Jornal da Arquidiocese | nº 207 | dezembro de 2014

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Jornal da

ARQUIDIOCESE

FLORIANÓPOLIS, nº 207

Natal:

consumir ou celebrar? | 5

DEZEMBRO DE 2014

Imaculada Conceição

pré-redimida por graça divina | 8

Natal,

Cozinha do “Tio Lau” caridade social | 10

a festa da família cristã


Jornal da Arquidiocese, dezembro de 2014

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opinião

Contemplando o presépio

Natal do amor e da reflexão Para toda a população, dezembro representa o término de mais um ano. E com ele: festas, presentes, confraternizações, encontros em família, amigos, virada de ano, “curtição”. Mas para nós cristãos, esse mês se destaca pelo nascimento do Menino Deus. Como cita Pe. Evaristo Debiasi na página 06, “a vivência do verdadeiro espírito natalino pede que sigamos os passos e a vida de Jesus. No Deus que nos abraçou pela encarnação de seu Filho, a celebração do Natal em família deve suscitar em cada um de nós o crescimento de amor a Deus, de amor do esposo para a esposa, dessa para o esposo, dos pais para os filhos, dos filhos para os pais, das famílias para a comunidade e de toda a humanidade”. Mas afinal, você neste Natal vai consumir ou celebrar? Reflita nas páginas desta edição. Na última edição do Jornal da Arquidiocese de 2014, você acompanha ainda o início do Ano da Vida Consagrada, a cozinha do Tio Lau na Paróquia Santa Cruz, em São José, a movimentação da Arquidiocese para a Campanha da Fraternidade 2015, além de outras reflexões e notícias. Acesse também as novidades pelo site: arquifln. org.br, facebook: facebook.com/arquifloripa e twitter: @arquifloripa. Fique ligado, vem aí uma edição especial com os horários das Missas durante o verão e atrações do turismo religioso. Um abençoado Natal cheio do amor de Cristo e um Ano Novo de muitas graças, pela intercessão de Nossa Senhora!

Os Evangelhos mostram atitudes de algumas pessoas diante do Menino na manjedoura. Os anjos cantam “glória a Deus”, os pastores, encantados, foram ver o que acontecera, os magos vieram adorá-lo e trouxeram presentes. Todos sentiram uma grande alegria. Neste Natal, também nós somos convidados a fazer uma visita ao presépio. Algumas atitudes podem ajudar a contemplar o mistério de Deus que se fez homem. O silêncio – O essencial se vê com os olhos do coração, é difícil dizer com palavras. É afirmado verdadeiramente apenas com a vida. Ao olhar a manjedoura, a primeira reação é de surpresa diante do mistério de amor. Jesus entra no tempo dos homens para viver em comunhão com o ser humano. O espanto se torna encanto. Quem contempla o presépio é tomado pela mesma alegria dos pastores. Desenvolve a capacidade de perceber a presença de Cristo na pessoa dos necessitados. A contemplação desta

realidade amorosa contagia a todos. No silêncio as vozes do ciúme, do ódio, da ganância, da malícia são substituídos por vozes de bondade, de alegria, de paz, de esperança. Deus é luz – É uma imagem muito usada para falar do divino. Se Deus é luz, ele é o que não se vê, mas faz ver. A luz não é para ser vista, é para iluminar todo o resto. Se vejo as coisas com aquele sentido escondido aos olhos comuns, é porque alguém me faz ver. Procuro Deus? Há duas maneiras de espalhar a luz: ser a vela ou

o espelho que a reflete. Santo Agostinho diz que ter fé é acreditar no que não se vê e a recompensa dessa fé é ver aquilo em que se acredita. Adoração – Bernanos, autor cristão, lembra que aceitar-se a si mesmo é uma grande graça,

Nas redes Reunião do Clero Arquidiocesano

Quanto bem podemos fazer com o bom exemplo, e quanto mal com a hipocrisia!

“Nesta terça-feira acolhemos a Reunião do Clero Arquidiocesano. Nos alegramos porque o CEAR está se tornando constantemente um local de comunhão”.

1 de novembro, no twitter

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mas a graça de todas as graças é esquecer-se de si mesmo. Quem é capaz disso torna-se livre. Mas nenhum homem pode realizar isso. Só Deus pode realizar isso nas pessoas. Quando a proximidade de Deus deixa de ser importuna e impregna o seu ser, ele torna-se capaz de esquecer-se de si e viver para o outro. A adoração não se faz na mente, mas em todo o corpo. Ela exige sempre um gesto corporal. Diante do menino somos convidados a externar um gesto de adoração.

“Fazer silêncio é a primeira atitude para quem quer entender o mistério do Natal”.

Nos caminhos de Francisco

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Dom Wilson Tadeu Jönck,scj

Há tanto barulho no mundo! Aprendamos a estar em silêncio dentro de nós mesmos e diante de Deus.

Página do facebook da Comunidade Divino Oleiro

18 de outubro, no twitter

@pontifex_pt

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O faminto está ali, na esquina da estrada, e pede direito de cidadania, pede para ser considerado na sua condição, para receber uma alimentação de base sadia. Pede-nos dignidade, não esmola.

20 de novembro, na Conferência Internacional sobre a Alimentação

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Quando encontramos uma pessoa verdadeiramente necessitada, reconhecemos nela o rosto de Deus? 22 de novembro, no twitter

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A Doutrina Social da Igreja vem do Evangelho, da tradição cristã, é um valor evangélico.

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Sede fortes e apegai-vos à Igreja e à vossa fé. Transformai com a vossa esperança e curai com o vosso perdão, com o amor e a paciência do vosso testemunho. 26 de novembro, encorajando os cristãos do Iraque e Oriente Médio

Filme da Irmã Dulce estreou dia 27 de novembro “Nós podemos ser melhores do que somos. Ela mesma não tinha ideia da grandeza do seu coração. Morreu achando que tinha feito pouco. Agora a gente vê que ela nos deixou uma herança extraordinária”. Dom Murilo Krieger, Arcebispo de Salvador

Precioso canto à Virgem Maria vira sensação na internet “Maria, você sabia que o seu bebê um dia irá andar sobre as águas? Maria, você sabia que o seu bebê irá salvar nossos filhos e filhas?”. Trecho de “Mary did you know?”, disponível no Youtube

26 de novembro, no twitter

Rua Esteves Júnior, 447, Centro Florianópolis-SC, Fone: (48) 3224-4799 / 9982-2463

Assessoria de Comunicação

O Jornal da Arquidiocese é uma publicação mensal da Arquidiocese de Florianópolis-SC.

DIRETOR: Pe. Vitor Galdino Feller CONSELHO EDITORIAL: Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, Pe. Leandro Rech, Pe. Revelino Seidler, Pe. Vânio da Silva, A. Carol Denardi, Fernando Anísio Batista, Jean Ricardo Severino, Lui Holleben, Olga Oliveira JORNALISTA RESPONSÁVEL: A. Carol Denardi (SC 01843-JP) PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Lui Holleben

REVISÃO: Roberson Pinheiro COORD. DE PUBLICIDADE: Pe. Leandro Rech e Erlon Costa TIRAGEM: 24.000 exemplares IMPRESSÃO: Diário Catarinense EMAIL: imprensa@arquifln.org.br e midia@arquifln.org.br SITE: www.arquifln.org.br FACEBOOK: Arquidiocese de Florianópolis


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#compartilha Retalhos do Cotidiano

Emaús 40 anos: uma noite de gratidão

Pe. Vitor, orientador espiritual do Emaús

O Movimento de Emaús foi homenageado pela Assembleia Legislativa na noite de 04 de novembro pela passagem dos 40 anos de fundação na Arquidiocese de Florianópolis e Diocese de Joinville.

