Publicação da Associação Norte Catarinense da Igreja Adventista do Sétimo Dia
REVISTA
Ano 5 - N.° 13
ARTIGO:
Você tem “SVC”?
INTERNATOS ADVENTISTAS
Qual a diferença para a educação do seu filho?
GENTE DE FÉ Cristã declarada
GERAÇÃO
HIPERCONECTADA Especialista traz orientações sobre os perigos da exposição na internet para crianças e adolescentes
Mensagem do presidente Vivemos em tempos de constantes e rápidas mudanças. O avanço tecnológico é cada vez mais eficiente e rápido. Há 30 anos não tínhamos aparelhos de fax, microcomputadores, tablets, internet e, muito menos, os smartphones. Quando paramos para pensar nisso percebemos que esse avanço tecnológico não transforma apenas o mundo em que vivemos, mas também a forma como nos comportamos. Experimente tirar os dispositivos móveis ou internet dos adolescentes e jovens. Provavelmente eles ficarão inconformados e profundamente chateados.
Ronaldo Bertazzo Presidente da ANC
É certo que não há como parar o progresso tecnológico e impedi-lo de afetar a forma como vivemos e a maneira como as igrejas funcionam. O que precisamos fazer é usar todos esses recursos para expansão do evangelho. Se queremos continuar sendo relevantes na sociedade é necessário, como igreja, nos adequar e usar essas inovações como nossas aliadas ao invés de criar resistências elas. A Bíblia apresenta, no livro de Filipenses 4:8, o seguinte conselho: “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.”
Editorial Eles são questionadores, super conectados às mídias digitais, distraem-se com extrema facilidade e têm intenso desejo de serem relevantes no sentido de mudar o mundo. Para eles, a internet não é apenas uma ferramenta de pesquisa ou entretenimento, mas uma extensão da vida comum. Jovens, millennials, adolescentes, ou como você queira chamá-los, as novas gerações trazem consigo um enorme potencial para o avanço do evangelho. Contudo, ao mesmo tempo, escancaram sua necessidade por referência, apoio, orientação, espaço e compreensão.
Moisés Mora Diretor de comunicação da ANC
Em alguns contextos de regiões como Europa e Estados Unidos, os jovens têm deixado a Igreja em volume avassalador, ao ponto de algumas congregações entrarem em colapso e até deixar de existir. Analisando esse fato, Barry Gane, autor de “O Caminho de Volta”, afirmou que “qualquer igreja está apenas uma geração da extinção”. Isso deveria fazer soar nosso alarme bem alto. O que a Igreja pode fazer para ser mais relevante às novas gerações? Como alcançá-los sem negociar princípios? Como despertar seu interesse pela missão? Esses e outros questionamentos serão analisados nesta edição da Proclamai. Desejamos, acima de tudo, que o leitor reflita sobre o que pode ser feito no sentido de facilitar o ingresso das novas gerações no cenário dos ministérios atuais da igreja local. O esforço valerá a pena! “O Senhor designou a juventude para ser Sua mão ajudadora. Com tal exército de obreiros como o que poderia fornecer a nossa juventude devidamente preparada, quão depressa a mensagem de um Salvador crucificado, ressuscitado e prestes a vir poderia ser levada ao mundo todo (Ellen G. White, Mensagem aos Jovens, pág. 5). Boa leitura!
REVISTA
ÍNDICE Agenda Gente de Fé
05 06 e 07
Mulheres Atentas
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Artigo
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Jornalista responsável: Paulo Ribeiro
Capa
10-13
Revisão: Mairon Hothon Douglas Pessoa
Entrevista
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Projeto e Editoração Gráfica: Judson Pereira Tiragem: 5.700 Impressão: Gráfica Volpato Distribuição Gratuita Contato: paulo.ribeiro@adventistas.org.br Site: anc.adventistas.org.br
47 3032-4040
Rua Joaçaba, 355, Saguaçu.
CEP: 89.221-340 , Joinville /SC.
Artigo
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Missão Global
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Estilo de Vida
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Artigo
20
Próxima Lição
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Quadrinhos
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facebook.com/adventistas.anc @iasd_anc youtube.com/anciasdvideos adventistas.anc
Presidente - Ronaldo Bertazzo Secretário - Harry Streithorst Diretor Financeiro - Elton Bueno Educação - Ireny Ricken Evangelismo - Lucas Araujo Ministério da Criança - Vanessa Mora Ministério da Mulher - Elisângela Reis Ministério Pessoal - Fábio Correa Ministério Jovem - Moisés Mora Missão Global - João Nicolau Gonçalves Mordomia Cristã - Josiel Unglaub Publicações - José de Matos
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REVISTA
Agenda
CALENDÁRIO ANC 03 - Simpósio Universitário - UNIASSELVI (Indaial) 03 - Trimestral Ministério da Criança e do Adolescente (Região Norte 1 e 2) 10 - Trimestral Ministério da Criança e do Adolescente (Região Oeste)
SETEMBRO
11 - Trimestral Ministério da Criança e do Adolescente (Região Meio Oeste) 13 a 16 - Evangelismo WEB 17 - Trimestral Ministério da Criança e do Adolescente (Região Central) 17 - Dia Mundial do Desbravador 18 - Dia do Maná 24 - Batismo da Primavera
01 - Dia da Educação Adventista 01 - Encontro de Novos na Fé (Região Oeste) 02 - Encontro de Novos na Fé (Região Meio Oeste) 07 a 09 - Aventuri
OUTUBRO
14 a 16 - Congresso de Profissionais de Saúde 15 - Encontro de Novos na Fé (Região Norte 1 e 2) 15 e 16 - Casa Aberta 22 - Congresso do Ministério da Mulher (Região Oeste e Meio Oeste) 22 - Dia do Pastor e das Vocações Ministeriais 29 - Encontro de Novos na Fé (Região Central
03 - Planeta Calebe
NOVEMBRO
05 - Ordenação Ministerial 11 a 14 - II Campori de Desbravadores da ANC 13 - Celebra Teen (no Campori) 19 a 26 - Evangelismo Público de Colheita
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Gente
Fé
de
Cristã declarada
A
lana Raiser de 19 anos é a criadora de um dos mais conhecidos canais de vídeos adventista do Youtube, o Cristão Declarado. Da cidade de Rodeio (SC), a jovem faz dos seus trabalhos audiovisuais uma oportunidade para evangelizar os internautas que diariamente acessam seu canal. Em abril deste ano, ela conquistou o prêmio nacional “Comunicando Jesus na Web”, como um dos melhores trabalhos de evangelismo adventista na internet e em julho foi uma das entrevistadas do programa Identidade Geral, da TV Novo Tempo. Na entrevista de hoje, ela conta um pouco mais do seu dia a dia, como conseguiu vencer a timidez, como consegue manter a fé mesmo frequentando uma igreja onde ela é a única jovem, além de mostrar como cada pessoa tem uma responsabilidade quando o assunto é o ‘Ide’ que Jesus nos ensinou.
