Receitas • Cultura • Saúde
Produtos da Gente SABORES TRADICIONAIS DA AGRICULTURA FAMILIAR DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO
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Projeto Alimentos Saudáveis nos Mercados Locais - AS-PTA - 2015 Pesquisa, Elaboração e Edição de texto: Malagueta Comunicação Equipe Malagueta Comunicação: Juliana Dias, Mariana Moraes, Carolina Amorim Coordenação Editorial: Malagueta Comunicação e Equipe do Programa de Agricultura Urbana - AS-PTA Revisão: Malagueta Comunicação e Equipe do Programa de Agricultura Urbana - AS-PTA Projeto gráfico, capa e diagramação: Roberta Rangé - AS-PTA Equipe do Programa de Agricultura Urbana - AS-PTA:
Esta cartilha apresenta uma amostra das plantas medicinais da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O saber acumulado sobre as plantas caminha com o desenvolvimento da humanidade. Como coletores e agricultores, homens e mulheres selecionaram e adaptaram as plantas mais apropriadas ao cultivo, ao consumo e à utilização diversificada. A agricultura camponesa se mantém como espaço privilegiado do diálogo de saberes e memórias. Reconhecer seus conhecimentos como patrimônio da sociedade é uma estratégia para estreitar o vínculo entre o lugar de cultivo e de consumo dos alimentos e remédios caseiros.
Coordenação: Marcio Mendonça Assessores Técnicos: Claudemar Mattos; Renata Souto Deprá; Anna Salles; Bruno Prado, Sueli Figueiredo. Comunicação: Roberta Rangé Estagiárias: Raissa Theberge, Bianca Santanna, Mariana Portilho, Thalita Barbosa Imagens: Carolina Amorim e Mariana Moraes (Malagueta Comunicação) e Rodrigo Azevedo (foto do Chef Isaias Neries) Impressão: Reproset Tiragem: 1.000
A publicação faz parte da “Campanha pela Valorização da Agricultura Familiar e dos Produtos Agroecológicos da Região Metropolitana do Rio de Janeiro”, lançada pela AS-PTA - Agricultura Familiar e Agroecologia. Está inserida no projeto “Alimentos Saudáveis nos Mercados locais”, com o patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental e realizado em parceria com a Rede Carioca de Agricultura Urbana, Cooperativa Univerde, Coopagé, Associação Feira da Roça de Nova Iguaçu, Associação dos Agricultores da Microbacia do Fojo - Guapimirim e a Rede Ecológica. Boa viagem e saúde!
Plantas Medicinais: Região Metropolitana do Rio de Janeiro
“E o seu fruto servirá de alimento e a sua folha de remédio”. Ezequiel, 47:12 (Velho Testamento)
Plantas daninhas, invasoras, concorrentes, nocivas, do mato, silvestre ou espontâneas são algumas denominações pejorativas e limitadas dadas à vegetação que cresce à margem e em meio à lavoura, nos parques, jardins, quintais ou mesmo no asfalto. Essa vegatação que floresce com aparente facilidade e em tantos lugares é utilizada e faz parte dos saberes dos povos tradicionais acumulados há mais de 3 mil anos por chineses, egípcios e assírios. A farmacopéia da Babilônia abrangia em torno de 1.400 plantas, com informações técnicas com nome, princípios ativos, uso e aplicações. Os povos hindus consideram as ervas como as “filhas prediletas dos deuses”. Na Grécia, Diocles (400 a.C.) escreveu o primeiro livro sobre ervas conhecido no Ocidente. Hipócrates (460- 361 a.C.), conhecido como o "Pai da Medicina" e autor da frase "que teu alimento seja teu remédio", reuniu em sua obra Corpus Hipocratium a síntese dos conhecimentos médicos de seu tempo, indicando para cada enfermidade o remédio vegetal e o tratamento.
Na Era Cristã, destacam-se os trabalhos de Plínio, com "História Natural", em 37 volumes, onde descreve o uso pelos romanos das espécies vegetais úteis à medicina. Galeno, médico grego, foi o primeiro a tratar as cãibras com ruibarbo, erva importada da China. Ele colecionou e descreveu muitos medicamentos e fórmulas cujos métodos de preparação deram origem à "farmácia galênica". No final do século XVI, já haviam sido implantados jardins botânicos em várias universidades. Os tratados de Botânica, então denominados "herbários", consideram as plantas por suas virtudes medicinais. A ascensão do prestígio da fitoterapia pode ser traduzida pela difusão da publicação de herbários como também pela criação da primeira carreira de botânica na Escola de Medicina de Pádua, na Itália, em 1533. O primeiro herbário das Américas é o Manuscrito Badanius, do império asteca. No Brasil, o primeiro Jardim Botânico foi fundado em junho de 1808, por iniciativa de Dom João, que também inaugurou o Museu Nacional, no ano de 1831, o primeiro herbário do país, ambos no Rio de Janeiro.
