Revista canto publishing

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REVISTA

ca nto.

CONHEÇA O CATALÃO A RESERVA DE MATA ATLÂNTICA DO FUNDÃO. DESCUBRA O QUE ESTÁ ACONTECENDO DENTRO DO CATALÃO

O FUTURO DO CATALÃO:PROJETOS PARA A REVITALIZÁ-LO

2014.1

1


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Reitor Carlos Antônio Levi da Conceição Vice-Reitor Antônio José Ledo Alves da Cunha Decana do Centro de Letras e Artes Flora De Paoli Faria Vice-Decana do Centro de Letras e Artes Cristina Tranjan Diretor da Escola de Belas Artes Carlos Gonçalves Terra Vice-Diretora da Escola de Belas Artes Helenise Monteiro Guimarães Diretor Adjunto de Graduação Dalton Almeida Raphael Diretor Adjunto de Pós-Graduação


editor i a l A revista Canto é uma publicação semestral sobre o Parque do Catalão, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Embora a UFRJ mantenha uma reserva de mata atlântica na Ilha da Cidade Universitária, poucos sabem deste fato. Sendo assim, o objetivo da nossa publicação é fazer parte de um conjunto de estratégias de comunicação visual para a divulgação deste espaço, constituindo um veículo de apresentação dos diversos projetos que são realizados na Universidade.A revista é editada em parceria com o Horto Universitário, setor responsável pela administração e manutenção da reserva do Catalão, e busca o reconhecimento e valorização desta área por toda a comunidade, assim como pelas empresas implantadas no Campus, e por seus funcionários.O nome da revista “Canto”, elaborado de modo coletivo pelas turmas de projeto de Comunicação Visual, remete à questão territorial do Parque, explora a sonoridade da palavra, que se aproxima de modo sutil ao próprio nome Catalão e, ainda, apresenta a riqueza de fauna e flora presente no local, percebida pelas diversas espécies de pássaros que frequentam o Parque. Sendo assim, Canto representa o silêncio do acolhimento, da tranquilidade deste espaço, e os sons do Catalão.Bem-vindo ao nosso Canto e boa leitura!

Julie Pires,Editora da Canto.


S U M A-R I O 04

Histórico da Reserva Conheça a história da reserva florestal dentro do fundão que inspirou a criação desta publicação.

12

Botânica Descubra as espécies que compõe o ecossistema da reserva do catalão.

16

Biologia Saiba dos estudos desenvolvidos pela UFRJ na reserva.

19

A importânicia do Horto O que essa reserva significa para comunidade acadêmica da ilha do fundão.Qual será o seu futuro?

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Um corredor ecológico Saiba qual é o papel da reserva em manter o equilíbrio de vários ecossistemas da cidade.


Conheça o Catalão com as visitas guiadas e

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descubra a reserva melhor.

Música na Reserva Projeto desnvolvido por alunos do curso de

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música da UFRJ dentro da reserva

As espécies Descubra algumas das espécies que hambi-

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tam a reserva do catalão.

Artes Visuais Intervenções sos alunos de design da UFRJ mostram a beleza e o valor do catalão para a comunidade.

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contato:revistacanto@ufrj.br

Tiragem 1.000 exemplares

Impressão Gráfica Definir

Colaboradores deste número Angela Iaffe Jofre Silva Leticia de Luna Freire.

Revisão Julie Pires

Tratamento de imagem Arthur Magalhães Mariana Werneck

Fotografia Alfredo Heleno Oliveira Mariana Werneck

Design Arthur Magalhães Mariana Werneck

Edição Julie Pires Angela Iaffe

Revista Canto Revista do Parque do Catalão UFRJ

Programação:Visitas guiadas



A Cidade Universitária da UFRJ foi formada, no fim dos anos 1940, pela união de 8 ilhas. No processo de construção da Cidade Universitária foram utilizados grandes tratores chamados “bulldozers” que cortavam o relevo e jogavam o material retirado entre as ilhas, aterrando e unindo elas. O resultado foi uma grande área plana, porém, na época, com aparência de um deserto.

