Revista Proclamai | Ano 5 - Número 12

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Publicação da Associação Norte Catarinense da Igreja Adventista do Sétimo Dia

REVISTA

Ano 5 - N.° 12

O perigo dos extremos Aprenda a ter uma vida cristã equilibrada, sem exagero ou desleixo

ESTILO DE VIDA

Fazer o certo do jeito certo

GENTE DE FÉ Tempo para Deus

ARTIGO:

Perfeito? Sim e não.


C O M

O

P R .

L U I S

G O N Ç A L V E S

EM CHAPECÓ

7 A 9 DE JULHO - 20h

Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes R. Assis Brasil, 20 D - Centro (ao lado da Arena Condá)

Transmissão ao vivo para todas as igrejas da região

Presença confirmada também

EM CAÇADOR: 09/07 - 9h

Teatro da UNIARP - Rua Victor Batptista Adami, 800 - Centro


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Agenda

CALENDÁRIO ANC 04 - I Encontro de Quartetos da ANC 04 - Sábado Missionário da Mulher 11 - Lançamento da Recolta

JUNHO

15 a 18 - EVANGELIBRAS – Evangelismo via Web em LIBRAS 18 - Congresso Via Satélite de Missão Global (Região Oeste e Meio Oeste) 18 - II Encontro de Universitários 25 - Congresso do Ministério da Mulher (Região Norte 1, 2 e Central) 25 - Dia do Ancião

01 a 30 - Escola Cristã de Férias 07 a 09 - Evangelismo com o Pr. Luis Gonçalves (Região Oeste)

JULHO

16 e 17 - Encontro de Equipes de Mordomia 23 a 30 - Semana de Oração do Ministério Jovem 30 - Dia do Colportor Evangelista

06 - Dia Multiplicação dos Pequenos Grupos

AGOSTO

13 - Dia do Reencontro 27 - Projeto “Quebrando o Silêncio”

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Mensagem do Presidente Nesta edição da revista Proclamai iremos analisar alguns aspectos da vida cristã. Estamos vivendo tempos solenes e significativos em nossa caminhada rumo ao Céu e, por isso, é importante pensarmos um pouco em nossa realidade espiritual. Não se esqueça que este ano nosso foco é para que tenhamos uma igreja ainda mais envolvida na Comunhão, no Relacionamento e na Missão. Uma igreja que dedica mais tempo com Deus, mais tempo para Deus e mais tempo junto ao próximo. Uma palavra que vai ser muito enfatizada nessa edição da Proclamai é equilíbrio. Nossa vida deve ser pautada por equilíbrio em todos os aspectos. Ellen White diz: “Vivemos em uma atmosfera de satânico encantamento. O inimigo tecerá uma fascinação de licenciosidade em torno de toda alma que não se ache entrincheirada na graça de Cristo. Tentações virão; se vigiarmos contra o inimigo, porém, e mantivermos o equilíbrio do domínio próprio e pureza, os espíritos sedutores não exercerão influência sobre nós”(T.S. vol. 3.19). Os que fazem da Palavra de Deus o seu conselheiro compreendem a fraqueza do coração humano e o poder da graça do Pai para subjugar todo impulso profano e não santificado. O seu coração está sempre em atitude de oração e eles têm a guarda de santos anjos. Quando o inimigo vem como uma inundação, o Espírito de Deus ergue contra ele a Sua bandeira. Há harmonia no coração; pois as preciosas, poderosas influências da verdade promovem o equilíbrio” (C.S.E. pág.146). Boa leitura! Ronaldo Bertazzo - Presidente da ANC

Editorial Você já ouviu falar de Nik Wallenda? Ele é um dos mais famosos equilibristas norte-americanos, cujo currículo é bem interessante. Além de vir de uma família circense, ele já caminhou sobre as cataratas do Niágara e sobre o Grand Canyon do Colorado. Isso sem usar nenhuma proteção e apenas se equilibrando em cima de um cabo de aço. Em 2014, ele cruzou entre dois prédios de Chicago com altura superior a 60 andares com os olhos vendados, levando milhares de espectadores ao delírio e quebrando dois recordes mundiais. Em certo sentido, todos nós somos equilibristas. Diariamente temos que tentar manter equilibradas nossas finanças, dar conta de um monte de tarefas no horário de expediente, cuidar de nossa família, nossa saúde e nossos compromissos na igreja. São tantas coisas que as vezes até nos perdemos. Na vida espiritual também corremos o risco de deixar o equilíbrio de lado e viver conforme nosso próprio pensamento. Algumas pessoas chegam ao ponto de adotar perspectivas unilaterais e extremas que não refletem os ensinamentos da Palavra de Deus. Isso é excessivamente prejudicial e perigoso. Buscando auxiliar a igreja nesse sentido, essa edição da Proclamai vai abordar assuntos que envolvem a linha tênue entre equilíbrio e radicalismo, além de temas como perfeccionismo e estilo de vida. Conscientes de que o assunto requer muito mais que esse espaço possibilita, nossa intenção não é esgotá-lo, mas sim despertar a igreja para a necessidade de cuidar para não se deixar levar por extremos que podem nos afastar de Deus e da fé. Você terá acesso a um excelente artigo do pastor George Knight, que está no espaço reservado para a reportagem de capa. Jamais nos esqueçamos do conselho inspirado: “Meu filho, guarde consigo a sensatez e o equilíbrio. Nunca os perca de vista” (Prov. 3:21). Moisés Mora - Diretor de Comunicação da ANC

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ÍNDICE Agenda

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Mensagem do Presidente/Editorial

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Gente de Fé

Jornalista responsável: Paulo Ribeiro Revisão: Douglas Pessoa

Mulheres Atentas

Capa

06 e 07

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10 - 15

Projeto e Editoração Gráfica: Judson Pereira

Missão Global

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Tiragem: 5.700 Impressão: Gráfica Volpato Distribuição Gratuita

Estilo de Vida

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Artigo

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Próxima Lição

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Quadrinhos

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Contato: paulo.ribeiro@adventistas.org.br Site: anc.adventistas.org.br

47 3032-4040

Rua Joaçaba, 355, Saguaçu.

CEP: 89.221-340 , Joinville /SC.

facebook.com/iasd.anc @iasd_anc youtube.com/anciasdvideos adventistas.anc

Presidente - Ronaldo Bertazzo Secretário - Harry Streithorst Diretor Financeiro - Elton Bueno Educação - Ireny Ricken Evangelismo - Lucas Araujo Ministério da Criança - Vanessa Mora Ministério da Mulher - Elisângela Reis Ministério Pessoal - Fábio Correa Ministério Jovem - Moisés Mora Missão Global - João Nicolau Gonçalves Mordomia Cristã - Josiel Unglaub Publicações - José de Matos

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Gente

de

Tempo para Deus

De descendência japonesa, Ana Watanabe, 55 anos, natural de Mairiporã (SP), graduou-se em engenharia elétrica em 1986. Ela, inclusive, já trabalhou em empresas conceituadas na capital paulista e em Curitiba. Vivendo desde 2006 em Joinville, Ana Já concluiu seu mestrado e atualmente está próxima de encerrar seu doutorado na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), instituição onde também atua como professora. Atualmente ela é casada e tem três filhos. No entanto, todas essas atividades profissionais, acadêmicas e familiares não foram barreiras para impedi-la de colocar a espiritualidade como maior prioridade em sua vida. Existe um tempo exclusivo que é dedicado para realização de atividades da igreja e para auxiliar ao próximo. Há cerca de um ano Ana começou a realizar trabalhos voluntários na Darcy Vargas, principal maternidade de Joinville e uma das mais conceituadas do Brasil, segundo o Ministério da Saúde. O projeto deu tão certo que hoje já conta com mais de 20 adventistas voluntários que dedicam tempo no local. Uma das maiores conquistas desse grupo, em parceria com voluntários da maternidade, ocorreu neste ano quando conseguiram uma doação de 50 mil reais em itens de higiene infantis para serem entregues as mães carentes.

