MATÉRIA DA SEMANA
Metade dos trabalhadores está esgotada e considera o trabalho muito estressante, diz pesquisa Página 08
A SEMANA
Edição 755 -
Região Metropolitana de Curitiba
- 4 de novembro de 2022
Prefeito de Curitiba é uma das quatro referências mundiais em iniciativas de cidades inteligentes
Bilhetagem eletrônica otimiza integrações, agilidade, transparência e segurança do transporte público
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Monitor sonoro detecta 39 casos de excesso de ruído por dia em avenida de Curitiba Página 05 Matrículas na rede estadual de ensino acabam na terça-feira Página 06 O prefeito Rafael Greca é uma das quatro personalidades no mundo que têm contribuído de forma significativa para o avanço de projetos de cidades inteligentes nos últimos 10 anos. O reconhecimento internacional o coloca como um dos finalistas do World Smart City Awards 2022, na categoria Prêmio de Liderança, que terá o vencedor anunciado no dia 16 de novembro, durante o Smart City Expo World Congress, em Barcelona (Espanha). Páginas 03
Tudo pronto para a 1ª QBFEST, a maior festa da história de Quatro Barras
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Estado orienta consumidores sobre mudanças nas regras de comercialização de carne moída
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02 GERAL
A SEMANA
4 de novembro de 2022
Reflexão
COLUNA BÍBLICA
Arqueólogos dizem que Jesus foi crucificado em colina onde cabeça de Golias foi sepultada
Um grupo de arqueólogos desenvolveu uma teoria sobre a correlação entre o local da crucificação de Jesus e o sepulcro da cabeça do gigante Golias, enterrada por Davi nos arredores de Jerusalém. A batalha entre israelitas e filisteus teria ocorrido no Vale de Elá, um terreno plano e amplo, que separa duas colinas, onde os exércitos de ambos os países teriam acampado. De acordo com informações do jornal The Jerusalem Post, arqueólogos que buscam evidências sobre a batalha entre Davi e Golias acreditam que, se a área onde ocorreu a crucificação de Jesus for escavada, eles encontrarão o crânio de Golias. Os pesquisadores estão procurando provas sólidas de que estão no lugar certo, e por isso ainda não começaram as escavações. Entretanto, os pesquisadores estão dentro dos limites da Igreja do Santo Sepulcro. Mesmo que a autorização para escavação seja concedida pelas autoridades, e nenhum crânio seja encontrado, eles continuarão acreditando que aquele pode ter sido o local por conta de outras evidências. “Davi levou o crânio decepado para Jerusalém. Estranho, porque Jerusalém não era a capital de Davi, mas uma cidade dos inimigos de Deus. O que ele fez com a cabeça do gigante, a cabeça da Serpente de Bronze? Talvez ele a tenha empalado em uma colina fora da cidade, visível a todos”, comentou Rick Shenk, do Bethlehem College & Seminary. “Centenas de anos depois, Jesus foi crucificado no ‘Lugar da Caveira’ fora de Jerusalém. Mas por que aquele lugar se chamou Gólgota nos dias de Jesus?”, questionou. “O texto não nos diz, mas é intrigante que esse nome de lugar soe muito parecido com Golias”. “Quer Golias de Gate seja ou não a etimologia correta de Gólgota, foi para essa mesma cidade que a cabeça de Golias foi levada. E foi neste mesmo monte onde os pés de Jesus foram traspassados pelos pregos”, teorizou. Fonte: noticias.gospelmais.com.br/
VERSÍCULO DO DIA "Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês', diz o Senhor, 'planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro". (Jeremias 29:11)
Etiquetas trocadas Uma forte ventania causou, certo dia, um grande alvoroço numa tradicional loja de departamentos. O gerente havia deixado às janelas abertas e o vento que por elas entrou soprou grande quantidade de etiquetas de preços que estavam prontas e ainda não colocadas, fazendo-as pousar em diversos artigos da loja de forma desordenada. No dia seguinte, os clientes ficaram surpresos ao encontrar meias a 49,90, ternos a 1,99, sapatos a 0,90 e um cachecol a 1.290,90!… E a loja de departamentos de nossa vida? Como a temos organizado? A que atribuímos altos valores e quais os artigos não temos valorizado? As pessoas que nos conhecem, que conosco convivem constantemente, encontram tudo em ordem ou a ventania da incredulidade tem feito trocas? Temos atribuído preços elevados às coisas materiais, incertas e passageiras ou, valorizamos o espiritual, crendo que ao lado de Deus todas as coisas são acrescentadas? Quando abrimos nossos corações e deixamos o Senhor nos dirigir, então podemos descansar e confiar que as bênçãos virão na hora e da forma de Deus. Quando nos apegamos às coisas desse mundo, perdemos o real valor das coisas importantes para nossa felicidade e supervalorizamos aquilo que nenhum valor tem. Precisamos parar de viver como se as etiquetas de preços estivessem trocadas!
PIADA Manuel está tomando banho e grita para Maria lhe levar um xampu. Ela leva, mas logo em seguida, o homem grita novamente: - Ô Maria, me traz outro xampu. - Mas eu já te dei um agorinha! - É que aqui está dizendo que é para cabelos secos, e eu já molhei os meus.
CURIOSIDADE Como surgiu a expressão "para inglês ver"? A expressão vem do tempo do Império. Em 1808, a família real portuguesa chegou ao Brasil, fugindo da iminente invasão de Portugal por Napoleão. A capital Salvador se preparou para receber João VI numa festiva recepção, que mostrava ao ingleses, aliados dos portugueses, como os brasileiros eram calorosos. Outra explicação se baseia num acordo firmado com a Inglaterra para a repressão ao tráfico de escravos, em que cabia ao Brasil patrulhar a própria costa. Porém, o tráfico prosseguia e o governo brasileiro fazia vista grossa. Ou seja, o nosso patrulhamento era só “para inglês ver”.
