Jornal da Arquidiocese | nº 248 | Agosto 2018

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Jornal da

ARQUIDIOCESE

FLORIANÓPOLIS, nº 248

Paróquias

Semana Missionária e da Família | 4

AGOSTO DE 2018

América em missão O Evangelho é alegria | 10

Assembleia de Pastoral

Orientações para os sacramentos | 12

Foto: Diácono Domingos Sávio Sena

Foto: Miriam Burg K

Foto: Virgínia Duarte Fotoarte

Foto: Divulgação

Diácono:

Configurado ao Cristo-Servo!


Jornal da Arquidiocese, agosto de 2018

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opinião Diáconos Permanentes

Servir com o povo, no meio do povo, para o povo

Dom Wilson Tadeu Jönck, scj

O Jornal da Arquidiocese (JA) nas páginas 06 e 07, dedica a matéria principal ao sacramento da Ordem, em especial ao diaconato. Além de conhecer alguns diáconos, você pode tirar dúvidas sobre essa vocação com o assessor eclesiástico dos diáconos da Arquidiocese, Pe. Valter Maurício Goedert. Na página 03, o JA fala sobre alguns padres e diáconos que comemoraram jubileus de prata ou de ouro. Padre Norberto Debortoli completou 50 anos, e Pe. Alceoni Berckenbrock 25 anos de ordenação presbiteral. E os diáconos Avelino Trentin e Pedro Carbonera celebraram 25 anos de ordenação diaconal. Nos dias 10 a 14 de julho foi realizado em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, o V Congresso Missionário Americano (CAM). Estiveram presentes mais de 3,5 mil participantes de vários países das Américas (Sul, Central e Norte). O Brasil marcou presença com 175 missionários, a maior delegação do evento. O Regional Sul 4 da CNBB contou com cinco representantes. Saiba mais na página 09. A página 11 traz detalhes da 30º Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, que ocorreu no dia 28 de julho, em Governador Celso Ramos. O evento reuniu presbíteros, religiosos, diáconos, seminaristas e leigos das 71 paróquias da Arquidiocese. Neste Mês Vocacional, a Igreja celebra todas as vocações. Rezemos para que o Senhor envie sempre mais operários para a messe. Ótima leitura!

São 141 diáconos permanentes na Arquidiocese de Florianópolis. É um número expressivo, mas muito mais importante é seu ministério e sua presença nas comunidades. A caminhada pastoral das paróquias é marcada fortemente e positivamente pela atividade dos diáconos. No dia 10 de agosto os diáconos se reúnem, junto com familiares, para celebrar o seu dia. É festa de São Lourenço, padroeiro dos diáconos. Ele foi dos primeiros diáconos da igreja de Roma. Servia aos pobres, tinha-os na conta de verdadeiros tesouros da Igreja. Defendeu a fé com ousadia e foi martirizado. A singularidade dos diáconos na Igreja é que são fortalecidos por dupla sacramentalidade, pelo sacramento do matrimônio e da ordem. Recebem o sacramento da ordem, não para o sacerdócio mas para o serviço. O serviço, aliás, define a identidade do diácono. A própria palavra “diaconia” significa serviço. Não é um serviço técnico, o diácono é “cheio do Espírito Santo e de

sa diocese e as comunidades não seriam as mesmas sem a presença e o testemunho dos diáconos. Pelo exercício da caridade pastoral “colocam-se a serviço uns dos outros” (Gl 5,13), exercem a mesma atividade missionária de Jesus. Parabéns pelo seu dia, e que o Espírito Santo os ilumine e seja a força na caminhada.

Nas redes

Nos caminhos de Francisco

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sabedoria” (At 6,3). A sua atividade é serviço da Palavra, da Caridade, e da Liturgia. Com os mesmos sentimentos de Cristo colocam-se a serviço da comunidade. Como o fermento são agentes de transformação na vida dos fieis. O diácono, no seu apostolado, procura identificar-se com a diaconia de Cristo que passou pelo mundo fazendo o bem. Pelo fato de ser casado, serve à Igreja como apóstolo das famílias, é chamado a dar testemunho de Cristo no ambiente de trabalho profissional. Torna-se instrumento de evangelização em ambientes onde outros ministros não se fazem presentes. Na festa de São Lourenço elevamos a Deus a oração de agradecimento pelo ministério dos diáconos entre nós. A nos-

“As graças de Deus se recebem para compartilhá -las com os outros”. 03 de julho, no Twitter

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“Deus não se conforma aos preconceitos. Devemos nos esforçar para abrir o coração e a mente, para acolher a realidade divina que vem ao nosso encontro. Trata-se de ter fé: a falta de fé é um obstáculo à graça de Deus”.

08 de julho, no Angelus

“Procure ler o Evangelho pelo menos cinco minutos por dia. Você verá que isso muda sua vida”.

@pontifex_pt @franciscus

Festa de Santa Paulina reúne milhares de devotos em Nova Trento

Paróquia São José acolhe novo vigário paroquial

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Cristãos na luta contra a legalização do aborto

Presbíteros idosos Conheça o Pe. Egídio Bertotti

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15 de julho, no Twitter

“O olhar de Jesus não é um olhar neutro ou, pior, frio e distanciado, porque Jesus olha sempre com os olhos do coração. E seu coração é tão tenro e repleto de compaixão, que sabe colher inclusive as necessidades mais escondidas das pessoas”. 22 de julho, no Angelus

“A oração nunca é vã: sempre brota algo de novo que, mais cedo ou mais tarde, produz frutos”. 24 de julho, no Twitter

Rua Esteves Júnior, 447, Centro Florianópolis-SC, Fone: (48) 3224-4799 / 99673-1266

Assessoria de Comunicação

O Jornal da Arquidiocese é uma publicação mensal da Arquidiocese de Florianópolis-SC.

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“Os avós são um tesouro na família. Por favor, cuidem dos avós, amem-nos e façam com que conversem com as crianças”! 26 de julho, no Twitter

DIRETOR: Pe. Vitor Galdino Feller CONSELHO EDITORIAL: Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, Pe. Tarcísio Pedro Vieira, Pe. Revelino Seidler, Carol Denardi, Fernando Anísio Batista, Mateus Peixer e Sedemir de Melo. JORNALISTA RESPONSÁVEL: Carol Denardi (SC 01843-JP) PROJETO GRÁFICO: Lui Holleben

DIAGRAMAÇÃO: Mateus Peixer COORD. DE PUBLICIDADE: Pe. Tarcísio Pedro Vieira e Erlon Costa TIRAGEM: 24.000 exemplares IMPRESSÃO: Diário Catarinense EMAIL: imprensa.arquifln@gmail.com SITE: www.arquifln.org.br


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#compartilha Dois padres e dois diáconos celebram jubileu de ordenação Imagem: Foto Ricardo

Retalhos do Cotidiano Professor Carlos Martendal

Foto: Everton Marcelino

Meditando

Estou só. O que fazer? Abandonar-me a mim mesmo ou entregar-me ao Senhor, amando-o e servindo-o nos irmãos? Se me resguardar, morrerei; entregando-me, a vida brotará em mim. Quero viver!