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Entrevista RP: O que vocês fazem durante as visitas a maternidade? Ana: Durante as visitas nós entregamos livros missionários e fazemos orações com as mães. Entregamos também lembranças em datas especiais como dia das mães, semana de aleitamento, dia do servidor para os funcionários, dia das crianças, Natal, Semana Santa, aniversário da Maternidade e outros. Inclusive levamos nestas datas, corais infantis de escolas adventistas, corais e grupos musicais de nossas igrejas. RP: Como surgiu a ideia? Ana: Surgiu do desejo de seguir o exemplo do professor de violino do meu filho Guilherme, 22, maestro Paulo Torres que toca violino em hospitais, e quando soube que uma pessoa voltara de coma ao ouvir um hino, resolvi escrever um email a direção da Maternidade pedindo autorização para meu filho tocar nesta instituição. Bem, ele não pôde tocar porque quando veio o retorno do email, meu filho já estava estudando em São Paulo. Mas, surgiu a ideia de fazer algum trabalho como de entrega de revistas e livros. RP: Como é a recepção das pacientes e funcionários? Ana: As pacientes ficam muito felizes com nossas visitas. Muitas vezes encontramos mulheres tristes pela perda de bebês ou em tratamento prolongado e nossas orações tem confortado seus corações. E os funcionários vibram muito com as apresentações de corais infantis e concertos de violino, como o que Guilherme fez quando veio de São Paulo nas férias. RP: Qual o sentimento em realizar trabalhos voluntários? Ana: Uma vez uma repórter de uma emissora local nos entrevistou e ficou muito emocionada ao ver uma mãe chorando de emoção agradecendo as nossas visitas, pois estava sozinha no quarto (muitas mães vem de cidades vizinhas de Joinville) e não tem companhia. E é exatamente este sentimento que nos invade o nosso coração ao poder ser útil ao nosso semelhante. RP: O que a motiva dedicar tempo ao voluntariado? Ana: A maior motivação é poder levar um pouco de amor e carinho as mulheres num momento tão especial. Outra coisa que me motiva muito é poder também ajudar pessoas que querem fazer algum trabalho missionário e não sabem como fazer. Esta é sem dúvida uma forma de muitas pessoas poderem contribuir, pois temos cerca de 24 pessoas envolvidas. Há um grupo que entrega os livros quinzenalmente durante as terças-feiras e quinzenalmente aos sábados. RP: Quais são os maiores desafios? Ana: No início o maior desafio era conseguir pessoas para fazer esse trabalho, mas depois que muitas mulheres da igreja do bairro Saguaçú e algumas do Bom Retiro viram como é recompensador poder levar carinho às pessoas, este desafio foi vencido. Outro desafio, foi conseguir autorização para poder entregar estes livros à Maternidade. Bem, com certeza as nossas orações foram atendidas porque Deus nos fez encontrar nesta maternidade funcionárias da direção muito queridas que abriram as portas para podermos levar também o Evangelho eterno.

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RP: Qual é a maior recompensa? Ana: A maior recompensa é poder através destes gestos tão simples de levar estes livros, levar corais e conjuntos, dar palavras de conforto e oração, podermos também tocar o coração para a Palavra de Deus. Sinto que Deus tem nos dirigido a cada trabalho a ser realizado, pois temos tido muitas bençãos dentro da Maternidade. RP: Quais são os resultados desse trabalho? Ana: Creio que o maior benção através deste trabalho foi ter conhecido uma funcionária chamada Olindina Effting que abriu as portas da Maternidade para nossa igreja. Ela é uma pessoa muito especial que se preocupa com o bem estar das pacientes e tenho o provilégio de ter uma amizade muito grande com ela e com sua família. Já ofereci estudos bíblicos e ela já aceitou e assiste regularmente os cultos da capela da maternidade. O que me chama muita a minha atenção é ela ficar convidando as mães e funcionários à participarem do culto. Ela é uma pessoa muito especial que tenho o desejo de vê-la no Lar Eterno. Temos também obtido simpatia dos funcionários da maternidade entregando também mimos, livros e sorrisos...

Ana Watanabe convida pacientes para participar do culto realizado pela equipe de voluntários

RP: Houve alguma experiência marcante que seja fruto dessas visitas? Ana: Houve muitas experiêncais, mas uma que marcou para mim, foi entrar num quarto onde havia uma mãezinha chorando copiosamente e eu entreguei o livro e perguntei se gostaria de uma oração. Ela prontamente aceitou e depois de orar, ela estava bem melhor. Ao perguntar porque estava chorando, ela simplesmente disse que queria ir embora, mas como estava com uma infecção, o médico não a deixava ir embora. Depois de lhe explicar direitinho, ela sorriu e ficou tranquila. A lição que tiro desta experiência é que um pequeno gesto, pode fazer uma grande diferença na vida das pessoas. RP: Como consegue arrumar tempo para dedicar ao voluntariado? Ana: Na realidade creio que seja um presente de Deus poder fazer este serviço de voluntariado, pois estou de licença da Universidade que leciono para fazer doutorado. Deus me concede sabedoria para trabalhar na minha tese e assim consigo conciliar tempo para este trabalho. Quando entregamos nossos talentos, tempo e dinheiro, Ele permite que trabalhemos em sua Obra dando-nos condições de realizar.

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Mulheres Atentas

DECÊNCIA, DISCRIÇÃO E PRUDÊNCIA “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus. 1 Coríntios 10:31,32

Q

uando lemos esse texto vemos a etiqueta na pura essência. Uma vida renovada leva o cristão a um alto padrão de comportamento por meio de um estilo de vida que glorifique a Deus e que evidencie publicamente a fé e o compromisso que a pessoa tem com Jesus Cristo. Em uma época em que a sociedade vive ávida por consumo, e muitas práticas são vivenciadas e até mesmo legitimadas socialmente em nome da experimentação, do desejo e do prazer; há certo endeusamento da sexualidade e da auto-exposição, o que alcançou status de mercadoria. Ser sexy virou moda, como se o seu pleno exercício fosse garantir a felicidade. Desde uma foto sensual nas redes sociais, os meninos com as calças hipercoladas e camisetes baby look semiabertas para mostrar o peito esbelto, e as meninas com o decote ousado ou transparência, as blusinhas e mini saias “puxapuxa”, uma mão para louvar e a outra puxando a blusa para evitar que a barriga apareça ou usa a Bíblia para ajudar a cobrir as pernas. O corpo que Deus nos deu é templo do Espírito Santo (I Cor. 6:16 e 20), não exponha na vitrine aquilo que não está à venda. O Vestuário cristão é claramente orientado na Bíblia (I Tim 2:9, 10) pelo princípio da Modéstia, decência, bom senso, evitando a sensualidade provocativa e a ostentação tão comuns hoje em dia. Esse princípio deve aplicar-se não apenas a roupas, mas a todas as questões que envolvam aparência pessoal. É triste falar sobre esse assunto, mas quantos homens e mulheres em nossas igrejas que, ao usarem determinada roupa, tem o intuito de ser notado (a)? A santidade do cristão deve ser refletida em todo seu estilo de vida diferenciados do mundo. Existem roupas diferentes para ambientes diferentes, roupas para academia devem ser usadas na academia, roupas de banho no ambiente apropriado, maquiagem corretiva bem leve sem perder a característica pessoal e unhas bem tratadas com cores naturais claras sem ter um jardim florido para chamar a atenção. Nesse ponto o equilíbrio e o bom senso cristão devem prevalecer. Não somos perfeitos e estamos longe de sermos. Mas Deus nos pede: [...] apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional (Rom.12:1).

