOK: Arquidiocese de Florianópolis


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#compartilha Arquidiocese em unidade pela vida Foto: Arquivo pessoal

Retalhos do Cotidiano Professor Carlos Martendal

Acaso

Nenhuma pessoa surge por acaso em nossa vida

Família

Padres e seminaristas também participaram do evento

No dia 07 de outubro, a Arquidiocese de Florianópolis celebrou a quarta edição do Viva Floripa. O encontro reuniu movimentos e pastorais para promover ações evangelizadoras e fortalecer a beleza da família e o valor da vida. Após a concentração em frente à Catedral Metropolitana, às 09h, aproximadamente mil fiéis seguiram a pé até a Beira-Mar Norte, em Florianópolis, conduzidos por um trio elétrico. Neste ano, a caminhada contou com a participação da cantora nacional Zezé Luz, do Rio de Janeiro, que atualmente é a coordenadora da Rede Nacional em Defesa da Vida. Ao longo do percurso, a manifestação a favor da vida se deu através de músicas, testemunhos e de abordagens de conscientização de diversas pessoas encontradas pelo trajeto. Além dos fiéis de várias paróquias, o Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, padres, diáconos, religiosos e seminaristas, também marcaram presença. Muitas famílias e jovens ergueram cartazes, faixas e vestiram camisetas com temas em

defesa da vida. Outra iniciativa importante foi a coleta de assinaturas realizada durante a caminhada, em favor da aprovação do Estatuto do Nascituro (PL 478/2007), que tramita na Câmara dos Deputados e busca garantir direitos sob forma de lei em favor dos nascituros. “Esta caminhada é um verdadeiro testemunho em defesa da vida, desde a sua concepção até sua morte natural”, recordou Dom Wilson. A Arquidiocese, através da Comissão Vida e Família, reafirma o compromisso de defender a vida e a família. Na Encíclica Evangelium Vitae, São João Paulo II alertava acerca da cultura da morte, na qual se podem incluir iniciativas contrárias à vida, como por exemplo, a legalização do aborto. Esta mentalidade, tão presente na sociedade, exige a reação dos cristãos com manifestações como o Viva Floripa. Por isso, o apelo da Igreja se estende a todos os seus membros, isto é, a todo batizado que vive a fé com comprometimento. Por Comissão Vida e Família

Pastoral da Pessoa Idosa reúne voluntários de 21 paróquias Foto: Divulgação PPI

Mais de 140 líderes participaram da celebração

A coordenação arquidiocesana da Pastoral da Pessoa Idosa (PPI) reuniu, no dia 30 de setembro, mais de 140 líderes e coordenadores paroquiais, das 21 paróquias onde está implantada, para uma celebração eucarística e encontro social. Na ocasião foi lembrado o Dia Internacio-

nal da Pessoa Idosa, comemorado no dia 1º de outubro. O presidente do Regional Sul 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom João Francisco Salm, presidiu a missa na Catedral Metropolitana. Em seguida, houve um almoço no salão da Catedral, que se caracterizou também por um momento de confraternização com troca de experiências, apresentações, cantorias e sorteio de brindes. Para ser um voluntário da Pastoral da Pessoa Idosa, basta entrar contato com a coordenadora arquidiocesana, Osvaldina Weber: (48) 9-9992-1872.

No restaurante, pais e filhos à volta da mesma mesa. Não se olham, não se falam, não se tocam, mas olham para a tela de um celular, falam com quem não veem e, às vezes, nem sabem quem é..., tocam as teclas, mas não as mãos nem os corações. Dá dó! Como podem estar unidos os que apenas se reúnem?

Família 2

Como é bela a família em que os pais são santos e ajudam os filhos a serem santos!

Fora

“Fora, Fulano”, “Fora, Beltrano”. Agressividade e indignação que viram rotina e até perdem significado, de tanto vermos escrito por aí. Deus não manda ninguém embora, mas diz: “Aquele que vem a mim não o lançarei fora” (Jo 6,37): suavidade, acolhida, consolo. Não deixemos que se banalizem essas palavras de Jesus em nosso coração: elas nos garantem o abraço tão esperado, terno e eterno!

Fila

Quem gosta de fila? Ninguém! Mas, por causa de mim e de ti, Jesus entrou na fila dos criminosos, condenado a “uma morte vergonhosa”... (Sb 2,20). Quanto amor! “Amou-nos até o fim” (Jo 13,1).

Secretaria para a Animação Missionária A Arquidiocese criou a Secretaria Arquidiocesana para a Missão, com o objetivo de fortalecer a animação missionária, auxiliar na formação e organização dos conselhos missionários, trabalhar em conjunto com os vários segmentos arquidiocesanos, entre outras atribuições. A secretaria também será um apoio ao Setor da Juventude, nas questões burocráticas. Para ajudar na nova secretaria foi contratada Zenir Gelsleichter, que iniciou os trabalhos no dia 02 de outubro. Ela é graduada em pedagogia, e pós-graduanda nos cursos de Educação no Campo (ênfase em Realidade Brasileira) e de Teologia Pastoral (ênfase em Missiologia). Zenir participa desde 2006 das Santas Missões Populares anuais na Diocese de Barra, na Bahia; por dois anos foi missio-

Foto: Arquivo pessoal

nária em Moçambique, com as Irmãs Catequistas Franciscanas, e é membro do Conselho Missionário Diocesano (COMIDI).


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#compartilha Neste ano, uma procissão marca o Dia de Santa Catarina Foto: Divulgação Catedral

No dia 25 deste mês, a Igreja celebra Santa Catarina de Alexandria, padroeira do Estado, de Florianópolis e da Arquidiocese, e co-padroeira da Catedral Metropolitana. Paróquias e capelas de Balneário Camboriú, Biguaçu, Brusque, Palhoça e Porto Belo também têm Santa Catarina como padroeira. Para celebrar este dia tão importante, uma programação especial foi preparada na Catedral. A novidade deste ano é uma procissão solene pelas ruas centrais de Florianópolis.

Novena de Santa Catarina.

De 11 a 23 de novembro, na Arquidiocese: Visita da Imagem Peregrina de Santa Catarina às 13 Foranias, com missa na paróquia indicada pelo Conselho Forâneo, às 19h30, com todas as paróquias da região.