Durante o século XIX, o uso das ervas ficou mais restrito e cresceu o uso dos medicamentos obtidos através de processos químicos industriais. Entretanto, os livros sobre ervas continuaram aparecendo. Nos anos que ocorreram as guerras mundiais, o interesse pelas plantas medicinais voltou devido à necessidade de obter remédios eficazes para múltiplas enfermidades, visto que toda a economia dos países envolvidos na guerra estava destinada à produção de material bélico. No mundo existem cerca de 25 mil espécies de plantas, no entanto, 90% do alimento mundial vem de apenas 20 espécies. Muitas das espécies vegetais não são catalogadas e registradas oficialmente, mas os seus usos e funções são amplamente disseminados há gerações pelas populações que vivem e trabalham no campo. São alimentos não convencionais e soluções caseiras a partir das plantas, que auxiliam no tratamento de diversos males,: do machucado ao resfriado, da prisão de ventre à diabetes. A ciência acadêmica não dá conta de sistematizar todas as informações sobre a disponibilidade de recursos
alimentícios e medicinais nativos, seu rendimento e sua produtividade, qualidade, modos de preparo e utilização, bem como sua importância para as economias rural e urbana. Por outro lado, o saber acumulado nas populações tradicionais segue sendo passado de geração a geração.
ção no cultivo do café. Mãe de 10 filhos, com 25 netos e 9 bisnetos, a agricultora afirma que sempre se valeu do que ela chama de "remedinho do mato". Dalila atribui a boa saúde à sua alimentação, em que as ervas estão presentes. A nora Lia, sua companheira, também costuma usar o "remedinho do mato" para cuidar do filho.
Plantas medicinais no Rio da Prata Saberes populares O nome da localidade do Rio da Prata, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, faz referência a uma planta, a erva prata. É exatamente neste local que floresceu o cultivo dessas ervas, usadas na culinária, no tratamento de diversas doenças e na fabricação de cosméticos, como sabonetes. As agricultoras Dalila de Oliveira, de 65 anos, e sua nora Maria Regina, conhecida como Lia, de 49 anos, são responsáveis pelo cultivo nos quintais de mais de 20 variedades, há cerca de 9 anos. Elas também comercializam mudas em feiras e na Rede Ecológica (www.redeecologica.org). Dalila veio do Espírito Santo para o Rio de Janeiro na década de 70. É de família de agricultores com tradi-
Popularmente uma planta é identificada através dos sentidos e memorização de aspectos de importância como: forma, folhas e flores; cheiro característico, superfície lisa ou áspera; sabor adocicado, amargo, ácido, etc. As plantas são classificadas popularmente em grupos homogêneos como: plantas cheirosas, de beira de estrada, de beira de rio, domésticas, rasteiras etc. Uma planta pode ter um ou mais nomes populares, que podem variar conforme a região e a cultura do povo. O nome popular é fundamental no trabalho comunitário. É através dele que se dá o reconhecimento das plantas. No entanto, de região para região, ocor-
rem variações na denominação utilizada pelas populações. Para padronizar a denominação e classificação das plantas, os pesquisadores acadêmicos passaram a adotar uma denominação científica para classificar os vegetais. Carl Linnaeus (Lineu), que viveu na suécia entre 1707 e 1778, foi quem estabeleceu a nomenclatura binária, considerada o maior avanço da biologia no século XVIII, sendo usada até hoje. O nome de Lineu está fortemente ligado ao de espécie, o que significa que na botânica, as plantas passaram a ter nome e sobrenome. No Brasil, o uso das plantas como medicamento teve influência das culturas indígenas, africana e europeia. Os índios sul-americanos acumularam suas observações, aperfeiçoaram e ampliaram o conhecimento sobre as plantas, que foi transmitido de geração em geração. Desenvolveram uma nomenclatura bem estruturada, com referência ao uso, cor, aspecto e ou similaridade por associação com espécies de uso já conhecido.
