Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. (João 15:5) Associação Árvore da Vida * Publicação Mensal * Ano 22 - Número 221 * R$ 2,80
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OS MAIS BELOS TEXTOS DAS SAGRADAS ESCRITURAS A ação do Espírito Santo entre os primeiros cristãos foi muito forte. Logo na primeira pregação do apóstolo Pedro, três mil foram salvos e batizados. Lucas, o escritor do livro de Atos, diz que “acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos” (2:47). O capítulo 3 é um exemplo perfeito de como o Espírito agia para fazer aumentar o número deles. Nesse trecho da palavra há importantes lições para os que desejam cooperar com o Senhor no avanço do evangelho. “Subiram ao templo para orar” – O templo não é a igreja, mas o lugar onde ela se reúne para dar louvores a Deus, para ser alimentada e instruída pela Palavra. Devemos abrir nossos locais de reuniões da igreja para que as pessoas tenham livre acesso e desfrutem tudo aquilo que o Senhor nos tem dado (v. 1). “Porta do templo chamada Formosa” – Não adianta termos entradas formosas exteriormente, se ao redor de nós há coxos, cegos, pobres e carentes de Deus (v. 2). “Implorava que lhe dessem uma esmola” – Devemos ajudar as pessoas a enxergarem que há uma necessidade mais profunda do que apenas comer e beber (v. 3). “Olha para nós” – Não podemos passar ao largo dos pecadores. Devemos nos sensibilizar, ter compaixão, parar e ajudá-los a receber o Autor da vida (vs. 4, 15; Lucas 10:25-35). “Não possuo [...], mas o que tenho, isso te dou” – Não temos prata nem ouro para oferecer, mas temos a redenção e a vida divina. A prata simboliza a redenção de Cristo, e o ouro, a natureza de Deus (v. 6).
“Passou a andar” – Todos os que não têm Cristo estão sem função, paralisados para Seu propósito eterno. Todos precisam ser restaurados, para que possam andar na direção do alvo que Deus lhes estabeleceu (v. 8a). “Entrou com eles no templo” – Devemos nos comover com o fato de existirem mais pessoas fora do templo do que dentro. Sim, podemos nos alegrar com e pelas pessoas que já estão no templo, mas não deixemos de orar, jejuar e chorar muito pelas que estão perto de nós, mas, ao mesmo tempo, tão longe de Deus (v. 8b). “Saltando e louvando a Deus” – Quando experimentamos o poder de Deus, tudo muda. É aí que descobrimos que outras partes do corpo também estavam sem função. A boca do coxo exerceu, pela primeira vez, a função para a qual foi feita: louvar a Deus (v. 8c). “Os sacerdotes, o capitão do templo e os saduceus, ressentidos” – É lamentável saber que os apóstolos de Cristo, aqueles que realmente estavam preocupados com as pessoas, passaram a ser perseguidos. O normal seria todos festejarem com os anjos, nos céus, por mais um pecador voltar a Deus (4:1, 2a). O conteúdo deste jornal apresenta um pouco da enorme quantidade de riquezas que temos desfrutado. Se ainda são poucos os que tiveram a oportunidade de conhecer o Jornal Árvore da Vida , amigo leitor, seja a porta formosa que o leva às pessoas para que elas sejam introduzidas na presença do Senhor por meio dele! Amém!
“Todas as nações são perante Deus como coisa que não é nada; Ele as considera menos do que nada, como um vácuo. Com quem comparareis a Deus? Ou que coisa semelhante confrontareis com ele?” Leia mais sobre a grandeza do Senhor, a condição do homem e várias profecias importantes proferidas por Isaías. Veja o artigo O Cântico da Esperança na seção Novidades. Página 5
O MINISTÉRIO EPISTOLAR DO APÓSTOLO PAULO O escritor da carta aos Hebreus sugeriu aos crentes que entrassem no Santo dos Santos para experimentar Cristo e depois saíssem fora do arraial para pregá-Lo. Leia a seção Sete Cestos e desfrute seu delicioso artigo. Página 7
AS FASES DO CASAMENTO Poucos cônjuges querem pagar o preço para continuar casados quando há um ambiente de conflitos e de dificuldades. Ao invés de “jogar tudo para cima” e abandonar o relacionamento, os cônjuges deveriam buscar alternativas para mudar a situação. A coluna O Que Deus Uniu apresenta algumas delas. Confira!
