Bol eletronico anvfeb ano ii no 05 21 dez 2010

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NOTÍCIAS DA ANVFEB Boletim Informativo – Ano II – No 05 – 21 Dez 2010 Comemorativo da Inauguração do Centro Cultural Casa da FEB ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS VETERANOS DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA – “CASA DA FEB” Fundada em 16 de julho de 1963 Presidente da ANVFEB: Veterano Tenente Dalvaro José de Oliveira Presidente do Conselho Deliberativo: Veterano Tenente Israel Rosenthal Rua das Marrecas, 35 – Lapa – Rio de Janeiro, RJ – Brasil – 20.031-040 – Tel/Fax: (21) 2532-1933 http://www.veteranos.org.br –––– e-mail: anvfeb@uol.com.br

Rio ganha novo espaço: Centro Cultural Casa da FEB Reinauguração da Casa da FEB em 26 e 27 nov 2010 Após a primeira fase, inaugurada em dez/2009, chegou o momento tão esperado, a abertura do novo Centro Cultural Casa da FEB. O Rio de Janeiro ganha um novo espaço de cultura, de nível internacional, à altura da fantástica epopéia vivida por 25 mil soldados brasileiros há 65 anos na Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Foi uma grande festa em dois dias, quando estiveram presentes inúmeros Veteranos Brasileiros e das Nações Amigas, o GHFEB – Grupo Histórico da FEB, sócios, autoridades, Voluntários, Colaboradores, Convidados, Familiares. Todos foram responsáveis por este esforço, mas sem dúvida nada teria acontecido não fora a fantástica visão e compreensão da importância da memória histórica nacional da FEB, demonstrada pela empresa curitibana Tecnolach, na pessoa de seus diretores, funcionários, e especialmente o Dr Breno Amorim, Diretor Superintendente, na ocasião condecorado com a Medalha Marechal Mascarenhas de Moraes, concedida pelo CD da ANVFEB, ele que, merecidamente, já havia sido agraciado em agosto último com a Medalha do Pacificador. Nos dois dias compareceu expressivo número de visitantes e convidados: Veteranos Gen Portocarrero, Ten Dalvaro Jose de Oliveira (Presidente da ANVFEB-DC), Ten Dr Israel Rosenthal (Presidente do CD/ANVFEB), Maj Antônio André (Diretor de Patrimônio), Cap Osias Machado (Senta-a-Pua, ex-Pres CD), Antonio Cruchaki (Pres SR ANVFEB/S. Bernardo do Campo) e Sra Nadir Cruchacki, José Varela e Sra (Senta-aPua), Hélio Marques (Sgt de Artilharia – AD1/E), João Lanzilotte (ex-membro do CF), Soterval Correa Porto e sra (ex-Diretor), Geraldo Perdigão (1a ELO), Cap Eng Ignacy Felczak, Pres SPK (Cmb Poloneses), Comte Roland Melo, Pres Ass Française d’Ancien Combatants), Sd Miguel Grinspan, BG (Btl do Imperador, Classe de 1946) Sobrevivente da II Guerra Mundial Aleksander Laks (Pres. Associação Brasileiras de Sobreviventes do Holocausto – Seção RIO) ANVFEB – Diretoria: João Henrique Barone (Vice Presidente), Cel Herbert Seixas (Diretor-Secretário), Ten R/2 Sérgio Pinto Monteiro (VP CD), Ten R/2 Israel Blajberg (Diretor de RP), Eng Marcos Renault Moretzhon (VP SR ANVFEB-BH) Gen Div Juarez A. de P. Cunha (Diretor DPHCEx), Gen Bda R/1 José de Oliveira Sousa (Diretor Cultural do Clube Militar), Brig Ar R/1 Márcio Bhering Cardoso (Diretor do MUSAL), Cel Josevaldo Souza Oliveira (Diretor da BIBLIEX), Dr Breno Amorim e Diretores da TECNOLACH, João Barone (GHFEB – Grupo Histórico FEB), Sergey Sapozhnikov, Vice-Cônsul da Rússia, Stephen Carnt (Royal British Legion), Cel Roberto Mascarenhas (neto do Cmt da FEB), Pierre Alain Lafargue Tournie (Guardião Monumento Francês no SJB)

Colaboradores Enviem seus textos via correio ou e-mail: anvfeb@uol.com.br Artigos e opiniões são de exclusiva responsabilidade dos autores, não expressando necessariamente posições da ANVFEB. Expediente: Editor Israel Blajberg (Ten R/2 Art - Sócio Especial) – Diretor RP/Educação Cívica-Cultural

Feliz Natal e Próspero 2011 na Nova Casa da FEB!