De pé

Tobias vai rezar e diz a Sara: ‘Levanta-te!’ Jesus vai curar e diz ao paralítico: ‘Levanta-te!’ É como ensina o Papa Francisco: “Deus não fica sentado”. E sempre quer pôr-nos de pé! Padre Norberto

No mês de julho, alguns padres e diáconos comemoraram jubileus de prata e ouro de ordenações presbiterais e diaconais. O pároco da Paróquia dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, de Barreiros, São José, Pe. Alceoni Berkenbrock, comemorou 25 anos de vida presbiteral, no dia 10 de julho. Os diáconos Avelino Trentin, da Paróquia Nossa Senhora da Lapa, no Ribeirão da Ilha, e Pedro Carbonera, da Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, no Saco Foto: Divulgação

Padre Alceoni

dos Limões, celebraram 25 anos de ordenação diaconal, no dia 18 de julho. E no domingo, 29 de julho, quem celebrou Jubileu de Ouro Presbiteral foi o vigário paroquial, Pe. Norberto Debortoli, da Paróquia São João Evangelista, de Biguaçu. Neste mês de agosto, no dia 21, ocorre o Jubileu de Prata Diaconal do diácono Roque Inácio Führ. Faça um momento de louvor e ação de graças para estes servos que não se cansam de servir ao Senhor e à sua igreja. Deus os abençoe sempre!

Distribuidor Há distribuidores de muitas coisas. Que haja, cada vez mais, distribuidores de pequenas alegrias e felicidades! Afinal, cada um distribui o que possui.

Caracol

“Devagar se vai ao longe”, mas o amor, que tem pressa e, no entanto, sabe esperar, não anda em ritmo de caracol.

Bondade

A terra está cheia da bondade do Senhor: o céu azul, o passarinho que canta, a chuva que rega a terra, a flor que embeleza o jardim, o ar que renova a vida, os alimentos que nos dão vigor, a água que tira nossa sede... E nós, homens e mulheres feitos à imagem e semelhança de Deus, também estamos cheios de bondade?

Foto: Padre Vitor Feller

Encontro da Sociedade Brasileira de Canonistas Foto: Diocese de Joinville

Diácono Pedro

Diácono Avelino

Mais de dois mil avós no Santuário Santa Paulina Foto: Comunicação Santuário Santa Paulina

O 2º Encontro da Vovó e do Vovô ocorreu no dia 26 de julho, e teve o objetivo de comemorar o Dia dos Avós. Nesta data, a Igreja celebra o

dia de Sant’Ana e São Joaquim, pais da Virgem Maria e avós de Jesus. Mais de dois mil avós de diferentes estados estiveram no Santuário Santa Paulina, em Nova Trento. A missa de acolhida foi presidida pelo Arcebispo Dom Wilson Jönck. O reitor do santuário e um dos organizadores do evento, Pe. José Napoleão, conta que “o nosso intuito é valorizar esses homens e mulheres que, assim como Santa Paulina, já passaram por diferentes obstáculos na vida, assim como Santa Paulina”.

A Diocese de Joinville sediou, no mês de julho, o XXXIII Encontro da Sociedade Brasileira de Canonistas, com o tema: “Matrimônio: Atualizações Teológico-Canônicas -Pastorais”. O evento reuniu padres, diáconos, religiosos e leigos de quase todos as regiões do Brasil. Paralelamente, aconteceu o XXXVI Encontro dos Servidores dos Tribunais Eclesiásticos do Brasil. A presidente da Sociedade Brasileira de Canonistas, Sueli Almeida

de Oliveira, comentou a relevância dos temas abordados no encontro. Segundo ela, foi um momento de aprofundar as questões matrimoniais e sobre a expansão dos tribunais no Brasil. A Arquidiocese esteve representada pelo Diretor do Instituto Superior de Direito Canônico Santa Catarina (ISDCSC) e Vigário Judicial, Pe. Tarcísio Pedro Vieira, e por integrantes do Tribunal Eclesiástico Interdiocesano e de Apelação de Florianópolis.


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#compartilha

Confira a programação da Festa de Azambuja e participe Foto: Ingrid Knihs

Nossa Senhora de Azambuja, rogai por nós

Do dia 10 a 18 deste mês, ocorrem as novenas em preparação à tradicional Festa de Nossa Senhora de Azambuja, sempre às 19h, no santuário. No sábado, 18 de agosto, inicia-se a grande festa em honra à padroeira, com missas

Paróquias promovem a Semana da Família 2018 Neste ano, a Semana Nacional da Família ocorre nos dias 12 a 18 de agosto, e tem como tema “O Evangelho da Família, alegria para o mundo”. Diversas paróquias vão refletir as catequeses preparatórias para o IX Encontro Mundial das Famílias, que será realizado no fim deste mês, na Irlanda. Tendo como base o subsídio “Hora da Família”, que apresenta reflexão sobre temas familiares, as paróquias este ano estarão inovando suas atividades. Além das tradicionais celebrações eucarísticas, visitas às famílias, palestras e orações, haverá atividade nas escolas como o cine-família, carreatas, encontro com namorados, comemorações de bodas de matrimônio e ainda programações conjuntas com a Semana das Santas Missões Populares.

às 16h e às 19h. A procissão luminosa ao Morro do Rosário com a oração do terço será após a celebração das 19h. As comemorações deste dia finalizam com um show pirotécnico. No domingo, 19 de agosto, haverá missas e atendimento de confissões às 07h30, 10h, 13h, 14h30, 16h, 17h30 e 19h. A missa solene da festa, às 10h, será presidida pelo Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, com a presença dos festeiros e autoridades. Para o serviço dos participantes da festa, haverá uma ampla praça de alimentação com cachorro-quente, churrasco, prato quente, café com cuca, e ainda, roda da fortuna, bazar e barraca do bingo. Os recursos arrecadados contribuem para a manutenção do hospital, do santuário e do seminário de Azambuja. Mais informações, pelo telefone: (47) 3396-6276.