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PASSAR, NADAR OU SER LEVADO PELO RIO? “Mediu ainda outros mil, e era já um rio que eu não podia atravessar, porque as águas tinham crescido, águas que se deviam passar a nado, rio pelo qual não se podia passar” (Ezequiel 47:5). “Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres” (João 21:18). Refletindo sobre esses versículos, é interessante observar o que o Senhor fez em Ezequiel 47. O crescimento das águas do rio representa o fluir da vida de Deus nos restringindo. Os diferentes níveis da água são as experiências que temos com Deus em diversas fases de nossa vida cristã. Os versículos 3 e 4 deixam claro que, quando a água ainda dava pelos tornozelos, depois pelos joelhos e lombos, o Senhor fez Ezequiel passar. Nos níveis inicial e intermediário, foi
Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniquidade está perdoada e que já recebeu em dobro das mãos do SENHOR por todos os seus pecados. Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso Deus. Todo vale será aterrado, e nivelados, todos os montes e outeiros; o que é tortuoso será retificado, e os lugares escabrosos, aplanados. A glória do SENHOR se manifestará, e toda a carne a verá, pois a boca do SENHOR o disse. Uma voz diz: Clama; e alguém pergunta: Que hei de clamar? Toda a carne é erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do SENHOR. Na verdade, o povo é erva; seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente. Tu, ó Sião, que anuncias boas-novas, sobe a um monte alto! Tu, que anuncias boas-novas a Jerusalém, ergue a tua voz fortemente; levanta-a, não temas e dize às cidades de Judá: Eis aí está o vosso Deus! Eis que o SENHOR Deus virá com poder, e o seu braço dominará; eis que o seu galardão está com ele, e diante dele, a sua recompensa. Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos e os levará no seio; as que amamentam ele guiará mansamente. Quem na concha de sua mão mediu as águas e tomou a medida dos céus a palmos? Quem recolheu na terça parte de um efa o pó 2
o Senhor quem o fez passar. Ezequiel não fez isso espontaneamente: o Senhor o fez passar. Isso mostra que Ezequiel estava atendendo o falar de Deus quando passou pelas águas na altura de seus tornozelos, joelhos e lombos. Por três vezes o Senhor lhe repetiu a mesma ordem, e ele obedeceu. Quando as águas, porém, no nível mais alto, se tornaram um rio, o Senhor não o fez passar. Por ter obedecido a Deus nas experiências anteriores, o primeiro impulso de Ezequiel foi atravessar o rio. Naquele momento percebeu que não podia atravessá-lo, a não ser a nado. Mas dessa vez o Senhor não o mandou passar nem nadar. O que Deus queria então? Em João 21, vemos que, no nível mais elevado do crescimento da vida divina — apontando para a maturidade —, a vontade de Deus era que Pedro se deixasse ser levado por outrem. Isso é bem significativo. Cada experiência que temos com Deus é nova. Precisamos discernir em que fase esta-
mos, que nível ocupamos hoje. Em algumas situações, Ele nos faz avançar com ousadia, vencendo as dificuldades. Em outras, quer que sejamos apenas levados pelo fluir. Isso requer nossa atenção ao comando, à ordem, à Palavra de Deus. Não podemos adotar como padrão de comportamento aquilo que já conhecemos. Precisamos da presente verdade para estar atualizados e alinhados com a vontade de Deus nesta era (2 Pedro 1:12). Caso contrário, apenas seguimos o impulso de “nadar” para “atravessar o rio”, ou seja, usamos nosso próprio esforço para fazer aquilo que supomos ser a vontade Deus, quando o que Ele deseja é nos levar em Seu fluir. Não tomemos por parâmetro nosso passado espiritual, mas sejamos sensíveis à unção do Espírito em cada situação. Assim podemos ser renovados dia a dia e conhecer mais o Senhor! Quando alcançamos a maturidade na vida divina, deixamo-nos ser levados por Ele em Seu doce fluir, para cumprir toda a Sua vontade. Amém!
da terra e pesou os montes em romana e os outeiros em balança de precisão? Quem guiou o Espírito do SENHOR? Ou, como seu conselheiro, o ensinou? Com quem tomou ele conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e lhe mostrou o caminho de entendimento? Eis que as nações são consideradas por ele como um pingo que cai de um balde e como um grão de pó na balança; as ilhas são como pó fino que se levanta. Nem todo o Líbano basta para queimar, nem os seus animais, para um holocausto. Todas as nações são perante ele como coisa que não é nada; ele as considera menos do que nada, como um vácuo. Com quem comparareis a Deus? Ou que coisa semelhante confrontareis com ele? O artífice funde a imagem, e o ourives a cobre de ouro e cadeias de prata forja para ela. O sacerdote idólatra escolhe madeira que não se corrompe e busca um artífice perito para assentar uma imagem esculpida que não oscile.
Acaso, não sabeis? Porventura, não ouvis? Não vos tem sido anunciado desde o princípio? Ou não atentastes para os fundamentos da terra? Ele é o que está assentado sobre a redondeza da terra, cujos moradores são como gafanhotos; é ele quem estende os céus como cortina e os desenrola como tenda para neles habitar; é ele quem reduz a nada os príncipes e torna em nulidade os juízes da terra. Mal foram plantados e semeados, mal se arraigou na terra o seu tronco, já se secam, quando um sopro passa por eles, e uma tempestade os leva como palha. A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual? — diz o Santo. Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar. Por que, pois, dizes, ó Jacó, e falas, ó Israel: O meu caminho está encoberto ao SENHOR, e o meu direito passa despercebido ao meu Deus? Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento. Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.
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Série: O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE A IGREJA O objetivo desta série é dar-nos uma visão global do que o Senhor está fazendo em Sua igreja. Ele a está restaurando. Os livros de Esdras e Neemias nos ajudam a entender a restauração da casa de Deus hoje.
