O monte castelo ano ii no 1 dez 2013 orgao oficial da ahimtb rio

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FAHIMTB

O MONTE CASTELO

AHIMTB / RJ ACADEMIA MARECHAL JOÃO BAPTISTA DE MATTOS

ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES DA ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL / Rio de Janeiro

70 anos da Criação da FEB – Força Expedicionária Brasileira - 1943 - 2013

Ano II - 2013

DEZEMBRO

Nº 01

INDEX AHIMTB/RIO Realiza Sessão Solene em 03 dez 2013 na Casa da FEB, marcando 70 anos da Criação da Força Expedicionária Brasileira - 1943 - 2013 Sessão Solene - Posse de Acadêmicos Recepção do General de Brigada Márcio Holand Heise Diretor do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército, como 2º Presidente de Honra da AHIMTB RJ Marechal João Batista de Matos, pelo Presidente da FAHIMTB Cel Claudio Moreira BENTO RECEPÇÂO COMO 3º PRESIDENTE DE HONRA DA AHIMTB RIO DE JANEIRO MARECHAL JOÃO BATISTA DE MATOS DO GEN BDA WALTER NILTON PINA COMANDANTE DA ESCOLA DE COMANDO E ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO STOFFEL MARECHAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO pelo Cel Claudio Moreira Bento Presidente da FAHIMTB Saudação em nome do Colégio Acadêmico aos novos confrades Joao Henrique e Joao Alberto Barone, pelo Prof. Israel Blajberg Oração alusiva ao Patrono da Cadeira ESPECIAL MARECHAL WALDEMAR LEVY CARDOSO pelo novo Acadêmico João Henrique Barone Oração alusiva ao Patrono da Cadeira ESPECIAL Cel Amerino Raposo pelo novo Acadêmico João Alberto Barone PALAVRAS FINAIS 03 dez 2013 pelo Cel Claudio Moreira Bento Presidente da FAHIMTB e AHIMTB/Resende

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AHIMTB/RIO Realiza Sessão Solene na Casa da FEB, marcando 70 anos da Criação da Força Expedicionária Brasileira - 1943 - 2013 A ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL / RIO - Marechal João Baptista de Mattos realizou na Casa da FEB - RIO em 03 dez 2013 uma Sessão Solene em Homenagem aos 70 Anos da Criação da FEB O evento dos 70 anos da criação da FEB merece profunda reflexão mormente nos círculos históricos militares, grandes interessados em tal efeméride, daí a alusão ao mesmo nesta Sessão Acadêmica. Evento histórico relevante para a História Moderna do Brasil, a fantástica participação do Brasil na 2º. Guerra Mundial representou o “turning point” de um pais pacífico e ainda rural, agredido por uma poderosa potencia militar, mas que soube dar uma resposta à altura. Tais fatos, ocorridos há 7 décadas, são importantes referenciais para os dias de hoje, acontecimentos se tornaram marcos históricos. Eram tempos difíceis; uma possível invasão do território nacional não estava descartada, pelo estabelecimento de bases militares do Eixo, possivelmente no Nordeste. Recordamos aqui a obra do saudoso Embaixador Sergio Correa da Costa (19192005), oitavo ocupante da Cadeira nº 7 da Academia Brasileira de Letras, sucedendo Dinah Silveira de Queiroz . Foi distinto ex-aluno do CPOR/RJ. Já diplomata, alistou-se como voluntário. Cursou em 1951 a Escola Superior de Guerra. Exerceu durante 18 anos consecutivos de 1968 a 1986 as importantes comissões de Embaixador em Londres, Missão junto à ONU e Washington. Foi admitido Post Mortem como Grande Oficial da Ordem do Mérito da Defesa, em ato honorifico muito pouco frequente. Autor de “Crônica de uma Guerra Secreta” e Brasil – Segredo de Estado, o Embaixador lançou luz sobre o profundo envolvimento da Argentina com o nazismo, assunto hoje praticamente desconhecido do grande público, e não muito lembrado pelos historiadores, forçoso afirmar. Seu livro publicou pela primeira vez no Brasil o mapa do que seria a pretensa “Alemanha Austral”, com a redistribuição territorial do Brasil e da América do Sul, prevista para ser instituída após a vitória germânica. Entretanto, um dos muitos grandes erros dos derrotados foi mandar torpedear nossos navios mercantes, com a perda de milhares de vidas de brasileiros inocentes. Foi o estopim para a entrada do Brasil na guerra, e a consequente criação da FEB.

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De acordo com o mapa que nos foi legado pelo grande Embaixador Correa da Costa, a América do Sul passaria a ter apenas 4 países e uma colônia. A Argentina absorveria o Uruguay, Paraguay, a parte baixa da Bolívia e ganharia um corredor no Chile para o Pacífico. Felizmente, antes disso os ventos da guerra viraram, com a FEB incoporada aos Aliados ajudando a anular esta ameaça que chegou a ser real. Realizando esta importante Sessão nesta Casa, na presença de bravos Veteranos, a Academia presta pois sua respeitosa homenagem aos nossos Heróis, quando comemoramos 70 Anos da Criação da FEB.

Novos Acadêmicos com Esposas e Integrantes da Mesa Diretora

Sra Janete, João Barone, Prof Blajberg, João H. Barone, Sra Celina, Cel Bento Gen Marcio, Gen Stoffel, Gen Castro, Cel Raposo, Gen Rosendo

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Tem Monteiro, Gen Stoffel, Gen Castro, Cel Bento, Jo達o H. Barone, Jo達o Barone, Cel Raposo, Gen Marcio Vet Dalvaro, Sr Laks, Prof Blajberg, Sra Umbelina Mattos, Vet Cap Osias, Vet Rosenthal, Gen Bergo

Prof Blajberg, Gen Stoffel, Gen Rosendo, Cel Bento, Gen Castro, Gen Marcio, Cel Raposo