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Gente de fé
REVISTA
Entrevista
Revista Proclamai: Como você produz seus vídeos? Alana Reiser: Gravo com meu celular, no quarto mesmo e com um pedestal que meu pai fez para mim no improviso. Como moro em um sítio e bem em frente à rodovia, preciso acertar bem o dia das gravações para que elas não sejam afetadas pelo barulho dos caminhões e nem dos vizinhos que trabalham com motosserras e roçadeiras. Ah, tenho um cachorro também que não para quieto, por isso só gravo quando ele está dormindo ou bem longe do quarto. RP: Produzir vídeo demanda tempo de produção do conteúdo, filmagem e edição. Como você consegue conciliar tempo nesse projeto sem que isso atrapalhe sua vida acadêmica e profissional? AR: Prioridades. Apenas dedicamos tempo e recursos naquilo que realmente damos valor e amamos. É preciso ter tempo para cada coisa, até o sábio Salomão sabia muito bem disso: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu” (Eclesiastes 3:1). Invisto mais ou menos duas horas por dia para manter as redes atualizadas. E nos dias de gravação gasto em média cinco horas. Mas posso dizer com toda convicção que é o melhor investimento de tempo que tenho. Não há preço capaz de pagar a alegria de ver milhares de pessoas sendo alcançadas pela Palavra do Senhor. RP: O que fez com que você se mantivesse firme na fé em uma igreja que não tem pessoas com a mesma idade? AR: Creio que a base fundamental que deve mover alguém a permanecer firme é o amor por Cristo. Vejo muitos jovens dizendo: ‘Ah, minha igreja é muito parada, não fazem acampamentos, nem programas jovens, não tem Clube de Desbravadores, os cultos estão fracos e não tem atrativos’. Por esses motivos eles decidem sair. Diante disso, paro e penso... Se o sacrifício de Jesus Cristo na Cruz não é o suficiente para manter alguém na fé, nada que a igreja faça manterá o jovem ali dentro. Ao pensar no amor de Deus, me faltam palavras para expressar tamanha compaixão por seres humanos tão ingratos como somos. Minha igreja é pequena, mas a amo muito! Nunca me importei pelo fato de não ter jovens, nem nada de “atrativo” como os templos grandes geralmente promovem. RP: Como que seus pais veem o seu projeto? AR: Sou apaixonada pela minha família, eles sempre foram um suporte muito grande pra mim, em tudo. No começo eles ficaram felizes pela iniciativa de criar o canal e todas as outras redes sociais do Cristão Declarado, mas em bem pouco tempo cresceu muito e começou atingir pessoas do Brasil e até fora dele, e a reação dos meus pais é igual a minha... A ficha ainda não caiu! Isso tudo parece um sonho ainda. Nunca imaginei que o ministério tomaria essa proporção. Eu olho para a Alana do passado e penso: “Senhor... Que transformação!”. Eu era extremamente tímida, e meus pais sabem muito bem disso. Por isso digo com convicção: “Os sonhos de Deus são bem maiores que os meus”.
RP: Que conselhos você daria para os líderes locais das igrejas que ainda são resistentes quanto ao uso de recursos não tradicionais como ferramenta de evangelismo? AR: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se houver algo de excelente, ou digno de louvor, pensem nessas coisas” (Filipenses 4:8). Tudo o que Deus coloca em nossa mão, precisa de alguma forma ser usado em prol da pregação do evangelho. Se temos internet, podemos espalhar a mensagem. Se temos celular, podemos enviar torpedos SMS com mensagens inspiradas por Deus para vários números. Se temos braços, podemos abraçar a todos. Se temos um sorriso, podemos sorrir para as pessoas e espalhar o bom perfume de Cristo. Se temos Jesus no coração, vamos espalhar alegria e esperança onde formos. Precisamos sair de nossa visão limitada de pregação e enxergarmos muito além de nós mesmos. Podemos fazer muito pela obra. Muito mais do que imaginamos, muito mais do que temos feito. E tomar a decisão de “não viver mais eu, mas Cristo viva em mim”. Para que tudo que fizermos, falarmos, sermos, agirmos e pensarmos seja “para a glória de Deus” (1Co 10.31). RP: Que conselho você daria para aquelas pessoas que querem começar algum projeto voluntário de evangelização? AR: Se assim como Moisés você diz: “Ah Senhor, mas eu não sei falar direito, não sou uma pessoa eloquente, não tenho capacidade para isso, deixe que outros façam...” lhe convido a ler a resposta que Deus deu para esse homem em Êxodo 4:11-12. Você pode não ver potencial em si mesmo. Você pode achar que não tem dons, talentos e que sua vida não faz diferença, mas saiba que você pode sim, você tem talentos sim, e você pode ser tremendamente usado pelo Senhor pelo poder do Espírito Santo sim! O poder não está em você, mas no Deus a quem você serve! Ellen White mesma disse: “O segredo do sucesso está em unir o esforço humano com o poder divino”. Apenas se jogue em Seus braços de amor e entregue sua vida para que o Senhor escreva nas páginas em branco sua nova história. Não perca mais tempo, Jesus está voltando. Seja sal e luz, seja instrumento de salvação! RP: Com certeza você já teve alguns retornos de pessoas que foram evangelizadas pelo seu trabalho. Qual testemunho você poderia destacar ? AR: Uma história que marcou é a do Ronaldo, de São Paulo. Sua família congrega em uma das maiores igrejas evangélicas do Brasil, fervorosos em sua fé, ele contou que sempre tiveram preconceito com os adventistas. Ele começou a acompanhar o meu canal, gostou muito, e descobriu que eu sou adventista do sétimo dia. Começou a fazer estudos bíblicos pela internet, acompanhar a TV Novo Tempo, e está apaixonado pelas mensagens que está aprendendo. Ele me mandou uma mensagem dizendo: “Estou decidido, quero me entregar para essa obra na Igreja Adventista do Sétimo Dia”. Todos os dias recebo mensagens de diversas pessoas dizendo que suas vidas estão sendo transformadas através do meu ministério, louvado seja o nome do Senhor!
