Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. ( João 15:5 ) Associação Árvore da Vida * Publicação Mensal * Ano 20 - Número 218 * R$ 2,80
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“No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo” (Gênesis 1:1-2a). Esses dois versículos revelam dois fatos importantes: o primeiro, a criação de Deus, e o segundo, a terra envolta pelo caos. Como falamos no artigo anterior, a influência negativa de Lúcifer sobre a terça parte dos anjos e sobre as criaturas que existiam na terra, na era pré-adâmica, produziu uma rebelião que envolveu milhões de seres. Isso acarretou um grande caos na terra. O que ocorreu entre a criação e o caos foi a rebelião e o julgamento de Lúcifer. Contudo nosso Deus não criou a terra para ser um caos, mas para ser habitada. Sendo assim, Ele precisou operar no caos restaurando a terra danificada. Nos seis primeiros dias da criação, Sua força dinâmica começou a atuar. Por meio dela, o Senhor fez surgir a luz, o firmamento, os continentes e os mares. Ele também agiu para fazer surgir os astros, os peixes, aves, os animais domésticos e selváticos e os répteis (vs. 3-25). Louvamos o Senhor, pois, por meio de Sua operação, o primeiro mundo, que estava em caos, foi restaurado, formando, então, o segundo mundo. Aleluia, era tempo de novos começos! Entretanto não havia ainda ninguém para administrá-la. O Senhor queria uma nova direção, e o homem que Ele criou no sexto dia foi quem recebeu essa incumbência: “Disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra” (v. 26). Infelizmente aquele que foi precipitado para a terra, Lúcifer, rondava o jardim e faria de tudo para que a intenção de Deus não fosse alcançada. Eva, parte do primeiro casal criado por Deus, enquanto conversava com a serpente, não desconfiou que dialogava com o próprio Satanás, o adversário de Deus. O final dessa história todos sabem: ela foi enganada pela serpente e, infringindo a determinação de Deus, comeu do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal e o deu a seu esposo. A desobediência deles resultou não apenas no afastamento de Deus, mas na introdução do pecado em toda a humanidade. O segundo mundo, que deveria ser o período do governo de Deus na terra por meio do homem, não foi possível. No primeiro mundo houve rebelião e caos, no segundo houve desobediência e pecado. Hoje ainda Deus não tem Seu governo sobre a terra. Pelo contrário, hoje há nela alguém que a lidera e perverte. Deus, porém, nunca perde, Seu plano nunca é frustrado. De acordo com o livro de Hebreus, no mundo que há de vir, que é o terceiro mundo, Ele terá domínio completo. Nosso Deus sempre vence! Isso é o que veremos na próxima edição. Quanto a esta, leia e desfrute, há incríveis artigos preparados só para você!
SEPARADOS ESPECIALMENTE PARA O EVANGELHO DA VIDA
Na seção Esboço de mensagens bíblicas, daremos sequência à série que estamos estudando: Separados especialmente para o evangelho da vida. Desta vez, veremos qual foi a providencia do Senhor para que o homem que Ele criou pudesse cumprir o propósito para qual foi designado. Desfrute! Página 4
A TERRA ESTÁ TREMENDO O QUE FAREMOS?
Os terremotos sempre estiveram presentes no planeta. Por ano, ocorrem em média 3 milhões de abalos na terra. A ciência e a geologia têm explicações físicas para eles. No entanto o que a Bíblia tem a dizer-nos com respeito a esses fenômenos da natureza? Na coluna Refletindo veremos qual o parecer de Deus sobre esse assunto e o que Ele espera de nós quando nos deparamos com esses abalos. Confira! Página 4
ELE ANDA SOBRE OS PROBLEMAS
Vivemos num mundo atribulado. O mundo é totalmente problemático. A vida familiar, a vida escolar e todo tipo de ocupação – tudo é problemático. Quem está em paz: o presidente, os senadores, os deputados, os ricos deste século? Ninguém está em paz. Não importa quem seja, você é afligido. Leia a coluna Boas novas. Ela foi escrita para todos os que padecem algum tipo de problema.
