ISSN 2317-4544
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ISSN 2317-4544
Ano XIX - Edição 111 - Mar/Abr de 2014 Diretores: Adriana R. Chiminazzo Spalletta Antonio Carlos Spalletta
A globalização é um grande rio que corre cada vez mais rápido e exige experiência para navegar e acompanhar seu ritmo. Ficar dentro de uma bolha protetora apenas atrasará seu destino e o tempo necessário para se recuperar pode demorar muito. Seria uma leviandade governos imporem barreiras e dificuldades alfandegárias para protegerem seus mercados internos, adiando o problema, favorecendo uma pequena parcela deste mercado e prejudicando todo um setor no longo prazo. Nesta edição mostramos o duplo momento que a indústria de borracha está atravessando. Setores com bom desempenho como o de pneus, mineração, agrícola e petróleo e outros com dificuldades como de autopeças, que enfrenta justamente as consequências do Custo Brasil, que onera o preço do produto nacional e reduz sua competitividade internacional, permitindo a importação em larga escala de produtos acabados ou sistemas inteiros pré-montados.
ASPA Editora Ltda. Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 CEP 13033-580 - Vila Proost de Souza - Campinas - SP CNPJ 07.063.433/0001-35 Insc. Municipal: 00106758-3 Redação: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 CEP 13033-580 - Vila Proost de Souza - Campinas - SP redacao@borrachaatual.com.br Assinatura e Publicidade: Tel/Fax: 11 3044-2609 - assinaturas@borrachaatual.com.br www.borrachaatual.com.br Jornalista Responsável: Adriana R. Chiminazzo Spalletta (Mtb: 21.392) Projeto Gráfico: Ponto Quatro Propaganda Ltda. Impressão: Gráfica Josemar Ltda. Tiragem: 5.000 exemplares
A globalização deixou de ser uma promessa e muito menos uma opção. Podemos até criar um neologismo e dizer que ela é “optatória”, opção obrigatória. As nações e os povos estabeleceram uma relação de interdependência entre si que não permite mais o desenvolvimento sustentável sem trocas comerciais vantajosas para ambos os lados.
O momento é de ação. Temos estabilidade, mas precisamos de correções de rumo. Medidas meramente políticas provavelmente serão ineficazes. Afinal o mundo mudou e a correnteza está cada vez mais rápida. Boa Leitura! Antonio Carlos Spalletta Editor
Editora
-3 A revista Borracha Atual, editada pela ASPA Editora Ltda., é uma publicação destinada ao setor de Borracha, sendo distribuída entre asBORRACHAAtual montadoras de automóveis, os fabricantes de artefatos leves, pneus, camelback, calçados, instituições de pesquisa, órgãos governamentais e universidades. As opiniões expressas em artigos assinados não são necessariamente as adotadas pela Borracha Atual. É permitida a reprodução de artigos publicados desde que expressamente autorizada pela ASPA Editora.
Entrevista
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Peter Frauendorf
Entrevista
Peter Frauendorf Por Antonio Carlos Spalletta e Pedro Damian
Orion Rubber Experts, transformando borracha em solução
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undada em 1898 com o propósito de fabricar pentes e barbatanas usando chifre de boi como matériaprima, a Orion tem acompanhado e participado dos principais momentos de desenvolvimento do Brasil. O primeiro deles, e decisivo para a definição da empresa, foi o ciclo da borracha, que levou a Orion a se tornar um importante ”player” do setor, quando, a partir de 1920, iniciou a produção com artefatos de borracha, e, em 1929, passou a atuar decisivamente no desenvolvimento da tecnologia mais avançada para a formulação e vulcanização da borracha. Hoje a empresa possui um extenso portfólio, produzido na fábrica de São José dos Campos, no pólo industrial, com total dedicação a produtos de borracha. Tem 360 colaboradores e passa por um processo de reestruturação, a fim de reposicionar-se no mercado para oferecer soluções customizadas para seus clientes. O advogado Peter Frauendorf, um dos sócios da nova Orion, com seu primo José Luiz Navarro Frauendorf, recebeu Borracha Atual na fábrica de São José dos Campos, onde, com entusiasmo, discorreu sobre o brilhante passado da Orion e o processo de reformulação que visa a especialização da empresa,
BORRACHA ATUAL - Quais os momentos mais importantes da empresa nestes 115 anos? Peter Frauendorf - Os principais momentos da Orion nestes 115 anos estão muito ligados aos momentos históricos brasileiros. Por exemplo, o ciclo da borracha no início de 1920, quando também a Orion migrou para o ramo de borracha, que até então tinha muita coisa, como os pentes de chifre de boi, um dos primeiros produtos da Orion. Depois eclodiu a Segunda Guerra Mundial, ou seja, a primeira fase de substituição de importações.
A empresa também cresceu muito com isso. A indústria automobilística veio para o Brasil no final da década de 50 e a Orion também cresceu, teve muita repercussão aqui. Veio o milagre econômico dos anos 70 e a Orion estava aqui participando. Veio a instalação das usinas nucleares e nós fornecemos itens para a construção de Itaipu. Existe uma ligação, uma feliz coincidência, dos momentos históricos brasileiros com os bons momentos da Orion. Costumo dizer que a Orion é uma empresa de infra-estrutura. Se a infra-estrutura brasileira cresce, a Orion acompanha. É o perfil da empresa.
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Entrevista
Peter Frauendorf
“A Orion é uma empresa de infra-estrutura. Se a infra-estrutura brasileira cresce, a Orion acompanha.”
No metrô de São Paulo são usados corrimãos, que vocês fabricam, não? Então foi boa para a Orion a vinda da Copa do Mundo e as Olimpíadas para o Brasil? Infelizmente esse momento não aproveitamos. A Orion poderia ter participado, porque os estádios precisam de revestimento e de impermeabilização. Nós perdemos esse momento porque não estávamos preparados. O José Luiz, que é meu primo, e eu, chegamos aqui em 2008 e resolvemos tomar pé da situação e colocar a empresa em ordem. Costumo dizer aos nossos colaboradores: a Orion tem dezenas de problemas, não tenham dúvidas. Mas temos centenas de oportunidades, que temos que cultivar, trabalhar e persistir. O problema também é que foram poucas as obras de infra-estrutura que ocorreram, além dos estádios... As obras de infraestrutura ocorreram sim, além dos estádios: nos transportes, metrô, aeroportos...
Sim, continuamos fabricando. O problema do corrimão é que é um “business” diferente. Fornecer corrimão é a parte mais simples, a parte mais fácil, mas não é o importante. Quem compra corrimão na verdade está comprando manutenção. O metrô, o aeroporto, o shopping center, o que eles querem é a escada rolante funcionando. Imagine um shopping center, em pleno dia das mães, a escada rolante para por um problema (nem precisa ser do corrimão, que seja de engrenagem)... O shopping center quer a escada funcionando. Então nós somos o segundo ou o terceiro ali na cadeia... Em meio a uma extensa lista de produtos que a Orion faz hoje, qual seria a sua “menina dos olhos”? Nossas “meninas dos olhos” hoje são as luvas isolantes, lençóis, pisos, os estrados de piso isolante e as mantas. A indústria da borracha está se especializando, ela tem que se especializar. A Orion, lá atrás na década
de 40 e 50, chamava-se S/A Fábricas Orion, porque eram diversas fábricas aqui dentro. Hoje em dia o ponto comum é a borracha. Só que o processo produtivo de luvas é um, o processo produtivo de lençol é outro, o processo produtivo de autopeças é outro, o processo produtivo de pisos é outro... então é como se fossem diversas fábricas distintas. Massa hoje em dia também é um ponto interessante. Fabricar massa... Por isso que o José Luiz e eu mudamos o logotipo da Orion. Hoje em dia o logotipo da Orion é Orion Rubber Experts, porque o nosso foco hoje é borracha. Então, fabricar a massa da borracha, o tipo da borracha é uma especialidade interessante. O cliente precisa de uma borracha que tenha determinada característica. Então é isso que temos que atender. Se o cliente vai fazer com essa borracha um piso, ou se vai fazer a bota sete léguas, que é o caso da Alpargatas, ele vem aqui e pede uma borracha que tenha tais características. Nós temos aqui um departamento de desenvolvimento com engenheiros químicos que vão até o cliente e desenvolvem esse produto. As luvas que vocês fabricam são de uso exclusivo industrial? Sim. Não vejo uma aplicação doméstica, talvez para uso comercial sim. As luvas
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“Eu não gosto muito da expressão “proteger a indústria nacional”. Acho que a indústria nacional só cresce quando passa a concorrer.” virar as costas para a realidade chinesa. Não é um fogo de palha que daqui a pouco cai por terra. Lembro que o meu pai falava do Japão na década de 70. Os japoneses já passaram, os coreanos já passaram, e os chineses estão chegando. têm diversas resistências: cinco mil, dez mil, quarenta mil volts... Existem oportunidades aí? Sem dúvida. Você pode fornecer luvas de borracha para condomínios, que fazem manutenção no seu quadro de energia elétrica. Uso industrial sem dúvida, mas fora dele há oportunidades interessantes.
A história é a mesma...
A Orion é líder de mercado nessa linha de luvas isolantes?
Os orientais, em geral, no início eles copiam. Só que eles são tão laboriosos e dedicados, eles começam copiando e depois vão melhorando, melhorando e quando você abre o olho... Veja só o caso dos computadores. A IBM vendeu a divisão de Laptops para a Lenovo. A Lenovo foi lá e comprou a Motorola...
Sim. É líder de mercado em luvas e lençóis. Mas a concorrência, principalmente a chinesa...
A Orion sobreviveu àquelas duas ondas (japonesa e coreana). O que fará para enfrentar a chinesa?
Preocupam a Orion os produtos chineses que chegam aqui a baixo custo, mas também com baixa qualidade?
Os chineses preocupam. A China tem uma população muito grande, um território muito grande, uma dedicação muito grande. Eu já dizia quando trabalhava na indústria automobilística: os Estados Unidos precisam tomar cuidado porque podem ser ultrapassados pela China fácil, fácil.
Sim. Isso é uma realidade. Mas a China também é uma realidade. Não só a Orion como o Brasil inteiro não pode
Os chineses não são um problema só para a Orion. São para o Brasil e para o mundo inteiro. Não caberia ao Governo Brasileiro tomar medidas para proteger a indústria nacional? Eu não gosto muito da expressão “proteger a indústria nacional”. Acho que a indústria nacional só cresce quando passa a concorrer. Mas acho que o jogo tem que ser limpo. Não pode haver dumping, subfaturamento. Tem que ser um jogo com armas iguais. Se houver malandragem nessa hora, daí desequilibra, vira um jogo injusto. Mesma coisa que em um jogo de futebol, um time entra com onze jogadores e outro com sete. A proteção, dessa forma, poderia deixar a indústria acomodada. Mas o programa Inovar-Auto lançado pelo Governo não foi uma medida de proteção à indústria automobilística nacional? Sim, de uma certa forma. Mas se você analisar do outro lado, a indústria automobilística tem gente muito bem preparada que vai falar que o Inovar-Auto foi criado para incentivar a instalação de montadoras no Brasil - o que, de certa forma, vem surtindo efeito. A Cherry está fazendo sua fábrica aqui em Jacareí, a JAC está fazendo sua fábrica em Salvador...
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Entrevista
Peter Frauendorf
os chineses estão vindo implantar suas fábricas no Brasil. Do mesmo jeito que a Hyundai já veio em Piracicaba, a Toyota em Sorocaba. Nesse ponto, méritos para o Inovar-Auto. E para a Orion, abriu mercados? Não, porque, infelizmente, essas peças, como aneis, retentores, sofrem a concorrência chinesa. A mão-de-obra chinesa é muito barata, a produtividade chinesa é muito grande... Então, quando a indústria automobilística precisa comprar peças de borracha, vai deixar essa incumbência para seu fornecedor na cadeia produtiva. E esse fornecedor (e estou falando de empresas de grande porte, multinacionais), os famosos sistemistas, que entregam o conjunto pronto, vão comprar o anel de borracha aonde? Onde o preço for mais barato. E aonde é mais barato? No México, na China... Um grande fabricante brasileiro percebeu isso antes da Orion, se especializou em retentores e deslocou sua produção para a China. Percebeu que se continuasse produzindo retentores no Brasil iria morrer. Então decidiu começar a produzir na China e trazer de lá para fornecer aqui. Então eu tenho que me preparar.
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“O importante é ser lembrado. Precisamos nos mostrar, aparecer. Não adianta ficar escondido dentro da concha...” Dentro dessa perspectiva de especialização da Orion pode-se dizer que essas peças direcionadas à indústria automobilística em breve serão descartadas?
revestimento tinha que ser com uma borracha branca... Vocês tinham essa área aqui na empresa... No caso do revestimento de borracha do tanque de chocolate... a empresa precisa e nós podemos afirmar: “deixa conosco que nós conhecemos a receita”.
A resposta é não, porque nós temos conhecimento que a marca Orion, mesmo nesse segmento automotivo (aneis, retentores, vedantes) é a terceira marca mais lembrada. Ou seja, o recall da marca é forte. Em termos de retentores as pessoas lembram do nome Orion. Então não é certo, por mais difícil que seja, fechar a divisão. Isso é loucura. Tem que ter respeito pela marca, respeito pela posição no mercado. Não se pode jogar fora porque tem um nome muito importante.
Então a nova Orion deve ser uma empresa direcionada a produtos de borracha customizados...
Eu não comecei minha vida profissional na Orion, mas eu via muito o meu pai e meus irmãos falando sobre a Orion. Lembro, por exemplo, de um revestimento de tanque de chocolate para a Nestlé em Caçapava. Esse
Não vou dizer mudança, mas sim, focar. Porque desde a década de 40 se falava: “Fábricas Orion, qualquer coisa, qualquer produto de borracha”. Agora, dada a realidade chinesa, temos que dar o foco certo no negócio.
Sim. O que o cliente quiser, entregamos. Ele quer um produto assim, vamos cobrar por isso e vai ter o nome lá, vai ter uma garantia, e vai competir com a turma que veio aí e pergunta: “Qual o teu preço, porque na China faz mais barato?”. Você não quer isso. Isso representa uma mudança na condução dos negócios?
Vocês poderiam utilizar esse espaço que sobra para realizar parcerias? Sem dúvida. Isso está em pauta. A Orion tem representações no Brasil todo. E no Exterior, qual é a situação? A principal influência para esse novo direcionamento na administração foram os produtos chineses? A abertura do Brasil. O Brasil só se abriu depois que o Collor assumiu. Eu votei nele e não me arrependo mesmo. Porque ele realmente prometeu e abriu as portas do Brasil. Foi bom para todo mundo. Foi bom para a indústria automobilística, foi bom para a Orion, foi bom para todos nós como consumidores. Agora a gente pode encontrar o que não existia de 1990 para trás. Ou melhor, existia, mas era caríssimo. Mesmo a indústria automobilística, o que a gente tinha antes de 1990? GM, Fiat, Volkswagen e Ford. Só. Retomando o que falei anteriormente. Não precisa exatamente proteger a indústria nacional. O que é preciso é ter regras claras sim e principalmente ter as mesmas regras para todo mundo. O chinês quer vir aqui competir? Tudo bem, mas vai ter que pagar os impostos que se pagam aqui, ter que competir em igualdade de condições, não em condições desfavoráveis, desiguais e com malandragem. Mas nesse caso caberia ao Governo fazer as regras do jogo... Sim. Infelizmente o Governo se perde um pouco nesse aspecto. Ele quer prestar atenção nos detalhes. Diz o famoso ditado “As pessoas contam as moscas no chifre e deixam passar a boiada”. Então o governo age assim. Está querendo contar as moscas no
chifre e a boiada passando. Não pode ser assim. Ao invés de enxergar a árvore tem que enxergar a floresta. Qual a importância para a Orion a mudança da fábrica de São Paulo para São José dos Campos? A mudança para São José dos Campos foi fundamental, até porque é um pólo tecnológico do Estado de São Paulo. Você vê as empresas que são vizinhas daqui, pólos tecnológicos das indústrias aeronáutica, bélica e automotiva. Acho que a visão que o meu pai teve na década de 70 foi muito importante. Lá em São Paulo nós tínhamos muito mais funcionários, mas a área não era tão grande. De qualquer forma, eu vejo essa mudança para cá muito benéfica, muito proveitosa. Talvez agora nós precisemos readequar o tamanho da Orion ao tamanho que ela realmente precisa ter. Porque ela tem aqui 250 mil metros quadrados de área. Tem área sobrando aqui. Uma das metas que temos aqui é essa, de readequar o tamanho da Orion. Os tempos em que a Orion se mudou para cá eram os tempos do “Brasil grande”, do milagre econômico da década de 70.
No exterior não temos praticamente nada. Nós estamos buscando parcerias no exterior, representantes no exterior e Certificações do exterior. Porque temos que prestar atenção em mercados como Estados Unidos e Europa. Quando fabricamos um produto aqui e pretendemos exportar, ele tem que atender às certificações de lá. É um fator muito importante. Exportação é um “business” de muita responsabilidade. Não dá para enganar nenhum cliente, ainda mais um cliente a quilômetros de distância. A Orion pretende exportar? Quando a gente conseguir colocar a casa em ordem. Não adianta nada você chegar e falar “vamos exportar tantos mil pares de luvas”... Aí tem outro fato importante. Você fez um contrato de exportação de mil pares de luvas por mês durante dois anos. Durante dois anos você tem que exportar mil pares de luvas boas, que atendam aos requisitos. Não adianta mandar 999. Porque os estrangeiros, principalmente na Europa e Estados Unidos, consideram os brasileiros muito lenientes. A Copa do Mundo vai servir muito para isso. Por isso que a FIFA vive puxando a orelha dos organizadores... Não dá para fazer a coisa malfeita. O produto tem que estar 101% perfeito. Como foi 2013 para a Orion e quais são as perspectivas para 2014? 2013 não foi tão bom quanto 2012, quando tivemos um crescimento
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Entrevista
Peter Frauendorf
de faturamento de 20%. Em 2013 crescemos 6%. Se considerarmos que a inflação foi 5%, crescemos na reposição dos preços. Para 2014 não estamos muito animados, porque em 2014 já tivemos o Carnaval e teremos a Copa do Mundo e as eleições... E tem o setor elétrico (importante para o setor da borracha) que está andando de lado, com a crise da geração da energia elétrica, com o rebaixamento forçado do preço da energia elétrica. Então as empresas do setor elétrico estão assustadas. Ninguém investe. Então se o faturamento se mantiver no nível de 2013 já estará bom... Se mantiver 2013 vai complicar para a gente. Temos que pensar em 2015 já.
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A Orion recebeu o prêmio TOPRUBBER da Borracha Atual em 2013 como a melhor empresa fabricante de artefatos de borracha. Qual a importância do prêmio para a empresa? Para nós isso é muito importante. É o que chamamos de renascimento da Orion. Estamos trabalhando para que isso aconteça. Ouvimos coisas por aí sobre a Orion de que não existe mais, que faliu. Não! Falamos para o Marketing: Marketing é fazer barulho, fazer o bom barulho. Tem que falar que não desaparecemos, que não sumimos. O importante é ser lembrado. Precisamos nos mostrar, aparecer. Não adianta ficar escondido dentro da concha...
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Especial Expobor
Expobor chega mais forte à 11ª edição Promovida pela Francal Feiras, a 11ª edição da Expobor – Feira Internacional de Tecnologia, Máquinas e Artefatos de Borracha - acontece entre os dias 23 e 25 de abril no Expo Center Norte, em São Paulo, e reúne 120 expositores dos setores de artefatos de borracha, automação, centros de pesquisa, equipamentos de laboratório, moldes e ferramentaria, máquinas, sistemas de energia, tecnologia de produção e reciclagem, tratamento de resíduos e outros, numa área de 16 mil m². De periodicidade bienal, é a única feira que representa este mercado na América Latina, consolidada como o ponto de encontro para discussão de novas ideias, apresentação de novidades em produtos, acordos de parcerias e realização de negócios. A projeção para essa edição é ultrapassar os 10 mil visitantes profissionais que a Expobor recebeu em 2012, oriundos de todos os estados brasileiros. Entre eles, profissionais das indústrias de artefatos, automotiva, de calçados, petrolíferas, siderúrgica, pneumáticas e de muitas outras que utilizam a borracha como matéria-prima ou componente. Aquela edição recebeu também compradores de 24 países: Alemanha, Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, China, Colômbia, Equador, Espanha, Estados Unidos, Guatemala, Inglaterra, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Paraguai, Peru, Polônia, Rússia, Taiwan, Turquia, Uruguai e Venezuela. Utilizada em diversas áreas da indústria e do consumo, a borracha tem no Brasil um de seus maiores produtores globais, com faturamento de US$ 2,7 bilhões registrado em 2012 –, o que atrai a atenção e o interesse de players de todos os cantos do mundo (Fonte: ABIARB - Associação Brasileira da Indústria de Artefatos de Borracha). Paralelamente à Expobor, acontece a Pneushow-Recaufair 2014 – 11ª Feira Internacional da Indústria de Pneus, maior evento de negócios do continente a integrar a cadeia completa de produção de pneus – matéria-prima, reforma, manutenção, equipamentos e reciclagem. Em 2014, a Pneushow apresenta o UnderTruck - Salão de Equipamentos, Produtos e Serviços para Manutenção e Segurança de Frotas-, que vem atender à demanda de frotistas por soluções e equipamentos voltados à manutenção e segurança. Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha - Uma das principais atividades paralelas da Expobor 2014 é o Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha. Em sua 15ª edição, o principal encontro dos profissionais do setor aborda os seguintes temas: matérias-primas e componentes; avanços na tecnologia da borracha; máquinas e equipamentos para processamento 12- BORRACHAAtual
de borracha; instrumentação e métodos para controle de qualidade; produtos acabados/aplicações; elastômeros termoplásticos (TPE, TPV e TPO) e reciclagem. Programação Técnica - Uma das propostas da Expobor – Feira Internacional de Tecnologia, Máquinas e Artefatos de Borracha é não só incrementar os negócios e parcerias dos diferentes players da indústria da borracha, mas também apresentar e discutir novas ideias que visam ao desenvolvimento tecnológico do setor. Para além das inovações apresentadas nos estandes dos 120 expositores, a feira oferece uma programação técnica que, neste ano, é composta por duas atividades: Dias 23 e 24 de abril: 15º Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha - Promovido pela ABTB - Associação Brasileira de Tecnologia da Borracha, vai abordar os seguintes temas: matérias-primas e componentes; avanços na tecnologia da borracha; máquinas e equipamentos para processamento de borracha; instrumentação e métodos para controle de qualidade; produtos acabados/aplicações; elastômeros termoplásticos (TPE, TPV e TPO) e reciclagem. Dia 25: 7º Encontro Anual da Borracha Natural Um espaço dedicado à discussão de temas específicos da cadeia produtiva da borracha natural, realizado pela Natural Comunicações.
