Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. ( João 15:5 ) Associação Árvore da Vida * Publicação Mensal * Ano 21 - Número 219 * R$ 2,80
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O CÂNTICO DIVINO DA CRIAÇÃO Quando falamos terceiro mundo pode parecer que estamos dizendo que há três terras. É obvio que existe apenas uma e, de acordo com os eventos espirituais, podemos dizer que ela passa por diversos períodos. Vejamos o que o autor do livro de Hebreus escreveu: “Pois não foi a anjos que sujeitou o mundo que há de vir” (2:5). Ora, se há um mundo que há de vir, não é difícil concluir que há outros que vieram antes desse. Ao estudar a Bíblia, podemos detectar os eventos principais pelos quais passou a terra. Por meio desses eventos, ficamos sabendo que períodos são esses. O primeiro período data da criação da terra e vai até o julgamento dela em decorrência da rebelião de Lúcifer [ver edição 217 deste periódico]. A esse período chamamos de primeiro mundo. Sua duração provável foi de bilhões de anos. Na sequência, vemos que a terra passou também por um segundo período, que compreende a restauração da terra até a volta do Senhor. A esse período vamos chamar de segundo mundo. É neste que estamos vivendo hoje [ver edição 218]. Ele provavelmente terá a duração de seis mil anos se considerarmos os seis dias da criação e os compararmos com o que o apóstolo Pedro escreveu: para o Senhor, um dia equivale a mil anos (2 Pedro 3:8). De acordo com a Bíblia, o período que se inicia com a volta do Senhor é o
último e foi chamado de o mundo que há de vir. Nesse caso, temos aqui a evidência de mais um período, o qual chamaremos de terceiro mundo. Com base em um dos escritos do apóstolo João – o livro de Apocalipse –, ele terá um intervalo de mil anos, razão por que é também chamado de reino milenar (Apocalipse 20:4-6). O primeiro mundo foi administrado por Lúcifer. O segundo, o homem é quem deveria tê-lo administrado. Mas, por causa de sua desobediência, ele fracassou. Assim esse mundo passou a ser controlado por Satanás. Louvamos, porém, o Senhor pelo mundo que há de vir. Esse mundo será entregue ao homem, mas não a qualquer homem. Ele será entregue para aquele que, tendo sido regenerado, isto é, recebido a vida de Deus, permitiu que a vida divina crescesse e amadurecesse nele. O que está registrado no livro de Hebreus realmente impressiona: “Pois não foi a anjos que sujeitou o mundo que há de vir, sobre o qual estamos falando; antes, alguém em certo lugar, deu pleno testemunho, dizendo: Que é o homem, que dele te lembres? Ou o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste [e o constituíste sobre as obras das tuas mãos]” (2:5-7). Continuemos crescendo na vida divina para poder receber da parte de Deus o direito de herdar o mundo que há de vir. Amém!
A Bíblia explica a própria Bíblia. Essa é uma máxima cristã incontestável. A outra máxima que queremos apresentar é: a Bíblia, dentro da literatura mundial, contém alguns dos textos mais belos já escritos pelo homem. A partir desta edição, destinaremos a seção Novidades para transcrever alguns deles. Começaremos pelo cântico da criação, que se encontra em Gênesis. Página 4
LEMBRAR PARA BENDIZER Dizem que paramos de agradecer toda vez que nos esquecemos das dádivas que recebemos. O salmista tinha muita clareza disso. É por isso que, no Livro dos Salmos, há mais de um que se preocupa em lembrar os filhos de Israel dos feitos que Deus realizou na vida deles. Por fim, ele conclama: “Bendize, ó minha alma ao Senhor”. Página 8
UM LAR FELIZ Qual é o segredo para ter um lar feliz? O Salmo 128 apresenta o temor a Deus e o andar em Seus caminhos como resposta. Ele afirma que, se uma família decide viver dessa maneira, será bem-aventurada, e também descreve os frutos com os quais esse lar será alcançado. Leia o detalhamento desse salmo na seção Aos pais.
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“Ora, as obras da carne são conhecidas e são: [...] inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas [...] e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam” (Gálatas 5:19-21). O apóstolo Paulo nos leva a reconhecer as obras da carne mediante sua manifestação. Ele usa uma sequência de palavras que nos permite ver uma escalada, uma espécie de evolução da carne, num crescendo. A primeira palavra é inimizade. A inimizade
No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas (1:1-3). Disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas. Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia (vs. 4-5). E disse Deus: Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas. Fez, pois, Deus o firmamento e separação entre as águas debaixo do firmamento e as águas sobre o firmamento. E assim se fez. E chamou Deus ao firmamento Céus. Houve tarde e manhã, o segundo dia (vs. 6-8). Disse também Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção seca. E assim se fez. À porção seca chamou Deus Terra e ao ajuntamento das águas, Mares. E viu Deus que isso era bom. E disse: Produza a terra relva, ervas que deem semente e árvores frutíferas que deem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nele, sobre a terra. E assim se fez. A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo a sua espécie e árvores que davam fruto, cuja semente estava nele, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom. Houve tarde e manhã, o terceiro dia (vs.9-13). Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos. E sejam para luzeiros no firmamento dos céus, para alumiar a terra. E assim se fez. Fez 2
surge quando uma pessoa se encontra em oposição a alguma coisa ou a alguém. Depois disso, ela começa a porfiar, isto é, usar palavras hostis e agressivas para contender, debater e discutir com veemência. Depois surge o ciúme, que pode indicar excesso de zelo. Nesse estágio da atividade da carne, a mente começa a ferver; é como se ela atingisse altas temperaturas, borbulhasse e perdesse o controle da realidade. A próxima palavra da evolução da carne é ira. Irar-se significa inflamar-se, indignar-se a tal ponto que até sua respiração fica difícil. Não é de estranhar que daí surja a discórdia. Essa outra manifestação da carne implica indisposição, ou seja, má vontade em querer falar, ouvir, reconsiderar, aceitar ou voltar a caminhar junto. Uma pessoa com indisposição com outra discorda até mesmo daquilo com o qual antes concordava.