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Paulo inicia o livro de Romanos mostrando os dois aspectos do evangelho de Deus: o evangelho da graça, por meio do qual nos é anunciado que somos salvos de nossos pecados ao crer em Jesus, e o evangelho do reino ou da vida, por meio do qual nos é anunciado que ganhamos a vida divina, pois recebemos Jesus, o “Filho de Deus” (1:4). O primeiro aspecto, o evangelho da graça, apresenta-nos a solução do problema de nossos pecados. Deus enviou o Senhor Jesus, “o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi” (v. 3), a fim de redimir o homem, uma vez que, assim como Davi, “todos pecaram e carecem
da glória de Deus” (3:23). Embora também fosse descendente de Davi, o Senhor Jesus, por ter sido concebido pelo Espírito Santo por meio de Maria, tinha apenas a semelhança de carne pecaminosa, para condenar na carne o pecado (8:3), porém Nele não havia a natureza do pecado. Dessa forma, “assim como os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hebreus 2:14-15). O Senhor Jesus, mesmo sem ter cometido pecado algum, foi crucificado em nosso lugar e derramou Seu sangue, a fim de que todo aquele que Nele crê receba a remissão de seus pecados (cf. Atos 10:43). Essa é a graça que recebemos: nós pecamos, mas Ele derramou Seu sangue por nós na cruz. Nós éramos injustos, mas Ele, o Justo, morreu em nosso lugar para nos conduzir a Deus (1 Pedro 3:18). Nós éramos estranhos e inimigos no entendimento pelas nossas obras malignas, mas Ele, mediante Sua morte, reconciliou-nos com Deus (Colossenses 1:21-22). Por
causa da morte de Seu Filho, Deus nos justificou e nos deixou impunes dos pecados cometidos anteriormente (Romanos 3:24-25). Graças ao Senhor! Quando confessamos nossos pecados e cremos no Senhor Jesus, recebemos Sua graça salvadora. Muitos já foram alcançados por esse aspecto do evangelho, todavia, para vários deles, o evangelho da graça é tudo o que Deus lhes preparou para ele. Poucos conhecem que a redenção foi apenas o meio para Deus restaurar o homem para Si e dar-lhe Sua vida, pois Seu desejo é ainda que Seus filhos cresçam e amadureçam a fim de reinar com Ele. Portanto, uma vez que recebemos o evangelho da graça e fomos redimidos de nossos pecados, devemos avançar para a próxima etapa do evangelho, o aspecto da vida, ou do reino. Devemos avançar para esse aspecto do reino a fim de que o aspecto da graça não se torne vão em nossa vida pessoal com Cristo. Prossigamos para praticar o evangelho do reino. Fazendo assim, nosso amado Senhor Jesus ficará satisfeito com o fruto de Seu penoso trabalho (Isaías 53:11; 1 Coríntios 15:10; 2 Coríntios 6:1-2).
“Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual” (1 Pedro 2:4). Esse versículo revela um desejo do Senhor: ter uma casa espiritual. Afinal, Deus não habita em lugar feito por mãos humanas (Atos 7:48). Como cristãos, que tipo de casa estamos edificando para o Senhor? A resposta relaciona-se com o exercício de nosso espírito. Toda edificação precisa de um fundamento, e na edificação da igreja o fundamento é Cristo. O próprio Senhor, depois do episódio em que Pedro recebeu a revelação do Pai de que o Senhor é o Cristo, mostrou-nos que a igreja seria edificada
sobre essa rocha (Mateus 16:18). Da mesma forma, o apóstolo Paulo não nos deixou dúvidas de que esse fundamento é Cristo (1 Coríntios 3:10-11). O que cabe a nós hoje é ver como e onde estamos edificando. O edifício de Deus é uma questão de vida, e não de métodos humanos. Para que a casa de Deus possa surgir, nós, cristãos, precisamos crescer em vida. Pela regeneração recebemos uma semente divina e, à medida que temos contato com a palavra de Deus, somos regados e o Senhor nos dá crescimento. Com o crescimento da vida, a lavoura de Deus, que começou com uma semente, se torna um edifício. O resultado da edificação é a casa espiritual (Zacarias 4:6; 1 Coríntios 3:6-9). A Primeira Epístola de Pedro nos mostra que pela regeneração entramos no reino de Deus. Por meio dela também o Senhor nos fez pedras vivas para sermos edificados casa espiritual sobre a rocha, que é Cristo. Além disso, somos nação santa, raça eleita, sacerdócio real e povo de propriedade exclusiva de Deus. E a fonte de tudo isso é a regeneração. Sem ela nada disso seria possível (1 Pedro 1:23; 2:9).
De acordo com os escritos de Pedro, não somos uma nação comum; temos a vida de Deus, que nos torna uma nação santa, separada, e nos liga a Ele, tornando-nos Sua propriedade exclusiva. Somos propriedade do Senhor, e Ele quer tirar de nós os elementos naturais e até mesmo danosos para a edificação de Sua casa. A partir da regeneração, já não pertencemos a Satanás ou ao mundo, e sim ao Senhor. Fomos comprados por Deus (1 Coríntios 6:12, 19-20). Quando se fala sobre ser exclusivamente do Senhor, lembramo-nos logo da nossa consagração. A consagração está totalmente relacionada a ser ou não uma propriedade exclusiva de Deus. A nossa consagração é como um “amém”, um “assim seja”, de nossa parte para com o Senhor, por saber que pertencemos a Ele. Deus é zeloso e não deseja compartilhar Sua casa (nós) com os tantos atrativos desse mundo (Romanos 12:1-2; João 2:17). Precisamos viver como propriedade exclusiva de Deus, para que, na segunda vinda de Cristo, venhamos a ser reconhecidos por Ele como uma pedra preciosa que Lhe pertenceu a vida toda.