Colégio de Fátima completa 60 anos de fundação Foto: Umnovequatro - Luiz Brasil

Dom João Justino de Medeiros e Dom Wilson

O Colégio Salvatoriano Nossa Senhora de Fátima, de Florianópolis, comemora 60 anos de fundação. Um dos momentos mais aguardados está programado para o dia 05 de setembro, às 20h, quando ocorre a missa festiva do sexagenário, que será presidida pelo Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönk, no pátio da instituição, no bairro Estreito. O colégio começou sua história junto ao Santuário de Fátima, em fevereiro de 1958. Naquele ano, as Irmãs Salvatorianas abriram matrícula para alunos da Educação Básica. E já no primeiro ano havia cerca de 250 estudantes. Vários eventos ao longo do ano marcam estes 60 anos de existência. Dois deles contaram com a presença do Arcebispo: a Sessão solene de homenagem na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC), em maio, e o III Congresso de Educação Salvatoriana, em julho, no CEAR, com uma conferência do Arcebispo de Montes Claros (MG), Dom João Justino.

Foto: Joel José Schvambach

Fiéis particpando da Celebração Eucarística, no Santuário Foto: Joel José Schvambach

Missa da Padroeira, em 2016

Arquidiocese renova o ardor missionário Em vista do Ano do Laicato, ocorre dos dias 12 a 19 de agosto, em todas as paróquias da Arquidiocese, a Semana Missionária. Este período tem o objetivo de despertar os fiéis para a dimensão missionária. Cada comunidade terá sua programação, mas é previsto que sejam realizadas missas, orações, leituras bíblicas e reflexões sobre temas sugeridos pela CNBB. No dia 18, serão realizadas oficinas com os temas abordados durante a semana. No domingo, 19, será celebrada a missa de encerramento da Semana Missionária. A Semana Missionária promete ser um tempo de renovação do ardor missionário. Os participantes devem ter coração aberto, sincero, humilde, mente capaz de sonhar alto, consciência crítica, ativa, vigilante sobre os grandes desafios sociais, com os pés na estrada da vida.

Entre em contato com sua paróquia para saber mais sobre a programação da Semana Missionária.


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nossa fé

Sujeitos eclesiais

Consolidação da democracia

Padre Vitor Galdino Feller

Fernando Anísio Batista Foto: Divulgação

Novidade do Doc. 105 da CNBB é a noção dos cristãos leigos e leigas como sujeitos eclesiais. Não são cristãos de segunda classe, meros ouvintes dos ensinamentos do clero, executores de decisões da hierarquia. São membros efetivos do povo santo de Deus. Com Cristo, são sacerdotes, profetas e reis. Sujeitos eclesiais! Igreja, comunhão na diversidade Para entender e exaltar a condição de sujeitos eclesiais que caracteriza o ser e o agir dos cristãos leigos e leigas, é preciso retomar a concepção conciliar da Igreja como povo de Deus em comunhão e missão. Durante mais de mil anos, a Igreja se entendeu a partir de sua hierarquia, uma instituição articulada em forma de pirâmide, pela qual os chefes tudo decidem de cima pra baixo. A dimensão institucional faz

parte da Igreja, diz respeito ao mistério da encarnação de Deus, que assumiu toda a realidade humana. Mas, voltando ao Evangelho descobre-se que o aspecto nuclear da Igreja é a sua configuração com a Santíssima Trindade. Como Deus, uno e trino, a Igreja é um só povo em comunhão na diversidade de funções, ministérios, espiritualidades, teologias etc. A Igreja se conjuga no plural! Povo peregrino e evangelizador Povo de Deus peregrino nos caminhos da história, a Igreja é a nação santa (Ex 19,5-6), grande e forte (Gn 18,18), descendente da promessa de Abraão. É “o povo de Deus, convocado por Cristo, que institui uma nova aliança, (povo que) provém dentre judeus e gentios e cresce na unidade do Espírito” (Doc. 105, n. 96). Esse povo se constitui de muitíssimos membros, Encontre esse e outros artigos em: www.arquifln.org.br

de variadas procedências culturais, que vivem na referência ao Cristo-Cabeça, exercem diversos ministérios de evangelização e serviços de transformação do mundo. “Sua condição é a dignidade e a liberdade dos filhos de Deus. Sua lei é o mandamento novo do amor. Sua meta é o Reino de Deus a ser estendido mais e mais até a consumação pelo próprio Cristo” (n. 97). Casa e escola de comunhão No início do novo milênio, São João Paulo II chamou a Igreja de “casa e escola de comunhão”. Essa imagem “chama a atenção para a totalidade dos batizados: todos fazem parte do povo sacerdotal, profético e real. O Vaticano II supera a noção da Igreja como uma estrutura piramidal, começando a apresentar o que nos une e só depois o que nos distingue” (n. 100). Compartilhe ArquiFloripa

Uma das principais con- voltadas a discursos de ódio quistas em qualquer país é, e de mutua intolerância, insem sobra de dúvidas, o di- clusive com tendência a interreito e o poder de escolher venções no Estado, volta da seus governantes. No Brasil, ditadura, incentivos a votos após diversos desvios anti- em branco ou nulo, bem como democráticos, foi somente a votar em candidatos radicais partir de 1989 que houve elei- como forma de protesto. Essa ções diretas. Isso se deu de- postura não ajuda em nada pois da aprovação da Consti- a melhorar o país. Pelo contuição Federal de 1988, onde trário, pessoas que pensam prevê em seu primeiro artigo e agem assim só contribuem que “todo o poder para fragilizar ainemana do povo, da mais nossa jo“O descrédito na vem democracia, que o exerce por política faz com meio de represenque completa apetantes eleitos ou que muitas pesso- nas 30 anos desde diretamente”. as tomem posições a aprovação da Neste ano tepolarizadas, volta- última constituição remos novas eleifederal. ções gerais e o das a discursos de Diz o Papa ódio e de mutua Francisco principal esforço que intolerância” que todos devem “devemos nos enfazer é garantir caminhar rumo a que elas ocorram em sua ple- democracias maduras, parnitude, reforçando a defini- ticipativas, sem as chagas ção de nação atribuída pela da corrupção”. Cabe a cada constituição federal ao Brasil cristão adotar critérios evancomo um Estado Democrático gélicos na escolha de candide Direito. datos que promovam de fato O descrédito na política o bem comum e aprimorem faz com que muitas pessoas os mecanismos democráticos tomem posições polarizadas, do Estado Brasileiro. Foto: Divulgação


“Eu estou no meio de vós Diaconato: como aquele que serve” (Lc 22,27)