Publicações pioneiras no Brasil As primeiras notificações fitológicas brasileiras são atribuídas ao padre José de Anchieta e a outros jesuítas. O naturalista e desenhista amador Armando Magalhães Correa exercia o cargo de conservador na seção de História Natural do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista (RJ). Dedicou-se à representação gráfica
das espécimes da flora e da fauna do acervo. Em 1929, iniciou pesquisas e documentação sobre flora ribeirinha carioca a partir de suas observações em Jacarepaguá. Em 1936, publicou o livro Sertão Carioca. Outra obra de destaque é a do botânico Frederico Carlos Hoehne. Em Frutas Indígenas (1946) faz uma importante reflexão sobre o valor das frutas nativas e as necessidades de sua conservação, usos, valorização e valoração.
Projetos de divulgação e valorização O projeto "A química e o dicionário de botânica" restaurou um dicionário do século XIX, encontrado do Arquivo Imperial, de Petrópolis, em 2003, que nunca foi publicado. O documento possui 334 plantas apresentadas com a análise química e as propriedades como complemento da classificação tradicional de uma planta. Partindo de uma classificação que descrevia a aparência da planta, os cientistas interagiam com os saberes locais e preocupavam-se em avalizá-los, ou não, para o consumo em massa. Em 2009, o projeto Profito - plataforma de projetos agroecológicos do Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde de Farmanguinhos (NGBS), da Fio Cruz/RJ deu início à implantação e produção de plantas medicinais nas comunidades do Maciço da Pedra Branca como al-
ternativa de desenvolvimento socioambiental, monitorando o cultivo, o beneficiamento e a comercialização de plantas medicinais nativas da Mata Atlântica. A Rede Fitovida surgiu em 2000 e é formada por grupos comunitários do Estado do Rio de Janeiro. Partilham a prática, a vivência, a boa relação com as plantas medicinais e outros elementos da natureza que compôem as práticas populares de saúde. O objetivo é transmitir as receitas de cura e cuidado, que fazem parte do acervo de conhecimentos tradicionais. http://redefitovida.org.br
Políticas públicas Em 2006, foi lançada a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (Decreto nº 5.813). E em 2009, o Ministério da Saúde lançou o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Entre os objetivos estão "promover o uso sustentável da biodiversidade e a repartição dos benefícios decorrentes do acesso aos recursos genéticos de plantas medicinais e ao conhecimento tradicional associado; e promover a inclusão da agricultura familiar nas cadeias e nos arranjos produtivos das plantas medicinais, insumos e fitoterápicos". De acordo com a quilombola, agricultura urbana e mestra em ciências, Silvia Baptista, a aroeira é uma
plantas mais estudadas da biodiversidade brasileira, que mereceu um lugar na Relação Nacional de Plantas de Interesse do Sistema Único de Saúde (Renisus). Dos doze fitoterápicos recomendados para serem prescritos nas Unidades de Saúde, o segundo foi à base da aroeira. Além dos fitoterápicos industrializados há medicamentos manipulados pelo próprio Sistema Único de Saúde (SUS), além de chás.
A aroeira serve para afecções da pele, alergias, cortes infeccionados. Nesse caso, ainda que te recomende as cascas, insista na sustentabilidade e encomende as Aroeira folhas. Lave-as cuidadosamente. Coloque dois litros schinus d’água para ferver. Mergulhe as folhas. Deixe esfriar. terebenthifolium Banhe cuidadosamente a parte infeccionada. Você verá um ferimento mais limpo e cicatrizado em poucos dias. Também é indicado para a saúde da mulher.
Assa-peixe
"As plantas medicinais e os fitoterápicos são cada vez mais presentes na atenção básica à saúde e em outros níveis de complexidade. Escolha informação de fonte segura verá que cada vez mais a tradição é ratificada pela ciência", diz Silvia Baptista, fazendo referência á importância do casamento dos conhecimentos tradicional e científico e sua aplicação em políticas públicas.
Vernonia polyanthes
Babosa ou Aloe vera:
Alfavaca Ocimum gratissimum La
Anis (aniz) Pimpinella anisum L.