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(41) 99162-6192
Nesta sexta-feira, um sistema de alta pressão atmosférica segue influenciando o tempo no Sul do Brasil. Embora com centro mais intenso no mar, na altura do Uruguai, os ventos associados a este sistema concentram mais umidade do centro ao leste do Paraná, com formação de nebulosidade baixa e ocorrência de alguns chuviscos ocasionais. Temperaturas continuam baixas no amanhecer, e se elevam um pouco mais à tarde.
SEXTA
SÁBADO SEXTA
Céu claro
Céu claro
Máx.16ºC Mín. 8ºC
Máx. 17ºC Mín. 10ºC
DOMINGO SEGUNDA SÁBADO DOMINGO
Parcialmente nublado com pancadas de chuva Máx. 16ºC Mín. 10ºC
Parcialmente nublado com pancadas de chuva Máx. 16C Mín. 10ºC
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DESTAQUE 03
4 de novembro de 2022
O prefeito Rafael Greca é uma das quatro personalidades no mundo que têm contribuído de forma significativa para o avanço de projetos de cidades inteligentes nos últimos 10 anos. O reconhecimento internacional o coloca como um dos finalistas do World Smart City Awards 2022, na categoria Prêmio de Liderança, que terá o vencedor anunciado no dia 16 de novembro, durante o Smart City Expo World Congress, em Barcelona (Espanha), o fórum internacional mais importante sobre o tema. Além do prefeito de Curitiba, estão entre as quatro personalidades que têm contribuído de forma significativa para o avanço de projetos de cidades inteligentes: Peter Marland, chefe do
Foto: Daniel Castellano / SMCS
Prefeito de Curitiba é uma das quatro referências mundiais em iniciativas de cidades inteligentes
O prefeito Rafael Greca é uma das quatro personalidades no mundo que têm contribuído de forma significativa para o avanço de projetos de cidades inteligentes em todo o mundo durante os últimos 10 anos. conselho de Milton Key- nador de Antioquia (Co- ção ao desenvolvimento de smart cities, com nes (Reino Unido); lômbia). PIONEIRISMO iniciativas como Faróis Reem Al Mansoori, subGreca é o primeiro do Saber e Inovação, secretária assistente de Desenvolvimento Digi- brasileiro reconhecido Vale do Pinhão , Bairro tal do Qatar; e Aníbal pela premiação interna- Novo do Caximba, FaGaviria Correa, gover- cional por sua contribui- zenda Urbana, Jardins
de Mel, aplicativo Saúde Já, Muralha Digital e novo Inter 2. Segundo a Fira Barcelona, organizadora da premiação e do Smart City Expo World Congress, Greca é um político visionário. “Em seu primeiro mandato como prefeito de Curitiba (19931996), trabalhou para desenvolver Curitiba como uma cidade sustentável e inovadora. Nos últimos anos, em seu segundo e terceiro mandatos (2017-2020 e 2021-2024), contribui para tornar Curitiba ainda mais acessível, sustentável e inclusiva com o Vale do Pinhão”, destaca a entidade, em referência ao movimento da Prefeitura e ecossistema de inovação da capital para desenvolver iniciativas que aliam apoio ao crescimento econômi-
co sustentável às pautas de impacto ambiental e social. AGRICULTURA URBANA Iniciativas de agricultura urbana, como as 145 hortas urbanas, Fazenda Urbana e Jardins de Mel, também levaram Curitiba a ser uma dos seis finalistas do World Smart City Awards 2022, na categoria City Award (Prêmio Cidade). “Os programas de segurança alimentar e nutricional da cidade promovem o melhor acesso a alimentos saudáveis aos curitibanos, abrangendo a implantação de hortas e fazendas urbanas, engajamento comunitário, tecnologias, educação, sustentabilidade, assistência social, alimentação saudável e desenvolvimento socioeconômico”, destaca Greca.
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Bilhetagem eletrônica otimiza Tudo pronto para a 1ª QBFEST, a maior festa da história de integrações, agilidade, Quatro Barras transparência e segurança do Quatro Barras será pal- metros quadrados de área, festividade tão aguardada”, co, neste fim de semana, da sendo 4 mil em área cober- destacou o prefeito. transporte público maior festa de sua história. ta para receber os milhares ESTRUTURA QBFEST
A tecnologia já está tão incorporada em nossas vidas, que, por vezes, ela se torna imperceptível, mesmo trazendo diversas facilidades para nossa rotina. Esse é justamente o caso da bilhetagem eletrônica dentro do transporte coletivo. A estimativa da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) é de que mais de 80% dos 2,7 mil municípios atendidos por transporte coletivo contem com algum tipo de bilhetagem eletrônica. Os benefícios trazidos por esse investimento custam de 3% a 5% do valor da tarifa, segundo o técnico em planejamento em transportes e diretor de Produto da Transdata, empresa de tecnologia especializada em gestão para transporte público, Rafael Teles. Essa variação depende do aporte de subsídios implantados nos sistemas de transporte coletivo. A média no Brasil é de 21,7%, mas há outros contratos com maior porcentual, de acordo com a NTU. Teles aposta em duas novidades para o futuro do setor: cobranças como uma espécie de serviço de assinatura, a exemplo do que ocorre em serviços de streaming, e a liberdade para o passageiro escolher como vai pagar. “Os sistemas de assinatura dependem de uma clareza de quanto recurso público será investido para a operação. E a outra parte garante conveniência para que se pague como quiser”, diz. Bilhetagem eletrônica: uma necessidade em transportes de massa A necessidade de cobrar rapidamente e de forma eficiente os usuários de transporte coletivo data da criação dos primeiros sistemas voltados ao deslocamento de passageiros em larga escala. No Brasil, as primeiras experiências surgiram na década de 1970, ganhando corpo nas décadas de 1980 e, principalmente em 1990, quando se tornou realidade para todos.