Arquidiocese enriquecida com o ministério de cerca de 150 diáconos Todo ano, no mês de agosto, a Igreja celebra o Mês Vocacional. Mas, você já parou para se perguntar por que é realizada esta comemoração no Brasil? Em 1981, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na 19ª Assembleia Geral, instituiu agosto como o Mês Vocacional. O objetivo principal é conscientizar

as comunidades da responsabilidade que compartilham no processo vocacional. É por isso que cada domingo deste mês é dedicado à celebração de uma determinada vocação. No primeiro, o ministério ordenado (bispos, padres e diáconos); no segundo, o matrimônio, junto com a Semana da Família; no terceiro, a vida consagrada, e por fim, no

quarto, a vocação dos leigos. Na edição deste mês, o Jornal da Arquidiocese (JA) dedica a matéria principal ao sacramento da Ordem, em especial, ao diaconato. Mas antes de conversar com alguns diáconos, o JA resolveu tirar algumas dúvidas sobre essa vocação com o assessor eclesiástico dos diáconos da Arquidiocese,

Foto: Mateus Peixer

“Alguns diáconos, por serem casados, têm uma capacidade de entrar no mundo da família, que nós padres não temos”. (Padre Valter Goedert) JA: Como surgiu o diaconato na Igreja? Padre Valter: O diaconato é uma vocação. Então, aquela ideia de que nós temos muitos padres e não precisamos de diáconos não é verdadeira. Uma coisa é ser padre, outra é ser diácono, são duas vocações diferentes. A Igreja precisa de ambas vocações. O diaconato foi instituído pelos apóstolos no começo da Igreja, está lá no Atos dos Apóstolos, no capítulo seis. Eles sempre existiram na Igreja de uma forma ou de outra, casados ou solteiros. Durante os últimos séculos só havia solteiros e não permanentes. Após o Concílio Vaticano II, voltou a ser permitida a ordenação de homens casados como diáconos. O importante não é perguntar o que o diácono faz a mais, o que ele faz é por uma graça própria, a graça que ele recebeu no dia da ordenação. Os leigos poderiam fazer a mesma coisa que o diácono faz, recebendo os ministérios extraordinários do bispo. Mas o diácono faz isso através de uma graça própria que ele recebe no dia da ordenação. O leigo recebe um ministério, um mandato, mas não recebe uma graça particular de ordenação para o fazer. JA: Como é escolhido o candidato? Padre Valter: AÉ o padre quem vê o paroquiano e pensa nele como possível candidato. Depois consulta a comunidade, principalmente o Conselho Pastoral de Comunidade (CPC). Se o candidato aceitar, o presbítero conversa com a esposa, com os filhos e então a paróquia encaminha a candidatura para a escola. JA: Como é o processo da escola diaconal? Tem uma idade mínima para ingressar? Padre Valter: Não tem idade mínima para fazer a

escola, mas geralmente é analisado o tempo de casado do candidato. O que vale mais é esperar que o casamento se torne sólido. JA: É preciso ter curso superior? Padre Valter: Não precisa, pede-se pelo menos o segundo grau. JA: Qual é a idade mínima para ser ordenado diácono? Padre Valter: 35 anos. JA: Como funciona o curso? Padre Valter: São quatro anos de formação, com um total de 12 etapas. São três etapas por ano, cada uma tem duração de nove dias. É muito importante formar essa convivência entre eles. Isso é feito através das missas, orações e refeições diárias. Os candidatos não têm somente uma formação intelectual, mas uma formação humana, psicológica e espiritual. JA: De quanto em quanto tempo se forma uma turma? Padre Valter: Quando termina uma turma, outra começa. JA: O que o diácono pode fazer? Padre Valter: Presidir cultos dominicais, celebrar matrimônios, batizados e exéquias. Eles não podem crismar, celebrar a missa, realizar confissão e unção dos enfermos. JA: Casados de segunda união podem ser diáconos? Padre Valter: Não, somente no primeiro casamento na Igreja.

JA: Se a esposa do diácono vier a falecer, ele pode casar-se novamente? Padre Valter: A Santa Sé em geral não permite o segundo casamento. Só permite em duas circunstâncias. A primeira, quando o diácono tem filhos pequenos que estão precisando de uma mulher para ser a mãe deles. A segunda, quando o diácono tem pais idosos e precisa de uma esposa para ajudar a cuidar deles. Além dessas, tem outra que atualmente não é levada em conta, mas que antigamente ocorria. Se a paróquia precisasse da pastoral dele e ele sentisse afetivamente necessitado de um casamento, o diácono poderia casar. JA: O diácono viúvo pode ser padre? Padre Valter: Pode. Ele vai ter uma preparação própria e cursar algumas matérias que são lecionadas no seminário. JA: Qual é a diferença de diácono transitório e permanente? Padre Valter: O transitório fica diácono por um tempo, porque o objetivo dele é ser padre. Antigamente não tinha isso, quem se tornava diácono era para ser permanente. Hoje em dia isso ocorre para o futuro padre ter uma melhor preparação. JA: Qual é a importância dos diáconos para a Igreja? Padre Valter: Eles são fundamentais. O diácono é casado e por isso ele tem uma capacidade de entrar no mundo da família que nós padres não temos. Além disso, eles têm profissão e conseguem entrar em ambientes que os presbíteros não conseguem.


Agora que você já tirou algumas dúvidas sobre o diaconato, que tal conhecer alguns deles? Confira a entrevista rápida que o JA fez com dois diáconos e um candidato ao diaconato: Foto: Mateus Peixer

Diácono Ricardo José de Souza Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe – Canasvieiras – Florianópolis 49 anos Diretor do Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis (IGEOF) Casado com: Cláudia Regina de Souza Ordenado em: 12/06/2005 JA: Quando você decidiu ser diácono? Diácono Ricardo: Tudo começou lá na Crisma, quando minha catequista viu que eu tinha algo de diferente e me colocou como auxiliar de turma. Depois conheci a Renovação Carismática Católica e nela pude me aperfeiçoar mais. Então comecei a cursar teologia e o Pe. Valter veio falar comigo. Como eu era militar, o pároco da Capelania Militar Cristo Rei, Valdemar Groh, fez a minha indicação para Escola Diaconal.

JA: Por ser casado e ter trabalho, você acha que o diácono tem mais facilidade para evangelizar? Diácono Ricardo: O meu lema de ordenação é: “Eis que estou no meio de vós como aquele que serve”. O diácono está no meio do povo a serviço. Claro que os padres também estão, mas eles têm uma gama de serviço e várias comunidades para dar atenção. Já o diácono tem mais tempo livre para estar na comunidade e no ambiente de trabalho. No ambiente profissional a gente evangeliza pelos gestos, pela postura e pelas atitudes. As atitudes convertem mais do que palavras jogadas ao vento.

JA: Quais foram as maiores alegrias como diácono? Diácono Ricardo: A primeira é o momento da ordenação, o dia em que a gente chega no céu e sente a presença do Espírito Santo durante toda a celebração. Mas o que me deixa mais alegre ainda é a ação social. Considero-me um diácono envolvido na área social, estou na ação social da Paróquia dos Ingleses e da Paróquia de Canavieiras.