Em1944 por sugestão do engenheiro Alberto de Melo Flôres, diretor de Obras do Ministério da Aeronáutica, foi considerada a possibilidade

1953

Vista aérea da construção da Ilha Universitária.

de locação para a Cidade Universitária em uma área a ser constituída pela unificação de seis ilhas pertencentes à União (Bom Jesus, Sapucaia, Pindaí do França, Pindaí do Ferreira, Pinheiro e Fundão, com exceção da sua parte alodial), situadas entre a Ponta do Caju e a Ilha do Governador, em frente a Manguinhos. Havendo necessidade, a área poderia ainda ser expandida com a inclusão das outras três ilhas circunvizinhas (Baiacu, Cabras e Catalão) que compunham o arquipélago. Existia, até então, a indicação de outras localidades, mas, dentre as propostas apresentadas, surgia, pela primeira vez, a ideia de se criar uma Ilha Universitária. A “felicidade da indicação” (Barbosa, 1945), em comparação às outras áreas cogitadas, foi confirmada pela opinião dos diversos especialistas, autoridades, professores, urbanistas, arquitetos e engenheiros consultados pelo

Documentos produzidos pelo ETUB sobre a localização da Cidade Universitária expuseram as avaliações feitas segundo “critérios de máximo rigor e imparcialidade”, sugeridos pelo engenheiro Paulo de Assis Ribeiro, examinando fatores como distâncias, acessibilidade, custos de aquisição, despesas de preparo do terreno e de construção, custos financeiros e sociais decorrentes de desapropriações, demolições de benfeitorias, valorização do patrimônio, etc.

ETUB (Escritório Técnico da Universidade do Brasil), Hildebrando de Araújo Góis, Raul Leitão da Cunha (Reitor da UB), General Eurico Gaspar Dutra (Ministro da Guerra), Gustavo Capanema (Ministro da Educação), Henrique Dodsworth (Prefeito do Distrito Federal) e Ana Amélia Carneiro de Mendonça (Presidente da Casa do Estudante). 05 || C A N T O || 2014.2


Após transitar por todas as esferas envolvidas, direta e indiretamen-

Assim como as demais localidades analisadas, o arquipélago também

te, com a localização da Cidade Universitária, o diretor do DASP,

apresentava alguns inconvenientes, porém, considerados menos gra-

Luiz Simões Lopes, apresentou, na Exposição de Motivos nº 936,

ves: o ruído de aviões decorrente da proximidade da Base Aérea do

de 14/05/45, os fundamentos que iriam embasar a escolha final pelo

Galeão e do Aeroclube de Manguinhos, e a proximidade de corpora-

arquipélago. (ETUB, 1954, Barbosa, 1945, Oliveira, 2005):

ções militares, o que, em situações de rivalidades e conflitos, poderia amplificar os choques entre soldados e praças.

• A proximidade da área ao centro de gravidade da população estudantil, garantindo, ao mesmo tempo, um relativo isolamento; • A construção de um hospital em área vizinha a bairros operários proporcionaria a ocorrência de uma variedade de casos típicos para estudo, devido à vasta clientela que se destinaria aos seus ambulatórios e clínicas; • As condições climáticas da área favoreceriam a prática de esportes • A existência de pedra, areia e saibro na área e a possibilidade de receber, por via marítima, ferro e cimento, facilitariam as obras do aterro; • A constituição geológica das ilhas de Bom Jesus, Pindaí do França, Pindaí do Ferreira, Fundão, Pinheiro e Sapucaia (exceto uma parte) propiciariam um terreno firme de 3.720.000m²; • Por fim, a possibilidade de expansão do terreno, em caso de necessidade, com a inclusão das ilhas de Baiacu, Cabras e Catalão, resultando em área superior a 5.000.000m².

Ao apoiarem a proposta, o Ministro da Guerra e o Ministro da Aeronáutica colocaram, respectivamente, duas restrições para a construção da Cidade Universitária no local: a conservação do Asilo dos Inválidos da Pátria, na extremidade nordeste da Ilha de Bom Jesus, e o não atraso na construção da ponte que ligaria a Ilha do Fundão ao continente. Restrições que não chegaram a se tornar obstáculos que invalidassem a proposta, uma vez que não havia interesse imediato de apropriação do prédio do Asilo pela universidade, sendo sua presença inclusive desejável do ponto de vista social, cultural e artístico, e que a construção da referida ponte, à época iniciada pelo Ministério da Aeronáutica, já tinha sua ampliação prevista no projeto da Cidade Universitária (Oliveira, 2005).