Dalton Dynamics apresenta novas tecnologias para adesão metal/borracha A Dalton Dynamics apresenta na Expobor 2014 duas novas linhas de produtos: controladores reológicos e adesivos para o sistema elastômero/flocado. Os controladores reológicos são produtos inovadores que ajustam a viscosidade dos adesivos para uma aplicação perfeita de forma mais econômica possível, principalmente para os sistemas de aplicação por spray. Os produtos são CH-160M e CH-161T. Os adesivos para elastômero/flocado são utilizados em peças que curam com o calor e também à temperatura ambiente em sistemas eletrostáticos. O principal elastômero para esta aplicação é o EPDM, mas podem ser utilizados também NR, SBR ou CR, conforme a especificação requerida. Os flocos são filamentos de Poliamida ou Poliéster medindo entre 0,1 e 3 mm. Os produtos são CH-90 e CH-91 A+B.
Os dois produtos têm uma série de diferenciais quando aplicados em processos de desmoldagem de peças usadas na indústria automotiva, em sistemas de tecnologia de controle de vibração. O Mono-Coat® 1892W, por exemplo, oferece proteção aos moldes contra borrachas mais abrasivas, tem efeito mais duradouro entre as aplicações, oferece maior intervalo entre paradas para a limpeza do molde e gera menor quantidade de transferência da peça moldada. Com as mesmas características, o Mono-Coat® 1840W apresenta resultados positivos também para moldes mais complexos.
Novas linhas de produtos Nitriflex A Nitriflex marca presença nesta edição da Expobor com novos produtos: - Nitrilátex NTL-525, para utilização em luvas não suportadas. Atualmente, no Brasil, a produção de luvas cirúrgicas é feita a partir do látex natural. Constatou-se que proteínas encontradas no látex natural provocam reações alérgicas em usuários sensíveis a esses componentes, causando eczema/dermatite entre outras manifestações indesejáveis. Com o objetivo de reduzir os riscos de alergia em pacientes e profissionais da saúde, existe uma tendência de eliminar os produtos feitos a partir do látex natural, incluindo as luvas cirúrgicas. - Nitrilátex NTL-226 HS. Incorporado na linha de produtos Nitriflex, o NTL-226 HS possui alto teor de sólidos que têm como principal aplicação espumas laminadas gel e não gel, bases de tapetes e modificação de espumas para colchões magnéticos.
Chem-Trend traz desmoldantes de alta tecnologia A Chem-Trend, especializada no desenvolvimento, produção e comercialização de agentes desmoldantes e especialidades químicas, traz para a Expobor dois recentes lançamentos: Mono-Coat® 1892W e Mono-Coat® 1840W. Estes produtos chegaram ao País para superar os desafios de desmoldagem das indústrias e da borracha. “Estes produtos contribuem para aperfeiçoar os processos industriais, para que os clientes tenham melhores condições para fabricar um maior volume de peças, com melhor qualidade e menor custo operacional”, comenta Eduardo Colácio, gerente de vendas técnicas para esse segmento.
A empresa produz no Brasil há mais de 27 anos e oferece aos seus clientes produtos de alto desempenho com rápida entrega. “Para as indústrias de borracha, pneus e recauchutagem, temos um amplo portfólio de especialidades químicas que contribuem para tornar os processos de manufatura mais ágeis, econômicos e produtivos. Os desmoldantes que desenvolvemos atendem às necessidades dos transformadores que operam por meio de todos os tipos de processos e nossa produção local proporciona vantagem logística”, explica Marco Santis, especialista da empresa para o setor de borracha. As soluções inovadoras e eficientes da Chem-Trend estão aliadas a um atendimento técnico e comercial diferenciado, com vivência no chão de fábrica. A ChemTrend também fornece aos clientes os equipamentos certos para a aplicação dos seus produtos, adaptando a solução para cada realidade fabril, de forma personalizada, além de oferecer treinamentos para que seus clientes operem sob as melhores práticas relacionadas à desmoldagem eficiente.
quantiQ apresenta nova solução para o mercado de borracha Com o objetivo de melhorar a eficácia e aplicabilidade dos aditivos para o segmento de borracha, a quantiQ firmou uma parceria com a empresa INNEXT para distribuir no mercado brasileiro novos tipos de aceleradores, denominados “aceleradores pré-dispersos”. A empresa aproveita a Expobor para divulgar oficialmente esta nova aliança. A nova solução comercialmente conhecida como INgran é apresentada na forma de pequenas pelotas “pellets”, ou em placas, segundo o desejo do cliente. Sua composição é de 80% de concentração do ativo químico (acelerador em pó) e 20% de uma mistura de polímeros, o que possibilita obter um material de características físicas, químicas e físico-químicas diferenciadas, combinadas de modo a conservar os benefícios de cada polímero. A principal vantagem do aditivo – INgran/INslab - para o mercado de borracha é que, diferente da matéria-prima em pó, não há desperdícios ou retenção em recipientes. A possibilidade de contaminação também é eliminada, pois BORRACHAAtual - 13
Especial Expobor cada produto pode ser separado individualmente por cores distintas. A atoxidade do produto durante seu manuseio, é o ponto mais apreciado pelos operadores de fábrica, já que o uso de EPI´s pesados torna-se desnecessário. O produto pode ser amplamente utilizado no universo pneumático, peças técnicas de borracha, solados, perfil automobilístico, entre outros.
Fragon mostra amplo portfólio A Fragon, uma das maiores empresas de distribuição de matérias-primas para a indústria de borracha do País, apresenta em seu estande na Expobor um amplo portfólio de produtos fabricados por organizações conceituadas do mercado e reconhecidas mundialmente. Para a empresa a participação na Expobor é sempre a oportunidade de concretizar seu posicionamento no mercado, visando bons negócios e se aproximando ainda mais dos seus clientes e dos seus fornecedores nacionais e internacionais.
Distribuições autorizadas Fragon: Aditya Birla – A maior fabricante de Negro de Fumo, presente em 17 países com 17 instalações de produção pelo mundo. Oferece um portfólio completo de Negros de Fumo para atender aos requisitos específicos de indústrias de borracha, plásticos, revestimentos, tintas e outras. Auxyborr – Com um grande know-how, esta empresa 100% brasileira fornece produtos auxiliares de processo para diversos segmentos desenvolvendo soluções para as necessidades de seus clientes. Buschle Lepper - A Buschle & Lepper atua desde 1943 com excelência na fabricação, distribuição e comercialização de produtos químicos, agrícolas e materiais de construção. Desenvolve, com pioneirismo reconhecido mundialmente, a extração de magnésio na forma de óxidos, hidróxidos e carbonatos, utilizados em indústrias químicas, farmacêuticas, alimentícias e cosméticas. Chem Trend – A Chem Trend fornece soluções customizadas, incluindo serviços e produtos de primeira linha, que abrangem agentes desmoldantes, lubrificantes para fundição, pinturas para pneus, agentes de purga e outras especialidades químicas de processo, auxiliando nossos clientes a melhorarem sua qualidade e produtividade. Dupont – empenhada em oferecer produtos e serviços de alta qualidade e de forma confiável aos seus clientes, utilizando-se de uma rede de abastecimento global. Visa oferecer soluções a partir de aplicações personalizadas para a indústria de borracha em geral para fluorelastômeros de alto desempenho usadas em aplicações automotivas e químicas. 14- BORRACHAAtual
Keltan - Como o maior fornecedor global de elastômeros de etileno-propileno (EPMs e EPDM), a Lanxess oferece todos os seus grades de EP(D)M sob a marca Keltan®. O amplo portfólio de produtos, a alta qualidade e o melhor expertise técnico permite que Keltan Elastômeros apresente soluções sob medida para todas as necessidades de aplicações no mercado. Intercuf - Com experiência desde 1973, a marca SUPERVENT caracteriza a linha de enxofre ventilado com a qual a INTERCUF é líder de mercado, fornecendo diferentes formulações para a indústria. Lanxess - A LANXESS é uma empresa líder de especialidades químicas. Todos os negócios da Lanxess com base em polímeros foram combinados no segmento Performance Polymers, o que inclui a borracha sintética e plásticos. A longa experiência da Lanxess faz a diferença neste segmento, pois a empresa oferece um amplo portfólio de produtos inovadores, muitos dos quais são líderes internacionais. Lord - a Lord desenvolve, fabrica e comercializa adesivos inovadores. Com mais de 40 anos de experiência no desenvolvimento e fabricação de adesivos, a empresa possui uma extensa linha de adesivos acrílicos, epóxis e poliuretanos, que proporcionam melhor aparência, desempenho, durabilidade e custos de fabricação. Quimvale – Atua no mercado brasileiro há mais de 30 anos, fornecendo Carbonato de Cálcio Precipitado a diversos segmentos. Seu compromisso é colocar no mercado produtos que atendam às necessidades dos usuários com garantias de qualidade, prazos de entrega e assistência técnica. SI Group Crios - O SI Group é o principal desenvolvedor e fabricante de intermediários químicos, resinas fenólicas, resinas alquifenólicas e fenóis alquilados. Com unidades operacionais em cinco continentes e trabalhando junto com clientes de noventa países, o SI Group criou uma rede global para entregar excepcional qualidade, consistência e eficiência. Simestearina - A Sim Estearina oferece uma ampla estrutura para atender a toda e qualquer necessidade na área química, oferecendo soluções em oleoquímica. Para garantir essa excelência no processo produtivo, a Sim dispõe de 53.000m² de terreno e mais de 9.000m² de área construída, divididos em unidades produtivas de estearina, oleína, estearatos, glicerina e ceras Wacker - A Wacker Química do Brasil Ltda., subsidiária sul-americana da WACKER, foi fundada em 1977. Entre os produtos fabricados estão fluidos de silicone, emulsões, antiespumantes, resinas, borrachas de silicone e também vários produtos de cuidados pessoais.
Zanaflex - fornece compostos de borracha de alta qualidade a preços competitivos para clientes fabricantes de peças originais e do mercado de reposição.
Copé marca presença na Expobor
Já o Elastosil® R 781/80 é uma base de silicone sólida com excelentes propriedades magnéticas, qualidade que o torna visível a detectores de metal. O produto é indicado para aplicações nas indústrias alimentícia e farmacêutica. A WACKER, uma das maiores fabricantes de silicone do mundo, completa 100 anos de atuação em 2014.
Auriquímica apresenta grande variedade em matéria-prima A Auriquímica, distribuidora de matéria-prima para os segmentos de borracha, plástico, látex e adesivos, participa da edição 2014 da feira Expobor apresentando novas distribuições de especialidades minerais e a última geração de antiaderentes para batch off. Outra novidade é a nova geração de NBR/PVC, com grades para baixa temperatura, alta resistência química e estendidas em óleo.
Desde sua fundação, em 1939, a Copé mantém-se instalada no estado do Rio Grande do Sul, com duas unidades fabris em São Leopoldo – além de uma filial de vendas em São Paulo - SP. Nesta edição da Expobor a empresa expõe seu novo lançamento para o mercado: a extrusora Duplo Fuso - modelo EPT-200/8-DF. Esta máquina foi desenvolvida para receber os compostos diretamente dos Misturadores de Rotores, conformando os perfis de acordo com as necessidades dos clientes e promovendo assim uma melhoria nos processos. Também são novidades as melhorias técnicas implementadas em máquinas tradicionais, como o misturador Aberto de Cilindros - modelo MAC-1250 e as máquinas de laboratório modelos Lab Mix 1600 e Lab Mill 350-2V para o segmento da borracha e plástico, além da Raspadora de Avanço Automático para Pneus - modelo RAA-20 para o segmento das reformadoras de pneus.
Wacker aposta em novidades para o mercado de silicones Em sua participação na Expobor 2014, a Wacker traz para o mercado suas novidades em borrachas de silicone líquido para injeção, Elastosil® LR 3094/60 e Elastosil® LR 3022/60. A empresa reserva ainda outro lançamento: o silicone de alta consistência Elastosil® R 781/80. Desenvolvido especificamente para aplicações em altas temperaturas, como capas de vela de ignição automotiva, o Elastosil® LR 3094/60 já vem pigmentado na cor preta, coloração que segue dominante neste tipo de aplicação. Enquanto isso, o Elastosil® LR 3022/60 é especifico para resistência à alta temperatura e aos fluidos de arrefecimento. O produto pode substituir prontamente as borrachas orgânicas em aplicações relacionadas ao sistema radiador.
O lançamento dos aceleradores livres de nitrosaminas e plastificantes, livres de ftalatos, assim como plastificantes para baixíssimas temperaturas, representa a preocupação da empresa com questões ambientais. Outro produto presente no evento é o óxido de zinco encapsulado, que trará ao mercado benefícios econômicos e ambientais. Também pode-se destacar a apresentação de novos tipos de peróxidos, que proporcionarão aos usuários finais uma maior flexibilidade em sua utilização.
Parabor destaca sua divisão de negócios na feira Como em outras edições da Expobor, a Parabor monta em seu estande um display com todo seu catálogo. Sua chamada “divisão de negócios” é constituída pelas matérias primas, produtos de alta performance, compostos de borracha, equipamentos e know-how. Como novidade, a empresa destaca o Paralink, um agente de reciclagem para borracha vulcanizada que recupera rebarbas, sobras e peças refugadas de borracha reciclada. “Por meio de nossas representações e de nossa linha de produtos, buscamos estar sempre em sintonia com as necessidades do mercado”, garante Fernando Genova, diretor Comercial da Parabor.
Alldar reapresenta Banbury Kneader O Alldar Banbury Kneader 35L é um misturador fechado tipo kneader, que conta com dois rotores com quatro asas para homogeneização e dispersão de borrachas. A máquina é equipada com um motor de 73CV e CLP, o que possibilita operação automática de BORRACHAAtual - 15
Especial Expobor até três estágios com tempos de misturas programáveis. É equipada também com sistema de reversão dos rotores para descarga do material já processado. Conta com um sistema de partida com baixa amperagem no motor, o que reduz o consumo de energia. Todas estas características encantaram os visitantes do estande da Alldar na Expobor de 2012. Por isso, neste ano, a empresa decidiu reapresentar o equipamento. Segundo o diretor Industrial da Alldar, Vinícius Arantes, o objetivo com a participação deste ano é estreitar relações já com os clientes atuais e entrar em contato direto com os futuros. “A feira possibilita que eles observem as máquinas expostas, conheçam a empresa e esclareçam dúvidas técnicas. E, claro, queremos também fechar bons negócios”. Arantes ressalta outros diferenciais de sucesso da Banbury Kneader: sistema de descarga através de uma câmara de mistura giratória, e o desenho dos rotores especialmente projetados para a homogeneização de borrachas naturais ou sintéticas. Segundo ele, este último ponto maximiza a eficiência de homogeneização e dispersão, ao mesmo tempo em que minimiza os tempos de mistura em ciclos totais de quatro a seis minutos.
SI GROUP. O nome mudou, mas os valores são os mesmos. A SI Group possui duas fábricas no interior de São Paulo, uma em Rio Claro e a outra em Jundiaí. A SI Group Crios pertence ao grupo SI Group, antiga Schenectady International Inc. com presença global produzindo resinas fenólicas, fenólicas modificadas, formaldeído com várias concentrações, resinas alquil-fenólicas, linha Elaztobond T – resina super tackifier, furânicas, areia coberta para o processo de fundição shell molding, resinas uréicas, melamínicas, alquil-fenólicas modificadas, resinas dispersas em água, resinas acrílicas, acrílicas modificadas, epoxi-acrilados, terpeno-fenólicas, alqui-fenólicas reativas ao calor, resorcínicas, ésteres de colôfonia, colôfonias modificadas, plastificantes resinosos e pós de moldagem fenólicos com alta tecnologia. A empresa tem uma presença muito forte junto aos clientes e mercados para desenvolver polímeros e resinas para diversos segmentos principalmente na área de compostos de borracha, como resinas alqui-fenólicas para promover pegajosidade, chamadas de resinas ‘tackifiers’, largamente utilizadas na produção de pneus e reformas e/
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ou reparos de pneus, resinas fenólicas reforçantes para promover reforço e melhorias nas propriedades finais do artefato de borracha ou pneu, resinas alqui-fenólicas que promovem vulcanização em elastômeros livres de enxofre, resinas plastificantes, antioxidantes e resinas para promover aderências em diversos substratos, como tecido X borracha, cordonel metálico X borracha, laminado borracha X laminado borracha e outros substratos. A SI Group atua também no mercado de adesivos onde as resinas são responsáveis em gerar propriedades como aderência, pegajosidade, tempo aberto, tack, resistência mecânica e térmica nos adesivos à base de solvente base CR ou água base latex e hot-melt. Lançamento da SI Group: Resina Elaztobond T-6000 Resina Super Tackifier, indicada para promover alto tack ou pegajosidade em compostos de borracha com alto conteúdo de elastômero sintético, alto teor de sílica, alto teor de negro de fumo & sílica no composto de borracha, em diferentes condições, ambiente com baixa temperatura, dias frios e umidos, com alta umidade, com alta temperatura ambiente etc... Resina Elaztobond E-125 & Resina RU-1006 - Resina usada para melhorar o grip dos pneus, em reformas & reparos para todos os tipos de pneus, e melhorar a aderência do pneu em diversos tipos de pavimento. É também aplicada em outros artefatos de borracha como solados de sapato, revestimento de cilindro, correias transportadoras e outros produtos que requerem tal aplicação. A SI Group, empresa líder em resinas fenólicas e alqui-fenólicas na America do Sul, tem como seu maior valor o cliente. É a visão dele orientando as atividades de pesquisa e desenvolvimento de produtos que constitui o grande diferencial da empresa.
Bonfanti leva tradição centenária à feira Fundada em 1904, a Bonfanti oferece soluções diversas para a indústria da borracha. Na Expobor a empresa mostra parte de seu considerável portfólio, como misturadores, homogeneizadores, extrusores, prensas e outros equipamentos feitos sob demanda. Além da borracha, outra especialidade da Bonfanti são as cerâmicas e os plásticos.
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Especial Expobor Nova orientação estratégica da MAPLAN Em 2012, uma mudança de propriedade teve lugar no Grupo Starlinger dentro de uma família. O Grupo Starlinger foi reestruturado e, assim, desde então a MAPLAN GmbH é propriedade da família Soulier que tinha ocupado anteriormente cargos de direção no Grupo Starlinger. Com sua experiência no negócio de construção de máquinas, este novo proprietário quer expandir a MAPLAN significativamente. Starlinger continuará a ser um co-parceiro da MAPLAN. Em 2012, a empresa alcançou um volume de negócios de 36 milhões de euros. O objetivo era ampliar significativamente os meios para concretização de vendas, atendimento e presença no mercado em diversos países, a fim de operar mais próximo dos clientes. Estes esforços começaram a dar frutos: Em 2013, a MAPLAN tem 60 locais de vendas e serviços em todo o mundo. Nova orientação estratégica A nova orientação estratégica é definida basicamente em quatro abordagens: 1. Investimento em especialistas 2. Fortalecimento da estrutura de vendas e serviços 3. Concentração no negócio base 4. Expansão das capacidades de produção e de desenvolvimento. Fortalecimento da equipe - Em 2013, a gestão foi ampliada a fim de promover o sucesso mundial da MAPLAN ainda mais rápido e mais direcionado. O resultado é uma dupla liderança com Leopold Heidegger como CFO para todo o setor financeiro e Wolfgang Meyer como CEO no lado operacional em vendas, desenvolvimento e produção. Ele investiu em especialistas em muitas áreas importantes da empresa. Novos especialistas nas áreas de desenho mecânico, gestão da produção e compras fortaleceram a equipe em Ternitz. Reforço do Negócio Base - Com esta nova equipe, há uma nova orientação única estratégica com foco no negócio base, ou seja, moldagem por injeção de borracha. MAPLAN significa compromisso com a qualidade e soluções altamente orientadas para a prática. A empresa vai usar a sua reputação e concentrar todos oa seus recursos nas áreas de inovação, fiabilidade e atendimento ao cliente, a fim de oferecer aos clientes atuais todo um conhecimento do mercado de moldagem por injeção de borracha, processos eficientes e otimizados com conceitos MAPLAN e ciclos ainda mais rápidos e mais eficazes.