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Sessão Solene - Posse de Acadêmicos Foram empossados os Presidentes de Honra da AHIMTB/RIO, Dir DPHCEX Gen Bda Marcio Roland Heise e Cmt da ECEME Gen Bda Walter Nilton Pina Stoffel, seguindo-se Posse de Acadêmicos nas Cadeiras Especiais MARECHAL LEVY CARDOSO - João Henrique BARONE e CORONEL AMERINO RAPOSO - João Alberto BARONE. A Mesa Diretora estava composta pelo Cel C. M. BENTO, Pres FAHIMTB, Resende, Acadêmico Emérito Gen Ex Paulo Cesar de Castro, Gen Div Marcio Rosendo de Melo, Presidente da Casa da FEB, 2º. Pres Honra - Dir DPHCEX Gen Bda Marcio Roland Heise, 3º. Pres Honra - Cmt ECEME Gen Bda Walter Nilton Pina Stoffel, Engº. Israel Blajberg, Presidente AHIMTB/RIO e Cel Amerino Raposo, Patrono da Cadeira que leva seu nome. Entre os presentes Acadêmicos da AHIMTB, familiares dos empossados, Veteranos da FEB, Conselheiros e Diretores, Profa. Umbelina de Mattos de Sant’Anna, filha do Marechal J. B. de Mattos, Patrono da AHIMTB/RIO, Gen Marcio T. B. Bergo, Diretor do CEPHIMEX, Eng Marcos Renault, VP da ANVFEBBH; Presidente da Associação dos Sobreviventes do Holocausto, Sr Aleksander 5


Laks, Presidente do Conselho Deliberativo da Casa da FEB, Vet Ten Dr Israel Rosenthal, antigo Presidente da Casa da FEB, Vet Ten Dalvaro José de Oliveira, Diretor do MMCL, Cel A. J. Brum, do MNM2GM, TCel Rego Barros, Cap Osias Machado da Silva, do Senta-a-Pua, Acadêmico Cel Claudio Rosty, Cel Dent Aron Felberg, antigo Instrutor do CPOR,Cel Gilberto, Chefe do Depto de Com Social do Clube Militar, Ten R/2 Nadai, RP AORE-RJ, Sr Paulo Eurico, VP do CCMARJ, representações do 3º. COMAR, ECEME, Museu Nacional-UFRJ, CIASC, DSG, Força Nacional de Segurança, Instituto São Benedito dos Homens Pretos, Instituto SanMartiniano do Brasil, AVCFN, CVMARJ, Liga dos Veteranos de Niterói, Associação dos Ex-Combatentes do Brasil, ABLAP e demais convidados. Após o Toque de Presença de Ex-Combatente e Hino Nacional Brasileiro, foi lida a Oração de Abertura de Sessão pelo Acadêmico Cel José Spangenberg e a minibiografia do Patrono Marechal João Baptista de Mattos pelo Acadêmico Ten R/2 Sergio Pinto Monteiro. A presença da Profa. Umbelina de Mattos, filha do Patrono foi muito apreciada, e suas palavras sobre o Marechal MATTOS calorosamente aplaudidas pelos presentes, complementando a leitura da minibiografia tradicionalmente lida na abertura das sessões da Academia. O Presidente da FAHIMTB recebeu aos Presidentes de Honra Generais MARCIO e STOFFEL, que foram investidos nos Títulos Acadêmicos outorgados nos termos do Estatuto em vigor, concedidos ao Diretor do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército e ao Comandante da ECEME. A posse do 1º. Presidente de Honra – Cmt do CML - ora em viagem será realizada em principio na Sessão de Abertura do Ano Histórico Cultural de 2014 em março vindouro. A Saudação em nome do Colégio Acadêmico aos novos confrades Joao Henrique e Joao Alberto Barone, foi proferida pelo Prof. Israel Blajberg, seguindo-se as Orações alusivas ao Patrono da Cadeira ESPECIAL MARECHAL WALDEMAR LEVY CARDOSO pelo novo Acadêmico João Henrique Barone e ao Patrono da Cadeira ESPECIAL Cel Amerino Raposo pelo novo Acadêmico João Alberto Barone A tarde foi marcante, encerrando-se a Sessão com o Coquetel e Autógrafos do livro 1942 pelo autor João Barone, no Salão Nobre da Casa da FEB. O Núcleo de TV do IME realizou a gravação da Sessão, que em breve estará disponível no Facebook e YouTube: https://www.youtube.com/user/IME1792 https://www.facebook.com/IME1792?ref=ts&fref=ts&rf=105508086195537

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Recepção do General de Brigada Márcio Holand Heise da Diretor do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército, com 2º Presidente de Honra da AHIMTB RJ Marechal João Batista de Matos, pelo Presidente da FAHIMTB Cel Claudio Moreira BENTO É com prazer que em nome da FAHIMTB que recebo como 2º Presidente de Honra da AHIMTB/Rio de Janeiro, Marechal João Batista de Matos, o nosso ex-aluno de História Militar na AMAN, em 1979 e 1980, o General de Brigada Márcio Holand Heise , atual Diretor de Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército. O General Márcio é natural de Curitiba e filho do Sr. Holand Ernesto Gustavo Heise e de D. Hilda Heise – e é casado com a Sr.ª Maria de Fátima. Foi promovido ao posto atual em 31 de março de 2011. Ingressou no Exército, como cadete da Academia Militar das Agulhas Negras, em 14 de Fevereiro de 1977, onde foi declarado Aspirante de Artilharia em 15 de Dezembro de 1980 da Turma da AMAN Olavo Bilac, Patrono do Serviço Militar Obrigatório. Da AMAN foi classificado no 27º Grupo de Artilharia de Campanha. O General Márcio possui os seguintes cursos, além da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) em 1990 e o da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), em 1996 e 1997. Cursou Comunicação-Social para oficiais com Estado-Maior em 1998, e Supervisão de Defesa Espacial em 2004. Em 2006 cursou Política Estratégica e Alta Administração do Exército (CPAEX) na ECEME. Foi instrutor de Artilharia do NPOR Núcleo de Preparação de Oficiais de Artilharia da Reserva em Caxias do Sul, no 3º Grupo de Artilharia de Costa Grupo Conde de Caxias na cidade de Caxias do Sul-RS e da Escola de Artilharia Anti Aérea no Rio de Janeiro. Serviu em Cachoeira do Sul-RS no 13º Grupo de Artilharia de Campanha. Como o

oficial de Estado-Maior, chefiou as 2ª e 3ª Sessões de Estado-Maior da 1º Brigada de Artilharia Antiaérea no Rio de Janeiro e foi Adjunto de Artilharia da 3ª Sessão do EstadoMaior do Exército e chefe da Seção do Comando Aéreo Espacial em Brasília.

