Jornal da
ARQUIDIOCESE
FLORIANÓPOLIS, nº 227
Sesi Corridas do Bem
Foto: Mateus Peixer
Maratonas que ajudam obras sociais | 4
SETEMBRO DE 2016
Vocação
Seminaristas recebem o Leitorado e Acolitato | 9
Imagem Jubilar
Balanço da visita da Mãe Aparecida | 12
Jornal da Arquidiocese, Setembro de 2016
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opinião
Congresso Eucarístico Nacional
Não finalizado
Dom Wilson Tadeu Jönck, scj ÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZAÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZAÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZAÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALIZADO NÃO FINZALI-
De 15 a 21 de agosto aconteceu o XVII Congresso Eucarístico Nacional, em Belém de Pará, com o tema, “Eucaristia e Partilha na Amazônia Missionária”. Passo algumas notas do que aconteceu. - O XVII Congresso Eucarístico foi uma oportunidade de marcar os 400 anos de evangelização da Amazônia. A partir do Forte do Presépio, sob a proteção de Nossa Senhora da Graça, a Amazônia recebeu a mensagem da salvação. - Samaúma é a árvore mais alta da floresta amazônica. É também uma reserva de água. O ostensório usado no Congresso lembrava esta árvore, símbolo da Amazônia. Como a samaúma domina a Amazônia, deseja-se que Cristo, presente na Eucaristia, seja uma realidade em cada família. - A procissão fluvial foi concluída no Portal da Amazônia, onde o Santíssimo Sacramento
foi acolhido por uma multidão de milhares de fiéis. - Na quinta-feira, 1200 crianças fizeram a sua Primeira Comunhão, no estádio Mangueirão. - A sexta-feira foi a vez dos jovens. Milhares de jovens vindos de todas as paróquias tiveram o seu momento dentro do congresso. A celebração aconteceu no Mangueirão e terminou com um show do Pe. Reginaldo Manzotti. - O sábado de manhã foi dedicado à misericórdia. Em todas as paróquias foram oferecidas oportunidades para receber o Sacramento da Reconciliação. Todos os padres e bispos se colocaram à disposição para atender os penitentes. - O sábado à noite foi dedicado à vigília de adoração eucarística. Na missa celebrada no Mangueirão, todos os párocos receberam uma teca com o Santíssimo. Partiram para suas paróquias, acompanhados pelas
Nos caminhos de Francisco
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“Sonhar com o esporte como a prática da dignidade humana, convertida num veículo de fraternidade”
Nos dias 27 e 28 de agosto, a Arquidiocese promoveu a coleta para a construção, implantação e manutenção da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC). Realizada em todas as paróquias, foi um gesto concreto do Jubileu da Misericórdia.
“Aos gestos de ódio e destruição respondamos com gestos de bondade. Vivemos em sociedade com diversas culturas e religiões, mas somos irmãos”
youtube.com
07 de agosto , no Twitter
“Se a Igreja não recebe o fogo do Espírito Santo ou não o deixa entrar em si, torna-se uma Igreja fria ou somente morna, incapaz de dar vida, porque é feita de cristãos frios e mornos”
19 de agosto, no XXXVII Encontro da Amizade entre os Povos
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“A misericórdia não é “bondosismo”, nem mero sentimentalismo. Nela está a verificação da autenticidade do nosso ser discípulos de Jesus”
Jubileu dos Diáconos e esposas acontece em Brusque @pontifex_pt
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“O tráfico de seres humanos, de órgãos, o trabalho forçado e a prostituição são escravidões modernas e crimes contra a humanidade” 23 de agosto, no Twitter
21 de agosto, no Twitter
Rua Esteves Júnior, 447, Centro Florianópolis-SC, Fone: (48) 3224-4799 / 9982-2463
Assessoria de Comunicação
O Jornal da Arquidiocese é uma publicação mensal da Arquidiocese de Florianópolis-SC.
- O encerramento aconteceu no domingo à tarde. A parte da manhã foi reservada ao Ano da Misericórdia. Em todas as paróquias houve oportunidade para passar pela Porta Santa.
Coleta do Ano da Misericórdia é destinada para a cons-
02 de agosto, no Angelus
“O verdadeiro encontro implica a clareza da própria identidade, mas ao mesmo tempo, a disponibilidade em se colocar no lugar do outro para sentir aquilo que agita seu coração. Este é o desafio diante do qual se encontram todos os homens de boa vontade”
- Na quinta e sexta-feira aconteceu o simpósio teológico, com quatro temas de estudos sobre a Eucaristia. Participaram aproximadamente duas mil pessoas.
Nas redes
14 de agosto, no Angelus
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suas caravanas, e passaram a noite em vigília.