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Nesta fase inicial, o Centro Cultural Casa da FEB encontra-se aberto ao público terças e quintas, de 13 às 17h. Os salões e auditórios podem ser utilizados para seminários, conferências, e outros eventos ligados a temática FEBiana, alem de locação a interessados. A Biblioteca e Arquivo já pode ser consultada, e o Museu será reaberto em breve. Serviço: Centro Cultural Casa da FEB Rua das Marrecas, 35 – Lapa – Rio de Janeiro – RJ 20.031-040 – BRASIL Tel e FAX: (021) 2532-1933 Tel: 2262-3609 Atendimento ao público: TER e QUI de 13-17h. SEG e QUA apenas recebimento de correspondência de 13-16h, sem atendimento ao público. www.veteranos.org.br; anvfeb@uol.com.br

Créditos: Fotógrafos Marlene e Ivanhoé


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Sábado Festivo na Casa da FEB Um evento com a Casa da FEB aberta ao público ocorreu no sábado, 27 dez 2010, pela manhã, quando houve visitação das instalações, e João Henrique Barone, Vice-Presidente e Dr Breno Amorim, Diretor Superintendente da TECNOLACH entregaram diplomas a alguns dos colaboradores – Carlos Eduardo, Alexandre Gil de Souza, André Resende, Frederico Ferraz e Djenane Almeida da Technolach Além destes colaboradores, diversos outros se associaram aos trabalhos para a reinauguração, como Paulo Ewerard, Zeca Pereira, Giovani Sulla, Sra Maria de Fátima Depes Martinelli, o Grupo Histórico FEB e tantos outros veteranos, familiares, sócios e voluntários. O Eng Marcos Renault Moretzhon Coelho, VP SR ANVFEB-BH, cedeu gentilmente diversas peças de seu acervo particular, efetuando ainda a valiosa doação de um missal de capelão militar para o Museu da Casa da FEB. Finalizando a manhã de sábado, realizou-se a Cerimônia Inter Religiosa In Memoriam dos Companheiros que Tombaram na II Guerra Mundial e em Ação de Graças pela Reinauguração da Casa da FEB, com a participação de Preletores das Religiões: Judaica – Sd Miguel Grinspan, BG, Btl do Imperador, Classe de 1946 Católica – Dr Breno Ammorim, Diretor Superintendente da Tecnolach Evangélica – Pr Ten R/2 Cpl Mil MOURA, ex-Capelão da I DE (Vila Militar) Espírita – Prof. Gerson Simões, VP Radio Rio de Janeiro e ex-Pres do CEERJ


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Reinauguração da Casa da FEB – Sessão Solene Veteranos