Foi comandante em Curitiba, sua terra natal, da Bateria Comando da AD/5 Marechal Setembrino de Carvalho, o Pacificador do século XX, da 5ª RM/5º DE. Comandou o Grupo de Artilharia Antiaérea, sediado em Sete Lagoas-MG e a Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea no Rio de Janeiro. De 2006 a 2008 foi adido do Exército e da Marinha em Berlim-Alemanha. Foi agraciado com as seguintes condecorações: Comendador da Ordem do Mérito Militar, e Oficial da Ordem de Mérito Aeronáutico. Medalhas . Tropa, com um capacete, Pacificador , a de Ouro, por mais de 3o anos de bons serviços, Mérito Tamandaré, Marechal Osório – o Legendário e distintivos de Comando prateado e dourado. Seja benvindo General Márcio a AHIMTB/Rio de Janeiro Marechal João Batista de Mattos. E a FAHIMTB aguarda a sua visita na AMAN a Federação e a AHIMTB Resende 7


Marechal Mário Travassos para conhecer o seu precioso acervo que colecionei em 42 anos de atividade como historiador militar ,desde que em 1971 editei o meu primeiro livro As batalhas dos Guararapes descrição e análise militar, lançado em 19 de abril de 1971, na inauguração do Parque Histórico Nacional dos Guararapes que tive a honra de coordenar o seu Projeto, Construção e Inauguração como oficial do EM do então IV Exército Acervo que doei a AMAN e que salvo melhor juízo é o único existente no Exército, e classificado em acordo com a Teoria de História de nosso Exército que ajudamos o Cel Francisco Ruas Santos a desenvolver na Comissão de História do EME de 1971-74. Acervo que necessita ser disponibilizado na Internet para servis aos trabalhos de monografias dos alunos de nossas Escolas Militares.

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RECEPÇÂO COMO 3º PRESIDENTE DE HONRA DA AHIMTB RIO DE JANEIRO MARECHAL JOÃO BATISTA DE MATOS DO GEN BDA WALTER NILTON PINA COMANDANTE DA ESCOLA DE COMANDO E ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO STOFFEL MARECHAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO Pelo Cel Claudio Moreira Bento Presidente da FAHIMTB

E com satisfação e uma ponta de orgulho que recebo em nome da Federação (FAHIMTB) como 3º Presidente de Honra da AHIMTB Rio de Janeiro Marechal João Batista de Matos o Gen Bda Walter Nilton Pina Stoffel, no antigo aluno de História Militar na AMAN em 198o/81e formado como apoio nos seguintes livros por nos coordenados e enriquecidos e patrocinados pelo Estado – Maior do Exército. Os celebres ”azuizinhos.” História Militar do Brasil e Evolução da Doutrina Militar no mundo. Obras priorizando a História Militar Crítica à luz dos Fundamentos de Arte e Ciência Militar. Segundo projeção na AMAN da ideia do então Coronel Humberto de Alencar Castelo Branco na ECEME ao retornar da FEB. Orientação implementada na AMAN como instrutor de História Militar pelo ex-combatente da FEB Ten Cel Francisco Ruas Santos. Orientação que perdurou na AMAN por 35 anos de 1963/1998, dos quais 20 anos o ensino de História apoiado nos citado livros azuis nos quais estudaram todos os generais de brigada combatentes e parte do de Divisão livros abandonados a partir da Modernização do Ensino da AMAN em 1998 e substituição dos instrutores com Curso na ECEME onde trataram e aplicaram em seus estudos os Fundamentos de Arte e Ciência Militar por oficias formados em Faculdades de História. O General Stoffel como cadete presenciou o período áureo da cadeira de História Militar em que ela era privativamente ministrada por 6 instrutores com o Curso na ECEME com experiência lá adquirida em análises critica de História Militar, a luz dos Fundamentos de Arte e Ciência Militar. O General Stoffel ingressou no Exército em 1977 e na AMAN em 1978 tendo sido declarado Aspirante a Oficial de Artilharia da Turma Benjamin Constante em 1981.Possui todos os cursos regulares do Exército se especializando e Artilharia de Costa e Antiaérea. Curso na França o Colégio Inter forças de Defesa, o Curso de Altos Estudos de Defesa na Itália e o Curso Sênior Mission Leader na Indonésia. Serviu no 11º Grupo de Artilharia de Campanha que integrara a FEB, no 1º Grupo de Artilharia Antiaérea r foi Instrutor Chefe na Escola de Artilharia de Costa e Anti Aérea e na Escola de Comando e Estado–Maior . Comandou o 1º Grupo de Artilharia Antiaérea e a Artilharia Divisionária da 5ª Divisão de Exército em Curitiba. Foi Observador Militar da ONU em Moçambique e Conselheiro Militar Sênior na Missão da ONU no Senegal. Durante sua bem sucedida carreira foi agraciado com diversas condecorações onde se destaca a de Comendador do Mérito Militar e as do ONU por sua atuação em Moçambique e Senegal. O General Stoffel e carioca filho do Sr Walter Stoffel e de D.Therezinha de Jesus Pina Stoffel e possui duas filhas. 9


Esta tem sido a sua bela e profícua carreira de soldado que orgulha o seu velho instrutor de História Militar na AMAN ,onde desde 21 de abril de 2011 , Centenário da AMAN é a sede da FAHIMTB e AHIMTB /Resende ali acolhidas pelos generais comandantes Gen Div Edson Leal Pujol, Acadêmico ocupante da cadeira Marechal José Pessoa e o Gen Bda Júlio Cesar Arruda, nosso ex aluno de História Militar e nosso Aspirante a Oficial em 1982 no 4º Batalhão de Engenharia de Combate em Itajubá Minas Gerais. Local onde recolhi todo o meu acervo de História Militar acumulado em 43 anos o qual julgo salvo melhor juízo o único que o Exercito que o Exército dispõe catalogado a luz da Teoria de História do Exercito que foi desenvolvido de 1971 /1974 pela Comissão de História do Exército do Estado Maior do Exército pelo Cel Francisco Ruas Santos e por mim com seu adjunto.