Arnica Solidago chilensis
Uso medicinal: antigripal, ação antisséptica, balsâmica e expectorante; ação analgésica na odontologia. Uso culinário: confecção de licores, substitui o cravo da índia em doces e compotas. Estimulante das funções digestivas, elimina gases, combate cólicas, combate dores de cabeça. São usadas as folhas, sumo e flores. Indicada para uso externo em forma de tintura e extratos, que ajuda na cicatrização para ferimentos. Auxilia no tratamento de contusão, traumatismo e furúnculo.
Folha usada para tratamento de queimaduras térmicas (1o e 2o graus) e de radiação.
Aloe barbadensis Liliaceae
Boldo
Conheça algumas plantas medicinais cultivadas no sítio do Edinho por Dalila e Lia:
As folhas são usadas com propriedades no tratamento de bronquites, tosse persistente (via oral) e dores musculares (via tópica). As folhas podem ser utilizadas frescas ou secas ao sol, em local ventilado e sem umidade, e ser guardada em sacos de papel ou de pano.
Coleus barbatus
Boldo da folha pequena:
Planta perene de folhas verde claras e peludas. O uso de suas folhas por infusões em chás Indicadas para problemas do estômago e do fígado. Indicado no tratamento de gastrite, dispepsia, azia, malestar gástrico, ressaca; é estimulante da digestão e do apetite.
Plectranthus ornatos Codd
Camomila e camomila branca: Matricaria recutita Asteraceae
Possui flores brancas. São utilizadas as flores e óleo essencial. Auxilia no tratamento de inflações da pele e tem ação digestiva.
Capim limão Ação calmante, espasmolítica suave. Tem atividade Cymbopogon citratus S.
Carqueja Baccharis timera
Citronela Cymbopogon nardus
Embaúba Cecropia achystachya
antimicrobiana; é empregado em pequenas crises de cólicas uterinas e intestinais. (Lorenzi e Matos, 2010).
Erva de São João Ageratum conyzoides
É um arbusto nativo do Brasil. É indicada para dispesias inespecífica; é antiespasmódico e antiviral. Auxilia na constipação intestinal, obesidade e diabetes (Lorenzi e Matos, 2010).
Goiabeira
Planta aromática, utilizada como repelente contra insetos.
Guaco
Primeira planta medicinal registrada no Brasil. Com indicação diurética, anti-inflamatória, e contra hipertensão.
Ipê roxo
Psidium guajava
Mikania glomerata
Tabebuia avellanedeae
É um arbusto nativo do Brasil. As cascas e as folhas
Erva baleeira auxiliam no tratamento de reumatismo, artrite, Cordia verbenacea
reumatóide, gota, nevralgias e contusões. Tem ação adstringente, cicatrizante e anti-inflamatória. (HASENCLEVER, 2009).
Tem como princípio ativo os óleos essenciais, com ação bactericida,, anestésica, anti-séptica e vermífuga. É Erva Cidreira indicada para combater cólicas abdominais. Também Melissa é um calmante, administrado como chás para aliviar a officinalis ansiedade e insônia.
Erva Santa Chenopodium ambrosioides
São utilizadas as folhas e flores. É indicada no tratamento de parasitoses e vermes intestinais; parasitas da pele, escabiose e nematóides; tem ação tônica, reguladora e fortalecedora do fígado, estômago e intestino; auxilia no tratamento de tosse, asma, bronquite; é amebicida, laxante suave; inseticida.
Manjericão Ocimum basilicum
Maracujá Passiflora sp
Possui flores com tons azulados a roxos. Indicada para prisão de ventre. É calmante e analgésico. Auxilia no tratamento de reumatismo e artrose.
Fruto da goiabeira, a goiaba é amplamente utilizada na medicina popular como um antisséptico natural sobre a pele. Indicada também contra diarreia. A folha tem ação depurativa, febrífugo, peitoral, expectorante, antitérmico, antirreumático. Desperta o apetite e auxilia no tratamento de afecções pulmonares (fundção broncodilatadora). São utilizadas as cascas e flor. Possuem função depurativa, tratam afecções da boca, reumatismo, estomatite, anemia. É analgésico e antitumoral (Lorenzi e Matos, 2010). Uso interno: enfermidades febris (em especial resfriados e gripes), má-digestão, náusea, caimbras abdominais, gastroenterite, enxaqueca, insônia, depressão e esgotamento. Uso externo: acne, perda de olfato, picadas de insetos e serpentes, e infecções cutâneas. Gargarejos e bochechos com o chá morno fazem desaparecer as aftas. É amplamente utilizada e valorizada na culinária italiana para perfumar e dar sabor a diversos molhos, como o de tomate e o pesto, além das massas, como a receita da pizza Marguerita, que leva folhas de manjericão. Além da fruta, as folhas servem para fazer chás que ajudam a combater a ansiedade e a insônia.