25 de novembro – Dia de Santa Catarina 09h: Início da procissão que sairá da Igreja do Colégio Catarinense com a imagem de Santa Catarina e percorrerá as ruas Esteves Junior (sentido contrário), Álvaro de Carvalho e Calçadão da Felipe Schmidt até a Catedral, onde o Arcebispo presidirá a missa festiva.

De 13 a 17 e de 20 a 23 de novembro, na Catedral: 18h: Oração do Ângelus, seguida de Missa e da

Participe das Corridas do Bem e ajude as ações sociais da Igreja Vem aí mais uma etapa das tradicionais Corridas do Bem. Desta vez o local será a cidade de Itajaí, no domingo, 12 de novembro. Promovidas pelo Serviço Social da Indústria (SESI), entidade da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), o SESI Corridas do Bem tem a parceria da Ação Social Arquidiocesana (ASA). Além de incentivar a prática de um estilo de vida mais saudável e motivar as pessoas a praticarem atividade física, reverte parte do valor das inscrições para as ações sociais da ASA. Na etapa realizada em Florianópolis, no dia 17 de setembro, participaram 1,6 mil pessoas. Em Itajaí, haverá as modalidades de corrida e caminhada, nos naipes masculino e feminino, com provas de 05 e 10 quilômetros. Serviço Sesi Corridas do Bem 12 de novembro 08h Largada: Em frente ao Centreventos de Itajaí Inf.: (48) 3224-8776 www.corridasdobem.com.br

Você já discerniu sua vocação? Fique ligado neste convite! Foto: Divulgação Pe. Vânio da Silva

Retiro Projeto de Vida, no dia 01/10, com 25 jovens

A Pastoral Vocacional arquidiocesana promove entre os dias 24 a 26 de novembro o quarto e último Retiro Projeto de Vida deste ano, no Seminário Propedêutico, em São José. Tem como objetivo auxiliar no discernimento vocacional, para que os jovens possam dar respostas concretas ao chamado de Deus para suas vidas. O retiro é gratuito e podem participar jovens e adultos que estão concluindo ou já terminaram o ensino médio. Tem início às 08h do dia 24, com término às 16h do domingo, 26. A Pastoral Vocacional promove ainda, de 03 a 05 de novembro, no Seminário de Azambuja, em Brusque, o estágio vocacional para adolescentes que estão concluindo o nono ano do ensino fundamental. Inscrições e informações, com o coordenador do Serviço de Animação Vocacional e reitor do Seminário Convívio Emáus, Pe. Vânio da Silva: (48) 3234-4443.

24 de novembro 19h30: As paróquias da Forania Florianópolis Centro Sul se encontram na Igreja do Colégio Catarinense, para a recepção da imagem peregrina e a missa. Após a celebração, no auditório da instituição acontece a solenidade da entrega do Prêmio de Iniciativa Solidária Dom Afonso Niehues, às entidades sociais das diversas paróquias, que se destacaram nos trabalhos sociais neste ano de 2017.

Informações: (48) 3224-3357.

“Mulheres e religiões: para além da tolerância” Para celebrar o Dia Internacional da Tolerância, ocorre o quinto Encontro Inter-Religioso, no dia 16 de novembro, no auditório da Paróquia da Santíssima Trindade, em Florianópolis, a partir das 19h30. O evento é promovido pela Paróquia da Santíssima Trindade, pela Rede Ecumênica da Juventude de Santa Catarina (REJU/SC) e pela Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC). Terá como tema: “Mulheres e religiões: para além da tolerância”. Busca refletir sobre os desafios e esperanças vividos pelas mulheres em seu protagonismo, nas diversas religiões. Participam representantes das seguintes religiões: judaísmo, cristianismo, islamismo e, neste ano, como novidade, a Tradição de Matriz Afro. Informações: (48) 3025-6772 (paróquia). Foto: Christopher Furlong/Getty Images


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nossa fé

No domingo de Cristo Rei, o último de novembro, tem início no Brasil o Ano do Laicato. É oportunidade para celebrar os 30 anos da exortação pós-sinodal Christifideles Laici, em que o Papa João Paulo II traça linhas teológicas e pastorais acerca da vocação e missão dos cristãos leigos. A Igreja no Brasil quer incentivar os fiéis batizados a serem sal da terra e luz do mundo. Homens e mulheres da Igreja presentes no mundo, homens e mulheres do mundo atuantes na Igreja. Para tal, a CNBB publicou um documento com o título: Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade (Doc. 105).

Ano do Laicato

Em defesa dos rios

Padre Vitor Galdino Feller

Fernando Anísio Batista

mundo, a transformar os diversos “mundos” – política, economia, comunicação, educação etc. – em espaços que visibilizem a presença do Reino de Deus. O Concílio Vaticano II ensina que essa é a marca do leigo: a índole secular, a presença e ação no mundo, a missão de consagrar e transformar o mundo. É claro que ele/ ela não fará isso de modo isolado. Toda a Igreja – também os ministros ordenados e os consagrados – estão presentes e buscam a santidade no mundo. Mas estar no mundo é vocação específica dos cristãos leigos e leigas. Avanços

Índole secular Reconhecendo o grande avanço da presença e participação dos fiéis leigos no interior da Igreja, o episcopado brasileiro incentiva agora os fiéis a estarem presentes no

No documento 105 a CNBB destaca alguns avanços na caminhada do laicato nesses últimos anos. Antes de tudo, a consciência do “ser leigo”, do pertencer a uma ordem eclesial – o laicato Encontre esse e outros artigos em: www.arquifln.org.br

–, com identidade, dignidade, espiritualidade, vocação e missão específicas. Leigos passaram a atuar em conselhos de pastoral, de administração, de formação, articularam-se em movimentos e pastorais, uniram-se ao redor de algum carisma de espiritualidade. Não é possível, hoje, falar de Igreja, sem ter em conta a imensurável colaboração e participação dos fiéis leigos. Recuos Mas houve recuos. Muitos se fecharam em seus movimentos e comunidades, fixaram-se em práticas sacramentalistas e devocionistas, em tendências tradicionalistas, em resistências com relação ao empenho pela justiça social. Falta um projeto global de formação, articulação e espiritualidade dos cristãos leigos e leigas. Compartilhe ArquiFloripa