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Apresentar um sacrifício vivo a Deus significa escolher Jesus e por Ele viver. Existem formas de cultuarmos a Deus e uma dessas formas é o nosso viver que Paulo apresenta como culto racional, que nesse texto quer dizer decisão e raciocínio para passar por uma transformação de caráter que se dá mediante a operação do Espírito Santo na vida. Não existe nada, absolutamente nada, que nos recomende a Deus. Todos nós temos defeitos incorrigíveis e tendência para fazer o mal. Nossa única Esperança deve estar em Jesus, Ele sim é a oferta perfeita e sem mácula. Se pudéssemos ser perfeitos, Jesus não precisaria ter morrido, pois nós não precisaríamos de um Salvador. Dizer que alguém pode ser perfeito neste mundo é rejeitar o sacrifício de Jesus, pois você se auto salvaria. Nossa Conduta Cristã, não nos salva, mas pode ser pedra de tropeço para a salvação de outros. Uma pessoa que só usa roupas que cobre braços e pernas por inteiro, pode sim tropeçar no quesito amar como Jesus amou, sentir como Jesus sentiu. Não podemos e nem devemos ser juízes de ninguém e nunca, jamais, fragmentar a Bíblia e o escritos de Ellen White usando texto fora de contexto para reprovar conduta. Precisamos agir com o amor que Jesus teve diante de Maria Madalena, foi ter com ela sem condená-la. Todos nós somos pecadores passíveis de erros e quedas, não conseguiremos extirpar todos os maus pensamentos e continuamente teremos que lutar contra. Nossos méritos não contam ou tiram pontos para nossa salvação ou perdição. As obras servem simplesmente no processo de testemunhar perante os homens e os anjos, que fomos primeiramente salvos e lavados pelo sangue do Cordeiro. Afinal, Jesus disse que veio buscar e salvar os pecadores, não santos com sua justiça própria. Que Deus, pela Sua graça e misericórdia nos ajude a enxergar nossas falhas e mudar o que podemos.

Vanderléia Reis da Luz Pedagoga, pós-graduada em estudos da religião e psicopedagogia


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ASSOCIAÇÃO NORTE CATARINENSE


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Capa

O perigo dos

EXTREMOS

UM EX-LEGALISTA REFLETE SOBRE LEI, PERFEIÇÃO E ADVENTISTMO

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A RAIZ DA FASCINAÇÃO ADVENTISTA COM A PERFEIÇÃO A abordagem adventista sobre ser perfeito começa no livro do Apocalipse, nos importantes textos em que os adventistas veem retratados a si mesmos e seu movimento. O próprio enfoque de vários desses textos nos aponta na direção do comportamento. “O dragão”, lemos, “irou-se contra a mulher e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus” (Ap 12:17). E então, é claro, há o interesse adventista no grandioso texto de Apocalipse 14. Note a progressão: A mensagem do primeiro anjo, iniciada por Guilherme Miller nas décadas de 1830 e 1840, declara que “é chegada a hora do seu juízo” (v. 6, 7). A mensagem do segundo anjo, pronunciando a queda de Babilônia (v. 8), foi iniciada em 1843 por Charles Fitch. Então, surge a decisiva terceira mensagem contra a adoração do poder da besta. Os adventistas têm focalizado especialmente o verso 12: “Aqui está a paciência dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus” (ARC). Essa passagem tornou-se o texto-chave no adventismo do sétimo dia. Por quase cem anos ele foi citado integralmente sob o cabeçalho de cada edição da Review and Herald. Apocalipse 14 retrata a mensagem do terceiro anjo como a última antes do retorno de Cristo para “ceifar” a Terra (v. 14-20). Os primeiros adventistas do sétimo dia eram hábeis em pregar a primeira parte de Apocalipse 14:12: “Aqui está a perseverança dos santos”. Nesse versículo, víamos a nós mesmos como aqueles que ainda estavam esperando pela vinda de Jesus, depois do desapontamento de 1844. E nós adventistas amamos a segunda parte de Apocalipse 14:12: Aqui estão “os que guardam os mandamentos de Deus”. Ah, eu lhe digo, nós adventistas amamos os mandamentos. Se você vir as primeiras publicações adventistas (e provavelmente algumas de hoje), notará que a ênfase estava sempre na palavra guardar. E essa é uma boa ênfase no contexto de um relacionamento salvífico com Cristo. Aqui estão “os que guardam os mandamentos de Deus”. Mas os primeiros adventistas não tinham muita certeza sobre o que fazer com “a fé de Jesus”, a terceira parte de Apocalipse 14:12. Eles interpretavam “a fé de Jesus” como um conjunto de verdades que deveriam ser obedecidas. Como resultado, nossos primeiros escritores – Tiago White e quase todos os outros diziam: “Deus tem seus mandamentos. E Jesus também tem seus mandamentos, tais como o batismo, o lava-pés e assim por diante.” Eles desenvolveram uma lista completa de mandamentos de Jesus. Como resultado, os adventistas se tornaram o povo “mandamento sob mandamento”, focalizando não apenas os mandamentos de Deus, mas também os mandamentos de Jesus. Éramos (e somos) grandes empreendedores. “A fé de Jesus” é a porção de Apocalipse 14:12 que Ellen G. White e outros reinterpretaram em Mineápolis em 1888 para enfatizar “fé em Jesus”. O texto pode ser traduzido como “fé em Jesus” ou “fé de Jesus”. Muitos adventistas do sétimo dia, ao ler o texto como “fé de Jesus”, têm a tendência de sugerir que o verso está dizendo que podemos ter fé exatamente

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da maneira como Jesus tinha fé. Assim podemos ser tão absolutamente impecáveis como Ele era absolutamente impecável. Essa interpretação provavelmente foi encorajada pelos primeiros cinco versos de Apocalipse 14. Diz o verso 1: “Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com Ele cento e quarenta e quatro mil, tendo na fronte escrito o seu nome e o nome de seu Pai”. E os versos 4 e 5: “São estes os que não se macularam com mulheres, porque são castos. São eles os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá” – não apenas em parte do caminho, mas por todo o caminho. “São os que foram redimidos dentre os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro; e não se achou mentira na sua boca; não têm mácula.” Ora, essa é uma norma muito elevada, certo? Eles “não têm mácula”, ou como diz a King James Version, “eles são sem falta diante do trono de Deus”. Ora, eu chamaria a essas pessoas “perfeitas”. E não é difícil ver por que muitos adventistas do sétimo dia pensavam dessa maneira sobre o assunto da perfeição. Afinal, Apocalipse 12 e 14 são textos fundamentais para a identidade da denominação. Todos sabemos que temos uma espécie de perfeição por meio da justificação pela fé porque estamos em Cristo. Mas esses textos de Apocalipse 14 despertam a pergunta: É suficiente a justificação pela fé, ou devemos ser impecavelmente perfeitos para fazer parte dos 144 mil? E se há algo mais do que justificação, o que deve ocorrer dentro de nós? Essa questão tem dividido os adventistas do sétimo dia por um século. O que deve ocorrer no povo de Deus do tempo do fim? Antes de prosseguirmos, devemos notar o importante desenvolvimento de Apocalipse 14. Temos os 144 mil, o primeiro anjo, o segundo anjo, o terceiro anjo, e imediatamente após o terceiro anjo o grande drama da segunda vinda – a ceifa. Lemos nos versos 14 e 15: “Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice afiada. Outro anjo saiu do santuário, gritando em grande voz para Aquele que se achava sentado sobre a nuvem: Toma a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de ceifar, visto que a seara da terra já amadureceu.” Os adventistas têm desejado sinceramente estar prontos para a vinda de Jesus. E eles não têm apenas a Bíblia para encorajá-los a respeito da perfeição de caráter, mas têm também os escritos de Ellen G. White. Aqui está uma das suas mais impressionantes declarações: “Cristo aguarda com fremente desejo a manifestação de si mesmo em sua igreja. Quando o caráter de Cristo se reproduzir perfeitamente em seu povo, então virá para reclamá-los como seus”. A passagem então imediatamente muda para a cena da colheita. Em muitos sentidos esse texto de Ellen G. White é paralelo ao progresso e desenvolvimento dos eventos de Apocalipse 14. O conceito-chave nesta citação de Parábolas de Jesus é reproduzir perfeitamente o caráter de Cristo. Infelizmente, quando os adventistas do sétimo dia leem expressões como “reproduzir-se perfeitamente”, eles têm a tendência