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Série: SEPARADO ESPECIALMENTE PARA O EVANGELHO DA VIDA O alvo de Deus é estabelecer seu reino na terra e preparar pessoas para reinar com Ele. Entretanto isso só será possível se o evangelho em seus dois aspectos for pregado – o evangelho da graça, para alcançar o pecador, e o evangelho da vida, para suprir as pessoas com a vida divina até o ponto de se tornarem maduras em vida. Por outro lado, não podemos esquecer o inimigo de Deus, que hoje faz de tudo para impedir que o plano de Deus seja alcançado, e nossa vida da alma, que a todo momento quer ter uma expressão independente de Deus. Com relação a essas duas coisas, devemos munir-nos de cuidados. Afinal, nosso Senhor deseja que Sua vida seja para todos. Amém. DEUS CRIOU O HOMEM DO PÓ DA TERRA PARA FAZER DELE UM PRÍNCIPE NO MUNDO QUE HÁ DE VIR 1 Samuel 2:8; Isaías 32:1-2 I. O primeiro mundo (Jó 38:4-7; Isaías 14:13-14; 45: 18; Ezequiel 28:12-17) A. Deus entregou o primeiro mundo para um anjo administrar. Esse anjo, Lúcifer, fez da sua administração o seu comércio, ou seja, algo que lhe produzia lucro pessoal. Já nos dias de hoje, Deus nos entrega muitas coisas a fim de simplesmente administrar, e não ter lucro pessoal. Isso é importante. B. O livro de Jó (40-41) descreve o orgulho e a soberba de Satanás, de tal forma que ele se tornou o rei de todos os animais orgulhosos (41:34). Ainda insatisfeito, quis ser semelhante ao Altíssimo. Essa é a rebelião de Satanás, o qual conseguiu arrastar um terço dos anjos consigo além de outros seres viventes que habitavam na terra. C. Diante desse quadro Deus teve de intervir, julgando a terra com água. A consequência disso, foi que a terra tornou-se vazia, sem forma e caótica, mergulhada em trevas. Semelhantemente, Deus sempre irá intervir em nossa vida conforme a necessidade (Gênesis 1:2). D. Deus resiste ao soberbo, mas dá graça aos humildes (1 Pedro 5:5). Satanás significa o adversário de Deus, portanto quem resiste contra Deus se torna um adversário Dele. E. Como, então, surgiu Satanás? Primeiramente como Lúcifer, o filho da alva. No entanto por causa da sua formosura achou-se iniquidade nele. Deus, então, o atirou para terra, a qual ele usurpou para si. Hoje, todas as nações da terra e todos os homens estão sob o domínio de Satanás (Mateus 4:8-9). Satanás sempre intentará causar dano àquilo que Deus criou (casamento, família, trabalho, igreja, etc). II. A gênese da formação do homem: criado do pó da terra A. Gênesis 2:4-7 nos diz que o homem foi criado por meio de elementos unicamente terrenos: o pó da terra e uma neblina que subia dela. B. Em Jó 34:14-15, temos ainda algo relevante com respeito ao
1) A Bíblia Sagrada é a revelação divina, inspirada pelo Espírito Santo; 2) Deus é único e triúno — o Pai, o Filho e o Espírito — coexistindo em igualdade de eternidade a eternidade; 3) o Filho de Deus, sendo o próprio Deus, encarnou-se para ser um homem, de nome Jesus, nascido da virgem Maria, para ser nosso Redentor e Salvador; 4) Jesus, um homem genuíno, viveu nesta terra por trinta e três anos e meio para tornar Deus Pai conhecido aos homens; 5) Jesus, o Cristo ungido por Deus com Seu Espírito Santo, morreu na cruz por nossos pecados e derramou Seu sangue para o cumprimento de nossa redenção; 6) Jesus Cristo, ressuscitou dos mortos ao terceiro dia, e em ressurreição, tornou-se o Espírito que dá vida para transmitir a Si mesmo para dentro de nós como nossa vida e tudo para nós; 7)
pó. Temos de o espírito humano. C. Graças ao Senhor por esse órgão que nos faz diferentes dos demais itens da criação de Deus. Somos diferentes por termos um espírito (Jó 12:10; 32:8). III. Desapegar das coisas terrenas para ser um príncipe e coluna no mundo que há de vir A. O homem terreno não pode cumprir o propósito de Deus. E, para tornar o homem, que é terreno, em celestial ou espiritual, Deus enviou Seu próprio Filho unigênito para morrer em nosso lugar, lavando-nos do pecado, e deu-nos a vida de Deus que fluiu do Seu lado (João 19:34). Assim fomos regenerados e colocados na igreja, que é um lugar para o nosso crescimento em vida por meio de negarmos a nossa vida da alma até amadurecer na vida de Deus. B. Deus preparou o mundo que há de vir para o homem, e não para o anjo (Hebreus 2:5-8) C. O primeiro mundo foi entregue a Lúcifer, mas este falhou, tornando-se Satanás. Dessa forma, foi jogado para terra. O segundo mundo foi uma recriação de Deus preparando a terra para homem poder habitá-la. Mas o homem pecou, e Satanás aproveitou para usurpar a terra. Ele tornou-se aquele reina sobre a terra (João12:31; 14:30; 16:11). Não obstante, Deus mesmo veio ser um Homem, Jesus, morreu por nós na cruz, ressuscitou e tornou-se o espírito que dá vida. D. A benção do Senhor para o homem criado do pó da terra: o Espírito E. Finalmente, a maneira de mudar nossa condição terrena, bem como a daqueles que estão ao nosso redor, é sermos regados pelo rio que flui do nosso interior (João 7:37-39), e, para receber tal Espírito, basta-nos crer no Senhor Jesus. Crer é receber. F. Como homens, criados do pó da terra, se quisermos ser úteis ao Senhor, devemos usar o espírito que Deus nos deu para contatar a Deus, que é Espírito, e, então, ser regados por Ele (João 4:24). Agora, somos um espírito com Ele (1 Coríntios 6:17). Graças a Deus, estamos unidos a Ele pelo espírito Dele mesclado com o nosso. G. A despeito da nossa condição, bem como das pessoas que nos cercam, todos podem ser mudados em condição; basta ter contato com a água viva do Espírito, invocando: Ó Senhor Jesus! H. Exercitando sempre o espírito, que é a condição única para crescermos na vida de Deus, usando os dons pela graça, para que se torne ministério e assim Deus possa fazer Suas operações na igreja, e visando o reino vindouro, que é o mundo que há de vir, os vencedores vão participar ativamente do governo de Cristo, nosso Senhor. (Para ter uma percepção mais clara do assunto, sugerimos a leitura do Alimento Diário: Separado especialmente para o evangelho da vida, de Dong Yu Lan, publicado pela Editora Árvore da Vida.)