A próxima palavra da escala é dissensão. Essa palavra denota que a carne não quer andar junto, buscar o mesmo passo e o mesmo caminho e, por causa disso, resolve apartarse, dividir-se, gerando uma dissidência. Agora a carne tem um lema, um caminho e uma bandeira, o que resulta em outra palavra: facção. Lamentavelmente a pessoa nunca enxerga que, quando não se aplica a cruz à carne, o resultado final de sua evolução é a criação de um partido, uma facção. Segundo o dicionário grego de James Strong, a palavra facção é a mesma palavra usada para heresia (hairesis), a qual significa rotular alguma coisa como nova a fim de ser diferente. Não podemos deixar a carne evoluir; devemos aplicar logo a cruz de Cristo para mortificá-la. Por que é tão importante lidar com a carne? Porque a Palavra nos previne: “Não herdarão o reino de Deus os que tais cousas praticam”.
Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite; e fez também as estrelas. E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra, para governarem o dia e a noite e fazerem separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom. Houve tarde e manhã, o quarto dia (vs. 13-19). Disse também Deus: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento dos céus. Criou, pois, Deus os grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rastejam, os quais povoavam as águas, segundo as suas espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom. E Deus os abençoou, dizendo: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei as águas dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves. Houve tarde e manhã, o quinto dia (vs. 20-23). Disse também Deus: Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selváticos, segun-
do a sua espécie. E assim se fez. E fez Deus os animais selváticos, segundo a sua espécie, e os animais domésticos, conforme a sua espécie, e todos os répteis da terra, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom. Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra. E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento. E a todos os animais da terra, e a todas as aves dos céus, e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será para mantimento. E assim se fez. Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia (vs. 24-31). Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera (2:1-3).
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Série: O QUE A BÍBLIA DIZ ACERCA DA IGREJA O FATOR DETERMINANTE PARA A UNIDADE: O ÚNICO LUGAR Deuteronômio 12 O objetivo desta série é nos dar uma visão global do que o Senhor está fazendo em Sua igreja. Ele a está restaurando. Os livros de Esdras e Neemias nos ajudam a entender a restauração da casa de Deus hoje. I. A obra de restauração de Deus A. Se observarmos a história da igreja e meditarmos sobre sua existência, constataremos que Deus sempre levantou homens aos quais confiou a revelação genuína de Sua Palavra (Atos 9:15). B. A cada revelação, a edificação da igreja avança. Em contrapartida, o inimigo de Deus sempre entra em ação para causar dano e divisão entre os filhos de Deus (Mateus 16:13-23). C. Por essa razão, Deus sempre precisa restaurar Sua igreja. Restauração significa reaver o estado original de alguma coisa que foi perdida (Esdras 5:9; 9:9). D. Para entender a restauração de Deus, precisamos conhecer Sua vontade original, o que Ele realizou e o que foi perdido e ainda conhecer o que está sendo agora restaurado por Ele. E. Esse conhecimento é importante para percebermos onde estamos, o que devemos fazer e como fazê-lo. Além disso, aprenderemos também a enfrentar as oposições exteriores contra a restauração de Deus, principalmente as que são geradas pelas preferências humanas. II. O único lugar de adoração no Antigo Testamento A. Para compreender a obra de restauração do Senhor, precisamos conhecer o que está em Seu coração. Para tanto, precisamos nos reportar ao livro de Gênesis. B. Em suma, o que Gênesis apresenta é o seguinte: Deus criou o homem para que este O expressasse e exercesse domínio sobre a terra; no entanto, instigado por Satanás, esse homem desobedeceu a Deus e sofreu uma terrível queda. C. Em seguida, Deus chamou Abraão para dar seguimento ao que Ele intentava fazer. Por meio de Abraão, Deus obteve uma nação, Israel. A essa nação Deus deu por herança a boa terra de Canaã. D. O livro de Deuteronômio contém palavras cruciais de Deus para Seu povo, sobre como ele deveria viver na-
1) A Bíblia Sagrada é a revelação divina, inspirada pelo Espírito Santo; 2) Deus é único e triúno — o Pai, o Filho e o Espírito — coexistindo em igualdade de eternidade a eternidade; 3) o Filho de Deus, sendo o próprio Deus, encarnou-se para ser um homem, de nome Jesus, nascido da virgem Maria, para ser nosso Redentor e Salvador; 4) Jesus, um homem genuíno, viveu nesta terra por trinta e três anos e meio para tornar Deus Pai conhecido aos homens; 5) Jesus, o Cristo ungido por Deus com Seu Espírito Santo, morreu na cruz por nossos pecados e derramou Seu sangue para o cumprimento de nossa redenção; 6) Jesus Cristo, ressuscitou dos mortos ao terceiro dia, e em ressurreição, tornou-se o Espírito que dá vida para transmitir a Si mesmo para dentro de nós como nossa vida e tudo para nós;
