Jornal da Arquidiocese | nº 242 | Fevereiro

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Jornal da

ARQUIDIOCESE

FLORIANÓPOLIS, nº 242

RCC

Louvor de Verão reúne 5 mil pessoas | 3

FEVEREIRO DE 2018

Férias

Jovens da Arquidiocese em missão | 11

Transferências

Paróquias recebem novos párocos | 12

“ VÓS SOIS ” TODOS IRMÃOS (Mt 23,8)


Jornal da Arquidiocese, Fevereiro de 2018

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opinião Superar a violência

A Igreja como um instrumento de paz O primeiro Jornal da Arquidiocese deste ano fala, na matéria principal, nas páginas 06 e 07, sobre a Campanha da Fraternidade (CF) 2018, que tem como tema “Fraternidade e Superação da Violência”, e como lema “Em Cristo somos todos irmãos (Mt 23,8)”. A campanha deseja refletir a realidade da violência, rezar por todos os que sofrem violência e unir as forças da comunidade para superá-la. Na página 03, você encontra testemunhos sobre o 27º Louvor de Verão, que ocorreu no dia 21 de janeiro, em Camboriú. O encontro, organizado pela Renovação Carismática Católica (RCC), reuniu 5 mil pessoas para passar um domingo quente e chuvoso com Deus. Nos últimos meses houve o lançamento de três livros escritos por padres da Arquidiocese. Na página 10, você pode conhecer um pouco mais sobre estas obras: “O Cotidiano de Uma Vida, Frei Pascoal Dalbosco”, de Pe. Eder Celva; “Fenômenos Preternaturais”, de Pe. Pedro Paulo Alexandre; e “Padre Ney Brasil Pereira”, de Pe. José Artulino Besen. A página 11 traz a história dos jovens que deixaram de lado o conforto do período das férias e decidiram ser missionários. A matéria mostra também que para ser missionário não precisar ir para outro Estado. Existem comunidades da Arquidiocese que precisam da presença dos missionários. Na contracapa desta edição, página 12, você pode conhecer um pouco mais sobre os padres da Arquidiocese que receberam a missão de assumir novas paróquias. Além disso, a matéria também cita as transferências dos diáconos e seminaristas. Um abençoado e santo início de Quaresma para você, leitor amigo do Jornal da Arquidiocese!

Dom Wilson Tadeu Jönck, scj Este é o tema da Campanha da Fraternidade 2018. A Gaudium et Spes, documento do Vaticano II, no número 10, ajuda a entender a realidade da violência no mundo. “Os desequilíbrios de que sofre o mundo hodierno estão ligados com aquele desequilíbrio fundamental que se radica no coração do homem”. Como se vê, no íntimo do ser humano há um desequilíbrio. Continua a Gaudium es Spes: “Como criatura, o homem sente-se limitado e ao mesmo tempo sente-se ilimitado nos seus desejos”. Prossegue: “sofre em si mesmo da divisão, da qual tantas e tão grandes discórdias se originam para a sociedade”. E conclui: “À luz de Cristo, a Igreja quer iluminar o mistério do homem e cooperar na solução das principais questões do nosso tempo”. O Natal de Cristo confirma a mesma esperança. A presença de Cristo traz paz.

Na medida em que os homens caminharem na busca de Cristo, construirão a paz na terra. Os reis magos representam a humanidade toda que caminha à procura de Cristo. Diante do Menino se dão conta de que não devem tomar o caminho que leva a Herodes. Herodes representa a busca daquelas coisas que destroem a paz no mundo. A vida de São Paulo, narrada nos Atos dos Apóstolos, ilustra o que estamos falando. “Saulo, entretanto, respirava ameaças de morte contra os discípulos do Senhor” (At 9,1). Já o capítulo anterior dizia: “Saulo devastava a Igreja recém-nascida, invadia lares e aprisionava seus moradores, homens e mulheres” (At 8,3). Na estrada de Damasco teve um encontro com Cristo. Cercado por uma luz resplandecente, caiu por terra e escutou uma voz. Neste momento cai Saulo, o inimigo;

Nos caminhos de Francisco

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Nas redes

“Vamos cuidar dos brotos de paz que estão nascendo e transformemos as nossas cidades em canteiros de paz”.

A vida de Marcelo Câmara Confira no vídeo depoimentos emocionantes de Leatrice Pavan, mãe de Marcelo Câmara e de Maria Zoê Espindola, autora do livro que conta a história de vida desse jovem, que participava do Movimento de Emaús.

01 de janeiro, no Twitter

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“Não apaguemos a esperança de seus corações; não sufoquemos as suas expectativas de paz! É importante que da parte de todos, instituições civis, realidades educacionais, assistenciais e eclesiais, exista o esforço de assegurar aos refugiados, aos migrantes, a todos, um futuro de paz”.

youtube.com

Mensagem do Papa para o Dia das Comunicações

01 de janeiro, no Angelus

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“Deus passa pelas estradas empoeiradas da nossa vida e, aproveitando da nossa nostalgia de amor e felicidade, nos chama à alegria”. 05 de janeiro, no Twitter

“Oremos para que se faça silêncio; sem este silêncio, corremos o risco de subestimar o recolhimento da alma”. 10 de janeiro, na Audiência Geral

“O encontro com Deus e com os irmãos não pode esperar por nossas lentidões e preguiças: o convite á para hoje”.

levanta-se Paulo, o discípulo apaixonado, instrumento escolhido para pregar o nome de Cristo perante as nações. Santo Agostinho também se expressa desta maneira: “Tu brilhaste, resplandeceste e curaste minha cegueira”(Confissões). O mundo da violência é treva, ausência de luz. É preciso vislumbrar um outro caminho, sair das trevas e seguir a luz. Cristo é a luz do mundo.

@pontifex_pt

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“A oração que purifica, fortalece e ilumina o caminho é como o combustível de nossa viagem rumo à plena unidade dos cristãos”. 23 de janeiro, no Twitter

12 de janeiro, no Twitter

No dia 24 de janeiro, memória de São Francisco de Sales, padroeiro da imprensa católica, foi divulgada a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais. facebook.com/arquifloripa

Papa aos participantes do 14º Interceclesial da CEBs O Papa Francisco enviou no dia 23, uma mensagem ao 14º Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) “Uma existência inspirada no amor e na solidariedade”, disse o papa. twitter.com/arquifloripa

Rua Esteves Júnior, 447, Centro Florianópolis-SC, Fone: (48) 3224-4799 / 99982-2463

Assessoria de Comunicação

O Jornal da Arquidiocese é uma publicação mensal da Arquidiocese de Florianópolis-SC.