Além dos membros jovens dos dois secretariados, estiveram presentes o Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, o orientador espiritual do Emaús de Florianópolis, Pe. Vitor Galdino Feller e o diretor espiritual do Movimento em Joinville, Pe. Diomar Romaniv, scj. “Quando o querigma (anúncio de Cristo) é acolhido, gera sempre um entusiasmo. E o Emaús colocou esse entusiasmo no meio dos jovens. Os jovens passaram a acreditar neles mesmos, na vida cristã, que tinham um lugar na Igreja e na sociedade”, relatou Dom Wilson. Na oportunidade, Pe. Vitor Feller, aproveitou para destacar que “o encontro com Jesus Cristo transforma o coração dos jovens que se tornam adultos para serem missionários do Senhor Jesus Cristo, para serem santos”.

Cáritas da Região Sul debate a campanha contra a fome Aconteceu de 06 a 08 de novembro, no bairro Barreiros, em São José, o Encontro Inter-Regional Sul da Cáritas Brasileira. O evento teve como objetivo a união das forças, ideias, partilhas de experiências e ações dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, para o combate à fome. No encontro foi debatido, de maneira especial, a Campanha Mundial da Cáritas: “Uma família humana – pão e justiça para todas as pessoas”.

A Matriz da Paróquia Santa Cruz, em Areias, São José, ficou lotada de amigos e fieis que participaram da Missa em comemoração aos 60 anos de sacerdócio do bispo auxiliar emérito, Dom Vito Schlickmann. A Celebração Eucarística ocorreu no dia 28 de novembro. Uma vida totalmente ofertada à Igreja e ao povo da Arquidiocese, que gera frutos de eternidade e serve de exemplo para gerações futuras.

Natal 1

À medida que os dias se sucedem e o Natal se aproxima há um clima diferente no ar, existe algo diferente no coração. Faz-se uma viagem no tempo, volta-se a ser criança com alegria de criança, pureza de criança, expectativa de criança!

Natal 2

É preciso fazer-se criança para acolher a Criança, o Menino, o Filho que nos foi dado; é preciso fazer-se criança para encontrar a Mãe que acreditou; é preciso fazer-se criança para encontrar o pai José, tão bom, tão justo, tão alegre, que transparece a bondade, a justiça e a alegria do Pai eterno!

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Não podemos ser felizes sozinhos; só se é feliz quando se faz alguém feliz! Jesus nasce numa gruta para fazer-nos morar num palácio; vive só 33 anos para nos dar uma eternidade sem fim; sofre incompreensões sem conta para compreender-nos sempre; é injustiçado para nos fazer justiça; é morto para nos dar a vida. É tempo de nascer com o Nascituro, para sermos, como Ele, Natal para os irmãos!

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Aproximemo-nos do presépio. Ali estão três pobres que se amam e que mudaram o mundo. Aproximemo-nos do presépio: o Verbo se fez Carne. Aproximemo-nos do presépio: a “luz verdadeira” (cf. Jo 1,9) veio dissipar nossas trevas! Feliz Natal!

Na Assembleia Legislativa, o testemunho dos arcebispos centenários A Assembleia Legislativa promoveu, na noite de 11 de novembro, uma sessão especial para celebrar o centenário de posse de Dom Joaquim Domingues de Oliveira como Bispo de Florianópolis, e o centenário de nascimento de Dom Afonso Niehues. A solenidade proposta pela Mesa da Assembleia foi conduzida pelo 1º vice-presidente, deputado Joares Ponticelli (PP) e pelo deputado Pe. Pedro Baldissera (PT). Na ocasião foram homenageadas instituições ligadas diretamente aos dois arcebispos. A noite ainda foi abrilhantada pelo Coro do Seminário de Teologia do Convívio Emaús, regido pelo Pe. Ney Brasil Pereira.

Foto: João Augusto de Farias

Fotos: Gabriela Fernandes

Dom Vito: a felicidade dos 60 anos dedicados ao sacerdócio

Prof. Carlos Martendal


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#compartilha Arquidiocese divulga transferência de padres para 2015

Louvor de Verão promete novidades para a 24ª edição Neste ano o evento terá a pregação de Vera Casagrande, do Paraná

O Arcebispo da Arquidiocese de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, comunicou as transferências de padres para o ano de 2015: - São João Batista - Pe. Élio Luiz Grings (pároco) - Nossa Sra. de Azambuja (Brusque) - Pe. Pedro Schlichting (pároco) - Nossa Sra. de Azambuja - Pe. Alvino Introvini Milani (vigário paroquial) - Seminário de Azambuja (Brusque) - Pe. Sílvio José Kremer (formador) - Senhor Bom Jesus de Nazaré (Palhoça) - Pe. José Osni Kuhnen (vigário paroquial) - Catedral (Florianópolis) - Pe. Eugênio Kinceski (vigário paroquial) - São Judas Tadeu (São José) - Pe. Tarcísio José Schuch (pároco) - Nossa Sra. da Imaculada Conceição (Bombinhas) - Pe. Valdeci Cardoso Vieira (pároco) - Sagrado Coração de Jesus (Paulo Lopes) - Pe. Joselito Schmitt (pároco) - Nossa Sra. da Imaculada Conceição da Lagoa (Lagoa da Conceição) - Pe. Celso Antunes Duarte (pároco) - Nossa Sra. dos Navegantes (Gov. Celso Ramos) - Pe. Josino Amaral (pároco) - Sant’Ana (São José) - Pe. Pedro Alcido Philippe (pároco) - Amapá (Missões) - Pe. José Jacob Archer - Nossa Sra. do Carmo (Coqueiros) - Pe. Flávio Feller (pároco) - Sto. Antônio e Sta. Maria Goretti (Coloninha) - Pe. Siro Manoel de Oliveira (pároco)

A Renovação Carismática Católica da Arquidiocese de Florianópolis está na expectativa de mais um Louvor de Verão, que se realizará no dia 18 de janeiro, no Ginásio Irineu Bornhausen, de Camboriú. As atividades se iniciam às 8h com a oração do terço e se encerram às 16h com a celebração da missa. O tema a ser vivenciado nesta edição do Louvor de Verão é: “Não vos conformeis com esse mundo, mas transformai­vos pela renovação do vosso espírito” (Rm 12,2a). Algumas presenças já estão confirmadas: o conselheiro eclesial da RCC da Arquidiocese, Pe. Leandro Rech; a pregadora Vera Casagrande, do estado do Paraná e o Ministério de Música Voz Amiga, da Diocese de Criciúma. Os pais que desejam ir ao encontro vão contar com o cantinho da criança, espaço dedicado ao cuidado e evangelização dos pequenos. Giovanna Laurea Dutra Renovação Carismática Católica

Pe. Olívio Gesser celebra o Jubileu de Ordenação Presbiteral

Programação: 11 de dezembro, 19h - Santuário de Nossa Senhora de Fátima – Estreito; 20 de dezembro, 19h30 - Igreja Senhor Bom Jesus, Rachadel - Antônio Carlos.