“Era comum ter bilhetes físicos, mas não um sistema de controle ou iniciativas pontuais”, explica Teles. “Quando um sistema de transporte massivo existe, como ônibus, trens e metrôs, é preciso encontrar soluções que não eram necessárias em modais de baixa capacidade. Não adianta transportar em massa se não puder cobrar em massa”, ressalta. Redução de custos, transparência e segurança A automação e a velocidade oferecidas pela bilhetagem eletrônica são mais baratas do que as apurações manuais. “A bilhetagem eletrônica varia entre 30% e 40% dos custos que se tinha com a cobrança manual. Não se trata apenas do posto de trabalho do cobrador, mas de uma série de processos relacionados à atividade: arrecadação do dinheiro e transporte de valores, por exemplo”, diz Teles. Seu funcionamento não é diferente da operação de um banco. O sistema faz registros automáticos de máquina para máquina, com protocolos seguros entre equipamentos para que a transação ocorra de forma imediata. Isso garante que haja transparência no volume de passageiros transportados e dos valores registrados em cada local. “Cada transação se relaciona com registros, que não podem simplesmente sumir. Qualquer edição no banco de dados é rastreável. Na prática, é construído para que não haja inserção manual de dados: com as informações sendo apuradas de uma máquina para outra”, explica o técnico em planejamento de transportes. Na maior parte das licitações realizadas no país, trata-se de um custo que é embutido na tarifa paga pelo usuário, assim como outros
investimentos, caso da renovação da frota. “O transporte coletivo não é um serviço diferente. O poder público contrata uma empresa privada para prestar um serviço, o que não é diferente da iluminação pública ou da coleta de lixo, que é paga por esses cidadãos”, ressalta Teles. Outro ponto importante é o aumento da segurança do transporte coletivo ao retirar o dinheiro da circulação, o que se tornou mais comum com o uso de cartões de crédito, débito, PIX e as próprias plataformas/ cartões/aplicativos dos sistemas de transporte. Dados da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) indicam que o setor movimenta R$ 46,6 bilhões por ano. Melhora do planejamento e das integrações Além da agilidade, transparência e segurança, há outras duas vantagens decorrentes da bilhetagem eletrônica: a capacidade de planejamento e as suas integrações. Como há um grande volume de dados específicos sobre o transporte, é possível melhorar a previsão de linhas e otimizar a circulação de veículos de acordo com a demanda real. “As informações trazem dados para o planejamento do transporte. Dessa forma, torna-se mais simples prever qual oferta será dada e quando vai ocorrer. Muitas vezes, o passageiro não percebe o benefício de ter dados estatísticos confiáveis”, diz Pires. A bilhetagem também facilita a integração e a cobrança de tarifas ajustáveis ao perfil da pessoa, como idosos, estudantes ou até mesmo cobrança de valores diferenciados em horários de menor demanda.
Os 61 anos da cidade promete uma comemoração inédita, marcada com a apresentação de grandes nomes da música sertaneja, como Fernando & Sorocaba, Guilherme & Santiago, e Edson & Hudson e Gian & Giovani, comandando o show Boate Azul no palco do Espaço Cinquentenário, no principal acesso de entrada da cidade. A festa ainda terá atrações como parque de diversões, diversas apresentações musicais, duas praças de gastronomia e feira de artesanato. Também está programada a prova campeira – que englobará disputas de baliza, tambor, marcha e moto vaca, com realização no pipódromo local. Serão ao todo 30 mil
de visitantes que devem prestigiar as comemorações de aniversário da cidade nos dias 4, 5 e 6 de novembro. O prefeito Loreno Bernardo Tolardo disse que a festa simboliza a efetiva retomada pós pandemia, momento de comemorar a emancipação política da cidade, de celebrar a vida e oferecer alegria neste momento festivo, além de estimular o espírito empreendedor dos comerciantes, que terão a oportunidade de lucrar com o movimento gerado na cidade. “É um momento importante, de festejar os 61 anos, estimulando o comércio, o turismo, a visibilidade de artistas locais, enfim, de oferecer à nossa população uma
A 1ª QBFEST terá um palco master, pistas vip e geral para o público, 36 camarotes, além das áreas destinadas à gastronomia, feira de artesanato e os brinquedos para o público infantil. O acesso dos visitantes se dará pela avenida de acesso a Quatro Barras (Avenida Dom Pedro II), nas imediações da rotatória próxima ao Sesi. Lá, haverá bilheteria e a venda de ingressos, que custam R$ 15 (meia entrada) ou R$ 30 (inteira) para a pista geral, e R$ 50 para a pista vip, localizada mais próxima ao palco. Os ingressos também podem ser adquiridos previamente pelo site: uautickets.com. Crianças até 10 anos não pagam.
EDITAIS E PUBLICAÇÕES
SÚMULA DE REQUERIMENTO DE LICENÇA PRÉVIA CONDOMÍNIO INDUSTRIAL FIORICRUZ LTDA, CNPJ 20.546.261/0001-19 torna público que irá requerer ao IAP, a licença previa para o CONDOMÍNIO INDUSTRIAL a ser implantada Avenida Francisco Ferreira da Cruz, N° 4.911, município de Fazenda Rio Grande – PR.