quela terra. Dentre tantas instruções que o Senhor deu a Israel, a mais importante está registrada no capítulo 12. E. Nesse capítulo, Deus determinou o único lugar onde aquele povo deveria reunir-se para celebrar suas festas. “Mas buscareis o lugar que o Senhor, vosso Deus, escolher de todas as vossas tribos, para ali pôr o seu nome e sua habitação; e para lá ireis” (v. 5). F. Essa ordem divina tinha um objetivo: eliminar todo tipo de preferência humana. Portanto, a esse respeito, devemos obedecer à Palavra de Deus e honrar Sua escolha, pois ela é o fator determinante para preservar a unidade de Seu povo (vs. 8, 13). III. O único lugar de adoração no Novo Testamento A. A mesma preocupação que Deus demonstrou ter com Seu povo no Antigo Testamento, a nação de Israel, agora Ele tem pela igreja, no Novo Testamento. É a ela que nós, cristãos, devemos levar nossas ofertas, nossa pessoa e nossa vida como oferta ao Senhor (Romanos 12:1, 5-8). B. O que é a igreja? É a composição de todos os que foram redimidos pelo sangue de Cristo e regenerados pelo Espírito. Ela é uma só e não pode ser dividida (1 Coríntios 1:2). C. Em seu aspecto universal, ela engloba todos os filhos de Deus, do passado, do presente e do futuro. No entanto, em seu aspecto prático, ela está em cada cidade. Por exemplo: a igreja em Jerusalém, a igreja em Antioquia, a igreja em Brasília, a igreja em São Paulo etc (Mateus 16:18; 18:17; Atos 8:1; 13:1). D. Com respeito ao aspecto prático da igreja, independentemente de nossas preferências humanas, somos a igreja em nossa cidade junto com todos os demais filhos de Deus. E. Não podemos ignorar um princípio estabelecido pelo próprio Deus para guardar Sua igreja de ser dividida por opiniões e preferências humanas (1 Coríntios 1:10-13; 3:1-5). F. Talvez alguns digam: Como a igreja em Jerusalém, que tinha milhares de irmãos, comportava todos eles? A confusão reside no fato de alguns associarem a igreja a um templo. A igreja são os irmãos e não um templo (Atos 7:48). G. Em cada cidade devemos nos reunir unicamente como a igreja ali, sem nenhum outro nome como base. Conforme vimos em Deuteronômio, na igreja deve haver apenas o nome do Senhor. Continuaremos na próxima edição.
7) após Sua ressurreição, Cristo ascendeu aos céus e Deus O fez Senhor de todas as coisas; 8) após Sua ascensão, Cristo derramou o Espírito de Deus para batizar Seus membros escolhidos para dentro de um único Corpo e que o Espírito de Cristo está se movendo na terra para convencer pecadores, regenerar o povo escolhido de Deus, habitar nos membros de Cristo para seu crescimento em vida e para edificar o Corpo de Cristo com vistas à Sua plena expressão; 9) no fim desta era, Cristo voltará para arrebatar os cristãos vencedores, julgar o mundo, tomar posse da terra e estabelecer Seu reino eterno; 10) os cristãos vencedores reinarão com Cristo no milênio e que todos os cristãos participarão das bênçãos divinas na Nova Jerusalém, no novo céu e nova terra, pela eternidade.
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“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios” (Salmo 103:2). A palavra bendizer significa louvar, glorificar, abençoar, enaltecer ou agradecer. Quando bendizemos o Senhor, estamos reconhecendo todo o Seu labor em nossa vida. Porém, para agradecer ao
Senhor, você deve sempre cultivar a memória espiritual de todos os benefícios Dele. Se você não tem memória espiritual, é possível que também não tenha um louvor ao Senhor. A ingratidão é o resultado do esquecimento. Ora, sendo assim, devemos sempre trazer conosco a lista das bênçãos com que nosso misericordioso Deus nos agraciou. Quem nos criou, regenerou, concedeu a vida eterna e divina dentro de nós, não foi Deus? Não foi também Ele quem nos tirou do império das trevas, da condenação eterna, nos redimiu e hoje nos está transformando? São tantos os benefícios! O apóstolo Paulo, querendo instigar a alma dos efésios a bendizer a Deus, escreveu: “Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vós, gentios na carne, chamados incircuncisão [...], naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes
aproximados pelo sangue de Cristo” (Efésios 2:11-13; cf. Salmos 103: 3-5). No princípio, logo depois de nossa conversão, todos esses fatos estavam frescos em nossa mente, e sentíamos muita alegria em lembrá-los. Entretanto, com o passar dos anos, fomos perdendo a lembrança e de muitos deles nos esquecemos. Por causa disso paramos de bendizer. Devemos tirar nossa alma da passividade, inanição e preguiça espiritual, primeiramente, fazendo-a lembrar-se de toda a obra de Deus em nossa vida; em seguida, incentivando-a a bendizer o Senhor. Não podemos continuar cometendo o pecado da ingratidão; é hora de olhar para trás e ver que Deus não nos deixou um instante sequer e que operou em nossa vida positivamente durante todo o tempo. O Salmo 103, que usa a palavra bendizer seis vezes, foi concluído assim: “Bendizei ao Senhor, vós, todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio. Bendize, ó minha alma, ao Senhor” (v. 22).