Realizou-se no dia 22 de novembro, a Audição Musical 2014 da Schola Cantorum Nossa Sra. da Glória, no Teatro do Centro Educ. Menino Jesus. Com direção geral do Pe. Tarcísio Vieira e direção musical e regência da Profª. Najla dos Santos, foram apresentadas músicas sacras interpretadas pelos componentes do primeiro e do segundo ano do curso. Também aconteceu uma homenagem à Fraternidade dos Pobres de Jesus Cristo (Fraternidade “O Caminho”). Auxiliaram na preparação vocal o Profº. Igor Issicaba e os cantores Cristian Gonçalves e Solange Scolaro. Na ocasião aconteceu também a certificação, conferida pela FACASC, de 11 alunos que concluíram os dois primeiros anos de formação. Na última parte, apresentaram-se músicas do último CD da Fraternidade “O Caminho”, com arranjos vocais do Profº. Eusébio Kohler e arranjos instrumentais do músico Lauro Bragaglia. Foto: Everton Marcelino

Pe. Olívio, o 3º da esquerda para a direita, comemorará 50 anos de ordenação

Neste mês de dezembro, Pe. Olívio Guesser, da Arquidiocese de Florianópolis, comemora 50 anos de ordenação presbiteral. Nascido em 12 de janeiro de 1935, na cidade de Antônio Carlos, ele é o oitavo dos 14 filhos do casal Pedro Jerônimo Guesser e Maria Mannes. Em 1950 ingressou no Pré-Seminário de São Ludgero e no ano de 1964 concluiu os cursos de Filosofia e Teologia no Seminário Imaculada Conceição de Viamão, Rio Grande do Sul. A ordenação presbiteral recebeu das mãos do Arcebispo Dom Joaquim Domingues de Oliveira, em 13 de dezembro de 1964. Pe. Olívio trabalhou em Tijucas, Ilhota, Camboriú, Canelinha e na Diocese de Lages. Também foi capelão do Imperial Hospital de Caridade e colaborou no Santuário de Nossa Senhora de Fátima, no Estreito, e paróquias vizinhas. Mesmo com a saúde debilitada, o sacerdote foi orientador espiritual do Movimento Serra.

Schola Cantorum apresenta Audição Musical


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nossa fé

Ano da Vida Consagrada No primeiro domingo do Advento (30/11/2014) teve início o Ano da Vida Consagrada. Foi instituído pelo papa Francisco para celebrar o 50º aniversário do decreto conciliar Perfecta e Caritatis sobre a renovação da vida religiosa, de 28 de outubro de 1965. A conclusão está prevista para o dia 02 de fevereiro de 2016, por ocasião do Dia da Vida Consagrada. No decorrer deste amplo espaço de tempo serão realizadas inúmeras iniciativas e celebrações para ressaltar as várias dimensões da missão dos consagrados.

Importância Com o decreto Perfecta e Caritatis, o Concílio Vaticano II propôs para as pessoas consagradas, também chamadas de religiosos ou religiosas, a

caridade perfeita. Todos os cristãos são chamados à radicalidade da vida no Evangelho. Mas as pessoas consagradas são chamadas a seguir o Senhor de uma forma especial. Por sua vida santa, sua perfeição no seguimento de Cristo, sua doação no serviço do próximo, seu amor aos pobres, sua disposição para a atividade missionária, “são homens e mulheres que podem acordar o mundo”, diz o papa. Além da radicalidade da vida batismal, seguem o carisma de alguma congregação, instituto ou ordem, vivendo em pequenas comunidades os valores centrais do Evangelho.

Missão Assim refere-se o Documento de Aparecida às pessoas consagradas: “Segundo seus carismas fundacionais,

Natal: consumir ou celebrar?

colaboram com a gestação de uma nova geração de cristãos discípulos e missionários e de uma sociedade onde se respeite a justiça e a dignidade da pessoa humana” (DAp 217). Atuando nos meios populares, no mundo da educação e da comunicação, da assistência social e da conscientização do povo, apontam para o mundo novo. Pelos votos de pobreza, castidade e obediência, sinalizam para os outros membros da Igreja e para o mundo as realidades definitivas do Reino de Deus. No Reino definitivo, diante de Deus, todos serão pobres, castos e obedientes, porque só o Senhor será nosso único bem. Pe. Vitor Galdino Feller Vigário Geral da Arquidiocese

Advento: vem, Senhor Jesus! “Vem, Senhor Jesus!” Maranathá! Provavelmente é a mais antiga prece dos cristãos que ardentemente suspiravam pelo retorno do Senhor. Podemos imaginar a saudade que tinham de Jesus, os apóstolos, discípulos, pobres e doentes que tiveram o privilégio de conhecê-lo. Na liturgia, o pedido “Vem, Senhor Jesus” é feito logo após as palavras da consagração, na apresentação do mistério da fé, memória do gesto que Jesus ardentemente desejava fazer: comer com os apóstolos a ceia pascal, prenúncio da paixão e ressurreição. “Vem, Senhor Jesus!” é a prece do tempo que antecede as alegrias natalinas. O tempo do Advento abre o ano cristão da Igreja latina e traz o sentido de expectativa, pedido de socorro,

esperança de mundo novo, grito por salvação. São quatro domingos: os dois primeiros nos remetem à vinda gloriosa do Senhor no final dos tempos, e os dois últimos à vida de Jesus no Natal. Natal da história, Natal de Belém. Mas, poderíamos perguntar: Jesus não está entre nós, ele que está em tudo e em todos? João nos responde: “Ele está no mundo, mas o mundo não o reconhece” (Jo 1,10). Ele está presente por seu amor e ausente pela nossa indiferença. Então, nosso pedido tem o sentido de que nossos olhos sejam purificados para vê-lo e aceitar sua companhia. Querendo ou não, todo ser humano tem saudade do Senhor, saudade do Bom Pastor. Todos queremos que ele logo retorne. Quan-

do rezamos “Senhor, sê nosso pastor”, ele responde: “Eu sou o pastor, carrego nos ombros todo o rebanho, cada um de vocês, assumi toda a natureza humana”. Os corações mansos e humildes reconhecem o Senhor, pois ele uniu-se à pobreza de nossa natureza, fez-se carne por amor a nós, unindo-se a nós assumiu toda a condição humana. Para quê? Para realizar seu plano de amor: unindo sua natureza divina à nossa natureza humana, ele quer nos fazer divinos, para que sejamos um com ele (cf. Gregório de Nissa, Carta a Teófilo). O Senhor desceu para nos elevar. “Vem, Senhor Jesus”! Pe. José Artulino Besen Pároco da Procasa, São José

Fernando Anísio Batista

O que você fará na véspera e no dia de Natal? Já sei! Preparará um grande banquete. Trocará presentes com seus entes queridos. Festejará. Quem você encontrará nas comemorações do Natal? Já sei! O papai Noel. Familiares e amigos, com quem passará momentos agradáveis. Crianças pobres que receberão brinquedos. Como você comemorará o Natal neste ano? Consumindo ou celebrando? Infelizmente, o ato de presentear e consumir no Natal tem se tornado o centro das atenções. O Menino Jesus tem perdido cada vez mais seu espaço na celebração do aniversário. É como se fôssemos a um aniversário sem saber quem é o aniversariante. Então, sem saber o que fazer, são distribuídos os presentes. Na procura de um culpado, podemos dizer que a culpa é dos reis magos que presentearam Jesus ainda na manjedoura. No entanto, a motivação originária dos reis magos es-

tava completamente revestida de simbologia, muito diferente da atual, levada por um consumismo irracional. Os presentes ofertados: ouro, incenso e mirra, tinham um significado próprio, conforme vejamos: o ouro era um presente para um rei; o olíbano (incenso) para um sacerdote, representando a espiritualidade; a mirra, para um profeta - a mirra era usada para embalsamar corpos e, simbolicamente, representava a imortalidade. Qual é a motivação que temos para presentear no Natal? É a mesma motivação dos reis magos? Somos levados a consumir por consumir, sem reflexão e sem critérios. Somos levados por uma grande onda - capitalista - que diz que quanto mais consumirmos, mais felizes seremos. Será este o verdadeiro sentido do dia 25 de dezembro? O que você fará neste Natal: celebrar o nascimento de Jesus ou consumir?