após Sua ressurreição, Cristo ascendeu aos céus e Deus O fez Senhor de todas as coisas; 8) após Sua ascensão, Cristo derramou o Espírito de Deus para batizar Seus membros escolhidos para dentro de um único Corpo e que o Espírito de Cristo está se movendo na terra para convencer pecadores, regenerar o povo escolhido de Deus, habitar nos membros de Cristo para seu crescimento em vida e para edificar o Corpo de Cristo com vistas à Sua plena expressão; 9) no fim desta era, Cristo voltará para arrebatar os cristãos vencedores, julgar o mundo, tomar posse da terra e estabelecer Seu reino eterno; 10) os cristãos vencedores reinarão com Cristo no milênio e que todos os cristãos participarão das bênçãos divinas na Nova Jerusalém, no novo céu e nova terra, pela eternidade.
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Os terremotos sempre estiveram presentes no planeta. Por ano, ocorrem em média 3 milhões de abalos na terra, ou seja, são aproximadamente mais de 8 mil por dia, praticamente 1 a cada 11 segundos. Certamente, a pergunta que você deve estar se fazendo é: por que não sentimos tantos tremores? A resposta é simples, muitos deles são fracos e ocorrem em solo marinho, que, por sinal, compreende 70% da superfície de nosso planeta, ou em regiões não habitadas como desertos e florestas. Ao falar sobre Sua segunda vinda, o Senhor Jesus disse: “Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares” (Mateus 24: 7). Ao observar os acontecimentos e o
que a Bíblia nos diz sobre o fim dos tempos, facilmente percebemos que estamos vivendo as vésperas da volta do Senhor. Os terremotos, à luz da Bíblia, mostram a indignação de Deus com o homem e suas atitudes. Em Salmos 18:7, lemos: “Então, a terra se abalou e tremeu, vacilaram também os fundamentos dos montes e se estremeceram, porque ele se indignou”. Podemos dizer que os terremotos são uma espécie de castigo de Deus: “Do senhor dos exércitos vem o castigo com trovões, com terremotos, grande estrondo, tufão de vento, tempestade e chamas devoradoras” (Isaías 29:6). Esse meio que Deus usa para disciplinar o homem tem como objetivo chamar a nossa atenção para o que Ele quer. As tragédias que aconteceram ao longo dos séculos e ain-
da acontecem, tencionam levar o homem ao arrependimento (Lucas 13:1-5). Se a terra está tremendo, é porque o homem precisa arrepender -se e ter um novo começo. E o primeiro arrependimento deve ser o de não se arrepender (Jeremias 8:4-6). Ao nos depararmos com notícias de terremotos, precisamos rapidamente entender o recado de Deus. Se em nossa vida conjugal, familiar, social e até mesmo espiritual, também temos convivido com tremores, é porque Deus se indignou e tem algo contra nós (Apocalipse 2:4-5). A volta do Senhor está totalmente relacionada com o arrependimento do homem. Para o Senhor voltar, o homem tem que se arrepender. Que não retardemos a volta do Senhor, mas que sejamos os primeiros a nos arrepender diante dos terremotos que sobrevém, para que o Senhor logo possa voltar. “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2 Pedro 3:9).
“E o mar começava a empolar-se, agitado por vento rijo que soprava. Tendo navegado uns vinte e cinco a trinta estádios, eis que viram Jesus andando por sobre o mar, aproximando-se do barco; e ficaram possuídos de temor. Mas Jesus lhes disse: Sou eu. Não temais! Então, eles, de bom grado, o receberam, e logo o barco chegou ao seu destino” (João 6:18-21). Vivemos num mundo atribulado. O
mundo é totalmente problemático. A vida familiar, a vida escolar e todo tipo de ocupação – tudo é problemático. Quem está em paz: o presidente, os senadores, os deputados, os ricos deste século? Ninguém está em paz. Não importa quem seja, você é afligido. Todos nós temos problemas. Cristo veio a este mundo atribulado como o Cristo que dá paz. O mundo pode afligir a todos, porém não pode tirar Sua paz. O mar agitado com o vento soprando representa os problemas da vida humana. Como poderíamos esperar de alguma maneira ter todo um dia em paz? Estamos no lugar errado para tanto. “Eis que viram Jesus andando por sobre o mar...” (v. 19). Isso significa que o Senhor pode dominar todos os problemas da vida humana. Ele pode andar por sobre as ondas agitadas da vida humana, e toda a intranquilidade fica sob Seus pés. Cristo andou por sobre todas as ondas. Parecia que, quanto mais ondas havia, mais Ele gostava de andar por sobre elas. As ondas aterravam Seus discípulos, mas Ele as pisava. Esse é o Cristo que dá paz.