A HISTÓRIA DO REINO DE ISRAEL: UMA FIGURA DA HISTÓRIA DA IGREJA (2) Esdras 1-4 I. Introdução A. Nas edições anteriores do JAV, vimos nesta coluna o que a Bíblia diz sobre a igreja. O primeiro aspecto foi quanto ao que Deus mesmo estabeleceu como fator de unidade de Seu povo: o único lugar. B. Vimos também algo sobre a história dos filhos de Israel na época dos reis. O pecado de Jeroboão, que dividiu o povo de Israel, foi uma advertência para nós, e o exemplo positivo do rei Ezequias, que promoveu a unidade, nos encheu de ânimo e coragem [veja a edição 220]. II. O despertar do espírito de Ciro A. Depois que o povo errou por quebrar o princípio da unidade, Deus permitiu que ele sofresse um período de cativeiro de setenta anos na Babilônia (2 Crônicas 36:19-21). Todavia Deus tinha a intenção de restaurar Jerusalém e levar de volta Seu povo para lá. B. Em Esdras 1:1, vemos o início da restauração da casa de Deus no Antigo Testamento. Esse processo teve início com Ciro, rei da Pérsia, cujo espírito foi despertado por Deus, provavelmente quando Daniel lhe mostrou nas Escrituras as profecias a seu respeito (Daniel 1:21; Isaías 44:28; 45:1-3). C. Deus escolheu Ciro para libertar Seu povo e reconduzilo a Jerusalém. Para isso, Ciro mandou anunciar por todo o seu reino o que Deus lhe ordenara. Como seu domínio incluía as terras para onde Israel e Judá foram levados cativos, todo o povo de Deus por lá espalhado foi convocado para subir a Jerusalém. D. Hoje o Senhor nos tem igualmente chamado para esta incumbência: edificar Sua casa segundo Sua escolha e determinação no Novo Testamento (João 4:23-24; Efésios 2:20-22; 4:3; Apocalipse 1:11). Assim como suce-
1) A Bíblia Sagrada é a revelação divina, inspirada pelo Espírito Santo; 2) Deus é único e triúno — o Pai, o Filho e o Espírito — coexistindo em igualdade de eternidade a eternidade; 3) o Filho de Deus, sendo o próprio Deus, encarnou-se para ser um homem, de nome Jesus, nascido da virgem Maria, para ser nosso Redentor e Salvador; 4) Jesus, um homem genuíno, viveu nesta terra por trinta e três anos e meio para tornar Deus Pai conhecido aos homens; 5) Jesus, o Cristo ungido por Deus com Seu Espírito Santo, morreu na cruz por nossos pecados e derramou Seu sangue para o cumprimento de nossa redenção; 6) Jesus Cristo, ressuscitou dos mortos ao terceiro dia, e em ressurreição, tornou-se o Espírito que dá vida para transmitir a Si mesmo para dentro de nós como nossa vida e tudo para nós;
deu com Ciro, nós também precisamos ser despertados em nosso espírito para cooperar com o Senhor quanto à edificação da igreja. III. As dificuldades de retornar a Jerusalém A. Naquela época, um bom número voltou para Jerusalém após os setenta anos de cativeiro. No entanto, uma parte não se dispôs a voltar. Afinal, após tantos anos na Babilônia, muitos tinham estabelecido família, negócios e relações; estavam, portanto, arraigados na Babilônia. B. Voltar para Jerusalém também implicava começar tudo novamente. Uma vez que Jerusalém estava arruinada, eles deveriam reedificar tudo. O povo precisaria, desse modo, estar tomado por uma visão. C. O retorno do povo de Deus a Jerusalém restauraria, no mínimo, quatro itens: D. o testemunho do Senhor E. a base da unidade F. o desfrute e a alegria G. a casa de Deus H. No capítulo 3 de Esdras vemos que o povo voltou para Jerusalém, e os edificadores começaram a lançar os alicerces do templo. Enquanto isso era feito, havia muito choro e alegria (vs. 11-12). I. Já no capítulo 4, sobrevêm perseguição e oposição, com o intuito de prová-los. Alguns adversários estavam inquietando o povo, desanimando-o de restaurar Jerusalém. Essa oposição era, pois, para provar se o que eles faziam se baseava numa visão celestial ou numa empolgação. J. Desse episódio podemos aprender uma lição: Que fazer quando somos perseguidos por nos envolver com a restauração da casa de Deus? Vamos desistir? Não! O Senhor é conosco; Ele vai sempre nos fortalecer e nos proteger. Isso está demonstrado na história de Esdras e Neemias, que foram sempre fortalecidos pelo Senhor. K. Amado leitor, esperamos que, com a leitura da Palavra de Deus, seu espírito seja despertado para restaurar a casa de Deus. Tendo como exemplo a história de Israel, sabemos das dificuldades que sobrevirão aos que se posicionarem pelo Senhor e pela restauração de Sua igreja. No entanto, encorajamos você a permanecer firme naquilo que o Senhor lhe revelar. Jesus é o Senhor.
7) após Sua ressurreição, Cristo ascendeu aos céus e Deus O fez Senhor de todas as coisas; 8) após Sua ascensão, Cristo derramou o Espírito de Deus para batizar Seus membros escolhidos para dentro de um único Corpo e que o Espírito de Cristo está se movendo na terra para convencer pecadores, regenerar o povo escolhido de Deus, habitar nos membros de Cristo para seu crescimento em vida e para edificar o Corpo de Cristo com vistas à Sua plena expressão; 9) no fim desta era, Cristo voltará para arrebatar os cristãos vencedores, julgar o mundo, tomar posse da terra e estabelecer Seu reino eterno; 10) os cristãos vencedores reinarão com Cristo no milênio e que todos os cristãos participarão das bênçãos divinas na Nova Jerusalém, no novo céu e nova terra, pela eternidade.
