Jornal da Arquidiocese | nº 231 | Fevereiro de 2017

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Jornal da

ARQUIDIOCESE

FLORIANÓPOLIS, nº 231

Louvor de Verão

Sete mil fiéis se encontram em Camboriú | 3

FEVEREIRO DE 2017

Salmos

Leia a última colaboração do Pe. Ney | 8

Mãe do Brasil

2017 é o ano de Maria | 9

“Só Deus é absoluto” Pe. Ney Brasil Pereira


Jornal da Arquidiocese, Fevereiro de 2017

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opinião Padre Ney, homem de fé

Um incansável servo de Deus No dia 04 de janeiro, a Arquidiocese e a Igreja no Brasil perderam o Pe. Ney Brasil Pereira, 86 anos, um sacerdote grande em sabedoria e simplicidade, que transbordava o amor de Cristo em tudo que fazia. Natural de São Francisco do Sul, Pe. Ney era o quarto de uma família de seis irmãos. Veio para a capital aos oito de idade. Falava fluentemente oito idiomas. Participou da Pontifícia Comissão Bíblica, um grupo de especialistas do mundo inteiro, que se dedica ao estudo da Bíblia. Colaborou com a tradução de alguns livros das Bíblias Jerusalém, LEB/Loyola, Vozes, TEB e CNBB. Ao longo dos quase 61 anos de sacerdócio, celebrou mais de 27 mil missas. Esteve à frente da Pastoral Carcerária e do Coral Santa Cecília, da Catedral, por mais de 40 anos. “Como despedida, ofereço esse breve e pobre texto para que mais pessoas possam conhecer o Pe. Ney Brasil Pereira e agradecer a Deus por esse sacerdote que honrou o clero brasileiro e, especialmente, o clero da Arquidiocese de Florianópolis”. Estas são as palavras iniciais do Pe. José Artulino Besen, no artigo que fez em homenagem ao Pe. Ney. No texto no blog do Pe. José Besen ou no site da Arquidiocese, você, leitor, encontra detalhes da vida deste sacerdote. O bispo da Diocese de Juazeiro, na Bahia, Dom Carlos Alberto Breis Pereira, OFM, também natural de São Francisco do Sul, que presidiu a missa de sétimo dia na terça-feira, 10 de janeiro, destacou que Pe. Ney foi um homem de uma fé professada, celebrada e vivida. “Os frutos de sua vida em missão brotam de um homem de uma fé muito profunda. São as três expressões da fé cristã, de como ela foi vivida e assumida pelo Pe. Ney”, acrescentou Dom Carlos.

Dom Wilson Tadeu Jönck, scj A morte do Pe. Ney não foi momento só para lamentar o seu desaparecimento. Proporcionou ocasião para refletir sobre o grande sacerdote que era. Foi, antes de tudo, um homem de fé. O deserto é uma das figuras para descrever este mundo. O deserto é um lugar desafiador e sedutor. Todo israelita sabia que para andar no deserto não poderia perder de vista a nuvem que se deslocava à sua frente. Na nuvem estava o próprio Deus que guiava o seu povo. Quem não seguisse a nuvem estava ameaçado de se perder no deserto. A grande tentação de quem caminhava no deserto era de fixar o seu olhar nas dificuldades que surgiam no caminho. Quem procedia desta maneira acabava sendo absorvido pelos problemas e armadilhas do deserto. O segredo para superar os obstáculos da caminhada pelo deserto era levantar os

olhos para a nuvem. Com um olho na nuvem e outro no chão é que se conseguia organizar e superar os desafios da jornada. Na caminhada pelo mundo, a atitude de fé faz levantar os olhos para Deus que vai à nossa frente. Com os olhos fixos em Jesus se organiza os desafios do dia a dia. Alguém que fixasse o olhar apenas nos problemas da caminhada, estaria ameaçado de ser engolido por eles. Padre Ney, com os olhos fixos em Deus, desenvolveu muitas atividades para o bem da Igreja. Com seus dons musicais ajudou muitas comunidades a celebrar o culto a Deus. Tinha convicção de que a sua fé devia se traduzir em obras. Durante a sua vida marcou presença junto aos presidiários, através da Pastoral Carcerária. Exímio conhecedor das Escrituras, ajudou muitas pessoas a conhecerem melhor a Palavra de Deus. Dedicou a sua vida

Nos caminhos de Francisco

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Nas redes

“Como os magos, também nós caminhemos atentos, incansáveis e corajosos, para encontrar o Deus invisível que nasceu para nós”.

Jubileu Extraordinário da Misericórdia O Ano Santo se encerrou em novembro, mas a misericórdia deve ser praticada como meta de vida, para sempre. Afinal, a misericórdia de Deus é infinita, como o seu amor.

06 de janeiro, no Twitter

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à formação dos novos sacerdotes. Através do canto, do ensino, dos vários escritos e das obras de caridade transmitia a fé que sustentava a sua vida. Deixou o nosso convívio, mas continuará vivo na nossa memória. Pe. Ney procurava fazer bem todas as coisas. Conhecia bem a língua portuguesa, aprofundou-se no estudo da Sagrada Escritura. Dedicouse, com afinco, no atendimento aos presos e necessitados.

“Se depositarmos a nossa esperança em Deus, vamos nos tornar como ele, partilhando a sua vida e irradiando a sua bênção”.

youtube.com

11 de janeiro, na Audicência Geral

Programas de rádio na Arquidiocese

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“Jamais poderá haver verdadeira paz enquanto existir um único ser humano que é violado na sua identidade pessoal”.

16 de janeiro, no Twitter

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“Cada um é chamado a converter-se, transformando sua maneira de pensar e de viver. Não se trata de mudar as roupas, mas as atitudes”. 22 de janiero, no Angelus

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@pontifex_pt

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“Nada é impossível se nos dirigimos a Deus na oração. Todos podemos ser artesãos de paz”. 30 de Janeiro, no Twitter

“O Reino de Deus já está entre nós como uma semente escondida. Quem tem os olhos puros consegue vê-la germinar”. 28 de janeiro, no Twitter

Rua Esteves Júnior, 447, Centro Florianópolis-SC, Fone: (48) 3224-4799 / 9982-2463

Assessoria de Comunicação

O Jornal da Arquidiocese é uma publicação mensal da Arquidiocese de Florianópolis-SC.

A Revista de Verão 2017 publicou uma matéria sobre alguns programas de rádio apresentados por padres da região. Você pode conferir também no facebook da Arquidiocese. facebook.com/arquifloripa

Nossa oração muda a vontade de Deus? Você já se perguntou se a sua oração é capaz mesmo de mudar a vontade de Deus? Com os seus pedidos e com a sua súplica, Deus mudaria sua vontade? twitter.com/arquifloripa

DIRETOR: Pe. Vitor Galdino Feller CONSELHO EDITORIAL: Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, Pe. Leandro Rech, Pe. Revelino Seidler, Pe. Vânio da Silva, Carol Denardi, Fernando Anísio Batista, Gabriela Fernandes, Gilmar Schmitz e Mateus Peixer. JORNALISTA RESPONSÁVEL: Carol Denardi (SC 01843-JP) PROJETO GRÁFICO: Lui Holleben

DIAGRAMAÇÃO: Mateus Peixer COORD. DE PUBLICIDADE: Pe. Leandro Rech e Erlon Costa TIRAGEM: 24.000 exemplares IMPRESSÃO: Diário Catarinense EMAIL: imprensa.arquifln@gmail.com SITE: www.arquifln.org.br FACEBOOK: Arquidiocese de Florianópolis


Jornal da Arquidiocese, Fevereiro de 2017

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#compartilha Louvor de Verão reúne mais de sete mil pessoas Foto: RCC Florianópolis

Retalhos do Cotidiano Prof. Carlos Martendal

Fofoca

O fofoqueiro não é alguém agradável aos homens e, muito menos, a Deus! Se a Palavra de Deus estiver em nosso coração, como poderá nossa boca fazer fofoca?