Quando os discípulos receberam-No para dentro de seu barco, imediatamente este chegou a terra à qual se dirigiam (6:21). Você quer ter uma vida tranquila? Se quiser, precisa receber Jesus para dentro de seu “barco”. Seu “barco” pode ser sua vida conjugal, familiar ou seu emprego. Quando Ele entrar em seu “barco”, você desfrutará a paz com Ele na jornada da vida humana. Se receber Cristo em seu casamento, este será cheio de paz. Se recebê-Lo em sua família, esta viverá em paz. Se aceitá-Lo em seu emprego, nele também terás paz. Sem Cristo, porém, o mundo é conturbado. Se você fizer esta oração, o Cristo que dá paz virá para dentro de seu barco: “Ó Senhor Jesus, quero confessar que o mar e os ventos agitados desta vida são bem maiores do que eu. Tenho tentado manter minha vida em ordem e não tenho conseguido. Senhor, eu me rendo a Ti e Te invoco. Ó Senhor Jesus, entra, eu Te recebo de bom grado para dentro de meu barco! Conduz minha vida para o porto de Tua salvação. Amém!”. Louvado seja o Senhor pelo Cristo que dá paz! (Texto adaptado dos escritos de Witness Lee)
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As epístolas aos Filipenses e a Filemom Nas edições anteriores do JAV, vimos de forma resumida um pouco acerca das epístolas do apóstolo Paulo. Dessa vez, iremos discorrer sobre duas delas: Filipenses e Filemon. A Epístola aos Filipenses apresenta o alvo da visão que o Senhor deu a Paulo. Essa epístola mostra qual é a direção e o destino do Senhor para nossa vida cristã. Paulo disse: “Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”(3:14). Esse prêmio diz respeito a entrar no reino milenar para não somente desfrutar das bodas do Cordeiro, mas com Ele reinar e governar sobre as nações por mil anos, conforme Apocalipse 20:6. No começo desse livro, Paulo diz que, ao recordar-se deles diante de Deus, fazia-o com ações de graças e com muita alegria suplicava por eles, pela comunhão deles no progresso do
evangelho desde o primeiro dia até então. A palavra comunhão, nesse versículo, significa participação. O que indica que a igreja em Filipos participava de tudo o que Paulo realizava para o progresso do evangelho. Essa comunhão também se referia às contribuições financeiras para suprir as necessidades da obra de expansão do evangelho naquela época. Ou seja, eles não apenas oravam juntos, não apenas pregavam juntos, mas, por causa do evangelho, também ofertavam (Filipenses 1:3-6; 2 Coríntios 8:1-5). Por isso, por praticarem seus ensinamentos e cooperarem com ele no progresso do evangelho, Paulo estava alegre. Afinal, não há maior alegria do que ver os irmãos de uma igreja praticando a verdade (3 João 4). Sabemos que a Bíblia está repleta de verdades, mas, se não conseguirmos praticá-las, elas passarão a ser meras doutrinas. Nosso sentimento para com nossos queridos leitores é que precisamos partilhar também dessa alegria, e, para isso, é importante praticarmos a palavra que está sendo anunciada a nós. A Epístola aos Filipenses ainda nos mostra que podemos experimentar Cristo na vida da igreja, no dia a dia, e participar das atividades relacionadas ao avanço do evangelho. Nela, Paulo também registra seu próprio testemunho acerca de como fazia para avançar. Ele se esquecia das coisas que ficavam para trás e avançava para as que diante dele estavam (3:13). Também nós devemos fazer o mesmo. Não vamos ficar sempre pensando em nossos fracassos nem nas experiências vitoriosas que ficaram para trás. Vamos avançar para o que está diante de nós.
Cristo está à nossa frente e nos chama. Se ficarmos olhando para trás ou para os lados, iremos distrair-nos e talvez cair. Não olhemos para o passado; olhemos somente para o Senhor. Ele nos chama, pois quer dar-nos o prêmio. Filemom: a base para a vida cristã Além de escrever para as igrejas, o apóstolo Paulo também escreveu para Filemom, um irmão da igreja em Colossos, que a base para praticarmos aquilo que Deus lhe havia revelado é o amor (Filemom vs. 5, 7, 9). A epístola a Filemom dános um exemplo prático de amor, que é o alicerce de nossa vida cristã. Nos versículos 8-11, Paulo solicitou em favor de Onésimo, escravo de Filemom, e a quem conheceu na prisão em Roma. Onésimo provavelmente ofendeu seu dono, causando-lhe problemas, e na prisão foi salvo pela pregação de Paulo. Ao ser liberto, Paulo o enviou de volta a Filemom, dizendo-lhe que se Onésimo (cujo nome significa útil) lhe fora inútil outrora, agora lhe seria útil, assim como o lhe fora ao próprio Paulo na prisão. “Eu to envio de volta em pessoa, quero dizer, o meu próprio coração” (v. 12). Também disse que, embora na carne Onésimo fosse um escravo, no Senhor, porém, era um irmão caríssimo (v. 16). A grande lição que aprendemos nesta epístola é que, se tivermos o amor como base para nossa vida cristã, não olharemos os outros do ponto de vista da carne, mas veremos o valor que cada um tem diante do Senhor. No entanto, se não estivermos sobre esse alicerce, só condenaremos os outros sem compaixão. Com uma atitude assim, de amor, avançaremos na vida cristã rumo ao prêmio de reinar com o Senhor. Avante, irmãos! Aleluia!