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Santa Catarina acolhe os Velhos Soldados “Old Soldiers Never Die...”, em Jaraguá do Sul, SC, 70 veteranos disseram presente no XXII Encontro Nacional dos Veteranos da FEB. Poucos restam dos 25 mil que cruzaram o Atlântico em 1944, em enormes transportes de tropas americanos. As delegações vieram de todo o Brasil. Logo ao chegar, fizemos rápido lanche na KuchenHaus. Shopping BreitHaupt, SchutzenFest, a festa dos clubes de tiro. Nomes alemães, italianos, polacos e húngaros recordam os antepassados que aqui chegaram em busca de uma vida melhor no Novo Mundo. Gente trabalhadora, honesta, que transformou matas virgens nas pujantes cidades de hoje. Num raio de poucas dezenas de metros, temos rodoviária, Praça do Expedicionário, Praça Batalhão Suez, com seus monumentos pontilhados de nomes que não deixam dúvida: quase todos são das famílias de imigrantes. Aqui e ali um Silva, um Oliveira. Em frente à rodoviária, a antiga estação ferroviária, hoje transformada em um bem montado Museu da Paz. Um antigo prefeito adquiriu de colecionador curitibano rico acervo, hoje ali exposto, na estação de onde partiram os quase 60 expedicionários do Vale do Itapocu, explorado pelo pioneiro Cel Emilio Carlos Jourdan, belga de Namour que lutou na Guerra do Paraguay. Atravessando a região das estações e monumentos, a avenida principal, onde também se situa o Museu da WEG, iniciais dos 3 amigos que fundaram a empresa, hoje de 23 mil funcionários, com fábricas espalhadas pelo mundo e que já produziu mais de 100 milhões de motores elétricos. Na antiga Prefeitura hoje museu, a galeria de retratos dos prefeitos espelha suas origens européias. Duas enormes letras H na fachada, diz a lenda, são as iniciais de um deles, por acaso era Capitão do Exército e Interventor na época de Getúlio Vargas. Há quem ache que as letras teriam outro significado. Pouco se fala hoje sobre a infame quinta-coluna. Uma minoria que acarretou imensos prejuízos para as comunidades, que foram cerceadas temendo-se o colaboracionismo. Escolas e clubes de tiro foram fechados. Os justos pagaram pelos pecadores. Um livro recente mostra que 700 soldados brasileiros de descendência alemã participaram da FEB. Entre eles, houve grandes heróis, como o Sargento Max Wolff e o Tenente Ary Rauen, daquela região, ambos mortos em combate. Seus nomes hoje são a denominação histórica de duas unidades blindadas no Paraná, onde nasceram. Se os alemães de lá seguissem o exemplo dos seus descendentes brasileiros, os nazistas não teriam prosperado. Mas poucos resistiram, como o Coronel Conde Von Stauffenberg, que tentou sem sucesso eliminar Hitler. Da própria Jaraguá, 56 soldados seguiram para a FEB, dos quais dois não voltaram para desfrutar o sol acolhedor de Santa Catarina. Hoje, apenas oito ainda estão aqui, a sua historia contada no Museu da Paz, com rico acervo sobre a FEB, instalado na mesma antiga Estação Ferroviária, de onde há quase 70 anos eles partiram para o Rio a fim de embarcar para a guerra. O livro A Rosa Verde conta um pouco daquela época, onde foi grande a influência da Ação Integralista Brasileira. Gente como Emílio da Silva, Oscar Nagel, Ricardo Gruenwaldt, Fernando Sacht e Ricardo Strelow, os três últimos assassinados. Um dos túmulos ostenta pequeno obelisco colocado pela AIB. Agora, na belíssima manhã de domingo, o lamento das sirenes e o ronco dos motores enche os ares, abafando a marcha batida executada pela Banda do 62o BIMtz de Joinville, o antigo Batalhão de Caçadores. Diante da mesma estação, os veteranos desfilam embarcados em viaturas militares antigas. Mais de dez mil pessoas aplaudem o desfile, muitas crianças. Ao final, elas cercam os veteranos fazendo perguntas, tirando retratos. Algumas são netos e bisnetos de veteranos de Jaraguá e cidades próximas, como São Bento do Sul e Corupá. Autoridades colocam coroas de flores no monumento ao expedicionário. Os nomes mostram que os imigrantes não se omitiram, quando se tratou de defender a terra escolhida, terra abençoada. Nesta avenida, desfilaram no domingo os últimos veteranos, as viaturas antigas, os grupos históricos em seus uniformes de época, veteranos da PE, escolas. Em volta da estação, enquanto extensos comboios da ALL rolavam mansamente pelos trilhos ao lado, a população visitava a exposição e o Acampamento Ten Adhemar Machado, homenagem ao pai do atual Gen Adhemar, Cmt da 5a RM. As inúmeras barracas de militaria, capazes de satisfazer a qualquer colecionador, camisetas, utensílios, armas, distintivos, viaturas de todas as épocas e todos os tipos, grandes, pequenas, um carro de combate STUART, obuseiros M1A2 de 105 mm, viaturas de hoje e de ontem.