Foto: Carol Denardi

Diácono Bruno João Degering Paróquia São Bonifácio – São Bonifácio 70 anos Servidor público aposentado Casado com: Anita Steffen Degering Ordenado em: 23/02/1975 JA: Como o senhor descobriu sua vocação ao diaconato? Diácono Bruno: Foi um convite realizado pelo meu pároco da época, Pe. Sebastião. Quando Dom Afonso Niehues deu início à Escola Diaconal, foi pedido para que os padres enviassem candidatos. Por mais que estava casado somente há dois meses, os 11 anos que eu tinha passado no seminário ajudou para receber o convite.

JA: Qual é a importância do diácono para a Igreja? Diácono Bruno: Ele é de suma importância, porque ali se completa em primeiro lugar o Sacramento da Ordem na sua totalidade. O diácono tem como função auxiliar o povo com maior proximidade. É alguém do clero que está mais dentro do mundo secular.

JA: A sua esposa sempre acompanhou o senhor durante esses anos? Diácono Bruno: Eu agradeço muito a minha esposa. Durante todos esses anos ela sempre me acompanhou e ainda me acompanha. Ela esteve comigo até mesmo quando estava na Comissão Nacional do Diaconato do Brasil e na CADIP. Ela é uma presença muito marcante na minha vida diaconal.

Foto: Mateus Peixer Foto: Divulgação

Ainor Francisco Lotério (candidato) Paróquia Divino Espírito Santo – Camboriú 58 anos Engenheiro agrônomo Casado com: Ana Maria Rebelo Lotério São Lourenço - Padroeiro dos Diáconos JA: Como o senhor descobriu a sua vocação ao diaconato? Ainor: Eu creio que tenha nascido no seio da família, por meio dos meus pais e avós. Meu exercício profissional sempre foi muito ligado à formação de comunidades, à assistência a agricultores, grupos de jovens, no serviço público, à gestão das políticas públicas de atender e prestar serviço àqueles que mais precisam.

JA: Qual é a importância do diácono para a Igreja? Ainor: A semente da Igreja nasce no meio do laicato, ela semeia no jardim do Senhor. O próprio Papa um dia foi leigo. Como sou leigo, entrando para diaconato, meu ofício será o serviço para a comunidade. Não é ser diácono somente nas ações pastorais, mas fazer a Igreja do Senhor se estender em toda estrutura social.

O espanhol São Lourenço nasceu em 225 e morreu martirizado em 258, no dia 10 de agosto, em Roma. São Lourenço é modelo de entrega, escuta da Palavra, seguimento e discipulado. Está entre os diáconos do início da Igreja de Roma. Eles eram considerados os guardiões dos bens da Igreja e dispensadores de ajuda aos pobres. O nome Lourenço é o mesmo que Laureamtenens, que significa Coroa feita de Louro, como os vencedores recebiam após suas vitórias. São Lourenço foi ajudante do Papa Sisto II e responsável por um centro dedicado aos pobres.


Jornal da Arquidiocese, agosto de 2018

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bíblia Lectio Divina

O martírio de São João Batista

“O santo precursor do nascimento, da pregação e da morte do Senhor mostrou o vigor de seu combate. [...] É justo venerarmos com alegria espiritual a memória de quem selou com o martírio o testemunho que deu em favor do Senhor”. Da catequese de São Beda, partimos para nossa reflexão sobre o testemunho de João Batista. Com a Virgem Maria, ele goza do privilégio da celebração do nascimento, a 24 de junho, e da morte, a 29 de agosto, decorrente de martírio. Os Evangelhos sinóticos relatam dois banquetes. Um oferecido por Herodes, símbolo do poder dominante, para alguns poucos convidados, com comida, música e danças. O outro, o banquete fruto de cinco pães e dois peixes, que alimentara mais ou menos cinco mil pessoas. Que sinais podemos identificar nestes relatos? Qual a atualidade da vida, missão e morte de João Batista?

Padre Wellington Cristiano da Silva

Com São Beda destacamos o primeiro aspecto: João Batista foi o precursor, da vida e da morte, do Messias. De fato, antes da manifestação pública de Jesus, uma voz ecoava em preparação da vinda daquele enviado do Pai. João Batista, o maior entre todos os profetas, assume em primeiro lugar a opção pelo seguimento da Verdade, testemunhando-a com a própria vida, até as últimas consequências. O segundo aspecto tem a ver com o poder. Derivado do latim potis (capaz de), a palavra poder está em alta em nossos dias. À luz do Evangelho, o poder é uma atitude constante de cada pessoa ser capaz de colocar-se a serviço, doar-se. No banquete do palácio, o poder foi identificado na capacidade de cortar a cabeça de uma pessoa para mostrar “quem manda aqui”. No banquete da multidão, Jesus ensina que cada pessoa é capaz de saciar a fome (afeto, segurança, presença) de quem lhe está próximo. E um terceiro aspecto está relacionado com a vida de profecia: denunciar e anunciar. Em nossos dias, estas qualidades estão como que ausentes. João Batista denunciava a falta de verdade na vida de Herodes e Herodíades. Isso lhe custou a cabeça. Mas, toda a vida de João Batista foi um anúncio da chegada do “Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo”. E o pecado é tirado com misericórdia. Por intercessão de João Batista, saibamos denunciar as injustiças e anunciar o amor de Deus por nós. Por Ariél Philippi Machado Teólogo e Especialista em Catequese - Iniciação à Vida Cristã

sem falsidade. Jesus já o conhecia bem antes de encontrá-lo. Deus sempre nos vê primeiro. Ele nos ama, nos chama e nos confia uma missão, associada à nossa história de vida. Desse encontro, dessa experiência de ir em busca, nasce a vocação de Natanael e nasce, igualmente, a nossa vocação.

Oratio (oração) Enviai, Senhor, operários para a vossa messe, porque a messe é grande e os operários são poucos!

Contemplatio (contemplação)

Lectio (leitura) “Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: ‘Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade’” (Jo 1,47).

“Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem” (Jo 1,51). A promessa do sonho de Jacó (Gn 28,10-22) se cumpre em Jesus. Cristo é a escada que une céu e terra, Deus e a humanidade. As portas do céu se abriram e podemos contemplar em nossos corações tamanho mistério.