DIRETOR: Pe. Vitor Galdino Feller CONSELHO EDITORIAL: Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, Pe. Tarcísio Pedro Vieira, Pe. Leandro Rech, Pe. Revelino Seidler, Carol Denardi, Fernando Anísio Batista e Mateus Peixer. JORNALISTA RESPONSÁVEL: Carol Denardi (SC 01843-JP) PROJETO GRÁFICO: Lui Holleben

DIAGRAMAÇÃO: Mateus Peixer COORD. DE PUBLICIDADE: Pe. Leandro Rech e Erlon Costa TIRAGEM: 24.000 exemplares IMPRESSÃO: Diário Catarinense EMAIL: imprensa.arquifln@gmail.com SITE: www.arquifln.org.br FACEBOOK: Arquidiocese de Florianópolis


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#compartilha Camboriú recebe 5 mil pessoas no Louvor de Verão Foto: RCC

Retalhos do Cotidiano Professor Carlos Martendal

Amor Quem ama tem tempo para o amado! Família

Na família que reza abrem-se os corações, uns pedem pelos outros, abraçase a solidariedade, vive-se o amor, todos se sentem Igreja. Famílias assim seguem a Cristo, ganham altura, santificam o mundo. E as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

Bondade

No dia 21 de janeiro, a Renovação Carismática Católica (RCC) realizou o 27º Louvor de Verão, no Ginásio de Esportes Irineu Bornhausen, em Camboriú. O tema do encontro foi “Eis que estou à porta e bato”, e contou com os pregadores Jeferson de Moraes, Cleia Blanger, ambos Forania de Itajaí, e Umberto Sell, da Forania de Camboriú. Apesar do dia quente e chuvoso, participaram caravanas de todas as foranias da Arquidiocese. Estavam presentes no evento aproximadamente 5 mil fiéis. Crianças, jovens, adultos e idosos, todos juntos e animados para passar um domingo com Deus. Além das pregações e animações, os fiéis tiveram a oportunidade de prestigiar algumas apresentações de dança, visitar os stands das comunidades de vida e comprar alguns objetos católicos que estavam sendo vendidos na parte externa do ginásio. O Louvor de Verão chega à 27ª edi-

ção, e nunca é tarde para dele participar. Prova disto é Hilta Oliveira, de 84 anos. Apesar da idade e da necessidade de utilizar uma bengala para caminhar, ela veio de Governador Celso Ramos para participar pela primeira vez do evento. “Faz sete anos que sofri um acidente de moto, levei 60 pontos no meu rosto e por um milagre eu sobrevivi. Depois deste dia, não paro de agradecer a Deus. Estar aqui no Louvor de Verão é uma forma. Vou vir daqui para frente até quando minha saúde permitir”, determina dona Hilta. Para muitas pessoas este é o primeiro encontro de evangelização no ano. Ele é uma forma de se preparar para o ano que está por vir. A coordenadora do Ministério de Formação da RCC, Nara Espíndola, 40, comenta que o evento “marca o início do ano em uma alavanca de evangelização, restauração, curas e milagres. Para nós, ele é muito importante, porque nos dá força para começar o ano”.

A bondade, prima-irmã da gratidão, surpreende sempre. Especialmente a bondade dos estranhos!

Santo

O santo rejubila-se lavando louça, varrendo a casa, arrumando os bancos da igreja para que fiquem bem alinhados, abraçando aqueles que Deus colocou em sua vida. Em tudo, “ama e serve”.

Desistência

Se o Senhor desistisse de nós, seríamos desgraçados. Mas Ele não desiste, o amor nunca desiste, porque nunca aprendeu a desistir; pelo contrário, chama, e volta a chamar, e se torna mais criativo, e mais insistente, e mais bondoso, e se vale de todos os meios para que “não se perca nenhuma das ovelhas”.

Primeira turma conclui o curso de pós-graduação em Catequese - Iniciação à Vida Cristã Foto: Divulgação

Dom Wilson se encontra com Papa Francisco Foto: L’Osservatore Romano

O Arcebispo da Arquidiocese de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, participou da Audiência Geral na Praça São Pedro, no dia 24 de janeiro, e ao final

teve um encontro com o Papa Francisco. “Foi um momento em que pude mostrar a solidariedade e a comunhão com o Papa Francisco, que nos acolheu com todo carinho de sempre”, destacou Dom Wilson. De 18 a 23 de janeiro, o Arcebispo da Arquidiocese de Florianópolis e outros 20 bispos da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus – Dehonianos, de todo o mundo participaram da reunião na Casa Geral, em Roma, para refletir sobre os desafios da evangelização. É a terceira vez que este encontro acontece.

Os graduandos iniciaram os estudos em janeiro de 2016

No dia 26 de janeiro, 25 alunos concluíram o primeiro curso de pós-graduação em Catequese - Iniciação à Vida Cristã, na Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC). Na ocasião foram entregues as monografias, e um momento de troca de experiência com a nova turma que iniciou os estudos em janeiro. A 1ª Turma de pós começou as atividades em janeiro de 2016.

“Estávamos ansiosos, curiosos, com tudo o que esperávamos. Os últimos dois anos foi um período de muito conhecimento e vivências espirituais para a turma”, conta a graduanda da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Florianópolis, Fernanda Gil. Para saber mais informações sobre o curso, ligue: (48) 3234-0400.


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#compartilha Carnaval é tempo de louvar e agradecer o Senhor Foto: RCC

Muitos jovens participam dos encontros de Carnaval

Na Arquidiocese é possível viver o período de carnaval dedicado a Cristo. Estão à disposição dos fiéis várias opções para aproveitar o feriado de um jeito cristão. Confira algumas delas: Kairós de Carnaval Com objetivo de oferecer uma festa diferente aos jovens, a Comunidade Bethânia promove no domingo, 11 de fevereiro, o primeiro Kairós de Carnaval. O even-

Arquidiocese recebe o Congresso Missionário Regional O Conselho Regional Missionário (COMIRE) Sul 4 promove, nos dias 23 a 25 de fevereiro, o VI Congresso Missionário Regional. A Paróquia São Francisco de Assis, no bairro Aririú, em Palhoça, sediará o evento, do qual participarão 400 pessoas de todo Estado, acolhidas por famílias da Arquidiocese. Os participantes são integrantes de grupos da Infância e Adolescência Missionária e da Juventude Missionária, missionários ligados às Santas Missões Populares e às experiências de missões, famílias missionárias e visitadores de todas as dioceses. O encontro está em sintonia com o 5º Congresso Missionário Americano (CAM 5) e o Congresso Missionário Latino Americano (COMLA 10), que acontecerão na Bolívia em julho de 2018. Imagem: Divulgação

to será no Salão Paroquial da Igreja Matriz de São João Batista (SC), das 08h30 às 19h. A expectativa é reunir mais de 2 mil jovens para celebrar a fé e proporcionar aos fiéis uma maneira de viver o carnaval alegre, ousado, divertido e em Deus. As inscrições para o evento já estão abertas. Os ingressos são limitados e custam R$ 25. Eles podem ser adquiridos pelo site www.bethania.com.br. Reviver De 11 a 13 de fevereiro, a Comunidade Católica Shalom promove o Reviver 2018, retiro de carnaval que visa levar as pessoas a uma forte experiência de Deus. O encontro começa todos os dias a partir das 08h, na Escola Professor Simão José Hess, localizada no bairro Trindade, em Florianópolis, e se estende até a noite, com entrada franca. A programação do evento consiste em manhãs de adoração ao Santíssimo Sacramento e palestras relacionadas ao tema geral, que este ano é “Para Deus