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Investir na Estrutura - Como já mencionado, nos últimos anos, foi desenvolvido um forte trabalho preliminar sobre o desenvolvimento de novos mercados. Já em 2013, esses investimentos na estrutura começam a mostrar os primeiros efeitos positivos. Os mercados de rápido crescimento, como a Turquia, Índia, China, Brasil ... só para citar alguns, estão entre as prioridades que serão perseguidas massivamente. Ao mesmo tempo, a MAPLAN também tenciona modificar e expandir seus tradicionais “velhos” mercados prioritários. O objetivo é oferecer um serviço ainda melhor aos clientes na Europa e EUA nos próximos anos. Esses mercados representam requisitos que são tecnicamente exigentes e, portanto, são fundamentais para o desempenho atual e futuro da MAPLAN no que diz respeito a desenvolvimento e inovação. Expansão da capacidade de produção - Devido às exigências vibrantes em todo o mundo, as capacidades da empresa até agora têm sido levadas até ao limite. Portanto, a MAPLAN irá abrir uma nova unidade que quase duplicará a capacidade. Esta mudança de posição proporcionará uma otimização de todo o processo que permitirá uma produção mais rápida e de baixo custo das máquinas. A nova fábrica estará localizada na Áustria. A experiência dos funcionários, combinada com os processos globais e otimização de compras globais de hoje, fará com que seja possível a produção de máquinas na Áustria, que são muito boas tecnicamente e competitivas em termos de custo. Wolfgang Meyer comenta: “Qualidade Made in Austria” é o que nos tornou fortes - e este continuará a ser um fator-chave para o futuro.”
Pneu verde com sílica da Rhodia é atalho para reduzir consumo Os objetivos de redução de consumo de combustíveis previstos no programa federal Inovar-Auto, da ordem de 12% no período de 2013 a 2017, poderão ser mais facilmente alcançados se os produtores de pneus incrementarem o uso da sílica de alta dispersabilidade da Rhodia - insumo fundamental para a produção dos pneus de eficiência energética, também conhecidos por pneus verdes. A afirmação é de Paulo Garbelotto, Gerente Comercial e Marketing para América Latina da área global de negócios Sílica, do grupo Solvay, ao informar que a sílica de alto desempenho (HDS – Highly Dispersible Sílica, em inglês), inventada pela empresa, está sendo cada vez mais empregada na produção de pneus, inclusive nas empresas instaladas no Brasil, tendo em vista os ganhos que proporciona tanto do ponto de vista econômico quanto do meio ambiente.
“A nossa sílica é o caminho mais rápido e de menor custo de investimento para se alcançar índices importantes de redução do consumo de combustível do automóvel”, acrescenta Garbelotto. O uso da sílica HDS, comercializada pela empresa sob a marca Zeosil® em pneus aumenta em 25% a resistência ao rolamento e oferece mais 10% de aderência ao piso, o que resulta em redução de 7% de consumo de combustível e, na mesma proporção, a redução de emissões de CO2. Esses ganhos comprovados têm impulsionado o uso de sílica HDS em todo o mundo. Estudos da Rhodia indicam que a demanda por esse produto tem crescido em torno de 12% ao ano, o que tem levado à ampliação de capacidades para atender a demanda dos produtores de pneus. A Rhodia, por exemplo, está investindo em uma nova planta de sílica na Polônia, que deverá entrar em operação a partir de setembro de 2014. Também estão em estudos novos investimentos na Coréia do Sul e no Brasil, países que já possuem plantas de sílicas precipitadas. No Brasil, a planta industrial está instalada no conjunto industrial de Paulínia (SP), próxima ao Centro de Pesquisas da empresa, onde há um laboratório de desenvolvimento de aplicações.
“Como líderes de mercado e com a melhor tecnologia de sílica, estamos trabalhando forte para atender ao mercado com os melhores produtos, seguindo a tendência de aplicação de sílicas em pneus e artefatos técnicos de borracha”, explica Garbelotto, ao explicar o destaque dado à sílica nesta edição da Expobor 2014 – congresso técnico e feira de exposições. Para o evento, além de sua ampla gama de produtos, a Rhodia apresentará três papers técnicos no congresso, voltados para as indústrias de pneus e de artefatos de borracha, com destaque para as possibilidades de uso de sílicas em pneus de caminhões e um estudo de caso sobre sílica em pneus de motocicletas. Fios Industriais – Outra linha de produtos da Rhodia em destaque durante a Expobor são os fios industriais de poliamida e telas dipadas, desenvolvidos com tecnologia de última geração, que integra os processos de polimerização, fiação e estiragem em uma única etapa. Esses produtos apresentam características especiais, tais como alta adesão, resistência à fadiga, durabilidade, resistência mecânica, estabilidade dimensional, resistência térmica e alta resistência abrasiva. São empregados em diferentes mercados, com destaque para pneus e correias transportadoras, entre outros.
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Notícias
Agricultores ganham produtividade com pneu Radial Michelin Ultraflex O setor agrícola vem ano a ano puxando para cima o PIB brasileiro, com sucessivos recordes de colheitas de grãos. A situação poderia ser ainda melhor, caso os agricultores do país trocassem seus pneus diagonais, de tecnologia ultrapassada, por pneus radiais, que proporcionam melhor produtividade. A Michelin, líder mundial de pneus agrícolas radiais, aposta no segmento e provou, em testes realizados nos dias 2 e 3 de abril na Fazenda Dona Carolina (Itatiba, SP), que, comparados aos diagonais, seus pneus radiais são superiores - principalmente os que utilizam a tecnologia radial de última geração para pneus agrícolas, a Michelin Ultraflex Technologies -, compactando cerca de 32% menos o solo e economizando cerca de 28% de combustível. Os testes foram auditados pela Fundação Vanzolini. “Apenas 5% dos pneus agrícolas vendidos no Brasil são radiais, enquanto na Europa esse número chega a 87%”, afirma Christian Mendonça, Diretor de Comércio e Marketing de Pneus Agrícolas da Michelin América do Sul. “Graças à nossa tecnologia de ponta, podemos oferecer aos nossos clientes um produto de alta durabilidade, capaz de reduzir a compactação no solo ao mesmo tempo em que economiza combustível. Com a mecanização, a produtividade da agricultura brasileira tem evoluído progressivamente, mas ainda há espaço para continuar
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crescendo, pois grande parte das máquinas agrícolas ainda está equipada com pneus diagonais. A radialização do mercado de pneus agrícolas, liderada pela Michelin, é uma das principais alavancas do desenvolvimento do setor”, completa.
Christian Mendonça, Diretor de Comércio e Marketing de Pneus Agrícolas da Michelin América do Sul.
Clientes satisfeitos com resultados Testemunhos de clientes usuários mostram como a tecnologia radial Michelin Ultraflex pode oferecer um salto de produtividade ao agronegócio brasileiro. Segundo Marcelo Sato, da MJR Sato, produtor de hortaliças de Mogi das Cruzes (SP), o pneu radial Michelin Ultraflex já demonstrou na prática a sua superioridade tecnológica. “Com a tecnologia Michelin Ultraflex tive uma redução de 5 litros de combustível por hora trabalhada, uma economia de 20%,
além de um aumento de produtividade de 16%, pois o que realizava em 5 horas de trabalho, passou a ser realizado em 4 horas e 10 minutos”, conclui Sato. Julio Malvestiti, da Ferrari Agroindústria S.A., de Porto Ferreira (SP), apresentou, durante o evento, os resultados obtidos nos últimos dois anos com a introdução dos pneus radiais Michelin em sua empresa. “Reduzi 45% o número de reparos nos pneus e 82% o custo de mão de obra para realizá-los. Isso, sem mencionar os ganhos com a redução no consumo de combustível e no valor investido na compra de novos pneus. Aumentei a produtividade e reduzi os custos de manutenção em uma frota de mais de 700 equipamentos”, afirma Malvestiti. O endosso é compartilhado pela Fazenda São Cristovão, na região de Boa Esperança, em Nova Ubiratã (Mato Grosso), que recentemente iniciou a avaliação do desempenho dos pneus radiais Michelin, montados em uma plantadeira, em relação ao pneu diagonal. “Notamos que os pneus diagonais estouraram com cerca de 40 km percorridos. Já os pneus radiais com tecnologia Michelin já percorreram 120 km e continuam em perfeito estado de utilização. Com esse resultado, temos um ganho de área plantada em menor tempo, em razão da não parada do equipamento para manutenção dos pneus”, explica Adelir Antonio Pase, proprietário da empresa.
Testes provam maior eficiência Compactação de solo Para testar os pneus radial Michelin série 65 (Multibib), radial Michelin de tecnologia Ultraflex (Xeobib) e um pneu de construção diagonal de uma marca concorrente, com as pressões recomendadas pelos fabricantes, foi construído um fosso com 10 metros de comprimento, 5 metros de largura e 1 metro de profundidade, com 6 camadas alternadas de calcário (5 cm) e 6 de terra (7 cm). Em todas as passagens, o trator de 180 CV, sem trocar o operador, tinha o mesmo peso e o footprint analisado foi do eixo traseiro. Após as passagens, um corte no fosso demonstrou a profundidade do footprint. O resultado do pneu diagonal foi de 24,5 cm. Já o pneu radial Michelin série 65 Multibib teve 18,5 cm de profundidade enquanto o Ultraflex Xeobib teve 16,5 cm de profundidade. Concluindo, foi constatado que o pneu com tecnologia Michelin radial compacta 25% menos o solo que o pneu diagonal. Já o pneu com tecnologia Michelin Ultraflex compacta 33% menos que o pneu diagonal. Economia de Combustível Para a realização do teste, um trator de 180 CV percorreu um trajeto de 85 metros, puxando uma carga representada por um trator auxiliar, em uma área preparada para a agricultura. Foram três passagens, sempre o mesmo trator e o mesmo operador, substituindo os pneus a cada passagem. Para facilitar a visualização, foram instalados, no trator principal, um leitor de carga e duas provetas graduadas de 0 a 100 cm, com 90 cm de diesel colocados em cada passagem, acopladas ao sistema de alimentação de
combustível. Cada passagem se deu na mesma condição de velocidade (3km/h) e de força de resistência imposta pelo trator acoplado na parte traseira 340 HP com 1800 rpm. Ao final de cada passagem, o combustível restante foi medido com uma trena e o consumo final calculado em centímetros. Na primeira passagem, o pneu diagonal, puxando entre 4800 kN - 5100 kN, consumiu 56 cm de combustível. Já o radial Michelin, puxando 4900 kN – 5400 kN, nas mesmas condições, consumiu apenas 45,8 cm, economizando 18%. Realizado em primeira marcha, o pneu diagonal exigiu uma performance do motor de cerca de 2000 rpm e o radial Michelin 1750 rpm. “O ponto a ser destacado é a pressão. Os pneus radiais Michelin trabalham com baixa pressão permitindo o aumento da sua área de contato com o solo. Dessa forma, há menos esforço do motor, maior economia de combustível e maior proteção do solo, permitindo ganhos significativos para o produtor”, afirma Mendonça. A terceira passagem comprovou que a diferença é ainda maior em relação aos pneus Michelin com tecnologia Ultraflex. O consumo do pneu radial Michelin com a tecnologia Ultraflex, puxando 5100 kN – 5400 kN, foi de 40,2 cm, economizando assim 28% em relação ao pneu diagonal. O trator com radial Michelin girou com cerca de 2000 rpm, enquanto o radial Ultraflex com aproximadamente 1600 rpm. Concluindo, foi constatado que o pneu radial Michelin com tecnologia Ultraflex economiza 28% de combustível em relação ao pneu diagonal. Já o radial Michelin economiza 18% de combustível em relação ao pneu diagonal.
Quatro pneus Michelin utilizam tecnologia Ultraflex: Para Tratores • XEOBIB para as potências de 80 a 220 CV • AXIOBIB para potências muito altas (acima de 250 CV) Para Máquinas Colheitadeiras • CEREXBIB para potências superiores a 280 CV Para Máquinas de Tratamento • SPRAYBIB para os pulverizadores com uma capacidade superior a 4.000 l
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Notícias
Automec Pesados & Comerciais 2014 Dados do SINDIPEÇAS (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores) indicam que a participação percentual no faturamento das indústrias de autopeças para o segmento de reposição deve ter um crescimento de 15% neste ano. Embalada por esta projeção, foi realizada a 4ª Automec Pesados & Comerciais (Feira Internacional Especializada em Peças, Equipamentos e Serviços para Veículos Pesados & Comerciais), organizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, entre os dias 1 e 5 de abril, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. A feira contou com mais de 500 marcas nacionais e internacionais distribuídas em uma área de 36 mil m². Entre os 30 mil visitantes estimados para a edição deste ano estão compradores internacionais de 51 países. O evento foi inaugurado no dia primeiro de abril, e a cerimônia de abertura contou com a presença de representantes dos setores de autopeças de São Paulo e do Brasil. Estiveram presentes na abertura oficial o vice-presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Paulo Octávio Pereira de Almeida; o diretor da Feira, Rodrigo Rumi; o representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Paulo Bedran; o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (SINDIPEÇAS), Paulo Butori; o presidente da Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças (ANDAP) e do Sindicato do Comércio Atacadista de Peças e Acessórios para Veículos de São Paulo (SICAP), Renato Gianinni; o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo (SINCOPEÇAS), Francisco de La Torre; o presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Associados do Estado de São Paulo (SINDIREPA/SP), Antonio Carlos Fiola, entre outras autoridades. O vice-presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Paulo Octávio de Almeida, destacou o papel relevante do setor de autopeças no Brasil. “O número de veículos pesados tem crescido muito no Brasil e isso tem impulsionado o setor de autopeças. Acompanhando o desenvolvimento do segmento, estamos trazendo uma Feira que atenda às necessidades do mercado. Ampliamos o tamanho - hoje contamos com uma área de 36 mil m² -, onde mais de 500 marcas nacionais e internacionais apresentam inovações e geram negócios”, declarou.
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Para o presidente do SINDIREPA/SP, Antonio Carlos Fiola, a Automec Pesados & Comerciais não só traz as novidades do setor, mas também é um grande gerador de negócios. “Tudo no Brasil é transportado por veículos pesados; a economia do país passa pelas estradas. A Feira é um grande espaço onde compradores e representantes do setor se reúnem para conhecerem as novidades, mas, principalmente, para fecharem negócios. O evento já se consolidou como uma referência para todos os envolvidos no mercado de autopeças”, destacou. Paulo Butori, presidente do SINDIPEÇAS, endossou as palavras de Fiola. “Desde 2008, quando aconteceu a primeira edição da Feira, muitos desafios foram superados. Hoje estamos na quarta edição e só podemos festejar os resultados que temos alcançado”.
BorgWarner apresenta novas tecnologias para máquinas agrícolas A BorgWarner, empresa líder no segmento de tecnologia e aplicações para powertrain e drivetrain de veículos de passeio, participou da 4ª Automec Pesados & Comerciais focando, entre outros componentes, nas novas tecnologias para máquinas agrícolas. A fabricante de turbos e embreagens viscosas se adianta às novas regulamentações em prol da eficiência energética (o governo espera implantar as novas regras no setor agrícola apenas em meados
de 2017) apresentando o Turbo S300, de excelente performance e durabilidade, que alia desempenho e confiabilidade a baixas emissões de poluentes. Outras novidades expostas pela empresa são o Turbo para Sprinter CDI, desenvolvido especialmente para o mercado de reposição global, que conta com o mesmo padrão superior de desenvolvimento e tecnologia dos sistemas de geometria variável BorgWarner, e o Turbo Tipo EFR de Aplicação na Fórmula Truck, em aço inoxidável para alta performance em competições. Nesse componente há uma válvula de alívio incorporada à carcaça compressora, com furação múltipla que permite uma fácil montagem em diferentes motores e posições de admissão e escape. Ainda na gama dos turbos, os visitantes da feira poderam conhecer o Bi-Turbo R2S MAN, nas versões original e remanufaturado. Pertencente à família de turbos R2S, o produto é a solução para os rígidos níveis de redução de emissões exigidos pelo governo, mantendo a alta performance especialmente em baixas rotações. Também foi exposto o Turbo PassCar para aplicação em Veículos Leves. O item, apesar de não ser o foco da feira, deve atrair a atenção do mercado para o conceito de downsizing, bastante explorado pela BorgWarner.
As operações da BorgWarner na América do Sul estão centralizadas no Brasil. A companhia possui uma instalação em Itatiba, SP, onde produz turbos para veículos pesados e leves, além de embreagens viscosas, que auxiliam no sistema de arrefecimento.
Henkel mostra soluções para indústria e mercado de manutenção automotiva Especialista em adesivos, selantes e tratamento de superfícies, a Henkel levou para a Automec soluções de alta performance para o mercado de reposição e indústria automotiva. Destaque para a linha de cianoacrilatos da Loctite, que tem como principal característica a resistência a altas temperaturas. A linha à base de cianoacrilato no Brasil é constituída por 14 diferentes adesivos, cada um ideal para determinados tipos de aplicação e abrange produtos que oferecem fixação rápida em materiais como plástico, metal, borracha, madeira, papel, couro, cortiça e tecido.
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Notas de Pneus Vipal mostra linha de pneus de moto
Vipal possui em reforma de pneus em todo o mundo, pois a marca está em mais de 90 países, inclusive em mercados exigentes como os da Europa e Estados Unidos.
A Vipal, empresa líder na América Latina e uma das mais importantes fabricantes mundiais da indústria da borracha, participou pela primeira vez do Encontro da MotoMagazine entre os dias 21 e 23 de março, no Garden Hotel Campina Grande, Paraíba, em parceria com a Torres & Menezes, empresa presente no mercado de motopeças há mais quatro décadas. Durante o evento, distribuidores, fabricantes e lojistas de todo país conheceram a linha de pneus de moto Vipal, incluindo o mais recente lançamento da marca: o Vipal ST400.
As peças, desenvolvidas em três dimensões (3D), ainda mostram pontos turísticos ao redor do mundo, que representam a presença da Vipal nos quatro cantos do planeta, sempre em busca das melhores soluções de mercado, seja no frio rigoroso ou no mais árido deserto. Os anúncios estarão estampados em revistas do segmento.
Recém-lançado, o modelo faz parte da linha de pneus destinada ao segmento urbano, a qual é comprovadamente 15% mais resistente do que as demais marcas do mesmo segmento. Isso porque as lonas que constituem a estrutura têxtil dos pneus são compostas por fios de nylon mais grossos e em maior quantidade do que os outros modelos do mercado. Na prática, o motociclista conta com um pneu mais resistente a furos e outros danos aos quais estão sujeitos no dia a dia. Para Eduardo Sacco, Gerente de Marketing da Vipal, a participação na feira é estratégica para o posicionamento da marca: “A Motomagazine é uma grande oportunidade para fortalecermos a nossa presença no Nordeste, onde o mercado de motocicletas mais cresce no país, ainda mais contando com a força da tradição da Torres & Menezes, importante parceiro presente no mercado há mais de quatro décadas”, ressalta. Todo o conhecimento, know-how e tecnologia dos compostos de borracha e estrutura dos pneus adquiridos pela Vipal no segmento de reforma de pneus ao longo dos seus mais de 40 anos são empregados na sua linha de pneus de moto. Assim, desde 2012, a empresa investe na fabricação de pneus novos para motocicleta com sua marca própria, dominando, deste modo, o ciclo de vida de um pneu, da produção até a destinação adequada do pneu inservível. Hoje, os pneus de motos Vipal estão disponíveis em todo Brasil na modalidade street (ST200, ST300 e ST400), desenvolvida para o uso em vias urbanas, trail (TR300), indicada para todos os tipos de terreno, e cross (CR300), destinada à prática de trilhas em geral. Nova campanha destaca presença nas estradas “A gente roda o mundo inteiro para trazer na bagagem as melhores soluções em reforma de pneus”. Essa é a mensagem que a Vipal Borrachas traz em sua nova campanha publicitária voltada para o mercado brasileiro. Desenvolvida pela agência Duplo, de Porto Alegre, a campanha destaca a presença global e a expertise que a 24- BORRACHAAtual
Continental lança o ContiCOACH para ônibus rodoviários Acaba de chegar à rede de revendas oficiais da Continental o mais novo integrante do portfólio de pneus da marca: o ContiCOACH. Trata-se do primeiro modelo disponibilizado no mercado brasileiro desenvolvido especialmente para o segmento de ônibus rodoviários. Projetado para o transporte de passageiros em grandes e médias distâncias, ele está disponível, inicialmente, na medida 295/80R22,5. Podendo ser aplicado em qualquer eixo, o ContiCOACH oferece um rodar silencioso além de alto rendimento quilométrico graças à tecnologia “Fuel Saving Edge”, que proporciona baixa resistência ao rolamento. O emprego de cintas e talão otimizados aumentam o índice de recapabilidade do ContiCOACH. Um pacote de cintas mais largo garante um contato uniforme do pneu com o solo enquanto um inovador desenho da banda de rodagem, mesclando sulcos e ranhuras com elevada relação cheio/vazio, garantem uma melhor dirigibilidade e segurança, principalmente em piso molhado, e ainda conferem uma maior vida útil ao pneu. O novo pneu da Continental incorpora ainda a exclusiva tecnologia Air Keep Inner Liner²TM. Em sua segunda geração, ela não apenas reduz a perda da pressão de ar interna, como também evita a oxidação da carcaça. Graças a ela, a carcaça sofre menos deformações prolongando sua vida útil e seu índice
de reforma. Essa redução de deformação mantém a resistência do pneu ao rolamento em um nível ideal com reflexos na economia de combustível e na menor emissão de CO2 na atmosfera. O Air Keep Inner Liner²TM mantém o perfil externo do pneu na dimensão adequada, distribuindo a carga do veículo de uma forma homogênea, minimizando desgastes irregulares. “O ContiCOACH foi projetado para aplicação em ônibus rodoviário para transporte de passageiros. As frotas desse segmento demandam um produto que incorpore tecnologias capazes de maximizar a sua vida útil, durabilidade, tração e eficiência de combustível. Nos orgulhamos de projetar e produzir pneus adaptados às necessidades específicas de mercado. O ContiCoach é, sem dúvidas, um grande exemplo da nossa capacidade de oferecer a melhor tecnologia para um segmento de mercado específico”, explica Glen Carson, gerente de vendas de pneus para veículos comerciais da Continental Pneus Mercosul.