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Saudação em nome do Colégio Acadêmico aos novos confrades Joao Henrique e Joao Alberto Barone, pelo Prof. Israel Blajberg

Venho hoje cumprir empolgante e honrosa missão. Cabe-me o privilégio em nome do Colégio Acadêmico de receber os Irmãos João Henrique e João Alberto Barone , tarefa que cumpro não apenas formalmente, mas também como admirador. Em fraterna saudação estendo o gesto de boas-vindas neste tradicional templo de memória que nos 70 anos da criação da FEB, já faz parte da História do Brasil. Infatigáveis na obra de preservação e divulgação das glórias dos excombatentes brasileiros, seu ingresso na Academia expressa o reconhecimento pela sua contribuição, pois estudando o passado valorizamos o presente e construímos o futuro. Reza o 5º. Mandamento: Honrarás Pai e Mae, para que se prolonguem teus dias sobre a terra, preceito que norteia os bons filhos da Sra. Elisa Barone Reis e Silva e do pracinha Joao de Lavor Reis e Silva, bravo fuzileiro da 9a Cia, 3º Batalhão do glorioso Regimento Sampaio. O tempo passou, mas a memoria da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial continua entusiasmando os historiadores. A cada ano surgem mais livros, teses, filmes e aumenta o interesse nas redes sociais por esta bela pagina da nossa historia recente, quando um pais ainda rural foi atacado e soube dar a resposta à altura, enviando 25 mil soldados para lutar por uma nobre causa no TO europeu. Os irmãos já trouxeram do berço a veia artística, o dom da comunicação, seja a palavra escrita seja o audiovisual - o mais velho João Henrique voltado para as artes da expressão, o mais novo João Alberto para a musicalidade, o que ensejou a realização de prestigiadas obras sobre a 2ª. Guerra Mundial e a FEB, onde o talento comum de pesquisadores se une à técnica do Produtor Cultural Joao Henrique e a sensibilidade do Artista João Alberto. João Henrique é produtor de arte, jornalista ilustrador, editor, cenógrafo, roteirista e diretor. Dedicado colaborador desta Casa da FEB como Vice Presidente, Curador do Museu e idealizador do GHFEB. Produziu e dirigiu para a Força Aérea a Ópera do Danilo, no Dia da Aviação de Caça no Teatro Municipal, depois editada em DVD. Em 25 anos de vivencia a TV e o cinema constantemente solicitam sua orientação. É Pesquisador Associado do CEPHIMEX e membro do Conselho de Curadores do Museu Militar Conde de Linhares. Realizou vários trabalhos de museografia e exposições temáticas para o Museu Naval, Ilha Fiscal, Centro Cultural da Marinha em São Paulo e Museu 12


Aeroespacial. Atualmente João Henrique trabalha na primeira minissérie de ficção sobre a FEB: Terra de Ninguém. Joao Alberto, musico talentoso, já há 30 anos consagrado baterista dos Paralamas do Sucesso, divide o palco na carregada agenda de tournées com o dever de memoria, desenvolvido com a mesma perseverança. Assinou a Coluna Barone Vai à Guerra na revista Grandes Guerras da Editora Abril, e proferiu diversas Palestras, no IV Encontro Brasileiro de Viaturas Militares Antigas, no Forte de Copacabana, na FLIT em Palmas, SENAB, Bienal do Livro, no PDC, CHEPHIMEX, e participou de inúmeros programas jornalísticos, como Arquivo N, Globonews Literatura, Sempre um papo (Rede Minas), Programa do Jô, Auto Esporte, Os irmãos produziram em conjunto o documentário Um Brasileiro no Dia D – lançado em DVD pela Editora Abril, e também exibido no History Channel e diversos outros canais. Em breve os irmãos lançarão novo documentário, O Caminho dos Heróis, a estrear em breve no History Channel, mostrando as lembranças do povo italiano sobre a FEB. Os irmãos são Fundadores do Clube de Veículos Militares Antigos do Rio de Janeiro, desde 2001 presidido por JA, que é membro da Military Vehicles Preservation Association e Diretor da Associação Brasileira de Preservadores de Viaturas Militares Escreveram livros emblemáticos de grande aceitação; Joao Henrique é autor de Overlord - Vitória sobre a Normandia, descrevendo os combates aéreos no Dia D, com prefácio de Pierre Clostermann, o maior às franco-brasileiro, nascido em Curitiba; Joao Alberto escreveu A Minha Segunda Guerra e 1942 – O Brasil e sua guerra quase desconhecida, sucesso editorial na recente Bienal do Livro. Encontra-se em preparo FEB: Libertadores! Os Heróis do Brasil, produzido para o Ministério da Defesa por JH, editor e um dos autores. O trabalho dos irmãos foi reconhecido por significativas condecorações; JH recebeu a Medaglia Europea, concedida pela Federazione Italiana Dei Combattenti Alleati, Medalha Marechal Mascarenhas de Moraes, diploma de Amigo do DPHCEX e Diploma de Colaborador Emérito do Exército Brasileiro. JA recebeu a Medalha da Vitória, Medalha do Pacificador, Ordem do Mérito Ministério Militar, Medalha Mar Mascarenhas de Morais e Medalha Três Heróis Brasileiros.

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Entretanto, a par do brilho das merecidas medalhas, fulgura o apoio e compreensão das famílias, fundamentais para o sucesso dos novos acadêmicos, e a inspiração maior dos pais, a Sra. Elisa Barone Reis e Silva, e o saudoso pracinha Joao de Lavor Reis e Silva. Joao Henrique, incentivado pela esposa Celina Mannarino, médica, que também o acompanha nas pesquisas, e pelo filho Leandro Schonfelder Reis e Silva. Joao Alberto, pela esposa Janete e filhos Clara, Laura e Vicente. Gerações passadas também estão presentes aqui neste momento, sagrada casa de memoria onde tantos veteranos conviveram, de soldado a marechal. Suas almas retornam, pelo Portal do Paraiso - porque antigos combatentes são sempre lembrados - Velhos Soldados ... nunca morrem ... E assim, sob a inspiração daquele bravo fuzileiro do Sampaio, damos as boasvindas aos Irmãos BARONE, ainda que não se esgote nas linhas desta breve saudação a bagagem profissional e histórico-literária que os novos acadêmicos souberam construir e aprimorar. JH e JA, compartilhando as alegrias de mais uma conquista, é com grande jubilo que a Academia se engalana, abrindo seus portais para recebê-los, Doravante, esta é também a sua casa, que os acolhe na certeza de que muito contribuirão com as suas qualidades, para enriquecer este sodalício. Sejam benvindos, Caros Confrades, que D_us os protejam.