Amor

‘O amor tudo suporta’ continua a ser uma verdade tão atual para nós como o foi para os coríntios. O amor não recua, mas avança em direção às necessidades do outro, porque ele sempre pensa adiante e sempre vai ao encontro.

Olhar

Nos olhos de uma criança tudo tem viço, tudo é belo; não percamos de vista as belezas que as crianças enxergam. O evento deste ano teve como destaque o Jubileu de Ouro da RCC

No dia 22 de janeiro, a Renovação Carismática Católica (RCC) promoveu em Camboriú, o XXVI Louvor de Verão. O evento é conhecido por reunir todos os grupos de oração do movimento. Este ano teve como tema: “O Espírito Santo descerá sobre ti (Lc 1,35)”. Contou com a pregação de Ironi Spuldaro, servo da RCC há mais de 25 anos e autor de livros católicos. A animação ficou por conta do Ministério de Música Amados do Eterno. Durante o dia todos puderam glorificar a Deus através de muita música, dança, pregações e adoração. Além disso, o encontro proporcionou uma Sala de Evangelização Kids para crianças de 04 a 12 anos, para que os pais pudessem aproveitar mais o evento.

As pregações ministradas por Ironi Spuldaro tocaram os corações de todos que lá estavam. No início do evento, ele disse que “os católicos devem deixar o Espírito Santo agir em suas vidas, para que Deus faça deles o que quiser. Para isto, é preciso apenas crer, pois quando se crê, os milagres acontecem”. O pregador recordou o Ano Mariano e falou sobre a a importância de Maria nas batalhas que os católicos vivem diariamente. “Se os cristãos soubessem o valor de uma Ave Maria, eles rezariam sem parar, pois uma Ave Maria saqueia o inferno”, completou Ironi. O Louvor de Verão teve uma motivação especial, pois neste ano se comemora o Jubileu de Ouro da RCC.

Apreciando

Quantos ainda perdem tempo apreciando a beleza de uma flor, os desenhos fantásticos que as nuvens formam, a graça do voo de uma gaivota, a faceirice dos bem-te-vis e dos sabiás se alimentando das frutinhas saborosas que recém despontaram? Quantos louvam a Deus porque o carro enguiçou, prevenindo, quem sabe, um acidente lá adiante? Quantos O bendizem porque receberam um telefonema exatamente na hora em que mais precisavam daquela palavra que ouviram?

Comunidades recebem novos párocos Foto: Marcos Célio

Paróquia Santa Inês, de Balneário Camboriú, celebra Jubileu de Ouro Foto: Alef Barbosa

No dia 21/02, a Igreja lembrou Santa Inês

No dia 20 de janeiro, a Paróquia Santa Inês, em Balneário Camboriú, celebrou os 50 anos criação. As comemorações contaram com missa e confraternização no salão paroquial. No sábado, 21, a Igreja lembra a padroeira, Santa Inês. A Paróquia Santa Inês é formada por

duas comunidades: a Matriz e a capela Santa Catarina de Alexandria. Atuam nela 21 pastorais, movimentos, ministério e equipes. A Igreja Matriz, em forma de tarrafa, lembra o compromisso de pescar incansavelmente e acreditar que a perseverança trará o resultado de uma pescaria abundante. “Santa Inês, com sua vida e perseverança, nos estimula no zelo e na confiança. E a Paróquia quer ser um anúncio forte e presente do Evangelho. Agradecemos a todos os leigos e aos freis, que com sua dedicação cumprem com alegria sua missão: lançar a tarrafa”, assegurou o pároco da Paróquia, Frei Ladí Antoniazzi, OFM.

Padre Murilo é o décimo pároco a assumir a Paróquia da Ponte do Imaruim, em Palhoça

Alguns dos novos párocos transferidos na Arquidiocese assumiram as paróquias ainda no mês de dezembro. Foi o caso do Pe. Murilo Guesser, que assumiu a Paróquia São Judas Tadeu e São João Batista, na Ponte do Imaruim, em Palhoça. Em janeiro, Pe. Hélio da Cunha assumiu a Paróquia do Jardim Atlântico; Pe. Paulo Rifel, a de Botuverá, e Pe. Deivide

Tomasi, a de Leoberto Leal. Já no mês de fevereiro, o Pe. Enri Clemente Leigman assume a Paróquia São João Bosco, em Itajaí; Pe. Cláudio Peters, a de São José, e Pe. Atalmir Gabriel Jonas da Silva, a de Forquilhinhas, também em São José. A Arquidiocese acolhe com alegria os novos párocos e intercede para que Deus os fortaleça nesta missão.


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#compartilha Campanha da Fraternidade 2017 aborda o ecossistema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e “Cultivar e guardar a Criação”. Estes são o tema e lema da Campanha da Fraternidade 2017, anunciados pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A campanha começa na Quarta-feira de Cinzas, dia 01 de março, e tem o objetivo de incentivar a todos a cuidarem da criação, de modo especial, dos biomas brasileiros. Os biomas são conjuntos de ecossistemas com características semelhantes dispostos em uma mesma região, e que historicamente foram influenciados pelos mesmos processos de formação. São eles: a Mata Atlântica, a Amazônia, o Cerrado, o Pantanal, a Caatinga e o Pampa. Além disso, a CF 2017 quer promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos à luz do Evangelho. Essas pessoas vivem nos biomas e são responsáveis pela intensa miscigenação brasileira. O Papa Francisco já havia relatado a sua preocupação com a casa comum na Laudato Sì de maio de 2015. Na encíclica, o Santo Padre agradece aqueles que de alguma forma buscam proteger o ecossiste-

Centenário de Nossa Senhora de Fátima No dia 13 de maio, a Igreja celebra os 100 anos das aparições de Nossa Senhora aos três pastorinhos, Lúcia, Francisco e Jacinta, no povoado de Fátima, em Portugal. O pequeno povoado se tornou centro internacional de devoção e peregrinação. Sua legitimidade é atestada pelas visitas dos papas Beato Paulo VI, São João Paulo II, Bento XVI e, neste ano, Francisco. O Santuário de Fátima, no Estreito, em Florianópolis, promove a vinda da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, que aí permanecerá entre 12 e 20 de março. “Todos somos convidados a viver a mensagem de Nossa Senhora em favor da oração, da penitência e da paz”, afirmou o pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima e Santa Teresinha do Menino Jesus, Pe. José Artulino Besen. Serviço Visita da Imagem Peregrina de Fátima 12 a 20 de março | Estreito, Florianópolis Informações: (48) 3244-2435