Ao lermos a descrição do jardim do Éden em Gênesis 2:10, vemos um rio cujo desdobramento em quatro braços retrata a obra completa de salvação do homem promovida pela Trindade divina. Na terra, a obra de Deus é edificar uma casa para Si, que é a igreja, o lugar de Sua habitação. Para edificá-la, Deus precisa de materiais; é por isso que o primeiro braço do rio, o Pisom, que significa aquele que flui gratuitamente e que faz crescer, sai até a terra de Havilá em busca de ouro, bdélio e pedras preciosas. Esses três materiais, segundo a Bíblia, sugerem a natureza de Deus, a abundância da vida divina e a transformação. Essa era a intenção de Deus ao criar o homem: por meio do fluir de Sua vida (representado pelo fluir do rio), Ele queria produzir nele Sua natureza (2 Pedro 1:4) e transformá-lo a ponto de tornar-se útil para Sua edificação.
As Escrituras dizem, entretanto, que o homem caiu e por isso ficou estragado para os interesses de Deus. Mas Ele não abandonou o homem, pelo contrário, foi aonde ele estava para buscá-lo de volta. Os outros três braços do rio e as cidades para onde eles fluíram descrevem as três principais condições do homem depois da queda e o amor insistente de Deus em resgatá-lo. O rio Giom foi até Cuxe (situado no sul do Egito), o rio Tigre foi até a Assíria (a capital, Nínive, era conhecida pelos excessos do pecado) e o rio Eufrates foi até Babilônia (lugar de muitos ídolos). O fato de o rio dirigir-se a esses lugares significa que a condição espiritual do homem depois da queda está vinculada a sua intensa preocupação com o sustento humano (Egito), a seu envolvimento com o pecado (Assíria) e a sua mistura com a religião (Babilônia). Quão terrível é a condição do homem!
A cena do fluir do rio até Cuxe, a Assíria e Babilônia descrevem o amor incondicional de Deus pelo homem. Para Deus não importa sua condição atual: Ele ainda o ama. Deus nunca vai deixar o homem. Ele sempre se lembrará de estender o braço para buscar o homem que se perdeu. Mesmo que sua condição espiritual seja terrível, lamentável, saiba que Deus o ama e pode resgatá-lo. Sempre há esperança. É certo que sozinho você não pode fazer nada, mas lhe garantimos que, se você confessar seu pecado e se arrepender, Ele graciosamente irá até você. O amor Dele por você é abundante; Ele o atenderá com rapidez e o buscará com doçura. Lembre-se sempre: Deus, em Cristo, está disposto a ir até onde você está a fim de salvá-lo e transformá-lo num material para a edificação de Sua casa.
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1 Timóteo, Tito e 2 Timóteo Nas edições mais recentes do JAV, temos discorrido, nesta coluna, sobre o ministério epistolar do apóstolo Paulo. Esse aspecto de seu ministério foi a parte conclusiva de sua incumbência de levar a palavra do Senhor aos homens. Desta vez, veremos suas últimas cartas, nas quais ele se dirigiu não a uma igreja específica, mas a seus cooperadores Timóteo e Tito. Depois de ter sido libertado da prisão romana, ao passar por Éfeso novamente, Paulo percebeu que a situação da igreja não havia melhorado. Por um lado, necessitava continuar a viagem para visitar outras igrejas; por outro, queria ajudar os irmãos naquele lugar. Por conseguinte, Paulo escolheu um de seus cooperadores, Timóteo, e pediu-lhe que permanecesse ali. Isso mostra o quanto amava aquela igreja. Espírito e vida – o remédio contra a degradação Em 1 Timóteo 1:3 lemos: “Quando eu estava de viagem, rumo da Macedônia, te roguei permanecesses ainda em Éfeso para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina”. Assim que a igreja foi gerada naquela cidade, os irmãos foram introduzidos nos ensinamentos saudáveis concernentes à economia de Deus para a igreja, que é a casa de Deus. No entanto, com o passar do tempo, os irmãos que ministravam a palavra já não transmitiam a economia de Deus como o ensinamento