Comunidade São Sebastião, em Brusque, comemora centenário de criação Foto: Divulgação

Fundada em 1918, a comunidade São Sebastião, do bairro Limoeiro, em Brusque, que pertence à Paróquia Santa Teresinha, celebra de 08 a 11 de fevereiro, o centenário de criação. O Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck preside a missa de abertura dos festejos, no dia 08 de fevereiro, às 19h30. A comunidade do Limoeiro conta com muitas lideranças presentes nos vários movimentos e pastorais, com a orientação espiritual do pároco da Paróquia Santa Teresinha, Pe. José Gazaniga. Você pode conferir toda a programação do centenário, no site da Arquidiocese: www.arquifln.org.br. Informações: Rodovia Antônio Heil, Km 21, Limoeiro, Brusque Tel.: (47) 3350-0301

nada é impossível” (Lc 1, 37). Estas serão proferidas pelo seminarista e missionário da comunidade de vida Shalom, Michel Bastos Bow-ltaif, de Fortaleza (CE). À tarde acontecerão pequenos cursos de formação doutrinária, ministrados por missionários da comunidade, encerrando sempre com a missa. Mais Feliz com Jesus A Comunidade Divino Oleiro proporciona, dos dias 10 a 13 de fevereiro, opções de retiro para quem deseja viver uma experiência nova de encontro com Deus e os irmãos. O Retiro de Carnaval Mais Feliz Com Jesus Adulto será na Vila Divino Oleiro, em Governador Celso Ramos. Já o encontro para os jovens, no Recanto Divino Oleiro, em Camboriú. O valor da inscrição para os adultos é de R$ 220, incluída a hospedagem, a alimentação e o ônibus para a peregrinação. Os jovens precisarão pagar R$ 120 para a hospedagem e alimentação. Para mais informações: (48) 3296-1511 ou (48) 9 8805-3729.

Quatro paróquias de Itajaí celebram 50 anos de fundação A cidade de Itajaí viverá um momento único no início deste ano. As paróquias Nossa Senhora de Lourdes, São Cristóvão, São João Batista e São João Bosco vão celebrar 50 anos de fundação em 2018. No dia 17 de março, às 18h, as quatro comunidades celebrarão juntas a missa de Ação de Graças, presidida pelo Arcebispo, Dom Wilson Tadeu Jönck, na Marejada, em Itajaí. Após a celebração, será realizado o show do cantor católico, Thiago Brado. Além disso, cada paróquia terá uma celebração particular em comemoração ao jubileu. Confira as datas: Paróquia Nossa Senhora de Lourdes 11/02 | 10h Paróquia São João Batista 25/02 | 10h Paróquia São Cristóvão 18/02 | 10h Paróquia São João Bosco 04/03 | 10h


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nossa fé

Insistente apelo aos leigos

A política que gera violência

Padre Vitor Galdino Feller

Fernando Anísio Batista

Desde o Concílio Vaticano II (1962-1965), o magistério da Igreja vem lançando insistente apelo aos leigos para que assumam sua missão na Igreja e no mundo. Por meio de diversos documentos, os bispos pedem que os fiéis leigos sejam protagonistas do anúncio e da prática do Evangelho. Os leigos no Vaticano II O Concílio propôs uma grande renovação da Igreja com vistas a enfrentar os desafios que lançava o mundo moderno. Identificou a Igreja como povo de Deus em comunhão, na igualdade básica de todos os seus membros, na missão comum no meio do mundo. Os leigos deixam de ser fiéis de segunda categoria e passam a ser vistos como membros efetivos da Igreja, protagonistas da presença e ação da Igreja no mundo, colaboradores do anúncio e da realização

do Reino de Deus na terra. Em diversos documentos, o Concílio tratou da natureza, dignidade, espiritualidade e missão dos fiéis leigos, construindo o que o papa São João Paulo II chamou de maravilhosa teoria do laicato. América Latina Os bispos da América Latina também lançam o engajamento e a valorização dos leigos. Na Conferência de Medellín (1968), consideram que são os leigos os primeiros responsáveis a fazer com que a Igreja aconteça e se realize no mundo. Em Puebla (1979), os leigos são chamados de homens e mulheres do mundo no coração da Igreja e homens e mulheres da Igreja no coração do mundo. Em Santo Domingo (1992), os leigos são identificados como protagonistas da transformação da sociedade. Em Aparecida (2007), os bispos pedem Encontre esse e outros artigos em: www.arquifln.org.br

abertura de mentalidade para que todos na Igreja acolham o ser e o fazer dos leigos, que são, pelo Batismo e pela Crisma, discípulos missionários do Senhor. No Brasil O episcopado brasileiro, em muitos documentos da CNBB, insiste na vocação e missão dos leigos. Uma das frentes abertas são os ministérios leigos a serem exercidos no interior da Igreja: aconselhamento conjugal, bênção das casas, missões populares etc. Outra, são os serviços que os leigos podem exercer nos diversos ambientes do mundo: família, trabalho, política, ciência, educação, ecologia, saúde, comunicação etc. Com as diretrizes do Concílio e dos bispos, é preciso abrir caminhos para que os leigos sejam de fato a vanguarda da Igreja e de sua obra evangelizadora. Compartilhe ArquiFloripa

A Campanha da Fraterni- sil na quarta maior população dade 2018 convoca toda a carcerária do mundo. Igreja a promover a paz, em A falta de investimento em uma atitude de negação da políticas sociais, educação, cultura da violência instalada saúde, habitação, assistência no Brasil e em grande parte social, cultura etc., causa a do mundo. Os dados impres- violência estrutural existente sionam: vivemos uma verda- atualmente. Por outro lado, deira guerra civil, onde mais ainda há um aumento signifide 60 mil pessoas são mortas cativo de parlamentares compor homicídio por ano no Bra- prometidos com a violência, sil. que compõe a bancada da Existem diversos fatores bala, do aumento das penas, que provocam atide reformas favotudes violentas. ráveis ao mercado No entanto, segune não às pessoas. do a Organização “Para superar a A conjuntura violência é ne- política do país Mundial da Saúde (OMS), todo ato cessário cons- tem proporcionado violento é inten- truir a fraternida- aumento significacional e resulta em de e promover a tivo da violência. danos físicos, seQuando a popucultura da paz” lação é levada a xuais, psicológicos ou morte. Atos de perder o interesviolência podem se pela política e ser individuais, coletivos e ins- começa a apoiar pessoas e titucionais, públicos ou priva- projetos autoritários e antidedos. mocráticos, viabiliza o aumenA desigualdade social é to da violência institucional um dos principais elementos do Estado junto à população geradores de violência. O mais vulnerável. Brasil tem o terceiro pior índiPara superar a violência é ce de desigualdade no mun- necessário construir a fraterdo. A população carcerária é nidade e promover a cultura predominantemente negra, jo- da paz. É preciso estar atento vem e pobre, oriunda das pe- a todas as ações que geram riferias dos grandes centros violência e seguir os passos urbanos, o que coloca o Bra- do príncipe da paz, Jesus.