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de se tornarem um tanto emocionais. Isso aconteceu comigo quando as li pela primeira vez. Fiquei entusiasmado tanto com a magnificência, quanto com a possibilidade da missão e promessa. Não sei se você já viu alguém que é perfeito. Às vezes, fecho os olhos e visualizo algumas das pessoas perfeitas que conheço. Neste momento, me lembro de uma dessas pessoas. Ela está muito satisfeita porque obteve a vitória sobre o queijo. Agora lembro- me de outra pessoa. Essa é um fariseu do primeiro século. Esse indivíduo é realmente “religioso”. Ele sabe exatamente qual é o tamanho da rocha que pode carregar no dia de sábado e a que distância ele pode levá-la sem cometer pecado. Ele reduz a justiça a algumas fatias muito estreitas de “religião”. Está convencido de que com essa dedicação aos detalhes do estilo de vida logo ele será perfeito. Há também aqueles que parecem ser perfeitos devido à reforma de saúde. Em uma pequena igreja adventista de trinta membros, há um ancião que está disposto a levar os emblemas da santa ceia (ou cerimônia da comunhão) àqueles que não puderam ir à igreja. Mas não participará dos emblemas com eles, porque isso seria comer entre as refeições. Eu me pergunto: o que significa “comunhão” para esse ancião? A mesma congregação tem um homem de quase dois metros de altura que pesa apenas 59 quilos. Ele conseguiu tremendas vitórias sobre o apetite enquanto caminhava na direção de ser “perfeito como Cristo”. Até mesmo se convenceu de que é errado comer cereais como trigo e aveia. Como resultado, infelizmente, ele sente um intenso desejo de comer coisas estranhas. Toda quinta-feira ele “cai em tentação” e come dois pedaços de la- zanha de berinjela. Esse homem, aos seus próprios olhos, está avançando no caminho para a “verdadeira perfeição”. Quando uma pessoa diz que sua mais “pecaminosa atividade” é comer dois pedaços de lasanha de berinjela por semana, ela deve estar fazendo progresso. Esse indivíduo deve ser quase perfeito, ao menos segundo seu entendimento de “perfeição”. Há um outro santo nessa mesma pequena igreja que tinha um ferimento. Uma pessoa normal teria levado três semanas para curar-se. Mas essa “reformadora de saúde” ainda não estava curada depois de seis semanas por causa das deficiências dietéticas. Esse foi o resultado de sua reforma de saúde. Ellen G. White rotulou tal dedicação em seus dias como “reforma de saúde”. Alguns adventistas do sétimo dia têm caminhado em estranhas direções em sua busca de perfeição de caráter. Talvez isso seja porque alguns de nós não temos a mais leve ideia do que seja caráter. Nem temos a mínima noção do que Ellen G. White queria dizer por caráter de Cristo. MEU CAMINHO PARA PERFEIÇÃO A passagem de Parábolas de Jesus que eu citei acima teve um grande impacto sobre minha própria experiência adventista. Logo depois de me tornar adventista do sétimo

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dia, algum querido irmão mostrou-me essa passagem. E foi depois de ler que Cristo só viria quando seu caráter estivesse perfeitamente reproduzido em seus filhos que eu conscienciosamente decidi que seria o primeiro cristão perfeito desde Cristo. Imediatamente segui em minha busca. Como resultado, dentro de algumas semanas, eu podia dizer o que estava errado em quase tudo. • Eu podia dizer o que estava errado em qualquer coisa que você desejasse comer. • Eu podia dizer o que estava errado em qualquer coisa que você desejasse assistir. • Eu podia dizer o que estava errado em quase qualquer coisa que você desejasse fazer. • E eu podia dizer o que estava errado em quase tudo o que você desejasse pensar. Em minha própria e rigorosa abordagem da alimentação, eu baixei de 75 quilos para aproximadamente 56 quilos em cerca de três meses. Alguns temiam que eu morresse de “reforma da saúde”. • E eu quero que você saiba algo. Em minha luta pela perfeição, eu me tornei perfeito. Realmente. • Eu era o perfeito fariseu segundo a ordem de Saulo antes da estrada de Damasco. • Eu era o perfeito monge segundo a ordem de Martinho Lutero antes de descobrir o evangelho em Romanos. • Eu era o perfeito metodista segundo a ordem do combatente e esforçado John Wesley antes de sua experiência de conversão em Aldersgate.


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Como posteriormente descobri, meu caminho para a perfeição tinha sido bem trilhado antes de mim. Isto me leva ao paradoxo da perfeição. Aqueles dentre vocês que conhecem alguém “perfeito” reconhecerão o paradoxo. Alguns terão passado por esse caminho, e em muitas congregações encontro pessoas ainda percorrendo-o, ou, pior ainda, pessoas tentando conviver com alguém que está tentando atravessá-lo. O paradoxo de minha perfeição era que quanto mais pensava acerca de mim mesmo e minha perfeição, mais egocêntrico me tornava. Não somente me tornava egocêntrico, mas quanto mais lutava e tentava, mais crítico me tornava para com aqueles que não haviam alcançado o meu “alto nível”. Não era apenas crítico ou intolerante, mas quanto mais “perfeito” me tornava, mais áspero eu era com os outros que não haviam igualado minha “condição superior”. E mais negativo me tornava para com a igreja e outros que não eram tão “puros” ou “consagrados” como eu. Resumindo, quanto mais eu tentava, pior eu ficava. Esse era o paradoxo da minha perfeição. Em meu esforço para reproduzir perfeitamente o caráter de Cristo, eu havia mais de perto imitado o caráter do diabo. Para dizer o mínimo, tornei-me uma pessoa de difícil convivência. As pessoas se tornavam um problema em minha vida enquanto eu procurava imitar o caráter do Salvador. Afinal, as pessoas eram um obstáculo ao meu rigor na alimentação. E interferiam em minha refletida hora de meditar sobre Cristo cada dia. As pessoas dificultavam meu avanço para a perfeição. Infelizmente, há uma forma de perfeição que leva ao próprio egocentrismo do pecado. Há um caminho para a perfeição que é o caminho da morte. Há um caminho para perfeição que é destrutivo, e muitíssimos adventistas têm seguido esse caminho para supostamente reproduzir o caráter de Cristo. É a trilha errada. É a estrada artificial, construída pelo homem. Em minha frustração com minha igreja e comigo mesmo, eu entreguei minhas credenciais ministeriais. Mas o presidente de minha associação, vendo minha perplexidade e querendo “salvar-me para a obra”, viajou comigo em um passeio de carro por quase quinhentos quilômetros para que pudesse me aconselhar, me encorajar e devolver minhas credenciais. Eu não pude me livrar delas. Entreguei-as