saudável, mas sim outra doutrina, que só promovia discussões. Ou seja, houve um desvio que trouxe danos à igreja. Dessa situação devemos aprender uma importante lição: os irmãos que pregam a palavra de Deus devem preocupar-se em falar conforme a economia de Deus, a fim de que a igreja se mantenha numa posição saudável. Ao escrever a Primeira Epístola a Timóteo, Paulo expôs como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo (3:15). Nessa epístola e na que escreveria a Tito, ele deu bastante ênfase à vida eterna. Ministrar a vida divina mediante o ensinamento saudável é o melhor remédio contra a degradação. Em 1 Timóteo, Paulo nos diz que o exercício da piedade tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser (4:8); também encorajou seu jovem cooperador a tomar posse da vida eterna (6:12) e lhe pediu que exortasse os ricos a se apoderarem da verdadeira vida (v. 19). Ainda nessa viagem, Paulo escreveu a Epístola a Tito, em que destacou a importância de se manter a ordem na igreja (1:5). Nesse livro, ele falou da esperança da vida eterna, a qual o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos (v. 2). Mostrou também que podemos tornar-nos herdeiros segundo a esperança da vida eterna (3:7). Degradação: o resultado de desviar-se da economia de Deus Por não se praticarem os ensinamentos que o apóstolo apresentou nas cartas a Tito e a Timóteo, a degradação ocorreu. Assim como uma família rica que perde a fortuna por não saber administrar os muitos bens que tem, a igreja naquela época se degradou. Os irmãos ali não deram ouvidos aos ensinamentos saudáveis, mas se apegaram a mestres segundo suas próprias cobiças e, como que sentindo coceira nos ouvidos, entregaram-se
às fábulas, desdenhando a riqueza da palavra que possuíam (2 Timóteo 4:3-4). Para trazê-los de volta, Paulo, novamente da prisão romana, escreveu a Segunda Epístola a Timóteo. Nela, ele fala de como resgatar a igreja de volta da degradação. A propósito, o principal motivo da degradação é a falta de vida e do exercício do espírito. Por isso, para restaurar a igreja a uma situação normal, Paulo lembrou Timóteo de que ele era apóstolo de conformidade com a promessa da vida (1:1), a qual nos encoraja a crescer em vida. Além disso, para vencer a degradação, encorajou Timóteo a que reavivasse o dom que havia em si, exercitando o espírito de poder, de amor e de moderação que ganhara de Deus ao crer (v. 7).
A importância dos ensinamentos saudáveis para uma situação normal da igreja No capítulo 2, Paulo instruiu Timóteo sobre duas coisas: transmitir os ensinamentos saudáveis a homens fiéis e idôneos e seguir a justiça, a fé, o amor e a paz com os que de coração puro invocavam o nome do Senhor (2:2, 22). Praticar a palavra saudável e invocar o nome do Senhor são muito importantes para manter a igreja numa situação normal (Apocalipse 3:8). No final de seu ministério, quando já estava sendo oferecido por libação, Paulo animou Timóteo a ser sóbrio, suportar as aflições, fazer o trabalho de evangelista e cumprir cabalmente seu ministério (4:5-6). Ele também testemunhou: “Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda” (v. 8). Há uma coroa guardada para os que amam a vinda do Senhor. Se a queremos, devemos manter exercitado nosso espírito, praticar a Palavra e seguir com os que de coração puro invocam o nome do Senhor. Dessa maneira, conseguiremos crescer em vida e completar nossa carreira.
ANUNCIAI AO SENHOR! A Bíblia não diz que os discípulos de João Batista choraram durante todo um dia a morte do mestre. Apenas diz que eles sepultaram o corpo de João e depois foram anunciar a Jesus. Quando há dor no coração, esse é o momento exato para nos aproximarmos do Senhor. Quando sente que perdeu algo precioso, você fica frustrado, como se João tivesse morrido. Para você, a cor do céu já não é azul. Parece não haver vida em toda a paisagem e você não encontra saída em mais nada. Nessa hora é desnecessário ficar contemplando um “corpo sem vida” o dia
inteiro com coração compungido. Assim como os discípulos de João, você deve “sepultar o corpo” e anunciar a perda ao Senhor. Aproximar-se do Senhor para anunciar sua perda e confessar-se, abrindo o coração a Ele, faz com que você ganhe mais intimidade e mais conhecimento Dele. Uma aproximação em momentos assim é muitas vezes melhor que comunhões em tempos normais. Fazendo desse modo, a vida de Deus em você pode crescer. Quando anuncia suas dificuldades ao Senhor, Ele é capaz de restabelecer e consolar você.