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REVISTA
Mulheres Atentas
Mães de líderes
C
“Se o Senhor não edif icar a casa, em vão trabalham os que a edif icam.”
omo pais, temos a influência prioritária e a responsabilidade moral sobre os filhos. Nosso desejo e dever é de amá-los e auxiliá-los a formar um caráter sólido, que suporte o mal destes últimos tempos. Para que sejam servos do Senhor neste mundo e para a eternidade. Assim sendo, os pais terrestres merecem e necessitam darse o devido respeito e obediência, como Salmo representantes do Pai Celestial. O que torna nossa responsabilidade mais desafiante, é que não existe uma forma só de educar, já que cada indivíduo possui temperamento diferente. A educação começa antes do nascimento, passa por diversas fases e é extremamente essencial o acompanhamento materno nos três primeiros anos da criança. A etapa mais importante no desenvolvimento infantil, não deveria ser orientada por babás ou creches. É fato que a principal responsabilidade e cuidados estejam com a mãe, figura insubstituível. Mas a presença do pai é tão importante quanto. Ofertando apoio, animando a companheira e assumindo seu papel no lar, perante Deus e os filhos. Precisamos nos esforçar para educar crianças sábias nas emoções. Não é saudável que tenham uma rotina cheia com aulas extraclasses e oficinas, que ganhem brinquedos novos porque os de casa já não tem mais novidade. Que elas valorizem o que foi adquirido por meio do esforço, ensinandolhes também a desfazerem-se do que não é essencial. Pois se não conseguem ser felizes com pouco, muito menos serão com muito. Ensinar-lhes que esperar, não faz mal. As coisas não acontecem de maneira fácil, só porque queremos assim. Em um mundo competitivista e de múltiplas atividades desempenhadas pelos pais, há ocasiões em que a exaustão e o estresse quase chegam ao limite. Quando possível, façam a refeição juntos e não atenda a ligações que podem esperar. Olhe nos olhos e demonstre interesse sincero. Ouça o que ela tem para lhe contar e tente compreender, não apenas responder. Estude o comportamento para alcançar seu coração da forma mais simples possível. Desperte em seu filho o amor pela Criação, pela música e ele reconhecerá que Deus é alegria e a verdadeira paz. Pais querem paz, mas as crianças querem muito mais os pais e quando dizemos que não temos tempo para algo, é porque não é uma prioridade! Nós precisamos obter paciência e confiar na bondade Divina e Ele nos ajudará providenciando estes momentos preciosos às crianças e a nós mesmos. O amor e o carinho se estabelecem na confiança mútua, honestidade e lealdade. Para tanto, cumpra com o que disser aos seus filhos, seja confiável. Permita, que assim, eles sintam o amor e o prestígio dos seus pais. Mais importante é que,
se eles não presenciarem a sua fé convicta, facilmente assimilarão as conveniências mundanas, deixando o envolvimento com Cristo para mais tarde. A exemplo nos cultos, onde pais permissivos liberam seus filhos a participarem de grupos de outras crianças. Na sua inexperiência, é natural que se tornem desatentas e desrespeitosas com o momento. Anjos observam as famílias participarem na adoração, honrando a 127:1 presença de Deus e os pais que não lutam por corrigirem-se, não podem ensinar a responsabilidade aos filhos. Não somos somente seus amigos, precisamos exercer nossa autoridade. Eles logo crescerão e a liderança da Igreja estará em suas mãos. Conforme a idade, permitalhes exercerem a própria autonomia. Evite tomar todas as decisões por eles ou apresentar tudo preparado. Mesmo a criança pequena, deve auxiliar os pais nas tarefas domésticas e adquirindo o espírito de serviço e o cuidado com o cotidiano, será um líder organizado e Deus zela pela ordem. A exemplo de Moisés, Samuel e Ester, grandes líderes em momentos essenciais. Provérbios 29: 15 e 17, diz que: “A criança entregue a si mesmo vem a envergonhar a sua mãe” e lembra, “Corrige o teu filho, e te dará descanso, dará delícias à tua alma” e ele será uma bênção à família, à comunidade e principalmente a Deus. Quando preciso, corrija-o em particular, não o envergonhando. Dizer “não” e estipular limites são necessários. Ajude-os a compreender que suas escolhas trazem consequências e que ser responsável significa saber escolher e não obedecer somente porque foi ensinado. Em suma, o amor é complementado pelo afeto, compreensão, bom humor, serenidade e principalmente, firmeza. Ser moderno não é deixar a criança fazer o que desejar, isto é ser relapso. O padrão educacional do mundo é diferente do que Deus orienta. O inimigo oferta a “liberdade”. A mesma que logo produz agonia, dúvida, dor e choro. Que nossas crianças aprendam que o certo continua sendo certo e o errado continua sendo errado. Nossos filhos precisam de nossas orações. Não os geramos para o sofrimento. Lute por eles e jejue por eles. Quando mães oram, grandes coisas acontecem. Só Deus sabe o que realmente precisamos e quanto mais nos enchermos dEle, em comunhão, mais leves serão os fardos. Logo, Jesus vai reunir a família do Céu com a da Terra e a pergunta “Onde está o rebanho que te foi confiado, o teu lindo rebanho? ” (Jr 13: 20), será feita e se o Senhor estiver no comando da nossa casa, pais de todas as idades poderão responder: “Eis-me aqui, e os filhos que me deu” (Is 8:18) e seremos recebidos por Jesus Cristo.
Keila Weidle Acadêmica de Pedagogia
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REVISTA
Artigo
Você tem “SVC”?