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O que significa invocar o nome do Senhor? Alguns cristãos pensam que invocar o Senhor é o mesmo que orar a Ele. Sim, invocar é uma espécie de oração, mas não é simplesmente orar. A palavra hebraica usada para invocar significa “bradar”, “clamar”, “gritar”. A palavra grega usada para invocar significa “invocar uma pessoa”, “chamar uma pessoa pelo nome”. Em outras palavras, é chamar audivelmente uma pessoa pelo nome. Embora a oração possa ser silenciosa, o invocar precisa ser audível. Dois profetas do Antigo Testamento ajudam-nos a ver o que significa invocar o Senhor. Jeremias nos diz que invocá-Lo significa clamar a Ele (Lamentações 3:55-56). Isaías nos diz que o invocar é tirar com alegria águas das fontes da salvação (12:2-6). Invocar o nome do Senhor no Antigo Testamento A prática de invocar o nome do Senhor começou na terceira geração da raça humana com Enos, filho de Sete (Gênesis 4:26), e essa história prosseguiu ao longo da Bíblia
Desde tempos remotos, os homens especulam sobre Deus. Quem Ele é? Como é? Como se relaciona conosco? Deus é um grande mistério, que os séculos e as gerações nunca desvendaram plenamente. Deus, porém, deixou “pistas” para o homem prosseguir procurando. A mais evidente delas está por toda parte; é só olhar a natureza com atenção e cuidado: “O que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas”. (Romanos 1:19-20). Mas, aleluia, Cristo veio! Cristo é a expressão de Deus; Ele é Deus manifesto, a própria definição de Deus. Nele o Deus misterioso nos foi inteiramente revelado. E isso não é mérito de ninguém: Ele tem prazer em revelar-Se: “Ninguém sabe quem é o Filho, senão o Pai; e também ninguém sabe quem é o Pai, senão o Filho, e aquele a quem 4
com Abraão (12:8), Isaque (26:25), Moisés (Deuteronômio 4:7), Jó (Jó 12:4), Jabez (1 Crônicas 4:10), Sansão (Juízes 16:28), Samuel (1 Samuel 12:18), Davi (2 Samuel 22:4), Jonas (Jonas 1:6), Elias (1 Reis 18:24) e Jeremias (Lamentações 3:55). Os homens do Antigo Testamento não apenas invocavam o nome do Senhor; eles até profetizaram que também outros O invocariam (Joel 2:32, Sofonias 3:9; Zacarias 13:9). Embora muitos estejam familiarizados com as profecias de Joel concernentes ao Espírito Santo, poucos perceberam que, para receber o derramamento do Espírito Santo, é preciso que se invoque o nome do Senhor. Por um lado, Joel profetizou que Deus derramaria Seu Espírito; por outro, profetizou que as pessoas invocariam o nome do Senhor. Essa profecia se cumpriu no dia de Pentecostes (Atos 2:17a, 21). O derramamento do Espírito necessita da cooperação de nosso invocar. Praticado pelos crentes do Novo Testamento Os crentes do Novo Testamento, desde essa ocasião no dia de Pentecostes, praticavam o invocar o nome do Senhor. Enquanto Estêvão estava sendo apedrejado até a morte, ele invocava o nome do Senhor (7:59). Outras passagens bíblicas nos confirmam essa prática no Novo Testamento, como em Atos 9:14; 22:16; 1 Coríntios1:2, e 2 Timóteo 2:22. Saulo de Tarso recebeu autorização
dos principais sacerdotes para prender todos os que invocavam o nome do Senhor (Atos 9:14). Isto indica que os primeiros crentes invocavam Jesus. Invocar o nome do Senhor era uma marca, um sinal de que eram cristãos. Se nós nos tornamos aqueles que invocam o nome do Senhor, nosso invocar vainos distinguir como cristãos. O apóstolo Paulo enfatizou a questão de invocar quando escreveu o livro de Romanos. Ele disse: “Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque: todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (10:12-13). Paulo também falou sobre invocar o Senhor em 1 Coríntios, quando, ao destinar a carta, identificou-se “com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso.” (1:2). Além disso, em 2 Timóteo, ele disse para Timóteo seguir as coisas espirituais com os que, de coração puro, invocam o Senhor (2:22). Por esses versículos podemos ver que, no primeiro século, os cristãos praticavam bastante o invocar o nome do Senhor. Evidencia-se assim que, ao longo do Antigo Testamento, bem como nos primeiros tempos da era cristã, os santos invocavam o nome do Senhor. Como é lamentável que isso tenha sido negligenciado pela maior parte dos cristãos por tanto tempo! Cremos que hoje o Senhor está restaurando a prática de invocar Seu nome para que desfrutemos as riquezas de Sua vida. Ó Senhor Jesus!
o Filho o quiser revelar” (Lucas 10:22). Para obtermos a resposta sobre Deus, nada precisamos, a não ser olhar para Cristo. Nele habita corporalmente toda a plenitude da Deidade (Colossenses 2:9). Quem O vê, vê o Pai, pois Ele e o Pai são um só. Cristo é o resplendor da glória e a expressão exata do Ser divino (Hebreus 1:3); Ele é o próprio Deus bendito para sempre (Romanos
9:5). Nele Deus foi visto, apalpado e contemplado (1 João 1:1). Ninguém jamais viu a Deus: o Deus unigênito, que está no seio do Pai é quem O revelou (João 1:18). Teólogos e filósofos tentam, há séculos, explicar Deus. Pessoas notáveis juntam esforços, reúnem todo tipo de apoio e gastam sua vida nessa tentativa. Mas a força da fé cristã está em que um Homem veio, viveu no meio de alguns discípulos, conversou com eles, comeu com eles e pronto: Deus estava explicado! O mistério oculto dos séculos e das gerações estava cabalmente desvendado! Aleluia! Cristo é o grande mistério de Deus! E o mais importante da revelação desse mistério é que Cristo tornou Deus real para nós. Deus em Cristo não se revelou para apenas ser examinado e estudado: Ele se manifestou para que pudéssemos nos aproximar Dele e ter uma experiência pessoal com Ele. Volte-se a Ele agora, confesse seus pecados e diga que daqui em diante você quer que Ele seja seu Salvador, Senhor e amigo. Amém!