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capa

A vida que nasce no despertar de um sim No terceiro capítulo do Evangelho de João pode-se conhecer um pouco de uma figura enigmática e inalterável, pelo menos no princípio, chamado Nicodemos. Sendo um fino aristocrata, partiu silenciosamente em uma noite escura na estrada de Jerusalém ao encontro de Jesus.

O casal Erichson e Patrícia Stueber, consagrados da Comunidade Católica Divino Oleiro, tiveram a graça do Sacramento do Matrimônio em agosto de 2013. A partir do casamento surgiu a vontade de se ter um filho. “Casamos abertos a qualquer momento, em que Deus quisesse dar essa graça para nós”, conta Erichson.

Em meio a uma conversa com Jesus, aprendeu um pouco sobre o Reino de Deus: “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus.

O Natal de 2014 para esta família será, certamente, diferente: “Com o nascimento de Maria Alice, vimos como é importante a chegada de uma criança na vida de uma família. Imaginemos quão importante foi o nascimento de Jesus para a humanidade, e sentimos a emoção de lembrar que ele não era apenas uma criança, mas o verdadeiro Filho de Deus”.

Nicodemos perguntou-lhe: Como pode um homem renascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no seio de sua mãe e nascer pela segunda vez? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus. O que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do Espírito é espírito. Não te maravilhes de que eu te tenha dito: Necessário vos é nascer de novo.” (João 3,3-7). A palavra “renascido” significa “nascido de novo”. Nascer de novo é, para o cristão, “nascer do alto”. Nicodemos, na limitada humanidade, necessitava de uma mudança no coração. O Natal, quando é cristão, tem gosto de salvação. Esta época, portanto, traz inúmeras lembranças e histórias de nascimento e renascimento. Pois, Jesus, nascido de uma Virgem, ainda hoje, assim como fez com Nicodemos, relembra da importância de renascer.

Maria Alice trouxe mais alegria para os pais Erichson e Patrícia

Todas as noites, mais de 100 jovens participam das serenatas Todo mês de dezembro, o Movimento de Emaús de Florianópolis realiza quatro noites de visitas a hospitais, creches, asilos e abrigos, nas chamadas “Serenatas de Natal”. O administrador de empresas Fernando Cani, que esteve à frente do projeto por 03 anos, conta um pouco da experiência: “As Serenatas de Natal representam uma ação bem simples na essência, mas com grande potencial de evangelização”. Fatos significativos marcam a trajetória das serenatas. Fernando lembra de uma em especial: “Em algum hospital, algumas jovens entraram em um quarto e deram um pouco de carinho a um senhor que estava bem adoecido. De repente, ao meu lado, uma senhora foi chamar essas duas meninas que tinham entrado naquele leito. Informaram que aquele senhor acabara de falecer, instantes após o abraço recebido das voluntárias. Suas palavras foram: ‘Queridas, ele descansou. Parecia que estava só esperando os anjos virem até aqui para levá-lo. E os anjos chegaram através de vocês”. No ano de 2014, as serenatas ocorrerão de 8 a 11 de dezembro. Mais informações: facebook.com/serenatasemausfloripa

Sonhos e aspirações se abraçam na manjedoura No ventre de Maria e na gruta de Belém os sonhos de Deus e as aspirações da humanidade se abraçaram. No presépio de Belém, Deus se humanizou e a humanidade se divinizou. Deus-Trindade, a família eterna, fez-se família humana, no Natal de Jesus. Sim, Deus nos amou tanto que por fim nos amou através da dádiva de seu único Filho amado, que se tornou um de nós na pessoa do Deus Menino na gruta de Belém. Não há palavras que possam expressar o amor de Deus Pai em Jesus pela humanidade. Resta-nos o silêncio, a contemplação, a adoração e a nossa eterna gratidão. Deus não somente nos amou, e nos ama, desde sempre e para sempre. Ele nos amou e nos ama com um coração semelhante ao nosso na pessoa do Menino Deus que se tornou um de nós na estrebaria de Belém de Judá. Na família de Nazaré, a família humana e todas as criaturas se definiram em sua vocação maior. Sabemos pela própria ciência que toda criação e criaturas são tecidas por uma estrutura familiar. Desde o cosmos ao átomo, do mais simples dos seres vivos até o homem e a mulher criados à imagem e semelhança de Deus. Por

isto mesmo, o Natal de Jesus é a festa por excelência do amor, da vida, da ternura, da fraternidade, da família cristã e da própria humanidade. O que precisamos saber é que o Natal de Jesus é ensinamento e ordem. No Deus que saiu de si assumindo-nos na Pessoa de Jesus somos convocados a ir ao encontro de Deus e dos irmãos, particularmente daqueles mais feridos. A vivência do verdadeiro espírito natalino pede que sigamos os passos e a vida de Jesus. No Deus que nos abraçou pela encarnação de Jesus, a celebração do Natal em família e na família deve suscitar em cada um de nós um processo de amor a Deus, de amor do esposo para a esposa, dessa para o esposo, dos pais para os filhos, dos filhos para os pais, das famílias para a comunidade e de toda a humanidade. Somente assim a festa do Natal deixa de ser uma simples recordação do nascimento de Jesus para se transformar vida de Deus em nós e entre nós, Natal de Jesus. O Criador dos céus e da terra nasceu numa simples manjedoura fazendo-se o mais pobre dos homens, para ensinar-nos a nos desprender de tudo o que é supérfluo na vida, assumin-

do o destino dos que mais sofrem no mundo a partir dos de casa. Sim! É e será em primeiro lugar em nosso coração, na vida de cada pessoa, nas famílias, nas comunidades, na Igreja e em toda a humanidade que Jesus quer e precisa nascer hoje e sempre. Nossas ruas, lojas, casas e igrejas se iluminam com milhares de luzes recordando-nos que Jesus é a verdadeira Luz que veio ao mundo para nos salvar. Os presépios falam que Deus cumpriu suas promessas de salvação para a humanidade enviando o Messias desde sempre prometido pelos patriarcas e profetas. Mas, aquele que é o verdadeiro dono da festa infelizmente ainda não ocupa o seu verdadeiro lugar em nossa vida, nas famílias e no mundo. De coração, desejo para cada família um santo e abençoado Natal, um feliz findar de ano e um Ano Novo pleno das bênçãos e das graças de Deus.

Pe. Evaristo Debiasi,

Orientador espiritual do Seminário Teológico de Tubarão e Assistente Eclesiástico Nacional da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), Brasil


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A “Cultura do Encontro” e´ celebrada no Natal dos Idosos Foto: José Alisson Santos

O Asilo Casa Santa Maria dos Anjos, localizado em Palhoça, prepara a celebração de “Natal dos Idosos”. O evento acontece no dia 16 de dezembro, às 19h, e conta com a participação de familiares e amigos dos idosos que moram no local. A ação é organizada pelos funcionários e tem como objetivo promover a “cultura do encontro” entre familiares e amigos dos asilados. A recepcionista da casa, Chayenne Marian, 21 anos, destaca que este é um tempo novo: “Tempo de nascer dentro deles a vontade de viver por muitos anos. Vejo que o nascimento de Jesus é um momento de despertar nos idosos a alegria de viver”. Entre os idosos, a expectativa do Natal também é grande. Eloyr das Graças Oliveira de Sousa, 57 anos, natural de Campos Novos (SC), mora no asilo há cinco anos. Ela observa que “o Natal é a comemoração do nascimento de Jesus. Cantamos Noite Feliz, rezamos o Pai Nosso, a Ave-Maria e dançamos muito”. O Natal também traz muitas lembranças. “Lembro do meu esposo Hilário Francisco de Sousa - que também ingressou no asilo, mas faleceu no mesmo dia que chegou na casa e dos meus sobrinhos que me visitam”, relata Eloyr, desejando que nesse Natal todos os moradores da Casa Santa Maria recebam muitas visitas. A direção do Santa Maria afirma que para este mês de dezembro, o asilo já conta com a confirmação de cinco visitas de grupos formados por empresas e/ou amigos. Eles planejam oferecer um Natal diferente aos idosos, inclusive com entrega de presentes. Mas, as ações não devem ser esporádicas. Por isso, a coordenação do asilo solicita uma contínua participação da sociedade na promoção da dignidade dos idosos residentes.