Imagem: Divulgação CF 2017

Apostolado da Oração promove retiro arquidiocesano Foto: Apostolado da Oração

Retiro Arquidiocesano em setembro de 2016

De 17 a 19 de março ocorre o Retiro Espiritual de Quaresma, do Apostolado da Oração, no Centro de Espiritualidade Imaculada Conceição (CEIC), em Nova Trento. O assessor será o diretor espiritual arquidiocesano do movimento, Pe. Otmar Jacob Schwengber, SJ. “Tendo presente a celebração do Ano Mariano no Brasil, o Apostolado da Oração da Arquidiocese promove este momento. Um retiro de silêncio, em um encontro com os Sagrados Corações e consigo mesmo”, explica a coordenadora arquidiocesana, Tania Meurer. O investimento é de R$ 300 por pessoa, com vagas limitadas. Informações e inscrições com Tânia Meurer pelo e-mail: a.o.florianópolis@bol.com.br ou no (48) 9-9912-5870. É aberto para pessoas de todas as idades.

ma. “Uma especial gratidão é devida àqueles que lutam, com vigor, por resolver as dramáticas consequências da degradação ambiental na vida dos mais pobres do mundo”. Na Arquidiocese de Florianópolis, a Campanha da Fraternidade terá uma Sessão Especial na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, no dia 06 de março, às 19h, onde é esperada a presença dos bispos de todas as dioceses do Estado. É importante que todas as comunidades convidem os grupos, pastorais, movimentos ou organismos. O coordenador de pastoral, Pe. Revelino Seidler, também afirma a importância do tema: “Todos são chamados a olhar com amor e responsabilidade para as belezas dos biomas brasileiros e através de atitudes concretas para defender a vida, cultivar e guardar a criação”. Neste ano serão oferecidas diversas oportunidades para aprofundar estudos e realizar ações relacionadas ao tema da campanha. Todos são convidados a participar dos encontros de formação nas paróquias e foranias. As datas destes encontros, o leitor pode conferir no cronograma da página 11 desta edição.

Irmã Marlene celebra 50 anos de vida religosa No dia 11 de fevereiro, a Irmã Marlene Bertoldi comemora 50 anos de vida religiosa. Neste dia uma missa será celebrada às 10h, no Santuário de Santa Paulina, em Nova Trento. Filha de Fausto e Alida Bertoldi, Irmã Marlene nasceu no município de Rio dos Cedros e teve a vocação estimulada pelo pai. Nestes 50 anos, a religosa atuou no campo da educação, lecionou e coordenou o Colégio São José, em Itajaí, e também foi professora por 17 anos no Educandário Imaculada Conceição, em Florianópolis. Tornou-se mais conhecida no campo da catequese. Desde 1990, Irmã Marlene coordena o Serviço de Animação Bíblico Catequético na Arquidiocese de Florianópolis. Imagem: Divulgação

A educação é uma das paixões da Ir. Marlene


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nossa fé

Desculpar, confiar, esperar, suportar

A presença leiga no mundo

Padre Vitor Galdino Feller Fernando Anísio Batista

Um dos textos mais singulares da Amoris Laetitia é o capítulo IV, sobre o amor no matrimônio e na família. O Papa Francisco recorda que, no hino à caridade (1Cor 13,4-7), há quatro expressões que falam de totalidade: “tudo”. O amor é “capaz de enfrentar qualquer coisa que possa ameaçá-lo” (AL, 111). O amor tudo desculpa O amor conjugal e familiar cuida para não ferir com a língua. Os pecados da língua são condenados pela Palavra de Deus. Falar mal, difamar, danificar a imagem do outro, descarregar ressentimentos e invejas, julgar e condenar o próximo, não saber controlar as palavras... A Carta de Tiago diz que a língua é “o universo da malícia”, está “inflamada pelo inferno” e “cheia de veneno mortífero” (Tg 3,6-8). Esposos que se amam falam bem um do outro, escondem as fra-

quezas e erros para exaltar as qualidades, aceitam-se em suas luzes e sombras, sabem-se imperfeitos, desculpam-se e guardam silêncio diante do ser amado. O amor tudo confia “A confiança torna possível uma relação de liberdade” (AL, 115). O amor não é controlador e ciumento, não aprisiona nem domina, não fica suspeitando e desconfiando de tudo. Sabe confiar e deixar em liberdade a pessoa amada. Uma liberdade que “possibilita espaços de autonomia, abertura ao mundo e novas experiências, (...) a sinceridade e a transparência, (...) uma confiança sólida e carinhosa” (AL, 115). Sem essa confiança, as pessoas começam a ocultar segredos, fingir, esconder suas quedas e fraquezas. A desconfiança destrói casamentos e famílias. O amor tudo espera Encontre esse e outros artigos em: www.arquifln.org.br

O amor não desespera do futuro. Espera com paciência que o outro possa mudar, que suas qualidades possam surgir, que a beleza do amor apareça inesperadamente. Reconhece que a vida não é como a gente quer, que Deus pode escrever direito por linhas tortas, que se pode tirar o bem dos males. O amor acredita na eternidade: “lá, o verdadeiro ser da pessoa amada resplandecerá com toda a sua potência de bem e beleza” (AL, 116). O amor tudo suporta O amor conjugal e familiar mantém-se firme em meio às contrariedades e hostilidades. Resiste e é capaz de superar desafios. Apesar de tudo, não desiste. “Manifesta uma dose de heroísmo tenaz, de força contra qualquer corrente negativa, uma opção pelo bem que nada pode derrubar” (AL, 118). Compartilhe ArquiFloripa

Existe um vasto campo consumo tem se tornado o de atuação para o leigo, que modo de vida comum cada é o mundo. Cada vez mais é vez mais universalizado, que necessário marcar presença se torna costume e norma e cristã no mundo seculariza- que opera a partir de uma do, globalizado, individua- lógica individualista. Esse lista. Cabe ao leigo “ser sal modelo é caracterizado pela da terra e luz do mundo” (Mt satisfação individual e a in5,13-14). Por isso, a vocação diferença pelo outro, pela específica do leisupremacia do go, impregnado desejo em relação do Evangelho, é às necessidades, estar no meio do cria falsa satisfa“O desafio do mundo, à frente de ção, escondendo cristão será tarefas variadas a falsa igualdade da ordem tempo- sempre viver no das diferentes pomundo sem ser sições sociais. ral. O cristão que O desafio do do mundo” vive neste mundo cristão será seme não tem a conspre viver no munciência de ser do sem ser do sujeito corre o risco da alie- mundo (Jo 17, 15-16), exanação, da acomodação e da minar tudo e ficar com o que indiferença. Ele é chamado é bom (1 Ts 5,21), marcando a agir de forma consciente, sua presença nele. O docuresponsável, autônoma e li- mento 105 da CNBB ensina vre, no exercício de descobrir que a missão do leigo é conse discernir os sinais dos tem- tituir, no tempo presente, a pos, para responder de ma- perspectiva do Reino que já neira lúcida e coerente aos está entre nós, mas que semdesafios postos pela realida- pre há de vir como graça que de em que vive. não se esgota em nenhuma Neste mundo global, o das conjunturas históricas.