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Na inauguração, ao som da banda de música, era como se estivéssemos em um acampamento real, tantos eram os “sargentos”, “capitães” e “coronéis” com a farda cáqui da FEB, as polainas brancas, no estilo americano da II GM, notável recriação histórica, o nosso 6o Escalão. Era como se a qualquer momento, o Gen Mascarenhas pudesse aparecer de repente dobrando a esquina do prédio do antigo mercado, acompanhado dos Generais Zenóbio da Costa, Cordeiro de Farias, Falconière da Cunha e seu Estado Maior. Os trabalhos do encontro se desenvolvem no enorme centro cultural de Jaraguá, um edifício de 10 andares com amplos auditórios e restaurante. Os últimos 70 veteranos sentam nas primeiras filas. O público veio de 15 estados do Brasil. Palestras se sucedem sobre o passado glorioso, mas também sobre o futuro pensado para as associações. Domingo à tarde, após o desfile, conhecemos Corupá, pequena cidade próxima onde também existe um monumento aos filhos da cidade que seguiram para a guerra. Em um grande seminário nos espera um farto café colonial. No enorme prédio hoje estudam apenas 6 candidatos ao sacerdócio, Sim, apenas meia dúzia contra os 200 do passado. A extinta TV Manchete utilizou o belo edifício para rodar a famosa novela Ana Raio e Zé Trovão. E, finalmente, na segunda-feira, feriado nacional de 15 de novembro, o almoço de despedida no Parque Malwee, a famosa malharia mantenedora do belo parque ecológico. Na cúpula, os presidentes decidem que o próximo encontro será em Porto Alegre. Na tarde deste último dia, embrenhamo-nos com a kombi da Fundação Cultural de Jaraguá do Sul nas últimas estradas ainda de terra, bem cuidadas, constatando a presença ainda hoje do trinômio comunitário dos antigos colonizadores, escola, igreja e cemitério, presentes em bom número. Ainda se pode constatar os núcleos alemães, italianos, húngaros e suas construções típicas. Mas, são todos brasileiros como quaisquer outros, apenas com nomes mais complicados. Jaraguá é o Brasil que dá certo. Os quatro dias passados nesta pitoresca cidade superaram todas as expectativas. A FEB recrutou os expedicionários de todas as partes do Brasil, e, a cada ano, uma dessas cidades sedia o Encontro. É uma história que nunca terminará de ser contada, de nordestinos, gaúchos, mineiros, cariocas, paulistas, catarinenses, baianos, mato-grossenses e tantos outros. O tempo passou. Terça-feira cedinho tomamos o caminho do aeroporto de Joinville, com tantas recordações. O pensamento evolui, e já sentimos saudade – de Jaraguá, dos companheiros, dos momentos em que, embarcados na viatura, passamos ao longo da avenida com o povo aplaudindo os veteranos. A van nos deixa no aeroporto, e, em mais algumas horas, com escala em Congonhas, chegamos ao Rio. Outros prosseguem para BH, Brasília. Todos se dão adeus, Jaraguá entrou para história, agora Porto Alegre nos espera. FEB!!! Brasil!!!


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XXII Encontro de Veteranos da FEB 12, 13, 14 e 15 de novembro de 2010 Manhã cultural de domingo 14 de novembro Debate sobre a FEB: O Futuro das Associações de Veteranos da FEB Israel Blajberg (Ten R/2 ART) – Diretor de RP, Educação e Civismo - Sócio Especial da ANVFEB iblaj@telecom.uff.br 1. A Questão da Continuidade Dos 25 mil expedicionários, estão entre nós muito poucos. A pergunta a responder é: quem continuará levantando bem alto a bandeira FEBiana? Já no momento em que foi criada há 47 anos, a ANVFEB começou um lento mas progressivo processo de redução de quadros… isto porque tornava o acesso ao Corpo Social privativo dos que integraram as Forças Brasileiras em operações de guerra na Itália. Assim, não houve renovação do Quadro Social, que estava fadado a diminuir gradativamente até chegar assintoticamente a zero após encerrar-se a expectativa de vida dos Veteranos, já que nos primórdios o quadro de sócios especiais (aqueles que não estiveram na Itália) não chegou a ser expressivo, nem a sua participação na diretoria. Em um país sem guerras (Graças a Deus!), outro não poderia ser o resultado. Seis décadas depois, apenas os remanescentes, já em idade avançada, ainda freqüentam galhardamente a CASA DA FEB. Já em plagas onde a guerra é uma constante, como nos EUA, onde a paz é exceção (após a II GM houve Korea, Vietnam, Irak, Afeganistão, apenas para citar as maiores), o problema da continuidade não existe para as Associações de Veteranos, que dispõe inclusive de uma Veteran’s Administration, verdadeiro Ministério a cuidar e assistir os ex-combatentes de Tio Sam. Todo ano, em 11 de novembro, na Parada do Veterans Day na 5a Avenida em Nova Iorque, eles se reúnem para desfilar das 9 da manhã as 5 da tarde, enorme desfile que nem interfere no funcionamento da cidade, pois os contingentes saem das ruas laterais, e o trânsito só para na 5a, mantendo-se nas transversais, onde policiais abrem e fecham o tráfego para a passagem de cada unidade. São oriundos de todas as forças e de todas as épocas, incluindo CPORs de diversas Universidades (lá o CPOR é da Universidade), Associações, Bombeiros, Polícia, Clubes diversos etc. E o povão aflui em quantidade, mantendo-se organizadamente dentro dos cordões de isolamento, abrangendo desde os que ficam o dia inteiro, até aqueles que aproveitam uma folga no trabalho, ou mesmo passantes eventuais pelo Centro. É um não-feriado de 7 de Setembro, tão patriótico quanto… A questão da dita indiferença dos Poderes Públicos talvez possa ser mais bem entendida se nos colocarmos na posição dos Administradores. Como liberar verbas para uma Associação cujo Corpo Social diminui a cada dia? Houve época em que a FEB elegia deputados, conseguia a construção de conjuntos habitacionais para excombatentes, pensões, empregos, isenção de impostos. Afinal, ainda estava presente a aura da vitória, hoje já distante. Foi a época do Marechal Mascarenhas, os diversos Oficiais Generais e Coronéis FEBianos, e mesmo oficiais de menor patente e simples praças, que na vida civil tornaram-se personalidades nacionais de grande relevância, de Vice-Presidente da República a Ministros, Senadores, políticos, empresários, profissionais liberais reconhecidos na sociedade. O desaparecimento natural dos maiores nomes da FEB, iniciado pelos mais idosos (e mais importantes), desencadeou o processo que veio a determinar o início do esquecimento da CASA DA FEB, seu Museu, Mausoléu no CSJB e Ossário no Caju, no que concerne a visibilidade e presença junto a opinião publica. Um marco importante neste processo foi, paradoxalmente, a inauguração em 1960 do Monumento Nacional aos Mortos da II Guerra Mundial, de grande apelo popular. Passou a ocorrer uma superposição entre a ANVFEB e o Monumento, no que concerne a preservação da memória da FEB, ao que veio se somar a criação da DAC – Diretoria de Assuntos Culturais, incentivando o setor histórico, arquivístico e museológico do Exército, com a reativação e criação de Museus Militares, como o Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana e o Museu Militar Conde de Linhares, no quartel do antigo CPOR/RJ. E ao longo desse processo a CASA DA FEB perdia o bonde da História. Hoje, com a perspectiva do tempo, fica fácil descrever a posteriori este processo insidioso e inevitável, mas seria difícil, como foi, para nossos Pracinhas, avaliarem que a concorrência do próprio Exército, com o Monumento e Museus, silenciosa e lentamente, determinava que os dias estivessem contados para a CASA DA