José Alisson Santos

Marketing - Asilo Casa Santa Maria dos Anjos

QUANDO SE FALA DE NATAL, DE QUE VOCÊ LEMBRA? “Para mim vem a imagem da Sagrada Família e do Menino Jesus. Papai Noel não entra na minha casa. Também muitas saudades, é um tempo de reflexão”.

Dona Eloyr enfeita a árvore para a festa dos idosos

Então é Natal... Nicodemos, Maria Alice, e os fatos concretos de amor e doação nos asilos e hospitais são histórias que fazem relembrar o significado do dia 25 de dezembro. Jesus, o verdadeiro presente, a estrela principal da Noite de Natal, abaixa-se e vem até a humanidade para tão somente amar. Uma presença amorosa que inunda a vida, preenche todo vazio de solidão, alcança os marginalizados, transforma e aquece os corações. Alcançou Nicodemos, o casal Erichson e Patrícia, os idosos nos asilos, os doentes nos hospitais, você. Com o “fiat” de Maria, o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Que a Mãe do Deus Menino ajude a todos a fazerem a experiência com seu Filho que espera também o fiat, o “faça-se, Senhor”, cumprase a sua vontade, na vida de cada ser humano. Feliz Noite de Natal!

Mensageiros da alegre noticia ´

O livreto do Tempo Advento/Natal é uma proposta que a Equipe de Redação dos Grupos Bíblicos em Família/Comunidades Eclesiais de Base (GBFs/CEBs), junto com a Coordenação de Pastoral, oferece às pessoas para levar a alegre notícia do nascimento de Jesus em meio a uma sociedade consumista e individualista que desvirtua o verdadeiro sentido do Natal. Anunciar e testemunhar a revelação do amor de Deus à humanidade, na pessoa de seu Filho Jesus de Nazaré que veio, vem e virá sempre aos que abrirem o coração para acolhê-lo. Queremos ser mensageiros dessa alegre notícia, preparando os caminhos para o Senhor, rezando e refletindo nas casas, seguindo os encontros: Uma alegre expectativa; Alegrai-vos: o Senhor vem; Espera Jubilosa: O Senhor vem; O sim de Maria: O Senhor vem; e Natal: Festa da alegria. Que nessa caminhada do Advento possamos abrir a nossa casa e o nosso coração para fazer o encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo. Alegrai-vos, o Senhor vem! Que o nascimento de Jesus, o Filho de Deus, seja a luz, a estrela guia para iluminar todos os povos, neste abençoado, feliz e santo Natal e ao longo de 2015.

Maria Glória da Silva,

Coordenadora Arquidiocesana dos GBF/CEBs

Luzia Gottardi secretária da Paróquia São Judas Tadeu, Águas Claras, Brusque “É a comemoração do nascimento de Jesus. Lembro-me do presépio vivo. Quando eu era pequena, meu pai nos levou em Angelina para ver o presépio vivo, muito lindo. Eu fiquei com aquela imagem até hoje”.

Clara Nair de Souza cozinheira da residência episcopal, Florianópolis “Me recordo do Menino Jesus, alegria, festa, esperança”.

Maria da Glória Bastos secretária da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, Angelina “Eu penso na vida que renasce por meio do Menino Deus. Penso nas crianças abandonadas, que não têm nada, nas periferias. Acho que o Natal para elas é uma tristeza, pois olham a cidade iluminada e dentro delas não tem luz. Teríamos que pensar em uma forma do Natal chegar até elas, não só neste momento, mas em toda vida. Resgatar estas crianças. Que elas consigam ter este Menino Deus para sempre e entendam o Natal como vida. Que o Natal ilumine as pessoas para ter uma atitude de resgate dos carentes e abandonados”.

Margarida Maier catequista na Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos, Porto Belo


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bíblia Família unida na Palavra

Lectio Divina

Nossa Senhora, a cheia de graça

Pe.Wellington Cristiano da Silva

No dogma da Imaculada Conceição, a pureza de Maria é preservada pelo privilégio divino em vista dos méritos de Cristo Jesus “És toda bela, minha amada, e em ti não há mancha” (Ct 4,7). Essas palavras extraídas do livro do Cântico dos Cânticos são bem apropriadas para iluminar o mistério que sonda a vida da Virgem Maria: desde o primeiro instante de sua existência, no ventre de Ana, a graça lhe foi transmitida abundantemente, preservando-a imune de toda mancha da culpa original. O Pai a “escolhe em Cristo, antes da fundação do mundo, para ser santa e imaculada sob o seu olhar, no amor” (Ef 1,4). A beleza e simplicidade da Virgem de Nazaré encantaram o Criador que olhou, com admiração, para a humildade de sua serva (cf. Lc 1,48). Encontrando graça junto de Deus (cf. Lc 1,30), Maria foi eleita para ser a mãe do Salvador e recebeu da parte do Senhor um nome novo: cheia de graça (cf. Lc 1,28). Repleta do favor divino, foi santificada previamente, pela divina graça, com vista ao seu chamado. Para ser a Mãe do Redentor, Maria “foi enriquecida por Deus com dons dignos para tamanha função” (LG 56). De fato, o Poderoso realizou maravilhas na vida dela. Os padres orientais, desde os pri-

meiros séculos, chamam a Mãe de Deus de Panaghia, a “Toda Santa”, aquela que se deixou plasmar pelo Espírito Santo. À luz da revelação bíblica e fiel à tradição, em 1854, o Papa Pio IX proclama solenemente o dogma da Imaculada Conceição. A definição dogmática reconhece que Maria foi resgatada pelo Filho, desde a concepção. Pertencente à raça humana, Maria também precisou ser redimida pelo Messias Salvador (cf. Lc 1,47). Contudo, a Virgem não foi resgatada por purificação, mas por preservação. A mãe de Jesus foi pré-redimida, salva por antecipação, através de uma graça singular e por privilégio divino, em vista dos méritos de Cristo (LG 53). Ao celebrarmos o mistério da Imaculada Conceição, somos impulsionados a imitá-la como modelo de santidade e a assumirmos o convite de Jesus: “Sede santos, assim como o vosso Pai celeste é santo” (Mt 5,48).

Lectio (leitura) Os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recémnascido, deitado na manjedoura (Lc 2,16).

Contemplatio (contemplação)

Meditatio (meditação) Aos pastores é anunciada a boa e alegre notícia do nascimento tão esperado do Messias-Salvador. Representantes dos pobres e excluídos, os pastores foram às pressas à Casa do Pão (Belém). Essa pressa – expressão tão cara a Lucas (cf. Lc 1,39; 19,5-6) – caracteriza a expectativa messiânica do povo simples e humilde que, ao receber o anúncio salvífico, sai, sem demora, à procura do seu Salvador, e não se satisfaz até encontrá-lo. À primeira vista, nada encontram de extraordinário no sinal indicado pelos anjos: apenas o casal Maria e José e uma criança deitada numa manjedoura. Mas isso basta para reconhecerem naquela criança o Deus conosco (cf. Mt 1,23) e tornarem-se suas primeiras testemunhas. Somos, também nós, sensíveis aos singelos sinais de Deus presentes em nossa vida cotidiana?