Vendas de pneus crescem 7,5% As vendas das associadas Anip – Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos - cresceram 7,5% no bimestre
janeiro/fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado, puxadas pelo crescimento de 19,1% nos pneus para veículos de carga, que passaram de 1,268 milhões para 1,509 milhões no período. “As vendas da categoria cresceram para os três segmentos de mercado atendidos: reposição (mais 19,3%), montadoras (+6,0%) e até para o mercado externo, onde tivemos uma forte ampliação (+48,3%), provocada pela nova geração de caminhões”, informa o presidente executivo da ANIP Alberto Mayer. No caso de pneus de passeio, o mercado de reposição manteve a forte expansão apresentada no mês de janeiro, crescendo 19,8% no bimestre, em relação a 2013, enquanto o fornecimento a montadoras caiu 15,6% no bimestre, passando de 2,126 milhões para 1,794 milhões. “O começo do ano não foi dos melhores para o setor de automóveis e o fornecimento de pneus acompanhou esse momento menos positivo”, explica Mayer. No total as vendas de pneus para veículos de passeio das associadas à ANIP cresceram 3,4% na soma dos dois meses, passando de 5,817 milhões para 6,014 milhões. Já as vendas de pneus para camionetas se comportaram de forma próxima ao setor de caminhões e apresentaram expansão nos três segmentos: + 18,6% para o mercado de reposição, + 20,7% para montadoras e + 4,7% nas
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Notas de Pneus exportações. “Parece claro pelos números da ANIP e dos fabricantes de veículos que o leve refluxo na tendência de compra de carros para uso particular não atinge a produção de camionetas, setor onde se somam as de uso profissional e as que são buscadas por famílias, mulheres e jovens pelo seu conforto, impressão de segurança e aspecto mais esportivo”, comenta Mayer. O atendimento do mercado pelas associadas à ANIP respondeu por cerca de 70% do consumo aparente, ficando os outros 30% nas mãos de importadores. Do total que as produtoras brasileiras venderam no mercado interno em janeiro e fevereiro, cerca de 10% foram representados por pneus importados para complementar as linhas fabricadas localmente, principalmente modelos que ainda têm consumo limitado no Brasil, como é exemplo o chamado Run Flat. O presidente da ANIP destaca que além da demanda do mercado, o crescimento da produção também foi influenciado pela presença, a partir de janeiro, de um novo associado na ANIP, a Sumitomo (pneus Dunlop), que veio se somar às 10 outras empresas do setor: Bridgestone Firestone, Continental, Goodyear, Levorin, Maggion, Michelin, Pirelli, Rinaldi, Titan e Tortuga (fabricante de câmaras). Importação se mantém em alta no primeiro bimestre As exportações de pneus tiveram um desempenho levemente positivo. “As vendas externas aumentaram 2,8% passando de 2,16 para 2,29 milhões de unidades no primeiro bimestre de 2014, comparado ao mesmo período do ano anterior, principalmente pela demanda de novos pneus de carga pela Argentina”, comenta Mayer. Já as importações totais de pneus, exclusos os para duas rodas, cresceram 3,4%, atingindo 5,384 milhões no primeiro bimestre deste ano ante 5,207 milhões de unidades no mesmo período do ano anterior. O crescimento ocorreu na importação de pneus para veículos destinados à construção pesada, máquinas agrícolas e florestais, mineração, além de ônibus e caminhões de carga. As compras externas de pneus para automóveis de passageiros caíram 5%, enquanto as importações de pneus para duas rodas tiveram forte queda (de 3,148 milhões para 1,894 milhões) entre este ano e 2013. Na soma geral, o resultado da balança comercial do setor ficou negativo em US$ 55,8 milhões no primeiro bimestre do ano, com as importações superando as exportações em 5,072 milhões de unidades. 2013 tem produção recorde A produção recorde de pneus em 2013 foi puxada pela expansão da fabricação de caminhões e camionetas, além de pneus industriais. No ano, a produção global atingiu 68,8 milhões de unidades, com aumento de 9,77% ante 2012, 26- BORRACHAAtual
enquanto as vendas para caminhões e ônibus cresceram 15,2%, para camionetas 20,7%, e os destinados a usos industriais 53% (empilhadeiras, etc.) 404 mil toneladas recolhidas para reciclagem em 2013 O processo de coleta de pneus inservíveis, a maior operação de logística reversa do país, é realizado pela Reciclanip, entidade sem fins lucrativos mantida pela indústria do setor. Em 2013 foram recolhidas 404 mil toneladas de pneus inservíveis, quantia que equivale a 81 milhões de unidades de pneus de carros de passeio. “Terminamos o ano com um investimento da ordem de R$ 99 milhões, valor bastante superior ao investido no ano passado. Esses recursos são utilizados para os gastos logísticos, que hoje representam mais de 60% dos nossos pagamentos, e também para todos os investimentos de destinações”, afirma o presidente-executivo da ANIP. A principal destinação destes pneus são as fábricas de cimento que utilizam os pneus inservíveis como combustível alternativo, para o que precisam dispor de filtros especiais. Outras destinações consideradas legalmente adequadas e aprovadas pelo IBAMA são empresas de moagem e processamento para produção de artefatos ou produção de asfalto borracha.
Crescimento da produção nacional de pneus por segmento Carga 9,2% (1,23 para 1,34 milhões) Camionetas 8,9% (1,38 para 1,50 milhões) Passeio 10,7% (5,24 para 5,80 milhões) Duas rodas 7,1% (2,38 para 2,55 milhões) Agrícola 6,6% (142 para 152 mil) Industrial 7,9% (297 para 231 mil) A produção de pneus para aviões ficou estável com cerca de 9 mil unidades.
Combata a Dengue: lugar de pneu velho é no ponto de coleta A Reciclanip, entidade voltada ao recolhimento e destinação correta de pneus inservíveis, informa que
existem mais de 800 pontos de coleta em todos os estados do Brasil, para onde o produto descartado deve ser levado. Calor e chuva se somam para estimular a dengue todos os anos. A Organização Mundial de Saúde (OMS ou WHO) alerta que a doença tende a crescer pela expansão do turismo e da movimentação internacional de mercadorias. E a revista Nature publicou recente manifestação do professor Simon Hay, especialista em doenças infecciosas da Universidade Oxford na Inglaterra sobre os riscos da Copa do Mundo ampliar a disseminação, em especial no Nordeste (Salvador, Fortaleza e Natal) onde chove bastante durante o período dos jogos. Os possíveis criadouros do mosquito da dengue são recipientes abertos com água estagnada, como latas, vasos e pneus largados nas residências e nos terrenos baldios. Para minimizar o problema, a Reciclanip, entidade do Sistema ANIP – Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, que promove o trabalho de coleta de pneus inservíveis, e os encaminha para a destinação final ambientalmente adequada, recomenda que os usuários, revendedores e frotistas levem sempre os pneus velhos para os pontos de coleta.
O programa da Reciclanip cobre todo o Brasil e seu funcionamento começa a partir dos chamados “Pontos de Coleta” instalados pelas Prefeituras ou por outras entidades, e que são obrigatórios pela legislação em cidades com mais de 100 mil habitantes. Quando o município não atinge esse total a recomendação é a formação de um consórcio com outros para instalar o Ponto de Coleta, que sempre deve ser um galpão ou local coberto. Os pneus recolhidos pelo serviço público, por revendedores ou ainda descartados voluntariamente pelo munícipe devem ser levados a esses locais (veja o mais próximo em www.reciclanip.org.br). “Nosso programa é desenvolvido por meio de parcerias com as prefeituras, que cedem terrenos dentro das normas específicas de segurança e higiene para receber os pneus inservíveis vindos de origens diversas. A Reciclanip os recolhe e encaminha à destinação correta”, diz o coordenador da entidade, Cesar Faccio. Todas estas destinações corretas precisam ser aprovadas pelo IBAMA como ambientalmente adequadas. Hoje, parte significativa dos pneus coletados é utilizada como combustível alternativo nas fábricas de cimento, substituindo óleo ou carvão. Para que seja ambientalmente
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Notas de Pneus correta, a queima deste material nas cimenteiras é cercada de todos os cuidados ambientais necessários, com o uso de filtros especiais. Outra destinação é a trituração para aproveitamento posterior da borracha, do aço e do tecido que compõem o pneu. Os principais usos da borracha reciclada são tapetes, pisos e a produção do asfalto borracha para estradas e ruas. Só em 2013 a Reciclanip coletou e destinou de forma ambientalmente correta mais de 285 mil toneladas de pneus inservíveis. Esta quantia equivale a 57.000.000 (cinqüenta e sete milhões) de unidades de pneus de carros de passeio. Um pneu é considerado inservível quando não há mais condição de ser utilizado para circulação ou reforma. Desde 1999, quando os fabricantes de pneus iniciaram esse processo, 2,56 milhões de toneladas de pneus inservíveis foram coletados e destinados adequadamente, o equivalente a 512 milhões de pneus de passeio. Desde então, os fabricantes de pneus já investiram US$ 221,40 milhões no programa até setembro de 2013. Para saber mais acesse o site: WWW.reciclanip.org.br Medidas de Combate à dengue: Não deixe água parada em pneus fora de uso. Leve-o para o ponto de coleta mais próximo da sua cidade. Confira os locais em: http://www. reciclanip.org.br/v3/pontos-coleta/brasil, Não deixe água acumulada sobre a laje de sua residência, Não deixe a água parada nas calhas da residência, Retire água parada que fica abaixo dos vasos de plantas, Caixas de água devem ser limpas constantemente e mantidas sempre fechadas e bem vedadas. O mesmo vale para poços artesianos ou qualquer outro tipo de reservatório de água, Vasilhas que servem para animais (gatos, cachorros) beber água não devem ficar mais do que um dia com a água sem trocar, As piscinas devem ter tratamento de água com cloro (sempre na quantidade recomendada). Piscinas não utilizadas devem ser desativadas (retirar toda água) e permanecer sempre secas, Garrafas ou outros recipientes semelhantes (latas, vasilhas, copos) devem ser armazenados em locais cobertos e sempre de cabeça para baixo. Se não forem usados devem ser embrulhados em sacos e descartados no lixo (fechado), Não descartar lixo em terrenos baldios e manter a lata de lixo sempre bem fechada, Sempre que observar alguma situação (que você não possa resolver), avise imediatamente o agente público de saúde da sua cidade, Cobre os mesmos cuidados dos vizinhos e, principalmente, das autoridades Procure um posto de saúde se você tiver os sintomas da dengue: Febre alta com início súbito, Forte dor de cabeça, Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos, Perda do paladar e apetite, Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores, Náuseas e vômitos, Tonturas, Extremo cansaço, Moleza e dor no corpo.
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Lula visita sede da Pirelli na Itália O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, visitou, em março, a sede da Pirelli, em Milão, acompanhado do presidente da empresa para América Latina, Paolo Dal Pino, e foi recebido pelo conselho de administração da Pirelli e do presidente e CEO, Marco Tronchetti Provera. Durante o encontro, o presidente Lula visitou o principal centro de Pesquisa & Desenvolvimento do grupo, onde são estudados e testados todos os tipos de pneus produzidos pela Pirelli, e encontrou-se com alguns representantes dos operários. Em seguida, visitou a Fundação Pirelli, que armazena e custodia documentos e imagens da história da empresa desde sua fundação, em 1872, até hoje. O presidente Lula fez uma palestra aos componentes do Conselho de Administração da Pirelli, durante a qual ilustrou a situação atual do continente sul-americano, uma área estrategicamente importante para os negócios da empresa. Presente na América do Sul desde 1910, em particular no Brasil, Pirelli celebra este ano 85 anos de atividade. No país a empresa conta com cinco fábricas (Santo André, Campinas, Sumaré, Gravataí e Feira de Santana) que produzem a gama completa de pneus e empregam mais de 12 mil pessoas. A Pirelli está presente, também, com fábrica de pneus na Argentina e na Venezuela e emprega em toda a região sul-americana quase 14 mil funcionários dentre os 38 mil no mundo. A América Latina contribui em aproximadamente 35% do faturamento mundial da Pirelli e entre 2014 e 2017, de acordo com o que foi indicado no último plano industrial, serão destinados aproximadamente 400 milhões de euros de investimentos na região.
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Notas e Negócios Cabot tem novo Presidente para América do Sul A Cabot Corporation anunciou a nomeação de Rubens Approbato Machado Jr. como novo Presidente Regional da América do Sul, a partir de Abril de 2014. Engenheiro da Escola Politécnica, USP, com mestrado na Universidade de Stanford, consolidou sua carreira de 30 anos na indústria química, incluindo petroquímica, especialidades químicas e bioquímicas, em empresas como DuPont, Petroquímica União e Umoe BioEnergy. Rubens Approbato, com sua experiência e liderança, ajudará a consolidar a alta performance e a forte cultura de compromisso com os clientes que a Equipe Cabot tem desenvolvido ao longo dos anos.
Eastman apresenta poliuretanos termoplásticos (TPUs) Poliuretano termoplástico (TPU) foi o atrativo da Eastman Chemical Company – empresa fabricante de especialidades químicas – na 37ª FIMEC (Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtume), realizada entre os dias 18 e 21 de março, na Fenac, em Novo Hamburgo (RS). No evento, a empresa destacou a usabilidade da linha de produtos para a fabricação de solas, soletas, solas esportivas, tacos e saltos em geral, destacando o foco na Série TCM. O produto foi desenvolvido com foco na indústria calçadista para competir com a borracha termoplástica (conhecida no mercado como TR). O produto apresenta baixo custo, entretanto mantém as características de resistência à abrasão, rasgo e/ou deslizamento e flexibilidade - mesmo quando exposto à baixas temperaturas. Ainda no evento, a Eastman reforçou a presença já solidificada nos últimos cinco anos de sua subsidiária “Scandiflex”, trazendo novidades ao mercado. Consultor da Eastman, Luiz Lira, destacou a relevância do evento para o setor, enfatizando que a feira já faz parte do calendário anual da empresa por ser o principal ponto de encontro do setor calçadista. “É na FIMEC que, além de encontrar os nossos clientes, temos a oportunidade de buscar novidades e tendências, para que possamos nos atualizar e desenvolver sempre produtos mais adequados às necessidades do mercado”, disse.
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A grade de produtos Thermollan da série TCM foi desenvolvida para aplicações no mercado calçadista e de peças técnicas em geral, e pode ser fornecido em sua cor natural (âmbar) ou preto. O produto é colorido facilmente com aplicação de masterbach apropriado. Dentre as opções de dureza, destacam-se os seguintes itens: • TCM 5505 D Preto > Dureza: 55+/-3; Densidade (g/cm³): 1,25+/0,02; Resistência à ruptura (n/mm²): mín. 30; Resistência à abrasão (mm³): Máx. 110; • TCM 6005 AW > Dureza: 61+/-4; Densidade (g/cm³): 1,24+/-0,02; Resistência à ruptura (n/mm²): mín. 5; Resistência à abrasão (mm³): Máx. 150; • TCM 8001 A > Dureza: 80+/-3; Densidade (g/cm³): 1,24+/-0,02; Resistência à ruptura (n/mm²): mín. 10; Resistência à abrasão (mm³): Máx. 100.
Indústria da Borracha cresceu 4% em 2013 De coxim de automóveis a balões de festa, passando por solados e eletrodomésticos, a borracha está presente em praticamente todas as atividades industriais. Fornecedora dos mais diferentes setores, a indústria de artefatos tem seu desempenho vinculado ao das demais. Com a atividade industrial brasileira praticamente estagnada em 2013 – o nível de horas trabalhadas na produção cresceu apenas 0,1% de acordo com a Confederação Nacional da Indústria – o setor de borracha registrou aumento no faturamento e atingiu US$ 2,82 bilhões. Por um lado, o resultado está atrelado ao desempenho da indústria automobilística, que encerrou 2013 com crescimento recorde de 9,9% (3,7 milhões de veículos) sobre o ano anterior, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Atualmente, 51% da produção de artefatos de borracha são destinados à fabricação de automóveis. Por outro, o setor sofre com a importação de artefatos de borracha acabados que, só em 2012, subiu 12%. “Obviamente isto concorre pesadamente para a desindustrialização do setor e, no bojo desta, lá se vão fábricas e postos de trabalho”, afirma Ademar Queiroz do Valle, diretor-executivo da ABIARB – Associação Brasileira da Indústria de Artefatos de Borracha.
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Notas e Negócios Venda de veículos importados cresce em fevereiro As 30 marcas de automóveis e de comerciais leves associadas da ABEIFA (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores) registraram crescimento de 16,3% nas vendas, no comparativo entre fevereiro de 2014 e fevereiro de 2013. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, o crescimento foi de 12,1%. Já em relação a janeiro de 2014, os emplacamentos das associadas da ABEIFA registraram queda de 11%. Parte dos resultados reflete a diferença de dias úteis nos respectivos meses. Em fevereiro de 2013 foram 17 dias de vendas e em fevereiro de 2014 foram 20 dias. No mês de janeiro de 2014 o mercado trabalhou 22 dias. “Mesmo com diferenças de dois ou três dias de vendas, o ritmo de crescimento tem sido constante desde setembro do ano passado. O resultado demonstra que os consumidores valorizam os atributos tecnológicos, os itens de segurança, o design e o conforto que os veículos importados oferecem. No momento da decisão de compra de um bem de alto valor agregado, a relação custo / benefício do veículo importado tem sido levada em conta”, destaca Flavio Padovan, presidente da entidade. Em fevereiro de 2014 foram emplacados 8.359 automóveis e comerciais leves pelas 30 associadas da ABEIFA. Somando as vendas de janeiro e fevereiro, foram emplacados 17.755 no primeiro bimestre de 2014. Esse resultado representa 3,25% do total de automóveis e comerciais leves comercializados no país nesse mesmo período. Mercado total também registra crescimento nos licenciamentos - Em fevereiro, o mercado total no Brasil registrou 245.941 emplacamentos de automóveis e comerciais leves, incluindo os 199.392 veículos fabricados no Brasil, os 38.190 importados pelas montadoras e empresas independentes e os 8.359 importados pelas associadas da ABEIFA. No acumulado de janeiro e fevereiro, o total de automóveis e comerciais leves emplacados no país somam 545.709, um crescimento de 5,1% em comparação ao mesmo período de 2013.
Estudo detalha consumo de calçados femininos no Brasil A sede do Sindicato das Indústrias de Calçados de Jaú foi palco da apresentação da mais completa pesquisa sobre o consumo de calçados femininos no Brasil, o Azimute 720. Lançado em Novo Hamburgo (RS), no último dia 26 de março, o levantamento foi detalhado pelo diretor da Focal Pesquisas, Gustavo Campos. 32- BORRACHAAtual
“O objetivo é trazer a voz da mulher para o âmbito da discussão sobre o mercado”, destacou Campos. Segundo ele, o setor calçadista vive uma crise de gestão, tanto no varejo quanto na indústria. Ouvindo 2.429 mulheres nas seis principais capitais do País, o Azimute 720 descobriu uma mulher mais independente - 88% delas possui renda própria - e menos fiel às marcas – apenas um quarto das entrevistadas disse ser representada por uma marca de calçados - e mais atentas à qualidade e conforto – calce e conforto foram atributos fundamentais destacados por 62,8% das mulheres. Influenciadoras O poder das redes sociais não pode ser subestimado. Essa foi a leitura do levantamento quando apontou que mais de um terço das mulheres costuma comprar calçados imaginando o que as amigas vão pensar. “Temos que reforçar o lado do que chamo de mulher invejinha”, disse Campos. Ainda neste contexto, 40,8% das entrevistadas disse influenciar a compra das amigas. “Hoje a influência não é mais restrita às celebridades”, acrescentou. Velocidade dos lançamentos O Azimute 720 destacou, ainda, a demanda por uma velocidade cada vez maior nos lançamentos, o chamado fast fashion. Conforme o levantamento, o consumo ficou em cerca de 6 pares por ano, número menor do que o registrado no mesmo estudo em 2011 (7), mas ainda significativo. “Significa que a indústria precisa lançar um produto novo a cada 60 dias ou menos”, frisou o especialista, ressaltando que o ciclo deve acelerar ainda mais com a chegada das grandes redes europeias no Brasil. A moda também tem papel fundamental no ato da compra, já que 53,3% das entrevistadas disse pagar mais por um produto em evidência. “Mas a mulher precisa saber o que está na moda e para isso é preciso investir em comunicação, mídia, anúncios, feiras, entre outros”, comentou Campos, destacando o papel da imprensa nesta divulgação. “Se a feira está cara, negocie. Mas nunca deixe de participar e deixar o seu produto na mídia”, comentou. Era da comparação Outro dado relevante apontado pelo estudo é a confirmação da força das multimarcas e a queda das monomarcas. Segundo o Azimute 720, 65,5% das mulheres prefere comprar nas lojas que oferecem mais de uma marca. “Apenas 5,9% preferem as monomarcas, uma queda significativa no comparativo com o relatório de 2011 (cerca de 15%). A mulher moderna quer ter o máximo de opções e é por isso que a multimarca é um castelo indestrutível”, destacou Campos. Já na loja, o principal atributo para a compra do produto é atendimento e preço, com 62%. “Por isso, invistam no treinamento da equipe comercial, o atributo é cada vez mais relevante”, disse.