O Projeto Rios busca a par- e instituições, desde câmaras ticipação social na conservação municipais até escolas, associados rios e mananciais, acompa- ções, organizações não-governhando os objetivos apresen- namentais, institutos e centros tados na Década da Educação de pesquisa. Em muitos locais, das Nações Unidas para o De- empresas também participam senvolvimento Sustentável. do projeto, dando base inclusiEle foi lançado inicialmente ve a investimentos nas áreas de na Catalunha, na Espanha, pela pesquisa e extensão. “Associació Habitats para ProO resultado do projeto em jecte RIUS Catalunya”, em 1997. Portugal não deixa dúvidas do Desde então é um sucesso na seu potencial: 310 grupos inscrimobilização das comunidades. tos em 100 municípios, com 155 Hoje, com 20 anos quilômetros de rios de experiência, adotados; cerca de desenvolve suas 8,5 mil participan“Projeto Rios atividades de voluntes e mais de 45 mil tariado dividido em busca a partici- pessoas envolvidas mil grupos, de cinco pação social na em atividades; 600 comunidades. professores; 340 conservação Este modelo foi monitores do Projeto dos rios e implementado pela e 20 cursos de formananciais” Associação Portumação. guesa de Educação As atividades Ambiental (ASPEA) podem ser saídas estendendo a rede do projeto ao de campo, formação de novos território português, em 2006. A monitores, ações de limpeza e proposta é inovadora no sentido conservação diretamente nos de criar um “voluntariado am- rios, conscientização de crianbiental”. Estas comunidades, de ças e jovens, enfim, várias linhas forma organizada, implementam de trabalho e propostas. Tudo projetos no âmbito da responsa- isso envolvendo as comunidabilidade socioambiental, da ges- des em um debate coletivo de tão dos recursos naturais, dos defesa da vida, à luz dos objeresíduos e da biodiversidade tivos e propostas já apresentarelacionadas à gestão da água. das pela Igreja nas Campanhas Hoje, em Portugal, participam da Fraternidade e na Encíclica do projeto diversas entidades Laudato Sì, do Papa Francisco.


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capa

Mais que receber, propagar o Evangelho é a missão do leigo A Arquidiocese de Florianópolis, junto com as outras dioceses do Brasil, celebra o Ano do Laicato, que vai de 26 de novembro deste ano a 25 de novembro de 2018. O tema escolhido para este período é: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na Igreja em saída, a serviço do Reino” e o lema: “Sal da terra e luz do mundo” (Mt 5,13-14). Segundo o bispo da Diocese de Caçador, Dom Severino Clasen, presidente da Comissão Episcopal Especial para o Ano do Laicato, pretende-se trabalhar a mística do apaixonamento e do seguimento a Jesus Cristo. “Isto leva o cristão leigo a se tornar, de fato, um missionário na família e no trabalho, onde estiver vivendo”, disse o bispo. O Ano do Laicato tem como objetivo celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade.

DOCUMENTO Nº 105 O documento “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade” (Doc. 105) foi aprovado na 54ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada em Aparecida, de 06 a 15 de abril de 2016. Tem como princípio, a afirmação dos cristãos leigos e leigas como verdadeiros sujeitos eclesiais. Esta expressão – sujeitos eclesiais – quer dizer que o leigo não é só destinatário do Evangelho, mas também é o sujeito. Além disso, o documento pretende estimular todos os leigos a compreenderem sua vocação e missão para atuarem como verdadeiros sujeitos eclesiais nas diversas realidades em que se encontram. O material acompanha a metodologia ver-julgar-agir e está separado em três capítulos. O primeiro trata da vida dos cristãos leigos, com seus avanços. Depois, aborda o mundo globalizado em uma visão sociopastoral. Aponta alguns discernimentos necessários para analisar e enfrentar este mundo e suas tentações. Por fim, indica propostas para a mudança de mentalidade e de estruturas. O segundo capítulo analisa o que Concílio Vaticano ensina sobre a comunhão na diversidade, que consiste na identidade e na dignidade laical como sujeito eclesial no ponto de vista eclesiológico. O terceiro capítulo trata da ação dos cristãos leigos na Igreja e no mundo. Trata da dimensão missionária da Igreja, desenvolve questões da espiritualidade concreta, recorda aspectos da história da organização do laicato no Brasil, e indica princípios e critérios para a formação do laicato. O material também aponta lugares específicos da ação dos cristãos leigos no mundo de hoje, e conclui com indicativos, encaminhamentos e compromissos para a caminhada do laicato no país.

NA PRÁTICA

CULTURA

O Ano do Laicato pretende dinamizar o estudo e a prática do Documento 105: “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade”. Que estimular a presença e a atuação dos cristãos leigos, “verdadeiros sujeitos eclesiais” (DAp, n. 497a), “sal, luz e fermento” na Igreja e na sociedade.

William Victor Hawerroth, 23 anos, solteiro, publicitário e músico. Participa da Paróquia São Cristóvão, em Itajaí. Foto: Arquivo pessoal

O Jornal da Arquidiocese conversou com alguns profissionais liberais e perguntou: O que motivou você a participar da igreja e como você testemunha sua fé no seu trabalho?

COMUNICAÇÃO Mayara Schmidt Vieira, 29 anos, casada, jornalista. Participa da Paróquia São Luiz Gonzaga, na Agronômica, em Florianópolis, e frequentou até o início da juventude a Paróquia Santo Antônio, em Campinas, São José. Foto: Arquivo pessoal

William Victor Hawerroth

O que motivou você a partipar da Igreja? Mayara Vieira

O que motivou você a partipar da Igreja? “O exemplo dos meus pais. Eles sempre nos levaram à missa, às festas da Igreja. Nos ensinaram a rezar antes das refeições, a rezarmos juntos em outros momentos e a seguir os ensinamentos da religião católica: a humildade, o respeito, a generosidade, a empatia”. Como você testemunha sua fé no mundo da comunicação? “A fé é uma característica que faz parte de mim, é intrínseca. Por isso, considero que a levo para todos os lugares e, muitas vezes, posso demonstrá-la até sem perceber, de forma genuína e natural. Mas há momentos em que já ajudei colegas em momentos difíceis, com diálogo e compartilhando minha fé. Todo dia antes de sair de casa, há um pedaço da oração que rezo e diz assim: ‘que no decorrer deste dia meu Deus, eu te revele a todos’. Isso que peço em oração acaba por acontecer”.