Oratio (oração)

Pe. Wellington Cristiano da Silva, Reitor do Seminário Propedêutico Mons. Valentim Loch, São José/SC

e mulheres por ti amados (cf. Lc 2,14). “Pois escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos” (Lc 10,21).

É Natal. É tempo de, como Maria, contemplar a mística do presépio. Fixemos nossos olhares no Menino da manjedoura, guardando a lembrança deste tão sublime acontecimento e meditando sobre ele em nosso coração (cf. Lc 2,19).

Missio (missão) No mistério da encarnação, Deus mostra ao ser humano o seu rosto. No Natal de Jesus, celebramos o nascimento da eterna e nova aliança do amor divino com a humanidade. Como cristãos da natividade, estamos comprometidos a anunciar, sem temor, a alegria do encontro com o Sol nascente que nos vem sempre visitar (cf. Lc 1,78). O encontro com o recém-nascido nos impulsiona à missão: voltamos para nossas atividades cotidianas com novo sentido para vida, louvando e glorificando a Deus por tudo o que temos visto e ouvido (cf. Lc 2,20).

Glória a ti, Senhor, no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens

Conhecendo o livro dos Salmos - 104 (103): “A glória do criador” Pe. Ney Brasil Pereira Como o salmo precedente, também esse começa e termina com o convite a bendizer a Deus que o salmista faz a si mesmo. O convite é breve, e logo ele prorrompe numa exclamação entusiasmada, semelhante à do Salmo 8º, proclamando a grandeza do Deus Criador, assim como o Salmo 103 proclama a sua misericórdia e o Salmo 99 a sua santidade. Nova exclamação voltará no v. 24, exaltando as “numerosas” obras do Senhor. Os pesquisadores encontram no “Hino ao Sol”, do faraó egípcio Akenáton, do séc. XIV aC, a fonte literária de inspiração para esse salmo. Como quer que seja, seu autor tem a mesma cosmovisão, fundamental, do primeiro versículo do livro do Gênesis: “No princípio, Deus criou o céu e a terra” (Gn

1,1). Tudo, todas as coisas, todas as criaturas, são reveladoras da glória do Criador. Aqui, porém, elas não são convidadas a louvar, como pedia o final do salmo precedente (cf. Sl 101,20-22) ou como o fará o Salmo 148. O próprio salmista é quem louva, fazendo-se porta-voz dessas criaturas e retomando, a seu modo, a narrativa da criação. Após exaltar a grandeza de Deus no céu (vv. 1b-4), ele volta-se para a terra e tudo o que há nela, especialmente o ser humano (vv. 5-24). Passa, em seguida, ao mar (vv. 25-26) e ao sustento e renovação dos seres vivos (vv. 27-30). No final (vv. 31-34), espera que seu poema agrade ao Senhor e se compromete a continuar louvando-o “enquanto viver”.

Leia o salmo e medite: 1) Que pretende o autor com este salmo? Em que página da Bíblia ele se inspira? 2) Destaque alguma das imagens que ele usa nos vv. 2, 3 e 4. 3) O que ele diz da lua e do sol, considerados divindades pelos antigos? 4) De onde vem a invocação do Espírito Santo que tantas vezes rezamos? 5) Qual o sentido do desejo, expresso pelo salmista, de que “não haja mais ímpios”?

A análise completa deste salmo se encontra no site da Arquidiocese: www.arquifln.org.br


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evangelização

Pastoral da Comunicação de Santa Catarina se reúne em mutirão O II Muticom contou com a presença dos assessores da CNBB, Irmã Elide e Pe. Clóvis “Auxílio gratuito que prestam uns aos outros os membros de uma comunidade, em proveito de todos”, essa é a proposta de um mutirão. Assim, com o objetivo de ampliar as formas de comunicação nas dioceses de Santa Catarina, agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom) do Regional Sul 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estiveram reunidos, de 14 a 16 de novembro, no II Mutirão da Comunicação (Muticom), em Florianópolis. O evento teve como tema: “Uma nova Paróquia” e o lema: “Construindo em comunidade a cultura do encontro”. A palestra de abertura do mutirão, realizada na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, foi feita pelo Pe. Atílio Hartmann, editor da

Representantes das dioceses de todo estado participaram do Muticom revista dos Jesuítas do Brasil. Nos dias 15 e 16, o encontro prosseguiu na Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC) e contou com a presença da assessora nacional da Pascom, Irmã Elide Fo-

golare, e do assessor da Comissão para a Comunicação da CNBB, Pe. Clóvis de Melo Andrade. Eles falaram sobre o Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil. De acordo com o Pe. Clóvis, o documento tem

como objetivo “orientar a prática da comunicação da Igreja nos vários seguimentos da comunicação a partir da Pascom”. As tardes foram reservadas para as oficinas práticas. Também estiveram presentes no encontro o Bispo de Joinville, Dom Irineu Roque Scherer, referencial da Pascom no Regional Sul 4, e o Arcebispo de Florianópolis e presidente do Regional Sul 4, Dom Wilson Tadeu Junck, scj. Nosso arcebispo espera que a partir do Muticom aconteça “um crescimento maior e bem articulado de toda a comunicação em todo o Regional”. O próximo Mutirão da Comunicação do Regional será em Criciúma no ano de 2016. Amauri Almeida Santos Jornalista

Cristãos se engajam nos trabalhos sociais A Exortação Apostólica do Papa Francisco colocada em prática no encontro arquidiocesano da dimensão social Voluntários, colaboradores e beneficiários das entidades, pastorais e ações sociais da Arquidiocese participaram do encontro da dimensão social da evangelização, ocorrida no dia 15 de novembro, na Paróquia Senhor Bom Jesus, em Palhoça. Na abertura, o Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, destacou a importância da dimensão social da evangelização. Junto com Palavra e Liturgia, a Caridade Social é um dos três serviços da evangelização. “Não podemos atuar apenas numa dimensão e esquecer as outras, pois corremos o risco de não sermos autênticos na nossa atuação”, destacou Dom Wilson mostrando alegria com a presença de tantas obras sociais no encontro. No momento formativo, o pároco da Paróquia Sagrados Corações de Barrei-

O Arcebispo falou para os mais de 200 participantes do encontro em Palhoça ros, Pe. Alceoni Berkenbrock, apresentou o quarto capítulo da Exortação Apostólica “Evangelli Gaudium”, do Papa

Francisco, que trata especificamente da dimensão social da evangelização. A forma da abordagem do tema mostrou

quão próximas de nós são as inquietações do Papa Francisco, motivando todos os cristãos a se engajarem na dimensão social. A parte da tarde foi destinada à partilha dos trabalhos desenvolvidos pelas organizações sociais, através de exposição, teatro, música e poesia. Cada instituição mostrou um pouco do que realiza em favor dos irmãos empobrecidos. Foi um encontro maravilhoso. Um dia agradável de partilha e solidariedade, de grandes emoções. Percebi o poder do Evangelho quando é colocado em prática, onde os ensinamentos de Jesus tornam-se obras, grandes obras de amor ao próximo e do seguimento da Palavra de Deus. Fernando Anísio Batista, Ação Social Arquidiocesana


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evangelização

Campanha da Fraternidade 2015 debate sobre a Igreja e Sociedade Lideranças da Arquidiocese aprofundam o tema Com o tema “Fraternidade: Igreja e sociedade” e lema “Eu vim para servir” (Mc 10,45), a Campanha da Fraternidade (CF) do próximo ano pretende aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, como serviço ao povo brasileiro, para a edificação do Reino de Deus (Texto base p. 10). Com o objetivo de preparar os animadores, através do estudo da temática, a partir do texto-base e de outros materiais preparados pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nos dias 07 a 09 de novembro, em Lages, aconteceu o Seminário Regional da CF 2015. A Arquidiocese de Florianópolis se fez presente. Pe. Anésio Ferla, um dos assessores, iniciou os trabalhos fazendo uma memória

Caridade social

das Campanhas da Fraternidade realizadas ao longo dos 50 anos de sua existência. Outro destaque do evento foi a contribuição do professor Armando de Melo Lisboa, convidado especial, para fazer um contraponto, como leigo. Destacou ideias fortes do texto e as lacunas, levantou desafios à prática pastoral e detalhou alguns questionamentos. Concluindo os trabalhos, Adelir Raup, coordenadora regional da CF, falou sobre a importância de uma boa articulação da campanha em todos os níveis nas dioceses. Cada região, por meio dos representantes, elaborou as propostas de ação, inspiradas no texto-base.