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CURITIBA 05
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Obras de manutenção na cabeceira da ponte sob o Rio Ribeirão do Muller, no CIC, coordenadas pela Secretaria Municipal de Obras de Curitiba. do da recomposição da gra- ria parte de demandas aprema e do paisagismo no local. sentadas pela população. “A expectativa é que São outros exemplos até dezembro, as obras es- dessas ações a manutentejam concluídas, depen- ção realizada na ponte de dendo das condições climá- madeira na Rua Esperandio ticas, que neste caso in- Domingos Foggiatto, no fluenciam diretamente no bairro Prado Velho, e a ponprazo de execução dos te de concreto na Rua Balserviços”, explica o secretá- tazar Carrascos dos Reis, rio municipal de Obras Pú- entre as Ruas Josefina Zablicas, Rodrigo Rodrigues. nier e Antônio Vieira BorPELOS BAIRROS ges, no mesmo bairro, onde Ações preventivas e equipes trabalham recupecorretivas nas pontes e pas- ração das alas de contensarelas de madeiras e nas ção da estrutura. estruturas de concreto são No Boqueirão, demanconstantes nos bairros das das dos moradores levaram dez administrações regio- as equipes a trabalharem na nais de Curitiba, cidade cor- reconstrução das pontes de tada por vários rios e córre- madeira sobre o Córrego gos. Os serviços são execu- Waldemar Loureiro Camtados pelas equipes do Dis- pos. Já as pontes da ruas trito de Galerias do Departa- Cezinando Dias Paredes e mento de Pontes e Drena- Augusto Dias Paredes recegens da Secretaria de Obras beram novo pavimento asde Curitiba (Smop) e a maio- segurando mais segurança
na travessia de veículos e pedestres. “Com essas intervenções conseguimos ampliar a vida útil das pontes e passarelas, que são muito utilizadas pela população, e com isso os moradores têm preservados os acessos e as travessia e em segurança”, diz Ubiratan Cardoso, diretor do Departamento de Pontes e Drenagens da Smop. COMO FUNCIONA O reparo e manutenção de pontes são serviços do Distrito de Galerias da Secretaria de Obras. As solicitações são feitas pelo telefone 156, por abertura de protocolo nas Regionais Administrativas da Prefeitura ou proposição de vereador. A coordenadoria encaminha as demandas para que os fiscais verifiquem a competência de execução do serviço solicitado. Se o local tiver uma ponte ou passarela em situação precária, é interditado e sinalizado. Por fim, uma empresa — que trabalha por contrato via licitação — é acionada para realizar a intervenção. A solicitação também pode ser feita a partir do Fala Curitiba, programa de audiências públicas no qual a Prefeitura ouve as demandas coletivas que os moradores têm para os seus bairros.
Sábado tem coleta de lixo eletrônico em nove pontos de Curitiba
Quem tem aparelhos eletroeletrônicos fora de uso guardados em casa pode aproveitar este sábado (5/11) para dar o destino correto a eles. Basta comparecer em um dos nove pontos de coleta organizados pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), em locais estratégicos da cidade, e entregar às associações de catadores
de materiais recicláveis participantes do programa Ecocidadão. A coleta acontecerá das 9h às 15h. PONTOS DE COLETA DE ELETROELETRÔNICO Data: 5/11/22 (sábado), das 9h às 15h Parque Barigui: em frente Heliporto (acesso pela Rua Cândido Hartmann e BR-277); Parque Bacacheri: final da Rua Dr. Eurico
Cesar de Almeida (acesso pela rápida Santa Cândida); Cajuru: ao lado da Rua da Cidadania Cajuru (Avenida Prefeito Maurício Fruet , 2.150); Parque São Lourenço: Rua Agostinho Brusamolin, 125, em frente ao estacionamento (acesso pela Rua Mateus Leme); Parque Tingui: Rua Professor Dario Garcia C/ Rua José Casagrande, próximo da
ponte; Rua da Cidadania do Pinheirinho: Rua Leon Nicolas, em frente à UPA; Portão: Praça Capão Raso, em frente ao Santuário São José (acessom pela Avenida República Argentina); Boqueirão: Praça dos Menonitas (Rua Antônio KosovsKi, 3.425);Guabirotuba: Avenida Senador Salgado Filho, 947 (em frente do Horto Municipal Guabirotuba)
Monitor sonoro detecta 39 casos de excesso de ruído por dia em avenida de Curitiba Foto: Renato Próspero/SMCS
A ponte sobre o Ribeirão dos Müller, na Rua Theodoro Locker, CIC, recebe serviços de manutenção da Prefeitura e vai ficar mais segura. Equipes coordenadas pelo Departamento de Pontes e Drenagem da Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop) trabalham na construção de uma nova ala lateral para a estrutura que estava sendo afetada por erosão. Próxima à Rua Irmã Flora Campostrini e 420 metros distante da Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, esta é umas das 106 pontes e passarelas que receberam reparos e melhorias desde o início do ano. Outras nove foram implantadas nos bairros da cidade. Para corrigir os danos causados pela erosão, uma nova base de concreto está sendo construída na margem direita do rio. Já foram aplicados mais quatro mil quilos de concreto para formar a base com 2 metros de altura, 1,20 metro de largura e 8 metros de cumprimento. Após a finalização da parte em concreto, que deve seguir ao logo das próximas três semanas, os trabalhos serão direcionados a reconstrução do talude. A reconstrução do muro de contenção do leito será realizada com rachões (pedras do tipo basalto), segui-
Foto: Ricardo Marajó/SMCS
Prefeitura de Curitiba soma 106 obras em pontes e passarelas neste ano
Em um mês de instalação, o monitor de ruídos desenvolvido pela empresa Perkons em parceria com a Superintendência de Trânsito (Setran) já detectou 1.138 ocorrências de excesso de ruídos na Avenida Victor Ferreira do Amaral, no bairro Tarumã. Em média, foram registrados diariamente 39 casos de excesso de ruído nos dias de semana e 35 nos fins de semana. De segunda a sexta, os horários de maior incidência dos casos foram observados no período das 19h30 às 23h e atribuídos principalmente a motocicletas. Já nos fins de semana, a maior parte dos casos ocorreu após as 2h da madrugada, envolvendo carros com som alto. O MONITOR Instalado junto a um equipamento de fiscalização eletrônica que mede a velocidade dos veículos na Victor Ferreira do Amaral, o dispositivo, em fase de testes, tem o propósito principal de flagrar o excesso de ruído gerado nas ruas. Boa parte dos dados coletados são atribuídos a sistemas de escapamento fora do padrão ou customizados, com 90% pertencendo a motocicletas e os 10% restantes a automóveis e veículos pesados. HOMOLOGAÇÃO Apesar de ser uma tecnologia já utilizada em países como a França, o monitor de ruídos ainda é inédito no Brasil, e portanto, não pode ser utilizado para autos de infrações. No entanto, como explica a superintendente de Trânsito Rosângela Battistella, estes dados podem ser utilizados para fomentar ações educativas. “Com base nas informações de perfil comportamental destes motoristas, vamos conseguir identificar o horário de maior incidência e o tipo de veículo para que possamos atuar com blitz educativas e também com a fiscalização”, aponta Battistella. A superintendente também reforça que o equipamento não pode ser utilizado para infrações até que seja aprovado por órgãos de segurança. “A tecnologia ainda necessita de homologação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e da regulamentação de órgãos como o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama)”, descreve ela.