Meditatio (meditação)

Missio (missão)

O chamado de Natanael é modelo para todas as vocações. Embora sejamos escolhidos por Deus antes mesmo de existirmos, a compreensão do nosso chamado passa por um processo de discernimento e escuta atenta. A vocação não é imediata, mas é fruto de um encontro. A comunidade se torna indispensável neste processo. É Filipe que, depois de terse encontrado com o Senhor, conduz Natanael a Jesus: Encontramos aquele que tanto buscamos. “Vem ver!” (Jo 1,46). Depois de superar uma certa desconfiança e ceticismo, Natanael faz sua experiência de encontro pessoal com Jesus. O Mestre reconhece suas qualidades. Natanael é um homem verdadeiro,

“Vem ver!” (Jo 1,46). Esse é o convite que Filipe nos lança hoje. É preciso sair e ver os sinais do chamado de Deus em nossas vidas. O encontro pessoal e íntimo com o Senhor é garantia de vida nova. Estamos vivendo a Ação evangelizadora “Cada comunidade uma nova vocação”. Nossa missão é a de rezar ao Senhor da messe para que envie operários para sua messe. Como Filipe, precisamos levar as pessoas a se encontrarem com Jesus. E sabemos que em nossa comunidade o Espírito Santo continua suscitando vocações. Vamos nos unir ao clamor do Espírito e promover uma verdadeira cultura vocacional em nossas comunidades cristãs.

Conhecendo as cartas de São Paulo Padre Gilson Meurer

As temáticas fundamentais da carta aos Romanos Na edição anterior do Jornal da Arquidiocese, vimos que a carta de São Paulo aos Romanos é uma carta de apresentação, para os cristãos de Roma, de Paulo e do seu “Evangelho”, isto é, uma síntese daquilo que ele anunciava em suas viagens missionárias. Muitos tentaram, sem muito consenso, encontrar uma temática fundamental do livro. Com efeito, há uma pluralidade de temáticas conexas: - a temática teológica, enquanto revelação da justiça de Deus; - o discurso sobre Jesus Cristo, e as mediações próprias do seu sangue e da sua ressurreição; - o discurso sobre o ser-humano, isto é, o domínio do pecado, a presunção das obras, a suficiência da fé para a salvação; - elementos histórico-salvíficos, tal como a função do povo de Israel e o problema da sua incredulidade;

- questões ecumênicas, na medida em que discursa sobre a igualdade dos judeus e pagãos diante da graça de Deus em Cristo; - temáticas morais, ou seja, a exigência de um comportamento humano conforme ao amor demonstrado por Deus na morte de Jesus e à nova identidade que o batizado adquire com o batismo; - e ainda, temáticas relativas a prospectiva de um cumprimento definitivo nos últimos tempos. Todas essas temáticas, conectadas, nos falam da boa notícia da revelação da justiça de Deus para todos os fiéis, judeus e pagãos, cuja união mística com Cristo significa uma participação do batizado na morte de Cristo, bem como a sua entrada na vida do Senhor ressuscitado e a fruição do dom vivificante do Espírito Santo.

O livro possui o estilo típico de uma “carta”, embora se apresente também como um “tratado”, cujas partes maiores são: I) Introdução (Rm 1,1-15); 2); II) Seção doutrinal (1,16–11,36), centrada sobre a boa-notícia da salvação de Deus por meio de Jesus Cristo; III) Seção exortatória (12,1–15,3), onde se apresentam as exigências morais da vida nova em Cristo; IV) Conclusão (15,14-33); V) Carta de recomendação para Febe (16,1-23); VI) Ação de graças (16,2527). O fato de 4/5 da epístola ser uma reflexão sobre a salvação pela fé, e 1/5 ser relativo às suas consequências morais, indica a fé como o fundamento da novidade cristã, porém, uma fé operosa, que se vai manifestando na vivência concreta do amor.

Você também pode conferir este artigo e os demais no site da Arquidiocese: www.arquifln.org.br.


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Jornal da Arquidiocese, agosto de 2018

evangelização

América em missão! Anunciar o Evangelho da alegria! Foto: VCAM

Comitiva do Brasil, na Bolívia

Nos dias 10 a 14 de julho foi realizado em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, o V Congresso Missionário Americano (CAM). Estiveram presentes mais de 3,5 mil participantes de vários países das Américas (Sul, Central e Norte). O Brasil marcou presença com 175 missionários, a maior delegação do evento. Para o coordenador geral do V CAM, Dom Eugenio Scarpellini, a acolhida dos visitantes pelas famílias, o envolvimento das paróquias da cidade anfitriã e toda a organização do Congresso foram destaques do encontro. “Somos uma Igreja que quer caminhar no estilo do Papa Francisco, uma Igreja em saída, atenta em viver da missão como tal. O congresso não foi apenas espiritual, mas algo encarnado que tocou na realidade vivida

pelo continente americano. Temas relacionados com a fé mexeram também com a vida do povo, com pobreza e injustiça em nosso continente”, destacou Dom Eugenio. O congresso tratou de muitos temas importantes para a missão da Igreja, alertando que os missionários não podem ter cara de vinagre, mas devem viver na alegria de discípulos e seguir o mestre. As conferências do congresso abordaram os seguintes temas: “A alegria apaixonante do Evangelho”, com o Bispo Mons. Guido Charbonneau (Honduras); “Anunciar o Evangelho no mundo de hoje”, com o Bispo Mons. Santiago Silva (Chile); “Discípulos e testemunhas da comunhão e reconciliação”, com Pe. Sergio Montes, Jesuíta, da Bolívia; “Missão profética da Igreja hoje”,

com o Bispo Mons. Luis A. Castro (Colombia); “Missão ad gentes na América e desde América”, com o Bispo Mons. Vittorino Girardi (Costa Rica). Também foram feitas referências às graves crises que sofrem alguns países das Américas, como Nicarágua, Haiti, Venezuela e Honduras. O enviado do Papa Francisco para o congresso, Cardeal Fernando Filoni, afirmou: “O trabalho missionário é sobretudo obra de bênção para todos aqueles a quem se anuncia o nome do Senhor. As mesmas obras de educação, de apoio, de defesa dos maltratados, de caridade, de justiça, de preferência pelos pobres, para os marginalizados e todas as periferias reais e existenciais, como diz o Papa Francisco, têm como laço de união indissolúvel o nome de Jesus”. Foto: VCAM