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Notas e Negócios O comércio eletrônico, embora ainda com uma fatia menor de preferência (2,5%) também chamou a atenção pelo crescimento. Em 2011 apenas 0,5% das mulheres disse preferir comprar pela internet. “É um mercado ainda pequeno, mas de grande potencial”, ressaltou o especialista. Relatório
A biomassa torrada é produzida em Quitman, no Mississippi, em uma fábrica que foi construída e desenvolvida pela NBE. A Solvay vai oferecer a sua expertise industrial para triplicar a capacidade de produção anual atual de 80 mil toneladas para 250 mil toneladas até o final de 2014. A Solvay Biomass Energy irá utilizar subprodutos, como resíduos de serraria proveniente da indústria de madeira altamente desenvolvida em florestas manejadas da área.
O relatório Azimute 720 é uma realização da Focal Pesquisas e conta com o patrocínio exclusivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). Além dos dados detalhados no encontro, muitos outros poderão ser encontrados na publicação que conta com mais de mil páginas distribuídas em cinco volumes. O levantamento está disponível para a venda no site www.azimute720.com.br. Mais informações através do e-mail campos@focal.com.br.
A Solvay Biomass Energy, uma unidade de negócios de propriedade majoritária da Solvay Energy Services, é responsável pelas operações e manutenção da planta, abastecimento de matéria-prima, logística e tecnologia, bem como a comercialização do produto, principalmente para os produtores de energia na Europa e na Ásia.
Solvay lança produção de biomassa torrada
Renault chega aos 3 milhões de motores produzidos no Brasil
A Solvay lançou a produção de biomassa torrada em escala industrial nos Estados Unidos, um novo negócio que visa proporcionar uma solução de energia inovadora e renovável. Este negócio será administrado pela recémcriada joint-venture Solvay Biomass Energy, entre a Solvay e a empresa norte-americana New Biomass Energy (NBE). A biomassa torrada, que é tratada e queimada de forma semelhante ao carvão, é produzida por meio da torrefação, um processo que modifica as propriedades químicas dos resíduos de madeira e biomassa. A biomassa torrada pode substituir imediata e quase que totalmente o carvão, permitindo que usinas gerem energia limpa. Atualmente, algumas usinas na Europa utilizam aglomerados de madeira tradicionais para substituir o carvão. A biomassa torrada, no entanto, contém 35% a mais de energia por peso do que os aglomerados de madeira, o que também traz benefícios logísticos significativos para os clientes. Além disso, a Solvay está melhorando as propriedades de hidrorrepelência da biomassa torrada para aumentar ainda mais as suas propriedades de armazenamento e manuseio. “Esta nova empresa tem um duplo objetivo: por um lado, oferecer soluções inovadoras e competitivas às concessionárias de serviços públicos e clientes empresariais de energia, permitindo-lhes reduzir o custo de utilização da biomassa em suas plantas, e em paralelo, expandir nosso acesso à biomassa e criar novas aplicações com fonte biológica. A Solvay pretende posicionar-se ainda mais como uma empresa líder no desenvolvimento de produtos e tecnologias que suportam a transição global para a energia sustentável”, disse Philippe Rosier, presidente da Solvay Energy Services. 34- BORRACHAAtual
A Renault alcançou em 11 de março passado a marca histórica de 3 milhões de motores fabricados no País. A conquista foi marcada pela produção de mais uma unidade do motor 1.6 8V, que equipa o Novo Logan e também a linha Sandero. Instalada no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), a fábrica de motores da Renault foi inaugurada em 1999 e sua capacidade instalada atual é de 400 mil unidades por ano. Ao todo, cerca de 40% da sua produção é exportada para países como Argentina e Colômbia. “A conquista dessa marca representa a dedicação diária de cada profissional de nossa fábrica em produzir motores de alta tecnologia e qualidade para todos os nossos clientes”, destaca Cleverson Rabito, gerente-geral da Fábrica de Motores. A Renault produz em seu complexo industrial os propulsores 1.0, 1.2 e 1.6 de 8V e 16V nas versões a gasolina e bicombustível, que equipam modelos como o Novo Logan, Duster, Sandero, Clio, Kangoo e Fluence, além dos Nissan Livina e March. Os motores Renault ganharam destaque no mercado brasileiro pela robustez e economia. Com eles, seis modelos da marca - Logan, Sandero, Duster, Kangoo, Clio e Fluence - ganharam nota máxima (“A”) no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), elaborado pelo Inmetro, por apresentarem o menor nível de consumo de combustível nos seus segmentos. A eficiência alcançada por estes motores está diretamente ligada ao trabalho desenvolvido pelo Renault Tecnologia Américas (RTA), criado em 2007, que conta com cerca de 600 engenheiros no Brasil. Os motores produzidos
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Notas e Negócios no País carregam também todo o know how adquirido pela Renault em seus mais de 100 anos de história no setor automotivo e automobilístico mundial. Em especial, na Fórmula 1, onde a Renault comemorou em 2013 o 12º título mundial vencido por uma escuderia equipada com seus motores, e também o tetracampeonato com a RedBull Racing-Renault.
MWM International expande atuação industrial A MWM International continua em ascensão no segmento off-road. A fabricante independente de motores diesel líder no Mercosul ampliou sua atuação no segmento industrial ao fechar mais um contrato com a JCB, uma das maiores e principais fabricantes de equipamentos de construção do mundo. O novo acordo entre as duas empresas, parceiras desde 2004, prevê o fornecimento de cerca de 2 mil propulsores/ano para os próximos quatro anos. Os motores MaxxForce 4.3I, de 85cv e 110 cv de potência, serão instalados em uma nova linha de equipamentos da JCB. O início do fornecimento está previsto para o segundo semestre deste ano. Os motores MaxxForce 4.3I serão produzidos na fábrica da MWM International, em Santo Amaro, São Paulo, e possuem a robustez e a qualidade presentes em toda a linha de propulsores da companhia. De acordo com o Diretor de Vendas e Marketing da MWM International, Thomas Püschel, o contrato com a JCB solidifica o posicionamento da empresa na atuação no segmento industrial (linha amarela). “Este novo acordo proporcionará às duas companhias maior competitividade no mercado brasileiro. A JCB continuará contando com motores reconhecidos no segmento e com uma extensa rede de serviços, com mais de 480 pontos instalados em todo o território nacional”, completa. Nos últimos cinco anos, a MWM International cresceu cerca de 150% no mercado off-road, considerando Mercosul e exportações. Para 2014, a expectativa é manter o ritmo de crescimento com a meta de superar em 20% o volume registrado no segmento no ano passado. 36- BORRACHAAtual
Sobre a JCB Líder mundial em vendas e pioneira na fabricação de máquinas retroescavadeiras e manipuladores telescópicos, a JCB é a terceira maior fabricante global de equipamentos para construção civil. Comprometida com a inovação e qualidade de seus produtos, a companhia de origem britânica tem mais de 65 anos de atuação e 23 fábricas distribuídas em quatro continentes. No Brasil, a JCB está presente desde 1995 e em 2012 inaugurou uma nova fábrica no município de Sorocaba (SP), cujo investimento foi de 100 milhões de dólares num espaço de 200 mil m² e 33 mil m² de área construída. Buscando atender com excelência os mercados de construção civil, mineração e agrícola , a JCB investe para oferecer o melhor atendimento pós-venda especializado e próximo ao cliente em parceria com sua rede de distribuidores em mais de 40 pontos de atendimento de norte a sul do país. Globalmente a JCB produz mais de 300 modelos de máquinas diferentes. Na unidade fabril brasileira, a qual atende a toda a América Latina, são produzidas retroescavadeiras modelos 3C e 4CX, escavadeiras hidráulicas de esteiras JS160LC e JS200 LC, manipuladores telescópicos Loadall 535-125 e 540-170, rolo compactador VM115 e pás carregadeiras 3CL e 426ZX.
Fábrica da GM em Joinville conquista o LEED Gold A fábrica de motores e cabeçotes da General Motors do Brasil, em Joinville (SC), inaugurada em fevereiro de 2013, acaba de conquistar a certificação LEED - Leadership in Energy and Environmental Design – na categoria Gold, a mais importante certificação internacional do U.S. Green Building Council, resultado dos investimentos em sustentabilidade e inovações industriais lá implementadas. A fábrica de Joinville é a primeira a receber esta certificação no setor automotivo da América do Sul e a segunda fábrica da GM no mundo – a primeira, em 2006, foi a unidade de Lansing Delta Township, localizada em Michigan, nos Estados Unidos. Dentre as inovações existentes e avaliadas estão a energia fotovoltaica, o uso racional da água e da energia elétrica, tratamento de esgotos por meio de jardins filtrantes e tratamento de água por osmose reversa. Outras quatro unidades comerciais da GM também já receberam a certificação. A unidade passou por vários processos ambientais para chegar neste nível. Um sistema de energia solar foi instalado para iluminar a fábrica e escritórios, evitando emissões de 10,5 toneladas de CO2 - o equivalente a energia consumida por 220 casas no Brasil anualmente. A energia solar também é utilizada para aquecer 15 mil litros de água
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Notas e Negócios por dia, reduzindo os custos de gás natural e evitando 17,6 toneladas de emissões de CO2 por ano. Este é o primeiro sistema de energia solar na indústria automotiva brasileira. A fábrica também utiliza osmose reversa para filtrar a água reciclada permitindo sua reutilização seja nos vasos sanitários seja para uso industrial, tal como a torre de resfriamento. A fábrica de Joinville economiza o equivalente a nove piscinas olímpicas - 22,9 milhões de litros por ano. É a primeira aplicação deste tipo em uma instalação automotiva. Para ganhar esta certificação, a GM Joinville também lançou mão de projetos para captar luz natural e de jardins filtrantes para tratamento de esgoto.
garantida por uma maior diversificação de mercados. O relatório aponta que mercados mais tradicionais para os calçados brasileiros, abalados por crises políticas e econômicas, estão perdendo força. No mês passado, foram embarcados 13,44 milhões de pares, que geraram US$ 102,46 milhões, números 25,3% superiores em pares e 3,2% em dólares no comparativo com o mesmo mês de 2013 (US$ 10,7 milhões de US$ 99,3 milhões). No acumulado dos dois primeiros meses, as exportações somaram 26 milhões de pares e uma receita de US$ 195,4 milhões, número 10,3% superior em volume e 1,5% inferior em dólares no comparativo com igual período do ano passado. Destinos
A certificação LEED obtida pela unidade da GM em Joinville atende aos mais novos requisitos de sustentabilidade da construção civil atual – a versão do LEED 3.0-2009 -, que consideram não só o consumo de energia dos sistemas e equipamentos de “facilities’’ mas também o consumo de energia dos equipamentos do processo produtivo na redução de pelo menos 10% do total de energia consumida. Em Joinville, a redução do consumo de energia comparado aos sistemas e equipamentos da Norma Norte Americana (ASHRAE) chegou a 13,8%. A concepção de uma fábrica sustentável e inovadora em Joinville nasceu em meados de 2010, juntamente com as primeiras atividades de planejamento de projeto e construção da nova unidade. Para atender a demanda de um projeto sustentável e inovador, foi criado um time multidisciplinar formado por engenheiros dos departamentos de “facilities” (construções e instalações), meio ambiente e sustentabilidade, engenharia de manufatura e da área de Powertrain (conjuntos de motores e transmissões), com o objetivo de criar e desenvolver as iniciativas de sustentabilidade com total integração à concepção de uma fábrica de motores. Isso demandou um esforço adicional de planejamento, execução dos projetos e implementação das diversas iniciativas de sustentabilidade e inovação na construção da nova fábrica. Em todas estas etapas do projeto, desde o início, houve o trabalho de avaliação do U. S. Green Building Council para a obtenção da certificação do LEED.
Mercados alternativos impulsionam setor calçadista Dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) apontam para uma leve recuperação nas exportações no mês de fevereiro. A performance foi 38- BORRACHAAtual
Em 2014, mercados tradicionais como Estados Unidos, França, Rússia e Argentina perderam espaço, embora ainda figurem como os principais compradores. A surpresa do apanhado foi Angola, que nos dois primeiros meses assumiu o posto de quarto principal mercado para o calçado verdeamarelo. No período, os angolanos compraram mais de 3 milhões de pares a um valor de US$ 11,6 milhões, 79% mais do que no mesmo período de 2013. No primeiro bimestre os mercados do Oriente Médio, especialmente Arábia Saudita e Israel, também registraram incremento nas importações de produtos brasileiros no comparativo com o ano passado. Para o primeiro foram embarcados 474,5 mil pares e um valor de US$ 5,2 milhões (aumento de 100% em dólares) e para o segundo 880,3 mil pares a US$ 3,52 milhões (incremento de 120%). Já os principais mercados do período foram Estados Unidos (1,9 milhão de pares e US$ 29,6 milhões, queda 9%), França (2,53 milhões e US$ 15,67 milhões, queda de 3,1%) e Rússia (600,4 mil e US$ 12 milhões, queda 24,8%). A Argentina, que até o ano passado era o segundo principal destino do calçado nacional, caiu para a sexta posição, com queda de 35% em dólares (de US$ 16,26 milhões para US$ 10,56 milhões). Exportadores Entre os estados exportadores destaque para São Paulo, que registrou incremento de 41,7% na receita gerada com os embarques no comparativo com o primeiro bimestre de 2013. No período, os paulistas embarcaram 2,46 milhões de pares pelos quais receberam US$ 25,75 milhões. Já os dois principais exportadores, Rio Grande do Sul e Ceará, registraram quedas no período. Os gaúchos embarcaram 3,14 milhões de pares que geraram US$ 71,73 milhões, queda de 5%. Já os cearenses venderam 12 milhões de pares e receberam US$ 60,2 milhões, 1,4% menos do que no ano passado.
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Notas e Negócios Para o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, o resultado das exportações é motivado por um câmbio mais competitivo e estável. “Por outro lado, os resultados poderiam ser bem superiores, estando ainda muito aquém das nossas possibilidades”, avalia o executivo, ressaltando a deterioração do mercado argentino, o fim do Sistema Geral de Preferências para as exportações brasileiras aos países da União Europeia e os conhecidos problemas ocasionados pelo Custo Brasil. “A política de desoneração deve continuar e o fim do Reintegra pode acenar justamente para uma guinada neste processo. Isso nos preocupa muito e certamente já está surtindo efeito negativo no nosso desempenho”, acrescenta Klein. Por outro lado, o executivo destaca a diversificação de mercados, o que pode garantir um desempenho mais positivo nas exportações. “A Abicalçados, através do Brazilian Footwear, trabalha justamente pela diversificação dos destinos das exportações. Hoje estamos presentes em mais de 150 países. A crise nos nossos principais mercados teria um efeito muito mais grave se não fosse por essa pulverização do calçado brasileiro”, comenta. Importações seguem em alta Já as importações de calçados no primeiro bimestre de 2014 seguiram a tendência de alta. Embaladas pelos eventos esportivos vindouros, as compras externas de calçados chegaram a US$ 120,8 milhões, 31,1% mais do que no mesmo período do ano passado. Nos dois meses entraram no Brasil 8,2 milhões de pares, 35% deles de produtos esportivos. Em valores pagos, a importação deste segmento já representa 52% do total (US$ 62,23 milhões). Segundo Klein, o aumento das importações de calçados esportivos já ultrapassa 85% na relação com o mesmo período do ano passado. “Infelizmente, a oportunidade da Copa está sendo somente para os importadores asiáticos”, lamenta Klein, acrescentando que o não acionamento dos mecanismos de defesa comercial é o motor de uma grave crise na indústria calçadista brasileira. Conforme o relatório, quase 62% das importações de calçados do período foi proveniente do Vietnã, que vendeu 4,13 milhões de pares pelos quais foram pagos US$ 74,54 milhões, aumento de 51% com relação aos dois meses de 2013. O segundo maior exportador de calçados para o Brasil foi a Indonésia, com 1,36 milhão de pares e US$ 21,96 milhões, incremento de 46,7%. A China segue no terceiro posto, com a venda de 1,96 milhão de pares por US$ 11,63 milhões, aumento de 12,6%. O destaque do período foi a Tailândia, que assumiu a quinta colocação entre os maiores exportadores de calçados para o Brasil. De lá vieram 89,5 mil pares pelos quais foram pagos US$ 2,4 milhões, aumento de 300% com relação ao mesmo período do ano passado.
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Em partes de calçados, as importações brasileiras diminuíram 12,6% com relação ao primeiro bimestre de 2013. Nos dois meses entraram no Brasil o equivalente a US$ 5 milhões em cabedais, solas, saltos, palmilhas, entre outros materiais. Os principais exportadores deste segmento foram China (US$ 1,9 milhão, queda de 34%), Vietnã (US$ 1,32 milhão, queda de 1%) e Taiwan (US$ 426,6 mil,aumento de 200%).
Prazo para certificação compulsória de componentes de sistema de direção termina em novembro O IQA - Instituto da Qualidade Automotiva, organismo de certificação acreditado pelo Inmetro, criado e dirigido pela Anfavea, Sindipeças, Sindirepa e outras entidades do setor, alerta fabricantes e importadores de terminais de direção, barras de direção, barras de ligação e terminais axiais de automóveis e veículos comerciais que até 28 de novembro todos os produtos comercializados no mercado de reposição devem possuir o selo de qualidade do Inmetro. “Apesar de distante, é preciso lembrar que 2014 é um ano atípico, com Carnaval em março, Copa do Mundo em junho/julho, e eleições em outubro, e todos estes eventos influenciam no desenvolvimento das atividades profissionais”, comenta Alexandre Xavier, gerente de Novos Negócios do IQA. “Assim, quanto antes o processo for iniciado, melhor, pois existe a necessidade de efetuar testes e avaliações laboratoriais que demandam tempo, e nem sempre os resultados satisfatórios são atingidos na primeira tentativa”, recomenda. A certificação compulsória de terminais e barras de direção, barras de ligação e terminais axiais comercializados no mercado de reposição foi determinada pelo Inmetro por meio da portaria 247, de 3 de maio de 2013. Após 28 de novembro de 2014, quem produzir ou importar estes componentes sem o devido selo do Inmetro comete infração e está sujeito à multa, apesar de haver carência até 28 de maio de 2015 para a venda das peças em estoque para o mercado varejista. Já o varejo tem até 28 de maio de 2016 para zerar os estoques com produtos sem o selo do Inmetro e, após esta data, quem vender componentes de direção sem o selo de certificação pode ser autuado e ter os produtos recolhidos. Fazem parte desta portaria terminais de direção, barras de direção, barras de ligação e terminais axiais utilizados em automóveis, camionetas, caminhonetes, veículos
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comerciais leves, caminhões, caminhões-tratores,ônibus e micro-ônibus, das categorias M e N e categorias G e O (quando aplicável), conforme descritos na norma ABNT NBR 13776. Estão isentos de certificação dos veículos da categoria “L” (veículo automotor com menos de quatro rodas), conforme descrito na norma ABNT NBR 13776, máquinas, implementos e equipamentos agrícolas.
TMD Friction do Brasil tem novo diretor geral O paulistano Marcoabel S. Moreira é novo diretor geral de Aftermarket e Shared Services da TMD Friction do Brasil, empresa fabricante de pastilhas e lonas de freio com a marca Cobreq. Na TMD, de 2006 a 2011 o executivo ocupou o cargo de diretor financeiro e, ainda em 2011, foi promovido a diretor geral para Shared Services (RH, Sistema da Qualidade e Saúde, Segurança e Meio Ambiente). Um dos desafios do novo diretor e equipe será o suporte à transferência da atual planta de Indaiatuba para a cidade de Salto, também no interior de São Paulo, onde serão investidos 92 milhões de reais. Trata-se do maior investimento da japonesa Nisshinbo Holdings – controladora do Grupo TMD Friction desde 2011 – em outro continente. Segundo Marcoabel, “nesta nova fábrica boa parte dos investimentos serão na área do nosso Aftermarket, que tem demonstrado boa expectativa para o futuro. Vamos continuar investindo no segmento OE, sob a responsabilidade de Edilson Jaquetto (diretor geral OE e também responsável pelo Projeto Mudar para Melhorar). Assim esperamos ampliar nosso leque de clientes no Brasil. Para isto é necessário uma completa reestruturação de nossas vendas, produção e serviços”. O executivo ainda informou que haverá um período de transição com a gradativa transferência para a planta de Salto nos anos de 2015 e 2016. “Durante um período estaremos operando em Indaiatuba e Salto, simultaneamente, até a conclusão de nossa nova fábrica”, concluiu. BORRACHAAtual - 43
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TMD/Cobreq lança pastilhas de freio para 81 veículos A TMD Friction do Brasil colocou no mercado de reposição pastilhas de freio – dianteiras e/ou traseiras – para 81 veículos, entre importados e nacionais. Produzidas pela TMD Europa e detentora da rigorosa homologação européia R90, estas pastilhas garantem segurança de frenagem e maior durabilidade também do disco. Tal lançamento coloca no mercado pastilhas de freio de última geração e que ainda atendem severos requisitos das principais montadoras do mundo, maioria das quais a TMD é fornecedora. Estas são as marcas que agora são abastecidas na reposição com as pastilhas TMD/Cobreq: Peugeot, Volkswagen, Audi, Land Rover, Honda, Chrysler, Iveco, Mitsubishi, Ásia Motors, Chana, Cherry e Effa. Alguns dos modelos com pastilhas TMD/Cobreq no mercado: Audi Q3 2.0, VW Tiguan 2.0T, Land Rover Freelander, Honda CRV ELX, Peugeot 407 3.0 V6, Iveco Daily, Mitsubishi Pajero Dakar, Asia Motors Towner 1.0, Chana Cargo 1.0, Chery Face 1.3 16V, Effa M-100 1.0 e Chrysler Sebring 2.7 V6 24V.