Encontro ocorreu no dia 06 de agosto, no Santuário Nossa Senhora de Azambuja, em Brusque. Na mesma data, comemorou-se o dia dos Diáconos, que tem como padroeiro, São Lourenço. O momento celebrativo ainda contou com a participação dos filhos dos diáconos, em um total de 220 pessoas. twitter.com/arquifloripa
Primeiro encontro vocacional recebe 80 jovens No dia 13 de agosto, foi realizado o primeiro encontro vocacional, “Jovem, eu escolho você”! Teve como local, o espaço católico da Comunidade Divino Oleiro, em Balneário Camboriú, e participaram aproximadamente 80 jovens. facebook.com/arquifloripa
DIRETOR: Pe. Vitor Galdino Feller CONSELHO EDITORIAL: Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, Pe. Leandro Rech, Pe. Revelino Seidler, Pe. Vânio da Silva, A. Carol Denardi, Fernando Anísio Batista, Jean Ricardo Severino, Mateus Peixer e Olga Oliveira. JORNALISTA RESPONSÁVEL: A. Carol Denardi (SC 01843-JP) PROJETO GRÁFICO: Lui Holleben
DIAGRAMAÇÃO: Mateus Peixer COORD. DE PUBLICIDADE: Pe. Leandro Rech e Erlon Costa TIRAGEM: 24.000 exemplares IMPRESSÃO: Diário Catarinense EMAIL: imprensa@arquifln.org.br e comunicacao@arquifln.org.br SITE: www.arquifln.org.br FACEBOOK: Arquidiocese de Florianópolis
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#compartilha Imagem Peregrina presente no Jubileu dos Presos Foto: : Karolyne Freitas
Retalhos do Cotidiano Prof. Carlos Martendal
Dar-se
O dar-se sempre nos leva à alegria do coração, porque, dando-nos aos irmãos, damo-nos a Cristo, que se desprega da cruz para dar-nos o abraço de agradecimento
Silêncio
“São necessários apenas dois anos para que o ser humano aprenda a falar e toda uma vida para que ele aprenda a ficar em silêncio.” (Florian Bernard)
Amigo
Oração a Nossa Senhora emociou os detentos do Presídio de São Pedro de Alcântara
Na programação do Ano da Misericórdia na Arquidiocese, aconteceram no mês de agosto, o Jubileu dos Presos e dos Diáconos e esposas. O Jubileu dos Diáconos e esposas ocorreu no Santuário Nossa Senhora de Azambuja, em Brusque. Na programação, o Reitor do Seminário de Azambuja, Pe. Francisco de Assis Wloch, fez uma palestra sobre o Ano da Misericórdia. Diáconos e familiares rezaram o terço diante da imagem de Nossa Senhora de Lourdes e participaram da missa presidida pelo Arcebispo. Já o Jubileu dos Presos contou com a imagem jubilar de Nossa Senhora Aparecida. No presídio masculino de Florianópolis foram visitadas galerias e o Hospital de Custódia, onde foi celebrada uma missa. Participaram o pároco da Paróquia Santíssima Trindade, Frei Justino Stolf, o coordenador da
Pastoral Carcerária, Pe. Ney Brasil, seminaristas de algumas dioceses, leigos e membros da pastoral. O pároco da Paróquia São Pedro de Alcântara, Pe. Jorge Gelatti, levou a imagem para os presos e todos que trabalham no Complexo Penitenciário daquele município. Acompanharam a peregrinação, as religiosas da Fraternidade O Caminho, o diácono Flávio Clasen e funcionários. “Em frente de cada ala, motivamos a oração da Ave-Maria, o que emocionou os detentos”, disse o diácono Flávio. O vigário da Paróquia São João Batista, em Biguaçu, Pe. Valdir Staehelin, acompanhou a visita da imagem jubilar no Presídio Regional de Biguaçu. Após passar nas alas, o padre fez a consagração a Nossa Senhora no pátio, com a presença de funcionários e detentos.
Amigo é aquela pessoa que, apenas lembrada no coração, já traz conforto na aflição, serenidade nas tempestades da vida, paz em meio às guerras que travamos. Amigo é aquela pessoa que chora comigo quando eu choro, que se alegra comigo quando estou alegre, como recomenda Paulo Apóstolo na carta aos Romanos (cf. Rm 12,15).
Violeta
Há pessoas que são como as violetas: escondidinhas, ajudam a embelezar o mundo!
Companheira
Que bom quando a humildade se torna nossa companheira fraterna!
Padre Alceoni lança livro Vocacional foi promovida em dezembro de 2015. Nesta competição, o Pe. Alceoni ficou responsável por enviar orações diárias no facebook. Essas publicações tomaram proporções maiores, quando os internautas começaram a curtir, compartilhar e comentar as orações. A partir daí veio a inspiração de escrever a obra. “O livro é escrito de uma forma simples, numa linguagem acessível, mas que envolve todas as vocações”, salienta o autor.
São Bonifácio acolhe confraternização para os padres Foto: Pe. Leandro Rech
No dia 1º de agosto, os padres da Arquidiocese participaram de uma confraternização na Paróquia São Bonifácio. A intenção do encontro foi comemorar o Dia do Padre, celebrado em 04 de agosto. Esta é a segunda vez que essa Paróquia é encarregada de acolher os padres. A primeira foi em 1992.
Sob a organização do pároco, Pe. Sílvio José Kremer, a programação esteve bem diversificada, com café, oração, partilhas, almoço e sorteio de brindes. Os sacerdotes também tiveram a oportunidade de conhecer a história da Paróquia São Bonifácio, apresentada pela coordenadora do Conselho Paroquial de Pastoral, Rita Moenfter. O Arcebispo, Dom Wilson Tadeu Jönck, parabenizou a todos pelo dia do sacerdote e agradeceu o empenho e dedicação nos trabalhos de evangelização.
Foi lançado recentemente o livro “365 Dias Rezando pelas Vocações”, de autoria do Pe. Alceoni Berkenbrock. A ideia surgiu após a Paróquia Sagrados Corações, em Barreiros, São José, celebrar o Ano Vocacional Paroquial, uma Gincana
O livro tem 112 páginas, custa R$ 15,00 e pode ser encontrado na Coordenação Arquidiocesana de Pastoral, na Cúria, ou na Paróquia Sagrados Corações. O dinheiro das vendas será revertido para os Projetos Sociais da Paróquia e do Instituto Padre Alceoni (IPE).