06 PARANÁ
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A SEMANA
Matrículas na rede estadual de ensino Estado orienta consumidores sobre acabam na terça-feira
São mais de 40 mil vagas no Estado. possível fazer a atualização var a matrícula. Se nenhuma cadastral, emitir a declara- das opções for contemplação de matrícula, solicitar o da, o estudante permanecehistórico escolar e consultar rá no colégio de referência. o boletim escolar. Posteriormente, ele poderá A matrícula inicial ou re- entrar na lista de espera de matrícula deverá ser feita outro colégio novamente. por meio da opção “MatrícuPara acessar o site, o la On-line”, após a conferên- responsável legal ou o prócia e atualização do cadas- prio estudante (quando tro. O responsável pode se- maior de 18 anos), deve inlecionar a vaga na instituição formar seu CPF e senha em que o filho já estuda ou (que pode ser recuperada na instituição indicada pela por SMS no celular cadasSeed-PR (no caso de matrí- trado). O primeiro acesso é cula de ingresso) ou, se de- restrito ao CPF e ao telefosejar outra escola, pode indi- ne celular cadastrados. Decar até três instituições de pois, o responsável poderá ensino de preferência. cadastrar um novo telefone, No caso de optar por um e-mail e uma senha outro colégio, o estudante pessoal de sua preferência vai para o Cadastro de Es- para futuros acessos. pera de Vaga Escolar (CeCaso o responsável leve). Então, o responsável gal não possua celular ou deverá acessar a Área do não tenha acesso à interAluno a partir de 7 de de- net, ele poderá fazer a mazembro para ver o resultado trícula online na instituição da solicitação e então efeti- de ensino estadual onde o
aluno estuda ou mesmo na instituição de ensino municipal onde está matriculado (para quem está no 5º ano do Ensino Fundamental). Em ambos os casos, a escola disponibilizará um código de segurança para a Área do Aluno e um computador. Para estudantes que ainda não fazem parte da rede estadual, oriundos de outros estados ou países, e ainda aqueles provenientes da rede privada, ou matriculados em instituições de ensino que não utilizam o Sere (Sistema Estadual de Registro Escolar) e CGM (Código Geral de Matrícula), o responsável legal ou o estudante maior de 18 anos deverá, primeiramente criar um cadastro, em “Não tenho cadastro na SEED/PR”, também no site Área do Aluno, para ter seu login e senha. Com isso feito, o procedimento da matrícula segue o mesmo padrão dos estudantes que já fazem parte da rede e que vão pleitear uma vaga em escola de preferência, devendo realizar novo acesso ao site a partir do dia 7 de dezembro para ver o resultado da solicitação.
argumentos, que nós avaliaremos, mas ficou a mensagem de que o Estado do Paraná não vai tolerar práticas que venham a prejudicar os consumidores", ressaltou. Claudia Silvano informou que o Procon-PR está investigando irregularidades e possíveis abusos nos aumentos, e que as ações solicitarão documentos de compra com valores discriminados e qual a porcentagem repassada ao
peita de preços abusivos, devem realizar a denúncia aos canais oficiais. O artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), inciso X, diz que é vedado ao fornecedor elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. Se for verificada a irregularidade, o Procon pode autuar lavrando um auto de infração e até multar o estabelecimento de R$ 700 a R$ 11 milhões.
Foto: SEED
O período de matrícula escolar para o ano letivo de 2023 nos colégios da rede estadual do Paraná acaba na próxima terça-feira (8). O prazo é válido tanto para a matrícula inicial quanto para rematrícula de estudantes. Para os estudantes que vão iniciar o 1º ano do Ensino Médio, além da matrícula no ensino regular, também existe a possibilidade de ingressar em um curso técnico integrado ao Ensino Médio. São mais de 40 mil vagas no Estado, para 40 opções de cursos, como Enfermagem, Administração, Gastronomia, Agronegócio, Desenvolvimento de Sistemas, Formação de Docentes, entre outros. Para se inscrever em um curso técnico, é preciso entrar em contato diretamente com a instituição de ensino. Esse é o momento também para o responsável que deseja matricular ou migrar o(a) filho(a) para uma instituição com ensino em Tempo Integral, modelo em expansão no Estado e que será ofertado em 150 municípios em 2023, contra 103 deste ano. Os responsáveis legais dos alunos devem fazer o procedimento de forma online na Área do Aluno, plataforma na qual também é
Procon-PR apura se postos de combustíveis praticaram preços abusivos
O secretário de Estado da Justiça, Família e Trabalho, Rogério Carboni, e a coordenadora do Procon Paraná, Cláudia Silvano, se reuniram nesta quinta-feira (03) com o presidente e vicepresidente da Paraná Petro, Paulo Fernando da Silva e Giuseppe Salamone, para discutir os contínuos reajustes nos preços dos combustíveis em todo o Paraná. "Eles expuseram seus
consumidor. "Se forem identificados abusos, os postos estão sujeitos a multas quevariam de R$ 700 a R$ 11 milhões. Estamos acompanhando essa situação desde segunda-feira e vamos manter a atenção", alertou. ALERTA O Procon-PR alerta que os consumidores devem pedir a nota fiscal de compra, guardá-la ou fotografar. Além disso, caso haja a sus-
mudanças nas regras de comercialização de carne moída