A CAMPANHA Esta estatística da violência só aumenta em nível local e nacional. Não se leva em conta aqui, o âmbito mundial. Assim, a Campanha da Fraternidade (CF 2018) busca refletir este quadro com o tema “Fraternidade e superação da violência”, e com o lema “Em Cristo somos todos irmãos (Mt 23,8)”. Coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e realizada no período da Quaresma, a CF envolve todas as comunidades cristãs católicas do Brasil. Deseja-se refletir a realidade da violência, rezar por todos os que sofrem violência e unir as forças da comunidade para superá-la. Pretende-se, ainda, lançar um olhar para os impasses que, há décadas, dominam as políticas públicas de segurança.

GUERRA SILENCIOSA E VORAZ

PAZ

Nos cinco primeiros meses de 2017, somente em três semanas foram assassinadas no Brasil mais pessoas do que o total de mortos em todos os ataques terroristas no mundo, os quais envolveram 498 casos, resultando em 3.314 vítimas fatais. Estes dados são do Atlas da Violência 2017, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O estudo analisa os números e as taxas de homicídio no país entre 2005 e 2015 e detalha os dados por regiões, Unidades da Federação e municípios com mais de 100 mil habitantes. Neste Atlas se encontram fortes implicações sobre a dinâmica demográfica e o desenvolvimento econômico e social. Ou seja, o homicídio como causa de mortalidade da juventude masculina, na faixa etária de 15 a 29 anos, em 2015, correspondeu a 47,8% do total de óbitos. Se considerar apenas os homens entre 15 a 19 anos, esse indicador atinge o índice de 53,8%. Eis um dos dados mais surpreendentes do estudo: a Guerra do Vietnã (1955-1975), o conflito mais longo do século XX, teve 1,1 milhão de civis mortos, enquanto os homicídios no Brasil (1995-2015) chegaram à marca de 1.033.813 mortos. Em 2015 foram 59.080 vítimas, o que equivale a 161 mortos por dia no país. O número de pessoas assassinadas diariamente corresponde à queda de um Boeing 737 cheio de passageiros. Em Santa Catarina, segundo estatística da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), no ano de 2017 foram registradas 985 vítimas de homicídio. O que equivale a 14,3 mortes a cada 100 mil habitantes. De 1º a 31 de janeiro de 2018, a SSP contabilizou 79 mortes no Estado. Na Capital do Estado, foram 150 vítimas de homicídio durante 2017, segundo a SSP, o que corresponde a 31,4 homicídios a cada 100 mil habitantes. De 1º a 30 de janeiro de 2018, foram 13 mortes.

TAXA DE HOMICÍDIOS NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS EM 2015

CONFIRA O INFOGRÁFICO DO ATLAS DA VIOLÊNCIA 2017

Foto: Divulgação

UNIDOS PELA

O tema da Campanha da Fraternidade está no centro das preocupações de todo brasileiro. A estatística do Mapa da Violência 2016, organizado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), mostra que, no Brasil, cinco pessoas são mortas por arma de fogo a cada hora. Diariamente, 123 pessoas são assassinadas dessa forma. Esses dados mostram que, no país, ocorrem mais mortes por arma de fogo do que nas chacinas e atentados em todo mundo. De acordo com a pesquisa “A mortalidade por causas violentas no Estado e nas Microrregiões de Santa Catarina”, publicada na Revista Encontros Teológicos, edição nº 03, da Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC), “no Brasil, a violência tem resultado em número de vítimas muito superior àquele verificado em conflitos recentes, como a guerra da Bósnia (176.000 mortos, de 1991 a 1995)”. Este estudo foi produzido pela professora do Campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) de Curitibanos, Sonia Corina Hess, que também é Pós-Doutora em Química pela UNICAMP, Università Cattolica del Sacro Cuore (Roma) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Apesar de possuir menos de 3% da população mundial, o país responde por quase 13% dos assassinatos no planeta, segundo dados do texto-base da Campanha da Fraternidade 2018.


POLÍCIA COMO MEDIADORA DE CONFLITOS

de jovens assassinados

(Padre Vilson Groh)

FENÔMENO MULTIDIMENSIONAL “A violência é um fenômeno multidimensional que se reproduz através das nossas ações, mas também pela falta delas. A ação policial faz parte de uma abordagem democrática na legítima construção da segurança pública, mas essa deve ser construída e sustentada como parte de um esforço mais estratégico e abrangente para dar resultado”. Quem faz tais afirmações é o pesquisador e professor americano, Jared Ordway, com Mestrado em Resolução de Conflitos Internacionais pela American University (Washington). Ele esteve em Florianópolis, entre os anos de 2012 a 2015, para uma pesquisa de doutorado com foco no Maciço Morro da Cruz. O trabalho mostrou que existem ações e decisões inovadoras para reduzir certas reproduções da violência. “O comportamento violento (seja qual for o motivo, legítimo ou não) se ensina e se aprende, se permite. Felizmente, isto é um processo que pode ser desconstruído e mudado. Mas, se continuarmos a permitir um ambiente facilitador que alimente a violência, ela vai florescer”, enfatiza Jared.

AÇÕES DE SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA No texto-base da Campanha da Fraternidade 2018, sugerese que a superação da violência será de diversos modos:

60 MIL JOVENS ASSASSINADOS EM 2016

- Na relação com o outro. - No cuidado, no jeito de agir, perdoar, amar, viver e ouvir. - Na cultura da paz, que acontece em todas as realidades da vida, na relação com todos os seres. - Na família, o primeiro lugar onde o ser humano aprende a se relacionar. - Na conversão pessoal e social, nas mudanças de atitudes e comportamentos, na oração e na espiritualidade, principalmente no tempo da Quaresma. Ninguém nasce violento. Contudo, a pessoa pode vir a ser violenta. O comportamento violento pode ser aprendido na família e reaplicado socialmente nas relações ao longo da vida.

Foto: Reprodução / TEDx

Padre Vilson Groh, há mais de 30 anos, lida diariamente com situações de violência, na região do Morro do Mocotó, em Florianópolis, onde também mora. “De janeiro a novembro de 2017, na Capital, foram assassinados 126 jovens. Outros 60 mil foram assassinados no Brasil, no ano de 2016. Em 2050, teremos no país um milhão e 760 mil jovens assassinados. Precisamos construir no país uma oportunidade da materialização dos sonhos dos jovens”, afirma Pe. Vilson. O trabalho do padre no Morro do Mocotó iniciou no ano de 1983 e só cresceu. “Iniciamos o movimento de luta nas periferias. Comecei a entender que se a violência é aprendida, ela pode ser desaprendida”, disse. Em 2012 foi criado o Instituto Vilson Groh (IVG) que compreende hoje sete organizações com atendimento diário de cinco mil crianças, adolescentes e jovens. “Um jovem na área do preventivo custa para nós R$ 450 reais. E um jovem que é tolhido da sua realidade e liberdade custa para o Estado R$ 4.200. Onde investir o processo, diante desta realidade? Essa juventude passa a mão em uma prancha de surfe, deixa a arma de lado e embrenha outro caminho de vida. Precisamos resgatar a dimensão mais profunda do ser humano que é a solidariedade, que nasce dentro do coração. Evocar a força do Espírito que está dentro de nós, pois é possível transformar o mundo e a realidade das periferias”, conclui Pe. Vilson.