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#compartilha Participe das atividades esportivas do evento “Sesi Corridas do Bem” Nos dias 04 e 11 de setembro, em Brusque e Florianópolis, respectivamente, recebem as Corridas do Bem, evento promovido pelo SESI/SC, entidade da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). Na Capital, o evento é realizado pela segunda vez, tendo como local, a Beira Mar Continental. Em Brusque será em frente ao Pavilhão da Fenarreco (Rua Gentil B. Archer, Centro). O objetivo é incentivar a prática de atividades físicas a fim de criar uma cultura de hábitos saudáveis. Esta é uma oportunidade em quee os participantes podem praticar exercício, e ao mesmo tempo, ajudar o próximo. Parte do dinheiro arrecadado nas inscrições é revertido para a Ação Social da Arquidiocese (ASA). Além disso, a Igreja tem a chance de mostrar o quanto é alegre, como relata Cleiton Marcos Machado, participante da competição do ano passado. Para ele, “a Corrida do Bem foi um evento em que participei não pensando em ganhar medalha, mas sim participar. Em minha opinião foi uma das melhores
Presbíteros se encontram para retiro anual
Edição de 2015, na Capital, atraiu grande número de participantes que colaboraram com a iniciativa da Ação Social
corridas que já fiz, pois todos os atletas não competiam, mas partilhavam uma alegria que muitas vezes em outras corridas não se têm. Eram sorrisos estampados, brincadeiras e unidade”. Cleiton afirma que a Corrida do Bem convida todos a serem missionários. “Papa Francisco nos pede para evangelizar onde estivermos, precisamos ser uma Igreja em saída, ao encontro do povo. Como jovem, espero ver mais eventos
RCC promove Congresso Arquidiocesano em Biguaçu Imagem: Divulgação
A Arquidiocese de Florianópolis promove na Casa de Retiros Vila Fátima, no Morro das Pedras, em Florianópolis, o Retiro dos Presbíteros. O encontro será dos dias 12 a 15 de setembro, com início às 12h do dia 12 e se encerra ao meio dia, da quinta-feira, 15. O retiro será pregado pelo Bispo Prelado Emérito do Xingu, Dom Erwin Kräutler. O evento é uma oportunidade para os padres se recolherem, reavaliarem e fazerem uma escolha estabelecida em Deus, mais uma vez. Além disso, nestes dias, o sacerdote vai ter a chance de estar mais próximo do Mestre. A Igreja vive o Ano da Misericórdia e Deus quer ensinar aos padres a pensarem, agirem e sentirem como ele, ou seja, fazerem os mesmos gestos que Jesus fez a partir do lava-pés. “Os padres devem dedicar a sua vida ao serviço dos pobres e mais necessitados, revelando o rosto de Deus como o Rosto da Misericórdia”, afirma o coordenador da pastoral presbiteral, Pe. Vilson Groh. Serviço Retiro dos Presbíteros 12 a 15 de set. | Morro das Pedras, Florianópolis Inf.: (48) 3224-4799 | arquifln.org.br
Foto: Gilmar Schmitz
“Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso (Lc 6,36)”. Será este o tema do XVI Congresso Arquidiocesano da Renovação Carismática Católica (RCC), de Florianópolis, que busca unidade com o tempo de misericórdia que a Igreja vive atualmente. O evento ocorre nos dias 10 e 11 de setembro, no Centro de Evangelização Angelino Rosa (CEAR), em Governador Celso Ramos. O encontro reúne todos os Grupos de Oração da Arquidiocese, conta com as pregações de Lidiane da Silva Cunha, Luciana Neves, Maria Beatriz Spier Vargas, e na animação, o Ministério de Música Bem Aventurados. Estes dois dias prometem ser experiência da misericórdia do Pai. Para maiores informações acesse o site www.rccflorianopolis.com.br/congresso.
como este, para mostrar que a nossa Igreja não acontece só dentro de uma igreja, mas também fora dela”, salienta Cleiton. A largada será às 08h, e as categorias em disputa são industriário e comunidade, ambas divididas na classe masculina e feminina. Quem não deseja correr, pode participar da modalidade caminhada. Para mais informações acesse o site www.corridasdobem.com.br.
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nossa fé
Cidade: o cuidado de todos com a Casa Comum
Pe. Vitor Galdino Feller
Fernando Anísio Batista A cidade exerce um papel se tornar uma atitude concreta estratégico na organização da so- de garantir melhor qualidade de ciedade e na vida das pessoas. É vida de todos na casa que partinela que as pessoas moram, tra- lhamos. balham, estudam, se divertem e A partir deste ponto de vista, participam na comunidade. Quan- o ato de votar toma uma dimendo se muda de cidade, vários as- são pessoal. É como se entregáspectos são analisados para definir semos a chave da casa comum o local onde se viverá. Se é no para uma pessoa. Daí a imporconvívio social que tância de conhecer torna-nos humanos, a história do candié a cidade a casa dato, qual seu procomum da humani- “Votar é como se jeto? Com quem ele dade. entregássemos a está comprometido? O Papa Francisco a chave da casa Quais expectativas na Encíclica Ladauto comum para uma posso criar em relaSi apresenta sua preção a ele? pessoa” ocupação e pistas de O candidato que ação sobre o cuidase preocupa com do da casa comum, os rumos da casa que é presente de Deus para a comum possue algumas deshumanidade. Trata-se de um cui- tas qualidades: é ético e corajodado revestido de gestos de ge- so, defensor da vida, humano e nerosidade com a gratuidade de popular sem ser populista, tem Deus e por tomadas de decisões sensibilidade ecológica, criativo cotidianas que refletem nossas e empreendedor, inovador, moopções enquanto cristãos. bilizador, envolvente, estrategista Quando a população é con- e é gestor. Escolha bem seu canvocada a participar das eleições didato e ajude a construir uma municipais, o que está em evi- nova lógica na sociedade onde a dência são os rumos das cidades corresponsabilidade com a casa no campo da educação, saúde, comum seja parte integrante da moradia, assistência social, trans- justiça, da solidariedade e da porte, saneamento, segurança, fraternidade que Deus quer ver entre outros. O ato de votar pode entre nós.
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Jornal da Arquidiocese, Setembro de 2016
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capa
Palavra de Deus Luz para a caminhada Foto: Arquivo Pessoal
Daniel (E) e Yana Gil (D)
“A Palavra de Deus vai arando o coração e no momento oportuno, a semente brota. Em uma terra que não é adubada, a semente morre. E a Palavra é esse adubo, esse arado”. Assim, a coordenadora pedagógica de uma escola particular em Florianópolis, Yana Gil, 35 anos, define a importância da leitura diária da Bíblia. Desde 1971, a Igreja celebra em setembro o mês dedicado à Bíblia. Não faltam exemplos de pessoas como Yana, que fazem da Palavra de Deus a base para seu dia. Casada há 10 anos com Daniel Gil, mãe de dois filhos, Yana conta que acorda com o esposo às seis horas todos os dias. O casal prepara o café da manhã e depois faz a leitura do Evangelho do dia, cada um partilhando do que mais chamou a atenção. Na sequência, os dois leem um texto de um livro também relacionado ao Evangelho. “Para concluir, fazemos a oração conjugal, nos abençoamos uns aos outros e aos filhos, e vamos trabalhar”, explica. O esposo Daniel ainda escreve uma meditação relacionada ao Evangelho e envia para grupos de amigos. O casal, que mora em São José, faz parte das Equipes de Nossa Senhora há nove anos. Eles têm 14 Equipes de Florianópolis sob sua responsabilidade deles. O movimento propôs a escuta diária da Palavra, com a meditação. “A leitura diária nos liga a Deus e a gente não precisa encontrar um grande sinal todos os dias. O maior sinal é estar ligado a ele”, relata a coordenadora pedagógica. Para diversas situações da vida, como mudar de emprego, ter filho, aconselhar alguma pessoa, Yana buscou orientação na Bíblia, pois “a Palavra dá a resposta certa para nossa vida, no tempo de Deus”. Uma bússola para seguir O mês da Bíblia de 2016 traz como proposta de estudo o livro do profeta Miqueias. Tem como tema: “Para que n´ele nossos povos tenham vida” e lema: “Praticar a justiça, amar a misericórdia e caminhar com Deus”. Em Florianópolis, tem outro exemplo de fidelidade para este mês da Bíblia. Edval Pieri, 66,
Foto: Gustavo Cavalheiro
acorda cedo, às 05h15, para fazer, até às seis horas, a meditação da liturgia diária e dos seguintes salmos: 15, 22, 33, 84, 90 e 127. Faz questão de dizer que usa a Bíblia da Editora Ave-Maria. Só depois da meditação destas passagens, Edval toma café, faz as orações do Pai Nosso, da Ave-Maria, agradece o dia e vai trabalhar. O empresário do ramo de confecções de roupas esportivas tem esta rotina há mais de 20 anos. “Eu não sei começar o dia sem rezar, parece que falta algo. Tenho Bíblia no trabalho, no quarto e não receio dizer isso”, observa Edval, natural de Criciúma e casado há 42 anos com Terezinha, com quem tem três filhos e cinco netos. O empresário afirma que agradece sempre a Deus pela família e por tudo que recebeu. “É o mínimo. Tão pouco retribuímos, tantas coisas a gente ganha”. Para ele, a Palavra de Deus é tudo, confere segurança. “Não vejo outra bússola para poder seguir. Eu pratico os ensinamentos da Sagrada Escritura. Usei muito carinho para com meus filhos e os incentivei neste caminho. Minha mãe rezava acho que 24 horas por dia. Devo ter herdado dela a paixão pela oração e pela palavra de Deus”. Diante do lema do mês da Bíblia 2016 que fala sobre a misericórdia, Edval Pieri tem o coração voltado para o próximo, por meio da meditação diária da Bíblia: “se eu gosto de fazer o bem, com a Palavra de Deus eu faço melhor”.