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Além do véu e fora do arraial Temos visto nas edições anteriores o ministério epistolar do apóstolo Paulo, que foi a parte de seu ministério em que ele pôde ajudar as igrejas por meio de palavras escritas em cartas. Além das epístolas de que já falamos, outra muito importante é a que foi escrita aos hebreus, provavelmente também da autoria de Paulo. Essa epístola concatena todos os itens mencionados nas outras cartas. Em Hebreus, Cristo é revelado e descrito de maneira ímpar, como nenhum outro livro da Bíblia o faz: Ele é superior a tudo e a todos. Nele vemos claramente Seu ministério celestial e tudo o que Ele fez e alcançou a favor do povo escolhido de Deus.
Ir além do véu De acordo com Hebreus 6:18-19, todos devemos ter uma esperança segura e firme e penetrar além do véu. Esse véu se refere ao corpo do Senhor Jesus, que foi partido por nós. Em Sua morte e ressurreição, o Senhor nos abriu um novo e vivo caminho, de modo que podemos hoje entrar além do véu, ou seja, entrar no Santo dos Santos (10:19-20). De maneira prática, podemos experimentar a realidade do que há além do véu invocando o nome do Senhor. Sempre que o fazemos com fé, somos levados ao espírito, entramos na presença de Deus e podemos ter comunhão face a face com Ele. Desse modo, no espírito ganhamos crescimento de vida, e nossa alma, com a âncora lançada no Santo dos Santos, permanece firme. Além de mostrar a superioridade de Cristo, Hebreus valoriza a importância da Palavra. Ela é viva e eficaz como uma espada de dois gumes que penetra em nós e faz uma obra de separação (4:12). A Palavra de Deus é viva porque é Seu próprio falar. Outrora Ele falou muitas vezes e de muitas maneiras pelos profetas, mas nestes dias nos tem falado no Filho (1:1-2). Se queremos entrar no descanso de Deus, isto é, reinar com Cristo na era vindoura, precisamos atentar para o falar de Deus hoje e não endurecer o coração (3:15; 4:1-2). Vamos permitir que a Palavra de Deus habite ricamente em nós (Colossenses 3:16). Por termos crido na Palavra, que é Cristo, recebemos a vida de Deus, fomos regenerados e nos tornamos Seus filhos (João 1:1, 12-13). Mas essa vida precisa crescer em nós: assim como recebemos a vida de Deus por meio da Palavra, é da mesma forma que ela cresce em nós. O contato com a Palavra, por meio da fé, enche-nos de Espírito e de vida. Sair fora do arraial Não podemos nos contentar unicamente em ouvir a Palavra em uma reunião ou lê-la de maneira displicente. Hebreus 2:1 nos diz que “importa que nos apeguemos, com mais
firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos”. Para tanto, precisamos ouvir a palavra com fé, ruminá-la, considerála diante de Deus, misturando-a com oração, a fim de que ela penetre em nós e opere o que Deus deseja. Precisamos, por fim, falá-la e praticá-la em nossa vida. Se não procedermos desse modo, facilmente seremos desviados da verdade e levados pelo mundo. Paulo tinha o profundo encargo de que aqueles cristãos vissem isso. Eles, como muitos hoje, mesmo conhecendo a Palavra por tanto tempo, ainda não estavam maduros; eram como crianças que se alimentavam exclusivamente do leite espiritual, e não do alimento sólido da Palavra (Hebreus 5:11-12). Ademais, devemos não só penetrar além do véu, mas também ter a experiência de sair fora do arraial para pregar o evangelho (13:13). O Senhor já saiu do arraial e nós O acompanhamos. Sair fora do arraial significa ir atrás das pessoas para pregar o evangelho. Assim o Senhor voltará, e receberemos o galardão de reinar com Cristo! O segredo e a confiança do apóstolo Paulo Queremos concluir este artigo transcrevendo alguns maravilhosos versículos extraídos do rico ministério epistolar de Paulo. No primeiro, o apóstolo nos revela um segredo seu: “Esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3:13-14). No segundo, ele, já no final de sua carreira, nos fala de sua confiança em Cristo Jesus: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas a todos quantos amam a sua vinda” (2 Timóteo 4:7-8). Paulo completou sua carreira; completemos a nossa vivendo no espírito, renunciando ao ego, pregando o evangelho do reino, aperfeiçoando os irmãos e levando vida a todos, a fim de que apressemos a vinda do Senhor! Aleluia!
A VONTADE DE DEUS Volta e meia uma pergunta nos vem à mente: “Qual a vontade de Deus para minha vida?”. Quase sempre essa questão surge quando estamos passando por alguma necessidade material, psicológica ou espiritual. Mas será que a vontade de Deus para nós é apenas em relação as nossas carências? As Escrituras nos mostram que o propósito Dele é dispensar a Si mesmo como vida para dentro do homem por meio do Espírito e da Palavra. É dessa forma
que o homem é preparado por Deus para servi-Lo em toda situação. Nossa existência é uma grande oportunidade não somente para conseguirmos algo para nós mesmos, mas também para agradar a Deus, fazê-Lo feliz, engrandecê-Lo e amá-Lo. Deus deseja mesclar-Se conosco, ser nossa segurança, alegria e paz e nos transformar continuamente por meio de Sua vida. Que Ele encontre caminho em nosso coração para fazer Sua vontade.
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tivesse, por isso me trouxe para o Senhor. Isso foi uma bênção para mim”. Esse jovem mostrou ser forte e ativo, pois reconheceu a bênção de ter sido conduzido a Cristo por alguém. Alguns jovens dizem: “Por que meus pais me levaram para o Senhor?”, como se isso fosse uma maldição... Jovem, não é maldição, mas é grande bênção você ter sido trazido ao Senhor por alguém. Alguém abriu caminho para nós, e agora só precisamos entrar.