“De início, o fator motivador foi o desejo da minha mãe em ter os filhos mais próximos da Igreja. Posteriormente, após um tempo de participação, a influência como músico e o convite do meu cunhado para participar do ministério de música da Paróquia São Cristóvão”. Como você testemunha sua fé no mundo da música? “A música não trabalha apenas a parte motora, ela também se reflete em sensações e sentimentos de quem toca e escuta. Uma das minhas alegrias, desde quando comecei a tocar um instrumento, é atingir de forma positiva o coração de outras pessoas. É fazer com que elas sintam-se tocadas, recebam a ‘informação’ com o coração e que se libertem das coisas ruins. A minha atuação como músico ‘do mundo’ sempre me proporcionou essas sensações, mas dentro da Igreja é algo mais intenso e profundo, realmente faz com que eu sinta que um trabalho verdadeiro e fiel está sendo realizado”.


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POLÍTICA

O que motivou você a partipar da Igreja?

Thiago José de Chaves, 32 anos, solteiro, diretor de trabalho, renda e emprego no Governo do Estado de Santa Catarina e professor e coordenador do curso de gestão eclesial, na Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC).

“A educação que ganhei em casa foi estar com Deus e que a fé nos faz acreditar em um mundo melhor. E também através da fé poder fazer com que a gente acredite naquilo que o nosso Mestre nos ensinou”.

Foto: Arquivo pessoal

Como você testemunha sua fé no mundo da política?

Thiago Chaves

“Como diria São Tiago, “a fé sem obras é morta”. A obra no sentido pleno é você se doar no trabalho feito com amor, dedicação, independente da profissão, e com mais afinco e benevolência. Eu acredito que como cristão leigo, todos nós podemos testemunhar nossa fé no trabalho, fazendo com que ele esteja presente no meio de nós. O cargo público que ocupo atualmente é fundamental para que eu possa colocar na prática aquilo que o Papa Francisco diz: os jovens devem ser revolucionários no ponto de vista da fé. A cada dia possamos ser melhor, que a gente se volte para o bem comum e faça com que a política seja uma nobre ação, diferente do que é visto hoje no Brasil. No meu trabalho acredito que isto seja um fator preponderante”.

JUDICIÁRIO

O que motivou você a partipar da Igreja?

Fernanda Luz da Rosa, 33 anos, noiva, advogada e analista da Defensoria Pública do Estado de Santa Catarina. Participa da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição da Lagoa, na Lagoa da Conceição, em Florianópolis.

“Minha participação da Igreja começou desde que nasci, pois a minha família é muito católica e sempre frequentei a Igreja com meus pais. Mas a minha atuação na Igreja se intensificou quando eu tinha 17 anos e comecei a participar do Movimento de Emaús”.

Foto: Eduardo Dalmedico Ribeiro

Como você testemunha sua fé no mundo do judiciário “Eu trabalho na Defensoria Pública, atendo a camada mais necessitada da sociedade, aqueles que mais sofrem com as mazelas sociais e as injustiças e que, muitas vezes, comparecem na Defensoria como último recurso. Por lá passam desempregados, desacreditados, famintos, viúvas, estrangeiros. Penso que o meu papel, enquanto cristã, é dar esperanças e humanizar a justiça. Dar voz aos menores. ‘Tudo que fizeres a um pequenino a mim que fizeste’ (Mt 25,40)”.

Fernanda Luz da Rosa

EDUCAÇÃO Foto: Mateus Peixer

Afonso Luiz Silva, 53 anos, casado, diretor geral do Colégio Catarinense, em Florianópolis. Participa da Paróquia Nossa Senhora da Glória, no Balneário do Estreito, e da Igreja Santa Catarina de Alexandria, no Colégio Catarinense, ambas em Florianópolis.

O que motivou você a partipar da Igreja?

Professor Afonso Luiz Silva

“Sou de uma família católica. Morava em Itajaí, meu pai era pintor e um dia ele foi pintar a casa de uma pessoa que participava do conselho administrativo da Igreja e Santíssimo Sacramento, em Itajaí. Lá havia um cargo de auxiliar de administração e comecei a trabalhar na Igreja. Comecei uma imersão maior de vivência com os padres, pastorais, e isso foi me despertando um interesse pela vocação sacerdotal. Decidi ir para o seminário, fiz o propedêutico, conclui filosofia e o primeiro ano de teologia, como seminarista. Então dei uma parada para discernir minha vocação. Dom Afonso Niehues, arcebispo da época, concedeu-me esta oportunidade de continuar cursando teologia como leigo. Comecei a trabalhar no Colégio Catarinense após sair do seminário no ano 1988 e estou aqui até hoje”.

Como você testemunha sua fé no mundo da educação? “A fé não é um rótulo, ela é uma expressão de vida. Aquilo que acredito e busco como a experiência de Jesus em minha vida procuro fazer um testemunho nas minhas relações. A maior e melhor parte disso é sempre estar aberto, solícito, atento às necessidades do outro. O meu trabalho também possibilita isto. A profissão do professor é uma missão. Não é somente transmitir conhecimento, mas é estar atento à pessoa do aluno. Uma educação personalizada, com respeito à fé de cada um e uma educação embasada em valores, que promova a dignidade, justiça, respeito e alteridade. É isto que Deus espera de nós, foi isto que ele testemunhou para que pudéssemos viver nesta dimensão humana que ele viveu”.


Jornal da Arquidiocese, Novembro de 2017

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bíblia

Chamados à santidade!

Lectio Divina Padre Wellington Cristiano da Silva

Lectio (leitura)

Contemplatio (contemplação)

“Disse Jesus a seus discípulos: ‘Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos’” (Mt 25,31-32).