quista da Paróquia Santíssimo Sacramento, Márcio Antônio Reiser, também reza pela manhã, com a liturgia diária, antes de sair para trabalhar e, à noite, com outros textos da Bíblia. Ele ainda encontra tempo para rezar com a esposa Graziele, quando vai para o trabaFoto: Cintia Pieri lho, e faz a oração do terço diariamente. O empresário, que tem um programa na Rádio Conceição, há 14 anos, sobre Nossa Senhora, assegura que faz toda diferença rezar com a Bíblia. “A Palavra nos revigora a cada dia, dá outro ânimo para começar, sinto-me fortalecido para uma nova jornada. E, à noite, faço o fechamento do que vivi com mais segurança e tranquilidade”, constata Márcio. Neste mês especialmente, ele dá a dica para quem não tem o hábito da leitura da Sagrada Escritura. “Adote a técnica de uma medicação, com pequenas doses, isto é, comece com pequenos trechos para meditar. Claro, um dos livros históricos da Bíblia é importante, pois representa a Palavra viva de Deus. À medida que vai se inteirando, aumenta. Doses pequenas, mas eficazes”, finaliza Márcio. Muitas paróquias da Arquidiocese oferecem Escolas da Fé ou Cursos Bíblicos. É uma de os fieis mergulharem na Palavra de Deus. Procure pela paróquia mais próxima de sua casa e participe. Na Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC), são disponibilizados cursos de extensão dedicados a livros Edval Pieri específicos. No momento há vagas Para começar, a leitura diária, em pequepara o estudo do livro do Apocalipse, nas doses feito na Paróquia Sagrados Corações de Jesus, em Barreiros, São José, como uma Do centro de Itajaí, o franciscano da Ordem extensão da FACASC. Mais informações no Terceira, membro da Legião da Meria e catefone (48) 3234-0400.
Márcio Antônio Reiser
Legenda
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Padre Gilson Meurer fala sobre a Sagrada Escritura “Neste mês da Bíblia, o Jornal da Arquidiocese traz uma entrevista especial com o Pe. Gilson Meurer, 42 anos, que retornou de Roma, Itália, no dia 03 de agosto, após concluir o Doutorado em Teologia Bíblica. Natural de Florianópolis, Pe. Gilson assumiu também no mês de agosto, como pároco na Paróquia Santa Cruz, em Areias, São José. Acompanhe a entrevista. Jornal da Arquidiocese – Padre Gilson, relatenos como foi sua experiência em Roma, com relação à Palavra de Deus no dia a dia dos italianos, da Paróquia em que o senhor foi vigário. Pe. Gilson Meurer – O interesse existe: A Igreja da Traspontina, em Roma, por exemplo, faz toda semana a leitura orante da Bíblia e conta com grande afluxo de pessoas. Nos cursos e seminários bíblicos promovidos pelas universidades pontifícias, a presença de leigos é sempre grande. Nas paróquias, os movimentos e pastorais adotam frequentemente as Escrituras como fonte de espiritualidade. Não conheci, porém, grupos de famílias que se reunissem nas casas para ler e meditar a Bíblia. Na minha paróquia, toda a semana celebrávamos a Liturgia da Palavra, dedicando mais tempo à medi-
tação, oração, silêncio e comentário das leituras do dia (ou de leituras temáticas escolhidas). JA – Qual a importância de se meditar a Palavra de Deus diariamente, seja em família, trabalho ou outro ambiente? Pe. Gilson – As Escrituras são a alma da nossa fé e, por isso, alimentam nossa esperança, nossas decisões, nossos projetos de vida. Encontrar todos os dias uma ocasião para ler as Escrituras reforça o cristão nas suas opções em meio a esse mundo de tantas propostas. JA – Na sua opinião, o senhor acha que as pessoas estão lendo mais a Bíblia hoje? Por quê? Pe. Gilson – É ambivalente: quem acredita procura as Escrituras e cursos específicos para conhecer e aprofundar sua fé. Quem não crê ou é indiferente, a Bíblia não possui qualquer incidência na sua vida. Existe, de fato, muita ignorância das Escrituras. JA – Padre Gilson, por que há anos consecutivos, a Bíblia é o livro mais vendido no mundo? O que a faz estar sempre nesta posição?