Representantes do Regional Sul 4

Ano do Laicato e realidade política Imagem: CNBB

Vivemos em um mundo contraditório com dimensões tão belas, mas infelizmente marcado pela ditadura do relativismo, do esteticismo, da homoerótica, do poder filiarcal, do consumismo e do individualismo. É nessa conjuntura da sociedade brasileira que os leigos são chamados a ser sinal do Batismo pela defesa da vida, pela comunhão entre as pessoas, pela conservação ecológica, pelo testemunho do amor Trinitário, pela sadia comunicação, pelo grito do Evangelho. A Igreja se alegra com a participação política dos cris-

tãos nas entidades comunitárias, nas associações e conselhos regionais profissionais, nos partidos políticos com forte preocupação social, nas políticas públicas zelando pelos valores evangélicos, sobretudo pela defesa dos pobres e excluídos. No processo eleitoral, os leigos são chamados a priorizar os programas políticos que privilegiem as necessidades básicas do povo tais como: educação e saúde; segurança pública e alimentação; emprego e previdência social; transporte público e distribuição de renda. A omissão não tem lugar no coração dos cristãos! Os omissos nunca têm razão. A defesa da vida e dos valores éticos é essencial num país marcado pela corrupção. A defesa da família é estraté-

gica em um país em que se trama contra o casamento e a sacralidade da família cristã e da vida. Lembremos, leigos, que a cabeça pensa a partir da realidade. Bíblia na mão e pé no chão são fundamentais para que, com coragem e indignação, possamos exercer nossa missão sacerdotal, pastoral e profética. Não tenhamos vergonha de defender os valores cristãos e os mais pobres do tecido social! Inspiremo-nos na Palavra de Deus e façamos da oração um antídoto à alienação diante dos clamores do povo de Deus! Que a Eucaristia seja alimento para a nossa missão! Por Pe. Vilmar Vicente Professor da Facasc


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evangelização

Arcebispo faz visita pastoral em cinco paróquias da Arquidiocese Povo manifesta alegria com visita de Dom Wilson Foto: Paróquia Nossa Senhora do Carmo

Missa na comunidade de São Judas Tadeu Foto: Luiz Dias

Padres, diáconos e equipe de música, nos Ingleses

Caridade Social

Foto: Paróquia Nossa Senhora do Carmo

No primeiro semestre deste ano, o Arcebispo realizou visita pastoral em paróquias da Arquidiocese. O objetivo foi acompanhar de perto as ações pastorais paroquiais, participar de encontros com os leigos das comunidades, enfim, conhecer mais de perto todo trabalho que a paróquia promove. Entre os dias 15 a 27 de junho, Dom Wilson Tadeu Jönck esteve na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, nos Ingleses, onde presidiu missas em oito comunidades, além da Igreja Matriz. Ele também se reuniu com as lideranças, com diversas pastorais, movimentos e serviços, e pôde conhecer os trabalhos desenvolvidos na paróquia. Em seguida, de 29 de junho a 1º de julho, foi a vez da Paróquia Nossa Senhora do Carmo,

em Coqueiros, também na capital, receber a visita do Arcebispo. Durante estes dias, Dom Wilson participou de encontros com as diversas pastorais e movimentos, com os catequistas e catequizandos, com as Irmãs Carmelitas Missionárias Teresianas, com idosos, jovens e outras lideranças da paróquia. Ele esteve ainda nas Capelas Nossa Senhora Aparecida (Vila Aparecida) e São Judas Tadeu (Morro da Caixa). Para o segundo semestre deste ano, outras três paróquias vão receber a visita pastoral: - Santíssima Trindade (Florianópolis): a partir de 03 de agosto. - Nossa Senhora da Imaculada Conceição (Angelina): a partir de 31 de agosto. - Senhor Bom Jesus (Camboriú): a partir de 21 de setembro.

Paroquiana de Coqueiros com Dom Wilson Foto: Luiz Dias

Coroinhas da Comunidade do Moçambique

Justiça, igualdade social e promoção integral do ser humano Foto: Paróquia Santíssima Trindade

Apresentação artística na festa da Santíssima Trindade

A Ação Social da Trindade (AST), fundada em 1955, é a segunda mais antiga da Arquidiocese. Localizada no bairro Trindade, junto à igreja matriz da Paróquia Santíssima Trindade, em Florianópolis, a AST desenvolve ações e projetos em uma região marcada por contrastes sociais: de um lado, o saber acadêmico e tecnológico das universidades (UFSC e UDESC), grandes empresas públicas e privadas, e do ou-

tro, um grande número de empobrecidos que habitam os morros que a circundam e enfrentam sérios problemas sociais, como desemprego, gravidez precoce, drogas e conflitos familiares. Com o compromisso de fidelidade ao Evangelho que afirma “o que fizerdes a um desses pequeninos, a mim o fizestes” (Mt 25), a Ação Social da Trindade tem entre os objetivos, o desenvolvimento de ações e

projetos que levem à promoção integral do ser humano, à justiça e à igualdade social e que respeitem os valores éticos e sociais da pessoa e da família, para favorecer a integração dos membros da comunidade atendida. Segundo o Pároco da Paróquia Santíssima Trindade, Frei Evandro, “a ação social mantém projetos voltados para as comunidades carentes dos bairros Pantanal, Poção, Serrinha, Itacorubi, Morro do Quilombo, Trindade, Córrego Grande, Carvoeira, Santa Mônica e Morro da Penitenciária”. A Ação Social da Trindade mantém três casas de atendimento de fortalecimento de vínculo para mais de 420 crianças e adolescentes, além de projetos voltados para família, gestantes e idosos. São elas: Creche São Francisco de Assis e a Casa São José, no Morro da Serrinha, e a Casa da Criança, no Morro da Penitenciária. Além destes, a AST tem muitos outros

trabalhos sociais. Confira todos eles no site da Arquidiocese: www.arquifln.org.br. Os recursos para o funcionamento da Ação Social da Trindade chegam através do dízimo da comunidade paroquial, de doações espontâneas, brechós, feira de artesanato, almoços, jantares e a tradicional Festa da Santíssima Trindade. Esses eventos são realizados através do serviço de voluntários participantes nas comunidaFoto: Paróquia Santíssima Trindade

Arte integrando crianças


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evangelização Evento em Itapema reúne jovens para uma experiência de Deus