CRITÉRIOS UTILIZADOS PELA ETUB

1

Fatores de ordem política e

social: facilidade para obter a área; acessibilidade; custo da condução; integração ao meio; ambiente universitário.

2

Fatores de ordem econômica: custo dos terrenos e das

obras complementares; custos das construções; custo das

utilidades (instalação de redes

3

Fatores de ordem técnica:

circunvizinhança; condições

do clima; área, forma e relevo topográfico; condições

favoráveis ao ensino científico,

de água, esgoto,eletricidade,

artístico, cultural; condições

etc.).

favoráveis à educação física e esportiva.

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Havia ainda nos jornais a opinião que qualificava de “absurda” a construção de uma universidade em ilhas, haja vista o excesso de áreas livres na cidade.

1945

Árquipelogo onde foi localizada a cidade Universitária.

Dessa forma, o presidente Getúlio Vargas respondeu favoravelmente

Além da construção da Avenida Brasil, inaugurada em 1946, consoli-

à Exposição de Motivos encaminhada pelo diretor do DASP, assinan-

dando a expansão industrial da cidade em direção à zona norte, toda

do o Decreto-lei nº 7.536, dispondo sobre a localização definitiva da

a região da Ilha do Governador estava passando por grandes transfor-

Cidade Universitária da Universidade do Brasil.Apesar da aprovação

mações, sobretudo em torno da criação da Base Aérea do Galeão, pelo

oficial, logo foram manifestadas algumas dúvidas, críticas e especula-

Ministério da Aeronáutica.

ções em diversos jornais da época sobre o projeto, devendo aqui men-

Um anúncio de venda de lotes no Jardim Guanabara, indicava, já

cionarmos o cuidado de Luiz Hildebrando Horta Barbosa (1946) em examinar e responder a todas elas, com vistas a “formar uma opinião mais justa e exata a respeito desse problema fundamental”.

no final dos anos 1930, a valorização do bairro insular, nos arredores da capital. Lembrando o exemplo de Copacabana, a propaganda da Companhia Santa Cruz (1936) previa: “O que hoje custa tão pouco

Havia ainda nos jornais a opinião que qualificava de “absurda” a cons-

representa uma fortuna no dia de amanhã!”Tantas eram as condições

trução de uma universidade em ilhas, haja vista o excesso de áreas

favoráveis que em 20 de outubro de 1948 - três anos após o decreto-lei

livres na cidade. A esse respeito, ponderava-se que as maiores áreas

que havia definido o arquipélago como local a abrigar a futura Cidade

disponíveis situavam-se em bairros como Bangu, Campo Grande e

Universitária - foi sancionada a Lei nº 447, dando um ponto final ao

Recreio dos Bandeirantes e que, por esse motivo, não atendiam à exi-

longo processo de discussões e questionamentos sobre a sua localização

gência imprescindível de que a Cidade Universitária fosse “urbana”,

e permitindo ao ETUB pleitear a abertura de um crédito especial de

construída em “um grande terreno em zona a mais central possível, de

Cr$12.860.000,00 pelo Decreto nº 25.995, de dezembro de 1948,

fácil e rápido acesso”.

para finalmente dar início às obras.

Outra crítica referia-se à “inoportunidade do início de obra de tão grande vulto numa época de inflação e de escassez de materiais de construção, de transporte e de mão de obra”, para a qual Luiz Hildebrando Barbosa sublinhava a importância do empreendimento para a nação, ressaltando os numerosos imóveis federais inutilizados que, por lei, seriam vendidos para pagar despesas com as obras e que, devido a sua complexidade, estas se estenderiam por 6 a 8 anos, prazo em que provavelmente a carência de materiais, transporte e mão de obra não se constituiria mais um problema.