A venda de carne moída por frigoríficos passou a ter uma nova regulamentação a partir do dia 1º de novembro e agora os estabelecimentos terão até um ano para se adaptar. Entre as regras atualizadas, a carne moída deverá ser embalada imediatamente após a moagem nas indústrias e nos frigoríficos, devendo cada pacote do produto ter peso máximo de 1 quilo. A matéria-prima para fabricação também deve ser submetida a processamento prévio de resfriamento ou congelamento. Outro ponto importante é que a porcentagem máxima de gordura do produto deverá ser informada no painel principal, próximo à denominação de venda. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as novas regras visam dar mais transparência aos consumidores e segurança na qualidade dos produtos industrializados, além de incentivar a modernização dos processos produtivos industriais. Elas foram aprovadas após consulta pública. A medida é direcionada a estabelecimentos industriais produtores de carne moída que sejam registrados junto ao Serviço de Inspeção Federal (SIF), Serviço de Inspeção Estadual (SIE) ou Serviço de Inspeção Municipal (SIM). A regra não vale para empresas que vendem direto ao consumidor, como é o caso de açougues e supermercados. No Paraná, o Procon, órgão vinculado à Secretaria de Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), orienta os consumidores a observarem as novas regras, conforme destaca a diretora do órgão, Cláudia Silvano. “Entre outras determinações, a carne moída deverá ser embalada imediatamente após a moagem e obtida das massas musculares esqueléticas. O peso poderá ter o máximo de 1 quilo, e a carne não poderá ser oriunda de separação mecânica dos ossos e/ou raspagem de ossos”, explicou. Cláudia ainda destacou que os frigoríficos terão 365 dias para adequação. Portanto, as empresas ainda poderão produzir seguindo a regulamentação anterior durante este período, bem como poderão comercializar os produtos normalmente até o prazo de validade constante na embalagem. A partir de 1º de novembro de 2023, as empresas não poderão fazer diferente do que está no regulamento. A gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Mariza Koloda Henning, destacou a importância de o consumidor criar o hábito de ler os rótulos de alimentos, e não apenas no caso da carne moída. “Entre os detalhes mais importantes a serem observados está se consta que aquele alimento foi inspecionado por serviço federal, estadual ou municipal. É uma garantia de que está adquirindo produto bom”, afirmou.
A SEMANA
SAUDE
4 de novembro de 2022
O Movimento e Integridade Corporal Por Sérgio Nunes, professor de educação física, personal trainer, especialista em atividade física, saúde e qualidade de vida.
O movimento exerce fascínio sobre o ser humano, afinal ele foi, é e sempre será indispensável à nossa sobrevivência. É uma necessidade fisiológica, a falta do movimento nos leva à morte ou, no mínimo, diminuímos muito nossa capacidade produtiva. É também uma forma de expressão: dançarinos, atletas e artistas usam do movimento corporal para emocionar. Os humanos anatomicamente modernos originaram-se na África há cerca de 200 mil anos, atingindo o comportamento moderno há cerca de (apenas) uns 50 mil anos. Historicamente é muito pouco tempo. E desde a pré-história como Homem Sapiens sapiens, se não fossemos capazes de nos movimentar não teríamos chegado até aqui. Grandes migrações foram necessárias para fugir de adversidades climáticas por que o planeta passou, o movimento sempre foi necessário para procurar alimento e/ou abrigo e ainda para uma fuga inesperada ou o enfrentamento de algum inimigo ou animal em luta. Um tempo em que éramos essencialmente Nômades! Íamos, para a nossa sobrevivência, de um local para outro! Sem parada certa ou definitiva! O Sedentarismo, como termo antropológico e forma de organização social é relativamente recente na contagem de tempo histórica! O sedentarismo se tornou possível com a descoberta e aperfeiçoamento de técnicas agrícolas e pecuárias (domesticação). E a partir dessas técnicas a constituição de comunidades fixas (sedentárias), os clãs familiares, passou a ser muito mais seguro, econômico e vantajoso. E tudo isso ocorreu há "apenas" uns 20.000 anos! Com o passar do
tempo o desenvolvimento do sedentarismo aumentou a agregação populacional dos clãs que levou à formação de tribos, vilas, cidades e outras formas de comunidades. À medida que nos "civilizamos" ganhamos por um lado, mas também perdemos, e muito, por outro. Começamos a ter menos necessidade (ou seria vontade?) de nos movimentar. E o Sedentarismo Moderno, por conta da inatividade física, tomou conta do Corpo humano! Contudo, não devemos esquecer de que o movimento é uma Necessidade Fisiológica para todo Ser Vivo Animal! Sem ele a inatividade cada vez maior do nosso corpo, que foi desenvolvido e preparado para o movimento, acabará por deixar graves sequelas! Muitas vezes até levar à MORTE! E uma nova modalidade de doenças e distúrbios passou a fazer parte da nossa vida: a hipocinestesia (Falta de Movimento)! O grande mal da modernidade! O resultado dessa “brincadeira” (ou a falta dela!) é a perda de mobilidade, flexibilidade, força, agilidade, coordenação, velocidade, potência, ganho excessivo de massa gorda, patologias cardíacas, respiratórias, osteomusculares, orgânicas e alguns tipos de câncer. Também como consequência desta falta de movimento, muitas alterações nos pa-
drões naturais dos movimentos e posturais começaram a surgir. Essas mudanças nos padrões acarretam diferentes descompensações que modificam toda a estrutura anatômica e biomecânica do aparelho locomotor e da coluna. Mau uso que acelera desgastes e aparecimento de processos degenerativos. Assim diferentes áreas da saúde começaram a desenvolver mecanismos, meios e métodos de atividades/exercícios físicos para tentar corrigir todo este processo. Uma destas importantes áreas foi a Educação Física! Profis-
sionais comprometidos com a saúde e a qualidade de vida de seus alunos/clientes não cansam de se aperfeiçoar e especializar em diferentes modalidades. E, por isso mesmo, um "novo" conceito em abordagem de exercícios físicos vem ganhando espaço: a integralidade. Onde, através dessa abordagem, só recuperamos os movimentos naturais (mais seguros e econômicos) quando envolvemos todo o corpo. Hoje, mais do que nunca, não se pode aceitar o pensamento analítico ou cartesiano: de focar o movimento apenas na re-