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Oração alusiva ao Patrono da Cadeira ESPECIAL MARECHAL WALDEMAR LEVY CARDOSO pelo novo Acadêmico João Henrique Barone Foi com muita satisfação e orgulho que recebi o convite do presidente da Federação das Academias de História Militar Terrestre do Brasil, Cel Bento, para ser empossado nesta distinta academia, cujo objetivo é o estudo e disseminação do conhecimento da história militar brasileira. Como membro do Grupo Histórico FEB, criado para divulgar a história da Força Expedicionária Brasileira, acompanho as atividades da AHIMTB e considero esta indicação como o ápice em minha carreira de pesquisador em assuntos militares, justamente ao se encerrarem as comemorações dos 70 anos de criação da FEB. Desde o ano passado vivenciamos datas significativas para nossa história, que se estenderão até 2015: os 70 anos da declaração de guerra às potências do Eixo, a criação da FEB, o embarque dos Escalões, o batismo de fogo, as conquistas e a vitória final. O sentimento de emoção foi maior quando meu amigo e presidente da regional Rio, Israel Blajberg designou-me a cadeira nomeada Marechal Levy Cardoso, artilheiro como Mallet e também seu comandante da FEB, General Mascarenhas de Moraes. A trajetória de vida do Marechal Levy vale um filme épico, onde não faltam destemor, romance e sensibilidade no trato do mais humilde ao mais importante na vida militar e civil. Filho de mãe argelina e pai português, Levy ingressou no colégio militar de Barbacena em 1914, passando diretamente para a Escola Militar de Realengo onde se formou como Coronel Aluno, sendo o primeiro colocado da turma. Em 1921, tornou-se Aspirante a Oficial da Artilharia, designado para o 4º Regimento de Artilharia Montado, sediado em Itu, São Paulo. Foi preso e condenado em 1924 por participar da revolta contra o presidente Arthur Bernardes, sua pena foi ampliada e Levy escondeu-se em Paranaguá até ser anistiado. Na patente de Tenente, Levy participou dos combates da Revolução de 1930, onde foi promovido por mérito a Capitão. Combateu a Intentona Comunista em 1935 e como Major, cursou a Escola de Estado Maior, formando-se em 1937. Quando o Brasil declarou guerra à Alemanha e Itália em agosto de 1942, Levy Cardoso foi um dos oficiais enviados aos Estados Unidos para treinamento nas novas táticas de emprego de artilharia. Ao retornar foi promovido a Tenente Coronel. O I/1o Regimento de Obuses Auto Rebocados (1/1o ROAuR), foi criado em 29 de outubro de 1943, sendo organizado nas instalações do antigo 1 o Grupo de Obuses sediado em São Cristóvão, Rio de Janeiro, a partir do dia 4 de novembro do mesmo ano.

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O Coronel Levy recebeu o comando do Grupo e completou o período de instrução da Unidade em 10 de maio de 1944. Embarcou para a Itália no segundo Escalão, partindo no dia 22 de setembro e chegando a Nápoles em 6 de outubro de 1944. O Grupo teve a denominação modificada em campanha para 1o Grupo de Obuses 105 AR (auto rebocado) e também era chamado de Grupo Levy Cardoso. Sua primeira missão foi apoiar o assalto inicial ao famigerado Monte Castello, que cobrou tantas vidas de nossos Pracinhas, até sua conquista em fevereiro de 1945, onde o 1o Grupo comandando pelo Ten Cel Levy também participou. Eu tive a honra de conhecê-lo e trocar algumas palavras durante as muitas comemorações das quais participou. Mas a lembrança que me marcou é mais antiga, talvez das primeiras vezes em que conversei com um Veterano da FEB. Por obra do destino, este Veterano me falou de um Coronel da Artilharia que inspecionava sua bateria e depois, de forma sutil mas firme, avisou que a guarnição devia cavar trincheiras para proteção, caso o inimigo visasse aquela posição. Trabalho feito, nem cinco minutos depois começou um bombardeio da artilharia inimiga que, embora forte, não causou vítimas. E o Veterano completou: - Tou vivo por causa do Coronel e nem lembro o nome dele. Mas agradeço assim mesmo... Assim era o Marechal Levy, simples e objetivo, cumprindo seus 48 anos de vida militar, além de cargos destacados na vida civil, como a presidência do Conselho Nacional do Petróleo e da Petrobrás, onde também foi conselheiro, ampliando assim seu legado para o desenvolvimento estratégico do Brasil. O Marechal Levy foi o último militar brasileiro a deter esta patente, nada mau para aquele garoto que todo o dia cantava alto o hino nacional e da bandeira no pátio da escola pública, antes e depois das aulas. Amanhã, dia 4 é aniversário do Marechal Levy que nasceu em 1900, um homem predestinado a vencer desafios. Coincidências à parte, amanhã também se comemora a festa de Santa Barbara, padroeira da Artilharia. Como tudo tem um começo, agradeço aos meus pais e irmãos. Em especial, agradeço à minha querida esposa Celina pelo apoio, cumplicidade e presença em todos os momentos, dedicando à ela esta conquista. Ao presidente da FAHMTB, Cel Bento e ao presidente da regional Rio, Israel Blajberg minha gratidão pela escolha ratificando o compromisso de, por meio de meu trabalho de pesquisador, produtor, autor e editor, continuar promovendo a história militar de nosso país. E aos confrades, peço paciência com este calouro que ainda tem muito o que aprender com os senhores. Ao meu irmão e agora confrade João Barone, meu abraço e apoio em nossa missão de manter aceso o cachimbo da cobra! Obrigado.