1,7 milhões

COLETA NACIONAL DA SOLIDARIEDADE A arrecadação da Campanha da Fraternidade é o fruto concreto deste período. Busca renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja Católica na evangelização e na promoção humana, tendo em vista uma sociedade justa e solidária. Da arrecadação da Coleta da Solidariedade, 60% vão para o Fundo Arquidiocesano de Solidariedade (FDS), para o apoio de projetos sociais. Os 40% restantes vão para o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS), para o fortalecimento da solidariedade em diversas regiões do país. A Coleta da Solidariedade é feita sempre no Sábado e Domingo de Ramos, este ano, 24 e 25 de março.

Foto: Divulgação

Foto: Mateus Peixer

No contexto da violência, os policiais também se tornam vítimas. Segundo o anuário produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre 2009 e 2015, o número de policiais mortos em serviço no Brasil foi 113% maior do que o verificado nos Estados Unidos. Ao apresentar estes números, o texto-base da CF 2018 trata a polícia como mediadora de conflitos. Assim, tem-se a polícia em duas atividades. “Polícia de preservação da ordem - que é uma busca constante, mediadora de conflitos, facilitadora da paz social, promotora de qualidade de vida. E a outra polícia é a da aplicadora de lei. São as atividades policiais de repressão e de prevenção. Na prática é difícil distinguir as duas”, reconheceu o subcomandante-geral da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), coronel Carlos Alberto de Araújo Gomes Júnior. O subcomandante-geral afirma que os policiais precisam se ver como protetores daqueles que têm os direitos feridos, e não vigilantes daqueles que tentam ferir os direitos dos outros. Essa é uma mudança de paradigma gigante. “Dentro do texto da Campanha da Fraternidade 2018, temos uma polícia mediadora de direitos. Porque a polícia é, em última instância, um dos pilares da democracia”, complementa o coronel Araújo Gomes. “Como o policial pode promover a paz social, com mecanismos de mediação e diálogo? Uma resposta está na maior proximidade da polícia com o terceiro setor, mas o principal obstáculo para isso é o preconceito. Ainda somos vistos como truculentos e impotentes. Também procuramos trabalhar a autoestima do policial, para ele ter mais orgulho das ações de proteção do que das de repressão, do crime evitado do que daquele que captura, de ser reconhecido pela comunidade como cara bacana, do que como que repressor. Esse é o tripé que vai nos ajudar a construir a paz”, finaliza o coronel da PM.

Em 2050, teremos no país


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bíblia

Deixem-se reconciliar com Deus

Lectio Divina Padre Wellington Cristiano da Silva

Lectio (leitura) Disse Deus a Noé e a seus filhos: ‘Eis que vou estabelecer minha aliança convosco e com vossa descendência, com todos os seres vivos que estão convosco: aves, animais domésticos e selvagens, enfim, com todos os animais da terra, que saíram convosco da arca’” (Gn 9,8-10).

Meditatio (meditação) Nascer, crescer, envelhecer e morrer é a condição mais elementar da pessoa humana que, do ponto de vista da biologia, é uma criatura em constante renovação, sendo que algumas células do organismo nunca param de se renovar. O processo de renovação dos aspectos biológicos da pessoa depende de uma série de fatores, hábitos alimentares, práticas de exercício físico condicionamentos mentais etc. Este processo é também válido para o crescimento e a transformação espiritual. Para ajudar a compreender e celebrar a evolução mística que envolve toda a vida humana, a Igreja organizou o Ano Litúrgico com suas festas e celebrações características. Como uma espécie de preparação para a renovação total da pessoa que participa da Páscoa de Jesus, a liturgia da Igreja instituiu a Quaresma, com quarenta dias de jejum, penitência, oração e caridade. O primeiro dia da Quaresma é marcado por um gesto simples e de profundo significado. Trata-se da Quarta-feira de Cinzas, ocasião em que os cristãos são convocados à penitência e à reconciliação. A leitura da carta de São Paulo é categórica: “Somos embaixadores de Cristo (...). Em nome de Cristo lhes rogamos: Deixem-se reconciliar em Cris-

to” (2 Cor 5,20). Para que essa realidade seja ainda mais significativa a Igreja abençoa as cinzas, reza sobre os fiéis e reafirma: “Convertam-se e creiam no Evangelho” (Mc 1,15). O pedido que a liturgia faz neste dia foi vivenciado pelos ninivitas quando ouviram a pregação de Jonas. Todos vestiram-se de sacos, sentaram sobre cinzas e jejuaram (cf. Jn 3,1-10). Obviamente que este gesto exterior precisa vir acompanhado de uma igual atitude interior, como fala o profeta Joel: “Rasguem os seus corações e não somente as suas vestes” (Jl 2,13). A imposição das cinzas sobre a cabeça é um gesto externo de reconhecimento da fragilidade e do desejo de modificar os comportamentos, como disse o profeta Isaias: “deixe de fazer o mal e comece a praticar o bem” (Is 1,16-17). Sem sombra de dúvida essas recomendações cabem como uma luva na mão para toda a sociedade brasileira nas atuais condições. Mais do que nunca a hora é agora e o momento é já. Trata-se de criar fraternidade e superar a violência, afinal, como disse Jesus: “Vocês são todos irmãos” (Mt 23,8).

O dilúvio não representa a destruição da humanidade e da criação, mas a renovação do homem, da mulher e de todas as criaturas. Desde o princípio, Deus quis se fazer próximo do ser humano, por isso estabeleceu com ele uma aliança de amor. Essa aliança foi estendida a todas as criaturas. O arco -íris simboliza a universalidade desta aliança, o elo entre o céu e a terra e o compromisso de Deus com a vida. Deus se manterá fiel a este pacto de amor. Noé, homem justo, é imagem da nova humanidade que renasce do dilúvio e que permanecerá fiel a aliança com o Criador.

Oratio (oração) “Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo in-

teiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa!” (Sl 50,3-4).

Contemplatio (contemplação) O arco-íris nos faz olhar para o Alto, para Deus. Neste sinal universal de salvação contemplamos a aliança que Deus estabeleceu com toda criação.

Missio (missão) As águas do dilúvio prefiguraram o nascimento da nova humanidade. É, portanto, um sinal de purificação e de renovação espiritual. Com as águas do dilúvio, os vícios da humanidade foram sepultados e uma nova criação ressurge das águas. O dilúvio nos recorda o nosso próprio batismo. Nas águas do batismo, morremos para o pecado e renascemos para uma vida nova. Ungidos pelo Espírito, o Pai nos configura à imagem de seu Filho, Nosso Senhor Cristo Jesus. A Quaresma é tempo oportuno de revisão de vida e de renovação das promessas batismais. A graça divina derramada em nossos corações nos impulsiona a testemunhar a esperança em um mundo novo e transfigurado. Como descendentes de Noé, assumimos o compromisso de fidelidade à aliança, na luta em defesa da vida.