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Hoje tive um dia difícil. De início, perdi uma hora no trânsito para simplesmente contornar o prédio onde trabalho e estacionar. Na volta para casa, a falta de educação, de limites e de paciência dos demais motoristas me fez pensar que, na verdade, a salvação não deveria ser para todos. Enquanto era cortado pela esquerda, ultrapassado pela direita, empurrado contra o meio fio, eu me dizia: “Não é possível que Deus realmente ame um povo que age assim!”. Demorou um pouco para que eu recebesse alguma luz a esse respeito, até que me lembrei de que, numa reunião, dias atrás, tentava convencer uma irmã da inexistência de “pecadinho” ou “pecadão”. Ora, se qualquer ato pecaminoso é igualmente condenável – e mortal – diante de Deus, a atitude de meus companheiros de trânsito os faria imperdoáveis (Romanos 3:23). Na verdade, o Senhor foi propício a mim, pecador, e me deu a graça de ouvir a palavra do evangelho com toda liberdade e clareza. Minha falta de amor e paciência é, portanto, mais condenável. Afinal, a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão (Lucas 12:48). É verdade que, uma vez que nos arrependamos e nos voltemos ao Senhor, a gravidade ou a quantidade de nossos pecados não importam para Deus. Afinal, “se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9). Isso não quer dizer, porém, que podemos lançar mão de nossa liberdade em Cristo para dar ocasião à carne. Devemos, antes, servir a Deus, por meio do amor com que servimos uns aos outros (Gálatas 5:13). O problema na raiz É exatamente isto que o Senhor quer: que sirvamos uns aos outros, em amor. Quando Ele vier, não nos julgará por nossos pecados cometidos antes de crermos e os já confessados, uma vez que Ele cumpriu eterna redenção a nosso favor ao derramar Seu próprio sangue na cruz (Hebreus 9:22). 6
Ele nos julgará por nossas obras, por nosso serviço (2 Coríntios 5:10). O Senhor Jesus quer que sirvamos uns aos outros. Ele mesmo se despojou de Sua glória nas alturas para tomar a figura de servo, para ser reconhecido em figura humana. Como homem, Ele ainda se despiu de toda glória própria, de toda autopromoção; Ele se despiu para lavar os pés de Seus discípulos (João 13:5). Ele serviu, sofreu, Se gastou e Se entregou à morte – e morte de cruz. Esse é nosso padrão. Ele quer apenas que façamos o que Ele fez por nós (1 João 3:16; 4:10-11). Parece difícil que os jovens entendam o que isso significa, especialmente no contexto histórico da geração presente. Primeiramente uma forte onda de liberalização moral, nas décadas de 1960 e 1970, produziu uma geração de pais que não sabiam que limites impor a seus filhos. A crescente difusão dos meios de comunicação de massa, nas décadas subsequentes, gerou também uma propaganda comportamental cada vez mais determinante. A década de 2000 viu a internet modificar ainda mais radicalmente a velocidade com que informações, opiniões e tendências são geradas, transmitidas e, talvez, até impostas. Em outras palavras, a corrente do mundo se tornou mais presente. Entrou nas casas e nos corações e ocasionou o surgimento da geração da informação. Uma geração que aprendeu como seu impulso consumista determina o interesse da mídia e move a sociedade como um todo. A geração presente se tornou o centro das atenções, das decisões. As próximas gerações tornam-se ainda mais autocentradas. Aliás, agora a tendência é que seja ilegal corrigir
uma criança ou impor-lhe limites. É neste contexto que o Senhor quer que percebamos que, por haver um problema naquilo que somos, há muitos problemas naquilo que fazemos. Por isso, ao preparar o caminho do Senhor, João Batista anunciava que “Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lança-
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da ao fogo” (Mateus 3:10). Jovem, o início da obra do Senhor é tocar nossa raiz. Quem é você? Você é parte da geração da informação ou é filho de Deus? Se sua raiz está neste mundo vil e no que o mundo produz, já está posto o machado à raiz. Mas se você decidiu receber Jesus como seu Salvador pessoal, se você creu no nome de Jesus, sua raiz é outra. Pois, “a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (João 1:12-13). Produza mais fruto Uma vez que nascemos do Espírito, podemos viver no Espírito. O resultado é produzir frutos do Espírito: “O fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gálatas 5:22-23). Todos os frutos listados nesse versículo se referem a nosso caráter, de certa forma, a nossa maneira de ser, mas, em muito maior medida, a nossa maneira de agir. Não existe amor que não gere ações. Não existe longanimidade “interior” quando uma pessoa é visivelmente intolerante. Isso quer dizer que, se somos filhos de Deus, se fomos gerados pelo Espírito, precisamos agir como filhos de Deus. Não podemos esperar que nossa carreira acabe assim que recebermos a aprovação do Senhor ou o reconhecimento daqueles que nos rodeiam. Na verdade, desde que tenhamos frutos, o Senhor imediatamente passa a esperar de nós mais frutos. Ele disse: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda” (João 15:1-2). Jovem, não se contente com experiências passadas. Não se contente com os frutos passados. Você deve prosseguir em dar frutos. Agora não é tempo de julgar o que já temos, de medir, de gloriar-nos. Também não é tempo de julgar os outros, de comparar resultados. É tempo de dar frutos. O Senhor, quando vier, “não somente trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá o seu louvor da parte de Deus” (1 Coríntios 4:5). Até lá, cumprenos frutificar. E esses frutos do Espírito são para suprimento das pessoas que nos rodeiam. Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.