Jovem, você é forte e ativo para o Senhor? Hebreu 10:38-39 diz: “O meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma”. Vamos ler também Daniel 11:32b: “O povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e ativo”. Quem se tornará forte e ativo? O povo que conhece seu Deus. Você quer tornar-se um jovem forte e ativo? Então você precisa conhecer seu Deus. Tem de declarar: “Eu preciso conhecer meu Deus!”. Jovem, isso é possível! Você pode conhecer Deus um pouco mais. Deus precisa de uma geração forte e ativa – essa é a necessidade Dele. Você talvez não esteja preocupado com isso, mas Deus está. Ele procura jovens que se tornem fortes e ativos para servi-Lo. Força e atividade são características dos jovens. Mas quantos são assim para Deus? Muitos jovens cristãos da segunda geração, isto é, que nasceram e foram criados em lar cristão, com pais já cristãos, precisam agora ver a que tipo de segunda geração pertencem. Na Bíblia há dois tipos: uma que é passiva e fraca, e outra que é forte e ativa. Certa vez um irmão deu este testemunho: “Meu irmão mais velho foi quem me trouxe ao Senhor. Naquele tempo, os irmãos nem sequer sabiam meu nome. Eles me chamavam de ‘irmão do Fulano’. Por meu irmão ter tido uma forte experiência pessoal com Deus, quis que eu também a
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Ló, exemplo de segunda geração fraca e passiva A Bíblia nos dá Ló como o exemplo de alguém que foi “trazido” por outra pessoa. Quando Abraão saiu de Ur dos caldeus, levou consigo seu sobrinho Ló (Gênesis 11:31; 12:5). O tempo todo Ló foi levado por Abraão. Não há nenhum registro de que ele tenha tido a iniciativa de buscar o Deus de Abraão, ou mesmo que tenha seguido Abraão. Ele sempre era levado, carregado, empurrado por Abraão e nunca buscou ter uma experiência pessoal com Deus. Qual o resultado disso? Em determinado ponto de sua vida, apartou-se de seu tio e não mais recebeu os cuidados dele (13:10). E a Bíblia nos mostra que, pouco a pouco, ele foi armando suas tendas nas campinas, até chegar a Sodoma (vs. 11-12). O problema todo começou quando houve desavença entre os pastores de Abraão e os de Ló (vs. 6-7). Abraão então propôs a Ló que escolhesse um lugar para morar. Se Ló fosse para um lado, Abraão iria para outro. Ló escolheu as campinas do Jordão, pois eram bem irrigadas e seria muito mais fácil viver ali. Achou que estivesse fazendo uma boa escolha, mas o resultado foi que, longe da comunhão com o tio, acabou indo para Sodoma, um lugar onde viver em pecado era comum. Tempos depois, houve guerra de quatro reis contra cinco. Os quatro reis venceram e levaram Ló cativo. Abraão soube disso e, dependendo de Deus, com apenas trezentos e dezoito homens, venceu os quatro reis e resgatou seu sobrinho (14:12-17). Abraão arriscou a vida por Ló, livrando-o. Isso levou Ló a seguir Abraão? Não. É possível que, ao sentir-se livre, tenha achado que seu lugar era mesmo Sodoma. Abraão foi para as montanhas, e Ló voltou para Sodoma, porque era fraco, passivo. Ló era um pedaço de madeira, morto, carregado pela correnteza de um rio. Usando a linguagem de hoje: o que a turma falava, ele fazia; aonde a turma ia, ele também ia. Ló não tinha nenhum posicionamento – passivo, era levado pelo que os outros pensavam e decidiam. Mui-
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tos jovens hoje são como Ló. Pensam: “Se meu pai vai para a reunião, eu vou; se não vai, eu não vou. Se meu pai ora, eu oro; se não ora, eu não oro. Se meu pai compra Bíblia e livros espirituais, tudo bem; se não, tanto faz. Se meus amigos fazem isso ou aquilo, deve ser porque é melhor, portanto farei o mesmo”. Jovem, é preciso acordar! Se você quer ser forte, precisa buscar Deus ativamente. Ele está esperando que você O busque, que tenha experiência definida com Ele, para que, quando alguém lhe perguntar a razão de se reunir com a igreja, você diga: “Eu tive uma experiência com Deus! Eu O conheço, e Ele falou comigo. Chamou-me, apareceu para mim”. A Bíblia mostra que Ló e sua família gostavam tanto de Sodoma que os anjos tiveram de tomá-los à força, pela mão, para que saíssem de lá (Gênesis 19:1516). Isso acontece com muitos jovens. É como se dissessem: “Ah! Minha ‘Sodoma’ querida, meu videogame, minha internet, minha novela, as festas de aniversário de meus colegas... Como vou perder tudo isso?”. O anjo teve de ir lá e arrancar Ló e sua família, resgatando-os da destruição.
Jovem, será que um anjo terá de arrancar também você do mundo? Quando saíram, o coração da mulher de Ló estava partido. Mas o anjo lhes disse que, ao deixarem Sodoma, não olhassem para trás (v. 17), porque Deus viria julgar a cidade. E Deus de fato veio julgá-la, assim como virá julgar este mundo. Não importa se seus colegas, amigos, parentes, professores aceitem ou não: isso vai acontecer. Deus virá julgar este mundo. A mulher de Ló olhou para trás e se tornou uma estátua de sal. O sal, como estátua, para que serve? Perdeu a função de temperar ( Mateus 5:13). Jovem, é isso que você quer? Quer ser passivo como Ló e sua esposa? Reflita um pouco. Nós o aconselhamos a voltar seu coração ao Senhor, pois ainda há tempo.