Por Pe. Elcio Alberton Capelão do Hosp. Marieta K. Bornhausen / Itajaí

Conhecendo o livro dos Salmos Padre Gilson Meurer

Salmo 146 (145) – “Aleluia a Javé, que reina para sempre” Com “Aleluia” (hallelu-Yah = “louvai o Senhor”), esse salmo abre a série final de Hallel (Sl 146-150. Confira também o Sl 113-118 e 136) que, como um carrilhão de sinos (H. Gunkel), solenemente canta os louvores a Javé criador, redentor, libertador, rei... O salmista se recorda dos “pobres de Javé” e dos justos (v. 8), cuja única fortaleza e esperança é Javé, o Senhor (v. 5). De fato, nos nobres e filhos dos homens (de ’adam) não se pode confiar, pois seus planos voltam ao pó (’adamah) com eles (vv. 3-4). O salmo parece ter vindo à luz no contexto pós-exílico, talvez na época em que os gregos dominavam a Palestina e dividiam entre si as suas terras. O v. 10 apresenta o cerne da fé do salmo: a esperança de um Reino eterno do

Senhor em Sião. Esse Reino se instaura na “fidelidade” de Deus (v. 6), virtude fundamental da aliança, que faz justiça aos oprimidos, dá pão ao afamado, liberta os prisioneiros, faz o cego ver, ergue do chão o curvado, protege o estrangeiro, que não conta com tutela tribal, sustenta o órfão e a viúva, as categorias mais indefesas (vv. 7-9). Com Jesus, o tempo se cumpriu e esse Reino se tornou próximo (Mc 1,15). No discurso na sinagoga de Nazaré (Lc 4,16-30), ele afirmou que então (“hoje”) se cumpria a profecia de Isaías (61,1-2) de que o Messias viria para evangelizar os pobres, libertar os presos, dar vista aos cegos e liberdade aos oprimidos... (cf. vv. 7-9). O livro do Apocalipse canta jubiloso na sétima trombeta: “O rei-

nado do mundo passou a nosso Senhor e seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos” (Ap 11,15). Leia o salmo e reflita: 1) Quais são as obras do Senhor que manifestam o seu Reino? 2) Que resposta dá Jesus à pergunta de João: “És tu aquele que devia vir?” (leia Mt 11,2-6)

Você também pode conferir este e todos os outros salmos no site da Arquidiocese: www.arquifln.org.br.


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Jornal da Arquidiocese, Fevereiro de 2018

evangelização

Vocação: não deixe que os ruídos do mundo abafem a voz de Deus Foto: Arquivo pessoal

Lucas (c) com o pai (e), mãe (c) e o irmão (d)

O sacerdócio, a vida consagrada, a família e a missão, são dons concedido somente por Deus, mas também são frutos da comunidade que reza. Neste ano, todos os fiéis estarão em oração, como um único corpo, para pedir ao Senhor, por intercessão de Nossa Senhora, novas vocações para Igreja. Em fevereiro, os seminários da Arquidiocese voltam às suas atividades normais. A oração, o apoio e incentivo de cada leigo são essenciais para que os seminaristas continuem perseverantes na caminhada. O Jornal da Arquidiocese foi conhecer um pouco mais a história do seminarista que está no 4º ano de

Teologia do Convívio Emaús, Lucas Casimiro Tibincoski Teixeira. Natural de Itajaí, desde criança ele participava das atividades na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes. O itajaiense conta que até os sete anos de idade, desejava ser médico, “não me passava pela cabeça a ideia de ser padre”, confessa. Foi na catequese, aos noves anos, no decorrer de três eventos marcantes, que o jovem sentiu o primeiro chamado à vocação sacerdotal. O primeiro foi quando ele leu pela primeira vez a leitura da missa, o que o motivou a ingressar no grupo dos coroinhas. Com isso, Lucas teve uma maior aproximação com o pároco da época, Pe. Sérgio José de Souza. “Além do serviço no altar, o padre nos levava às igrejas do Carmelo e em um hospital de Itajaí. Desta forma, minha participação nas celebrações litúrgicas aumentou e pude conhecer alguns colegas que se sentiam chamados à vocação sacerdotal”, explica o seminarista. “Lucas, tu queres ser padre?”, foi este questionamento que o seminarista da época, hoje Pe. Kelvin Borges Konz, fez ao jovem quando ele tinha dez anos. “A pergunta entrou pelos ouvidos e atingiu diretamente meu coração”, comenta. Naquele dia, a resposta dele foi “não”, mas admite que depois daquela data, “a pergunta nunca mais deixou de ecoar dentro de mim e passei a me questionar se talvez não fosse esta a vontade de Deus”.

Depois disso, Lucas passou a observar mais a pessoa do padre de uma maneira totalmente diferente. Os anos se passaram e crescia cada vez mais nele a vontade de ingressar no seminário vocacional. Foi então que em 2010, ele decidiu seguir a vocação. “Espero, no próximo ano, ser ordenado e poder testemunhar o amor de Deus pela vocação pela qual Ele me chamou”, conclui Lucas. Foto: Arquivo pessoal

O seminarista como Coroinha na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes

Papa Francisco responde cartas escritas pelos alunos do 1º ano do Ceju Foto: Divulgação / Bethânia

O mês de janeiro começou com uma grande surpresa no Centro Educacional Juscélia (Ceju), na Comunidade Bethânia, em São João Batista. Por meio do assessor Monsenhor Paolo Borgia, o Papa Francisco respondeu as cartas escritas pelos 23 alunos do 1º ano de 2017. No começo de outubro, a professora

Lucineide Filgueira realizou um projeto com os alunos do período da manhã e da tarde sobre gêneros textuais. Propôs que as duas turmas escrevessem cartas de agradecimentos ou pedidos para encaminhar ao Papa. “Mandei para os pais a proposta do projeto e solicitei que a família ajudasse o aluno a montar a carta. Porém, o aluno é quem deveria

escrevê-la”, explica a professora. A proposta foi bem aceita pelas famílias e em poucos dias as cartas retornaram para a escola. Em sala de aula, a professora escreveu uma carta geral, com a ajuda dos alunos, em que contou a história da Comunidade Bethânia, do Pe. Léo, do Ceju e de dona Juscélia. Todas as cartas foram colocadas em um só envelope e tiveram como destinatário o Papa Francisco. O envelope foi postado na Agência dos Correios no dia 10 de outubro, dois dias antes do aniversário do Ceju e da Comunidade Bethânia. “Fiquei bastante surpresa ao saber que ele respondeu as cartas das crianças. Mas como colocamos na carta principal: a fé é crer no impossível, no sobrenatural. As crianças vão ficar

muito felizes, no início do ano letivo, ao saberem da resposta do Papa”, comemora a professora. O diretor da escola, Paulo Cesar de Carvalho Jacó, o Pecê, diz que é muito gracioso ver até onde pode chegar uma simples carta, mesmo nos dias de hoje, em que todo mundo está conectado pela internet. “Vejo essa resposta do Papa aos alunos como graça de Deus, ainda mais por sermos uma escola que pertence a uma comunidade católica. Isso nos mostra também o quanto Jesus ama as crianças e, com certeza, fará com que as professoras entendam que esse amor das crianças é evangélico”, comenta. Confira na íntegra a carta-resposta, no site da Arquidiocese: arquifln.org.br.