Foto: Pascom / Paróquia Santa Cruz
Pe. Gilson – Sendo o livro por excelência da revelação de Deus para judeus (AT) e cristãos (AT e NT), com a facilitação da sua aquisição, e com a difusão de obras que a tornam mais compreensível, as pessoas não temem tomar uma Bíblia para rezar e meditar, além de reconhecerem nas suas páginas uma sabedoria tão antiga quanto atual, humana e divina. JA – A pessoa que não tem o hábito, a prática de ler, meditar a Palavra de Deus no dia a dia, pode começar por onde? Por algum Livro específico? Qual a dica que o senhor pode deixar? Pe. Gilson – Penso que se possa começar pelas narrações: os Evangelhos, Atos dos Apóstolos, no Novo Testamento; Gênesis e Êxodo no Antigo. Recomendo uma leitura sequencial, do início ao fim do livro, acompanhando o progresso narrativo, e não leituras de perícopes isoladas ou aberturas em páginas aleatórias. É importante considerar o contexto histórico e cultural no qual o livro foi redigido, bem como a sua finalidade de fé (não é manual de história, embora relate também história).
Foto: Divulgação / GBF
Grupos Bíblicos em Família
Padre Gilson Meurer (E) com Dom Wilson Tadeu Jönck (D)
O tradutor da Bíblia “Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo”. Esta é uma das muitas frases do santo que traduziu a Bíblia, do hebraíco (AT) e do grego (NT) para o latim Teólogo, a língua vulgar da época. Historiador e doutor da Igreja, São Jerônimo nasceu na Croácia, no ano de 340, e se destacou pela capacidade intelectual e pela elaboração de uma grande quantidade de textos. A tradução da Bíblia para o latim, chamada Vulgata, foi a Bíblia oficial da Igreja durante 1500 anos e perdurou até o Concílio Vaticano II (1961-1965). Para cumprir com êxito a missão a ele confiada, Jerônimo morou na Palestina, onde a Bíblia foi escrita, na Palestina. Nas meditações, ao andar pelo deserto de Belém, o santo batia pedras no peito, a ponto de sangrar, para se livrar das imaginações pecaminosas do seu passado, em Roma. No dia 30 de setembro de 420, aos 80 anos de idade, ele veio a falecer. É por causa de São Jerônimo que setembro é o mês da Bíblia. “A Bíblia é a carta que Deus escreveu aos seus filhos que peregrinam longe da Pátria”, salientava o santo.
Grupos Bíblicos em Família A Palavra de Deus deve ser lida, meditada, rezada, contemplada, para despertar no fiel o comprometimento para uma ação concreta na transformação da sua vida e da realidade que vive, unindo fé e vida. Os Grupos Bíblicos em Família (GFB) são uma experiência de vida em comunidade à luz da Palavra de Deus, pela ação do Espírito Santo. A Arquidiocese conta com aproximadamente 2800 grupos, distribuídos pelas 72 paróquias, que se reúnem semanalmente para meditar a Palavra. Nos GBF alimenta-se a comunhão e a unidade entre vizinhos, na escuta e na reflexão da Palavra, a partir dos passos da Leitura Orante: leitura, meditação, oração, contemplação e ação. A vida em comunidade é alimentada pela Palavra, que traz Deus para perto de cada um. É o rosto de Deus transformado em boa notícia e revelado no jeito de a Igreja ser: misericordiosa, acolhedora, solidária, mesa da Palavra e do pão, da partilha e de solidariedade, do kerigma e da fraternidade. Os Grupos Bíblicos em Família são a semente lançada em vários tipos de terra. Cuidada e regada, a Palavracresce, floresce e dá muitos frutos para fortalecer a fé e renovar a vida da Igreja. A Igreja precisa de discípulos missionários convictos, alegres e convertidos pela Palavra de Deus, conscientes da urgência de viver a missão, superando o comodismo e indo ao encontro dos irmãos. Assim diz Jesus no seu mandato: “Vão para o mundo inteiro e anunciem a Boa Notícia para toda a humanidade” (Mc 16,15). Por: Maria Glória da Silva Coordenadora arquidiocesana dos GFB
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bíblia Lectio Divina
A doutrina dos anjos A fé católica professa, a respeito de Deus: “Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis” (Símbolo Niceno-Constantinopolitano). Com estas palavras, afirmamos que Deus é o criador tanto das realidades materiais como das realidades espirituais, ou seja, da totalidade do mundo criado. Assim, o cristianismo diferiu radicalmente de duas concepções do mundo antigo: o monismo (em que tudo é um só princípio – Deus e o mundo são iguais) e o dualismo (que sugere, na origem de tudo, a oposição entre Deus e o mundo). Partindo desta noção de fé – Deus criador de todas as coisas – e apoiados no testemunho bíblico e da tradição da Igreja, podemos falar na existência dos anjos, criaturas espirituais, ditos mensageiros de Deus (como Gabriel, o anjo da Anunciação: Lc 1,26-38), protetores e companheiros dos seres humanos (como nas palavras do Salmo 90,11: “O Senhor deu uma ordem aos seus anjos, para em todos os caminhos te guardarem”), sempre relacionados a Cristo e à obra da Salvação (cf. Catecismo da Igreja Católica, 328-336). Por serem criaturas espirituais,
Pe. Wellington Cristiano da Silva
dotadas de inteligência e vontade, a Igreja nos ensina que alguns anjos, por livre escolha, rejeitaram o próprio Deus. Com este pecado, constituemse, por assim dizer, como anjos decaídos, demônios, na acepção bíblica. A ação destes anjos maus, a ação do Tentador é separar-nos de Deus, incitar-nos ao mal. Por isso, a doutrina dos anjos não é realidade fantasiosa, tampouco mera elucubração teológica. Tais seres pessoais existem e estão no cerne do mistério de nossa fé, mostrando-nos a contínua ação de Deus em nossas vidas, protegendo-nos e libertando-nos de todo mal (cf. Catecismo, 2851-2852). Sobre o auxílio dos anjos nos testemunha a liturgia. Na Missa, nós nos associamos a todos os anjos, que estão continuamente no louvor de Deus. E, em momentos específicos do ano litúrgico, invocamos a ajuda deles, como na festa dos Arcanjos Gabriel, Miguel e Rafael, no dia 29 de setembro, e na memória dos Anjos da Guarda, em 02 de outubro. Que os Santos Anjos de Deus nos protejam!.
Por Pe. Jonathan Speck Thiesen Jacques Vigário Paroquial – Paróquia São
Lectio (leitura) “Enquanto Jesus falava, uma mulher levantou a voz no meio da multidão e lhe disse: ‘Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram’. Jesus respondeu: ‘Muito mais felizes são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática’” (Lc 11,27-28).