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A criação de um Parque na Ilha do Fundão já havia sido cogitada no programa inicial de trabalho de junção das ilhas para a Cidade Universitária, para sua arborização. Em setembro de 1996, foi liberada uma verba especial, pelo Governo Federal, para a realização de obras de melhoria da infra-estrutura da Ilha do Fundão, prevendose uma possível realização das Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2004. Desta verba foi destinada uma parte para implantar o Parque no Catalão.

Em setembro de 1996, foi liberada uma verba especial, pelo Governo Federal, para a realização de obras de melhoria da infra-estrutura da Ilha do Fundão, prevendose uma possível realização das Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2004. Desta verba foi destinada uma parte para implantar o Parque no Catalão.

O nome oficial de registro desta área é Parque da Mata Atlântica da UFRJ (Boletim da UFRJ portaria Nº 44, de 06 de janeiro de 2000), mas também é chamado Parque Frei Vellozo, em homenagem a Frei José Mariano da Conceição Vellozo, que foi um importante botânico brasileiro do século XVIII, ou Parque do Catalão.

Antes do aterro Em 1881, o oficial de artilharia Fausto de Souza calculava haver, na Baía da Guanabara mais de oitenta ilhas, com natureza e destinos diversos (Doria, 1922). Para se ter uma visão mais geral sobre as ilhas existentes no momento em que se iniciavam as obras de aterro hidráulico, no final dos anos 1940, Gastão Cruls, no livro Aparência do Rio de Janeiro, descrevia: De todas as ilhas da Guanabara, não só pela vastidão, como pelos foros que assumiu de importante subúrbio marítimo, destaca-se a Ilha do Governador, com 28.906.250m² de superfície e mais de 30.000 habitantes. Entre ela e as outras ilhas também integrantes do Distrito Federal (…) há uma grande diferença de tamanho, pois a que se lhe segue logo abaixo, Paquetá, já não tem mais de 1.093.075m², e vêm depois, sempre em ordem decrescente e apenas relacionadas às maiores, arredondando as cifras, Bom Jesus com 753.000, Fundão com 613.000, Sapucaia com 440.000, Boqueirão com 230.000, Catalão com 166.000, Cambembi com 162.000, Cobras com 154.000 e Brocoió com 143.000m². Ao todo, a área total das ilhas está computada em 35km². A breve reconstituição do que eram as nove ilhas localizadas na Enseada de Inhaúma anos antes de serem escolhidas para abrigar a Cidade Universitária baseou-se principalmente na série intitulada A Guanabara como natureza, publicada aos domingos, entre maio e junho de 1936, no jornal Correio da Manhã, na qual o jornalista Magalhães Corrêa relatava as suas observações e impressões sobre a região a partir das excursões realizadas por sua equipe à bordo do barco Acarioca. Tais excursões compreenderam a zona que ia da Ponta do Caju a Meriti, englobando quatorze ilhas consideradas “rurais”: Bom Jardim, Bom Jesus, Pinheiro, Pindaí do França, Pindaí do Ferreira, Catalão, Cabras, Baiacu, Fundão, Cambembi, Sapucaia, Raimundo, Anel e Saravatá.

