Boitatà

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Zoè Gruni


July 20 - August 20 - 2013

Zoè Gruni Boitatá Galleria Progetti Travessa do comércio 22 arco do telles centro 20010-080 Rio de Jneiro rj - Brasil


Boitatรก


“Boitatà_n°1/7”

2103 charcoal on paper, 27 x 39 inches (70 x 100 cm)















“Boitatà voador_n°1/2”

2013, diptych, digital print on photo paper, 43 x 43 inches (110 x 110 cm)





Backstage 'BoitatĂ '

2013, digital video, photo by Lyana Peck



'BoitatĂ ' 2013, frame from digital video, 13'00''















“Boitatà” 2013, Sound track: Tek Tek Gerbelier, Joao Paulo Deogracias



BOITATA’

Boitatà pele de monstro Boi-tatà segunda pele para enfrentar o desconhecido. Nascida da agua pra virar ar, luz azul, gas de carcaça, come olhos escondida no escuro da gruta. De mato, de rua, usando fogo para defender a selva. Bem e mal no mesmo corpo, assustador mas terno, Boitatà o protetor. Zoè Gruni Rio de Janeiro, julho 2013

“Porque na selva nao existem mentiras, existem verdades pessoais” Extraido de “Cruzeiro do Sul” de Cildo Meireles, 1970.


“Boitatà” é uma lenda indígena que descreve uma cobra de fogo de olhos enormes ou flamejantes. Foram encontrados relatos do Boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta em 1560. Para os índios ele é "Mbaê-Tata", ou Coisa de Fogo, e mora no fundo dos rios. A narrativa varia muito de região para região. Único sobrevivente de um grande dilúvio que cobriu a terra, o Boitatá escapou entrando num buraco e lá ficando, no escuro, motivo pelo qual seus olhos cresceram. Outros dizem que é a alma de um malvado, que vai incendiando o mato à medida que passa. Por outro lado, em certos locais ele protege a floresta dos incêndios. Algumas vezes persegue os viajantes noturnos, ou é visto como um facho cintilante de fogo correndo de um lado para o outro da mata. Tem vários outros nomes: Cumadre Fulôzinha, Baitatá, Batatá, Bitatá, Batatão e Biatatá. O Boitatá pode ser uma explicação mágica para o fenômeno do fogo-fatuo. A pesquisa artística de Zoè Gruni busca a exploração escultural da corporeidade por meio da criação de esculturas que podem ser vestidas e vividas. Estas esculturas são figuras híbridas de seres humanos e personagens folclóricas da cultura onde a artista está imersa, e, geralmente, são feitas com materiais produzidos pela economia local. Durante o período em que viveu em Los Angeles, a artista desenvolveu o projeto Urban Jackalope, uma escultura da lendária criatura americana, feita de fibra de palmeira, e com a qual ela fez várias aparições performáticas nas ruas da Califórnia. Vivendo agora no Brasil há mais de um ano, Zoè criou a escultura Boitatá, feita com câmaras de ar de bicicleta costuradas por ela mesma, já que a borracha é extraída na Amazônia, região de onde provém a lendária serpente de fogo. Marina Coelho Sao Paulo, junho 2013


“Boitatà” 2013, Progetti Rio, installation view




BOITATA’ A project by Zoè Gruni Brazil, 2012-2013 Video: Photography: Lyana Peck Editing: Lyana Peck, Uriel Maniglia Sound track: Tek Tek Gerbelier, Joao Paulo Deogracias Performance: Zoè Gruni, Marcia Ferreira Backstage: Zoè Gruni, Lyana Peck

Thanks to: Alejandro Quinioa Jose Carlos P.Costa Marina Coelho Kunsthalle, San Paolo Residencia artistica FAAP, San Paolo Movin’Up GAI, Italy Galeria Progetti, Rio de Janeiro Paola Colacurcio Bernardo Damasceno Xico Chavez Alice Damasceno




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