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uma segunda vez, e elas retornaram novamente. Na terceira vez eu escrevi uma carta cuidadosamente redigida contando ao presidente da minha associação como eu me sentia. Obtive o resultado desejado. As credenciais não voltaram. Minha vida como ministro adventista havia acabado. Tanto quanto me dizia respeito, eu havia terminado como adventista e como cristão. Durante seis anos não orei nem li a Bíblia a menos que fosse forçado a fazer isso em público. Estudei filosofia para descobrir uma resposta mais adequada para o significado da vida, somente para encontrar sua falência a respeito das questões reais. Perto do final de meus anos em uma “terra distante”, cheguei à conclusão de que se o cristianismo não tivesse a resposta, não existia uma resposta. Essa foi uma das conclusões mais assustadoras da minha vida. Então, no início de 1975, Deus estendeu a mão e me tocou. Ele disse: “George, você tem sido um adventista, mas não tem sido um cristão. Você tem conhecido todas as doutrinas, mas não tem conhecido a Mim.” A essa altura, passei por minha própria crise de 1888. Encontrei a Jesus, e meu adventismo foi batizado, tornando-se cristianismo. A tragédia para mim, para aqueles que tinham de viver comigo e para aqueles semelhantes a mim, é que muitas dessas situações poderiam ter sido evitadas se houvéssemos sido mais fiéis em nossa leitura das declarações inspiradas. Tivesse eu simplesmente lido o contexto de muitas das minhas declarações favoritas, eu teria sido salvo dos erros mais graves da minha vida. O CAMINHO DIVINO PARA PERFEIÇÃO Com muita frequência, temos distorcido a Bíblia e os escritos de Ellen G. White. Uma maneira de fazer isso é não ler as declarações em seu contexto. Tiramos as citações do contexto, tais como aquela de Parábolas de Jesus sobre reproduzir perfeitamente o caráter de Cristo. Então nos dirigimos a tais livros como Conselhos Sobre o Regime Alimentar ou Mensagens aos Jovens, e removemos mais um grupo de citações. Em seguida as ligamos com a passagem de Parábolas de Jesus de tal forma que criamos uma teologia que nem mesmo Deus reconheceria. Sempre leia o contexto. Descubra o que o autor inspirado está dizendo, quer seja o autor Paulo ou Pedro ou João ou Ellen G. White. Que diferença o contexto pode fazer em nossa compreensão e em nossa vida. Por exemplo, vejamos o contexto de nossa declaração do livro Parábolas de Jesus sobre reproduzir perfeitamente o caráter de Cristo. Nos parágrafos imediatamente precedentes, lemos: Cristo procura reproduzir-se no coração dos homens; e faz isto por intermédio daqueles que nele creem. O objetivo da vida cristã é a frutificação – a reprodução do caráter de Cristo no crente, para que se possa reproduzir em outros.... Na vida que se centraliza no eu não pode haver cres- cimento nem frutificação. Se aceitas- tes a Cristo como Salvador pessoal, deveis esquecer-vos e procurar auxiliar a outros. Falai do amor de Cristo, contai de sua bondade. Cumpri todo dever que se

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vos apresenta. Levai so- bre o coração o peso da salvação das pessoas. ... Recebendo o Espírito de Cristo – o espírito do amor abnega- do e do sacrifício por outrem – cres- cereis e produzireis fruto. As graças do Espírito amadurecerão em vosso caráter. Vossa fé aumentará; vossas convicções aprofundar-se-ão, vosso amor será mais perfeito. Mais e mais refletireis a semelhança de Cristo em tudo que é puro, nobre e amável.” A seguir, ela diz que “quando o caráter de Cristo se reproduzir perfeitamente em seu povo, então virá para reclamá-los como seus”. Reproduzir perfeitamente o caráter de Cristo é refletir o seu amor. O caráter de Cristo centralizase em compassivo relacionamento. Com muita frequência os adventistas têm olhado para a religião como algo negativo, mas cristianismo não é o que não fazemos. Ninguém será salvo pelo que evitou. O cristianismo é positivo em vez de negativo. O verdadeiro cristianismo é uma religião que nos livra da preocupação com nós mesmos e a luta para ganhar a salvação de sorte que podemos amar verdadeiramente ao nosso próximo, ao nosso Deus, aos nossos irmãos, à nossa esposa, ao nosso esposo, aos nossos filhos, e assim por diante. Essa foi a grande mensagem de Jesus. “Portanto, sede vós perfeitos”, proclamou Ele, “como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mt 5:48). Remova esse texto do seu contexto, e você pode transformá-lo em algo que a Bíblia jamais disse. Leia-o no contexto, e você descobrirá o que Jesus estava tentando ensinar. Começando no versículo 43, essa passagem ensina que Deus ama a todos. Ele faz com que a chuva caia e o sol brilhe sobre bons e maus, justos e injustos. Jesus está dizendo que devemos ser perfeitos ou maduros em amor aos outros como nosso “Pai celestial é perfeito” em seu amor por nós. Por fa- vor, lembre-se que Cristo morreu por você enquanto você era ainda seu inimigo (Rm 5:6, 10). Você pode amar como Deus amou? Isso é maturidade cristã ou perfeição cristã. E se você não crê nisso, compare Mateus 5:48 com Lucas 6:36. Lucas 6:27-36 é uma passagem paralela a Mateus 5:43-48. Ambas lidam com o amor aos inimigos, e ambas concluem com a declaração de que os cristãos devem ser semelhantes a Deus. Mas a passagem de Lucas não diz: “Portanto, sede vós perfeitos”, mas “sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai” (Lc 6:36). Os evangelistas igualaram com misericórdia a afirmação de Cristo sobre perfeição. Para compreender melhor esse assunto, precisamos voltar a Mateus 25:31-46 e à cena do grande julgamento das ovelhas e dos cabritos. Essa é uma passagem muito interessante. Leia-a hoje para você mesmo, e conte os pontos de interrogação. Note a grande surpresa que é experimentada no juízo. Por um lado, Jesus diz a um grupo: “Entrai em meu reino”. Segundo a parábola, eles dizem: “Senhor, como fizemos isto? Não