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FEB, enquanto a cada 21 de fevereiro, 8 de maio, 7 de Setembro, aplaudidos nos desfiles, justamente homenageados nas Tribunas de Honra, os Ex-combatentes mantinham acesa a chama dos seus ideais, que não hesitaram em defender com o sacrifício da própria vida. Chega-se portanto a uma encruzilhada. Em meados de 2007 diante dos alarmes vermelhos indicados pela contabilidade, com a despesa cada mês mais próxima da arrecadação, as Diretorias passaram a intensificar a procura de apoio financeiro externo. No passado, bastava a expedição de alguns ofícios para que os governos e empresas privadas se dispusessem com alguma facilidade a colaborar com recursos e doação de materiais. Entretanto, ao final da década de 2000-2010, em um quadro de crise e esquecimento do passado, simplesmente não houve resposta aos intensos esforços junto as autoridades e empresas, a não ser o apoio moral, e voluntários civis e militares que se ofereceram a partir de meados de 2008 para colaborar com as atividades do dia a dia, mantendo o expediente a princípio diário, depois três dias por semana e, a partir de jan/2009, apenas a vigilância da CASA DA FEB, fechada até abril enquanto se fazia uma derradeira tentativa de manter a sua continuidade. Todos os empregados foram demitidos e os telefones desligados. Neste quadro tudo indicava que nada mudaria, com eventual dissolução da ANVFEB, passando o acervo documental, museológico e dos cemitérios para a DAC, bem como o Mausoléu da FEB no CSJB, onde sob o olhar e a proteção do Cristo Redentor no Corcovado, a Pátria levou a sua última morada o Marechal Mascarenhas, sua esposa, e cerca de 500 ex-combatentes. Não fora a providencial entrada no cenário da TECHNOLACH, empresa de Curitiba que apoiou decisivamente a Casa da FEB, este teria sido o último caminho a ser trilhado pela ANVFEB-DC. Quanto às Regionais, por serem personalidades jurídicas independentes, poderiam optar pelo destino que melhor lhes aprouvesse, sem necessidade de prestação de contas formais a DC, a não ser por uma questão de pragmatismo hierárquico algo informal. Hoje, felizmente, o fechamento da Casa da FEB passou a ser apenas uma lembrança remota. 2. Um Possível Cenário de Continuidade Parece-nos, salvo melhor juízo, que uma boa opção seria seguir o modelo de outros países, já que no Brasil não temos renovação dos quadros de veteranos por falta de guerras. Transformar a ANVFEB simplesmente em ANV seria uma hipótese, permitindo que todos os Veteranos e todas as associações pré-existentes possam conviver de algum modo na CASA DA FEB, que manteria o seu nome e o MUSEU, resolvendo assim o problema da falta de sócios. Apenas os Veteranos de Suez garantiriam pelo menos mais 20 anos de vida útil, já que os últimos contingentes partiram cerca de 20 anos após a II Guerra Mundial. Os boina-azuis hoje tem idade média de 60 anos. Outros veteranos ali poderiam ter sede, como OEA e Missões de Paz em São Domingos, Angola, Timor, e demais. A perspectiva de novas missões de paz tornaria o horizonte da ANV quase secular, já que em breve teríamos veteranos mais jovens, de 25, 30 anos, como ocorre nos EUA, Inglaterra, e outros países assolados por guerras. Outros grupos se incorporariam, a saber: CNAEx Cmb BR – Associação dos Ex-Combatentes do Brasil, a única associada a FMAC em Paris, e suas inúmeras regionais, muitas já extintas ou caminhando para, FENAFIP, Tropas de Paz, FAIBRAS – OEA, UNAVEM – Angola, Timor, Haiti – MINUSTAH e por aí vai. A perspectiva de futuras missões de paz tornaria ilimitado o horizonte da ANV, com grande quantidade de jovens veteranos em potencial, de todas as patentes e graduações. Poderia se pensar em um Condomínio sob a égide da CASA DA FEB e seu Museu, a memória civil dos Veteranos, complementando a memória oficial representada pelo Exercito. O Centro Cultural poderia ser patrocinado por empresas que tiveram relacionamento com a FEB, como BB e CORREIOS, e aquelas criadas por força da guerra, como CSN e BNDES. Entidades afins poderiam também ser abrigadas, como a Academia de História Militar Terrestre do Brasil – AHIMTB e o CVMARJ – Clube de Viaturas Militares Antigas do RJ, além de um Centro de Estudos Estratégicos que poderia ser ligado a ADESG, Associações de Ex-alunos, Sociedades Genealógicas, enfim o espectro é ilimitado. Há muitos exemplos de prédios multi-societários no mundo. Em Nova Iorque existe um, abrigando diversas sociedades da área de engenharia, como o IEEE. No Rio mesmo temos o Clube de Engenharia, que também abriga uma série de entidades técnicas. Seria o início de uma nova mentalidade, um passo além da lembrança oficial em arquivos e museus. Os Veteranos de todas as épocas precisam ter a sua Casa, catalisadora do patriotismo e dedicação dos Veteranos, em última análise do Povo, à Nação Brasileira.


