Clipping de frente com as brasileiras sergio levy

Page 1




DE FRENTE COM AS BRASILEIRAS


UM BATE­ PAPO COM O JORNALISTA SERGIO LEVY

O jornalista Sergio Levy Sergio Levy é pernambucano de Recife, nasceu em 30 de novembro de 1964. Jornalista formado pela UFRN, com passagens por jornais, revistas, assessorias políticas e agência de publicidade. Confira o bate­ papo! Quem é Sergio Levy? Nascido em Recife no ano de 1964, filho de pai pernambucano e mãe potiguar, mudei ainda criança para a bela Natal, capital do Rio Grande do Norte, onde fiz o curso técnico de Eletrotécnica, motivo pelo qual ter iniciado o curso superior de Engenharia Elétrica na Universidade Federal do RN. Quando cursava o quarto período, já proprietário de um jornal de bairro, resolvi que minha arte estava no campo da escrita,


e que se era um talento nato dado por Deus, não deveria brigar comigo mesmo insistindo em estar onde não deveria. Fiz a opção para Comunicação Social e me tornei jornalista profissional no ano de 1988. Como foi seu início na profissão de jornalismo? Ainda estudante, mantive o jornal ‘Fala Neópolis’, bairro em que morava, durante três anos. Costumo dizer que foi um curso de jornalismo paralelo, pois me dava a oportunidade de acertar e errar quantas vezes quisesse, mostrando os caminhos possíveis do jornalismo atuante e com as respostas instantâneas do público, por sua proximidade. Foi­me uma experiência rica também por possibilitar lapidar meus textos, melhorando em muito meu manancial de vocábulos, além de explorar formas de compreender melhor o relacionamento correto com as fontes das informações e o respeito que devemos ter para com elas. Quais foram as experiências seguintes? Antes mesmo de concluir o curso, tive a oportunidade de trabalhar em campanha política para Prefeitura de Natal. Naquela época a justiça eleitoral permitia a publicação de textos em jornais locais pagos por partidos ou coligações. Desta forma, pude ver publicados, diariamente, meus textos referentes a cobertura da campanha de nossa candidata. O comando da equipe de jornalismo me deu carta branca para que eu pudesse escrever dentro do meu estilo, e o público aprovou a forma sutil e criativa que utilizei para falar das caminhadas e comícios daquela que se tornaria Prefeita eleita da cidade. Após a campanha, recebi o convite para trabalhar na assessoria de comunicação do município. Quais os jornais e revistas em que atuou?


Como eu já tinha tido um jornal, sempre busquei não só atuar nas redações como na parte administrativa dos veículos, me preocupando também com o comercial, a estrutura e o processo de produção que fazem parte da confecção do produto final que a indústria da comunicação entrega ao seu público. Com isto trabalhei no Jornal de Natal como jornalista e também administrador, em um encarte semanal voltado ao setor de shoppings centers, de minha propriedade, que circulava no Diário de Natal, um dos principais jornais da cidade, e ainda criei minha primeira revista, o Alô Alô Zona Sul, para aquela região da capital. Como foi ser proprietário de jornais e revistas? Mágico. Você tinha que planejar todo o processo, sabendo onde queria chegar, a dimensão do público a ser atingido e onde buscar os recursos financeiros necessários para fazer com que o projeto se sustentasse. Além disso, o grande desafio era manter as convicções sem o risco de ser engolido pelos interesses de grupos, sejam políticos, sejam ideológicos. Até mesmo os modismos e as certezas produzidas pelo senso comum podem se tornar armadilhas para quem se proponhe a ser farol de ideias e ideais através de um veículo de comunicação. Foi com este pensamento que fui morar com minha família em Mossoró, segunda cidade do RN, para realizar o sonho de produzir uma revista para 50 municípios. A revista Oeste durou 3 anos e foi minha experiência mais valiosa, pela abrangência e pela riqueza de sua produção. O que é o jornalismo para você? É o retrato fiel de cada tempo. Revela e registra quem são a sociedade, os pensamentos e os costumes a cada época. Qual a matéria que você já escreveu que mais te emocionou?


Sobre a Igreja das Covinhas, município de Rodolfo Fernandes/RN. Segundo o relato de pessoas que viveram uma época distante, onde a seca afetou a vida de todo sertão nordestino, um fato causou um suposto milagre de cura, resultando depois na construção desta igreja que faz referência a duas covas encontradas no local, possivelmente de duas meninas que morreram de sede quando viajavam em busca de comida e água. Elas apareceram em sonho para um senhor, e indicaram o local exato das suas covinhas. Todo dia 12 de outubro, Dia da Criança, uma multidão se desloca para este lugar para agradecer as meninas por curas após pedidos feitos a elas em oração. Como você ver o jornalismo atualmente? Em constante evolução e acelerada mudança tecnológica. A essência, no entanto, é a mesma de sempre: a de informar os fatos com a busca incansável da verdade que eles precisam conter. O público sempre terá a capacidade de julgar a verdade contida em cada fato divulgado. Conte­nos sobre O Bom de Mossoró, que é sua nova experiência profissional? Estamos lançando, juntamente com dois profissionais da comunicação, um site que busca mostrar que cada um de nós é um herói de nossa própria vida. É um jornalismo que busca se aproximar de um público que está cansado de tantas notícias negativas. Pois uma coisa é mostrar fatos reais e que estão pesando sobre a atual geração, outra é não trazer os caminhos que ofereçam a esperança de que tudo vai melhorar daqui a pouco. O que queremos com este trabalho é mostrar que existe esperança, pois todos nós estamos trabalhando todos os dias para construir uma sociedade melhor, só isso não se transforma em notícia. A notícia que vende é o ruim, a desgraça, as mazelas, a desesperança. O endereço para este farol que estamos ligando a partir deste dia 5 de julho é obomdemossoro.com.br, e espero que todo o Brasil possa nos acompanhar.


Maiores Informações Site: www.obomdemossoro.com.br Por Flávia Almas Jornalista





Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.