A
Síndrome da Visão de Computador ( SVC ) é um conjunto de sintomas que afetam os olhos e a visão como consequência do uso de computador e/ou telas de tablets, celulares e afins por longas horas ininterruptas. “Temos percebido que as novas gerações desde a tenra idade ficam “vidradas” em telas para fins recreativos, sociais e profissionais. Os olhos necessitam da lágrima para a oxigenação das córneas e notamos que há um comprometimento devido a longos períodos com os olhos abertos sem as piscadas que ajudam na lubrificação”, explica a Dra. Liliana Fernandes, sócia-diretora da Clínica Central de Oftalmologia de Joinville (CCOJ). Sintomas da síndrome: • Olhos vermelhos, irritados, coceira, lacrimejamento ou olhos secos; • Fadiga, olhos pesados e dor de cabeça; • Fotofobia ou sensibilidade a claridade; • Falta de foco nas imagens; • Ampliação de problemas visuais pré-existentes. Prevenção e tratamento: Segundo a Dra. Liliana, algumas atitudes preventivas podem ser tomadas para minimizar ou eliminar o risco da manifestação da “SVC”, tais como: • Evitar o ofuscamento de sua visão ajustando a fonte de iluminação de seus equipamentos; • Evitar a fadiga ocular fazendo pausas a cada 2 horas de uso permitindo seus olhos voltarem a focar olhando ao redor do ambiente e para a luz natural externa; • Piscar com mais freqüência mantém os olhos lubrificados; • Se for usuário de óculos opte sempre por lentes com tratamento anti-reflexo. • Faça uso de colírios lubrificantes de acordo com a orientação médica. A visão é o mais importante dos sentidos e os olhos trabalham arduamente para você, portanto dê a eles o descanso e apoio necessários para que sejam saudáveis e produtivos. E lembre-se de consultar regularmente o seu oftalmologista.
Dr. Claudio Fernandes Médico especialista em oftalmologia claudio@ccoj.com.br
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Alerta: Um estudo realizado pelo National Eye Institute concluiu que a miopia entre crianças americanas aumentou de 25% para 41,6 % ao longo dos últimos 30 anos - aumento de mais de 66%. Parte desse aumento é por causa do uso de novas tecnologias, incluindo o computador. Visão x Computador: Sinais que indicam que o computador está afetando a visão: • Olhos vermelhos e irritados; • Coceira nos olhos; • Olhos cansados; • Olhos secos e vontade de piscar mais; • Sensação de “areia nos olhos”.
“A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo teu corpo terá luz” Mateus 6: 22
Dicas: • Mantenha os aplicativos abaixo da linha dos olhos; • Faça uma pausa de 1 a 5 minutos a cada hora para levantar ou caminhar; • Mantenha o brilho do computador baixo e deixe o ambiente claro; • Afaste focos de luz dos olhos; • Afaste o ar-condicionado ou ventilador do rosto.
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REVISTA
GERAÇÃO
HIPERCONECTADA por Kátia Oliveira Psicóloga e Coach. Especialista em Terapia Comportamental e Cognitiva pela USP e, em Liderança Pessoal e Eclesiástica, pela UNASP. Autora dos Livros: “Hiperconectados” e “Bullying: Guia Prático para Pais e Educadores”. Tem ministrado palestras e seminários para pastores, professores, pais e alunos em diversos estados do Brasil nas áreas de saúde, educação e tecnologia.
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Capa
REVISTA
É possível perceber – sem muito esforço – que a internet, o celular e as mídias sociais têm exercido impacto considerável nos hábitos e comportamentos pessoais e, também, nas relações pessoais e familiares. Sem dúvida, são muitos, os benefícios que as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) proporcionam, porém, o acesso a esses ambientes virtuais não está isento de riscos. Se para um adulto, nem sempre é fácil identificar as principais consequências de alguns comportamentos online, além de possíveis riscos, imagine para uma criança ou adolescente. As razões pelas quais muitos pais incentivam os filhos a manusearem precocemente dispositivos eletrônicos são diversos. De silenciar os pequenos em ambientes sociais (como restaurantes e igrejas) até o fato de acreditarem que caso não manipulem à tecnologia desde a tenra idade ficarão em desvantagem em relação aos coleguinhas da mesma faixa etária. Outro motivo pelo qual muitas crianças se dedicam excessivamente à tecnologia é fato de seus pais acreditarem que, se elas estiverem confinadas dentro de casa, em seus próprios quartos – e não brincando na rua – estarão mais seguras. A internet, os jogos eletrônicos, e a comunicação virtual se tornou fonte de entretenimento. Se em um passado não tão distante, a televisão ocupava o status de babá eletrônica dos pequenos, atualmente esse “posto” é ocupado pelas redes sociais e os dispositivos eletrônicos portáteis (gadgets). Se você tem uma criança ou adolescente em casa, já tem ideia do quanto alguns são fascinados pelas TIC. Segundo a Kaiser Family Foundation, crianças e adolescentes dos 8 aos 18 anos tem passado cerca de 7 horas e 38 minutos em frente à telas. Embora esse seja um dado norte-americano, a realidade das crianças brasileiras não é muito diferente disso. Falo com frequência a respeito dos riscos do uso excessivo de tecnologias virtuais para professores, pais, crianças e adolescentes. Quando falo para crianças e adolescentes e apresento esse dado, eles costumam confirmar a estimativa, enquanto alguns afirmam ficar muito mais do que 8 horas por dia conectados. Atualmente, a sensação é que eles só não estão on-line enquanto estão dormindo, ou quando estão na escola (dependendo das regras e do rigor que a escola tem em relação ao uso de gadgets dentro de seu ambiente). É fato que boa parte das crianças têm muito mais familiaridade com o mundo virtual, do que seus pais, porém não significa necessariamente que, em função da intimidade que eles têm com esse ambiente também tenham maturidade a fim de perceber de maneira crítica e objetiva as armadilhas e riscos que fazem parte desse universo. Ao utilizarem as TIC e terem perfil ativo (sem qualquer tipo de orientação ou supervisão parental adequada) em redes sociais e comunicadores instantâneos – crianças e adolescentes – estão expostas a riscos que podem resultar danos à sua imagem, à saúde física ou psicológica. Na próxima página, destaco alguns dos principais riscos e/ou consequências:
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Capa Exposição virtual excessiva Dependendo do tipo de fotos que são expostas nas redes sociais ou enviadas via comunicadores instantâneos, dos check-ins realizados e das publicações é possível que gente mal-intencionada tenha acesso a dados pessoais bastante sensíveis. Fotos que exibem viagens internacionais ou destinos cobiçados, que identificam a escola, a casa ou os locais que a criança ou adolescente frequentam, podem dar uma ideia bastante exata do poder socioeconômico da família do estudante. Esse tipo de informação tem sido utilizado por quadrilhas que se especializaram em escolher suas vítimas utilizando como banco de dados as redes sociais. É só procurar na web, há muitos relatos de casos de roubos ou sequestros em que as vítimas foram escolhidas em função do que publicava nas redes sociais.