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evangelização

Educação e cultura - Confira os últimos livros lançados por padres da Arquidiocese Obras podem ser adquiridas em livrarias católicas da região Há muitos padres que se dedicam também à escrita. Inúmeros obras já foram lançadas por presbíteros da Arquidiocese. Nos últimos meses houve o lançamento de três livros. Foram eles: “O Cotidiano de Uma Vida, Frei Pascoal Dalbosco”, por Pe. Eder Celva; “Fenômenos Preternaturais”, por Pe. Pedro Paulo Alexandre; e “Padre Ney Brasil Pereira”, por Pe. José Artulino Besen.

O autor, Pe. Pedro Paulo Alaxandre, após anos de estudos sobre Angelologia e Demonologia, aborda estes temas de maneira ampla e completa. Assuntos importantes na pastoral, como cura, libertação e exorcismo, ganharam atenção especial, evidenciando a necessidade de a Igreja acolher, como gesto concreto de misericórdia, todos os que padecem de sofrimentos ligados às ações preternaturais.

O Cotidiano de Uma Vida A obra escrita pelo Pe. Eder Claudio Celva fala sobre o religioso da Congregação Paulina e filho de agricultores, Frei Pascoal Dalbosco. O livro relata momentos de alegria e de dificuldades vividos pelo frei, enfrentados com a disposição interior.

Padre Ney Brasil Pereira Este livro escrito pelo Pe. José Artulino Besen conta a história de um dos mais ilustres presbíteros de Santa Catarina, Pe. Ney Brasil Pereira. Ele tinha um grande conhecimento da Sagrada Escritura. Por muitos anos foi professor do ITESC e dedicou boa parte da sua vida a Pastoral Carcerária. Foi membro da Pontifícia Comissão Bíblica.

Fenômenos Preternaturais

Caridade Social

Serviço Mais detalhes sobre os livros e locais onde adquiri-los, você encontra no site da Arquidiocese: arquifln.org.br.

Pastoral da Criança atende 3 mil crianças e gestantes Foto: Pastoral da Criança

afirma que é “muito importante a dedicação das líderes, que acompanham a vida da família e buscam o resgate da mesma”. O trabalho realizado é “missionário e evangelizador”, complementa Irmã Terezinha. Qualquer pessoa pode ser voluntária. Basta procurar a pastoral da paróquia mais próxima de sua casa e fazer o curso de capacitação.

Saiba mais sobre a pastoral: www.pastoraldacrianca.org.br

“Quando as crianças são acolhidas, amadas, protegidas, tuteladas, a família é sadia, a sociedade melhora, o mundo é mais humano”, afirma Papa Francisco. Por meio de orientações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania, a Pastoral da Criança tem a missão de promover o desenvolvimento das crianças, desde o ventre materno até os seis anos. Este trabalho contribui também para a transformação das famílias e comunidades. Atualmente a Pastoral da Criança tem 320 voluntárias na Arquidiocese e está presente em 16 paróquias. São 3 mil crianças e gestantes atendidas mensalmente. A coordenadora dessa pastoral na Arquidiocese de Florianópolis, Irmã Terezinha Medeiros, comenta que a maior dificuldade é encontrar novos voluntários. Ela

Capacitação em Acompanhamento Nutricional Em agosto de 2017, a Pastoral da Criança esteve reunida para uma Capacitação em Acompanhamento Nutricional. Na oportunidade foi colocada à disposição uma ferramenta que calcula o estado nutricional das crianças, de acordo Foto: Pastoral da Criança com o Índice da Massa Corporal, e informa se a criança está no padrão, com sobrepeso, obesidade ou desnutrição. Tudo isso por meio do aplicativo AppNutri, que vai auxiliar os voluntários nas tarefas rotineiras. Reconhecimento A Pastoral da Criança recebeu o Prêmio de Iniciativa Solidária Dom Afonso Niehues, na categoria Pastoral Social ou Movimento Eclesial, em novembro de 2017.

Voluntários no curso de capacitação


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evangelização Cronograma de fevereiro

Férias é um período propício para anunciar a Boa Nova Jovens que ofertam a vida em missão Foto: Maristas

Missão no Mont Serrat, em Florianópolis

É possível ser jovem no mundo e ser testemunho vivo de Cristo. Com entusiasmo e alegria singular, a juventude tem o poder de encantar a todos com maior facilidade quando se torna instrumento de evangelização. A Igreja precisa se renovar na missão, e o papel da juventude é fundamental para que isto aconteça. Não basta fazer missão de vez em quando e nos períodos que convém, mas é preciso ser missionário no dia a dia. No mês de janeiro é comum o jovem querer viajar, ir à praia, ao shopping, procurar lazer ou entretenimento. Mas também tem aquele que decide sair em missão para difundir a Palavra de Deus em outros lugares. O seminarista do Seminário de Azambuja, José Gabriel Oliveira Guarnieri, 19, esteve em Belém (PA), no Retiro Nacional para Seminaristas (RENASEM), da Renovação Carismática Católica (RCC). Lá, o jovem teve a oportunidade de fazer missão em algumas comunidades da Paróquia Divina Misericórdia e conta que, durante uma celebração eucarística no local, não havia hóstias suficiente para todos. “Comovi-

do por forte emoção, compreendi e vivi o que muitas pessoas em várias partes do mundo vivem, a triste ausência do Cristo Eucarístico e em outros casos, também da Palavra”, lamenta José. Para ser missionário, não precisa ir para outro estado. É o caso do Gabriel Carlos de Souza, 21, que fez missão na Arquidiocese. Junto com os Irmãos Maristas, ele esteve na comunidade do Mont Serrat, em Florianópolis, entre os dias 21 e 27 de janeiro, para a Missão Solidária Marista Ir. Miguel Angel. Naquela semana, aproximadamente 100 jovens estiveram hospedados em famílias e visitaram as casas, com o objetivo de auxiliar no processo de empoderamento da comunidade. “Creio que deixar a comodidade da minha casa, no período de férias, em especial, em Florianópolis onde temos várias praias, é sinal profético da atuação de Deus em nossas vidas. Conhecer a realidade do Mont Serrat, de pessoas simples, humildes e acolhedoras, anunciando o Reino de Deus, para mim, está sendo uma experiência incrível, de encontro com o Cristo libertador sendo instrumento de sua bondade”, conclui Gabriel.