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Oração alusiva ao Patrono da Cadeira ESPECIAL Cel Amerino Raposo pelo novo Acadêmico João Alberto Barone Muito boa tarde ilustres integrantes desta mesa, autoridades e demais presentes: Foi com enorme surpresa que tomei conhecimento de minha indicação para ocupar uma das cadeiras da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, entidade cultural que tem como objetivo fomentar o conhecimento e divulgar o amplo escopo da experiência militar brasileira, tão importante dentro da História do nosso país. Nesse contexto, nos reunimos aqui hoje relembrando os setenta anos de formação da Força Expedicionária Brasileira, ocorrido em agosto passado. A FEB é um dos maiores símbolos da nossa entidade militar, da nossa gente, do nosso país, que representou tão bem nossa Nação num momento crucial da Humanidade, quando brasileiros encarnaram a Pátria em armas, em resposta à uma ultrajante agressão externa. No próximo dia 6 de dezembro, celebramos também uma importante passagem da História militar nacional: a Batalha de Itororó, durante a Guerra do Paraguai, em 1868, quando o Patrono do Exército, Marechal Duque de Caxias, avançou sobre o inimigo e bradou aos seus comandados: “Sigam-me os que forem brasileiros!”. Esse mesmo espírito de luta orientou os integrantes da Força Expedicionária Brasileira, nos vales, montanhas e ravinas da Itália, em 1944 e 45. Poucos episódios na história militar brasileira guardam tanta representatividade quanto a nossa participação na Segunda Guerra Mundial, com todas as suas dificuldades e superações. A dura meta que foi reinventar as Forças Armadas Brasileiras, patrulhar nossos mares, treinar e preparar nossos marinheiros, soldados e pilotos para uma guerra moderna, levar nossos homens e mulheres até os campos de batalha na Europa e trazê-los de volta como vitoriosos. Tudo isso carrega um sem número de lições importantes que precisam ser lembradas às gerações de agora e transmitidas às gerações futuras. Como é do nosso conhecimento, a história dos brasileiros em combate na Segunda Guerra Mundial está repleta de fatos, números, estatísticas, ricas páginas de bravura, trunfos e alguns revezes. Cabe a nós, conhecedores desta saga, o dever de difundila, de torná-la cada vez mais conhecida por todos os brasileiros, para que tomem posse desta história e nela se vejam refletidos como um povo orgulhoso de seus atos. Neste sentido, sinto-me extremamente honrado pelo reconhecimento que me foi agraciado por esta Academia - o qual considero um gesto desproporcional em retorno aos meus humildes esforços na divulgação da história da FEB. Meu empenho em valorizar este capítulo importante de nossa História é direto e focado, assim como é a missão atribuída ao soldado de Infantaria. Para mim, trata-se tão somente de levar adiante o legado de meu pai, que esteve sob fogo em campo de batalha, na certeza de que os esforços e o sacrifício dele e de seus companheiros jamais serão esquecidos. O lugar que me foi atribuído nesta Academia é de grande responsabilidade: trata-se da cadeira do Coronel Amerino Raposo Filho, que foi tenente de Artilharia na 2a Bateria do III Grupo de Obuses, durante a Campanha da FEB na Itália. O tenente Amerino - egresso da Escola de Oficiais de Realengo em 1943 - já demonstrava seu 19


enorme patriotismo nos esforços que empreendeu para embarcar no 1º Escalão da FEB, em julho de 44. Seus ânimos foram contidos até que conseguiu finalmente partir rumo ao combate, no 4º Escalão, em novembro do mesmo ano. Poucos sabem como era extenuante a rotina de um Artilheiro durante a campanha da FEB, o que exigia ficar de prontidão por 24 horas, alternando funções e fazendo deslocamentos constantes, dia e noite. O empenho e funcionamento exemplar da 2a Bateria do tenente Amerino foi reconhecido nos boletins do IV Corpo de Exércitos Americano, o que explicava porque ficou conhecida como a "Bateria Jóia" entre a Artilharia Divisionária. Ao longo de sua vasta folha de serviço, o jovem tenente Amerino presenciou alguns dos episódios culminantes da Campanha da FEB: as ações sobre Monte Castello e a tomada de Montese. Nos momentos finais da guerra, participou do cerco e rendição dos mais de 15 mil homens da Centésima Quadragésima Oitava Divisão de Infantaria alemã e o restante das tropas fascistas italianas, quando depuseram suas armas aos pés dos pracinhas brasileiros. Também foi protagonista de um momento solene, quase poético, um desejo ansiosamente esperado por todo soldado que participa de uma guerra: o disparo de seu último tiro. Ele estava lá, na ocasião da última salva da Artilharia Brasileira nos campos de batalha italianos. O Coronel Amerino e os mais de 25 mil homens que cruzaram o oceano para defender a liberdade do mundo em terras distantes, atestam que os brasileiros souberam lutar com brio e coragem, com o mesmo espírito dos que seguiram Caxias em Itororó. Depois da guerra, o Coronel Amerino continuou prestando seus nobres serviços à Nação e hoje é um emérito integrante desta Academia. Espero conseguir honrar as atribuições que me forem designadas ao ocupar esta Cadeira e levar adiante a saga de valor da nossa FEB. Vale lembrar que no ano que vem, celebraremos os 70 anos do embarque do contingente brasileiro para o front e em 2015, serão os 70 anos das grandes vitórias da FEB, culminando com as merecidas comemorações pelos 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa. Teremos uma oportunidade ímpar de inserir o Brasil nestes acontecimentos e fazer ecoar o esforço que realizamos em prol da democracia e pela liberdade mundial. Finalmente, me resta gradecer ao Presidente da Federação das Academias de História Militar Terrestre do Brasil, Coronel Bento, aos presidentes de honra empossados, Gen Modesto, Gen Márcio e Gen Stoffel, ao Presidente desta Academia no Rio de Janeiro, Professor Israel Blajberg, o Presidente da Anvfeb, Gen Rosendo e o Sr Breno Amorim, nas valiosas ações empenhadas na revitalização da Casa da FEB e parabenizo meu irmão João Henrique Barone pela preciosa homenagem que esta Academia também lhe reservou. Tenho certeza que somaremos esforços para aprofundar cada vez mais os estudos da FEB, não só no nível acadêmico, mas em todas as órbitas possíveis. Nesse esforço conjunto, também se integram o Grupo Histórico FEB, criado para promover ações culturais, de divulgação e revitalização das associações de ex-combatentes, o Clube de Veículos Militares Antigos do Rio de Janeiro e a Associação Brasileira de Preservadores de Viaturas Militares. Posso garantir que, no que depender de nós, a cobra continuará sempre fumando! Muito obrigado a todos.