Produção de biocombustíveis no Brasil deverá crescer mais de 200% em 20 anos A produção de biocombustível no Brasil deve crescer mais de 200% de 1,3 milhão para 4,1 milhões de barris comparados a petróleo - até 2035, estima a IEA (Agência Internacional de Energia). No mesmo período, o uso do etanol no transporte subirá dos atuais 3% para 8%, ainda conforme a organização. Os números foram apresentados pelo chefe do departamento de indústria e mercado de petróleo da IEA, Antoine Halff. Convidado do Seminário Internacional de Biocombustíveis, promovido pelo IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis) e WPC (Conselho Mundial de Petróleo), Halff abriu a programação do evento que reuniu em março especialistas estrangeiros e brasileiros do setor. De acordo com Halff, as previsões para o Brasil nos próximos 20 anos são otimistas: além de quase quadruplicar a geração de energias renováveis, o país responderá por 40% da exportação mundial de biocombustíveis. A produção de gás natural irá quintuplicar e o país se tornará o 6º maior produtor de petróleo do mundo, com uma produção de mais de 6 milhões de barris por dia. “O mapa energético no mundo está mudando. Existe uma redistribuição de suprimento e demanda de petróleo e biocombustível e nós vemos o Brasil, hoje, como o pivô dessa transformação”, disse. Não à toa, o país ganhou destaque com quatro capítulos no último World Energy Outlook, relatório editado pela Agência e que serve como referência para o mercado. Quem também exaltou o potencial brasileiro foi o vice-presidente do WPC, Joszef Tóth, que classificou o país como a “Meca dos biocombustíveis”. BORRACHAAtual - 45
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“Há muitos lugares no mundo produzindo esse tipo de combustível, mas nenhum em tamanha quantidade e qualidade como o Brasil”, destacou.
Vendas internas de produtos químicos sobem 3,27%
O presidente do WPC, Renato Bertani, afirmou que é preciso prestar cada vez mais atenção às fontes de energia renováveis. Segundo ele, quando se compara com barris de petróleo, o mundo consome cerca de 250 milhões de barris em energia. Destes, 85 milhões são realmente de petróleo. Os demais advém do carvão, gás, hidroelétrica, entre outras fontes. “Nosso desafio é cada vez mais estimular o uso das fontes renováveis, pois os biocombustíveis são ideais para atender a demanda energética no mundo”, disse.
Conforme informações preliminares da Equipe de Economia e Estatística da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), embora o índice de vendas internas tenha apresentado queda de 7,24% em fevereiro em relação ao mês anterior, no acumulado dos dois primeiros meses do ano, as vendas internas são positivas em 3,27%, sobre igual período de 2013. Na comparação com igual mês do ano passado, o índice de fevereiro exibiu elevação de 4,63%.
João Carlos de Luca, presidente do IBP, falou que o país possui condições ideais para manter o mercado de biocombustíveis em alta, como clima e territórios suficientes para plantação. Contudo, estabelecer um marco regulatório e aumentar os investimentos em tecnologia são fundamentais. Ainda de acordo com De Luca, o Seminário Internacional de Biocombustíveis é uma grande oportunidade para ampliar o debate sobre os biocombustíveis no Brasil e no mundo. “Há 56 anos, o IBP trabalha pelo desenvolvimento da indústria de petróleo. Depois, intensificamos as ações na área de biocombustíveis. O etanol é hoje uma expertise do nosso país e nós participamos de decisões importantes nessa área. Por isso, não podemos deixar de participar de qualquer discussão do biocombustível”.
Entretanto, os volumes realizados em fevereiro de 2014, tanto em termos de produção quanto de vendas internas, exibiram quedas, na comparação com o mês anterior. As empresas aproveitaram o início do ano, que tradicionalmente é mais calmo no setor, para realizar paradas programadas para manutenção, impactando a produção. Além das paradas, o mês de fevereiro teve três dias a menos do que janeiro, o que acaba tendo impacto em um setor que opera em regime de processo contínuo. O índice de produção caiu 12,91% em fevereiro sobre janeiro e acumulou retração de 3,21% no primeiro bimestre, sobre igual período do ano passado. Na análise dos últimos 12 meses, sobre os 12 meses imediatamente anteriores, os índices de volume são positivos. A produção subiu 1,51% e as vendas internas cresceram 1,26%.
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Notas e Negócios O índice de utilização da capacidade instalada ficou em apenas 73% em fevereiro, dez pontos abaixo da média registrada em janeiro e cinco pontos menor do que a taxa de ocupação relativa ao mesmo mês de 2013. Esse resultado também é reflexo da ocorrência generalizada de paradas programadas para manutenção, além do menor número de dias do mês. Na média do primeiro bimestre, o nível operacional do segmento de produtos químicos de uso industrial ficou em 78%, contra 80% de média em iguais meses do ano passado. Levando-se em consideração o Consumo Aparente Nacional (CAN), importante medida da demanda interna por produtos químicos de uso industrial, os resultados do primeiro bimestre deste ano sobre os mesmos meses de 2013 sugerem estabilidade. O CAN exibiu, nessa comparação, recuo de 0,5%. Entretanto, tomando os dados dos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, o CAN cresceu expressivos 6,5%. A diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, destaca a incoerência entre a demanda registrada e o crescimento das importações de produtos químicos no País. Nesse mesmo período, o aumento do volume importado foi de 16,7%. “Além de perder espaço para os importados, gerando emprego e riqueza fora do País, o segmento também não tem conseguido elevar suas exportações, o que é mais uma prova da perda de capacidade de competição no mercado internacional”, analisa Fátima. De acordo com a diretora, como a demanda não está aquecida no mundo, ainda há excedentes que estão sendo comercializados a custos marginais, desalinhando a oferta e os preços de diversos produtos. Para Fátima, a falta de competitividade com esses produtos faz com que a ociosidade das plantas nacionais aumente e, assim, o setor perca as possibilidades de investimentos. “As oportunidades só se transformarão em realidade a partir do momento em que as empresas esgotarem o parque produtivo atual”, alerta. Nessa direção, a desoneração de PIS/Cofins sobre a compra de matérias-primas, que entrou em vigor em meados do ano passado, traz algum alívio na pressão que o setor vem sofrendo em relação à falta de competitividade e deve ajudar a elevar o nível de utilização das atuais plantas.
Rhodia mostra inovações para setor de couro, componentes e calçados A Rhodia, empresa do grupo Solvay, participou da Fimec 2014, principal feira do setor coureiro-calçadista do Brasil (de 18 a 21 de março, em Novo Hamburgo, RS), com seu amplo portfólio de soluções para o setor de couro, componentes e calçados. O setor representa em média, por ano, 7% de suas vendas no Brasil. A empresa fornece produtos para todas as fases de tratamento de couro, intermediários químicos para a produção de poliuretano aplicado em calçados, sílicas empregadas em solados, solventes sustentáveis para adesivos e couro, além de fios têxteis e fios industriais de alta tenacidade para uso em linhas de costura industrial. Para mostrar toda a gama de tecnologias e produtos criados no Brasil, a empresa decidiu patrocinar este ano a implantação da fábrica conceito de calçados, montada na Fimec sob a organização do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos – IBTeC. 48- BORRACHAAtual
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Notas e Negócios “O setor de couro, componentes e calçados é muito representativo para a Rhodia na região. Há muitas décadas, a empresa tem sido um dos principais fornecedores de insumos e matérias-primas e vem apoiando uma série de iniciativas que contribuem para o desenvolvimento dessa cadeia produtiva no País”, diz Carlos Silveira, diretor na América Latina da área global de negócios Poliamida e Intermediários, do grupo Solvay. Na fábrica conceito, acrescenta Silveira, o público conheceu na prática o uso das diversas tecnologias e produtos da empresa para o setor. Poliamida e Intermediários - Entre os destaques da empresa para o setor estão os novos produtos para diferentes fases do tratamento de couro, que ampliam a linha de produtos da Rhodiaeco. Desenvolvidos no Brasil, com suporte dos centros de pesquisas internacionais do grupo e laboratórios de entidades do setor no País, esses produtos permitem melhorar a produtividade da indústria do curtume, além de oferecer vantagens ambientais, com a redução de efluentes químicos. Outro destaque é o TPU (poliuretano termoplástico), desenvolvido por um parceiro Rhodia, feito a partir da matéria-prima da empresa, que ajuda a melhorar a competitividade do produto final e suas propriedades. Segundo Silveira, a área de Poliamida e Intermediários está alinhada à estratégia da cadeia química do C6 (seis moléculas de carbono), que permite à empresa a possibilidade de criar e produzir novas soluções em tecnologias e produtos na área de intermediários químicos, atendendo a diferentes necessidades do mercado. A área de Poliamida e Intermediários desenvolve uma série de inovações em várias partes do mundo, incluindo o Brasil, onde está a sua base industrial para a região. Recentemente – informa Carlos Silveira – a empresa criou um laboratório exclusivo no centro de pesquisas de Paulínia para o desenvolvimento de produtos e aplicações em Poliamida e Intermediários e está em processo de finalização de uma nova central de controle de produção. “Nosso objetivo é aumentar a confiabilidade das nossas operações, para atender melhor aos nossos clientes da região”, afirma Carlos Silveira.
de Camilla Fernandes de Oliveira, aluna de Engenharia Química do Centro Universitário da FEI, “Avaliação de propriedades combustíveis do condensado oriundo da pirólise de pneus e inservíveis”. Ao propor a utilização do condensado líquido resultante da decomposição de pneus, pela ação de altas temperaturas, como combustível, o trabalho foi um dos vencedores do Prêmio Odebrecht para o Desenvolvimento Sustentável 2013, na área de geração e uso de energias, energias renováveis e eficiência energética. Segundo o professor de Engenharia Química Ronaldo Gonçalves dos Santos, orientador do projeto, os pneus, feitos de borracha vulcanizada, são de difícil reciclagem. Apenas uma pequena parcela é reaproveitada na produção de asfalto e argamassa. Ainda há um grande excedente de pneus nos lixões e aterros, ocupando espaço e poluindo o meio ambiente – os pneus levam anos para se decompor e são um foco de proliferação de doenças. “A partir da pirólise obtivemos um condensado e analisamos as propriedades determinadas pela Agência Nacional do Petróleo, como ponto de fulgor, viscosidade, densidade, pressão de vapor e octonagem, entre outras. Grande parte dos quesitos analisados está dentro da faixa estipulada pela ANP. Quando comparado a outros combustíveis, o condensado se mostrou similar ao diesel S10”, explica o prof. Gonçalves dos Santos. A proposta do projeto iniciado em janeiro de 2013 é reutilizar e produzir combustível a partir de um poluente. “Uma fundamentação teórica consolidada e a análise dos resultados de forma rigorosamente científica foram os grandes méritos do trabalho, e possibilitaram que o trabalho realizado na FEI superasse outros bons trabalhos sobre sustentabilidade”, afirma Gonçalves dos Santos. Para viabilizar o uso do condensado como combustível, ainda são necessários testes em motores e alterações nos compostos aromáticos e tóxicos. Projetos complementares ao estudo do condensado de pneus como combustível estão em planejamento. Alunas do 9º ciclo do curso de Engenharia Química da FEI iniciaram este mês um projeto que visa otimizar as características do condensado por meio da manipulação de variáveis do processo de produção. Outro projeto será iniciado em abril, para avaliar a produção de compostos de alto valor agregado a partir do condensado. Um exemplo desses compostos é o d-limoneno, utilizado como solvente e aromatizante.
Projeto desenvolvido na FEI ganha Prêmio Odebrecht para o Desenvolvimento Sustentável 2013
Sincopeças ingressa como interessado em processo da ANFAPE
Projetos acadêmicos voltados à sustentabilidade têm alcançado destaque e reconhecimento em diversas esferas, públicas e privadas. É o caso do projeto de iniciação científica
O SINCOPEÇAS – Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos –, representando os principais estados do país, entregou ao CADE – Conselho
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Notas e Negócios Administrativo de Defesa Econômica – um documento formal indicando a entrada como terceiro interessado no processo da ANFAPE – Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças – contra as montadoras Fiat, Ford e Volkswagen que buscam o domínio do mercado de autopeças, querendo impedir a atuação das empresas independentes. As entidades sindicais que assinam formalmente o documento entregue ao CADE se referem aos estados de São Paulo, Acre, Piauí, Minas Gerais, Distrito Federal, Pernambuco, Rondônia, Ceará, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Goiás. As entidades sindicais se manifestam ao lado dos consumidores para a preservação de seus direitos, pela liberdade de escolha na hora do conserto do veículo. “Nossa causa está totalmente relacionada às atividades comerciais dos associados do SINCOPEÇAS que querem ver preservados seus direitos e interesses de seus clientes”, diz Renato Fonseca, presidente da ANFAPE. Entre as informações contidas no documento, destacase o interesse do Sindicato em manter o direito e o dever de defender o setor de autopeças em geral, de modo a fomentar a atividade econômica que é fundamental para o crescimento socioeconômico do país, pois gera renda, serviços, tributos e é um dos setores que criam empregos diretos e indiretos, portanto, um dos mais eficientes em inclusão social. Fonseca ressalta que os consumidores precisam ter total conhecimento do que acontecerá caso essas montadoras conquistem o monopólio do mercado, como almejam. O problema será agravado ainda mais se toda a cadeia de produção e comercialização de peças similares for eliminada, o que acabará com os fabricantes e com o mecânico de confiança. “Os consumidores terão, inevitavelmente, que recorrer às concessionárias e ficarão reféns de qualquer tipo de abuso, inclusive em relação aos valores praticados”, explica o executivo. Por isso, o apoio de entidades representativas para a sociedade, como no caso do SINCOPEÇAS, é fundamental na luta pelos direitos dos consumidores. “A verdade é que essas montadoras querem eliminar a concorrência no setor de reposição de autopeças visuais dos veículos, como para-choques, retrovisores, lanternas e capôs, que compõem o segmento de colisão, mas não conseguem abastecer o mercado de reposição”, afirma Fonseca.
Cummins cresce mesmo com mercado instável A Cummins Inc., maior fabricante independente de motores Diesel e componentes do mundo, fechou o ano de 2013 com faturamento bruto de US$ 17,3 bilhões, cifra idêntica ao de 2012. Mesmo em condições adversas no ano 52- BORRACHAAtual
passado, com registros de recessão na Índia, queda na China e o mercado brasileiro sem corresponder às expectativas previstas, a Cummins Inc. manteve o faturamento e continua investindo tanto no País como no restante do mundo, apostando no futuro e anuncia a fabricação local dos motores ISF 2.8 e 3.8 litros. Do total de US$ 17,3 bilhões de faturamento bruto, a unidade de Negócios de Motores respondeu por 47%, seguida por Componentes 21%, Distribuição 18% e geração de energia por 14%. Com plantas industriais nos seis continentes, a Cummins Inc. manteve, em 2013, cerca de 48 mil empregos diretos em mais de 190 países e territórios onde comercializa seus motores, sistemas e componentes. Na América do Sul, a fabricante de motores e componentes alcançou vendas de US$ 1,6 bilhão [incluindo joint-ventures regionais], montante similar ao alcançado em 2012. Sem considerar as joint-ventures, a Cummins Inc. obteve receita bruta de US$ 1,28bilhão. Apesar das adversidades macroeconômicas, 2013 foi o terceiro melhor ano da história da Cummins Inc. Em 2011, o faturamento global foi de US$ 18 bilhões. E em 2012 e em 2013, de US$ 17,3 bilhões. “Esse cenário de sucesso e solidez financeira corporativa repercute positivamente em nossa região, pois ampara nossos planos locais de investimentos”, analisa Luis Afonso Pasquotto, presidente da Cummins América do Sul e vice-presidente da Cummins Inc. Motores Série ISF - Com o sucesso do lançamento desta família de motores de 2.8 e 3.8 litros em suas versões Euro 5, a Cummins decidiu, no ano passado, por focar seus objetivos de curto prazo em oportunidades de crescimento e expansão. Com investimento total de US$ 14 milhões até 2015, a Cummins anuncia o início da produção do motor ISF em sua fábrica no Brasil, localizada em Guarulhos (SP), a partir do último trimestre deste ano. O aumento da demanda e maior alinhamento às regras dos programas Inovar-Auto e Finame são as principais considerações da fabricante para o início da produção local. Bem sucedidos por aqui, os motores ISF 2.8 e 3.8, que atualmente sãoimportados da China e finalizados no País, ganharão assim maior conteúdo local para possibilitar que os clientes da empresa obtenham os benefícios oferecidos pelo índice de nacionalização. Ao atender aos segmentos de ônibus, comerciais leves e caminhões leves e semileves, a Cummins visualiza para a família ISF um mercado com potencial de produção no Brasil de mais de 50 mil motores, para cada um dos modelos. Na estratégia da empresa, o início da produção do ISF 3.8 está previsto para o final de 2014, já a versão 2.8 deve ser introduzida na linha de montagem a partir de outubro de 2015. A estimativa é ter um volume total já no primeiro ano de 22.500 unidades para o ISF 3.8.
Os engenheiros do Centro Técnico da Cummins no Brasil e seus colegas chineses, europeus e americanos adaptaram os novos motores para as características específicas dos mercados sul-americanos. Vale ressaltar que a arquitetura e a tecnologia dos novos motores permitirão o atendimento de futuras legislações de emissões como a Euro 6. Motores ISG - Desenvolvimento para os mercados globais continua sendo foco e prioridade da empresa, a exemplo da plataforma Série G, apresentado no Brasil durante a Fenatran no ano passado. Trata-se de uma inovação no mercado em termos de potência e baixo peso (860quilos) para caminhões acima de 45 toneladas e chega para definir um novo padrão de plataforma global de motores pesados. A nova plataforma segue o conceito de produto projetado para atender a uma ampla variedade de exigências do mercado Diesel mundial e as normas de emissões vigentes e futuras. Sua produção, inicialmente em Pequim, na China, deve começar a partir do primeiro semestre deste ano, na versão seis cilindros em linha de 11,8 litros. Para o mercado automotivo de motores pesados, a plataforma Série G foi apresentada como Cummins ISG12, com potência de até 510 hp, em um pacote compacto e leve. O motor está disponível para atender às diversas
normas internacionais em requisitos de emissões - Euro 5, Euro 6, EPA 2017, entre outros -, sendo a solução perfeita para caminhões pesados em serviço de longa distância, bem como ônibus, caminhões de bombeiros e veículos de recreação, como motor-home. Centro de Distribuição - No ano passado, com investimentos na ordem de US$ 1,1 milhão, a Cummins inaugurou um novo Centro de Distribuição de Peças e Componentes (PDC) para consolidar emúnico centro logístico todas as unidades de Negócios, com foco em melhoria contínua no atendimento aos clientes. O local oferece suporte técnico às necessidades requeridas pelo crescimento de mercado de pós-venda doméstico e de exportação, visando eficiência, padronização, qualidade e satisfação dos clientes. O novo centro logístico traz o conceito CCW (Cummins Collaborative Workplace), um ambiente de trabalho que atende à diversidade das organizações e estilos detrabalho individuais, fornecendo uma variedade de opções de espaços de trabalho para incentivar a inovação e a colaboração. Vale acrescentar que já em seu terceiro ano de reforma, boa parte da fábrica da Cummins, em Guarulhos (SP), também opera em formato CCW, com investimentos de US$ 4,8 milhões. Centro Técnico - Ao criar uma estrutura com nível global de atendimento às atividades das unidades de negócios, em
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1/3 Seriac Notas e Negócios linha com sua estratégia para se consolidar na região com atuação cada vez mais sinérgica, a Cummins iniciou oficialmente em 2013 a operação do Centro Técnico Integrado América do Sul, em Guarulhos (SP). “Com a nova estrutura integrada, a empresa dá um passo muito importante para elevar a capacidade de inovar e executar trabalhos de alto desempenho, objetivandoindicadores estratégicos para sustentabilidade do nosso negócio, como qualidade de nossas soluções, produtividade e tempo de resposta no atendimento aos clientes”, afirma Adriano Rishi, diretor de Engenharia da Cummins América do Sul. A estrutura conta com laboratórios de testes de motores, turbos e filtros, com oito salas de dinamômetros para o desenvolvimento de motores, centro pilotopara montagem e validação de protótipos de veículos, laboratório de análisemecânica e laboratório de eletrônica – destinado ao desenvolvimento de novas calibrações. Motores Alta Potência (HHP) - Para atender aos mercados de geração de energia, mineração, óleo e gás, marítimo e de locomotivas, a Cummins Inc. inicia a produção do novo motor QSK95 a Diesel e gás natural no segundo semestre em sua planta de Seymor- Indiana (EUA). Trata-se do maior motor de alta rotação (highspeed) nesta classe de produto. Investimentos para atender ao mercado naval, no qual a fabricante de motores tem forte presença, também foram realizados em parceria com o Distribuidor Cummins, localizado no Rio de Janeiro (RJ). Ao constatar a necessidade de atender à região devido ao constante aumento do número de embarcações equipadas com os motores e geradores Cummins, e também de alta complexidade tecnológica deste segmento, a empresa implantou um centro avançado de aplicação e desenvolvimento de soluções com engenheiros preparados e técnicos treinados e especializados para suportar as frotas que atendem ao mercado offshore da região. O atendimento cobre 24 horas por dia e 7 dias por semana.