10 e 11/02 | Kairós de Carnaval | São João Batista 10 a 13/02 | Retiro de Carnaval | Divino Oleiro 10/02 | Ir. Teresa Nascimento - 50 anos de vida religiosa | Sant. Sta. Paulina 11/02 | Jubileu Paróquia N. Sra. de Lourdes | Itajaí 11 a 13/02 | Reviver – Shalom / Retiro de Carnaval 14/02 | Quarta-feira de Cinzas 14/02 | Coletiva de Lançamento da CF 2018 | Cúria 15/02 | Reunião com os Vigários Forâneos | Tijucas 17 e 18/02 | PJ – 5 º Encontro Arq. de Coord. e Lideranças | Lagoa do Peri 17 e 18/02 | Curso de Formação para Diáconos | Provincialado 18/02 | Jubileu de Ouro da Paróquia São Cristóvão | Itajaí 19/02 | Encontro de Formação Campanha da Fraternidade | Sant. Mãe Peregrina 22/02 | Fórum das Pastorais, Entidades e Ações Sociais | IDES - Florianópolis 23 a 25/02 | 7º Congresso Missionário Regional | Palhoça 25/02 | Jubileu de Ouro Paróquia São João Batista | Itajaí

Lazer, oração e artes no Acamp’s 2018 Foto: Shalom

O Acampamento de Jovens Shalom (Acamp’s 2018), promovido pela Comunidade Católica Shalom, entre os dias 18 e 21 de janeiro, em Antônio Carlos. Contou com a participação de aproximadamente 80 jovens da Arquidiocese de Florianópolis, de Joinville e Novo Hamburgo (RS). O evento foi marcado por atividades de lazer, oração e shows artísticos, como o Canto das Írias, espetáculo que já foi apresentado até em outros países. Para a estudante Amábile de Jesus, 13 anos, moradora de Balneário Camboriú, essas férias foram as melhores da sua vida. “Eu vim para o acampamento para renovar minha amizade com Nossa Senhora. E quando uma missionária rezou por mim, falou exatamente o que eu vim

buscar”, afirma a jovem. De acordo com Arthur de Amorim Prates, 24 anos, coordenador apostólico da Missão Shalom em Florianópolis, a expectativa agora é que esses jovens possam transmitir a experiência do amor de Deus. Após o Acamp’s, a Comunidade Shalom já prepara o próximo evento, o Reviver (retiro de carnaval), que acontecerá de 11 a 13 de fevereiro, na Escola Prof. Simão José Hess, bairro Trindade, capital do Estado, com entrada franca. A novidade deste ano é o pregador que virá de Fortaleza (CE), o seminarista e missionário da comunidade de vida Shalom, Michel Bastos Bow-ltaif. Por Allisson Santos Comunidade Católica Shalom


Jornal da Arquidiocese, Fevereiro de 2018

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geral Presbíteros iniciam nova missão neste mês de fevereiro Seis paróquias da Arquidiocese ganharam novos párocos

Algumas paróquias da Arquidiocese iniciaram o ano com novos párocos. Alguns já tomaram posse, mas outros assumem neste mês de fevereiro, como é o caso do pároco da Paróquia Santíssima Trindade, em Florianópolis, Frei Evandro Aparecido Souza, OFMCap. A posse dele será no dia 18 de fevereiro, às 18h. E a Paróquia Nossa Senhora da Lapa, no Ribeirão da Ilha, também na Capital, terá como pároco, o missionário da Congregação Sagrado Coração de Jesus (MSC), Pe. Antônio Teixeira, que toma posse no dia 25 de fevereiro, às 09h30.

Conheça os novos párocos diocesanos: Pe. Dyego Delfino

Natural: Balneário Camboriú Ordenação presbiteral: 29/10/2016 Última atividade: Vigário da Paróquia São Joaquim, Garopaba, em 2017 Atividade atual: Pároco da Paróquia Santa Cruz, São José. “Neste início de ministério, agora como pároco da Paróquia Santa Cruz, sinto grande ansiedade pela nova missão, mas estou confiante de que Deus vai capacitando todos os dias àqueles que Ele mesmo escolheu. Estou muito feliz. Sou um jovem realizado com a vocação que escolhi”.

Pe. André Gonzaga

Natural: São José Ordenação presbiteral: 28/06/2003 Última atividade: Pároco da Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré, Palhoça, desde 2013 Atividade atual: Pároco da Paróquia São Vicente, Itajaí. “É com muita alegria que assumo esta nova missão. Sempre vejo um momento deste como um chamado de Deus. E, por isso, é com entusiasmo e desejo de servir ao Reino de Deus que vou para a nova paróquia. Como padre, nunca trabalhei nesta região de Itajaí, e estou ansioso por poder trabalhar com este povo tão sedento de Deus e empenhado na evangelização. Creio que este será um período especial do meu ministério e consagro a Deus a minha vida neste novo tempo e a vida do seu povo a mim confiado”.

Pe. Leandro José Rech Natural: Canoas (RS)

Ordenação presbiteral: 02/09/2006 Última atividade: Ecônomo Arquidiocesano e Coordenador da Cúria Metropolitana, Florianópolis, desde 2012 Atividade atual: Pároco da Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré, Palhoça. “Nós, padres diocesanos, estamos ao serviço de nossa Arquidiocese, como colaboradores do bispo. Assim, assumo a Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré, como colaborador de Dom Wilson! Na paróquia, o pároco, função que exerço, é um colaborador do bispo, um servidor do povo fiel de Deus! Assim quero exercer minha missão, como servidor, enfrentando os desafios, com a colaboração de inúmeros fieis leigos”!

Outras mudanças: – Diácono Jair José Pereira – Paróquia São Joaquim, Garopaba – Diácono Eduardo Cardozo de Senna – Paróquia São Sebastião, Tijucas Seminaristas – Paulo Sérgio Chaves – Paróquia São João Evangelista, Biguaçu – Philipe Valdenô Damazo – Catedral Metropolitana, Florianópolis – Sérgio Luís Pedrotti – Paróquia Senhor Bom Jesus, Monte Alegre, Camboriú – Guilherme dos Santos – Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes e São Pedro, Serraria, São José

Pe. Gilson Meurer

Natural: Florianópolis Ordenação presbiteral: 07/12/2002 Última atividade: Pároco da Paróquia Santa Cruz, Areias, São José, desde 2016 Data da posse: 11 de fevereiro, às 18h, na Paróquia Nossa Senhora da Glória, Balneário do Estreito, Florianópolis “Assumir a Paróquia Nossa Senhora da Glória representa para mim a possibilidade de conhecer novas pessoas, crescer com elas na amizade e na fé, colaborar com o projeto de evangelização da Arquidiocese, enfrentar desafios sempre novos e antigos de implementar o plano de pastoral, continuar as boas iniciativas de meus predecessores e integrar a missão de pároco e de professor na Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC). Estou contente também com essa nova missão. Nossa Senhora da Glória interceda por essa nova etapa, pelos paroquianos e pelo exercício de um pastoreio conforme o coração misericordioso de Jesus Bom Pastor”. Além destes párocos, outros padres já foram acolhidos em suas novas missões, como o Pe. Tarcísio Pedro Vieira, que assumiu como ecônomo arquidiocesano e moderador da Cúria Metropolitana e o Pe. Paulo Stippe Schmitt, atual formador do Seminário de Azambuja, em Brusque. Padre Josemar Silva vai em missão para o Amapá, no dia 03 de março, e o Pe. Jonathan Speck Thiesen Jacques, partirá para estudos na Alemanha, com viagem prevista também para março.

Pe. Dyego

Pe. André

Pe. Leandro

Pe. Gilson

Frei Evandro Pe. Antônio


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