Como é pobre o conceito que a maioria das pessoas tem a respeito do casamento — uma instituição desacreditada e falida. Essa opinião está difundida por todas as partes. Desde cedo, nossas crianças e jovens são orientados, pelos meios de comunicação, de que o casamento não tem que durar a vida toda nem consegue se conservar por tanto tempo. Quanto à duração do casamento, afirmam que deve variar de acordo com o quanto cada um pode dar. Seria como uma laranja: as maiores, as que têm mais sumo, podem produzir mais suco do que as que têm menos. Depois de extraído todo o sumo, joga-se fora o bagaço. Muitos veem o casamento dessa forma; acham que, depois de um tempo, ele já não tem sumo. O compromisso dos casais que se unem em matrimônio deveria ser o de manter o casamento a todo custo. Poucos querem pagar o preço para continuar casados dentro de um ambiente de conflitos e de dificuldades. Ao contrário de “jogar tudo para cima” e abandonar o relacionamento, os cônjuges deveriam buscar um caminho para mudar a situação. Os que se casam e
cultivam a ideia de que permanecerão casados somente enquanto os dias do casamento forem dourados estão, sem saber, construindo dia a dia uma porta de emergência pela qual podem escapar na hora da pane. Se temos o ponto de vista de permanecer casados apenas enquanto paire uma esfera de “lua-de-mel”, isso significa que nos envolvemos com o cônjuge já com predisposição para separação. O mais triste é que, prevalecendo esse pensamento, realmente vai haver separação, pois um relacionamento, por mais brilhante, mais estruturado que seja, cedo ou tarde apresentará suas tensões e dificuldades. O casamento pode ser comparado à lua e suas fases: há momentos cheios, luminosos, novos e crescentes, mas há momentos escuros com períodos minguantes. Nos momentos plenos, em que tudo está bem, devemos desfrutar ao máximo os momentos prazerosos e agradecer a Deus por têlos proporcionado a nós. Na fase minguante, marcada por desentendimento, crise financeira, mal-entendidos e decepções, aproveitemos a situação para dela extrair lições e agradecer a Deus por também nos
ter proporcionado tais circunstâncias para revelar a natureza de nosso caráter: impuro, lascivo, vaidoso, perdulário, ciumento, iracundo, invejoso, orgulhoso, egoísta, sem afeição natural e sem misericórdia. Se observarmos com cuidado a origem de nossos problemas conjugais, descobriremos que ele tem como elemento causador algum desses traços negativos que ainda reinam em nosso ser. A fase minguante deveria equivaler ao momento reservado para orar, esperar e perseverar, não para provar quem está certo e quem está errado. O que fazem as pessoas quando seus filhos não estão tão obedientes? Será que os jogam fora, ou entregam para outro cuidar, ou investem como nunca, com a esperança de que voltem à normalidade? Se nossa postura é sempre positiva com relação aos filhos, então, por que somos tão radicais com relação às dificuldades que enfrentamos no casamento? Por que permitir que pensamentos de separação se desenvolvam dentro de nós? Se a convivência não anda bem, não é o caso de invocar Aquele que instituiu o casamento e apresentar-Lhe os problemas (Salmo 130:1-6)? Em momentos delicados da vida conjugal não pode haver juízes, e sim médicos; não pode haver promotores, e sim advogados. Cada um deve reconhecer suas próprias faltas e pedir perdão; deve considerar as deficiências do cônjuge e perdoar. Se, em vez de procurar o culpado no casamento, procurarmos o Senhor Jesus, certamente Ele vai dar uma virada em nossa situação e permitirá que a “lua cheia” da vida conjugal volte novamente. “Não vos lembreis das cousas passadas, nem considereis as antigas. Eis que faço coisa nova, que está saindo à luz; porventura, não o percebeis? Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo” (Isaías 43:18-19).
SÁBIO O livro de provérbios é reconhecido por todos os filhos de Deus como um livro de sabedoria. Vários escritores reuniram-se para cooperar em sua composição. Ao todo temos novecentos e quinze versículos divididos em trinta e um capítulos. A palavra sábio permeia todo seu conteúdo e aparece no texto hebraico como haran com o sentido de descrever pessoas hábeis em trabalhos manuais, como os artesãos que ajudaram a construir o tabernáculo e o templo de Salomão. Isso quer dizer que um sábio não é uma
pessoa teórica, mas muito prática. Um sábio não é aquele que profere apenas discursos, mas é alguém que, por viver em comunhão com Deus, age segundo Deus. A sabedoria que emana de Deus dá ao homem ordem e propósito à vida, oferece discernimento para as decisões e produz um senso de realização para a glória de Deus. Leiamos a palavra introdutória desse livro: “Ouça o sábio e cresça em prudência; e o instruído adquira habilidade para entender provérbios e parábolas, as palavras e enigmas dos sábios” (1:5-6).
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Há um princípio espiritual que mantém a ordem no universo, sustenta a sociedade como um todo e pode ser resumido em duas palavras: autoridade e submissão. Que é a verdadeira autoridade? Como identificá-la? Que é a verdadeira submissão? Neste livro o autor discorre sobre o tema e destaca alguns exemplos bíblicos de autoridade, submissão, situações de rebelião e suas consequências. O objetivo destas palavras é nos ajudar a lidar com este assunto para desfrutarmos hoje de uma vida equilibrada e saudável em todos os aspectos e, assim, sermos habilitados para cooperar com Deus em Seu reino no mundo que há de vir.