A HORA DA VITÓRIA! Qual é a posição de Satanás em sua vida espiritual e humana? Se você já sofre a algum tempo em razão da desordem provocada pelo inimigo, não seria agora o momento de reassumir sua posição de filho de Deus e prender as forças do mal em nome do Senhor Jesus? Faça declarações ousadas, intrépidas, contra esse inimigo e o ponha em seu lugar, definitivamente. Lembre-se de que você já foi abençoado. Chegou a hora de tudo ser resolvido e a ocasião oportuna de estabelecer o reino de Deus em sua vida, em sua casa e em todas as outras
coisas concernentes a você: cônjuge, filhos, trabalho, finanças, vida social e tudo o mais é chegado (2 Coríntios 6:2). Você pode assumir sua posição vitoriosa porque Deus já lhe abençoou. A grande pergunta é: você quer, você crê? Irmãos e irmãs, tudo já está feito. No momento em que Deus lhe abençoou, a vitória sobre o maligno passou a ser apenas uma questão de tomar posse. Enfim, chegou a hora de os filhos de Deus se levantarem e proclamarem o dia de hoje como o dia da vitória. Aleluia!
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Deixar Deus cuidar de nossas vidas Jovens, o que aconteceu quando descobrimos que o Senhor morreu na cruz por nós? Que aconteceu quando cremos em Sua obra redentora? Imediatamente desistimos de tentar fazer o bem, pois percebemos que nosso esforço próprio não seria suficiente para salvar-nos. Afinal, é pela fé que fomos salvos no momento em que cremos no Senhor Jesus. Depois da experiência de salvação, fomos instruídos pela Palavra de Deus que devemos confiar nossa vida a Ele e deixar que nosso Senhor cuide de nossos problemas. No entanto por vezes nos encontramos em determinadas circunstancias, nas quais ainda tentamos resolver nossos problemas sozinhos. Isso é lamentável. Afinal, temos um Deus que é poderoso para nos salvar, nos restaurar, nos levantar do pó, nos encorajar. Todavia ainda tentamos fazer as coisas de acordo com nossa conveniência. Tenhamos a seguinte clareza: quanto mais resoluções tomarmos independentes de Deus, mais fracassaremos. Em Romanos 7, podemos receber um pouco de luz sobre essa questão. O versículo 18 diz assim: “Pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo”. Essa porção da Palavra de Deus nos revela um princípio. Devemos abrir mão de todo esforço de tomar o controle das situações e entregar a direção das circunstâncias a quem as criou. Quando desistirmos de querer fazer as coisas, Deus, então, agirá. A estratégia do inimigo Durante nosso dia-a-dia, por vezes nos deparamos com situações aparentemente insolúveis. No entanto precisamos sempre lembrar que nunca existirá um problema maior do que Cristo. Além do mais, precisamos conhecer a astúcia de Satanás. Ele sempre utilizará de meios para nos distrair e, por conseguinte, nos 6
afastar da presença de Deus. Quase sempre, a maneira que ele usa para distrairnos da presença de Deus é chamar nossa atenção para nossos próprios problemas, de forma a nos mostrar que eles não têm solução. Contudo, quanto mais nos voltarmos aos problemas, maior eles parecerão. Vamos, então, abordar dois princípios espirituais que vão ajudar-nos a resolver os nossos problemas. Não estamos sozinhos Em Números 2:1-2, podemos ver o primeiro princípio: “Disse o Senhor a Moisés e a Arão: Os Filhos de Israel se acamparão junto ao seu estandarte, segundo as insígnias da casa de seus pais; ao redor, de frente para a tenda da congregação, se acamparão”. Os israelitas, mesmo cercados de inimigos por todos lados, ainda se acampavam de frente para a tenda da congregação e de costas para o inimigo. Não estamos dizendo que temos de deixar de lado nossos problemas, mas precisamos, sim, voltar-nos primeiramente ao Senhor. Jovem, não dê às suas dificuldades mais tempo do que elas merecem. Volte-se ao Senhor e tenha a ousadia de apresentar seus problemas a Ele, a fim de que Ele os resolva (Mateus 8:16-17; 11:28-30). Em situações difíceis, sempre somos tentados a resolver nossos problemas sozinhos. Satanás tenta convencer-nos de que ninguém vai poder nos ajudar. Não caia na cilada do inimigo, isso é uma artimanha dele para nos enganar. Cuidado! Precisamos darnos conta de que, uma vez que recebemos a vida de Deus, não somente fomos salvos, mas deixamos de ser meros seres humanos e passamos a fazer parte do corpo de Cristo, bem como da família de Deus (1 Coríntios 12:27; Efésios 2:19). Portanto todas as vezes em que Satanás nos vem atacar, ele na verdade está atacando o corpo de Cristo.