Ver Cristo Rei e Servo nos menores deste mundo é entrar na lógica do Evangelho. Contemplemos a presença de Jesus nos pobres, abandonados e esquecidos.

Meditatio (meditação) Novembro tem um significado especial no calendário litúrgico. O fim do ano vem chegando e o olhar cristão se dirige para o fim da história. Professamos no final do Credo: Creio na comunhão dos santos, creio na ressurreição da carne e na vida eterna. Assim, nosso olhar de fé se alonga além da vida e brilha cheio de esperança sob o clarão da luz eterna. Sabemos que desde os primeiros séculos, os cristãos praticam o culto dos santos, a começar pelos mártires. Por isto hoje vivemos esta Tradição, na qual a Igreja nos convida a contemplarmos os nossos “heróis” da fé, esperança e caridade. É um convite a olharmos para o alto, pois neste mundo marcado pelo pecado, brilham no céu com a luz do triunfo e esperança daqueles que viveram e morreram em Cristo, por Cristo e com Cristo, formando uma “constelação”, que São João viu: “Era uma imensa multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7,9). Todos estes combatentes de Deus merecem nossa imitação, pois foram adolescentes, jovens, homens, mulheres, operários, patrões, sacerdotes, pobres, religiosos, que se tornaram um

sinal do que o Espírito Santo pode fazer em um ser humano que se decide a viver o Evangelho. Portanto, a vida deles acabou virando proposta para nós, uma vez que passaram fome, perseguições, alegrias, situações de pecado, profundos arrependimentos, injustiças, tudo o que constitui o cotidiano dos seguidores de Cristo. Eles enfrentam os embates da vida sem perder o entusiasmo pela Pátria definitiva. Todos somos chamados à santidade. Nela e por ela, a partir do Batismo, já adquirimos e vamos consolidando a nossa cidadania celeste. Deus nos comunica o que ele é em sua realidade mais essencial. Ele é santo! Só ele o é por natureza. Ora, se Deus é nosso Pai e se somos seus filhos, somos chamados a ser o que ele é. A Bíblia inteira nos convida ao chamado: ser santos. O livro do Levítico (19,2) proclama a vontade soberana do Senhor ao seu povo: “Sede santos como eu vosso Deus sou santo!”. Todos os santos e santas de Deus, rogai por nós! Por Eduardo Senna Seminarista da Arquidiocese

O tema do juízo final e universal marca o encerramento do ano litúrgico unido à solenidade de Cristo Rei. O julgamento consiste na avaliação consciente de nossas atitudes e intenções. São João da Cruz afirmara que seremos julgados pelo amor. O amor é o critério de todo julgamento. Cristo deixou claro que amar é dar a vida de forma bastante concreta: dar pão a quem tem fome e água a quem tem sede; acolher o estrangeiro; vestir aquele que está nu; cuidar dos enfermos; visitar os encarcerados (Mt 25,35-36). Quando servimos as pessoas que em nada podem nos retribuir estamos servindo ao próprio Cristo: “todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes” (Mt 25,40). É bendito do Pai (Mt 25,34) aquele que praticou a misericórdia e venceu a indiferença e a inimizade. Todos que serviram com amor receberão como herança o Reino que Deus nos preparou.

Missio (missão) Professamos no Credo Apostólico que Jesus subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai. Junto do Pai, Cristo é Senhor do mundo e da história. No Filho do Homem, a história e a vida humana encontram sua meta e realização plena. Jesus nos mostrou que reinar é servir. Somos, pelo Batismo, participantes do reinado de Cristo. Ser rei e pastor é contribuir na construção de um mundo mais humano e fraterno, em que a caridade seja a grande condutora de nossas ações. Olhando para o fim, para a meta da história, voltamos para o hoje, para nossa missão no tempo presente, enquanto esperamos a vinda gloriosa do Filho do Homem.

Oratio (oração) “O Senhor é o Pastor que me conduz; não me falta coisa alguma” (Sl 22,1).

Conhecendo o livro dos Salmos Padre Gilson Meurer

Salmo 144 (143) – “Canto de vitória e de paz” O Salmo 144 é uma colagem de diversos salmos, especialmente do Salmo 18, resultando em uma súplica a Deus para que conceda vitória e libertação ao seu rei-messias e ao povo. Ele possui duas partes bem distintas: súplicas (1-11) e hino (12-15), e pode ser situado no período pós -exíllico. Depois do título davídico, “contra Golias” (na versão grega), o rei-messias desenvolve uma solene profissão de fé, exprimindo sete atributos de Deus: misericórdia, fortaleza, baluarte, libertador, escudo, refúgio, vencedor (vv. 1-2). A linguagem militar é predominante: Deus “destra para a guerra” o seu rei fiel para assegurar-lhe a vitória contra os inimigos. Essa linguagem entrou também no NT, convertendo a hostilidade presente na matriz originária: “revesti-vos com a

couraça da fé e da caridade, e com o elmo da esperança da salvação” (1Ts 5,8). Nos vv. 3-4, o salmista emprega o Sl 8,4: “quem é o homem para que dele te recordes, para que dele tenhas cuidado?” e o Sl 39,6-7.12: “o homem é como sombra que passa... ele é como um sopro”, a fim de constatar a miséria e a fragilidade do homem, e assim indicar que ele alcança a vitória somente com a força de Deus, que com isso manifesta sua misericórdia e sua glória. Os vv. 5-11 celebram a entrada de Deus na batalha, através de imagens célebres do AT, como o céu que se inclina, raios e montes fumegantes. Deus combate contra os “estranhos” que se opõe ao reino de justiça e paz dos tempos messiânicos.

Por fim, proclama-se a vitória que traz paz (Shalom) para o fiel e toda a nação (vv. 12-15). A prosperidade nos campos, a beleza das filhas, o vigor dos filhos, abundância de animais, a paz na nação é um anelo dos tempos messiânicos, que Jesus também nos ensinou a pedir: “venha a nós o vosso Reino”. Leia o salmo e reflita: 1) Quais atributos o salmo apresenta de Deus? 2) Que resultados espera alcançar o salmista com o auxílio de Deus?

Você também pode conferir este e todos os outros salmos no site da Arquidiocese: www.arquifln.org.br.