Autor: Dong Yu Lan Código: 10838 Tamanho: 14x21 cm Páginas: 72 páginas
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Ano 22, Jornal 221, abril de 2011 - Publicação mensal. Registro de títulos e documentos nº. 126540. O Jornal Árvore da Vida é uma publicação da Associação Árvore da Vida, Av. Corifeu de Azevedo Marques, 137, Butantã - São Paulo - SP - CEP 05581-000. Composição, arte, fotolito e montagem: Associação Árvore da Vida. Impressão: Gráfica e Editora Brasilform, tiragem: 50.000 exemplares. Presidente: Dong Yu Lan. Diretor de Redação: André Tsai Dong. Jornalista responsável: E.E.B. Villela - RG MTb 12183. Arte: David Mesquita. Autorizamos o uso dos artigos desta edição, desde que citada a fonte. Caso deseje participar das bênçãos do ministério de difundir a Palavra de Deus, deposite sua contribuição no Itaú, ag 0067, conta 10545-2. Ninguém está autorizado a solicitar ou recolher ofertas em nome do Jornal Árvore da Vida ou da Associação Árvore da Vida. DISTRIBUIDOR DO JAV MAIS PERTO DE VOCÊ:
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SEMEANDO A SEMENTE DO EVANGELHO Um ministro da palavra de Deus, falando a seus ouvintes sobre o valor da semente do evangelho, disse: “Pais, há vinte anos aceitei o Senhor Jesus como meu Salvador pessoal. E posso testemunhar diante de vocês que não consigo me imaginar uma pessoa diferente da que sou hoje. Às vezes penso o que eu seria, o que estaria fazendo e o que estaria esperando nesta vida se não tivesse me tornado cristão. O sentimento resultante da experiência é terrível: chego a ficar sem fôlego e sinto as trevas me dominarem. Depois da sensação de nulidade, vazio e completa desesperança, abro os olhos e louvo a Deus por ter me achado e me aceitado como um de Seus filhos. Hoje sei quem sou, onde estou, o que estou fazendo e esperando. A certeza que tenho com relação a tudo isso está vinculada a Cristo. Bem, como disse, tornei-me cristão vinte atrás e, ao que tudo parece, minha vida começou a partir dali. Mas preciso contar onde verdadeiramente tudo isso começou; onde está a gênese de minha vida cristã. Doze anos antes daquela data tão marcante, sem que me desse conta, uma semente fora semeada em mim. Eu tinha por volta de oito anos quando, pela primeira vez, fui levado a uma reunião cristã, e pelas mãos de meu pai. Quando entrei pela grande porta que conduzia ao salão de reuniões, fiquei admirado. Senti que era um ambiente especial, diferente de todos que eu frequentava. Vi homens e mulheres, moços e moças, pais e filhos, todos com uma expressão de contentamento, de muita satisfação por estarem ali. Eu e outras crianças fomos levados para as irmãs professoras, que cuidaram de nós enquanto a reunião com os adultos transcorria no salão principal. Deram-nos personagens bíblicos para pintar e nos contaram algumas histórias que me impressionaram; tudo era novo para mim. Depois de um tempo, os adultos começaram a cantar um hino que dizia: ‘Firme nas promessas do meu Salvador, cantarei louvores ao meu Criador; fico na dispensação do Seu amor, firme nas promessas de Jesus. Firme, firme, firme nas promessas de Jesus, o Cristo; firme, firme, sim, firme nas promessas de Jesus...’.Enquanto pintava as figuras e ouvia as histórias que as queridas irmãs nos contavam entusiasmadas, ao fundo, as vozes entoavam o cântico. Hoje consigo traduzir em palavras a sensação que me envolveu: um desejo de que aquele momento não terminasse. Acredito piamente que meu pai foi um instrumento nas mãos de Deus para me levar àquela reunião e também creio que Cristo, como o Semeador, semeou a semente do evangelho em meu coração naquela ocasião. Até atingir meus vinte anos de idade, nunca mais participei de outra reunião daquelas. Houve um intervalo de doze anos. Daquele dia até o que dia de minha conversão, continuei fazendo tudo que uma criança, um adolescente e um jovem faz: brinca, estuda, vê TV e faz muitas travessuras. Mas confesso que, nesse espaço de tempo, por várias vezes ouvi aquele hino dentro de mim. Parecia que Deus apertava a tecla play para a música tocar novamente. Sinto que todo aquele quadro composto pela esfera, pelas irmãs professoras e por aquele bendito hino cuidou de preparar meu coração para mais tarde o Espírito Santo me convencer do pecado, da justiça e do juízo. Isso foi suficiente para marcar minha vida e gerar a certeza em meu interior de que havia algo muito, muito maior. Incentivamos os pais a gastarem tempo com os filhos, lendo trechos da Bíblia, cantando-lhes hinos e proclamando as promessas de Deus ao espírito deles, mesmo que não compreendam bem. Apenas lance a semente e ore — não sabemos ao certo de quanto tempo a semente precisará para brotar. Porém de uma coisa estamos convictos: uma palavra, ou um hino, ou a lembrança de terem visto seus pais orando por eles virá à mente durante todo o tempo, até que um dia o Senhor, ao querer usar Sua misericórdia, resolva chamá-los para Lhe pertencerem para todo o sempre. Hoje, depois de trinta e cinco anos do ocorrido, ainda continuo a cantarolar aquele belo hino, ‘firme nas promessas do meu Salvador’. Amém”.