Redução ou inexistência da prática de atividade física Não são poucas as crianças que só deixam os dispositivos eletrônicos portáteis “de lado”, apenas na hora de tomar banho ou de dormir. Algumas não tiram os olhos do smartphone nem enquanto fazem as refeições e gastam quase todo o tempo livre com comunicadores instantâneos, jogos e redes sociais. O único momento em que algumas dessas crianças têm contato com esportes (futebol, basquete ou equivalente) é durante a aula de educação física obrigatória oferecida pelo colégio em que estudam. Por passarem tanto tempo diariamente confinadas em seus quartos, ou sentadas no sofá de casa, muitas, praticamente não desenvolvem as habilidades motoras. Pelo fato de não se exercitarem (ou o fazerem minimamente), não terem uma alimentação balanceada e em horários fixos (algumas se alimentam no horário em que desejam e consomem quase que exclusivamente salgadinhos e refrigerantes), fato que aumenta consideravelmente o risco de sobrepeso e de doenças como, obesidade, diabetes e hipertensão, mesmo durante a infância ou adolescência. Redução das horas de sono Muitos pais não estabelecem nenhuma regra em relação a quanto tempo seus filhos podem permanecer conectados, assim como o horário limite para se desconectarem. Por isso, muitas crianças levam o smarthpone ou tablet para o quarto e ficam conversando com conhecidos (e desconhecidos), ficam jogando, ou surfando na web até de madrugada. Essa redução nas horas de sono pode ter impacto importante sobre a produção de hormônios que previnem a obesidade, a diabetes e que auxiliam no combate a infecções. Além disso, dormir pouco pode deixar os estudantes sonolentos no dia seguinte, tornando-os mais irritadiços e contribuindo para a redução da concentração em sala de aula. Baixo rendimento escolar Pelo fato de dedicarem muito do seu tempo diário a jogos, redes sociais e comunicadores instantâneos, muitas estudantes negligenciam tarefas e trabalhos escolares e, até mesmo, a preparação para as provas é deixada de lado. É claro que esse comportamento tem impacto considerável no rendimento escolar e consequentemente nas notas que usualmente pioram com o passar do tempo e, em alguns casos, pode resultar em perda do ano escolar. Envio de nudes O termo se popularizou nos comunicadores instantâneos, embora esse tipo de imagem também é enviado via redes sociais. Os nudes, nada mais são, do que fotos nas quais as pessoas se exibem nuas. Hoje, pela facilidade de sempre ter à mão um dispositivo móvel, alguns acabam ignorando os riscos e deixando-se fotografar ou filmar em momentos de intimidade e/ou enviam esse tipo de conteúdo para terceiros. Nos EUA, um estudo realizado com adolescentes revelou que, dos pesquisados, 50% já havia enviado material erótico para outras pessoas. Quem envia, ou recebe esse tipo de imagem, muitas vezes ignora que dificilmente o conteúdo permanece de posse do destinatário final. Basta uma única repostagem para que a imagem “caia” na rede. Uma vez que isso aconteça, os impactos pessoais, acadêmicos e profissionais podem ser devastadores na vida da pessoa que foi exposta. Não podem ser ignoradas a possibilidade de extorsão, assim como não pode ser descartado o risco de uma imagem dessa natureza ser publicada em algum site de pornografia ou pedofilia
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Capa Contato com predadores sexuais Segundo investigação conduzida pelas Nações Unidas a qualquer momento há 750 mil pedófilos on-line na web. Para esse tipo de indivíduo as redes sociais funcionam como um grande catálogo no qual podem escolher suas vítimas. Eles se aproximam de crianças e adolescentes utilizando perfis falsos (fakes). Tem início um processo cuidadosamente individualizado com o objetivo de ganhar a confiança da vítima para posteriormente chantageá-la. Os predadores conhecem as expressões, os jogos e os assuntos de interesse específico da faixa etária de suas vítimas em potencial e quando já se sentem à vontade, solicitam detalhes da vida pessoal e familiar, número de telefone, fotos, vídeos ou propõe um encontro. O objetivo do processo é conseguir fotos ou vídeos nas quais a vítima apareça com pouca roupa, ou nua. Se por acaso, esse tipo de imagem for enviado, na sequência são solicitadas novas fotos, sob a ameaça de que, caso não sejam enviadas, as anteriores (que geralmente são comprometedoras) serão divulgadas na web. Também pode ser exigido dinheiro. Não há uma sequência rígida. Alguns predadores ao perceberem que já ganharam a confiança da vítima, solicitam um encontro. Esse pedido pode acontecer em um espaço curto de tempo, ou pode levar meses. É assustador constatar que esse tipo de situação é mais frequente do que se imagina. Quando falo para adolescentes, não é incomum alguns relatarem que estão vivenciando exatamente essa situação – um desconhecido solicitou para encontrar-se com eles. Geralmente alguém com quem se comunicam exclusivamente pelas redes sociais. Por isso é muito importante que os pais estejam atentos e se interessem em saber quem são pessoas com as quais seus filhos mantem contato virtual. Os riscos são inúmeros e não é possível detalhar a todos aqui, também não há uma receita infalível que possa ser seguida rigidamente com a finalidade de reduzir a zero os riscos a que crianças e adolescentes estão expostos quando estão on-line com o objetivo de evitar consequências desastrosas em vários aspectos, mas há algumas sugestões simples que podem ampliar consideravelmente a segurança virtual. Gostaria de dar destaque a algumas: Dê algumas orientações mínimas de segurança a seus filhos Muitos pais supõem que pelo fato de uma criança manusear um gadget de maneira eficiente, eles têm condições de identificar e se esquivar dos riscos. Apesar de muitas crianças manusearem dispositivos móveis com mais desenvoltura do que seus pais, a maioria deles não consegue prever as consequências de seus atos, detectar situações de risco ou reportar situações de perigo aos responsáveis. Enfatize como agem os predadores sexuais on-line e solicite que seu filho sempre se reporte a você diante de situações nas quais se sinta ameaçado. Conscientize a respeito dos riscos em relação a superexposição virtual Frise que qualquer imagem uma vez enviada para terceiros, ou qualquer opinião compartilhada nas redes sociais podem cair na rede e viralizar em um curto espaço de tempo, ocasionando prejuízos na vida pessoal, profissional e familiar do envolvido. Enfatize as regras para o uso seguro e ético do ambiente virtual.