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Jornal da Arquidiocese, Novembro de 2017

evangelização

Autorizada a publicação da biografia de Marcelo Câmara Foto: Carol Denardi

Apresentação da obra de Maria Zoê ao arcebispo

Uma comissão formada por representantes do Movimento de Emaús e da Opus Dei, em Florianópolis, apresentou ao Arcebispo, no mês de setembro, o fruto do trabalho de cinco anos de coleta de depoimentos, documentos e entrevistas, que embasaram a biografia de Marcelo Henrique Câmara. Estiveram presentes o vigário geral, Pe. Vitor Feller, Nilo Momm, Marizete Polli, Michelle Biz, Eduardo Espíndola, além de Maria Zoê Bellani Lyra Espíndola, autora da biografia de Marcelinho Câmara, como era conhecido. O jovem promotor de justiça nasceu na cidade de Florianópolis, em 28 de junho de 1979. Marcelo foi um filho e irmão extremamente dedicado à família.

Amadureceu muito cedo com a separação dos pais e aos 10 anos de idade assumiu atitude de responsabilidade pela mãe e pelo irmão mais novo. Tornou-se mestre em Direito, atuou como professor substituto da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e como Promotor de Justiça do Estado. No início do curso universitário participou do retiro espiritual do Movimento de Emaús, quando obteve a graça de profunda conversão a Cristo. Nos anos seguintes exerceu intenso apostolado com os jovens do Movimento e na sua Paróquia Sagrado Coração de Jesus, nos Ingleses, onde se tornou o mais jovem Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão. “Participando dos meios de formação da Opus Dei, encontrou a confirmação da sua vocação laical de santificar as realidades temporais, incluindo o trabalho profissional, que realizava com extrema competência, justiça e caridade”, destaca a autora da biografia. Marcelinho foi surpreendido pela descoberta de um linfoma, que posteriormente evoluiu para leucemia. Maria Zoê explica que ele “enfrentou com extraordinária serenidade o longo processo de luta pela vida e transformou o sofrimento em fonte de esperança e fé para as pessoas que o procuravam”. Faleceu em uma Quinta-feira Santa, dia 20 de março de 2008. Desde então, a fama de santidade do jovem não para de crescer. Há notícias de graças

alcançadas por sua intercessão. A comunicação dos favores obtidos pode ser feita no site www.marcelocamara.org.br. Acredita-se que a vida santa do Marcelinho tem muito a contribuir para a sociedade atual: oferece um ideal para os jovens, consola e traz esperança às famílias marcadas pela separação, inspira as autoridades públicas a servir com justiça, honestidade, zelo e caridade. Foto: Arquivo pessoal

Marcelinho na formatura de direito, na UFSC

Livreto GBF: Nasce o filho de Deus Imagem: GBF

No Tempo do Advento/Natal o cristão é tocado pela espiritualidade natalina. É preciso estar preparado para o Natal em meio a uma sociedade consumista, bombardeados por propagandas que exploram comercialmente e distorcem o verdadeiro sentido do Natal. Nesse ambiente, os fiéis são convidados a ouvir a voz dos profetas que clamam e pedem para preparar o caminho do Messias, o Salvador, na esperança e no júbilo do encontro com ele. Este livreto contém nove encontros orantes, que contemplam a vinda do Filho de Deus, desde o anúncio dos profetas até o nascimento anunciado pelos anjos que o glorificaram louvando a Deus.

Os nove encontros nas casas reforçam as relações de família, amizade e vida de comunidade, fortalecendo o verdadeiro sentido do Natal, o encontro com Jesus de Nazaré, o Filho de Deus. Os grupos poderão decidir como fazer os nove encontros: em dias seguidos ou distribuí-los durante as quatro semanas do Advento. “O Natal é tempo forte de iniciação da vida cristã. Na contemplação do Menino Jesus na manjedoura acolhemos o mistério de Deus e nos deixamos iluminar pela Palavra de Deus. É tempo de reforçar as atitudes de caridade, de piedade, de preocupação com Deus e com os outros. Somos convidados a acolher o menino que quer nascer em nossa vida. Quere-

mos imitar as atitudes de Maria e José, dos pastores, dos reis magos. Todos os encontros da novena de Natal sejam tempo de acolher Jesus, para que cada dia da nossa vida se torne Natal” ressalta o Arcebispo, Dom Wilson Tadeu Jönck. A alegria do Natal será completa, quando o cristão se der conta de que é parte de uma única família humana, a família de Deus. O membro da equipe de redação dos GBF, Moacir Albuquerque, afirma que a “espera da vinda do nascimento de Jesus salvador traz para nós um projeto amoroso de vida e libertação. Ele nos chama a cuidar da vida, vivendo o amor, a partilha, a igualdade e a misericórdia”.


Jornal da Arquidiocese, Novembro de 2017

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evangelização

Abbá Pai inicia seus 18 anos com a construção da Morada da Misericórdia Dom Wilson presidiu a missa que celebrou o aniversário da comunidade Foto: Divulgação Abbá

Dom Wilson (C), visitando o local da construção, acompanhado do Pe. Carlos (E), Ivano e Valdemiro Casas (D)

No dia 05 de novembro, a Comunidade Abbá Pai festeja 18 anos de vida fraterna, com missa solene presidida por Dom Wilson Tadeu Jönck. A celebração também encerra o 7º Dia de Cura no Amor, evento promovido pela comunidade e realizado, este ano, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em São José, com a presença de Maria Francisca,

Caridade Social

Fundadora da Comunidade Oásis de Caxias do Sul. Na oportunidade, 13 consagrados renovam seus compromissos evangélicos. Durante o evento, também será comemorado o início da construção da Morada da Misericórdia, centro de evangelização e acolhimento, em Tijucas, região privilegiada, por estar situada geograficamente no centro

da Arquidiocese. O fundador e coordenador da comunidade, Ivano Pereira, explica que a obra inclui três núcleos. O primeiro a ser construído englobará o Oratório da Mãe da Misericórdia, para visitação, e a Casa Abbá Pai, para a realização de eventos de cunho religioso. Em setembro, quando os engenheiros finalizavam os projetos arquitetônico, estrutural e elétrico, e o terreno acabava de ser preparado para o início da obra, Dom Wilson e o pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário (São José), Pe. Adão Carlos, estiveram no local, com sugestões agregadas ao planejamento. Aos sábados, às 11h15, a Comunidade Abbá Pai apresenta na BAND - TV Catarina, o programa “Família em Ação”, transmitido para todo o Estado, antecedendo a transmissão do programa Minutos de Fé, apresentado por Dom Wilson.