Meditatio (meditação) Admirada pela pregação de Jesus, uma mulher dirige um louvor especial àquela que concebeu e amamentou o Filho de Deus. A resposta que Jesus dá a esta anônima mulher não nega a felicidade daquela que, por graça, foi eleita para ser sua mãe, mas busca, sobretudo, ressaltar uma felicidade ainda maior e que antecede a esta: a de ouvir a Palavra de Deus e praticá-la. A verdadeira felicidade de Maria consiste no fato de se deixar mover pela Palavra do Senhor. Ela é feliz porque acreditou (Lc 1,45). Ser mãe do messias é consequência de sua prática de fé. Jesus estende a bem-aventurança para além dos laços de sangue e inclui todos aqueles que, como sua mãe, acolhem e conservam a sua Palavra em seus corações (Lc 2,19.51).
Oratio (oração) “Vossa Palavra é uma luz para os meus passos, é uma lâmpada luzente em meu caminho. Vossa Palavra é minha herança para sempre, porque ela é que me alegra o coração!” (Sl 118,105.111).
Contemplatio (contemplação) Em Maria, a Palavra é como semente que caiu em terra boa, pois, ouvindo com um coração bom e generoso, ela conservou a Palavra e produziu bom fruto pela sua perseverança (Lc 8,15). Seguindo seu modelo de fé, contemplemos, no íntimo do nosso coração, a Palavra do Senhor.
Missio (missão) Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática” (Lc 8,21). Jesus quer que façamos parte de sua família. Uma família não estabelecida pelos laços sanguíneos, mas pelos laços da Palavra. Ouvir a Palavra é um convite aos que seguem os passos de Jesus. Quanto mais nos deixamos mover por esta Palavra, mais íntimos de Jesus nos tornamos. Praticar a Palavra de Deus é missão para toda a vida. Neste mês dedicado à Bíblia, queremos fazer dela nosso projeto de vida, nosso itinerário espiritual.
Conhecendo o livro dos Salmos Pe. Ney Brasil Pereira
Salmos 123, 124 e 125 – “Das Subidas” (II) Continuemos “subindo” a Jerusalém, animados por mais alguns salmos “das subidas”, entre os 15 que constituem esse conjunto. No artigo anterior, estudamos os três primeiros desses salmos: o 120, que intitulamos “Longe da pátria”; o 121, para o “Início da romaria”; e o 122, expressando o convite “Vamos à casa do Senhor”. Vejamos agora os três seguintes: o 123, que começa com a invocação “A ti, ó Deus”; o 124, com o título “Do nosso lado”; e o 125, com a comparação “Como o monte Sião”, que assim começa: “Os que confiam no Senhor são como o monte Sião: não vacila, está firme para sempre”. Uma característica desses salmos, exceto o antepenúltimo (132), é a brevidade.
A brevidade condiciona poeticamente seu desenvolvimento: uma ideia ou sentimento simples, um motivo literário, uma ou duas imagens. Evidentemente, a brevidade não é exclusiva deles. Assim, breve é o Sl 23, o do bom pastor; breve é o Sl 8, dedicado a um tema transcendental; breve é o Sl 1, pórtico de entrada no saltério; breve e dramático, o Sl 2; breve e peremptório, o Sl 82; breve e entusiasta, o Sl 87; breve e majestoso, o Sl 93; breve e misterioso, o Sl 110. Por isso mesmo, pelo fato de serem breves, eles sugerem desdobramentos, que o orante atento saberá perceber.
Leia os três salmos e reflita 1) Que resulta do fato de que os “salmos das subidas” são, quase todos, breves? 2) De que se queixa o autor do Sl 123 (122)? 3) Você já experimentou em sua vida a situação descrita pelo Sl 124 (123)? 4) Que simboliza o monte Sião e os montes que rodeiam Jerusalém, no Sl 125 (124)? 5) Nesse mesmo salmo, o pedido do salmista contra os maus seria referendado por Jesus?
A análise completa desses salmos se encontra no site da Arquidiocese: www.arquifln.org.br.
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Jornal da Arquidiocese, Setembro de 2016
evangelização
Prêmio de Iniciativa Solidária Dom Afonso Niehues, 3ª edição Os prêmios serão entregues no dia 24 de novembro deste ano Estão abertas gratuitamente as inscrições até o dia 21 de outubro, para a 3ª edição do Prêmio de Iniciativa Solidária Dom Afonso Niehues, promovido pela Arquidiocese, através da Ação Social Arquidiocesana (ASA). O Papa Francisco afirma que o ano Santo da Misericórdia ser “o tempo para a Igreja reencontrar o sentido da missão que o Senhor lhe confiou no dia de Páscoa: ser sinal e instrumento da misericórdia do Pai (cf. Jo 20,21-23)”. Neste sentido, além de premiar entidades sociais, o Prêmio Dom Afonso homenageará pessoas empenhadas em difundir a misericórdia em situações de vulnerabilidade social. Três iniciativas serão premiadas com o valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais) cada uma: Entidade Social, Ação Social Paroquial e Pastoral Social ou Movimento Eclesial Católico. Seis pessoas vão ser homenageadas com atuação nas diferentes categorias: Presbítero, religioso/a, diácono, leigo/a, servidor/a público/a e empresário/a. As iniciativas solidárias e o trabalho
Foto: Roberson Pinheiro
c) articulação e promoção do protagonismo de grupos socialmente vulneráveis nas mobilizações e lutas sociais; d) promoção de grupos para a participação em espaços de construção da cidadania e políticas públicas e/ou no exercício do controle social destas políticas.
