Introdução de
animais em sistemas de produção de hortaliças orgânicas na Região Serrana Fluminense Juliana Dias, Juscélio Ramos de Souza, Roberto Gomes Leite, João Paulo Guimarães Soares, José Guilherme Marinho Guerra, Renato Linhares de Assis e José Antônio Azevedo Espíndola
Fotos: Arquivo Embrapa Agrobiologia
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Agricultores Levi Gonçalves e Geraldo Alexandre alimentam animais na Comunidade Brejal, Petrópolis/RJ
Agriculturas • v. 6 - n. 2 • julho de 2009
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agricultura praticada na Região Serrana Flumi nense caracteriza-se pelo cultivo de hortaliças em pequenos estabelecimentos de base familiar. Em geral, essas unidades produtivas empregam intensivamente tecnologias da agricultura industrial, tais como fertilizantes sintéticos e agrotóxicos. Nas últimas décadas, têm surgido algumas iniciativas no sentido de promover a transição agroecológica desses sistemas. Nesse contexto, merece destaque a Associação de Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro (Abio), que atua na região desde a década de 1980. Embora o volume da produção orgânica tenha aumentado consideravelmente em consequência dessas ações, ainda representa porção diminuta da olericultura fluminense. O trabalho da Associação de Produtores Orgânicos de São José do Vale do Rio Preto (Horta Orgânica) também é digno de nota. Além de comercializar gêneros com certificação orgânica, fornece suporte técnico aos agricultores da Abio organizados em núcleos rurais desse e de outros municípios da região Serrana, tais como Petrópolis, Teresópolis, Sumidouro e Sapucaia. A maioria