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capa

Padre Ney – além de uma biografia Foto: Everton Marcelino

“O sacerdote é o amor do Coração de Jesus” - São João Maria Vianney

Nestas páginas centrais do Jornal da Arquidiocese, do qual Pe. Ney Brasil Pereira foi diretor por mais de 20 anos, você acompanha depoimentos que vão além de uma biografia. Pessoas que estiveram com ele em diferentes momentos e hoje prestam também sua homenagem. Confessor atencioso... “Pe. Ney era um confessor atento e disponível. Sempre recordava temas que muitas vezes esquecemos em nosso exame de consciência. Com ele aprendi a sentir a dor dos problemas do mundo e a rezar por eles. Aprendi também que a finalidade da teologia é sempre o bem do povo de Deus. Do céu, Pe. Ney intercede por nós para que nosso conhecimento teológico ajude a aliviar a dor dos que sofrem”. Seminarista Guilherme dos Santos, 23 anos, quarto ano de teologia na FACASC, que tinha Pe. Ney como confessor. Gostava do mar... Jocélia Marília Pereira Scharf é casada com Amilton Scharf há 51 anos. Ela é a mais moça dos seis irmãos do Pe. Ney e tem hoje 80 anos. Padre Ney presidiu a missa de casamento dos quatro filhos da irmã e batizou os oito netos. Procurava participar em tudo na família e as 24 horas do dia eram poucas para ele. A irmã conta que, quando criança, Pe. Ney sempre sentava do lado direito na Catedral, onde fica a imagem do Sagrado Coração de Jesus. Jocélia afirma que o irmão “era muito disposto, sempre alegre, nasceu e viveu para a Igreja e foi feliz”. E prossegue falando sobre as visitas que Pe. Ney fazia na casa de praia dela, na Ponta do Papagaio, em Palhoça. “Ele chegava, colocava o calção de banho e já ia para o mar. E dizia: ‘ai que maravilha’. Mas sempre muito corrido. Nesse verão, estamos sem a presença dele”, lamenta Jocélia Scharf. Aluno inteligente e discreto... O bispo auxiliar emérito, Dom Vito Schlickmann, foi colega de classe do Pe. Ney. Começaram a estudar juntos em 1942, no Seminário Menor em Azambuja, Brusque, e depois na filosofia, em São Leopoldo (RS). Foram nove anos de convivência nos estudos. Dom Vito disse que “Pe. Ney era muito discreto, inteligente, estudava com seriedade e empenho e, em Azambuja, eu nunca conseguia competir com ele (ri-

sos). A facilidade com que aprendia a língua grega era impressionante”. Ele lembra ainda de quando, no Seminário, Pe. Ney se apresentou no palco e cantou uma música. “Ele parecia uma flauta tocando, de tão bonita que era a voz dele. Lá no Seminário Menor aprendeu o ‘harmônio’ – hoje teclado. Ele era realmente muito esforçado, um aluno exemplar. A morte dele foi muito triste, não esperava que morresse inesperadamente”, aponta Dom Vito. A alegria e o amor pela música... “Padre Ney tinha um carinho especial pelos coralistas e suas famílias. Ao nos encontrar, impunha as mãos em nossa testa e perguntava: ‘Como está Dona Maria, Dona Nena?’” Sempre com trocado nos bolsos, distribuía aos moradores de rua que o interpelassem. Fazia o mesmo com os presentes que recebia, dava tudo aos presos. Era um de seus prazeres. Era impagável vê-lo sorrir com o rosto, com os pés e as mãos. Ao convidá-lo para almoçar em casa, o almoço tinha que sair na hora e precisava reservar um lugar para ele tirar sua sesta. E se no menu tivesse uma ostra, a felicidade estaria completa. ‘Pe. Ney, fizemos para o senhor’. Em resposta, ele falava: ‘não mereço, mas agradeço’. Claro que tudo regado a muita música do coral e ao samba do Ernesto do Adoniram. Para os membros do Coral Santa Cecília, o Pe. Ney não morreria nunca. Infelizmente ele se foi, mas nos ensinou que se alguém quer ser o primeiro, seja o último e servo de todos”. Pedro Cabral Filho, há 40 anos no Coral Santa Cecília Amigo e sábio professor... “Desde que entrei no Seminário de Azambuja, em 1956, encontrei o Pe. Ney como professor de várias matérias e como dirigente do coral do Seminário. São ainda hoje inesquecíveis os demorados ensaios de canto, muitas vezes não desejados, como nas semanas de exames. No entanto, colaboraram decididamente para nossa formação. Sempre muito exigente, não tolerava brincadeiras – nós adolescentes éramos distraídos – e, por vezes, desobedientes. Certamente tudo contribuiu para nossa formação. No Instituto Teológico de Santa Catarina – ITESC – fomos professores e colegas. Além de sua enorme capacidade intelectual e sabedoria, Pe. Ney foi um exemplo de sacerdote em sua vida pessoal e nas atividades pastorais.


7 Éramos excelentes amigos. Seu testemunho de vida presbiteral marcará para sempre minha vida. Sou eternamente grato a Deus por ter convivido com ele”. Pe. Valter Mauricio Goedert, Professor da FACASC.

Acompanhá-lo de perto nos últimos 24 dias de sua vida terrena foi para mim um verdadeiro retiro. Agradeço a Deus pela oportunidade de ter convivido com um padre tão fecundo em seu ministério”. Pe. Vânio da Silva, Reitor do Seminário de Teologia Convívio Emaús.

O profeta da humildade... O pastor que não se cansava de visitar os detentos... “A Comunidade Católica Abbá Pai teve a graça de ter Pe. Ney Brasil Pereira como Diretor Espiritual de Voluntariado por 15 anos. Ele era modelo para os diversos trabalhos voluntários permanentes que abraçamos: idosos, hospitalizados, deficientes físicos e mentais, e presidiários. Especialmente nas idas semanais com Pe. Ney ao Presídio de Florianópolis (uma de nossas frentes de trabalho voluntário), estivemos muito próximos de seus ideais missionários. Ele fazia questão de ligar todas às sextas-feiras, a mim e ao Bernardo (que o acompanhávamos ao presídio), para confirmar nosso encontro no sábado. Particularmente, este pai espiritual abriu as grades do meu coração e me ensinou a ir além do que eu imaginava. Ensinou-me a não julgar os encarcerados e a vê-los como irmãos. Fez-me entender que meu ardor missionário era fortalecido dentro do presídio e não fora dele. Mostrou-me que meu encontro com Cristo preso não estava nos livros, mas dentro das celas. Dentro do presídio, acompanhando o profeta Ney, aprendi muito sobre humildade e encontrei o sentido da minha liberdade”. Ivano Alves Pereira, Fundador da Comunidade Católica Abba Pai. Capelão que aprofundava as leituras do dia... Padre Ney era o capelão da Congregação da Divina Providência, em Florianópolis, desde 1º de fevereiro de 1974. Todo dia, às 06h30, pontualmente, lá estava ele para presidir a missa. A Irmã Enedina Sacheti, da coordenação da Província Divina Providência, afirma que ele era bem zeloso, prestativo e tinha amor ao sacerdócio. “Ele fazia um aprofundamento das leituras do dia, preparava-se para vir celebrar para nós. Quando era um dia de algum santo, trazia a história para conhecermos. Só podemos agradecer a Deus o testemunho de zelo sacerdotal que ele nos deixou. Domingo, na nossa casa na Trindade, tomava café e já saía em missão. Não se poupava, estava sempre à disposição em servir o povo, em se atualizar. Uma grande perda para nós, foi rápido demais”, finaliza Ir. Enedina Fidelidade em tudo que fazia... “Nos oito anos que vivemos juntos no Convívio Emaús, Pe. Ney foi para mim e para os seminaristas um grande exemplo de fidelidade sacerdotal. Chamava atenção a sua fidelidade à oração, a sua caridade com os pobres e sua atualização teológica.