Permita que seu filho tenha perfil ativo em redes sociais apenas se ele tiver a idade mínima recomendada pela plataforma A idade mínima para utilizar cada plataforma está expressa nos termos de uso de cada uma delas. No caso do Facebook, por exemplo, a idade mínima recomendada é 13 anos. Se a própria plataforma considera que uma criança com menos idade não está apta para identificar a situações de risco, porque muitos pais liberam o uso? Não permita que seu filho tenha acesso precoce a TIC Segundo a Academia Americana de Pediatria crianças abaixo dos 2 anos não deveriam estar conectadas a nenhum tipo de tecnologia eletrônica – isso inclui TV e, depois de atingirem essa idade, o tempo de acesso diário não deveria ultrapassar a duas horas por dia. Determine quanto tempo seu filho pode ficar on-line. Quanto menor for a criança, menos tempo ela deve permanecer on-line. O acesso só deve acontecer depois das atividades escolares estarem em dia e deve existir regras que devem ser determinadas por você em relação a quais momentos as mídias devem ser deixadas de lado. Também deve existir um consenso quanto ao horário que os gadgets devem ser desligados. Quanto mais intenso for o uso dessas tecnologias a mais riscos ele estará exposto. Instale filtros e softwares de monitoramento e controle parental nos dispositivos móveis que seu filho usa Há aplicativos que limitam o tempo de navegação, que protegem contra vírus e programas espiões e que podem bloquear o acesso a conteúdo impróprio, como sites de pornografia por exemplo. Caso você tenha pouca habilidade com esses softwares, busque um profissional da área de tecnologia de informação que poderá recomendar o programa mais adequado para a finalidade que você deseja. Incentive seu filho a envolver-se com atividades do mundo real, preferencialmente com práticas esportivas Cada hora que seu filho passa parado em frente a uma tela, é uma hora a menos que ele se desenvolve socialmente. Uma criança que não é incentivada a jogar vôlei ou basquete, a nadar ou andar de bicicleta, dificilmente irá se envolver com essas atividades de maneira espontânea. Embora seja muito importante para a criança ter um modelo, caso você não possa praticar nenhuma dessas atividades com seus filhos, providencie que ele tenha contato com o esporte da preferência dele. As práticas esportivas, o incentivo a atividades ao ar livre, o incentivo à leitura, devem ser disponibilizadas como atividades concorrentes aos entretenimentos virtuais. Além dos riscos já mencionados que abrangem o aspecto físico, emocional, social e familiar, para famílias cristãs há uma preocupação adicional – o aspecto espiritual. É claro que a internet e as mídias sociais podem ser utilizadas de maneira positiva, como por exemplo, para retransmissão de sermões e séries evangelísticas (apenas para mencionar algumas) mas para que a criança utilize essas tecnologias de maneira positiva, é importante que sejam orientadas por seus pais, e um aspecto que merece destaque é o uso do tempo. Ellen White, no livro Parábolas de Jesus (pág. 345) afirma que “os pais devem ensinar a seus filhos o valor e o bom uso do tempo. Ensinai-lhes que é digno esforçar-se para fazer algo que honre a Deus e abençoe a humanidade”. Apesar de estarmos vivenciando um momento de constantes mudanças – os valores, os bons costumes, o bom uso do tempo deve ser a norma de conduta que orienta a família cristã.
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INTERNATOS ADVENTISTAS QUAL A DIFERENÇA PARA A EDUCAÇÃO DO SEU FILHO? A procura por internatos adventistas aumentou nos últimos anos em todo o país. Mesmo em um cenário de crise econômica em que vive o Brasil, os pais optam por colocar seus filhos nessas instituições de ensino, segundo mostram os números de matrículas da rede educacional adventista em 2016. Os motivos que levam os pais a tomarem essa decisão são variados, porém alguns pesam mais na hora da escolha. Nesta entrevista exclusiva da Revista Proclamai, o diretor-geral do Instituto Adventista de Ensino de Santa Catarina (Iaesc), pastor Wesley Zukowski, apresenta em suas respostas o que atraem esses pais a escolherem esse método de ensino alternativo.