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Temos a ajuda que precisamos nos membros do corpo de Cristo O segundo princípio, que também pode ajudar-nos bastante, se encontra em Êxodo 17: 8-13, que diz: “Então veio Amaleque, e pelejou contra e Israel em Refidim. Pelo que disse Moisés a Josué: Escolhe-nos homens, e sai, peleja contra Amaleque; e amanhã eu estarei sobre o cume do outeiro, tendo na mão a vara de Deus. Fez, pois, Josué como Moisés lhe dissera, e pelejou contra Amaleque; e Moisés, Arão, e Hur subiram ao cume do outeiro. E acontecia que quando Moisés levantava a mão, prevalecia Israel; mas quando ele abaixava a mão, prevalecia Amaleque. As mãos de Moisés, porém, ficaram cansadas; por isso tomaram uma pedra, e a puseram debaixo dele, e ele sentou-se nela; Arão e Hur sustentavam-lhe as mãos, um de um lado e o outro do outro; assim ficaram as suas mãos firmes até o pôr do sol. Assim Josué prostrou a Amaleque e a seu povo, ao fio da espada”. O que podemos aprender da narração deste episódio é que, além de não ficarmos sozinhos, devemos também buscar a ajuda dos membros do corpo de Cristo para a solução de nossos problemas. Quando Josué foi guerrear contra Amaleque, ele certamente contou com a ajuda de Moi-
sés, Arão e Hur. Precisamos aprender a compartilhar nossas dificuldades com os irmãos da igreja, a fim de que eles nos ajudem por meio de súplicas e orações. Isso é depender e confiar no Senhor. Fazendo assim, sem dúvida lograremos êxito em nossas batalhas diárias. Nós da equipe do JAV esperamos, sinceramente, que nossos queridos jovens estejam claros de que, de fato, sozinho é impossível.
O apóstolo Pedro, que também fora casado, disse com bastante propriedade em sua primeira epístola o seguinte: “Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações” (1 Pedro 3:7). A Bíblia é um livro maravilhoso e pode ser resumida em três palavras – história, experiência e esperança. Tanto o Antigo Testamento como Novo seguem esse princípio. Os livros históricos descrevem a história de Deus com os homens; os livros poéticos apresentam as experiências dos homens com Deus; e, por fim, os livros proféticos apontam a esperança gerada nesses homens que tiveram uma história e experiências com Deus. Sendo assim, a epístola de Pedro está na seção da experiência. Então, quando
ele disse aos maridos que vivessem a vida comum do lar, ele se sustentou em sua própria vivência. O que, dessa forma, é viver a vida comum do lar? Na sociedade moderna, não são poucas as mulheres que desempenham vários papéis além de cuidar dos filhos e da casa. Algumas trabalham fora, estudam e, quando chegam ema casa, ainda têm energia para ajustar detalhes domésticos e conferir se as tarefas escolares dos filhos foram ou não feitas. O marido, por sua vez, na maioria das vezes, encontra tudo pronto para tão somente desfrutar. A princesa da noite foi uma gata borralheira ao longo dia. Nesse aspecto, o marido precisa dar-se conta de que deve ter muita consideração por essa mulher. Quando Pedro falou sobre a vida comum do lar, referia-se a questões práticas, tais como: lavar louça, jogar o lixo fora, organizar seus objetos pessoais, aju-
dar com as crianças e dizer muitas vezes: “ Obrigado querida”. Esses atos são um encorajamento que mulher precisa para continuar cumprindo com alegria e destreza sua comissão na vida familiar. Um marido cordial, sem dúvidas, cultiva o amor, respeito e admiração da esposa. Este, periodicamente, pode colher frutos do que está cultivando. O uso de frases como: “Por favor”, “Como você está linda!”, “Como foi o seu dia?”, “A comida está saborosa”, “Você é um presente de Deus a mim” faz com que a esposa se sinta amada, reconhecida, digna, valorizada em suas atividades e esforço de continuar suprindo a necessidade de seu lar sem qualquer enfado. Esse tipo de conduta do marido, por melhorar a convivência, faz com que as orações não se interrompam. Quando há reconhecimento do papel da mulher, esta espontaneamente se dispõe a guardar seu marido em oração. Além do mais, este se sentirá estimulado a também orar e buscá-la para comunhão íntima com Deus. Esse tipo de relacionamento permitirá que sejamos herdeiros da mesma graça de vida, pois não pretendemos reinar sem o nosso cônjuge. Antes, sejamos maridos que favorecem o crescimento de vida da esposa, alimentando-a com a palavra de Deus. Lembremo-nos de que Pedro disse que a mulher é o vaso mais frágil. Na verdade, o marido é o vaso frágil. Quem nunca experimentou os aconchegantes ombros da esposa depois de um dia difícil? Ser acolhido pelos braços da esposa demonstra que somos frágeis e suscetíveis a errar. Por isso devemos viver essa vida comum do lar com discernimento, tendo consideração pela mulher, tratando-a com dignidade, cientes de que somos herdeiros da mesma graça de vida, de tal forma que as orações não se interrompam. Amém!
EVANGELHO DO REINO O evangelho do reino ou da vida diz respeito a Jesus como Filho de Deus. Segundo esse aspecto do evangelho completo de Deus, o Senhor não somente nos livra de nossos pecados, mas também nos dá a vida divina para que entremos no reino de Deus. O reino e a vida estão intimamente relacionados: para
fazer parte do reino de Deus, é necessário ter a vida de Deus, conforme o que o Senhor Jesus disse a Nicodemos: “Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus [...] quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus” (João 3:3, 5).