“O trabalho de Pe. Ney junto aos presidiários foi iniciado muito antes de existir a Pastoral Carcerária. Começou há 40 anos. Sua atuação no trabalho correspondia à sua própria personalidade, calma, simpática, caridosa e responsável. Chegava às segundas-feiras para presidir a missa para os detentos do Hospital Psiquiátrico, sempre carregado de alguma coisa para dar: revistas, jornais, frutas, exemplares da Bíblia. Discreto e sorridente, tratava igualmente a todos que encontrava. Antes da missa, com seu violão, ensaiava os cantos e distribuía as leituras entre os presos e alguns voluntários. E assim sua missão se cumpria. Aos finais de semana, à noite, visitava os detentos nas diversas dependências do Complexo Penitenciário da Agronômica. E no relato singelo de um preso, a importância desta visita: ‘a sua chegada na abertura da porta da cela representava o próprio Jesus’. Quando tínhamos algum problema no trabalho e pedíamos sua orientação, dizia sempre: ‘Deus é que sabe’. Ou então: ‘se Deus permitir’. Estamos órfãos com sua partida, sentimos muito sua ausência. Que lá do céu possa ele nos conduzir e orientar. Que nos abençoe sempre”. Equipe da Pastoral Carcerária de Florianópolis. Um amor muito grande à Igreja e por ela toda oferta de vida “Padre Ney foi um grande sacerdote da Arquidiocese, grande por tudo que fez, que acreditou, por tudo que foi. Procurou sempre se aperfeiçoar em tudo. E fez muitas coisas, e todas muito bem. Ele foi um grande conhecedor da língua portuguesa, músico, importante biblista, um padre de uma caridade extraordinária. Basta dizer que passou a vida toda vinculado à Pastoral Carcerária, visitava o presídio muitas vezes, até mais de uma vez por semana. Procurou sempre ter uma atitude daquilo que ele acreditava que era o sacerdote. Atitude de seriedade, marcada com vários gestos, uma vida de oração, uma espiritualidade profunda, um amor muito grande à Igreja e dedicado a ela em todos os sentidos. Padre Ney se foi, mas deixa para trás uma lembrança muito grande daquilo que nós sonhamos como a Igreja deve ser, aquilo que nós pensamos como sacerdote deve viver”. Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, Arcebispo de Florianópolis.

Foto: Nórton José

Pe. Ney, entre alguns de seus irmãos e cunhados, na Bodas de Ouro da irmã Jocélia (ao centro), em 15/01/2016


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bíblia Lectio Divina

Cátedra de São Pedro “Tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja e o poder do inferno nunca poderá vencê-la (...). Tudo o que ligares na terra será ligado nos céus” (Mt 16,18-19). A Igreja celebra no dia 22 de fevereiro, a Festa da Cátedra de São Pedro. O apóstolo escolhido por Jesus para estar à frente de todos os chamados à fé, de todos os que propagam o Evangelho. Nos ensina São Leão Magno: “Deus dignou-se conceder a este homem, uma grande e admirável participação no seu poder”. Este poder é o de apascentar o rebanho do Senhor. Como Jesus chegou à conclusão que o primeiro entre os discípulos seria Pedro? Foi a profissão de fé de Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” Esta é a certeza do discípulo quando o Mestre pergunta aos seus: “e vós, quem dizeis que eu sou?” Assim, Pedro é colocado à frente do grupo dos Doze

Cátedra da Basílica de São Pedro, em Roma

e da Igreja, tendo a responsabilidade sobre a mesma. “Tudo o que ligares na terra, será ligado nos céus... e o poder do inferno nunca poderá vencê-la!” O poder do inferno não impedirá o testemunho cristão, os grilhões da morte não o prenderão; porque essa é palavra de vida. Ao instituir a sua Igreja, Cristo quis escolher 12 homens, aos quais deu o nome de “apóstolos” (Lc 6,13), “para que estivessem com Ele” (Mc 3,14) e continuassem a sua própria missão: “Como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20,21). Sem nunca abandonar o seu rebanho, Jesus continua a guiá-lo por meio dos apóstolos, fundamentos da Igreja (Ef 2,20), e daqueles que, até a consumação dos séculos, os haverão de suceder no múnus de apascentar as ovelhas do Senhor. Essa missão deve ser exercida “para sempre pela sagrada ordem dos Bispos”, verdadeiros sucessores dos Apóstolos “como pastores da Igreja” (Lumen Gentium, 20) E o que significa cátedra? A cátedra é o símbolo da autoridade e do magistério do bispo. Por isso temos a Catedral, que é a igreja-mãe da diocese, onde o bispo exerce seu ministério. Assim, estabeleceu-se a Cátedra de São Pedro para marcar a sua autoridade apostólica e o seu ministério de guiar o povo de Deus, a Igreja. Portanto, celebra-se no dia 22 de fevereiro, o ministério de Pedro e seus sucessores. Rezemos pelo atual sucessor - o Papa Francisco - e peçamos a Deus que sejamos fiéis à doutrina ensinada por ele e pelos bispos, que em unidade com ele, presidiu a Igreja de Cristo. Por Pe. Leandro Rech Ecônomo da Arquidiocese

Pe. Wellington Cristiano da Silva

Lectio (leitura) “Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor” (Lc 2,22).

Meditatio (meditação) No cumprimento da Lei de Moisés, Maria e José demonstram ser pessoas inseridas na fé judaica. Com profunda devoção, a Sagrada Família de Nazaré vai ao Templo de Jerusalém para realizar o rito de purificação da mãe e para consagrar seu primogênito a Deus. Maria e José oferecem o sacrifício dos pobres: um par de rolas ou dois pombinhos (Lc 2,24). No Templo, a Sagrada Família se encontra com duas pessoas de idade avançada: Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel (Lc 2,25); e a profetisa Ana, uma viúva que não saía do Templo, servindo a Deus, dia e noite, com jejuns e orações (Lc 2,36-37). Simeão e Ana representam o povo de Israel que esperava ardentemente o cumprimento das promessas divinas. Simeão vê a salvação se aproximar com a chegada do Menino Jesus. A presença de Jesus no Templo alude a seu caráter sacerdotal e sacrifical. O Menino, Luz das nações, é a oferenda verdadeira elevada a Deus Pai, para a nossa salvação.