Fundo de Solidariedade

ranças das paróquias, pastorais, movimentos, serviços e organismos participaram do Seminário Arquidiocesano da Campanha da Fraternidade, em Tijucas. Além de estudar o texto-base, com a assessoria do Pe. Vitor Galdino Feller, os participantes puderam conhecer os trabalhos que são apoiados com os recursos do Fundo de Solidariedade, proveniente da coleta da Campanha realizada a cada ano, no Domingo de Ramos. A partir de agora, o objetivo das lideranças é fazer com que o estudo e as ações propostas continuem a acontecer em todas as instâncias da Arquidiocese. Irmã Teresa Nascimento Congregação Irmãzinhas da Imaculada Conceição

Ainda no contexto da Campanha do ano que vem, no dia 29 de novembro, 65 lide-

“Cozinha do Tio Lau” busca saciar a fome de crianças carentes “Aqui é uma boa ação. A comida é bem gostosa”.

“Aqui é uma boa ação, pois há mães que trabalham e não têm como alimentar os filhos que ficam na rua. E a comida é gostosa”. Palavras do Ayko, 12 anos, que todo dia, há três anos, almoça na Cozinha Comunitária Senhor Bom Jesus dos Passos, no bairro José Nitro, em São José. Ayko, que tem o sonho de ser engenheiro e arquiteto, leva os dois irmãos menores para alJurema e Dona Alice na alegria de servir as crianças moçar lá também. A Cozinha Comunitária “Cozinha Comunitária”. da Paróquia Santa Cruz foi fundaSão atendidas crianças de zero a da no dia 10 de setembro de 2003 14 anos, gestantes em risco, doentes pelo Diácono Venceslau Alves Fere idosos, de segunda a sexta-feira. reira (Tio Lau, como era chamado), Em média, 40 crianças do José Nifalecido em 02 de outubro deste ano. tro e de bairros vizinhos almoçam na Segundo relato do pároco, Pe. Kelvin Cozinha Comunitária que tem como Borges Konz, o Diácono Venceslau, lema: “Se morrer de fome é a maior com o apoio do pároco da época, miséria humana, deixar alguém morPe. Valdir Stähelin, visitou os projetos rer de fome é a maior miséria espirido Pe. Fachini, em Joinville. E trouxe tual”. então para a Paróquia o projeto da

A “cozinha do Tio Lau”, como também é conhecida, conta com o apoio de voluntárias: Euzi, Eva, Izabel, Alice, Evanir, Judite e a coordenadora, Teresinha Meurer Guesser. “A felicidade é ver as crianças bem alimentadas”, afirmou Teresinha. “Não sei o que seriam destas crianças sem a cozinha”, relatou a voluntária Dona Alice da Rosa Silva. Da esq. pra dir. Tias Zica, Eva, Teresinha e Alice Conforme explicou a presidente da Ação Social, Jurema Alexandre, para algumas crianças o almoço será a única refeição do dia, devido à situação de pobreza da família. “Deveriam ter mais cozinhas comunitárias e parcerias. Tem muita gente passando fome. ‘Faze o bem, que te faz bem’ é a minha frase preferida. Eu me sinto bem ajudando aqui”, lembrou Jurema.

Benfeitores da cozinha comunitária: Associação dos Amigos do Banco do Brasil do Roçado, Empresa Transvânio, Mini Mercado JN (senhor Lôla), Ação Social Paroquial e Lourenço Manes, de Antonio Carlos, além das doações espontâneas. Mais informações sobre o projeto na Paróquia Santa Cruz, Areias, São José, pelo telefone: (48) 3246-5572.


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evangelização Trabalhos sociais são homenageados na Catedral Missa festiva e entrega de prêmio marcam dia de Santa Catarina

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Cronograma de dezembro 6/12 | 8h | Encontro das Famílias dos seminaristas | Conv. Emaús 7/12 | 8h | Encontro Coord. Comarcais de Catequese | Perequê 10/12 | 20h | 2º Coral Natal - Concerto Espiritual de Natal | Catedral 14/12 | Maranathá - Com. Divino Oleiro | CEAR 16/12 | Aniversário de Santa Paulina | Santuário Santa Paulina 13/12 | Reunião do Setor Juventude | Cacupé

Os fiéis celebraram e relembraram no dia 25 de novembro, Santa Catarina de Alexandria, em uma Missa na Catedral Metropolitana de Florianópolis. A santa, que é padroeira do Estado, da Arquidiocese de Florianópolis e co-padroeira da capital, é lembrada pela fidelidade à vontade de Deus. “Quando participamos da festa da Padroeira lembramos que Deus quer ser sinal de amor em nossa vida, e assim que nós ajudemos a construir a Igreja. Se nossas ações testemunham a vontade de Deus, o mundo muda para melhor.”, destacou o Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck na homilia. No fim da celebração, foi entregue o Prêmio de Iniciativa Solidária Dom Afonso Niehues para instituições que contribuíram para a cultura da solidariedade. O prêmio visou manter viva a chama da paz, da esperança e da solidariedade que atualmente está presente nas diversas ações desenvolvidas pelas entidades e grupos sociais. Doze entidades participaram do Prêmio, sendo que o primeiro lugar ficou com a Fundação Fé e Alegria do Brasil e o segundo lugar a Associação Beneficente São Dimas. As demais foram homenageadas com uma placa pelo trabalho que

desenvolvem. A Fundação Fé e Alegria do Brasil desenvolve ações sociais e educativas na região da Palhoça. A iniciativa solidária é intitulada “Formando Comunidades” e tem o foco em cursos de qualificação profissional e formação humana para promover o acesso da população empobrecida à inclusão no mundo do trabalho. Ana Paula Luna, assessora de Projetos Sociais da fundação relata: “Estamos muito alegres! Cada conquista que temos é a certeza de que o trabalho pode continuar. É um fortalecimento deste trabalho”. Já a Associação Beneficiente São Dimas (ASBEDIM) visa assistir os encarcerados e suas famílias. Por diversos problemas, como superlotação de estabelecimentos e precariedade das instalações, a Associação pretende através da melhora de um consultório odontológico e do Projeto Estampa Livre, contribuir ainda mais com a Pastoral Carcerária. “Gostaria de agradecer a todos os trabalhos sociais realizados. Que o nosso prêmio possa ser um caminho para dar esse reconhecimento e essa notoriedade para toda a Arquidiocese.” disse o Arcebispo, finalizando uma noite que foi única e muito especial.