Pata de vaca São utilizadas raiz, casca, folhas e flores. É hipoglicemiante, Bauhinia forficata
purgativo, diurético, depurativo do sangue, redutor de colesterol e triglicérides; tem função anti-oxidante.
Pitanga Eugenia uniflora
As folhas amassadas e fervidas com vinagre e um pouco de sal e depois aplicadas quentes são de utilidade no caso de dores reumáticas. O cozimento das folhas se emprega geralmente em banhos para acalmar as dores de Gota ou doenças venéreas.
Fruto da romanzeira, indicada contra inflamações e infecções da mucosa da boca e da garganta como Punica granatum antiinflamatório e antisséptico.
Romã
Uma planta é tida como medicinal por possuir substâncias que têm ação farmacológica (atuação dos componentes químicos das plantas no organismo). Estas substâncias são denominadas princípios ativos. A planta medicinal constitui uma unidade terapêutica. Todos os princípios ativos formam um fitocomplexo que interage entre si e com outras moléculas aparentemente inativas. Este fitocomplexo representa a unidade farmacológica integral da planta medicinal. As vitaminas e sais minerais encontrados nos vegetais também são exemplos de princípios ativos. São imprescindíveis ao bom funcionamento do organismo, auxiliando no tratamento de diversas patologias, reequilibrando as funções orgânicas. A história a experiência atestam que os saberes sobre as plantas com fins medicinais constituem um patrimônio imaterial e bem comum, que garante acesso ao cuidado e tratamento de doenças. Preservar, cultivar, disseminar esses conhecimentos milenares, oriundos de fontes diversificadas, é também uma estratégia de manutenção da biodiversidade do território e de autonomia do cidadão, pois permite caminhos para além do medicamento industrializado.
receita
Suco de Capim Limão Silvia Batista
Ingredientes: • 40 folhas de capim limão • 4 ou 5 limões • 1 litro de água Modo de Preparo: 1. Bater tudo em liquidificador e coar. Pode ser bebido à vontade pois não tem qualquer ação tóxica”.
Dica: Acrescente folhas de hortelã para aromatizar e deixar a bebida mais refrescante. Se preferir, adoce com açúcar mascavo ou mel.
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Modo de Preparo: 1. Lavar as folhas cuidadosamente. 2. Colocar dois litros d’água para ferver. 3. Mergulhar as folhas e deixe esfriar. 4. Banhar cuidadosamente a parte infeccionada. Você verá um ferimento mais limpo e cicatrizado em poucos dias.
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ENCONTRE os “Produtos da gente” em uma feira AGROECOLÓGICA perto de você:
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Ingredientes: • Folhas de Aoreira • 2 litros de água
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Chá de Aroeira para tratar inflamações
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Feira AGROECOLÓGICA de Campo Grande Avenida Marechal Dantas Barreto, 95, atrás do estacionamento do West Shopping, aos sábados, de 7h às 13h
Feira Agroecológica da Freguesia Praça Professora Camisão, Jacarepaguá , aos sábados, de 7h às 13h
Feira Orgânica do rio da prata Estrada da Batalha, 202, Rio da Prata, Campo Grande, aos domingos das 7h00 às 13h00
Feira orgânica e AgroecolÓgica de guapi Praça da Emancipação Centro, Guapimirim, aos sábados de 8h às 14h
Feira Agroecológica da UFRJ Centro de Tecnologia e Centro de Ciências da Saúde, às quintas de 13h às 17h
Feira da Roça de Nova Iguaçu Praça Rui Barbosa, Centro de Nova Iguaçu, às quartas-feiras, de 8h às 17h
Feira da Agricultura Familiar de Magé Rua São Fidelis, Centro de Piabetá, aos sábados de 7h às 15h
Feira da Roça de Queimados Rua Elói Teixeira, s/n°, centro de Queimados, passarela sob a linha férrea, às quintas-feiras, de 8h às 14h
“O dia a dia na cidade não proporciona o prazer e os valores que temos no campo.” Edinho, agricultor de Campo Grande (RJ)
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Para saber mais sobre os Produtos da Gente:
fb.com/asptaagroecologia