Oratio (oração) Senhor, meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para ilumi-

nar as nações e glória do teu povo Israel” (Lc 2,30-32)

Contemplatio (contemplação) Unindo nossos olhares aos olhares de Maria e José, de Simeão e Ana, contemplemos a consagração do Menino Jesus a Deus Pai.

Missio (missão) Ao ser apresentado ao Pai, Jesus se torna a oferenda perfeita para nossa salvação. Ele é o Messias, o Ungido de Deus. Iluminados com a glória de Jesus, renovamos nosso compromisso de povo consagrado ao Senhor. Como Simeão e Ana, somos impulsionados pelo Espírito Santo a anunciar com júbilo o nosso Salvador Jesus Cristo.

Conhecendo o livro dos Salmos Pe. Ney Brasil Pereira (última contribuição para esta coluna)

Salmo 135 (134) – Louvai o Senhor! Como é sabido, o vocábulo originalmente hebraico, “aleluia”, de fato não é uma palavra, ou substantivo, como se tornou em português, mas uma frase completa, com verbo e complemento. De fato, o vocábulo é formado de “alelú”, em hebr. hallelû, isto é, “louvai” e “iá”, em hebr. yah, que é a primeira sílaba do nome divino Yahweh, que se traduz como “o Senhor”. Portanto, o significado de “aleluia” é um convite: “Louvai o Senhor”, como aliás o explicita a primeira metade do primeiro versículo deste salmo, conclamando: “Aleluia! Louvai o nome do Senhor!” Quanto ao “nome”, aí, não é o “nome” como tal, mas a pessoa, o próprio ser de Deus. O convite inicial a louvar, explicitado duas vezes no primeiro versículo, indica com clareza que este salmo é um “hino”, isto é, uma compo-

sição poética que exalta as qualidades, o poder de Deus, identificado aqui como “o Senhor”, o Deus de Israel, e suas realizações grandiosas na natureza e na história. O salmo é abundante em citações literais ou levemente adaptadas, de outros salmos e outros textos. A idolatria parece tranquilamente superada. Menciona-se a cidade santa e o monte do templo, já reconstruído. Não se alude a algum rei; sacerdotes e levitas desempenham papel importante. O mais provável é que este salmo tenha sido composto depois do Exílio, isto é, depois do séc. VI a.C., para ocasiões litúrgicas festivas. A estrutura é bem clara: os vv. 1 a 3 constituem a introdução, e os vv. 19 a 21, a conclusão. O corpo do salmo, dos vv. 4 a 18, divide-se em três momentos: 1) os motivos de louvar o Senhor,

vv. 4 a 7; 2) três etapas importantes na história do povo de Deus, vv. 8 a 14; 3) crítica radical da idolatria, retomando o Sl 115, nos vv. 15 a 18. Leia o salmo e reflita: 1) Que significa o vocábulo “aleluia”? A quem é dirigido o convite a louvar? 2) Quais os motivos do louvor, expressos pelo salmista? 3) Como explicar que Deus tenha dado a seu povo as terras já habitadas por outros povos? 4) É ainda atual a advertência contra os ídolos e a idolatria? 5) Em que sentido Deus habitava no Templo? Qual é o Templo definitivo?

A análise completa do último salmo escrito por Pe. Ney se encontra no site da Arquidiocese: www.arquifln.org.br


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Jornal da Arquidiocese, Fevereiro de 2017

evangelização

Divino Oleiro, RCC e Shalom promovem retiros de Carnaval Foto: Comunidade Shalom

Fevereiro é muito conhecido por ser o mês do Carnaval. Muitos fiéis da Arquidiocese são privilegiados por terem a chance de viver este feriado inteiramente para Deus. Por isso, o Jornal da Arquidiocese apresenta três opções para você passar o Carnaval 2017 de maneira diferente.

Carismática Católica. Os participantes têm missas, pregações, dinâmicas, momentos de oração, além de shows com muita animação. O tema do encontro deste ano é: “Meu espírito exulta de alegria” (Lc 1,47b). A inscrição deve ser feita com os coordenadores do Ministério Jovem da RCC das 13 Foranias da Arquidiocese e custa R$ 50,00 até o dia 18 de fevereiro. Após esta data, o valor passa para R$ 60,00. Mais informações acesse: www.rccflorianopolis.com.br.

Retiro de Carnaval Mais Feliz Com Jesus A Comunidade Católica Divino Oleiro promove o retiro de Carnaval nos dias 25, 26, 27 e 28 de fevereiro, simultaneamente, para jovens e adultos. O retiro para jovens será conduzido na Vila do Divino Oleiro, em Governador Celso Ramos, enquanto o de adultos terá como local o Recanto Divino Oleiro, em Camboriú. A juventude será direcionada pela Palavra: “Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto” (Cl 3,1), e os adultos serão conduzidos pela Palavra: “Minha alma glorifica o Senhor e meu espírito exulta de alegria” (Lc 1,46). O retiro para jovens tem o custo de R$ 100,00, e dos adultos é de R$ 120,00. Ambos incluem hospedagem e alimentação. As inscrições para os dois retiros serão aceitas até o dia 15 de fevereiro, e podem ser feitas nos locais de missão da Comunida-

Reviver

de Divino Oleiro ou pelos seguintes contatos: (48) 3296-1511/ (48) 3025-3750/ (48) 9 8805-3729/ (48) 9 8805-7223. II Rebanhão de Carnaval Nos dias 25 e 26 de Fevereiro, a Comunidade Nova Esperança, de Tijucas, recebe o ll Rebanhão de Carnaval. O evento é promovido pela Renovação

2017 é o ano dela, a mãe do Brasil Foto: Mateus Peixer

Dioceses do país receberam a imagem jubilar no ano de 2016

A Comunidade Católica Shalom realiza dos dias 26 a 28 de fevereiro, o Reviver, no Ginásio Palhoção, em Palhoça. O tema do retiro é: “Alegra-te” (Lucas 1,28). O encontro ocorre na Arquidiocese de Florianópolis há 11 anos e em 2017 espera atingir um público entre 400 a 500 pessoas. A programação do evento conta com cursos de formação doutrinária, cura interior, exortações à santidade, pregações, adoração ao Santíssimo, shows, teatros e muita música e animação. A entrada é franca. Para mais informações ligue: (48) 9 9919-1277 ou (48) 3223-7801, das 14h às 22h

Em comemoração aos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, nas águas do rio Paraíba do Sul, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) instituiu o Ano Nacional Mariano. Iniciou-se no dia 12 de outubro de 2016 e se encerra em 11 de outubro de 2017. A imagem foi achada por pescadores no Rio Paraíba, de modo semelhante à história da pesca milagrosa contada pelos Evangelhos. O achado da imagem de Aparecida ocorreu após a rede ter sido arremessada sem sucesso várias vezes na procura por peixe. Após muita perseverança, Deus lhes concedeu um presente infinitas vezes melhor que peixes. Ele ofereceu sua própria Mãe para o Brasil. Os pescadores se tornaram missionários e, assim, co-

meçaram a partilhar com vizinhos a graça recebida. Desde 2014, a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida percorreu cidades e periferias, preparando as dioceses do Brasil para este período especial que se vive. A celebração dos 300 anos é uma grande ação de graças por tudo que foi realizado até agora. Todas as comunidades são convidadas a participar do Ano Mariano, para crescer mais a alegria em fazer tudo o que Ele disser. Com o objetivo de ajudar a preparar e celebrar o Ano Nacional Mariano na Arquidiocese, os membros do Secretariado, do Conselho de Pastoral da Comissão das Forças Vivas e o Clero apresentaram as sugestões que você pode conferir no site: www.arquifln.org.br.