gião debilitada, enfraquecida ou descompensada. Isso é contrário aos princípios universais que regem o movimento. O movimento é sistêmico, global e integral. Dessa forma deve corresponder a uma ideia de que as suas propriedades totais não podem ser explicadas apenas pela soma dos seus componentes isoladamente. Isso não é matemática! Mas sim que o sistema, como um todo, determina como se comportam as suas partes. A análise deve ser sistêmica ou total! “O todo é maior do que a simples soma das suas partes.” (Aristóteles) Para se desenvolver um Programa de Tratamento Eficaz e Seguro é indispensável compreender que o Sistema de Movimento Humano é altamente complexo com seus diferentes componentes: Musculares, Miofasciais, Neuromusculares e Articulares, interligados e interdependentes. Basta uma estrutura alterar, um pouco que seja a sua posição, sua configuração espacial e anatômica, para repercutir no todo em que está inseri-
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Não é nada fácil se manter dentro de um padrão ideal de estabilidade e integridade corporal, onde todos os segmentos corporais estejam alinhados de tal modo que o mínimo de esforço seja transferido para tendões, ligamentos, cápsula articular e articulações. Somos submetidos durante as 24 horas por dia a forças externas que tendem a nos tirar desse padrão ideal de Equilíbrio, onde o sistema muscular tem um papel fundamental tanto para nosso equilíbrio estático (parado) quanto dinâmico (em movimento). A musculatura ao redor das articulações precisa manter um nível ótimo de tensão em todas as direções a fim de sustentar cada articulação e sua alavanca óssea na posição ideal. E estas forças agindo equilibradamente é que determina ao corpo sua INTEGRIDADE. AFINAL... A SAÚDE É O MAIS IMPORTANTE! FAÇA A COISA CERTA! Contatos >> https://www.instagram.com/sergioqualifis https://www.facebook. com/QualiFisPersonal/
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A SEMANA
4 de novembro de 2022
MATÉRIA DA SEMANA
A pandemia deixou marcas profundas nas relações de trabalho. A cada dois trabalhadores, um se sente esgotado e acha o emprego muito estressante. Um em cada três profissionais considera que sua felicidade foi afetada pelo estresse do trabalho e 40% deles planejam pedir demissão nos próximos anos. Os números são da pesquisa Talkspace’s Employee Stress Check, feita este ano por uma consultoria de saúde mental nos Estados Unidos, mas que refletem uma realidade mundial. Os principais motivos para insatisfação do trabalhador, segundo a pesquisa, são salário baixo (57%), esgotamento emocional ou burnout (51%), falta de flexibilidade da empresa (45%) e excesso de horas extras (44%). Esse cenário de pandemia fez surgir um fenômeno que vem ganhando espaço no mundo corporativo, o chamado quiet quitting, ou demissão silenciosa. Na versão corrente, demissão silenciosa é quando o trabalhador executa estritamente suas funções limitando-as ao necessário, o suficiente para se manter no emprego. A psicóloga Patrícia Ansarah, uma das fundadoras do Instituto Internacional de Segurança Psicológica (IISP), afirma, no entanto, que o comportamento se populariza, alavancado pela Geração Z (nascidos entre 1996 e 2012), porque dá voz ao sofrimento das pessoas no ambiente de trabalho. De acordo com Patrícia, a demissão silenciosa não tem relação com falta de engajamento. “Tem a ver com o colaborador optar por permanecer realizando suas funções sem assumir responsabilidades extras, contra as expectativas de líderes e empregadores de que todos dedicarão horas adicionais e energia sem compensação adicional. Embora possa parecer falta de engajamento ou apatia, são pessoas que até não se importam em trabalhar muito, desde que vejam valor e benefício em sacrificar o seu tempo e saúde para isso”, avalia Patrícia. O movimento foi criado em um contexto de insegurança financeira, constante
Foto:Freepik
Metade dos trabalhadores está esgotada e considera o trabalho muito estressante, diz pesquisa
Cenário de pandemia fez surgir um fenômeno que vem ganhando espaço no mundo corporativo, o quiet quitting, a demissão silenciosa
estresse, aumento nos casos de ansiedade, burnout (esgotamento emocional) e, consequentemente, baixa qualidade de vida. A psicóloga Veruska Galvão, também fundadoras do IISP, afirma que a mudança drástica do modelo de trabalho durante a pandemia, com profissionais sobrecarregados, sofrendo pressão por resultados e, na maioria das vezes, não sendo valorizados e nem remunerados por isso, provocou o aumento desse comportamento. “É um movimento mundial que essa geração mais nova provoca sobre o que significa ter uma carreira de sucesso e qual o preço disso, numa resposta às gerações anteriores que estão adoecendo por terem negligenciado conversas sobre limites, saúde e bem-estar. É um movimento social de crítica à normalização do excesso de trabalho”, afirma Patrícia. LIDERANÇA Segundo Veruska, empresas que não prepararem seus líderes para compreenderem o contexto e o impacto desse movimento sofrerão consequências negativas. Ela diz que os gestores precisam reavaliar prioridades, estabelecer conexão com seus times, incluir em suas pautas o tema de saúde mental e, principalmente, se colocar como parte do time, assumindo a responsabilidade pelos indicadores de saúde e performance da equipe. O especialista em logística e sócio da empresa Pathfind, Antonio Wrobleski, divide os praticantes de quiet quitting em duas ver-
tentes. Uma delas é característica das novas gerações. “O jovem de hoje não tem mais pretensão de permanecer longos períodos na empresa, está muito suscetível a mudanças e enxerga motivos em diferentes situações”, afirma. O outro aspecto está relacionado à empresa, quando o funcionário não vê perspectivas de crescimento ou a companhia não oferece atratividade. “A pessoa só se estressa, se frustra, quando não alcança seus objetivos, sejam pessoais, de relacionamentos ou empresariais. O quiet quitting é um ponto na curva que acontece há algum tempo e hoje está tendo publicidade porque algumas empresas não sabem como lidar com isso”, diz Wrobleski. Para Patrícia, o movimento de quiet quitting está diretamente relacionado à liderança. A falta de clareza dos papéis, objetivos e metas causa ineficiência operacional, que resulta em retrabalhos, horas extras e esforços que não geram valor ao negócio. A insegurança dos líderes em confiar em seus times e a falta de tempo como desculpa para não estar com suas equipes geram distanciamento entre líder e liderado, afirma Patrícia, aumentando o nível de estresse, ansiedade e doenças mais graves como burnout e depressão. ÁREAS VULNERÁVEIS Ainda não há estudos sobre os setores mais vulneráveis ao quiet quitting, mas os casos de burnout são mais frequente nas áreas de saúde, serviço e educação, especialmente