somos como aqueles fariseus. Não passamos toda a nossa vida preocupados com a multidão de faz e não faz.” Jesus responde: “Vocês não compreendem. Quando estive faminto, me alimentaram. Quando estive na prisão, vocês me visitaram. E quando estive sedento, me deram de beber.” Eles voltam a perguntar: “Espere um minuto. Como pode ser isto? Nunca te vimos ou alimentamos.” “Mas”, responde Jesus, “se vocês fizeram isso a um destes meus pequeninos irmãos, vocês fizeram a mim.” A essa altura o outro grupo está realmente se tornando agitado. Há um bom número de fariseus nesse segundo grupo, indivíduos que têm dedicado toda a sua vida a observar a multidão de detalhes sobre a lei. “Espere um segundo, Senhor”, exclamam eles, “guardamos o sábado. Realmente guardamos o sábado. Tínhamos umas 1.500 leis e normas e regulamentos concernentes ao sábado, e guardamos todos eles. E não somente guardamos o sábado; pagamos o dízimo rigorosamente. Éramos tão escrupulosos que dizimávamos cada décima folha de nossas pequenas hortelãs. E tínhamos uma boa dieta. Senhor, tens de salvar-nos. Nós merecemos isto.” “Bem”, responde Jesus, “há apenas um problema. Quando estive na prisão, vocês não pareciam se preocupar. Quando estive faminto, onde estavam vocês?” “Senhor”, eles respondem rapidamente, “se soubéssemos que eras tu, certamente teríamos estado lá.” “Mas”, Jesus responde, “vocês não compreenderam. Não assimilaram o princípio do meu reino. Vocês não assimilaram o grande princípio do amor. E se vocês não têm isso, não serão felizes em meu reino.” Mateus 25 é muito explícito sobre o fato de que o juízo gira em torno de uma questão específica. Mas se você precisa de mais ajuda, tente O Desejado de Todas as Nações. El- len G. White diz isso tão claramente como as palavras podem expressar. “Assim”, escreve ela depois de citar Mateus 25, descreveu Cristo aos discípulos, no Monte das Oliveiras, as cenas do grande dia do Juízo. E apresentou sua decisão como girando em torno de um ponto. Quando as nações se reunirem diante dele, não haverá senão duas classes, e seu destino eterno será determinado pelo que houverem feito ou negligenciado fazer por Ele na pessoa dos pobres e sofredores. Se as pessoas não estão transmitindo o amor de Deus ao seu próximo, é porque não o têm. Se as pessoas têm o amor de Deus no coração, não há nenhuma maneira em que ele possa ser reprimido. Ele encontrará expressão. A expressão do amor divino por aqueles a quem Jesus ama é o importante critério no grande julgamento final. Deus quer que todos os que estiverem no Céu sejam felizes lá. E os que serão felizes são aqueles que renunciaram ao princípio do amor egoísta e autosuficiência (pecado) e permitem que Deus implante no coração e na vida o grande princípio de sua LEI.

“O que os adventistas precisam é a alegria da salvação combinada com suas grandes verdades doutrinárias”

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Capa O novo nascimento inclui a mudança na vida de uma pessoa do egoísmo e egocentrismo (pecado) para altruísmo e amor ao próximo (os princípios da LEI). Santificação é meramente o processo de alguém tornar-se mais amoroso. O retrato bíblico de perfeição é tornar-se maduro em expressar o amor de Deus. Tais pessoas estão formando um caráter semelhante ao de Cristo, porque “Deus é amor” (1Jo 4:8). Sobre essas pessoas, é certo que serão salvas para a eternidade. A DEMONSTRAÇÃO FINAL DE DEUS AO UNIVERSO Esse pensamento nos conduz ao assunto da demonstração final de Deus ao Universo. Em Parábolas de Jesus lemos que “a última mensagem de graça a ser dada ao mundo, é uma revelação do caráter do amor divino”. A demonstração final ao universo do que a graça pode fazer na vida humana será uma demonstração do poder de Deus em transformar indivíduos egoístas em pessoas que amam a Deus e à humanidade. A demonstração final não é alguém retratar uma pessoa que finalmente alcançou a vitória sobre pizza quatro queijos, refrigerantes, ou algum artigo de alimentação ou comportamento. A grande demonstração ao universo trata com a reprodução do caráter de Cristo. Um dos grandes textos do Novo Testamento atinge o âmago da questão. “Nisto”, disse Jesus, “conhecerão todos que sois meus discípulos”, se guardardes o sábado. “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos”, se devolverdes o dízimo. “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos”, se tiverdes uma alimentação adequada. Inúmeros adventistas lêem o Novo Testamento como se ele estivesse dizendo esse tipo de coisas. Mas, em realidade, Jesus disse: “Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:35). O amor não é apenas o único ponto em torno do qual gira o juízo, é também o ponto pelo qual Jesus identifica seus discípulos. Ser seguidor de Cristo é ser alguém que ama a Deus e aos semelhantes.

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Inúmeros adventistas passam por alto esse ensino fundamental do Novo Testamento. Muitíssimos têm as normas, regulamentos e leis, mas negligenciam o grande princípio que constitui o fundamento da lei de Deus. Muitos, em sua luta pela perfeição, trabalham ao nível de pecados e leis em vez de permitir que Deus opere neles ao nível de pecado e lei. Infelizmente, todas as normas e regulamentos sem o amor de Jesus muito contribuem para a religião sombria, triste, desolada, deprimente, melancólica – ou pior ainda, religião destrutiva. Quando vou a uma reunião campal, posso olhar para uma audiência de dez mil pessoas e identificar de um relance os assim chamados “perfeitos”. São aqueles que não estão sorrindo. São os que evidentemente não têm nada a celebrar e em que rejubilar-se porque não têm segurança em Cristo. Ora, se eu fosse o diabo, daria a vocês adventistas a verdade bíblica, mas tornaria vocês e suas igrejas mais frios do que uma fôrma de gelo no inverno da Sibéria. Por outro lado, eu daria a alguns cristãos alegria na igreja e na vida cristã, mas confundiria de tal forma sua teologia que eles não saberiam distinguir Gênesis de Apocalipse. O que os adventistas precisam é a alegria da salvação combinada com suas grandes verdades doutrinárias. Quando os adventistas tiverem a Jesus no coração e certeza da salvação, eles não apenas terão a verdade com um v minúsculo (isto é, verdade doutrinária), mas terão a verdade com um V maiúsculo (o Senhor da Verdade). “Eu sou [...] a verdade”, dis- se Jesus (Jo 14:6). Estou pessoalmente convencido de que a grande coisa necessária para manter o adventismo em movimento não é apenas verdade doutrinária, mas um maior conhecimento de Jesus e a bela certeza de salvação em Cristo. Necessitamos tanto da verdade quanto da Verdade. Quando os adventistas tiverem ambas, isso será proclamado de cada parte do seu ser e em sua adoração, e estarão em uma situação de permitir que o Espírito Santo os use para mover o mundo com a bela mensagem que Deus lhes confiou.

Geroge R. Knight Historiador e ex-professor de História da Igreja Adventista na Andrews University.

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Missão Global

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Qual a palavra chave?

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m renomado pregador, após saudar a igreja em uma manhã de sábado, iniciou seu sermão com duas perguntas que levaram os fiéis a refletirem. A primeira foi a seguinte: “quantos desejam ver Jesus voltar em sua geração? ”, inúmeras mãos foram levantadas, alguns inclusive ficaram em pé, todos sorridentes e animados. Logo em seguida o mensageiro lançou a segunda pergunta: “quantos estão fazendo alguma coisa para que o Senhor Jesus volte em sua geração? ” Pouquíssimas mãos foram levantadas, muitas cabeças baixas e semblantes pensativos. Esta quem sabe pode ser a realidade de muitas pessoas. O Adventismo surgiu revestido de esperança e possuindo uma mensagem singular, uma identidade única e uma missão especial para este mundo. Sua origem profética destaca o seu propósito primário: resgatar a mensagem bíblica do verdadeiro evangelho e anunciá-la a todos os povos (Mt. 28:18-20; Ap. 14:6-12). O apóstolo Paulo em Romanos 1:16 afirma: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego”. Talvez este verso apresente uma das mais perfeitas definições de evangelho na bíblia: “O poder de Deus para salvar”. Este evangelho liberta (Jo. 8:32), resgata (Gl. 1:4), equilibra (Fl. 4:5) e transforma todo aquele que o aceita (Rm. 12:2). A natureza forma, a cultura informa, o pecado deforma, mas somente o evangelho de Cristo transforma. Durante seu desenvolvimento a Igreja Adventista do Sétimo Dia compreendeu a responsabilidade de proclama-lo a todo o mundo. Mas como fazê-lo? Um mundo com muitas diversidades, filosofias e culturas.