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Internatos Adventistas
REVISTA
Entrevista
Revista Proclamai: O que leva os pais a escolherem um internato como o Iaesc? Wesley Zukowski: Por ser internato, o aluno terá uma formação integral com muitas oportunidades para desenvolver suas habilidades físicas em nosso ginásio poliesportivo, na academia e nas aulas de aeróbica e natação. Habilidades intelectuais por meio de aulas com professores capacitados, onde os alunos participam de palestras semanais que enfocam assuntos atuais que vão desde a cultura até a ciência. Existem também as saídas pedagógicas para visitar lugares históricos e instituições. Habilidades artísticas e musicais nas atividades do Conservatório Musical, nos corais e grupos vocais, na orquestra, na banda marcial e nos eventos. Habilidades espirituais onde diariamente se ensinam princípios bíblicos e o desenvolvimento do caráter que preparam os alunos para que valorizarem elementos como a sociedade e a família, bases da sociedade. Tudo isso para que cada aluno tenha a oportunidade de desenvolver seu talento e criatividade. RP: A maioria da nova geração que chega ao Iaesc deve ser ativa nas mídias sociais. Diante disso, existem limites para o acesso a internet na instituição? WZ: A instituição trabalha com o desenvolvimento de responsabilidade e consciência do educando quanto a não acessar material indevido, seja de violência, pornografia e outros conteúdos nocivos. Se a consciência falhar, nosso sistema de filtros identifica a tentativa de acesso a material impróprio e bloqueia o serviço. Existem também horários que o aluno não tem permissão de uso de celulares e outros acessos, bem como o uso de sites de relacionamento. RP: Como o Iaesc faz para suprir as limitações de acesso à internet? WZ: Nossa biblioteca está em fase de ampliação e com certeza é uma excelente fonte de informação. O aluno também tem acesso à revistas e jornais para se atualizar em relação às notícias mundiais. Entendemos que para o aprendizado devemos fornecer uma série de opções para os alunos interessados. A internet nem sempre é a melhor opção por a ser um meio onde não há censura nem controle e muita mentira vem misturada a verdade. RP: Uma das grandes preocupações dos pais é escolher uma escola que prepare o filho para ingressar em uma instituição de ensino superior conceituada. Quais são as iniciativas do Iaesc para atender essa preocupação? WZ: O Iaesc hoje já é o primeiro colocado no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) entre todos os internatos adventistas do Brasil. Nossos alunos formandos têm se destacado nos vestibulares de universidades públicas e privadas. Isso se deve ao fato de a escola ter um sistema sólido de ensino acadêmico, e um grupo de professores diferenciado. Por sermos um internato temos possibilidade de realizar mais eventos acadêmicos, como aulões aos domingos, feiras culturais, monitoria e horário de estudo obrigatório.
RP: Existem planos que se adequam aos mais variados perfis socioeconômicos das famílias? WZ: Mesmo o Iaesc sendo um internato particular que não recebe nenhuma ajuda do Governo para suas despesas, temos planos especiais para alunos menos favorecidos que almejam um estudo de qualidade. Em setembro de cada ano disponibilizamos um formulário socioeconômico onde o responsável financeiro do aluno vai preencher com todas as informações solicitadas e anexar os comprovantes que são encaminhados ao departamento de Filantropia da nossa entidade mantenedora que irá avaliar a condição financeira do aluno e também o perfil escolar e de conduta. Assim cada candidato poderá obter um plano que cabe no bolso dos pais. Lembrando que no internato a concessão da bolsa implica em o estudante assumir sua parte de responsabilidade desenvolvendo horas de atividade educativa diária nos diversos setores do internato. RP: Como que os pais podem acompanhar a vida acadêmica do filho? Existe algum método online? WZ: Já há vários anos o Iaesc tem seu sistema de registro acadêmico do aluno vinculado ao servidor do Portal da Educação Adventista. Por meio dele, com uma senha fornecida pelo próprio sistema o responsável pode acessar às notas escolares, registros de ocorrências em relação ao aluno e informações de calendário, eventos e provas. Assim os pais não necessitam ligar constantemente para a Escola para saber a situação acadêmica de seu filho. Mesmo assim, em nosso site publicamos os telefones e os e-mails de contato de todos os nossos servidores na área de atendimento seja acadêmico bem como do internato. Assim os pais podem fazer contato 24 horas por dia em caso de emergência. RP: Tem alguma experiência que gostaria de destacar durante todo o período que lidera internatos? WZ: Tenho inúmeras experiências que poderia compartilhar da história de jovens que foram alunos nos quatro internatos onde já atuei seja como professor ou administrador nos últimos 20 anos. Mas todas as experiências tem sempre itens em comum. O adolescente chega no internato cheio de sonhos e ideais, mas com grandes limitações, seja de timidez, falta de organização e disciplina, pouca comunicação, e a medida que o tempo passa é visível o crescimento, a transformação e as mudanças pra melhor. Depois de alguns anos após a formatura, me encontro com estes alunos e se tornaram médicos, advogados, pastores, professores e outras funções onde conquistaram o respeito da sociedade. Me apresentam seus filhos, seu cônjuge e falam com saudades do tempo maravilhoso do internato. Isso tudo me causa uma alegria e realização imensa por ver como Deus prepara através do internato adventista, pessoas tão maravilhosas para servir à sociedade. Ano passado na reunião da Conferência Geral da Igreja Adventista em San Antonio, no Texas (EUA), me procurou uma ex-aluna para apresentar o esposo e seus três filhos. Ela trabalha como médica nos Estados Unidos e o esposo é diretor de um colégio. Falou com muita emoção do tempo de internato no Brasil e como foi bom pra ela a experiência.
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Artigo
REVISTA
Uma educação que prepara para a etermnidade
S
ão 120 anos educando gerações através da Educação Adventista, mas você já se questionou qual é o objetivo de Deus em estabelecer uma frente educacional para sua Igreja, se já temos os valores “pregados” nos lares e nos templos? Os motivos pelos quais a Igreja Adventista do Sétimo Dia mantém um sistema integrado de educação se fundem com a própria existência e missão da instituição religiosa, cujos fundamentos filosóficos residem na revelação da Imagem de Deus como um Ser Criador, Mantenedor e Salvador, objetivando elevar o ser humano à imagem deste Cristo. Os objetivos que fundamentaram a Educação Adventista desde o seu princípio a norteiam até hoje que é proporcionar que o educando alcance seu potencial máximo no desenvolvimento espiritual, mental, físico, social e vocacional. Com o objetivo de fazer dos seus estudantes, cidadãos conscientes e que sirvam à comunidade, eles, se bem educados, também vão defender sua fé e servir a Deus em tudo que fizerem. Sua matriz curricular é direcionada para o conhecimento das capacidades que incluem elementos cognitivos, experimentais, emocionais, relacionais, intuitivos e espirituais alicerçada em um trabalho docente fundamentado na integração de fé e ensino. A integração fé e ensino está presente em todas as práticas pedagógicas da Educação Adventista. Os professores vão além do preparo acadêmico. A prática da integração precisa, primeiro, fazer sentido na vida do educador para que suas atitudes, sua metodologia de trabalho sejam pautadas nos valores bíblicos e apreendidas por seus alunos de forma natural e significativa. São 120 anos de uma história de bênçãos, parceria, respeito e de uma educação competente comprometida com a formação integral do cidadão, regida pelo propósito maior que é preparar obreiros que ajudem na missão de salvar. A Educação Adventista mantém sua linha filosófica de geração em geração, pois sua missão contínua é refletida em suas ações rotineiras como:
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cultos diários com servidores, professores e alunos; classes bíblicas em todas as turmas a partir do 5º ano; projetos espirituais e sociais, aulas de ensino religioso; realização da Semana Santa e semanas de oração; projetos de oração intercessora dirigida a alunos, famílias e comunidade; atividades práticas que desenvolvem seu potencial de liderança, contato com o público, musicalidade e oratória; projetos espirituais dirigidos aos alunos e pais considerando sua faixa etária, interesse e necessidade.