Abraciclo prevê estabilidade ao longo do ano A Abraciclo, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, divulgou dados mostrando que as montadoras de motos instaladas no Brasil tiveram um primeiro trimestre melhor do que em 2013. As vendas no varejo alcançaram 365.306 unidades, 3,7% superior ao volume obtido no mesmo período do ano passado. Já a produção passou de 383.199 unidades para 408.665, aumento de 6,6%. A média diária também foi melhor nos meses de janeiro até março, 5.989 unidades contra 5.869. As vendas no atacado ficaram estáveis no período, de 369.253 motos ante 367.466, com variação de 0,5%. Nas exportações, a elevação foi de 18,9%, passando de 22.380 para 26.619 motos. “Os números positivos no período refletem os esforços dos fabricantes e suas redes de concessionárias para a antecipação dos resultados, já prevendo uma possível dificuldade nas vendas por conta da Copa do Mundo”, justifica Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. Nos números de março de 2014, o levantamento da entidade aponta uma retração no comparativo com fevereiro. Os emplacamentos, no mês passado, chegaram a 112.212 motos, declínio de 6,1%. Uma das razões para a queda foi o Carnaval, que, neste ano, aconteceu em março, diminuindo os dias úteis de vendas. Já em relação a março do ano passado, os licenciamentos sofreram queda de 9,4%. Seguindo a tendência, as vendas no atacado e produção caíram, respectivamente, 8% e 11,5%, em comparação com fevereiro, e 3,2% e 6,7% com o mesmo mês de 2013. 54- BORRACHAAtual
Renovação de frota e avanço da alta cilindrada Ao longo de 2013, a indústria de duas rodas não deixou de investir em tecnologias e novos modelos. Prova disso são os 29 lançamentos realizados durante o ano. Só as motocicletas premium, acima de 450cm³, registraram 18 novos produtos, contando com a chegada de mais uma marca no mercado nacional, responsável por cinco destes modelos. Essa iniciativa vem refletindo significativamente no resultado das vendas deste segmento, que apresentaram crescimento de 20% entre janeiro e março de 2014 e o mesmo período do ano passado. Na fatia de até 150cm³, que corresponde a 85% do mercado, as fabricantes apostaram em lançamentos e atualizações, com sete novos modelos de grande
VAREJO 2013 3 Premium (acima de 450 cm ) 10.798 De 151 a 449 cm3 34.868 3 Até 150 cm 306.494 TOTAL
representatividade apresentados no segundo semestre de 2013. Esta ação estimulou a renovação da frota dos veículos de entrada, que registrou alta de 2,9% nas vendas do primeiro trimestre de 2014 (315.508) em relação ao mesmo período do ano passado (306.494).
MOTO BICOMBUSTÍVEL COMPLETA CINCO ANOS Em 2014, comemoram-se os cinco anos do lançamento da primeira moto bicombustível no Brasil. Neste período (2009 – 2014), a participação deste tipo de modelo cresceu quase cinco vezes, seja na produção, seja na venda no atacado. Só no acumulado deste ano, a comercialização de motos flex para os concessionários já representa 58% do total até agora. Em 2009, esse percentual era de 11,6%.
2014 12.988 36.810 315.508
352.160 365.306
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Notas e Negócios Pack Less: palete amigável com o meio ambiente
Excelente alternativa aos tradicionais paletes de madeira, o Pack Less é um novo conceito de palete para a movimentação de cargas, que tem se mostrado muito eficaz na cadeia produtiva da borracha e pode ser uma boa solução logística para o segmento. O produto foi desenvolvido de forma que, com uma massa extremamente reduzida, tenha resistência mecânica suficiente para enfrentar todas as etapas da cadeia logística. E, melhor, pesando menos que os paletes de madeira, o que significa uma vantagem competitiva para o transportador. Um exemplo numérico ilustra bem isso. Cada palete Pack Less pesa 2,5 quilos. Um caminhão que transporta 18 paletes carrega 45 quilos adicionais à carga. No caso do uso de paletes de madeira, os quais pesam em média 30 quilos cada, o veículo transportaria mais 540 quilos. As vantagens não param por aí. O produto permite uso normal dos equipamentos de movimentação, sem qualquer tipo de acessório. O design é diferenciado: flexível, resistente, pequeno volume aparente, sem elementos de fixação, sem cantos vivos, isento de sujidades, muito leve e versátil (desenvolvido para cada aplicação). Feito 100% em Polipropileno, é impermeável, não higroscópico, inerte, não combustível e reciclável. Além disso, é um produto muito mais amigável ao meio ambiente. Para ser produzido (na fábrica da Pack Less em Cotia, São Paulo), o palete consome 70% menos energia, na comparação com o palete de madeira; 15% menos consumo de recursos; 76% menos potencial de riscos; 88% menos do uso da terra e 90% menos emissões de gases de efeito estufa. E é reciclável. Embora seja um produto com menos tempo de mercado que seus concorrentes de madeira, o Pack Less já é utilizado por alguns grandes players do setor de borracha, como Cabot e Rhodia. A ideia da empresa é solidificar-se neste segmento, mas suas possibilidades de aplicações são extensas. 56- BORRACHAAtual
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ABTB
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O 15º Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha, “Conhecer para Transformar”, é patrocinado por empresas que acreditaram que este evento será um marco importante no meio da borracha, para técnicos e especialistas na tecnologia da borracha. São eles:
DIAMANTE Solvay/Rhodia Expobor 2014: Rhodia destaca sílica de alto desempenho A Rhodia, empresa do grupo Solvay, apresenta no evento seu portfólio de sílicas de alto desempenho, com destaque para os segmentos de pneus e artefatos técnicos de borracha. As sílicas de alto desempenho são fundamentais na produção de pneus de eficiência energética, que ajudam a reduzir o consumo de combustível e a emissão de CO2 dos veículos. Esses benefícios serão destacados pela empresa nos papers técnicos do Congresso da ABTB, que enfatizam as possibilidades de uso de sílicas em pneus de caminhões e em pneus de motocicletas, seguindo o segmento de pneus de automóveis no qual esse insumo tem sido largamente utilizado. O grupo Solvay está investindo em uma nova planta de sílica na Polônia, que deverá entrar em operação a partir de setembro de 2014. Também estão em estudos novos investimentos na Coréia do Sul e no Brasil, países que já possuem plantas de sílicas precipitadas. OURO
Auriquimica Presente em mais uma edição da Expobor a Auriquimica apresentará ao mercado diversos lançamentos e novidades. Novas distribuições e novos produtos em nosso portfólio serão alguns dos destaques em nosso stand, venha nos visitar Rua C-D-3-4. Convidamos também todos nossos clientes, fornecedores e parceiros para assistir a palestra ministrada pelo Sr. Mehul Patel “New Dimensions to NBR/PVC Blends (Rubaloy®) no dia 23/04/2014 das 09h40min ás 10h15min na sala Santana 2. Contamos com a presença de todos
Birla Carbon A Birla Carbon trabalha continuamente em desenvolvimentos que agregam valor ao produto visando melhoria de desempenho para nossos clientes e em atendimento às novas exigências de mercado de pneus ou de artefatos de borracha de alto desempenho, assim como na redução no consumo de combustível e requisitos de
segurança. Considerando sempre melhorias no processo de incorporação do Negro de Fumo. Patrocinadora oficial Ouro do 15º Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha apresentará a palestra “Novo Tipo de Negro de Fumo para Desenvolvimento em Compostos de Borracha para Bandas e Rodagem com Baixa Resistência ao Rolamento” dia 24/04 – Sala Santana 2, às 9h40min. Contamos com a participação de todos!
Nitriflex Buscando sempre o crescimento de seus negócios e a ampliação de sua presença em áreas estratégicas e fundamentais, a Nitriflex vem constantemente renovando seus conceitos e evoluindo sua participação no mercado de borrachas nitrílicas e polímeros especiais. Nesta edição da Expobor 2014, a Nitriflex vem marcar presença inovando sua linha de produtos, fruto do esforço conjunto de profissionais altamente capacitados. Você poderá conferir o Nitrilátex NTL-525 para utilização em luvas não suportadas e o Nitrilátex NTL-226 HS, incorporado na linha de produtos Nitriflex, tem como principal aplicação espumas laminadas gel e não gel, bases de tapetes e modificação de espumas para colchões magnéticos. É a Nitriflex que inova seus produtos e marca sua presença brasileira na saúde e qualidade de vida de todos nós. PRATA
Lanxess A Lanxess, líder mundial na fabricação de borracha sintética, participará, nos dias 23 e 24 de abril, do 15º Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha. Na edição deste ano, a empresa, que possui um amplo portfólio de produtos voltados para as indústrias de transformação de borracha, pneumática, entre outras, apresentará seis palestras: “SSBRs para atender exigências da indústria pneumática”, por Mônica Romero Santos; “Permanently coated bladders for efficient tire production”, por Dietmar Hoff ; “Zeolite activated resol cure of EPDM”, por Martin Van Duin. “Óleos renováveis como óleos de processo”, por Manoel BORRACHAAtual - 61
ABTB Remigio; “Polymers filter interactions a tool and challenge for High Performance Elastomers”, por Robert H. Schuster; “Vulkanol® P – “A new Processing Plasticizer for Silica Compounds”, por Hermann-Josef Weidenhaup. O core business da LANXESS é o desenvolvimento, produção e venda de especialidades químicas, plásticos, borracha e intermediários. É uma companhia membro do Dow Jones Sustainability Index (DJSI) World e FTSE4Good.
Proquimil Proquimil empresa fundada em 1977, pelo Sr. Oswaldo Ruffo, que hoje conta com a ajuda de seu filho Oswaldo Ruffo Filho e seus mais de 45 colaboradores. Vem desde então distribuindo grandes marcas como: DUPONT/PETROBRAS/BLUESTAR SILICONES/COMAI COLOMBIA MITSUI CHEMICALS/KELIREN/FSE FLUOR/ LG CHEMICALS/SK CORPORATION, entre outras. Disponibilizamos de uma área de 5000m² localiza em local logisticamente estratégico Diadema Próximo ao Porto de Santo e ao Rodo Anel para melhor atender nossos clientes. Sempre em busca de novos negócios a Proquimil estará presente mais uma vez na 11ª FEIRA INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA MAQUINAS E ARTEFATOS DE BORRACHA Contamos com a visita de clientes, fornecedores e amigos onde estaremos na Rua F/G/1/2
Struktol Struktol Company of America é uma organização global com mais de um século de expertise em especialidades químicas, presente em mais de 100 países ao redor do mundo. A Struktol® tornou-se sinônimo de qualidade e desempenho, fornecendo soluções Inteligentes em Aditivos para os mercados de Borracha e Plástico. Conheça mais sobre a nossa linha
Unique A Unique possui o mais moderno parque fabril das Américas dedicado à produção de borracha. A estrutura conta com equipamentos de última geração, tecnologia de ponta e processos industriais otimizados que resultam em alta eficiência e custos competitivos para os clientes. A fábrica conta, ainda, com dois laboratórios equipados com o que há de mais moderno em aparelhos para ensaios de elastômeros, que permitem a pesquisa e desenvolvimento de novos compostos e o controle em tempo real de todo o processo de fabricação das borrachas produzidas, garantindo os padrões de qualidade exigidos por cada cliente.
Vipal A Vipal Borrachas é líder na América Latina e uma das
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mais importantes fabricantes mundiais de produtos para reforma de pneus. Constituída em 1973, em Nova Prata (RS), conta hoje com 3 mil colaboradores. Mantém duas fábricas em Nova Prata e uma em Feira de Santana (BA), totalizando cerca de 160 mil m2 de parque fabril e três centros de distribuição (CD) no Brasil. A empresa exporta para cerca de 90 países em todos os continentes e possui CD’s e filiais na América do Sul, América do Norte, Europa e Oceania. Foi a primeira empresa brasileira do setor certificada pelo ISO 9002, ostentando ainda a ISO9001: 2008 e o certificado de verificação de desempenho para sua linha de bandas de rodagem pelo IFBQ/INMETRO. Ainda recebeu, pela primeira da América do Sul, a validação da Environmental Protection Agency, do EUA, no programa SmartWay Transport. Além de produtos e serviços para reforma, produz também pneus novos de moto de sua marca própria. Mais informações: www.vipal.com.br
BRONZE
Arkema A Arkema, companhia Global e primeiro grupo químico de origem Francesa, com fabricas de diversos produtos nos 5 continentes incluindo duas plantas no Brasil, situadas em Rio Claro-SP, peróxidos orgânicos e Araçariguama - SP, resinas acrílicas para tintas e aditivos reológicos, estará presente com stand próprio na Expobor 2014, onde apresentará sua linha de peróxidos orgânicos Luperox. Investindo cada vez mais no mercado brasileiro de crosslinking e ampliando sua atuação no mercado Latino Americano, é patrocinadora do 15º Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha onde apresentará uma palestra técnica no dia 24 de Abril intitulada “Peróxidos Orgânicos = Crosslinking Eficiente.
Cabot Com o conhecimento no atendimento ao mercado automotivo, a Cabot esta preparada para um crescimento da indústria de pneus e da indústria automobilista a médio e longo prazo. A Cabot, por ser uma empresa global com várias plantas em nossa região, e, pioneira na fabricação de negro de fumo, está presente e sempre próxima aos principais fabricantes de artefatos de borracha e pneus , identificando oportunidades para desenvolver soluções de melhorias de seus produtos. A introdução de novos produtos Negro de Fumo se faz necessária para uma melhoria continua do desempenho de pneus e a Cabot tem investido continuamente em pesquisa e desenvolvimento, para obter melhorias significativas de seus produtos. A Cabot está lançando este ano 2 novos produtos negros de fumo: PROPELTM E7 e PROPELTM D11. PROPEL E7 foi desenvolvido para reduzir a resistência
de rolamento do pneu e consequentemente, melhorar o consumo de combustível. PROPEL D11 foi desenvolvido para proporcionar um alto nível de durabilidade/maior quilometragem de pneus para caminhão de carga e para veículos fora de estrada. A Cabot, através do Diretor Técnico Global Mr. Theo Al, estará apresentando estas inovações no Congresso Tecnológico da ABTB 2014, durante a edição 2014 da Expobor.
Chem-Trend Desmoldantes de alta tecnologia para a indústria de borracha e pneus em alta na Expobor 2014 - Chem-Trend mostra lançamentos e realiza palestra técnica para tratar da redução de custo gerada pelo uso de desmoldantes semipermanentes. Abril, 2014 – A Chem-Trend, especializada em agentes desmoldantes e especialidades químicas, terá participação marcante na 11ª Expobor, de 23 a 25 de abril, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP). A empresa apresentará seu portfólio de soluções inovadoras e eficientes para a indústria da borracha, a exemplo dos recentes lançamentos Mono-Coat® 1892W e Mono-Coat® 1840W. Outro ponto alto será a palestra “Comprovando economias no processo com uso de desmoldantes semipermanentes”, a ser ministrada pelo especialista Marcos Rufato em 23 de abril, o primeiro dia do 15º Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha, que acontecerá paralelamente ao evento.
Fermintrade Por mais de 4 anos a Fermintrade é especializada no fornecimento de produtos químicos para várias aplicações industriais . Nossa principal atividade está no fornecimento de negros de fumo técnicos e especiais provenientes de Rússia, Ucrânia e dos maiores fabricantes da China . Representamos as plantas de Nizhnekamsk , Stakhanov , Tuymazy e Severgazprom ( Gazpromprererabotka ) e trabalhamos com toda a gama de tipos de reforçantes , semi e não reforçantes fornecendo-os em silos (a granel ), big bags e minibags. Além de negros de fumo especificados em normas técnicas desenvolvemos com sucesso tipos especiais , constituindo alternativas adequadas e competitivas para os pigmentos pretos de fabricantes ocidentais. Fornecemos para as melhores indústrias de borracha,
plásticos / masterbatches , pigmentos, refractários, do todo o mundo. A Fermintrade possui locais de armazenamento na Polônia, Rússia, Turquia e Bélgica oferecendo entregas de de acordo com condições “just in time “ e uma rede de escritórios de representação para gerenciar nossos negócios na Rússia , China e Turquia.
Lord Líder mundial em adesivos estruturais, coatings de alta performance e sistemas para controle de vibração e ruído, a LORD programou para a Expobor o lançamento do adesivo de cura a frio Chemlok® 6111 A/B. “O principal consumidor desse produto é o setor de mineração, que o utiliza em reparos de correias transportadoras e revestimentos de tanques e tubos”, afirma Helvio Manke, gerente de vendas para o mercado industrial da LORD. A empresa também participará do 15º Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha, que acontece em paralelo à Expobor. No dia 24/04, às 16:30, Mason Myers, pesquisador sênior da LORD Corporation, vai apresentar a palestra “Sistemas de adesivos híbridos (água e solvente) para a colagem de borracha”. Para mais informações, acesse www.lordla.com.br
Triaac Sul Triaac Sul, fabricante dos produtos Seriac® largamente utilizados nos mais variados setores da indústria de borracha e plástico, como pneus, autopeças, calçados, revestimentos, correias, etc. há mais de 40 anos. Estamos desenvolvendo novos produtos para o setor de borracha e plástico, sempre no setor de auxiliares de processo. Estes novos produtos estão divididos em duas principais frentes: Produtos polivalentes, ou seja, com mais de uma função. Isto significa, menos itens em estoque, menor número de pesagens, menor possibilidades de erros. Produtos especialmente desenvolvidos, com baixo custo e bom desempenho. Estes produtos vêm de encontro com as necessidades de diversos setores das indústrias da borracha e plástico, pois facilitarão os processos e não serão necessárias altas dosagens de auxiliares de processo como atualmente ocorre. Triaac Sul, sempre parceira da ABTB nos seus eventos. Acesse www.seriac.com.br
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Matéria Técnica
Avaliação da Influência da adição de resíduos micronizados de borracha vulcanizada nas propriedades físicas do polipropileno José Ezequiel Puton *
RESUMO
ABSTRACT
A procura de métodos adequados de descarte ou
The search for suitable methods of disposal or reuse of
reutilização de resíduos sólidos é um assunto que
solid waste is an issue that has gained great emphasis
vem ganhando grande ênfase em âmbito industrial,
on industrial field, mainly in the rubber industry that
principalmente na indústria da borracha que tem seus
has its residues almost entirely discarded. One way
rejeitos quase que totalmente descartados.
to reduce this environmental impact is to reuse these
Uma das formas de reduzir este impacto ambiental é
elastomeric residues after turning them into powder and
reutilizar estes resíduos elastoméricos, após transformá-
applied them as filler in new formulations of rubber or
los em pó, aplicando-os como carga em novas formulações
thermoplastic compounds. This process provides an end
de compostos de borracha ou termoplásticos. Este
nobler and less harmful for the environment to these
processo proporciona a estes materiais um fim mais nobre
materials. But while this application can bring positive
e menos prejudicial para o ambiente. Porém, embora
results, many companies still do not know or have no
esta aplicação possa trazer resultados positivos muitas
interest in implementing this process. This work aimed
empresas ainda não conhecem ou não tem interesse na
at an assessment of the technical feasibility of applying
aplicação deste processo.
this waste into new formulations, and the influence
Este trabalho objetivou uma avaliação da viabilidade
on the properties of thermoplastic materials and the
técnica
novas
possibility of an ecologically correct order for these
formulações, verificando a influência nas propriedades dos
residues. From physical and mechanical tests it was
materiais termoplásticos e a possibilidade de um fim
found that the mixture of micronized vulcanized waste
ecologicamente correto para estes resíduos. A partir de
rubber in polypropylene compounds resulted in reduction
ensaios físicos e mecânicos constatou-se que a mistura
of resistance related characteristics of the base polymer,
de resíduos micronizados de borracha vulcanizada em
although these findings are not yet sufficient to completly
compostos de polipropileno resultou na redução das
rule out this alternative.
da
aplicação
destes
resíduos
em
características relacionadas à resistência do polímero para descartar completamente esta alternativa.
* Técnico de Laboratório do Centro Tecnológico de Polímeros SENAI. Tecnólogo em Gestão da Produção Industrial pelo Instituto Federal Sul-rio-grandense.