As iniciativas solidárias deverão ser protocoladas na sede da Ação Social Arquidiocesana (ASA), através de formulário próprio do prêmio, juntamente com um CD contendo no mínimo cinco fotos, com imagens das ações desenvolvidas pela respectiva iniciativa solidária. Diácono Juarez Blanger, um dos homenageados do prêmio de 2015, com Pe. David Coelho A entrega da premiação e homenagem desenvolvido por estas seis pessoas devem pos- às pessoas que contribuem para a solidariedade suir uma ou mais das seguintes características: e misericórdia será no dia 24 de novembro, às 19h30. a) inclusão social de pessoas em situação de O edital completo da 3ª edição do Prêmio de vulnerabilidade social; Inciativa Solidária Dom Afonso Niehues você encontra no site: b) ações de superação da pobreza e de geração de trabalho e renda através da Economia www.asafloripa.org.br Popular Solidária;
Foto: Pe. Vânio da Silva
Seminaristas celebram Admissão, Leitorado e Acolitado Por Paulo Stippe A caminhada da formação presbiteral é marcada por diferentes etapas formativas. Nos anos da etapa teológica, os seminaristas celebram momentos importantes da configuração a Jesus Bom Pastor, através da Admissão entre os candidatos às Ordens Sacras e da recepção dos ministérios de Leitor e Acólito. Pela Admissão, os seminaristas manifestam publicamente seu desejo de receber o sacramento da Ordem e se preparar com empenho para servir a Jesus e à Igreja. Já o leitorado e o acolitado são ministérios instituídos, funções que a
Igreja confia aos leigos, nesse caso aos seminaristas, para colaborarem na missão dada por Jesus. Os leitores são instituídos para o serviço da Palavra de Deus, proclamando-a na liturgia, auxiliando a catequese, testemunhando o Evangelho com suas vidas. Os acólitos servem ao altar e distribuem a comunhão como ministros extraordinários, aproximando-se do Corpo e Sangue do Senhor na liturgia e servindo-o também nos irmãos, membros do Corpo de Cristo que é a Igreja. Neste ano, os seminaristas do primeiro ano de Teologia – Alex Macedo,
Seministaristas de Teologia que se preparam para receber serem instituídos leitores e acólitos
Luiz Fraga, Roberto Miranda e Rodrigo Cunha – serão admitidos entre os candidatos às Ordens Sacras no dia 12/9, às 17h, na casa de retiros Vila Fátima, Morro das Pedras, durante o retiro dos presbíteros da Arquidiocese. Os seminaristas do segundo ano de Teologia – Clovis Martins, Lucas
Tibincoski e Willian Vogel – e os do terceiro ano – Guilherme dos Santos, Paulo Sérgio Chaves, Philipe Damazo e Sérgio Luís Pedrotti – serão instituídos leitores e acólitos, respectivamente, durante a missa na paróquia Divino Espírito Santo, em Camboriú, no dia 15/11, às 20h.
Jornal da Arquidiocese, Setembro de 2016
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evangelização
Campanha Missionária deste ano foca no cuidado com a criação Nos dias 22 e 23 de outubro será feita a Coleta do Dia da Mundial da Missões Imagem: Divulgação
Outubro é conhecido como Mês das Missões, nesta época do ano é preciso intensificar as orações pelas missões em todo o mundo. A Campanha Missionária 2016 apresenta o tema “Cuidar da Casa Comum é nossa missão” e o lema “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31). A campanha busca sensibilizar, motivar vocações missionárias e realizar a Coleta do Dia Mundial das Missões, nos dias 22 e 23 de outubro. O cuidado com a criação é evidente na temática da campanha deste ano. Esta preocupação tem dois clamores: “o grito dos pobres que mais sofrem, e o grito da Terra que geme
Caridade social
Foto: Divulgação / Casa Santa Maria
pela exploração”. Esta questão pede para que a sociedade tenha a missão de zelar pelo planeta, que está sendo agredido. O Papa Fran-
terra” e questiona: “que tipo de mundo queremos deixar a quem nos suceder, às crianças que estão crescendo?”. O tema deste ano pede para que todos tenham responsabilidade com o nosso planeta. A missão da população é realizar o projeto de Deus. A sociedade enfrenta uma grave crise socioambiental. Portanto não basta somente rezar, é necessário tomar atitudes para reverter este quadro que o planeta vem enfrentando. É Ação encoraja todos serem missionários no dia-a-dia preciso despertar o miscisco afirma que “a existência hu- sionário que existe dentro de cada mana se baseia sobre três relações um. Para isso todos devem mudar intimamente ligadas: as relações seus hábitos e apoiar ações que com Deus, com o próximo e com a vão ajudar o mundo.
Obra social da Arquidiocese precisa de benfeitores
O Asilo Casa Santa Maria dos Anjos, administrado pela Ação Social Paroquial da Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré, em Palhoça, é um serviço de acolhimento institucional nos moldes de uma instituição de longa permanência, para homens e mulheres. São idosos que apresentam graus diferenciados de dependência psíquica e física. Pessoas que ao longo da vida perderam os Eloyr ajudando Neri (que é cego) a passear vínculos familiares e comunitários. Atualmente, a instituição atende 24 usuários em um espaço físico que preza por ser um ambiente com características residenciais, acolhedor, e muito próximo de um ambiente familiar. Localizado no bairro Caminho Novo, busca se adequar às necessidades físicas dos moradores e oferece condições de habitabilidade e privacidade. Conta com 19 funcionários e com a colaboração de alguns voluntários na parte do bem estar dos idosos. Toda terça-feira, às 16h, eles participam de uma missa no próprio local. O asilo de Palhoça é uma instituição que se mantém através de doações da comunidade em geral, da aposentadoria de alguns dos idosos
e de pequenos eventos realizados, mas que não suprem a necessidade financeira da instituição. A Ação Social está constantemente em busca de novos benfeitores para que a casa possa continuar a existir, acolher a demanda de idosos que procuram o local. Seja você também um benfeitor por meio de boleto bancário, doação na própria instituição ou depósito em conta: Banco do Brasil - Agência 5362-7 c/c 247175-2. Foto: José Allison Santos
Fachada do asilo Casa Santa Maria localizada no Caminho Novo
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evangelização Jornada Mundial renova a esperança de um futuro melhor Mais de dois milhões de jovens estiveram na Polônia
Foto: Divulgação / JMJ 2016