Jovens da Missão Calebe se mobilizam para conquistar Irineópolis, município sem presença adventista até 2015

Adventistas da Igreja Central de Xanxerê se mobilizam para plantio de novo templo no bairro Bagatini

Embaixadores da Esperança engajados no compromisso de evangelizar cidades sem presença de fiéis adventistas

A Igreja tem entendido que o alcance da pregação do evangelho é um milagre, uma ação direta do Espírito Santo na vida dos filhos de Deus. Isto ocorre a partir do momento em que a maior parte da Igreja está envolvida em sua obra. Ellen White esclarece o assunto afirmando: “Quando tivermos uma consagração completa, de todo o coração, ao serviço de Cristo, Deus reconhecerá esse fato mediante um derramamento, sem medida, de Seu Espírito; mas isso não acontecerá enquanto a maior parte dos membros da igreja não forem cooperadores de Deus”.

A palavra-chave é o envolvimento. Se houvessem mil pessoas entre o retorno de Cristo a esta Terra e você, ele daria todos menos um, este é o seu: “envolvimento”, a partir de seus dons e seu amor pelo Senhor e sua obra. Segundo o pastor Marlinton Lopes “Não existe profecia para número de convertidos, mas sim para número de envolvidos”. Quando a igreja viver na prática este conceito de discipulado intenso, quando a porcentagem do comprometimento de seus membros formar a maior parte, um milagre ocorrerá. O Espírito Santo abençoará seus esforços e seus membros alcançarão bairros e cidades que ainda não possuem presença adventista. Quando a igreja faz missões, ela manifesta a glória de Deus. Não basta estar no coração de Deus, precisa estar em nosso também. Segundo Abdala: “Uma igreja comprometida movese de programa para processo, de atração para infiltração e de decisões para discípulos”. Querido amigo (a), Deus te chama para o avanço de sua obra. Ele te chama para uma consagração plena, para um envolvimento total e para uma missão, chamada global. Segundo Quintana: “Não faça de sua vida um rascunho, pode ser que você não tenha tempo de passa-la a limpo”. Envolva-se! Pr. João Nicolau Gonçalves Departamental de Missão Global da ANC.

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Estilo de Vida

Fazer o certo da forma certa

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eus, em sua infinita sabedoria e misericórdia, confiou a nós mensagens preciosas, entre elas a mensagem de saúde. Infelizmente esta mensagem tem sido alvo de confusão entre muita gente. Basicamente dois extremos impedem que o povo de Deus goze amplamente das bênçãos que Ele reservou ao nos dar a mensagem de saúde: primeiro, a negação da necessidade de se fazer uma verdadeira reforma em nossos dias. Segundo, a realização da reforma desacompanhada de reavivamento e sabedoria. Sobre o primeiro extremo, é comum ouvir pessoas dizerem que isso ou aquilo não é ainda para o nosso tempo. Que ter determinado hábito “não tem nada a ver”, que reforma de saúde não é “ponto de salvação”. E, pela negação, a mensagem deixa de ser praticada. É verdade que não é a reforma de saúde que nos salva. Somos salvos pela graça, mediante a fé em Jesus (Efésios 2:8). Mas como adventistas do sétimo dia temos luz suficiente para compreender o papel das obras e das reformas em nossa caminhada cristã. No outro extremo, observamos uma reforma sendo praticada desacompanhada de reavivamento, sendo feita de forma até mesmo imprudente, sem sabedoria. Dessa forma, alguns pontos da mensagem são amplamente explorados, enquanto outros são ignorados, e o que podemos notar é que os princípios que deveriam reger os bons hábitos acabam sendo negligenciados. Um exemplo disso ocorre quando a pessoa foca apenas no vegetarianismo, mas negligencia a prática de atividade física, a exposição à luz solar, a quantidade adequada de horas de sono, e daí por diante. Ou então a pessoa abandona determinados alimentos que são recomendados que abandonemos, mas não se preocupa em substitui-los corretamente, levando o organismo a sofrer com deficiências nutricionais.

Daniel e seus amigos chamaram a atenção em Babilônia devido ao seu regime alimentar. Nossos irmãos da cidade de Loma Linda (Califórnia) chamam a atenção da mídia e da ciência por estarem entre os grupos de pessoas com maior longevidade do mundo, e isto com saúde e muita disposição. Já pensou o impacto que causaríamos no mundo se, como povo, estivéssemos sempre em destaque nas estatísticas como aqueles que vivem mais e melhor? Eu acredito que isto seria o resultado natural de fazermos o certo da forma certa. Se você deseja fazer a reforma de saúde e colher as bênçãos que Deus nos reservou através dessa mensagem, seguem algumas dicas:

• • • • •

Busque diariamente, em oração, o batismo do Espírito Santo e discernimento espiritual. Estude os escritos do Espírito de Profecia sobre o assunto. Organize o seu tempo. Aprenda a cozinhar uma boa comida vegetariana (frequente cursos de culinária, teste as receitas do Programa Vida & Saúde da TV Novo Tempo) Dê atenção a todos os oito remédios de Deus (ar puro, água, luz solar, alimentação saudável, exercício físico, descanso, temperança e confiança em Deus)

“Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma” (3 João 1:2).

Receita:

Assado

Karyne M. Lira Correia Psicóloga

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(sabor pizza)

Ingredientes:

Modo de Preparo:

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Misturar tudo e levar para assar por aproximadamente 30 minutos em forno préaquecido a 180°.

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2 Tomates picados 1 Cebola picada 2 Xícaras de aveia miúda ½ Xícara de Água Cheiro verde ou Manjericão a gosto Azeitona a gosto Orégano a gosto


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Artigo

Perfeito? Sim e não Você já leu um texto bíblico e ficou confuso? Parece que aquele texto está em contradição ou não faz muito sentido? Uma das narrativas que me deixavam com essas sensações é a seguinte: Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendome das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Por isso todos quantos já somos perfeitos, sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa de outra maneira, também Deus vo-lo revelará. (Filipenses 3:12-15) Paulo apresenta duas informações contraditórias: primeiro ele afirma que não alcançou ainda a perfeição e, em seguida, se coloca dentro do grupo daqueles que “já são perfeitos”. Se pudéssemos perguntar a Paulo: “Afinal, apóstolo, você é perfeito”? Ele poderia responder: “sim e não”. Ficou mais confuso ainda? Calma. Vou explicar. Eu pude acompanhar cada etapa do parto do meu filho. Depois de um exame rápido, a médica disse: ele é perfeito! Todos entendemos o que ela quis dizer. Apesar de não conseguir caminhar, de ter a caixa craniana ainda torta devido ao parto, ele estava perfeito para a idade dele. Se ao completar cinco anos ele ainda estiver sem falar e sem andar, então, ele não será mais perfeito. Ele ainda tinha muito o que crescer ao nascer, mas estava dentro do esperado para a sua idade.

Essa ilustração nos ajuda a entender o que Paulo estava tentando explicar. Quando ele diz que não alcançou a perfeição estava se referindo ao estado de impecabilidade. Ele ainda não havia alcançado esse estágio da vida espiritual que todos os crentes atingirão por ocasião do retorno de Cristo. No verso quinze, quando o apóstolo afirma que já é perfeito, ele usa a palavra grega Teleio, que poderia ser traduzida como maduro. O que Paulo estava tentando dizer é que para a sua “idade espiritual” ele tinha tudo o que se esperava de um cristão. Podemos perceber esse conceito de perfeição (maturidade cristã) na mensagem de Paulo aos hebreus: De fato, embora a esta altura já devessem ser mestres, vocês precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios elementares da palavra de Deus. Estão precisando de leite, e não de alimento sólido! (Hebreus 5:12-14). Os hebreus não estavam acompanhando corretamente as fases de crescimento espiritual e, quando deviam estar “perfeitos”, haviam estacionado no conhecimento de Cristo. A aparente contradição de Paulo se dissipa logo que percebemos que a perfeição a qual ele se referia não era um estado de impecabilidade, mas a maturidade que todo cristão pode e deve atingir. A vida cristã, segundo Paulo, é uma viagem de perfeição em perfeição até que atinjamos a impecabilidade na volta de Jesus. E como fazer isso? Esquecendo dos pecados e derrotas do passado, sem tirar os olhos do prêmio que Jesus nos preparou. Ele nos ajudará, como diz Ellen White, “nada temos a temer quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e Seu ensino em nossa história passada (Testemunhos Seletos, vol 3, 315).