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Em Gênesis lemos: “Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (v. 18). Como saber quem Deus preparou pra mim? Com quem irei me casar? Essas dúvidas causam ansiedade em muitos jovens. Na experiência de Isaque e Rebeca veremos vários princípios importantes quanto à escolha de um cônjuge e a como ter um casamento segundo a vontade de Deus. Autor: Corpo Redatorial Código: 10830 Tamanho: 11x15 cm (livrete) Páginas: 40
Av. Corifeu de Azevedo Marques, 137 Butantã - CEP 05581-000 S. Paulo - SP Telefone: (11) 3723-6000 - Fax: 3723-6001 E-mail: jav@arvoredavida.org.br Visite nosso site: http://www.arvoredavida.org.br Ligue grátis: 0800-555123 EXPEDIENTE
Ano 20, Jornal 218, janeiro de 2010 - Publicação mensal. Registro de títulos e documentos nº. 126540. O Jornal Árvore da Vida é uma publicação da Associação Árvore da Vida, Av. Corifeu de Azevedo Marques, 137, Butantã - São Paulo - SP - CEP 05581-000. Composição, arte, fotolito e montagem: Associação Árvore da Vida. Impressão: Gráfica e Editora Grafnorte, tiragem: 50.000 exemplares. Presidente: Dong Yu Lan. Diretor de Redação: André Tsai Dong. Jornalista responsável: E.E.B. Villela - RG MTb 12183. Arte e Diagramação: David Mesquita. Autorizamos o uso dos artigos desta edição, desde que citada a fonte. Caso deseje participar das bênçãos do ministério de difundir a Palavra de Deus, deposite sua contribuição no Itaú, ag 0067, conta 10545-2. Ninguém está autorizado a solicitar ou recolher ofertas em nome do Jornal Árvore da Vida ou da Associação Árvore da Vida. DISTRIBUIDOR DO JAV MAIS PERTO DE VOCÊ:
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Os filhos fazem de tudo para ter a companhia dos pais. Quando não conseguem por meio de gestos e atitudes que despertam contentamento e admiração, eles usam outros artifícios, como, por exemplo, desobediência, simulação de enfermidades, agressividade com os irmãozinhos ou pouca dedicação nas tarefas da escola e de casa. Não queremos assombrar os pais, mas as pesquisas têm apontado que, quando os filhos não têm o companheirismo dos pais, eles o buscam em outros lugares. É importante que os pais saibam que, em quase todos os gestos dos filhos, se pode ouvir: “Ei, eu estou aqui, você não está me vendo?”. Geralmente, os pais não conseguem ouvir porque estão distraídos demais com muitas outras coisas. Muitos pais não investem mais tempo com os filhos devido ao grande tempo gasto com trabalho, estudos, televisão ou computador. Há ainda outro grupo que gasta as poucas horas que restam com amigos, leitura e isolamento. Os filhos não somente querem a companhia de seus pais, querem e precisam de muito mais coisas. Eles querem e precisam ter nos pais um amigo de todas as horas, alguém em que possam confiar. A necessidade e anseio deles é ter mais que um mero provedor de alimentos que enche a dispensa e logo desaparece em busca de mais suprimento ou que uma mera dona-de-casa que passa mais horas cuidando da casa do que deles. Para que nossos filhos atravessem as várias dificuldades que a vida lhes reserva e desafiem essa era em que os valores familiares estão rapidamente se perdendo, precisamos de pais-companheiros, de pais-amigos e de pais que sabem que os filhos precisam deles tanto quanto o girassol precisa do sol. Os pais devem estar atentos às principais necessidades dos filhos, uma das quais é a comunicação regada de interesse, mesclada com o prazer de estar junto. Isso ajuda o desenvolvimento físico e psicológico de nossos filhos. Os pais que têm um relacionamento desses com os filhos enfrentarão pouca dificuldade ao pregar o evangelho a eles, e esses filhos apresentarão pouca resistência ao ouvir acerca de Jesus como seu salvador. Na verdade, eles descobrirão que o amigo e o companheiro que buscaram durante toda a vida só pode ser perfeitamente encontrado em Cristo Jesus. Certa vez, um desses pais que gastam pouco tempo com os filhos, ao chegar a casa, ordenou que eles fossem dormir. Os filhos, sem muita relutância, obedeceram. Porém, depois de uns minutos, o pai ouviu uma conversa em um tom bem baixo; ele aproximou-se da porta e ouviu um deles perguntando: “Será que o papai gosta da gente?”. É interessante, mas para esses filhos nunca faltou roupa, alimento e brinquedos, mas faltava o principal – um tempo de convívio com os filhos; era por isso que “gemiam”. Gastar tempo com os filhos é o modo mais real de os pais dizerem que amam e é o modo mais eficiente de alimentar as necessidades de afeto de que os filhos tanto precisam. Outro pai, depois de entrar no quarto dos filhos, que estavam aprontando-se para dormir, viu que um deles brincava fingindo ter desmaiado. O irmãozinho, entendendo tudo, disse ao pai: “Pai, fala aquela palavra mágica!”. Então o pai disse: “Eu te amo”, e lhe deu um beijo na face, ao que o filho logo ficou de pé, falando que estava bem. É bem possível que haja muitos filhos precisando ouvir tais palavras combinadas com um beijo para viver! Mas, para isso, é necessário que os pais passem um tempo com eles. Jesus é o Senhor!