em grandes empresas multinacionais, nas quais os profissionais relatam maior dificuldade para se desconectar do trabalho nos momentos que deveriam ser focados para o descanso, lazer ou cuidados com a saúde, devido principalmente ao excesso de cobrança por resultados. Segundo Patrícia, a demissão silenciosa impacta os resultados financeiros e sustentabilidade do negócio, o que pode ser prejudicial às organizações que estão precisando inovar rapidamente para se manterem competitivas. O aumento de turnover, auxílio-doença, absenteísmo, afastamento médico, ineficiência operacional, processos de seleção e de treinamento afetam a reputação da empresa e impacta diretamente o resultado financeiro. “Para se ter uma ideia de grandeza de valores, uma pesquisa realizada pela Gallup mundialmente com mais de 3 milhões de pessoas, mostra que apenas 25% dos profissionais estão engajados no trabalho. A estimativa, em dólares, é que isto custe US$7,8 trilhões à economia global”, aponta Veruska. Para romper esse ciclo é preciso preparar a liderança, concordam Patrícia, Veruska e Wrobleski. “Identificar o que precisa ser mudado é o primeiro passo e isso só será possível se a qualidade do relacionamento entre líder e liderado virar prioridade”, afirma Patrícia. Veruska defende que é preciso desenvolver uma relação mais próxima, mais vulnerável e humana para que as pessoas se sintam confortáveis ao trazer suas questões, compartilhar inseguranças e pedir apoio sem medo de sofrer retaliação ou julgamento. Wrobleski aponta que a empresa precisa oferecer um ambiente de trabalho saudável. Isso inclui horários mais flexíveis, ambientes mais leves e soltos. “Tudo isso faz parte das regras de convivência entre empresas e funcionários, que é como uma convivência familiar. Se não houver uma boa convivên-
cia, não vai haver funcionários estimulados e a empresa também não será estimulante”, comenta. O empresário diz que existem variadas opções para oferecer recursos ao trabalhador. “Eu sempre gostei de atualização pessoal, abrir canais para novas formações. Existem muitas ferramentas que trazem bons resultados”, alega. RELAÇÃO HUMANA Resultados a qualquer custo não cabem mais nas empresas saudáveis e sustentáveis. A qualidade das relações humanas é o foco para criar e manter ambientes produtivos. A gestão empresarial precisa estar preparada para fazer mais perguntas e dar menos respostas. Essa também é a melhor maneira de incluir a diversidade de pensamentos e criar diálogos e discussões férteis para o negócio. “Criar condições para que o ambiente seja favorável à saúde do profissional e da organização é oferecer ambientes psicologicamente seguros, onde haja limites, falar dos problemas que ninguém fala, pedir ajuda, falar daquilo que importa, sem medo”, afirma Patrícia. Wrobleski diz que, mais do que o KPI, os indicadores-chave de performance, fundamentais para conduzir bem os negócios, é preciso voltar a atenção aos indicadores-chave das pessoas no mundo corporativo. “Sempre fui muito favorável e estou olhando com particular carinho para esses indicadores de pessoas, abrindo a visão sobre o que acontece com essas pessoas no dia a dia”, afirma. Ao observar as pessoas na empresa, o gestor consegue identificar eventuais problemas, como por falta de motivação, presença inconstante, entregas irregulares, que caracterizam o quiet quitting. “O gestor precisa ter ferramentas para se aproximar das pessoas e para que as pessoas se aproximem da empresa”, explica Wrobleski. Segundo Veruska, empresas onde existe a prática do quiet quitting são as que adotam o microgerenciamento, retaliação, falta de confian-
ça, medo instalado e a cultura do silêncio imperando. “Ambientes psicologicamente seguros favorecem a alta performance em uma dinâmica social saudável, a qualidade das conversas aumenta e o nível de estresse diminui, impactando a saúde do colaborador e a saúde financeira da empresa”, garante. Quiet firing Mas a conversa franca depende também do trabalhador. No lugar da prática da demissão silenciosa, Patrícia sugere que o profissional seja transparente com o seu líder e tome a iniciativa para conversar sobre limites do trabalho. Esse diálogo, segundo ela, pode impedir consequências ainda mais graves, como a adoção do quiet firing, resposta imatura da liderança ao quiet quitting, que aumenta a distância entre o líder e liderado. No lugar de olhar para a demissão silenciosa como um diagnóstico que aponta para a urgência de se criar relações psicologicamente seguras que geram aprendizado e crescimento para todos, no quiet firing os líderes passam suspender feedbacks, congelar promoções, promover mudanças repentinas, não compartilhar informações relevantes para o trabalho, cancelar reuniões, entre outras práticas, até que a situação se torne insustentável e o funcionário peça para sair, comenta Veruska. Como empresário, Wrobleski defende que o quiet firing não deve existir. “Se o funcionário não está atendendo à empresa, não importa o comportamento dele, se estiver fora da curva, o gestor precisa trazê-lo para dentro. Não pode nunca haver uma dinâmica de quiet firing”, alega. As empresas devem colocar o ambiente saudável na agenda de negócio. “Assim como hoje respondem por indicadores de performance e de acidente de trabalho, responderão por indicadores de saúde mental e reputação organizacional. E empresas que quiserem se manter competitivas e saudáveis no mercado, precisarão trabalhar em estratégias de prevenção com muito foco na qualidade das relações”, diz Veruska.