Jornal da Arquidiocese, Fevereiro de 2017

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evangelização

Dízimo: por que participar? “Poderoso é Deus para cumular-vos com toda espécie de benefícios” “Dá ao Altíssimo, conforme te foi dado por ele. Dá de bom coração, de acordo com o que tuas mãos ganharam. Ele recompensar-te-á sete vezes mais” (Eclo 35,12-13). O amor de Deus nos alcançou com os bens materiais para nossa vida terrena e com os bens espirituais para a eternidade. Deus espera de nós o reconhecimento e a nossa fidelidade. Ofertar o Dízimo não significa ficar com menos. Mas é ter consciência do que significa; eram as primícias que o povo de Israel oferecia ao Senhor. “Poderoso é Deus para cumular-vos com toda espécie de benefícios, para que, tendo sempre e em todas as coisas o necessário, vos sobre muito para toda espécie de boas obras” (2 Cor 9,8). Malaquias já dizia: “Pagai integralmente os dízimos ao Tesouro do Templo, para que haja alimento em vossa casa. Fazei a experiência, diz o Senhor dos exércitos e vereis se não derramo a minha

Caridade social

Foto: Ademir João Rosa

Foto: Mateus Peixer

bênção sobre vós muito além do necessário”. Esse texto lembra que tudo vem de Deus, tudo é de Deus. Cabe-nos ser fiéis na oferta, não porque ele precisa, mas para exercitarmos nossa gratidão e nossa partilha na comunidade. Dizimistas há 20 anos O casal Almiro Antônio Winter e Maria Gertrudes Rampinelli Winter,participa ativamente da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Coqueiros, Florianópolis. São dizimistas fiéis há 20 anos. Eles contam que há duas décadas havia o dízimo, mas poucos o ofertavam. “Eu também achava que ajudando na comunidade não precisava ser dizimista, pois estava ofertando meu tempo e meus dons”, afirma Maria Gertrudes. O esposo Almiro e ela começaram a sentir dificuldades na vida de casal. Um queria ofertar e o outro, não. Até que veio o convite do Pe. Frei Alceu

Casal Winter ajuda a comunidade de Coqueiros há 20 anos

Fillipin, da Paróquia de Coqueiros, para Winter trabalhar na Pastoral do Dízimo. A esposa resolveu também fazer parte da equipe. “Li sobre o dízimo e meu coração se abriu ao descobrir a imensa generosidade de Deus para conosco. Senti vergonha da minha mesquinhez, de não partilhar com alegria, de dar

apenas meu trabalho”, confessou Maria Gertrudes. E prossegue ao admitir que “a oração do dizimista me tocou profundamente. Por isso, trabalho com o coração aberto e com entusiasmo na Pastoral do Dízimo”. Por Diác. João Flávio Vendrúscolo

Mais que uma casa, um lar!

A Casalar Emaús – Ação Social Missão - foi uma das três instituições que receberam o prêmio Dom Afonso Niehues, na terceira edição que ocorreu em novembro de 2016, em uma promoção da Ação Social Arquidiocesana (ASA). A instituição que tem como lema “Mais que uma casa, um lar”, atende meninos de 06 a 12 anos, encaminhados pelo Conselho Tutelar de Para mais informações: (48) 3233-4915 Florianópolis, para permanência necessária e temporária, até reintrodução ao convívio familiar original, colocação em família substituta, adoção (nacional ou internacional) ou preparação para vida autônoma, depois de completados 18 anos. Para o presidente da Casalar Emaús, Gui Pontes, “a instituição é uma obra do Espírito Santo. Nossos voluntários buscam a cada dia manter esta obra, seja com recursos financeiros ou materiais, ou com a própria presença. Buscamos pessoas de fé, de boa vontade e com o desejo de ajudar aqueles que mais precisam”. Desde o início das atividades, em 1993, mais de 60 meninos já passaram pela Casalar Emaús. A minoria retornou para sua família original,

alguns foram adotados por famílias substitutas e outros permaneceram até a idade limite, partindo para a vida autônoma. O sustento da Casalar sempre ocorreu por meio de convênios com o Poder Público estadual e municipal, com pessoas jurídicas, e por meio de doações espontâneas. A maioria absoluta das pessoas ligadas à instituição, incluindo a diretoria, dedica seu tempo voluntariamente às crianças e adolescentes abrigados. Serviço Endereço: Rua Eurico Hosterno, 321 – Santa Mônica, Florianópolis Cadastre-se no site da instituição para ajudar financeiramente ou ser um voluntário: casalaremaus.org.br Foto: Ademir João Rosa

Curta a fanpage da instituição: www.facebook.com/CasaLarEmaus


Jornal da Arquidiocese, Fevereiro de 2017

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evangelização RCC realiza mais um “Jesus no Litoral”

Cronograma de fevereiro

Jovens evangelizaram nas praias de Garopaba Foto: RCC

O projeto contou com uma programção diversificada

De 02 a 08 de janeiro, o município de Garopaba sediou mais uma edição do Projeto Jesus no Litoral (JNL) 2017, quando abriu as portas e acolheu os missionários que vieram das dez dioceses de Santa Catarina. Os jovens missionários se prepararam antecipadamente e ofertaram suas férias em favor da evangelização no litoral. Todos que participaram foram profundamente tocados pela mão de Deus. Além disso, foram realizadas abordagens nas praias e casas. O JNL SC teve a presença dos cantores Eliana Ribeiro e Dunga, da Comunidade Canção Nova, e também da Banda Single Core, de Joinville. Cada dia contou com uma programação diferenciada: missas, shows, grupos de oração em vários locais e luaus. Outra atividade que marcou o projeto foi realizada na Praça 21 de Abril, o Cristo Fitness, que levou atividade física para quem estava na praia e às pessoas da região. No mesmo local foi realizado o flash mob do Ministério Jovem Estadual. O encerramento do JNL aconte-

ceu no domingo pela manhã, com a missa presidida pelo Pe. Cláudio Peters, o orientador espiritual da Renovação Carismática Católica do Estado de Santa Catarina. O jovem Marcelo, da Diocese de Caçador, destacou sua participação no projeto: “Neste evento, aprendi a ter mais intimidade com Deus, a clamar pelo Espírito Santo. Nesses últimos dias aprendemos muito, foi uma grande experiência”. “Minha experiência este ano foi desafiadora, diferente da que tive na edição anterior. Me coloquei no lugar de Jesus, quando Ele foi crucificado, pois em muitos momentos, me via e a outros missionários, como se nós estivéssemos sendo ‘humilhados’. Passando pelas praias, zombaram e riram de nós, mas me recordar do que Jesus passou, até a sua morte, e o quanto Ele foi forte. Me recordava também de uma música que dizia: se perseguido aqui eu não for, sinceramente um cristão não sou. Então, se eu não fosse perseguido, se não tivessem zombado de nós, talvez não me colocaria no lugar de Deus”, relatou Carina Batista, da Arquidiocese de Florianópolis.