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Tudo sob a égide da CASA DA FEB e seu Museu, contrapondo-se (sem concorrer) a memória oficial representada pelo Exército através da DAC, hoje DPHCEx. Nos estados teríamos este mesmo modelo. Aqui mesmo em Jaraguá do Sul temos no mesmo local, em praças contíguas, 2 monumentos, da FEB e do Batalhão Suez Por que não unificar também as associações? Com isso evitaríamos o que aconteceu com os Veteranos da Guerra do Paraguay. Na Argentina ainda recentemente tinham uma associação, mas no Brasil, onde jamais tiveram uma Casa, hoje foram totalmente esquecidos fora dos museus, inclusive, e o que é pior, pelos seus próprios descendentes. O exemplo serve como alerta, de modo que o mesmo não aconteça com os Veteranos de Angola, Congo, SUEZ, OEA e outros. A nível nacional, uma excelente possibilidade seria trabalhar junto ao CNOR – Conselho Nacional de Oficiais R/2, que congrega os ex-alunos dos CPORs e NPORs em 19 cidades, o qual possui excelente infra-estrutura, e poderia servir como elemento agregador dos veteranos de várias representatividades. Conforme bem lembrou o Gen Adhemar da Costa Machado Filho, em seu pronunciamento na abertura deste Encontro, a cultura da FEB pertence a toda sociedade brasileira, e cada vez mais vemos que as novas gerações se interessam pelo assunto. Não basta a lembrança oficial em arquivos e museus. Os Veteranos de todas as épocas e de todas as cidades brasileiras precisam ter a sua Casa, mas fora dos quartéis, áreas de difícil aceso por natureza. Neste breve cenário, a nossa visão de futuro é de Casas de cultura, representativas da sociedade brasileira, onde cada vez mais se insiram os veteranos, não só no Rio mas de Norte a Sul, como aqui em Jaraguá do Sul, que serve de paradigma para todo o Brasil. Respondendo a pergunta colocada ao início destas breves palavras: Aqui prometemos solenemente aos nossos bravos Veteranos – todos nós irmanados – que sustentaremos bem alto e com muito orgulho a bandeira gloriosa da FEB.

“Conspira contra a sua própria grandeza o povo que não cultiva os seus feitos heróicos.”