Em um encontro de casais, ao ser indagado sobre como se deveria orar pelo cônjuge que não obedece à Palavra de Deus, o palestrante sugeriu o seguinte: “Primeiramente confesse a Deus todo sentimento de rejeição a seu cônjuge como pecado e falha pessoal – isso inclui qualquer desejo de se apartar dele. Também confesse e se arrependa de toda atitude orgulhosa e pensamento egocêntrico, assim como de qualquer sentimento de amargura em relação ao cônjuge. Rejeite da mesma forma todo sentimento de incredulidade em relação ao poder de Deus para transformá-lo. Em segundo lugar, você deve comprometer-se diante de Deus a aceitar seu cônjuge como ele é, recebendo-o como um presente de Deus para sua vida, baseando-se na soberania de Deus e na confiança de que Ele sempre nos provê
o melhor, segundo Seu eterno plano e amor por nós. Busque valorizar as virtudes de seu cônjuge e não exponha publicamente suas falhas, antes, aproveite para receber de Deus luz para as próprias falhas inconscientes. Também procure viver mais no Espírito, invocando mais o nome do Senhor e leia a Palavra de Deus com oração. Nesse compromisso, separe tempo para se alimentar do que Deus tem falado atualmente a Sua igreja, para poder suprir vida a seu cônjuge. Por fim, consagre e entregue seu cônjuge a Deus, confiando a Ele suas fraquezas e defeitos. Creia que Deus é capaz de transformá-lo de acordo com Sua vontade. Já que você decidiu orar a favor de seu cônjuge, faça-o incondicionalmente, isto é, não dependa dos resultados imediatos: lembre-se de que a oração tem sentido vertical e não horizontal”.
Os ouvintes receberam muito bem a sugestão, mas um entre eles perguntou: “Você disse que ia orientar sobre como orar pelo cônjuge, porém, dos três itens mencionados, os dois primeiros dizem respeito a meus próprios problemas. Quer dizer que devo orar por mim mesmo?”. Para responder à questão, usou-se o seguinte exemplo: “Quando oramos e intercedemos por alguém, estamos cooperando com Deus a favor dessa pessoa. Deus é quem vai operar, mas Ele requer nossas orações para auxiliá-Lo. É como numa cirurgia: o cirurgião é o responsável pela cirurgia e quem de fato opera o paciente, mas precisa da ajuda de um auxiliar. Para que o auxiliar coopere adequadamente com o cirurgião, é fundamental que esteja com as mãos lavadas, bem limpas e com roupa e luvas esterilizadas”. Deus, o cirurgião que vai operar em seu cônjuge, é santo e puro; nós, porém, somos imundos. Ele realmente conta com nossas orações para começar a agir. Todavia precisamos saber que temos de estar limpos diante Dele para cooperar. Ao nos achegar a Sua presença e receber Seu iluminar, nós nos arrependemos e confessamos o que temos no coração. Assim somos lavados por Seu sangue e nos tornamos limpos para interceder a favor de nosso cônjuge. Deus opera primeiro em nós, seus auxiliares, e depois, com nosso auxílio, opera no próximo paciente, o cônjuge. Esse mesmo princípio encontramos na oração do Senhor Jesus, se bem que Ele mesmo não tinha nenhum pecado: “A favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade” (João 17:19). Se queremos que nossas orações sejam atendidas, precisamos, antes de tudo, lidar com todas as nossas impurezas, pois, nesse assunto, não são nossas palavras o verdadeiro instrumento usado por Deus, mas o coração limpo (1 Pedro 1:22; 3:1-2).
PROPÓSITO ETERNO Efésios 3:11 diz: “Segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo lugar do substantivo “propósito”. Ambas as palavras, porém, são da Jesus, nosso Senhor.” O propósito eterno é o eterno plano de Deus mesma família. Deus propôs em Si mesmo um beneplácito [bom feito na eternidade passada. É o propósito estabelecido por Deus prazer], de acordo com Sua vontade. Sua vontade era um mistério. na eternidade passada para a eternidade futura. Deus é um Deus de Isso estava oculto em Deus e não foi revelado aos santos no Antigo propósitos. Antes da criação, antes da fundação do mundo, Ele fez Testamento. Em Efésios 1:11 Paulo também fala do propósito de um plano. Esse plano é o propósito eterno. Em Efésios 1:9, Paulo Deus: “Nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados sediz: “Desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, gundo o propósito daquele que faz todas as cousas conforme o conselho da sua que propusera em Cristo”. Esse versículo também fala do propósito vontade”. O propósito de Deus nesses versículos refere-se ao que de Deus, se bem que Paulo optou por usar o verbo “propor” em Deus planejou no início, na eternidade passada.