Cronograma de agosto

Uma noite de louvor Foto: PASCOM Santo Antônio

Participantes da 3ª Noite Jovem

No dia 07 de julho, ocorreu na Pa- está ali com você, te dizendo que róquia Santo Antônio, em Itapema, a você é especial e que ele te ama. 3ª Noite Jovem. O evento realizou- Você sai da noite jovem diferente”, se na comunidade Santa Luzia, foi afirma Maria. organizado pelo Grupo de Jovens A Noite Jovem é a prova de que Mensageiros da Fé em Cristo e con- é possível ser jovem e ser de Deus. tou com a presença e colaboração O estudante do curso profissionade outros grupos da região. lizante de atendente de farmácia, Durante o encontro, Vitor Carvalho da Silva, os jovens tiveram a opor18 anos, participou de tunidade de ter uma extodas as edições e properiência com Deus, e “Na simplicidade mete que estará na próao mesmo tempo poder xima. “Na simplicidade, Deus se fez grande o Senhor se fez grande e desfrutar de ambiente descontraído e divertido. e me mostrou que mostrou que a minha juFoi uma noite de muita a minha juventude ventude fica mais bonita oração, músicas, dan- fica bem mais boni- com Ele ao meu lado”, ças e principalmente de explica Vitor. ta com ele” louvores e adoração a Um dos jovens da orDeus. ganização, Cleberson A estudante Maria José de Lara, declarou Eduarda Ayroso, 16 anos, conta que o evento superou as expectatique nesta segunda edição da Noi- vas. “Agradeço a todos que fizeram te Jovem de que participou, a sen- desse momento algo muito espesação continua quase inexplicável. cial. O clima do evento não poderia “Tu vais achando que será somente ter sido melhor. Uma noite de aleuma noite simples com brincadeiras gria, com muita diversão e oração. e danças. Mas a cada momento que Obrigado de coração a todos que vai passando, você vai se entregan- estiveram na 3ª Noite Jovem, em do de coração até sentir a presença especial a todos os grupos presende Deus. Um sentimento de que ele tes”, ressaltou Cleberson. Foto: PASCOM Santo Antônio

A alegria dos jovens contagiou a comunidade de Santa Luzia

03 a 05/08 | Visita Pastoral de Dom Wilson | Trindade 06/08 | Confraternização dos Padres | Vargem Grande 11/08 | Celebração do dia do Diácono | Ratones 12 a 19/08 | Semana Missionária | Paróquias 12 a 19/08 | Semana Nacional da Família | Paróquias 18 e 19/08 | Kairós da Juventude | Brusque 21/08 | Jubileu de Prata Diaconal do Diác. Roque Inácio Führ 22/08 | Formação de Conselheiros Políticas Públicas | Campinas 23/08 | Lançamento do Edital do Prêmio Dom Afonso Niehues | Cúria 26/08 | Escola de Formação Catequética para Multiplicadores – ECAM | Itapema 31/08 a 02/09 | Visita Pastoral de Dom Wilson | Angelina

Brusque celebra o Kairós da Juventude Imagem: RCC

No final de semana de 18 a 19 de agosto, será realizado mais uma edição do Kairós da Juventude, promovido pelo Ministério Jovem da Renovação Carismática Católica (RCC) da Arquidiocese de Florianópolis. O evento acontecerá no Pavilhão da Fenarreco, na cidade de Brusque, com a expectativa de reunir aproximadamente mil jovens de todas as foranias do movimento e levá-los à uma experiência profunda com Deus. Com o tema “Santificai-vos, porque amanhã o Senhor ope-

rará no meio de vós coisas maravilhosas” (Js 3,5b), o encontro deste ano contará com a presença dos pregadores Luan Chiuchi, Alejandro Whitechurch e Jefferson da Cruz. A animação será do Ministério de Música Amados do Eterno. A programação deste evento vai ser bem dinamizada com momentos de animação, adoração e interatividade, para toda juventude católica. Mais informações e inscrição, você pode acessar no site: www. rccflorianopolis.com.br/kairos.


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geral Arquidiocese promove 30ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral Aprovadas as orientações pastorais para os sacramentos Foto: Fernanda Brüggemann dos Santos

Organizada pela Coordenação Arquidiocesana de Pastoral, a 30º Assembleia Arquidiocesana de Pastoral reuniu párocos, religiosos, diáconos, seminaristas e leigos das 71 paróquias da Arquidiocese, durante todo o sábado, 28 de julho, no Centro de Evangelização Angelino Rosa (CEAR). Foto: Fernanda Brüggemann dos Santos

trizes da Arquidiocese e as colocar em prática nas paróquias”. Após a oração inicial na parte da manhã, Dom Wilson Jönck destacou que “a celebração dos sacramentos é discutida por estar no centro da nossa Igreja”. Em seu discurso ressaltou ainda que os sacramentos são o encontro de Deus com a humanidade, um vínculo através de Jesus. Em seguida, o vigário geral, Pe. Vitor Feller, apresentou um memorial das 30 assembleias de pastoral, com o desenvolvimento dos Planos Pastorais Arquidiocesanos de Pastoral. Na sequência, o pároco da Paróquia São Judas Tadeu, de Barreiros, São José, Pe. Rafael Aléx, explicou o tema: “Os sacramentos e suas dimensões teológica, pastoral, canônica e litúrgica”. “Há tentação de nos levar a ver, talvez, os sacramentos como algo do passado, sem base espiritual fundamental

que nos coloca em comunhão com Deus, e nos vai aperfeiçoando durante a nossa vida. Para que nos tornemos, assim, sempre mais semelhantes a Cristo”, explicou Pe. Rafael Aléx. Os presentes foram divididos em grupos de 20 pessoas, com o tema de um sacramento, para ler o texto-base e avaliar o que ainda precisava ser repensado. Notou-se um grande engajamento de todos, um verdadeiro trabalho em equipe. Segundo Tatiane Paludo, liderança da Paróquia São Pedro Apóstolo, de Itajaí, “o evento foi muito produtivo. Como leiga estou tendo informações que antes não conhecia, mesmo estando na Igreja, e estou aperfeiçoando o que já conhecia. As mudanças são para direcionar a visão de todos para um só objetivo”. O tema foi bem acolhido pelos participantes da assembleia. “Sacramento é o sinal sensível e eficaz da presença de Cristo na vida do cristão. É bom refletir sobre a sua importância na vida da Igreja”, afirmou o pároco Pe. Atalmir Gabriel Jonas da Silva, da Paróquia São Francisco de Assis, de Forquilhinha. Na plenária da tarde ocorreu a votação dos itens sugeridos pelos grupos, para a última revisão. Apenas os sacramentos da penitência, ordem e unção dos enfermos não foram contemplados, mas encaminhados a Dom Wilson para serem revisados e apreciados nos Conselhos de Pastoral e Presbiteral. Por fim, se fará o encaminhamento para a publicação dessas orientações. Por Fernanda Brüggemann dos Santos

Confira, no site da Arquidiocese, a entrevista completa com Pe. Rafael Aléx da Silva sobre os sacramentos: arquifln.org.br. Foto: Fernanda Brüggemann dos Santos

Padre Rafael Aléx

O trabalho começou ainda em abril, quando o texto-base para a assembleia foi encaminhado às paróquias para ser analisado entre as lideranças. Logo em seguida, as foranias também o avaliaram e encaminharam sugestões para a coordenação de pastoral. O objetivo desta assembleia foi a discussão dos sacramentos, visando a orientação para suas celebrações, em nível arquidiocesano. Para o pároco do Santuário de Angelina, Frei Paulo Borges, “é um momento em que todos precisam receber as dire-


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