Mensagem aos Familiares e ao Povo de Gaggio Montano Na ocasião da sentida perda do Sindaco de Gaggio Montano, Sr. Bruno Gualandi, Associação Nacional dos Veteranos da FEB – ANVFEB, por sua Direção Central no Rio de Janeiro, Conselho Deliberativo, Presidente, Diretores e Associados da Casa da FEB no Rio de Janeiro enviam seu preito de saudade e reconhecimento por tanto que o Sr. Gualandi realizou em prol do estreitamento das relações entre Brasil e Itália, na certeza de que a sua bandeira continuará sendo empunhada bem alto por todos que o admiravam e acompanhavam na luta diuturna pela preservação da memória da luta comum empreendia pela FEB ao lado do Povo Italiano nos idos de 1944-1945. Armas em Funeral!!!! Itália!!! Brasil!!! A Diretoria – CASA DA FEB

Colabore com a Casa da FEB

Novos Sócios Colaboradores

Colabore com a preservação da memória de nossa Pátria e prestigie aqueles que deram o sangue pela liberdade das gerações futuras: nossos pracinhas! O atendimento ao público é realizado as terças e quintas-feiras, das 13h às 17h. Para mais informações, acesse a página eletrônica http:// www.veteranos.org.br ou envie uma mensagem para anvfeb@uol.com.br. Conheça a Casa da FEB e contribua com a sua manutenção!

Enviar 2 fotos 3x4 e R$ 10,00 (Taxa de expediente e Carteira de associado). Mensalidade: R$ 20,00

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Notícias do Front Lançada Coleção de O CRUZEIRO DO SUL A coluna de Elio Gaspari do domingo, 12 dez 2010 sob o título “O Resgate de um Jornal da FEB” informa sobre uma raridade: a edição fac-similar das 34 edições do jornal O Cruzeiro do Sul, publicado entre janeiro e maio de 1945 pela tropa do quartel-general da Força Expedicionária Brasileira na Itália. Esse acervo ficou entre os guardados do marechal Mascarenhas de Moraes, falecido em 1968. É a única coleção completa conhecida, recuperada graças ao seu neto, Cel Roberto Mascarenhas, acadêmico da AHIMTB, que lançou a obra em 13 de novembro, 127o aniversário do Marechal, no Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, com a presença do Comandante do Exército, Gen ENZO. O jornal tinha quatro páginas, tiragem de 3.000 exemplares e saía duas vezes por semana. Além de textos de pracinhas, trazia artigos de Joel Silveira e Rubem Braga, bem como desenhos do cabo Carlos Scliar. A edição, da Leo Christiano Editorial e da FGV, foi patrocinada pela Poupex. Disponível na Livraria da Travessa e em outras boas livrarias.

33a Convenção Nacional das Associações de Ex-Combatentes do Brasil Foi realizada no Rio de Janeiro, nos dias 08, 09 e 10 de Dez/2010, tendo sido decidida a extinção do Conselho Nacional, ficando cada associação atuando de per si.

Publicações Recebidas • O Montese, da ANVFEB-MS • O Adesguiano • Jornal Inconfidência • Informativo ANVFEB – Seção Regional de Belo Horizonte • Informativo 27/2010 da SIP/2 – Seção de Inativos e Pensionistas

Cel Borges Segue para nova comissão o Cel BORGES, após profícua gestão na Chefia da SIP/2, na 2a Região Militar – SP, onde editou regularmente o Informativo, sempre com importantes informações para os inativos e pensionistas.

ORDEM DE ALERTA!!! CASA DA FEB, GUARNECER!!! VOLUNTÁRIOS!!! Junte-se a nós como Sócio Especial ou Voluntário. Precisamos de WEBMASTER para alimentar o nosso site, que está desatualizado (www.veteranos.org.br) Mais Informações → anvfeb@uol.com.br

• http://www.2rm.eb.mil.br/novo/

Sepultamento no MAUSOLÉU DA FEB CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA Informar ao SERVIÇO SOCIAL DA CASA DA FEB – Sr Benedito, 3462-9963 (res.) e 8529-1924 (cel.), ou a Sra FÁTIMA (SECRETÁRIA DA PRESIDÊNCIA DA CASA DA FEB 2417-2845 e 2442-4313 (res.), ou na Casa da FEB, às TERÇAS E QUINTAS DAS 13h AS 17h – 2262-3609 e 2532-1933

Concessão de Pensão Militar ASSISTÊNCIA SOCIAL – 1a REGIÃO MILITAR - PRAÇA DUQUE DE CAXIAS, 25 (ao lado da Central do Brasil) – Centro – RJ. TELS: 2519-5493 e 2253-2881 Levar CONTRA-CHEQUE E IDENTIDADE MILITAR