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail abbapai@abbapai. org, pelo telefone (48) 3263-7637 e pelo WhatsApp (48) 98443-1807. Os interessados em conhecer a Morada da Misericórdia e a Comunidade Abbá Pai podem acessar o site: www.abbapai.org. Foto: Divulgação Abbá

Renovação dos compromissos evangélicos

Casa de Apoio São José ainda precisa de sua ajuda Foto: Carol Denardi

Falta pouco para que a Casa de Apoio São José abra as portas para o atendimento. Localizada no bairro Praia Comprida, em São José, a casa foi cedida através de um contrato de sessão de uso da prefeitura do município para a Ação Social Arquidiocesana (ASA). O lançamento oficial dos trabalhos ocorreu no dia 07 de junho, com uma noite de massas beneficente, no Clube Maré Alta. No dia 21 de outubro, no mesmo clube, foi Voluntárias da macarronada, no dia 21/10 promovida a segunda macarronada para angariar fundos para a obra, que está orçada em R$ 200 mil. A reforma está em andamento, mas precisa de recursos para a conclusão, pois tem previsão para ser inaugurada em dezembro. “Toda ajuda será bem-vinda. Estamos arrecadando móveis, utensílios domésticos, o material da reforma, como tinta, cimento e outros”, explicou o coordenador da casa e capelão do hospital, Pe. Almir José Ramos. Pacientes de todo Estado Terá capacidade inicial para acolher gratuitamente, 35 pessoas diariamente, de todas as faixas etárias, mas sobretudo, idosos que fazem cirurgia da oftalmologia, crianças e pessoas portadoras de necessidades especiais. São pessoas de todas as regiões do Estado, atendidos pelo Hospital Regional, mas que não necessitam de

internação, além dos acompanhantes. A procura só tem aumentado, o que ressalta a urgência da conclusão dos trabalhos. Abrace esta causa Segundo o secretário executivo da Ação Social Arquidiocesana, Fernando Anísio Batista, “a casa cedida pela Prefeitura, com aproximadamente 400 m², encontravase em uma situação bastante precária. Por isto estamos reformando e vamos dar uma condição digna de uso”. Doações para a Casa de Apoio São José: (48) 3224-8776 (ASA) e no Serviço de Atendimento Humanizado do hospital: (48) 3271-9019. Foto: Pe. Almir José Ramos

O local precisa de móveis, utensílios e materiais de construção


Jornal da Arquidiocese, Novembro de 2017

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evangelização Heaven’s Party - Festa do céu é para você! Thiago Brado e Elizandro Sfreddo são as atrações desta edição Imagen: Divulgação Divino Oleiro

A juventude é uma fase da vida que é sempre difícil, pois é nela que os jovens devem tomar algumas decisões importantes, buscar respostas para diversas cobranças dos pais, da escola, do trabalho, e ainda estar na busca pelo sentido da vida. Surgem aí muitos questionamentos e procuras por referências. Esse anseio faz muitas vezes o jovem buscar na sociedade uma resposta exata. São muitas as dificuldades deste mundo em responder e preencher estes anseios. A Igreja responde a esses anseios com a mensagem do Evangelho, que por meio do Reino de Deus busca estabelecer a justiça e a paz no mundo. Ela pode ser um espaço de acolhimento para a juventude, um local no qual os jovens possam ter os sonhos, esperanças e objetivos resignificados à luz do Evangelho de Cristo. Com o objetivo de atrair o jovem para a Igreja, a Comunidade Divino Oleiro promove há cinco anos o Heaven’s Party, a Festa do Céu. Esta é uma oportunidade de evangelização, por acreditar na juventude e no poder de transformação que ela tem na sociedade e na Igreja. Programação O Heaven’s Party deste ano acontece na Vila do Divino Oleiro, em Gover-

nador Celso Ramos, com o tema: “Vós sois a luz do mundo” (Mt 5,14) e como lema: Brilhe tua luz em mim. Este ano, o congresso traz uma novidade na abertura, no dia 17 de novembro: dois shows, a partir das 20h, com Elizandro Sfreddo, cantor da Banda Single Core, que lança o álbum solo - Algo Além. E ainda, o lançamento do DVD Pulsar, do cantor Thiago Brado. A participação dos shows não fica restrita somente aos jovens retirantes, mas é aberta a quem tem o interesse de participar apenas do primeiro dia, mediante compra de ingresso. Ingressos e inscrições Parte da renda arrecadada será destinada para o trabalho de missão da comunidade. Um quilo de alimento vale como meia entrada de quem for aos shows. Para fazer a inscrição do evento ou adquirir somente ingresso, basta ir a uma das casas de missão da comunidade ou pelo site: appticket.com.br/ heavens O maior desejo da Divino Oleiro é que os jovens, após o Heaven’s 2017, tenham o coração ardendo pelo chamado de ser “luz o mundo”. Por Comunicação - Divino Oleiro

Cronograma de novembro 04/11 | Encontro Setor Juventude | Tijucas 07/11 | Reunião do Conselho Arq. de Pastoral | Biguaçu 10/11 | Fórum das Pastorais, Entidades e Ações Sociais | Recanto Silvestre 11/11 | Reunião Comissão das Forças Vivas | Estreito 03 a 05/11 | Com. Shalom – Retiro Curados para Amar | Florianópolis 12/11 | PJ – III CAPJ | Biguaçu 16/11 | 5º Encontro inter-religioso sobre tolerância religiosa | Florianópolis 17 a 24/11 | Semana das Solidariedade (Rede ASA) | Paróquias 18/11 | Escola de Liturgia | Itapema 19/11 | Dia Mundial dos Pobres | Paróquias 21/11 | Jubileu de Prata Presbiteral Pe. Reinaldo Schmitz | Biguaçu 24/11 | Prêmio de Iniciativa Solidária D. Afonso Niehues | Colégio Catarinense 24 a 26/11 | Com. Divino Oleiro – Congresso de Jovens | Gov. Celso Ramos 24 a 26/11 | Projeto Vocacional Projeto de Vida | Seminário Propedêutico 28/11 | Reunião Geral do Clero | CEAR - Gov. Celso Ramos