04/02 | Seminário da CF 2017 Forania Itajaí | São Vicente 06/02 | Início do Ano Acadêmico | Faculdade São Luiz 10 a 12/02 | PJ – Encontro de Coordenadores e Lideranças | Barreiros 11/02 | Jubileu de Ouro de Vida Religiosa Irmã Marlene Bertoldi | Nova Trento 11/02 | Seminário da CF Forania Florianópolis Continente | Coqueiros 16/02 | Formação CF 2017 Forania Camboriú | Monte Alegre 18 a 23/02 | Acampamento Juventude Feminina de Schoenstatt | Biguaçu 18/02 | Seminário da CF 2017 Forania Florianópolis Norte | Trindade 20/02 | Abertura do ano letivo - FACASC | Florianópolis 23/02 | Reunião com Vigários Forâneos | Sagrados Corações 24 a 28/02 | Missões Jovens de Schoenstatt | Biguaçu 24 a 28/02 | Retiro de Carnaval para Adultos | Vila Divino Oleiro 25 e 26/02 | RCC – Rebanhão de Carnaval | Tijucas 26 a 28/02 | Reviver – Encontro de Carnaval | Ginásio Palhoção 28/02 | Feriado de Carnaval

Doutrina Social da Igreja para jovens Imagem: Divulgação

O DOCAT está à venda nas livrarias católicas

Em agosto de 2016, o Papa Francisco lançou durante a Jornada Mundial da Juventude, na Cracóvia, um novo volume da coleção YOUCAT. Trata-se do ‘DOCAT – Como agir?’, que apresenta com linguagem jovem e em forma de perguntas e respostas à Doutrina Social da Igreja. Conta com as orientações e esclarecimentos para as atitudes do cristão no meio da sociedade. O principal objetivo deste volume é de convocar os jovens para uma

verdadeira transformação social, para mudar a si próprio, o ambiente que está ao seu redor e a sociedade em que está inserido. Para o Papa Francisco, o DOCAT é um manual para a revolução juvenil no século 21, e ele mesmo nos diz: “Um cristão que não é revolucionário em nossos tempos, não é um cristão de verdade”. Entre os temas abordados, o documento destaca questões referentes ao trabalho, economia, política, diálogo internacional, a prática da caridade, dentre outros. Com linhas de pensamento atuais, existe um capítulo dedicado exclusivamente para a preservação do meio ambiente, e outra parte que aborda a comunicação e as mídias sociais. No portal do YOUCAT Center Brasil, na internet, já podem ser acessados roteiros de estudo, bem como aspectos e curiosidades do DOCAT. Para saber mais você pode acessar: www.youcat.org.br. Por João Augusto de Farias Coordenador do Setor Juventude


Jornal da Arquidiocese, Fevereiro de 2017

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geral “Bethânia é a casa do amor acolhedor”

A Comunidade promoveu diversas atividades pelos dez anos de falecimento do Pe. Léo Foto: Comunidade Bethânia

O evento movimentou três mil fiéis nos dois dias

A Comunidade Bethânia, no Recanto São João Batista, recebeu entre os dias 03 e 04 de janeiro, aproximadamente três mil pessoas que participaram da celebração de dez anos de falecimento do Padre Léo. Teve como tema: “Buscai as coisas do alto”. Na noite da terça-feira, 03, o missionário Dunga, da Comunidade Canção Nova, gravou o programa PHN. Ele entrevistou o moderador geral, Pe. Vicente de Paula Neto, bth. “Bethânia é a casa do amor acolhedor, lugar de ressurreição, de restauração. Padre Léo me ensinou que Deus é amor e humor”, lembrou Pe. Vicente. Outro entrevistado foi uma das pessoas em tratamento em São João Batista, Dener da Rocha de Bitencourt, 22 anos. “No início não foi fácil, mas com ajuda das pessoas, dos consagrados e da minha família fui conseguindo me reerguer. Nesse tempo aqui cresci muito, tanto espiritualmente quanto pessoalmente”, afirmou o jovem. Na manhã de quarta-feira, 04, ocorreram palestras com Marcio Todeschini (Canção Nova) e Ironi Spuldaro (Renovação Carismática Católica) e adoração ao Santíssimo Sacramento. À tarde teve uma apresentação teatral sobre a vida do Pe. Léo. E às 16h, o fundador da Comunidade Canção Nova, Monsenhor Jonas Abib, presidiu a missa pelos dez anos de falecimento do Pe. Léo. As homenagens terminaram à noite, com o show “Amigos do Pe. Léo”, com presenças de Dunga, Paulo César (PC), Eliana Ribeiro e Márcio Todeschini. Na homilia, Monsenhor Jonas explicou que Pe. Léo foi e continua sendo um pescador de almas.

Foto: Comunidade Bethânia

“Nós devemos ser pescadores de almas, como Pe. Léo. Para ele era o tu a tu, pessoa a pessoa. Terminou 2016. Quantas pessoas você fisgou para Jesus em 2016? E quantas você vai fisgar em 2017? Deus quer você santo, como quis o Pe. Léo”, finalizou o fundador da Canção Nova. Esteve presente ainda em São João Batista, a cofundadora da Canção Nova, Luzia Santiago. Para o formador geral, Pe. Elinton Costa, “procuramos dar continuidade a tudo aquilo que foi sonhado por Deus e colocado em prática pelo Pe. Léo. Esses dez anos de falecimento do Pe. Léo, marcarão um novo tempo para a Comunidade Bethânia”. Foto: Comunidade Bethânia

Monsenhor Jonas era muito amigo do Pe. Léo

Brusque. Padre Léo é reconhecido no Brasil como um dos sacerdotes mais influentes em suas pregações, canções e livros publicados. São 21 anos de instituição, e neste período já foram acolhidas mais de seis mil pessoas nos cinco estados do país em que a Comunidade está presente. Bethânia não é considerada uma clínica, mas sim, uma casa de acolhimento. Para estar no processo de recuperação, o “filho” ou “filha” como são chamados na Comunidade, não paga nenhum valor mensal, a única condição é querer mudar de vida. Mais informações no site: www.bethania.com.br; Confira as imagens e vídeos do evento, no Facebook da Comunidade Bethânia. Foto: Comunidade Bethânia

Padre Léo continua a unir pessoas de diferentes carismas

Monsenhor Jonas disse ainda nos dias em que ficou em São João Batista, que “Pe. Léo foi um amigo maravilhoso, um presente de Deus. Eu tive oportunidade de ajudar o Pe. Léo e ele a mim. A retidão dele era uma coisa impressionante. Consagrados de Bethânia, tenham todos os princípios do Pe. Léo”. A Comunidade Bethânia foi fundada pelo Pe. Léo, scj, a partir de sua própria experiência, como dependente químico, e como padre que atuava no Colégio São Luiz, em

Cantores católicos animaram a noite da quarta-feira, 04


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