1 INTRODUÇÃO Os resíduos industriais provenientes da transformação da borracha tem sido foco de pesquisas consideráveis ao longo dos tempos. Com a ascensão deste segmento industrial e com o aumento na demanda por artefatos elastoméricos, gerou-se uma grande busca por alternativas sustentáveis para os resíduos originários da transformação da borracha, que hoje são, em sua grande maioria, dispostos em aterros
industriais. Artefatos elastoméricos dos mais diversos tipos são utilizados largamente nas mais diferentes aplicações industriais. A ampla aplicação na indústria automobilística, por exemplo, tem como consequência, a grande geração de resíduos pré e pós-consumo que se tornam um grande problema ambiental, tendo em vista que na fabricação de artefatos de borracha, é comum que o processo produtivo resulte em peças que possuem aproximadamente 30% de seu peso em
base, orém estes resultados ainda não são suficientes
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rebarbas. Uma das alternativas para de reduzir este impacto ambiental é reutilizar estes resíduos, após transformá-los em pó, aplicando-os como carga em novas formulações de compostos elastoméricos ou termoplásticos. Este processo proporciona a estes materiais um fim “mais nobre” e menos prejudicial para o ambiente. 2 REFERENCIAL TEÓRICO Com os inúmeros avanços tecnológicos na área de processamento de materiais poliméricos ao longo dos anos, a indústria transformadora de borracha apresentou um aumento exponencial de aplicações para seus produtos e, onsequentemente, um aumento de demanda produtiva para peças técnicas. Porém, através do processo de reticulação dos compostos elastoméricos, que confere à borracha melhores propriedades físicas e químicas, a reciclagem destes materiais passa a ser praticamente impossível (ROCHA; LOVISON; PIEROZAN, 2007). Por ser de difícil reciclagem e pelo fato de que as tecnologias disponíveis para tanto possuem baixo nível de acesso devido ao custo elevado, os artefatos de borracha acabam muitas vezes sendo dispostos de maneira inadequada em aterros sanitários e industriais, que ficam sobrecarregados por estes resíduos. A partir de uma demanda excessiva de locais para a disposição destes materiais, surgiu uma crise mundial nos aterros sanitários, que já não possuíam capacidade para alocar tal quantidade de resíduos. Este princípio de problema ambiental serviu como incentivo para a criação de legislações específicas para o tratamento e correta disposição dos resíduos sólidos, bem como sua reciclagem e reutilização (VICENTE FILHO, 2007). No Brasil diversas legislações foram criadas para controlar a disposição adequada de resíduos sólidos, como, por exemplo, a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a política nacional de resíduos sólidos e regulamenta suas aplicações e a comercialização de artefatos passíveis de disposição inadequada BRASIL, 2010). Uma alternativa para aliviar a sobrecarga de demanda em aterros industriais e viabilizar a reutilização dos compostos de borracha seria submetê-los a um
processo de desvulcanização e aplicá-los novamente na própria indústria da borracha. Porém, os processos de desvulcanização (química, térmica, termomecânica e ultra-som) apresentam custos elevados, inviabilizando sua aplicação comercial (DE; ISAYEV; KHAIT, 2005). Outra alternativa seria misturar o pó de borracha vulcanizada em borracha virgem ou materiais que possuam uma capacidade de fluir sob condições específicas de temperatura e pressão, como por exemplo materiais termoplásticos, possibilitando assim a moldagem de artefatos com um custo razoável. Isto pode ser alcançado submetendo os resíduos industriais de borracha a um processo de moagem até que seja obtido um pó com tamanho de partícula reduzido (DE; ISAYEV; KHAIT, 2005). Os maiores fundamentos da reciclagem são a redução da disposição de resíduos no meio ambiente e a redução de custos, sendo uma questão importante a aplicação deste sistema de reutilização em processos convencionais de transformação de termoplásticos, como a extrusão e a moldagem por injeção (DE; ISAYEV; KHAIT, 2005). O procedimento de mistura do pó de borracha vulcanizada com resinas plásticas fornece uma maneira econômica para a reciclagem da borracha, trazendo ainda a possibilidade de melhorias de propriedades como a resistência ao impacto e o acabamento superficial mais aveludado (DE; ISAYEV; KHAIT, 2005). Para esta aplicação, uma enorme variedade de plásticos de engenharia está disponível comercialmente, porém os plásticos comodities baseados em poliolefinas, como o polipropileno, são mais acessíveis e possuem uma ampla gama de aplicações e características de fluidez, o que justifica um estudo para mistura com borracha reciclada (DE; ISAYEV; KHAIT, 2005). 3 METODOLOGIA Este procedimento teve por objetivo desenvolver compostos de material termoplástico com a adição de resíduos industriais micronizados de borracha e avaliar suas características, apresentando assim subsídios para a aplicação deste processo em escala industrial. As variáveis consideradas para este estudo foram às BORRACHAAtual - 69
Matéria Técnica propriedades físicoquímicas dos materiais utilizados, as características de processamento dos insumos e o teor de borracha adicionado em cada composto, sendo utilizados na preparação das amostras os seguintes insumos: a) polipropileno copolímero grade CP 241, produzido pela empresa Braskem, que é um copolímero heterofásico de propeno e eteno indicado para a aplicação em processo de transformação por injeção; b) resíduo micronizado de compostos de borracha do tipo silicone, proveniente do processo de fabricação de artefatos técnicos com aplicação automotiva, gerados por uma empresa atuante na área de transformação de borracha. Este processo foi executado utilizando-se o processamento por extrusão para a dispersão da carga na matriz termoplástica, e após os compósitos obtidos foram submetidos ao processo de moldagem por injeção para a obtenção dos corpos de prova. As amostras obtidas receberam uma identificação que referencia a quantidade de resíduo de borracha micronizada em sua composição, sendo identificados como: a) “PP”; b) “PP + 5 pcr”; c) “PP + 10 pcr”; d) “PP + 15 pcr”; e) “PP + 20 pcr”. Os teores de aplicação do resíduo de borracha em cada mistura foram definidos de acordo com valores convencionais de utilização de cargas de enchimento em materiais plásticos. Desta forma, as quantidades dos insumos definidas para cada composto foram estabelecidas conforme descrito no Quadro 1, sendo apresentadas em pcr (partes por cem de resina). Identificação da amostra PP PP + 5 pcr PP + 10 pcr PP + 15 pcr PP + 20 pcr
Quantidade em PCR Polipropileno Resíduo de borracha CP 241 micronizado
100 100 100 100 100
0 5 10 15 20
Quadro 1 - Formulações aplicadas para a obtenção dos compósitos Fonte: Elaborado pelo Autor
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Para a avaliação das propriedades das amostras obtidas, foram realizados os ensaios conforme descritos na Tabela I. Ensaio
Norma utilizada
Identificação do polímero base por espectrofotometria de infravermelho (FTIR)
ASTM D3677-10E1
Análise termogravimétrica (TGA)
ASTM D6370-99 Reap. 2009
Determinação do teor de umidade
ASTM D6980-12
Etapa
Caracterização do pó de borracha
Classificação granulométrica
Avaliação de processamento
Avaliação das propriedades das amostras obtidas
ASTM D5644-01 (Reapproved 2008) E1
Processamento em extrusora
Método interno
Preparação dos corpos de prova em máquina injetora
ISO 294-1:1996
Resistência ao impacto IZOD
ASTM D256-10
Determinação da dureza
ASTM D2240-05 (2010)
Determinação das propriedades de flexão
ASTM D790-10
Determinação da resistência à tração
ASTM D638-10
Tabela 1 - Metodologias de ensaio Fonte: Elaborado pelo autor
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES Utilizando a técnica de identificação qualitativa do polímero base por espectrofotometria de infravermelho (FTIR) aplicada ao resíduo micronizado de borracha, foi possível obter um espectro característico de uma borracha de silicone, do tipo metila. Esta identificação é possível devido a presença de picos de absorções no espectro na faixa de (3000-2800cm-1), que são características do stiramento de ligações carbonohidrogênio de cadeias saturadas, na faixa de (14501300cm-1) uma deformação angular das ligações de carbono-hidrogênio, ligações simétricas na faixa aproximada de 1260cm-1 que indica ligações simétricas entre carbono e silício, e estiramentos nos picos de 1005cm-1 e 790cm-1, para as ligações Si-O e Si-C para compostos característicos de siloxanos (HAACK, 2010). Também com base na avaliação realizada no espectro obtido para a amostra analisada, é possível identificar que na preparação do composto de
borracha provavelmente não foi aplicada uma das cargas de reforço mais comuns nas formulações de silicone, a alumina trihidratada, que apresenta picos característicos no espectro de infravermelho. Com base nos resultados obtidos na análise termogravimétrica (TGA) foi possível verificar uma perda de massa de aproximadamente 2,8% na rampa de aquecimento de 50°C até 400°C. Esta perda de massa é relativa a materiais voláteis que são liberados no início do aquecimento, como ceras, parafina ou alguns óleos plastificantes específicos, comportamento comprovado na determinação do teor de umidade. Avaliando o gráfico também se verifica uma perda de massa de 50,41% na rampa de aquecimento de 400°C até 750°C, sendo que a perda máxima de material ocorreu na temperatura de 672,09°C. Este evento representa uma perda de materiais orgânicos, no caso a própria borracha de silicone. A análise gerou um teor de resíduos, ao final do ensaio, de 46,42%, relativo a materiais inorgânicos que poderiam ser caracterizados como cargas, porém não é observado nenhum evento térmico significativo relacionado a estes materiais. Sendo ssim, este teor de 46,42% pode ser caracterizado como silício, no caso resíduo da queima da borracha de silicone. Também foi observado um evento térmico na temperatura de 767,76°C, com perda de massa de 0,4429% relativa a materiais inorgânicos. Este evento térmico é característico da carga carbonato de cálcio, porém é indiferente para as propriedades do composto elastomérico a aplicação de uma carga de enchimento em um teor inferior a 1%. Sendo assim, é dedutível que esta quantidade de carbonato de cálcio detectada seja referente ao agente de cura utilizado na eticulação da borracha, uma vez que estes peróxidos ou bisperóxidos podem se apresentar em forma de dispersões em diversos materiais, dentre os quais o carbonato de cálcio pode ser utilizado. A dispersão do tamanho médio de partícula dos materiais processados pode trazer influencias diretamente ligadas a qualidade do produto final,
pois diferentes amanhos de partícula podem gerar problemas na alimentação dos equipamentos utilizados. Outro fator de extrema importância na utilização de materiais poliméricos em pó, é que partículas de pequeno tamanho necessitam de uma quantidade de energia muito menor do que o requerido por grandes partículas para chegar a um stado amolecido, podendo assim sofrer um processo de degradação. Com base na avaliação da dispersão granulométrica da amostra avaliada, pode-se verificar que a maior parte do pó de borracha ficou retida entre as peneiras com abertura de 40, 50 e 60 mesh. Isto indica que a dispersão granulométrica média da amostra se encontra com uma maior concentração entre uma faixa de 0,25 e 0,42 mm, segundo o valor de abertura real das telas de cada peneira. A avaliação da influência da adição do resíduo micronizado de borracha vulcanizada nas propriedades do material plástico foi realizada através do acompanhamento de torque e energia consumida durante o processo de obtenção das amostras, e através das avaliações de determinação da resistência ao impacto, determinação das propriedades de flexão e da resistência à tração. Durante o processamento das amostras no módulo de extrusão do reômetro de torque, foram realizados acompanhamentos de torque e energia consumida, para cada amostra avaliada. As curvas de torque são apresentadas na Figura 1.
Figura 1 - Curvas de torque obtidas para as amostras avaliadas Fonte: Elaborado pelo autor
Com base na avaliação dos gráficos de torque é possível verificar que a adição dos resíduos micronizados de borracha não causou grande influência no BORRACHAAtual - 71
Matéria Técnica processamento dos materiais plásticos em relação. De acordo com os dados obtidos, é possível avaliar que a variação no torque médio de processamento entre a amostra de referência e a amostra com maior teor de resíduo micronizado incorporado é de apenas 0,9 Nm, e a variação da energia máxima entre as mesmas amostras é de 80 KJ. Esta baixa variação de torque e energia se dá em função das propriedades lubrificantes do silicone e das características elastoméricas deste material. Isto faz com que, mesmo sendo considerado como uma carga de alta densidade, a adição deste material não influencie de maneira negativa nas características de processo. Este resultado é um bom indicativo, pois não aumenta o consumo de energia nem sobrecarrega o equipamento se o micronizado for utilizado como carga no PP. Avaliando os resultados obtidos pode-se verificar que a amostra apresentou uma redução no valor de resiliência ao impacto com o aumento do teor de resíduo adicionado. Isto se dá em função de que, existe uma baixa interação superficial entre a matriz polimérica e o resíduo de borracha, as partículas do material micronizado permanecem sólidas e soltas, gerando pontos de fragilidade nas amostras. O aumento do teor de borracha, a partir da amostra “PP + 5pcr”, não traz uma variação tão significativa às amostras subseqüentes quando comparada com a variação entre as amostras “PP” e “PP + 5 pcr” pois, a partir desta última, as amostras já se encontram em um estado fragilizado. Em contrapartida, também é importante salientar que, devido à adição dos resíduos de borracha, as amostras “PP + 15 pcr” e “PP + 20 pcr” passaram a apresentar uma quebra parcial ao contrário da quebra completa apresentada pelas demais amostras. Isto se dá em função da maior proporção de partículas de borracha aliado à característica elastomérica do micronizado que absorve parte da energia imposta ao corpo de prova. Uma análise dos dados obtidos para o ensaio de determinação das propriedades de flexão possibilita verificar que as amostras apresentaram um padrão de redução na tensão máxima de flexão e no módulo
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elástico. Esta redução das propriedades de flexão pode ser considerada uma variação em função da diminuição da rigidez do composto através da adição dos resíduos de borracha micronizada, comprovada na determinação da Dureza Shore D, que apresentou uma redução de quatro pontos entre a amostra “PP” e a amostra “PP + 20 pcr”. A adição de elastômeros na composição do material plástico pode causar uma redução no módulo elástico do compósito, pois o módulo de elasticidade é relacionado diretamente à inclinação da porção linear da curva tensão x deformação. Sendo a porção linear da curva associada à “quantidade de força” necessária para causar uma deformação elástica no material, e sendo esta deformação diretamente influenciada pela rigidez do mesmo, que como visto anteriormente sofreu uma redução, é possível afirmar que existe a tendência da redução do módulo elástico em função do aumento de percentual de borracha na composição do material. A variação das propriedades relacionadas com a resistência à tração é nfluenciada por diversos fatores, como os parâmetros de processo por extrusão e injeção, a interação carga-matriz polimérica e as propriedades individuais de cada uma destas fases. Com base nos valores obtidos para o ensaio de resistência à tração, é possível concluir que o material termoplástico teve sua resistência à tensão afetada negativamente pela adição do resíduo micronizado de borracha, conforme Figura 2. Isto se observa devido à presença de material sólido disperso na matriz polimérica, o que pode ser tratado como pontos de fragilidade que interferem na homogeneidade do material plástico e atuam reduzindo a força necessária para a transição da deformação sofrida pelo material de elástica para plástica. Já o alongamento no escoamento não sofreu grande influência com o aumento do teor de micronizado, efeito também visualizado na tensão de ruptura, que está mais relacionada às propriedades da matriz termoplástica do que da carga adicionada. Em relação ao módulo elástico, também é possível verificar uma tendência de redução em função da diminuição da rigidez do material plástico pela adição dos resíduos de borracha.
disposição em aterros industriais, à possibilidade de dar a estes materiais uma reutilização, devem ser considerados como argumentos em favor da aplicação dos resíduos em produtos comerciais. REFERÊNCIAS BRASIL. Lei n. 12.305 de 2 de agosto de 2010. Institui a política nacional de resíduos sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 2
5 CONCLUSÕES A partir das técnicas e métodos empregados neste estudo, foi possível visualizar de maneira satisfatória a influência da adição de resíduos micronizados de borracha vulcanizada do tipo silicone nas propriedades físicas do polipropileno, bem como identificar as características individuais do resíduo micronizado de borracha utilizado no estudo. Com base nos resultados obtidos é possível verificar que a utilização destes resíduos como carga acarretou uma redução nas propriedades mecânicas do material plástico, em função da diminuição da rigidez do mesmo e do baixo nível de interação carga-matriz polimérica, gerando pontos de fragilidade nos compósitos produzidos. Esta redução de propriedades foi observada na dureza do material, na resistência ao impacto, nas propriedades de flexão e na tensão de escoamento, bem como nos módulos de elasticidade e de flexão. Porém, em relação às propriedades
de processamento do material plástico, a adição dos resíduos de silicone não ocasionou um acréscimo no torque de processamento, tampouco uma variação significativa de energia consumida, sendo um indicativo de que não há aumento de consumo de energia ou sobrecarga no equipamento.
ago. 2010. Disponível em: <http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305. htm>. Acesso em: 10 out. 2013. DE, Sadhan Kumar. ISAYEV, Avraam I.; KHAIT, Klementina. Rubber recycling. Boca Raton: Taylor & Francis, 2005. HAACK, Micheli de Souza. Análise de materiais por espectroscopia no infravermelho dentro do sistema de gestão da qualidade conforme ABNT NBR ISO/IEC 17025. 2010. 50f. Trabalho de Conclusão
Contudo, cargas de enchimento, ou cargas inertes, são materiais adicionados às formulações de polímeros em geral com a finalidade de reduzir custos de produção, sem o intuito de necessariamente trazer melhorias para as propriedades mecânicas do polímero. Sendo assim a proposta inicial de reutilização destes resíduos não deve ser descartada previamente sem uma análise mais profunda, pois existem aplicações para os plásticos comodities nas quais não há uma exigência de propriedades mecânicas tão elevadas. Este fator associado ao custo de processamento, que não se altera em termos de consumo de energia, ao custo da utilização destes resíduos micronizados como carga comparado ao custo de
de Curso (Graduação em Química) - Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. Disponível em:<http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/ handle/10183/28602/000771298.pdf?...1>. Acesso em: 10 out. 2013. ROCHA, Edmundo Cidade da; LOVISON, Viviane Meyer Hammel; PIEROZAN, Nilso José. Tecnologia de transformação dos elastômeros. 2. ed. São Leopoldo: Centro Tecnológico de Polímeros SENAI, 2007. SHAH, Vishu. Handbook of plastics testing and failure analysis. 3rd ed. New Jersey: John Wiley & Sons, 2007. VICENTE FILHO, Carlos. Levantamento do potencial de resíduos de borracha no Brasil e avaliação de sua utilização na indústria da construção civil. 2007. 138f. Dissertação (Mestrado em Engenharia)Instituto de Engenharia do Paraná, Curitiba, 2007. Disponível em: <http://www.lactec.org.br/mestrado/ dissertacoes/arquivos/CarlosVicente.pdf>. Acesso em: 02 nov. 2013.
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Frases & Frases “Faço paisagens com o que sinto. Faço férias das sensações.” Fernando Pessoa “A política é como show business: você tem uma estréia fantástica, desliza por algum tempo e termina num inferno.” Ronald Regan
“Um homem é muitas coisas e nunca deve ser só comunista, só católico ou só burguês.” Antonio Maria “Se o tédio fosse fatal, o ser humano já teria deixado de existir.” Max Wertheimer “A poeira cinzenta da dúvida me atormenta.” Noel Rosa “Nāo há nada tāo belo e legítimo quanto agir como homem deve agir, nem ciência tāo árdua como saber viver esta vida.” Michel de Montaigne “Uma vez que somos destinados a viver nossas vidas na prisāo de nossas mentes, nosso dever é mobiliá-las bem.” Peter Ustinov “O nāo acontecimento é a essência das férias.” Carlos Drummond de Andrade “A busca da verdade é como uma caçada, onde grande parte do prazer está na perseguiçāo.” John Locke “Serás tão bom quanto a ideia que tiveres de ti.” Tony Flags “Saber da própria existência é apenas sobrevivência. Sentí-la é a felicidade suprema” Charles Bright 84- BORRACHAAtual
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AGOSTO • Curso técnico: Estudo dos Elastômeros de EPDM 01.08.2014 – Informações: Tel. 11 4226-4443 / 4445 www.modulusconsultoria.com.br; ou modulus@modulusconsultoria.com.br treinamentos@modulusconsultoria.com.br • Curso Flexlab de Tecnologia da Borracha 04 a 08.08.2014 – Informações: www.flexlabconsultoria.com.br; Tels: 11 2669-5094 / 11 9.9971-5320 • 14º Seminário Internacional de Elastômeros ISE’14 – BRATISLAVA / ESLOVÁQUIA 24 a 28.08.2014 – Informações: www.ise2014.sav.sk ise2014@savba.sk • Curso técnico: Iniciação à Tecnologia da Borracha 28 e 29.08.2014 – Informações: Tel. 11 4226-4443 / 4445 www.modulusconsultoria.com.br; ou modulus@modulusconsultoria.com.br treinamentos@modulusconsultoria.com.br SETEMBRO • CITEXPO – The 12th China International Tire Expo– Shanghai / CHINA 10, 11 e 12.09.2014 - Informações: www.citexpo.com.cn Tel: +86 10-8589-8181 (geral) • Curso Prático de Reometria 17.09.2014 – Informações: www.flexlabconsultoria.com.br Tels: 11 2669-5094 / 11 9.9971-5320 • Curso técnico: Estudo dos Aceleradores de Vulcanização 26.09.2014 – Informações: Tel. 11 4226-4443 / 4445 www.modulusconsultoria.com.br; ou modulus@modulusconsultoria.com.br treinamentos@modulusconsultoria.com.br • 23º Congresso e Exposição Internacionais SAE BRASIL de Tecnologia da Mobilidade – Expo Center Norte (Pav. Vermelho) - SÃO PAULO / SP 30.09 a 02.10.2014 – Informações: www.saebrasil.org.br OUTUBRO • Curso Prático de Mistura 01.10.2014 – Informações: www.flexlabconsultoria.com.br Tels: 11 2669-5094 / 11 9.9971-5320 • Injeção de Compostos de Borracha 18.10.2014 – Informações: www.flexlabconsultoria.com.br Tels: 11 2669-5094 / 11 9.9971-5320 • Curso técnico: Silicone 31.10.2014 – Informações: Tel. 11 4226-4443 / 4445 www.modulusconsultoria.com.br; ou modulus@modulusconsultoria.com.br treinamentos@modulusconsultoria.com.br NOVEMBRO • Curso técnico: Formação de Vendedor Técnico para o Mercado de Borracha 27 e 28.11.2014 – Informações: Tel. 11 4226-4443 / 4445 www.modulusconsultoria.com.br; ou modulus@modulusconsultoria.com.br treinamentos@modulusconsultoria.com.br • Tecnologia da Extrusão de Compostos de Borracha. 29.11.2014 – Informações: www.flexlabconsultoria.com.br Tels: 11 2669-5094 / 11 9.9971-5320 DEZEMBRO • Propriedades Físicas: Significado e Prática 10 e 11.12.2014 – Informações: www.flexlabconsultoria.com.br; Tels: 11 2669-5094 / 11 9.9971-5320
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