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Esta coleção proporciona à criança uma maravilhosa viagem a diversas regiões do Brasil. Em cada região, a criança se vê em determinada situação-problema, onde é levada a perceber a importância da cooperação e da ajuda mútua para resolvê-la. É uma aventura emocionamente e envolvente, contada em linguagem escrita e falada, ricas expressões típicas de cada região. Em cada história, a criança lê o texto e viaja nas imagem bem coloridas, ao mesmo tempo em que ouve o CD e vibra com as músicas e narrativas cheias de efeitos sonoros! Por meio desta coleção, o cuidado e salvação de Deus em Jesus são apresentados de modo simples e acessível. “Ensina a criança no caminho que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” Provérbios 22:6 Autor: Corpo Redatorial Código: 10619 Tamanho: 21x19 cm (cada livro)
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Ano 21, Jornal 219, fevereiro de 2011 - Publicação mensal. Registro de títulos e documentos nº. 126540. O Jornal Árvore da Vida é uma publicação da Associação Árvore da Vida, Av. Corifeu de Azevedo Marques, 137, Butantã - São Paulo - SP - CEP 05581-000. Composição, arte, fotolito e montagem: Associação Árvore da Vida. Impressão: Gráfica e Editora Grafnorte, tiragem: 50.000 exemplares. Presidente: Dong Yu Lan. Diretor de Redação: André Tsai Dong. Jornalista responsável: E.E.B. Villela - RG MTb 12183. Arte e Diagramação: David Mesquita. Autorizamos o uso dos artigos desta edição, desde que citada a fonte. Caso deseje participar das bênçãos do ministério de difundir a Palavra de Deus, deposite sua contribuição no Itaú, ag 0067, conta 10545-2. Ninguém está autorizado a solicitar ou recolher ofertas em nome do Jornal Árvore da Vida ou da Associação Árvore da Vida. DISTRIBUIDOR DO JAV MAIS PERTO DE VOCÊ:
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A felicidade é tudo o que o homem busca; é a motivação de tudo o que faz. Desde o amanhecer até o anoitecer, é isso que todos querem alcançar. Poderíamos perguntar: onde ela está, que devemos fazer para encontrá-la e qual é sua expressão? Queremos começar a responder dizendo onde ela não está: não está à venda nas prateleiras dos supermercados ou em algum shopping center; também não está no sucesso, no poder ou na fama que uma pessoa possa conquistar; também não está nos títulos acadêmicos que alcançamos. Não são poucos aqueles que testemunharam que todos os bens e glória acumulados não lhes garantiram nada, a não ser um profundo vazio. Nas palavras do rei Salomão: buscar essas coisas imaginando que se está buscando a felicidade é o mesmo que correr atrás do vento (Eclesiastes 2:11). A felicidade está em Deus. É Ele que é a fonte da felicidade. Nessa fonte podemos encontrar tudo o que a ela está associado: bem-estar, alegria, satisfação e paz. Nada disso poderia ser um artigo de compra, tampouco objeto de nossas conquistas pessoais. Se quisermos a felicidade, devemos nos voltar a Deus. Saber que a felicidade está em Deus apenas indica onde ela pode ser encontrada, mas não nos garante que vamos conquistá-la. A Bíblia apresenta dois passos para que o homem se aposse da felicidade. O primeiro é temer a Deus. Aquele que teme a Deus apresenta algumas características: ele O ama, honra-O, confia Nele e O glorifica em seu viver diário. Temer a Deus é a melhor maneira de obter a felicidade. Mas ainda não acabou; falta dar mais um passo. É preciso andar em Seus caminhos. Os caminhos de Deus são feitos de santidade e justiça. Conforme você se separa deste mundo sujo, abominável e deixa para trás a injustiça, a mentira e as acusações, você vai encontrando o caminho que o conduz à felicidade. Seria muito bom avaliarmos que caminhos estamos trilhando. Assim como uma árvore tem frutos que mostram se ela é saudável, as pessoas que temem a Deus e que andam em Seus caminhos – e por isso são felizes também – têm Sua expressão. Essa expressão pode ser notada no interior da própria casa. Vejamos algumas dessas expressões de felicidade: cada um, esposo e esposa, torna-se uma videira frutífera. A videira na Bíblia simboliza a vida, a alegria e a bênção. A expressão de felicidade no marido e na esposa pode ser vista também nos frutos que um produz para o outro. Cada um gera exatamente aquilo de que o outro precisa. Mas o fruto geral que abarca todos os outros é o amor. Se você deseja que seu cônjuge o ame, então ame a Deus e faça primeiramente Sua vontade. Quanto mais você amar o Senhor, mais seu cônjuge o amará. Outra importante expressão da felicidade está relacionada com o modo como os filhos vivem. Uma casa feliz é a que tem filhos semelhantes a brotos. A existência do broto aponta para a vida em crescimento normal. Como é bom olhar para os filhos e ver que estão crescendo, progredindo em todos os campos de sua vida. Crescem em estatura e graça diante dos homens e de Deus. Contemplar os filhos em torno da mesa também é motivo de grande prazer. É perfeito: pais e filhos juntos fazendo as refeições, comendo o pão que nunca falta. A cena também sugere que essa casa é um lar. Casa é um lugar onde buscamos abrigo; lar é um lugar aconchegante onde gostamos de estar juntos. Como foi possível perceber, ser um bem-aventurado, isto é, uma pessoa feliz na terra, não é algo que podemos obter por nós mesmos. Somos incapazes de conseguir tal façanha à parte de Deus. Se os pais querem ter um lar pleno de felicidade, então é hora de temer ao Senhor e andar em Seus caminhos. Se fizerem isso, Deus transformará sua casa em um lar, onde se poderá desfrutar Sua bênção, prosperidade e paz, as quais se estenderão para seus filhos e os filhos de seus filhos.