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PALAVRAS FINAIS DO CEL BENTO NA ANVFEB 03 dez 2013 Cel Claudio Moreira Bento Presidente da FAHIMTB e AHIMTB/Resende Inicialmente quero agradecer ao prezado General Rosendo de Mello Presidente da ANVFEB por acolher nossa AHIMTB Rio de Janeiro nesta sessão e ao Capitão Osias Machado do Senta a Pua e memória viva da Aeronáutica as preciosas lições que me proporcionou hoje em conversa . E cumprimentar o devotado acadêmico emérito Ten R2 Artilharia Eng Israel Blajberg Presidente da AHIMTB/Rio de Janeiro pela organização deste evento, e pela justa recepção dos acadêmicos irmãos Barone, historiadores da FEB ,na qual combateu seu pai João de Lavor Reis e Silva do Regimento Sampaio Acadêmicos que aqui inauguraram as cadeiras de dois heróis de Artilharia da FEB, o Marechal Levi Cardoso, o mais ilustre “dos soldados que vieram de longe”, abordados por Israel , como ato de justiça na voz da História, em seu livro, sobre os integrantes brasileiros de origem judaica que lutaram na 2ª Guerra Mundial em nossas Forças Armadas e em nossa Marinha Mercante. em defesa da Democracia e da Liberdade Mundial. E o Cel Amerino Raposo Filho , meu mestre na ECEME que me iniciou em 1968 , na ECEME .nos fundamentos de Arte e Ciência Militar com seu precioso livro A Manobra na Guerra e também fecundo pensador militar brasileiro, ao nível do Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco e do Coronel J.B Magalhães e hoje os três patronos de cadeiras na FAHIMTB, como ato de justiça na voz da História Militar Terrestre do Brasil . Cumprimento ao acadêmico João Henrique pela justiça que fez ao seu patrono Marechal Levy Cardoso que sempre em vida prestigiou com sua presença a FAHIMTB e que já foi por ela homenageado no Regimento de Artilharia de Itu. Agradecer as presenças dos Generais e nossos ex- alunos de História Militar na AMAN o General Márcio e General Stoffel que tivemos a Honra de recebê-los com presidente de Honra da nossa AHIMTB/Rio de Janeiro Cumprimentar o nosso acadêmico, João Barone pelo magnífico perfil com que traçou de seu patrono , Cel Amerino Raposo Filho pensador militar , que me demonstrou o pioneirismo do Duque de Caxias em 1861, como Ministro da Guerra, no esforço de nacionalização progressiva da Doutrina Militar Brasileira, ao recusar adotar pura e simplesmente a Doutrina Militar de Portugal, de influência inglesa e para as realidades operacionais europeias e a adaptar às realidades operacionais sul americanas que ele vivenciara e 4 campanhas pacificadoras e na Guerra contra Oribe e Rosas nas quais comandara o Exercito Brasileiro a Vitória .E concluiu sua adaptação com a esta observação – Até que nosso Exército disponha de uma Doutrina Militar Genuína.” Sonho por realizar. E fui i testemunha em 1967/69 ,como aluno da ECEME o Cel Amerino pregar e lutar por essa ideia .Sinto-me orgulhoso por haver indicado os citados patronos, que se ajustaram como luvas aos novos acadêmicos. A AHIMTB funcionou durante 15 anos. E em 1911, no bicentenário da AMAN foi transformada em Federação de Academias de História Militar Terrestre do Brasil (FAHIMTB) com 5 academias federadas, atuando com delegações específicas da FAHIMTB. - AHIMTB/Resende Marechal Mário Travassos com sede na AMAN, junto com a FAHIMTB sob nossa Presidência e que edita o Informativo O Guararapes. - AHIMTB/DF Marechal José Pessoa, com sede no Colégio Militar de Brasília. Presidida pelo acadêmico emérito Gen Div Arnaldo Serafim e que edita o Informativo O Montese. - AHIMTB/RJ Marechal João Batista de Mattos, com sede nesta ANVFEB e presidida pelo acadêmico emérito Israel Blajberg e que edita o Informativo O Monte Castelo. 21


- AHIMTB/RS Gen Rinaldo Pereira Câmera, com sede no Colégio Militar.de Porto Alegre presidida pelo acadêmico emérito Luiz Ernani Caminha Giorgis e que edita o Informativo o Tuiuti. - AHIMTB/SP Gen Bertoldo Klinger, com sede no IHGG de Sorocaba presidida pelo destacado historiador Professor Adilson Cesar e que edita o Informativo O Montese, homenagem ao Regimento Ipiranga em Caçapava ao qual se renderam em Fornovo as forças da Alemanha. A FAHIMTB e AHIMTB federadas tem por finalidades desenvolver a História das Forças Terrestres Brasileiras (Exército, Fuzileiros Navais, Infantaria da Aeronáutica, Polícias e Bombeiros Militares e outras Forças Terrestres que as antecederam). Mas prioriza a História Militar Crítica das FTB, com vistas a dela extrair subsídios valiosos para a formação profissional de seus quadros e desenvolvimento progressivo da Doutrina Militar Brasileira, nela incorporando o que de melhor existir nas doutrinas de outros países. Aos acadêmicos e sócios efetivos civis da AHIMTB/RS cumpre-me esclarecer a diferença entre História Militar Descritiva e História Militar Crítica. A primeira resgata um fato histórico militar, com apoio em fontes primárias de História, o resgatando como em realidade o fato ocorreu. E este levantamento é feito por especialistas formados em Faculdades de História. A História Crítica é uma análise da História Descritiva feita por profissionais militares, à luz dos fundamentos de Arte e da Ciência, Militar, com vistas, na caso do Brasil, extrair de analises críticas, hoje denominadas APAS ( Analise pós ação) de Guerras Externas e Lutas Internas, erros e acertos cometidos, com vistas à instrução dos seus quadros e a nacionalização progressiva da Doutrina Militar Terrestre Brasileira. Desde o início da AHIMTB, que em 23 de abril de 2011, Bicentenário da AMAN, foi transformada em FAHIMTB ,hoje com 5 AHIMTB federadas já citadas Elas continuam trabalhando para contribuir com o Exército, em especial, na conquista do Objetivo Atual n° 1, então definido em documento pelo Centro de Comunicação Social do Exército. “Pesquisar, preservar, divulgar a História, as Tradições e os Valores Moraes, Culturais e Históricos do Exército.” E também, segundo definição para as Atividades do Exército no Campo da História, constante da Diretriz do Estado-Maior do Exército n° 73 de 20 out. 1982: “Contribuir para a formulação e desenvolvimento da Doutrina da Força Terrestre e Proporcionar subsídios para a formação e o aperfeiçoamento dos quadros e da tropa”. E em complemento recorremos a afirmação feita em nosso manual; Como estudar e pesquisar a História do Exército e repetida em 1993 em publicação da ECEME sobre nossa Metodologia de Ensino e Pesquisa História Militar os seguintes conceitos. Do Alemão Moltke – o Velho: 22