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NOTÍCIAS DA ANVFEB – Ano II – No 05 – 21 Dez 2010

Mensagens Recebidas Queridos Amigos, com grande alegria, informamos a inauguração do MONUMENTO AO EX-COMBATENTE na cidade de Salvador (única capital que não tinha), no dia 17/12/2010 às 20h – na Praça Duque de Caxias – Mouraria (em frente ao Quartel General). É a realização de um sonho e uma justa e merecida homenagem aos nosso HERÓIS!!! Com grande alegria recebemos a notícia da reinauguração da Casa da FEB. Nossa alegria é ainda maior – pois também teremos aqui em Salvador – a inauguração do Monumento ao Ex-Combatente. Salvador era a única Capital que não possuía; agora, graças ao nosso Comandante da 6a RM Gen. Ferreira nosso sonho será realizado – e reconhecidos os nossos Heróis. Grande abraço, Leila Queiroz, Sócia Especial – ANVFEB (SR Salvador). Saudações FEBIANAS! Quanta alegria pelo resgate de dignidade do acervo histórico de nossos valorosos combatentes. Parabéns! Abraços, Maria do Socorro (filha da Enfermeira da FEB, Aracy Arnaud Sampaio). Museu Casa dos Ex-combatentes: http://www.youtube.com/watch?v=PRrx0ZB2rG4 www.assocexcombdf.xpg.com.br Obrigado pelo envio do texto. Que a Cobra Prossiga Fumando! Maj Lourenço Obrigado pelo convite e o prazer em saber que a Casa FEB foi completamente renovada. Aproveito a ocasião para enviar uma foto da solenidade do dia 7 de Novembro em Pianoro (Bologna) em comemoração da queda do 2o Ten. Piloto da FAB, John Richardson Cordeiro e Silva, piloto do Primeiro Grupo de Caça com os P47, atingido nesse lugar pela artilharia alemã, primeira queixa brasileira. As melhores saudações, Massimo Mazzanti Staffoli ex-Depósito do Pessoal. Parabéns por mais essa importante etapa de grandeza histórica, a festa pela causa da FEB nos dias 26 e 27 de Novembro passado. Hoje, nós da ANVFEB SR de Jaraguá do Sul nos reunimos. Eram em torno de umas 70 pessoas, associados (familiares de Veteranos da FEB) para o último encontro do ano e o almoço de confraternização, ocasião em que fizemos alusão à Casa da FEB referente ao convite a nós formulado e onde um grande feito aconteceu nessa famosa Casa de História dos Bravos soldados brasileiros. Recebi este e-mail com textos e imagens da segunda etapa da inauguração. Pretendemos um dia fazer uma visita para vocês. Abraços, Ivo Kretzer. Parabenizo a todos por este objetivo alcançado, pelo desempenho em preservar no Brasil a memória dos Heróis da FEB. Agradeço infinitamente o convite, lamento não poder presenciar a comemoração, J. Luiz Pedross, Bologna, Itália. Agradeço pelo arquivo enviado, pois é muito importante, vou explorá-lo e difundi-lo. Gostaria de aproveitar a ocasião, e lhes mostrar o Portal Segunda Guerra, portalsegundaguerra.blogspot.com. Espero que gostem e apreciem. Guilherme R., Portal Segunda Guerra Prezado Presidente, sou filha da Cap. Enf. da FEB Aracy Arnaud Sampaio, que há dois anos nos deixou na saudade. A nossa Associação tem passado por dificuldades, mas com nosso Presidente José Francisco da Cruz e o novo regulamento em vigência, os filhos estão participando da atual Diretoria. Todo o trabalho possível de resgate aos ideais de nossos pais e mãe, estão sendo desenvolvidos. Com modéstia temos organizado nosso Museu e recebemos sempre o apoio do Gen. Serafim. Em conversa com ele, hoje pensamos na possibilidade em recebermos algum item que seja da reserva do acervo de vocês. Nossa sede é ampla e tem boas instalações. Estarei mandando um link para que o senhor tenha idéia do nosso espaço. Existindo algum interesse no atendimento de nosso pedido, poderemos enviar documento formalizando o fato. Receba um grande abraço, Socorro.

Vem aí!!

Encontros FEBianos 2011 Fórum sobre a FEB – Força Expedicionária Brasileira e a Participação do Brasil na 2a Guerra Mundial

Participe com seus trabalhos sobre a FEB Auditório da Casa da FEB, Rua das Marrecas, Rio de Janeiro. Informações e recebimento de propostas de Mesas e Trabalhos: anvfeb@uol.com.br


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