Felippe Amorim Teólogo pós-graduado em psicologia pastoral e em docência universitária.

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io

“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é entendimento”

O papel da igreja na

comun da Adultos | PROFESSOR

ARÁBIA SAUDITA

Jul Ago Set 2016

Eritreia

Djibuti

Etiópia

Juba

Somália

Uganda

Mogadíscio

Quênia

Kampala

Ruanda

Congo

Kinshasa

Nairóbi

Kigali Bujumbura

Burundi

Tanzânia

Oceano Índico

Dar es Salaam

Uniões Burundi Leste Congolesa Leste do Quênia Etiópia Nordeste do Congo Norte da Tanzânia Ruanda Sul da Tanzânia Uganda Oeste Congolesa Oeste do Quênia Campos agregados Total

Igrejas 377 242 2,674 901 1.031 1.840 1.713 642 927 643 2.371 62 13.423

Grupos 414 401 2,049 368 583 1.347 560 878 1.974 629 1.815 180 11.198

Membros 109.138 70.312 459.426 162.588 160.606 359.059 645.048 111.592 285.180 293.987 364.759 24.618 3.046.313

População 10.483.000 10.020.314 37.233.236 96.819.000 20.396.462 28.525.434 11.080.000 22.231.566 38.845.000 40.750.224 16.782.764 18.275.000 351.442.000

Julho – Setembro 2016

Projetos 1. Construção de dormitórios e refeitório para a Faculdade de Medicina em Kigali, Ruanda. 2. Projeto infantil: “Abrigo dos cordeiros” para crianças em Juba, Sudão do Sul.

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Djibuti

Adis Abeba

Sudão do Sul

O papel da igreja na comunidade

ÁFRICA

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Lição ADP 3º trim. 2016

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Asmara

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Através da visão Cada Um Salvando Um (C1S1), a sede administrativa da Igreja Adventista para metade norte de Santa Catarina tem incentivado os membros a usarem seus Dons para fazer a diferença na comunidade onde está inserida. Projetos como Missão Calebe, Chá entre Amigas, Geração 148, Ação Solidária Adventista (ASA), Encontro de Casais com Cristo, entre outros, são feitos para mostrar o quanto cada um pode fazer para pregar e mudar a sua comunidade. A palavra chave aqui é serviço, o mundo vive um contexto onde todos querem ser servidos, mas não servir. Entender que Deus nos deu dons para servirmos a Ele, a igreja e as pessoas ao nosso redor, estaremos cumprindo o ide e fazendo a vontade de Deus. Na lição da Escola Sabatina do próximo trimestre, cujo tema é “O Papel da igreja na Comunidade”, você encontrará tudo o que apresentamos aqui. Base teológica, onde veremos as implicações bíblicas do chamado ao serviço, ao estudar você estará concluindo mais uma disciplina de seu curso. Além de disso, seremos desafiados a praticar e sermos um agente de mudança em nossa comunidade e em nossa igreja. A cada semana estaremos sendo desafiados a nos engajarmos em uma atividade de serviço para nosso Salvador e pelos seus amados. Meu pai, o irmão Adão e o pastor João, tinham algo em comum, reservavam as primeiras horas do dia para estar em comunhão com Deus, e com o coração cheio da presença de Deus testemunhavam e muitas pessoas foram salvas por eles. O que faremos então? – Compre sua lição para o próximo trimestre, reserve as primeiras horas do dia para sua comunhão com Deus, relacione com os alunos de sua classe, e juntos cumpram a missão de testemunhar ao mundo. Quando descobrimos que Deus é suficiente e que Cristo é tudo, não precisamos de Teologia para sermos feliz. Que tal, para o próximo trimestre, você ajudar a mudar Lição da Escola Sabatina a sua vida, sua classe da Escola Sabatina, sua igreja e como consequência, de sua comunidade? Aceite esse desafio.

Exemplar Avulso: R$ 10,80 Assinatura Anual: R$ 35,10

pulação 483.000 020.314 233.236 819.000 396.462 525.434 080.000 231.566 845.000 750.224 782.764 275.000 442.000

C

om frequência ouvimos das pessoas tais expressões: - Tenho o desejo de estudar teologia; – Queria ter mais fé; - Minha vida é muito agitada, não me sobra tempo para ter uma comunhão com Deus; - Não sei como falar aos outros de minha fé. Como posso alcançar tudo isso de maneira simples e fácil, é o que veremos. A Escola Sabatina é um curso rápido de Teologia aplicada, com exceção das matérias de conhecimentos gerais (português, inglês, metodologia e outras), as de teologia e prática pastoral todas são ensinadas e vividas dentro da Escola Sabatina. Em oito anos, temos um currículo equivalente as matérias teológicas da faculdade de teologia. Tive o privilégio de conhecer muitas pessoas que eram verdadeiros teólogos, sem nunca terem frequentado o seminário. Meu falecido pai teve apenas 3 anos de formação escolar Prov. 9:10 básica, mas tinha um entendimento bíblico maravilhoso. O irmão Adão de Barros apreendeu a ler na Bíblia, e quando muitos outros não tinham um sermão, ele estava sempre pronto. Também meu padrinho de ordenação, o pastor João Kuntze, era professor de escola quando foi chamado para o ministério. E mesmo sem formação teológica, teve nos livros de Ellen G. White tudo o que precisava para ser o pastor que é. “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas vos serão acrescentadas” (Mat 6:33). Tempo para comunhão; é interessante como algumas pessoas conseguem realizar tantas coisas nas mesmas 24 horas que outros dizem não conseguir. Onde será que está o problema? Por que não sobra tempo para a comunhão? Aqui entra o que chamamos prioridade, nossa vida nunca estará em ordem enquanto não colocarmos nosso Deus como prioridade em nossa vida, a comunhão com Deus não deve ser deixada para quando sobrar tempo, para quando Divisão der, não há uma solução mágica. ParaCentro-Leste ter comunhão, Africana precisamos reservar o melhor do nosso tempo, o começo do dia para estar na presença de Deus. Quando colocamos Deus na ordem correta de nossa vida todas as outras coisas se ajustarão e teremos tempo para Ele e para o que realmente importa. “Todo membro de igreja deve considerar seu especial dever o trabalhar pela vizinhança. Cogitai a ver qual a melhor maneira de auxiliar os que não tem interesse nas coisas religiosas [...] convidai os vizinhos a vossa casa, e lede com eles a preciosa Bíblia e os livros que lhes expliquem as verdades” (TS 2, 516).

Julho – Setembro 2016

de anda. s m Juba,

Uma igreja ativa na comunidade

Exemplar Avulso: R$ 10,80 Assinatura Anual: R$ 35,10

Oceano Índico

el da igreja na comunidade

ália

PRÓXIMA LIÇÃO

O papel da igreja na

comun dade

Capa da lição do 3° trimestre

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Editor

C.Q.

Depto. Arte

Pr. Elias Leichsenring Distrital em São Bento do Sul


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Lição ADP 3º trim. 2016

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