“A História Militar por dominar a conduta prática da guerra (e não teórica) é uma fonte inesgotável de ensinamentos para a formulação de uma Doutrina Militar”. E do norte-americano General Patton: “A leitura Crítica da História Militar é condição do êxito para o militar.” Do francês Marechal Ferdinand Foch, que saiu da Cadeira de História Militar da Escola Superior de Guerra, para comandar a Vitória na 1ª Guerra Mundial, sendo o comandante supremo entre outros, do Tenente de Cavalaria José Pessoa, que decorridos 14 anos seria o idealizador da nossa AMAN. Pregava o mestre Marechal Foch: “Para alimentar o cérebro de um Exército na paz, para melhor prepará-lo para a eventualidade de uma guerra, não existe livro mais fecundo, em lições e meditações do que o da História Militar”. Pensamento adotado pela FAHIMTB em seus diplomas para inspirar seus membros. E ouvimos de palestra, de S. Excia Gen Ex Ueliton José Montezano Vaz titular do DECEx, e 2º Presidente de Honra da FAHIMTB, na AMAN. em seu 201º aniversário, em 23 de abril de 2012. abordar entre outros. os objetivos Estratégicos do Exército a seguir: “- Elevar o nível de Operacionalidade da Força Terrestre; - Aperfeiçoar o Sistema de Doutrina Militar Terrestre; - Atingir elevado grau de Dissuasão Militar Terrestre; - Fortalecer a consciência de Defesa Nacional em todos os segmentos da Sociedade de Brasileira. - Ampliar a Projeção Internacional do Exército Brasileiro, em apoio a Política Externa do Brasil.” E até hoje, depois de intensa atuação em 42 anos como historiador militar e instrutor de História no Exército Brasileiro, e hoje também jornalista , desconhecemos na História Militar Mundial chefe, planejador, pensador e historiador militar, com autoridade vivida em Arte da Guerra, afirmar o contrário. Ou seja, que a História Militar Crítica, a qual a Federação de Academias de História Militar Terrestre do Brasil vem se dedicando há 17 anos, com prioridade, não seja a mestra das mestras do profissional das armas ou do soldado. E mais ,que a conquista dos Objetivos Estratégicos do nosso Exército citados, salvo melhor juízo, passam obrigatoriamente por sua História Militar Crítica, operacional e institucional. Isto foi o que aprendemos e ensinamos na AMAN, ao lá chegarmos em 1978 já como autor de livros premiados e consagrado historiador por instituições nacionais e estaduais e como instrutor de História Militar 1978/1980, ao estudarmos a história das grandes potências militares. Ou seja de que pais rico deve ser forte militarmente. E o Brasil é hoje rico, e não esta militarmente forte segundo se conclui de manifestações de ilustres e dedicados chefes. E a mudança deste panorama e da responsabilidade constitucional e moral das lideranças eleitas pelo povo brasileiro, do qual suas Forças Armadas são o seu braço armado. E hoje considerado insuficientemente armado. Constatar é obra de simples raciocínio e verificação. Por via de consequência, salvo melhor juízo, como historiador militar, com apoio nas lições da História Militar Mundial consideramos da maior urgência o Brasil construir poder militar defensivo dissuasório compatível , no caso das Forças Terrestres, em proteção de sua Amazônia Verde cuja riquezas são alvo de ambições e de espionagens internacionais crescentes 23


A FAHIMTB desenvolve hoje para lançamento em 2014 seu livro Brasil lutas Externas 1500- 1945 com apoio na bibliografia produzida por patronos , acadêmicos e colaboradores em geral. Bibliografia surpreendente que atinge cerca de 32 paginas em fonte Arial 12 . É um assunto relevante que carece do conhecimento de fontes sepultadas em periódicos militares diversos por falta de índices e digitalização de seus conteúdos colocados na Internet, tarefa em que o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro tomou a dianteira, ao digitar sua preciosa revista e colocar seus conteúdos e índices à disposição na Internet em seu site www.ihtrgs.org.br . Outro motivo e avaliar a contribuição a Historiografia Militar Terrestre Brasileira produzida pela FAHIMTB e AHIMTB em 17 anos de profícua, mas sofrida atividade sem apoio financeiro oficial governamental. Situação a perdurar será difícil para meus sucessores dar continuidade a seus objetivos, deixando assim se tal vier a acontecer, de existir, como diversas entidades históricas que encerraram suas atividades, como sou testemunha. Se ela morrer deixa este precioso legado . Um exemplo histórico. Certa feita um grupo de estudiosos de História Militar se reuniu e fundou o Instituto Histórico Duque de Caxias que nunca mais se reuniu. Foi uma instituição natimorto l. Lamentavelmente tinha razão Napoleão Bonaparte ao definir de que o sucesso de um empreendimento depende de 4 condições. 1ª Uma boa ideia. 2º Dinheiro. 3ª Dinheiro e 4ª Dinheiro. E isto tem faltado as instituições históricas .E quanto a FAHIMTB por dever de Justiça que ela deve em muito a sua existência com recursos fornecidos pela FHE POUPEX e apoio de seus sócios militares que autorizaram desconto em folha de mensalidades de seus vencimentos. Hoje sou membro do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro desde 1978. E sua magnífica sede se esta a dever a seu grande presidente Pedro Calmon e ao sócio do IHGB o Marechal Estevão Leitão de Carvalho que conseguiu de seu ex aluno o Presidente Emílio Médici . empréstimo da Caixa Econômica Federal para erguer o precioso e amplo edifício do IHGB com salas disponíveis para aluguel e assim custear suas despesas. “História é verdade e Justiça !” Em tributo a Hierarquia e a Disciplina, fundamentos do Ordenamento Jurídico Brasileiro, convidamos Sua Excia o General de Exército Paulo Cesar de Castro acadêmico emérito e a mais alta autoridade militar presente. e. também.na qualidade de Presidente de Honra desta histórica seção, solicitamos que encerre esta histórica sessão e nos brinde com suas palavras de incentivo .Sessão tão focada na História de nossa gloriosa FEB, tão esquecida pela Sociedade Brasileira, conforme titulo do livro de nosso acadêmico João Barone, e por cujos ideais de Liberdade e Democracia ela defendeu na Itália, ao custo de preciosas vidas de nossos pracinhas ,que de nossa Sociedade deveriam merecer esta consideração assim definida por Péricles Chefe de Estado e Estratego Greco e pai da Democracia, cujo século em que viveu recebeu o seu nome: “Aquele que morre em defesa de sua pátria, faz mais por ela naquele instante do que os demais em todas as suas vida.” Obrigado pela atenção” Editor Eng Israel Blajberg Presidente AHIMTB / RJ iblaj@telecom.uff.br Rio de Janeiro – RJ 14 dezembro 2013

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1ª. Fila – Cap Osias, Eng Marcos Renault, VP ANVFEB-BH, Vet Dalvaro 2ª. Fila – Tcel Rego Barros, Dir MNM2GM e Cel Brum Dir MMCL

Tem Monteiro, Cel Raposo, Cel Rosty, Sr Laks, Cel Bento, Prof Blajberg, Vet Ulysses, Dir AVCFN

Tem Monteiro, Vet Ramiro Cabral, Vet Rosenthal, Prof Blajberg, Cel Dent Aron, Gen Rosendo

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