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Ilha do Catalão Ao atracar na praia da Ilha do Catalão, a equipe de Magalhães Corrêa avistou cestos especiais para apanhar peixes e lagostas vivas, canoas de pescaria, uma grande plantação de mamoeiros, bananeiras e outras árvores frutíferas, além de dois pescadores da colônia Z5, junto a uma velha casa de tijolos. À esquerda, havia um alpendre coberto de zinco, sustentado por colunas de estipes de coqueiros, grandes árvores e uma enorme amendoeira. Ao sul da ilha, havia uma lavoura e, na extremidade meridional, uma enseada cuja praia era de fácil atracação com qualquer maré, havendo ali próximo um grupo de pedras, formando uma ilhota. Com 166.123m², a ilha era dividida, nos anos 1930, em duas propriedades particulares por uma linha feita de soqueira de bambu que a atravessava de praia a praia. Uma metade da ilha pertencia ao Sr. José Paz e seus irmãos e a outra ao Sr. Cândido de Araújo e irmãos, embora esta também fosse administrada pelo Sr. José Paz. Assim, como as demais ilhas do arquipélago, a Ilha do Catalão possuía uma rica flora e fauna nativa. Na proprie- CATALÃO - Corrupção de quâ-atã-ã. De quâ, “ponta”; dade da família Paz, atã, “têsa, ereta”, a ã, “em cima”. Lit., “ilha que onde outrora havia tem ponta ereta, em cima”. uma criação de gado, encontrava-se uma diversidade de aves (socós, garças, patos, galinhas, etc) e um grande e belo pomar, com mangueiras, pitangueiras, goiabeiras, araçazeiras, sapotizeiros, coqueiros, cajazeiros, parreiras, bananeiras, jambeiros, etc.No seu ponto mais alto, um morro ao centro, encontrava-se um verdadeiro solar colonial, com uma grande varanda, doze quartos, sala e cozinha, além de várias casas espalhadas. Da fachada deste solar, onde viviam seis irmãos com seus respectivos filhos, descortinava-se um “extraordinário panorama da Baía da Guanabara”. Por ocasião da criação da Cidade Universitária, um Parque da Mata Atlântica foi previsto no Catalão desde os planos iniciais de construção, sendo preservado até a atualidade. Foi unido por um “istmo” a partir de 1953, mas preservado com seu relevo e mata. Existia nele um dos 3 hortos com a função de arborizar o restante do Campus.

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O Parque Frei Vellozo na Península do Catalão, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, possui 17 ha e apresenta vegetação de restinga e manguezal na faixa litorânea. Em sua implantação, foram introduzidas cerca de 200 espécies típicas de floresta estacional tropical litorânea no seu território e mais de 40.000 mudas foram plantadas, com sucesso, na parte central da ilha.O Parque Frei Vellozo localiza-se na extremidade norte da Ilha do Fundão, na Baía de Guanabara, dentro do Campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A área do Parque corresponde à antiga Ilha do Catalão, que agora está unida à Ilha do Fundão por um istmo formado por aterro. O local agora é designado simplesmente por Catalão. O Parque tem uma área de 17 hectares, e é, quase que, totalmente rodeado pelo mar, tendo nas suas margens vegetação de restinga e de mangue. O seu relevo apresenta-se ainda como originalmente caracterizado por uma pequena colina. O solo do Parque também é original, não tendo sido desbastado, nem aterrado, a menos do istmo que é constituído por um aterro sobre o mar.

INVENTARIO DE ESPÉCIES O nome do Parque homenageia Frei José Mariano da Conceição Vellozo, que viveu de 1742 a 1811 e foi o autor da Flora Fluminensis, concluída em 1790. Ela contém classificação de 1.640 plantas nativas. Frei Vellozo foi o mais importante botânico brasileirodo século XVIII.A criação de um Parque na Ilha do Fundão já havia sido cogitada no programa inicial de trabalho da Reitoria, pelo Reitor da UFRJ da época, Prof. Paulo Alcantara Gomes e o Vice-Reitor, atualmente Reitor, Prof. José Henrique Vilhena de Paiva. Em setembro de 1996, foi liberada uma verba especial, pelo Governo Federal, para a realização de obras de melhoria da infra-estrutura da Ilha do Fundão, prevendo-se uma possível realização das Olimpíadas no Riode Janeiro em 2004. Desta verba foi destinada uma parte para implantar o Parque no Catalão.

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Pesquisa no Parque Antes do reflorestamento foi realizado um inventário das principais espécies arbóreas e arbustivas existentes no Catalão. Espécies que se dividem em

Espécies exóticas

Espécies brasileiras estranhas à região

Espécies nativas da região.

Reflorestamento: implantação Para executar o reflorestamento foi contratada a Companhia Vale do-

Cordia trichotoma, Dalbergia nigra, Deguelia longeracemosa, Di-

Rio Doce, que possui larga experiência em programas de recuperação

morphandra jorgei, Diospyros sp. (Abricó da mata), Eriotheca ma-

florestal. As mudas da fase inicial foram oriundas do Viveiro da Reser-

crophylla, Erythrina velutina, Eugeniinvolucrata, Eugenia sp1 (Praia-

va Florestal de Linhares (ES). Elas foram transportadas por caminhão

ninha), Eugenia sp2 (Araçá de balaio), Eugenia sp3 (Grumixama

e estocadas no Horto da Prefeitura da UFRJ. As matrizes destas mudas

amarela), Eugenia sp4 Spondias sp. (Cajazão).