Encontro discute ciência e fé na UFSC O I Encontro Catarinense “Ciência, Razão e Religião” ocorreu em Florianópolis, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), de 01 a 02 de novembro. Contou com a participação de 60 jovens do Regional Sul 4 da CNBB. O encontro surgiu na extensão da proposta da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de promover o “diálogo entre fé e razão e formar pensadores e pessoas que estejam em níveis de decisão, evangelizando, com especial aten-

ção e empenho nos novos areópagos” (Diretrizes gerais da ação evangelizadora da Igreja do Brasil, 2011-2015, n. 117). Na prática, busca integrar num continuum a caminhada da Pastoral Juvenil e da Pastoral Universitária no âmbito do Regional Sul 4 da CNBB, que abrange as 10 dioceses do Estado de Santa Catarina, e o diálogo com a sociedade. Pe. William Vianna Assessor da Pastoral Universitária

Paróquia do Estreito é exemplo de devoção, serviço e oração Sete décadas com a Virgem de Fátima Com o Decreto Episcopal de 25 de novembro de 1944, o Estreito foi eclesiasticamente desmembrado de São José e elevado à Paróquia, tendo como primeiro vigário, Frei Felisberto Imhorst. A comunidade do Senhor Bom Jesus, que já existia há alguns anos, passou a pertencer à Paróquia. No dia 12 de outubro de 1987 foi criado e instalado o Santuário atendendo a uma antiga aspiração da comunidade e as expressivas manifestações de fé a Nossa Senhora de Fátima. Esta devoção continua em cada dia 13 dos meses de maio a outubro. É um dia de oração encerrando com a procissão luminosa que reúne não só paroquianos como peregrinos de outras paróquias. Um momento importante na paróquia é a Festa do Divino Espírito Santo. Como parte da preparação, as bandeireiras são enviadas em missão a partir do domingo de Páscoa. Levam, além das bandeiras do Divino, oração e bênção às casas da paróquia durante o Tempo Pascal. Retornam na novena que antecede a festa, a qual se constitui em uma celebração e confraternização das famílias. Com o mesmo espírito missionário, durante o Advento, um grupo de pessoas visita as casas levando a imagem do Menino Jesus, juntamente com a oração e mensagem de fé em preparação ao Natal. A paróquia, sob a coordenação do Conselho Paroquial de Pastoral, conta com 25 grupos entre pastorais, movimentos e organismos. O Santuário tem vários momentos de oração: missa todas as noites, missa para os doentes às quartasfeiras à tarde, oração diária do terço, adoração e bênção do Santíssimo Sacramento todas as quintas-feiras à tarde.

Muitos presbíteros exerceram o ministério nesta paróquia. Atualmente, o pároco é o Pe. Nildo Dubiella; o vigário, Pe. João Cardoso e o diácono João Flávio Vendrúscolo.

Testemunho de amor Gertrudes Maria Becker, professora aposentada, participante da Legião de Maria, da Pastoral do Batismo e da Liturgia da Paróquia do Estreito, dá o seguinte testemunho: “Cheguei no Estreito com seis anos de idade e estou até hoje. Para mim estas sete décadas de fundação da Paróquia representam anos de vivência religiosa, de crescimento espiritual. Um fato de alegria no Santuário aconteceu em 1987, com a presença da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima. Era carnaval, mas o povo veio com todo fervor religioso nos dois dias em que a imagem esteve no Santuário, para expressar o amor a Maria. Também outro ponto que observo nestes anos é a dedicação dos padres em fazer crescer a fé do povo, o atendimento espiritual e material através da ação social, das pastorais, movimentos, serviços e associações”. Leda Cassol Vendrúscolo Coordenadora do CPP


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geral

Dona Onélia, uma vida doada para a evangelização A Casa da Providência em Itajaí atrai as pessoas pela doação gratuita e simples Ela dizia que quando era pequena tinha sonhos que se tornavam realidade. Se o sonho era ruim, ela rezava para não acontecer. Mas foi um ano após a morte do marido que Onélia Dalçóquio Baptista começou a rezar realmente pelas pessoas que a procuravam na residência, no bairro Salseiros, em Itajaí. Começaram então os grupos de oração e o número foi aumentando. Da primeira casa, há 23 anos, hoje estão na terceira, que se tornou uma capela. Ou, como todos conhecem, Casa da Providência, que perdeu a fundadora, Dona Onélia, no dia 08 de outubro deste ano, aos 82 anos de idade. Cidadã honorária de Itajaí em 2009, Dona Onélia teve 16 filhos (12 vivos), 40 netos e 21 bisnetos. Do pobre ao rico, ela atendia a todos com simplicidade e alegria. “Minha mãe se preocupou só em evangelizar, tudo aconteceu natu-

ralmente. Ela foi se lançando, desprendendo-se de tudo e Deus foi fazendo a obra. Uma mulher muito ousada, corajosa. Frágil de corpo, mas tinha fortaleza dentro dela que era a alma. Não tinha interesse financeiro. Ela nunca se exaltou, sempre foi humilde, sofreu a vida toda. Ela conseguiu ser feliz no meio do sofrimento”, explicou o filho mais novo, Cláudio Baptista que serve há 18 anos na Casa da Providência. Além dos grupos de oração semanais, dos aconselhamentos e missas na Casa da Providência - nome dado pelo então Arcebispo de Florianópolis, Dom Eusébio Oscar Scheid - também é feito um amplo trabalho social. Famílias são cadastradas e recebem utensílios domésticos, brinquedos, calçados, roupas, fraldas, alimentos. Cerca de 50 servos auxiliam nesse trabalho e continuam a missão de Dona Onélia.

Mãe de 16 filhos, a senhora Baptista tinha sede de evangelizar

Um asilo em Navegantes também a ser santos. Minha madrinha explicaé atendido. A família relata que a inva que não dá para fugir do Espírito cansável senhora Baptista andava Santo”, relembra André que hoje tamnos morros mais pobres de Itajaí para bém é Ministro da Comunhão. ajudar. “Tirava dinheiro da própria A obra da Casa de Providência aposentadoria”, afirma a filha Elsa teve uma ajuda especial. Há mais Baptista Buzzi. de 20 anos, Jorgina Maria de Lemos A neta mais nova é Izing, conhecida por coroinha e aos oito anos foi de bicicleta Ela doou a vida ao Espírito Gina, de idade já é dizimista do bairro Cordeiros Santo e isto não vai acabar, onde mora até Salcom a mesada que reporque é uma obra de Deus seiros para falar com cebe. “Foi numa missa Maristela Sardo, serva e vizinha do dízimo que senti no Dona Onélia. De uma da Casa da Providência coração”, comenta Marápida conversa surgiu riana Baptista. o desejo de formar um grupo de oraAndré Luiz Conceição tem 43 ção. Era uma segunda-feira. Na sexanos e há 12 é servo na capela que ta-feira, o grupo começava. pertence à Paróquia São Cristóvão. Grupos foram abertos em outros Ele “curtia a noite na região de Itajaí”, bairros de Itajaí. Gina se tornava enmas já estava em busca de Deus. Um tão grande amiga de Onélia e as duas dia André foi no grupo de oração na evangelizavam também nas casas. Casa da Providência e se sentiu atraí“Tudo ela passava para mim. Onélia do pela simplicidade. Começou a perse alimentava da Palavra e o imporseverar e as festas do mundo já não tante era falar de Jesus, evangelizar, o atraíam. Aos 32 anos foi crismado não queria perder tempo. Muitos matendo a fundadora como madrinha. trimônios e vidas foram restaurados “Realmente ela me assumiu como fipelos conselhos da Onélia que dizia: lho. Ela dizia que a nossa essência é ‘Jesus sem Maria, nada. É um coma conversão e que esta vai nos levar plemento’”, relata Gina.

André, Maristela, Elsa e Amélia, servos da Casa da Providência

Casa da Providência Endereço: Rua João Baptista, 1207, bairro Salseiros, Itajaí. - Grupo de oração: sexta-feira, 19h30 - Grupo de oração para jovem: domingo, 18h


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