Cronograma de setembro 02 a 04/09 | Visita Pastoral de Dom Wilson | Sagrados Corações Barreiros 02/09 a 04/09 | Movimento de Irmãos - Encontro de Neos Área IV | CEAR 03 a 04/09 | Encontro de Casais em Segunda União | Brusque 07/09 | Independência do Brasil 10 a 11/09 | RCC - Congresso Arquidiocesano | Forania Biguaçu 12 a 15/09 | Retiro dos Presbíteros | Morro das Pedras 16 a 18/09 | Retiro - Diáconos e Esposas (Região Sul) | Provincialado 17/09 | Encontro Arq. Pastoral do Dízimo | Tijucas 17/09 | Escola de Liturgia da Arquidiocese | Itapema 21/09 | Celebração Ecumênica pelo Dia Mundial da Paz | Jurerê Inter. 22 25/09 | Pastoral Carcerária - Assembleia Estadual | Rio do Oeste/SC 22 a 25/09 | Escola Regional de Catequese | Lasges/SC 22 a 25/09 | Forum Mundial da Paz | Florianópolis 23 a 25/09 | Retiro Espiritual Arq. Apostolado da Oração | Provincialado 25/09 | Infância e Adolescência Missionária - Congresso Arq. Sul | Paulo Lopes 27/09 | Reunião Geral dos Presbíteros | Campinas/São José
Papa Francisco passou pela Porta Santa com alguns jovens
A Arquidiocese de Florianópolis contou com muitos jovens que foram à cidade de Cracóvia, na Polônia, em julho. As timelines nas redes sociais se encheram de textos, fotos e vídeos sobre a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2016. Assim quem ficou em casa pôde se sentir presente no Velho Continente. Quando se pergunta a um peregrino a respeito da Jornada, seu coração bate mais forte, os olhos brilham e os pulmões inspiram e expiram um sentimento de saudade. Quando começa a falar sobre a experiência, percebe-se quase que instantaneamente que Deus brilha no rosto do jovem. “Vivemos experiências únicas, momentos alegres, dinâmicos, de várias descobertas e muita oração. Também tivemos dificuldades. Nestas horas veio o desânimo, o cansaço e provações. Então, nos unimos em Cristo e conseguimos ter a graça de compreender o que Deus queria com cada um de nós”, assegura Emanuela Bittencourt, 27, de Camboriú, da Paróquia Bom Jesus do Monte Alegre. O seminarista do 3º ano de Teologia, Paulo Sérgio Chaves, 34, da Arquidiocese de Florianópolis, con-
fessa que a jornada deu a ele esperança de um mundo melhor. Antes de chegar em Cracóvia, o seminarista passou por Auschwitz e, diante do horror da guerra, entristeceu-se e parou para refletir sobre tal acontecimento e nas palavras de Bento XVI, quando lá esteve. “Me pego pensando nos momentos atuais de nossa sociedade, da Igreja. Por vezes me parece faltar a esperança. Parto rumo a Cracóvia com essa tristeza no coração, pois mesmo tendo ocorrido há muito tempo, as marcas ficam na história e na memória. Chegando em Cracóvia a sombra se transforma em luz, ‘tristeza’ se transforma em alegria”, explicou. Paulo complementou que “diante do vazio de Auschwitz encontro uma Igreja jovem manifestando sua fé. Deixo de lado o pensamento do horror causado pela guerra e, diante do que vejo acontecendo penso: há esperança!” Em sua segunda JMJ, Lucas Boeing Eastman, 25, do Movimento Pólen, da Catedral, mais uma vez teve a certeza de que a Igreja continua jovem. “Eu pude ver pessoas de vários grupos do mundo inteiro que se reúnem em torno de Jesus, que buscam segui-lo e o melhor, a Igreja é jovem”, confessa Lucas.
Acesse o calendário completo em www.arquifln.org.br
Jubileu da Juventude supera expectativa No dia 21 de agosto, todos os caminhos levaram mais de dois mil jovens para o Santuário Santa Paulina, em Nova Trento, para celebrar o Jubileu da Misericórdia da Juventude. O evento teve tripla comemoração: Rota 300, Jubileu da Misericórdia e a Pós-Jornada Mundial da Juventude. O encontro começou com a missa, presidida pelo assistente eclesiástico do Setor Juventude da Arquidiocese, Pe. Ewerton Gerent, concelebrada por outros padres e animada pelo Ministério Glória Eterna, composto por membros do Movimento de Emaús. Após a celebração iniciaramse as atividades do evento, com shows das bandas Abraço Forte, de São João Batista, e Comunidade Católica Shalom, de Florianópolis. O Pe. Ewerton pregou sobre o tema da misericórdia e um dos momentos que mais emocionou os presentes foi o depoimento de três jovens da Arquidiocese, que estiveram na
Imagem: Carol Denardi
Missa de abertura reuniu mais de três mil fiéis
Jornada Mundial da Juventude, em Cracóvia. “Tive uma experiência forte com Deus. Esperava encontrar o povo polonês diferente, mas encontrei um povo feliz, que experimentou a misericórdia de Deus”, constatou o jovem consagrado de uma das novas comunidades da Arquidiocese, Kleyton Vinícius. O Jubileu da Juventude contou ainda com a presença da imagem jubilar de Nossa Senhora Aparecida e de diversos movimentos e congregações juvenis. Um evento onde novamente Deus confirmou que a Igreja é viva. A Igreja é jovem.
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geral O ROSTO DA MISERICÓRDIA Pe. Vitor Feller
Síntese da Bula do Jubileu da Misericórdia
MISSA DIA 28 EM SANTA PAULINA
Com quem celebrar, por excelência, o Jubileu Extraordinário da Misericórdia? Com Maria. A Mãe da Misericórdia é nossa companheira neste Ano Santo e nos ajuda a redescobrir a alegria da ternura de Deus. Na sua vida, tudo foi plasmado pela presença da misericórdia feita carne. Ela foi preparada desde sempre, pelo amor misericordioso do Pai, para ser a Arca da Aliança entre Deus e os seres humanos. Guardou no seu coração a misericórdia divina em perfeita harmonia com o seu Filho Jesus. Aos pés da cruz, ela foi testemunha das palavras de perdão que saem da boa de Jesus em favor dos seus assassinos e do bom ladrão. Ela atesta que a misericórdia do Filho de Deus não conhece limites e alcança a todos, sem excluir ninguém. A ela pedimos que volte para nós seus olhos misericordiosos e nos faça dignos de contemplar o rosto da misericórdia, seu Filho Jesus (nº 24).
Com os santos e beatos. Nossa oração se estende também aos santos e beatos que fizeram da misericórdia sua missão vital. Em particular, o pensamento volta-se para a grande apóstola da misericórdia, Santa Faustina Kowalska, que foi chamada a entrar nas profundezas da misericórdia divina (nº 24). Conclusão Neste Jubileu somos convidados a deixar-nos surpreender por Deus, que nunca se cansou de escancarar a porta de seu coração, para repetir que nos ama e deseja partilhar conosco a sua vida (nº 25). A Igreja sente a urgência de anunciar a misericórdia de Deus e sabe que sua missão primeira, nesta época de esperanças e contradições, é a de introduzir a todos no mistério da misericórdia divina. A Igreja é chamada a ser testemunha da misericórdia. Que ela nunca se canse de oferecer misericórdia e seja paciente para confortar e perdoar. E anuncie sempre que Deus é bom e misericordioso! (nº 25).