são da Reserva Florestal de Linhares (ES), que é constituída por uma

A grande maioria das espécies plantadas são da Floresta Estacional

vegetação original de Floresta Estacional Tropical de Tabuleiro. Pres-

Tropical Litorânea, com algumas exceções. Nesta fase inicial foram

creveu-se que as mudas plantadas deveriam ser de espécies da Floresta

plantadas cerca de 38.000 mudas. Para os replantios foram obtidas

Estacional Tropical Litorânea da costa do Espírito Santo, Rio de Ja-

mudas de diversas origens: Viveiro da Reserva Florestal de Linhares

neiro e São Paulo.

(ES), Horto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RJ), Horto do

Algumas espécies inicialmente planta-

Dep. de Biologia da UFF em Niterói (RJ) e mudas originárias das

das em dezembro de 1996

diversas coletas feitas nos trabalhos de inventário de remanescentes de

foram as seguintes:

matas da Ilha do Governador e cultivadas no Horto da Prefeitura da

Espécies nativas plantadas: Acosmium lentiscifolium, Acrocomia

UFRJ.

aculeata, Anacardium occidentale, Andira fraxinifolia, Andira nitida,

O Programa de reflorestamento, ainda esta em desenvolvimento já Foi

Andira ormosioides, Apuleia leiocarpa, Ardisia crenata, Aspidos-

constatada a reocupação de aves na área do Parque. Em pesquisa

perma aff. subincanum, Aspidosperma cylindrocarpon, Astronium

feita pela UFRJ, foram encontradas 80 espécies diferentes de aves

graveolens, Bauhinia forficata, Bauhinia variegata var. alboflava,

na área do Catalão, mostrando que ela está em franca recuperação

Bauhinia variegata var. rubra, Bixa arborea, Bombacopsis sp. (Painei-

ecológica.

ra barriguda),


Bougainvillaea

spectabilis

Nativas da América do Sul,

essas angiospermas recebem

vários nomes populares,

como primavera, três-marias,

sempre-lustrosa, santa-rita,

ceboleiro, roseiro, roseta, riso,

pataguinha, pau-de-roseira e

flor-de-papel.

Coco-de-espinho A Acrocomia aculeata é uma palmeira nativa brasileira e uma das duas espécies que são popularmente conhecidas pelo nome de macaúba, macaíba, boicaiuva, macaúva, coco-de-catarro, coco-baboso

Delonix regia

e coco-de-espinho. A outra é a

A Delonix regia, também conhecida por flor-

Acrocomia intumescens.

do-paraíso, pau-rosa, flamboyant, flamboiaiã, flamboaiã e acácia-rubra, é uma árvore da família das leguminosas. É nativa da ilha de Madagáscar e da África tropical. O Chichá-fedorento (Sterculia foetida), oliva-de-java ou castanha-da-Índia é uma árvore que chega a medir até 20 metros, da família das esterculiáceas, nativa de regiões tropicais da Índia e Malásia e introduzida no Brasil como

regiões do Mundo.

sido introduzida em várias

do sul e sudeste da Ásia, tendo

na forma nativa nas florestas

diaceae.Pode ser encontrada

de planta da família Anacar-

Mangifera indica é uma espécie

Mangifera indica

planta ornamental.

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Por Mariana Werneck


Equunt. Erionseque volorest vendel moditataspel il mo bla dolorerae occum aut quae delectatio. Genturestore arum sandandandit que sus aciditaquid escia sint fugia vitium reptass erunt, se prerror ibeationem anis nobit labor sit fuga. Et quodiat voluptas dessit voluptis dolorum accaecum qui odiostia pellor sequaepe re nimpos ma quis quiaepe llant, quatur?Uptatecto cus autecto vellest mint aspellabora as ullaut harum asit, sum fuga. Nem nobis duntis doluptinctus ex explitinis earis as inctotatis et quunt dolecto tem reriore eum hitibus anisimi, voluptae nones utem eture ommo to







serhumano



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