Kairós: Jovens da RCC se reúnem em Itajaí Imagem: RCC

Paróquia São Cristovão recebeu 800 jovens

Nos dias 21 e 22 de outubro, a Paróquia São Cristóvão, no bairro de Cordeiros, em Itajaí, recebeu mais uma edição do Kairós da Juventude, promovido pelo Ministério Jovem da Renovação Carismática Católica (RCC) da Arquidiocese. O tema escolhido deste ano foi: “Jovens, sois fortes, a palavra de Deus permanece em vós, e vencestes o maligno” (1 João 2,14b). O evento reuniu aproximadamente 800 jovens e teve a presença dos pregadores Eduardo Moura, Samir Andrade, Jéssica e Cediane Menegat e do Ministério Música Jovens Amigos da Fé (JAF), de Garopaba. Partilha, descontração e anima-

ção não faltaram nesta edição. A integrante do Grupo de Oração Jovem Magnificat, Maria Eduarda Fragas, afirmou que o Kairós foi uma das experiências mais legais que ela teve dentro da Igreja. “Poder conhecer pessoas de outras foranias de nossa Arquidiocese, ter a oportunidade de fortalecer a fé dessa maneira tão especial. Eu amei! Cada pedacinho daquele lugar ficará pra sempre na minha memória”, declara Maria Eduarda. As fotos, vídeos e textos do encontro estão disponíveis no site: www.rccflorianopolis.com/kairos. Por RCC Florianópolis


Jornal da Arquidiocese, Novembro de 2017

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geral José Torquato e Paulo Stippe são os novos padres da Arquidiocese “Lá na praia, eu larguei o meu barco, junto a ti buscarei outro mar”

Padre José Silvano Torquato, 40 anos, foi ordenado presbítero no dia 07 de outubro, na Igreja Matriz da Paróquia Senhor Bom Jesus, em Palhoça. E, aos 25 anos de idade, Pe. Paulo Stippe Schmitt recebeu a ordenação na Paróquia Santo Antônio, em Itapema, no dia 14 de outubro. As celebrações foram presididas por Dom Wilson Tadeu Jönck e concelebradas por vários padres.

Grande, em Palhoça. No dia da Crisma, ele participou da liturgia e então começou a se engajar na Igreja. Participou de grupo de jovens, da catequese e da liturgia. “Até este convite do catequista, não tinha vontade e não participava de nada, nem das celebrações. Entrei com 26 anos de idade no seminário. Fui para o Seminário de Azambuja em 2003 e terminei os estudos em 2010”, relembra Torquato. Então, ao achar que não estava preparado, pediu Nunca é tarde para despertar a vocação para sair. Em 2016 solicitou retorno ao Arcebispo e foi aceito, sendo enviado para a Foto: Joel Schvambach Paróquia São Vicente de Paulo, em Itajaí. Em 2017 foi enviado para Camboriú, na Paróquia Divino Espírito Santo, e ordenado diácono no dia 07 de maio, na Paróquia São João Evangelista, em Biguaçu, juntamente com Paulo Stippe. Pouco antes de finalizar a celebração da ordenação presbiteral, bastante emocionado, Pe. Torquato agradeceu à mãe e falou que ela “tem os braços de Deus para nós. Que a vida e o caminho da senhora sejam sempre floridos”. Ele acrescentou na mensagem que um enorme sentimento de alegria inundou o coração. “Resta Emocionada, Tereza Leal Torquato, mãe do Pe. José, abraçou o filho durante a celebração agradecer ao Altíssimo e bom SePadre José Torquato trabalhou como atendente nhor e louvar pelo dom da vocação. Foram anos de de loja de shopping e enfermeiro em hospital, até dar dedicação, de combate, de questionamento. Mas a um rumo de 360 graus na própria vida. Ele conta que graça de Deus não foi em vão. Conto com as orasentiu o chamado para a vocação sacerdotal depois ções de vocês para que eu viva o da Crisma, através de um convite do então catequis- ministério sacerdotal com fidelidata Rogério Prim, já falecido, na comunidade do Rio de. ‘Provai e vede como o Senhor é bom’ (Sl 34,9)”, finalizou o neoFoto: Joel Schvambach sacerdote.

mos com a melhor parte, pois a nossa família ganhou um sacerdote e isso é uma bênção”, revela a mãe. Foto: Joel Schvambach

Padre Paulo têm as mãos ungidas pelo Arcebispo

No final da celebração do dia 14, Pe. Paulo começou o agradecimento com a letra da música “A Barca”. “’Senhor, tu me olhaste nos olhos, a sorrir, pronunciaste meu nome, lá na praia, eu larguei o meu barco, junto a ti buscarei outro mar’. Hoje na praia de Itapema, mais um barco é deixado na beira do mar. Hoje é o meu barco que eu deixo lá. Porque Jesus Cristo passou, olhou para mim e me chamou. Hoje eu deixei tudo, para ganhar o Tudo. Cada dia será deixar tudo para ganhar tudo. Para ganhar Cristo e ser encontrado com ele. Porque ele me encontrou e me amou primeiro”, explicou o jovem padre. Foto: Joel Schvambach

Despertar desde a infância

Momento em que Dom Wilson parabeniza o neo sacerdote

A vocação do Padre Paulo Stippe era revelada desde pequeno. “Quando criança, a gente brincava de missa junto com os nossos primos. Ele sempre era o padre”, conta o irmão de Paulo, João Pedro Stippe Schmitt. A mãe, Maria de Fátima Stippe, sentiu-se com o dever cumprido. “Alegria e paz no coração de ter entregue o filho a Deus. Nós fica-

Da esquerda para direita: João Pedro, Maria de Fátima, Pe. Paulo e Wilmar Benjamin Schmitt (pai)


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