A Escola Adventista nasceu no coração de Deus. Ela existe para atender aos filhos da igreja para firmar, em suas mentes os conceitos ensinados no lar e na Igreja, como o amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo com a si mesmo como também auxiliar na formação do caráter, onde a Bíblia é o principal compêndio de estudo, pois retrata os ideais e promessas do reino de Deus, que Cristo veio estabelecer, primeiramente em nosso coração e vida e depois no mundo. “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para o coração, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para a boa obra”(2 Tm 3: 16 e 17). Seus ensinamentos são sempre atuais e pontuais, resultam na expansão da mente para a compreensão de qualquer área do saber, seus valores são permanentes e imutáveis. [...] A grandeza de seus temas, a nobre simplicidade de suas declarações, a beleza de suas imagens despertam e elevam os pensamentos como nada mais o faz. Nenhum outro estudo poderá transmitir tal poder mental como o faz o esforço para se compreenderem as veredas estupendas da revelação. A mente, elevada assim em contato com os pensamentos do Infinito, não poderá deixar de expandir-se e fortalecer-se. (WHITE, 2008, p. 124) Nosso diferencial não é meramente religioso, mas está no alicerce fundamentado por atividades redentoras. Como afirma Ellen G. White: “A verdadeira educação não desconhece o valor dos conhecimentos científicos ou aquisições literárias”, também faz parte do sistema educacional adventista prover base cultural para que o educando seja um ser pensante e autônomo, que encontre soluções para as situações-problema da vida com gestos nobres fundamentados nos conhecimentos adquiridos. A família tem o papel de educar uma criança para viver em harmonia com Deus e em sociedade, contudo desenvolver os valores morais, éticas do indivíduo perpassa também pela escola. É um grande risco permitir que filhos da igreja submetam-se a ensinamentos atitudinais e morais que não estejam firmados na Palavra de Deus, além de se contaminarem com ensinos científicos que não reflitam o assim diz o Senhor estimulando uma visão crítica distorcida em relação aos mandamentos de Deus. “Com o advento do cristianismo e dos ensinos do grande Mestre, Jesus Cristo, altera-se drasticamente o objetivo final da educação, que passa ser o alcance da vida eterna e a restauração da imagem de Deus no homem. “ Manual do Educador, 94 - Unaspress. A pergunta é: faz diferença estudar em uma escola adventista? Na perspectiva do Céu e da formação moral e acadêmica, sob orientação divina, a Educação Adventista, se propõe a realizar e cumprir seu compromisso com Deus e com o semelhante.
Ireny Ricken Líder da rede educacional adventista para a metade norte de Santa Catarina
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REVISTA
Missão Global
O preparo das novas gerações para a missão
A
s novas gerações não representam apenas o futuro, mas sua relevância deve ser percebida no presente também. Os jovens, adolescentes, juvenis e crianças possuem um potencial missiológico impressionante. Sua ousadia diante de desafios, sua capacidade de improvisação perante as dificuldades e sua coragem frente aos obstáculos constituem características essenciais e universais a expansão e manutenção da obra de Deus em todos os contextos geográficos. A Bíblia exemplifica e testemunha dessa realidade quando descreve fases da vida de seus personagens jovens. A confiança e lealdade de José no Egito (Gêneses: 39-43), a integridade e consagração de Daniel em Babilônia (Daniel: 1-4) e a coragem e ousadia de Davi diante de Golias (I Samuel:17) demonstram claramente seu potencial de testemunho e fidelidade a Deus e Sua obra. Eram muito jovens, mas seu potencial não estava encoberto diante de Deus, tampouco sua lealdade e consagração. Como um lapidador, o Senhor em suas mais diferentes escolas os preparou para sua missão. A escritora norte-americana Ellen White aprofunda o tema afirmando:
“Satanás [...] bem sabe não haver outra classe que possa fazer tanto bem, como os rapazes e moças consagrados a Deus. A juventude quando reta, pode exercer poderosa influência. Pregadores ou leigos de idade avançada não podem ter, sobre a juventude, metade da influência que os jovens consagrados têm sobre seus companheiros.”(Mensagem aos Jovens, pág. 204). Entendemos nesse texto que, para que esta classe especial da Igreja alcance plenamente seus objetivos evangelísticos, a mesma deve ser bem acolhida, priorizada, apoiada, capacitada e inspirada. Verificamos que cada igreja individualmente deveria possuir um plano especial de trabalho específico com as novas gerações. Percebemos que através do engajamento e envolvimento dos jovens na missão, os mesmos acabam fortalecendo suas faculdades espirituais e desenvolvendo um sentimento de perseverança que contribui para sua conservação e permanência na Igreja. A Igreja Adventista do Sétimo Dia apesar de seus avanços, possuí seus desafios. Na Associação Norte Catarinense temos 84 cidades de Missão Global para serem alcançadas, possuímos comunidade étnicas em
Crianças, adolescentes e jovens auxiliam no plantio de igreja em Irineópolis, cidade de missão global.
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nossa sociedade que precisam ser trabalhadas, encontramos bairros nas grandes cidades onde precisamos plantar novas igrejas. Além disso, vivemos em uma sociedade pós-moderna, cibernética, existencialista e relativista com suas mais diferentes peculiaridades. Diante destes objetivos, as novas gerações surgem como um potencial a ser intencionalmente trabalhado e priorizado com o objetivo de impactar o mundo com a mensagem da esperança da volta de Jesus. No livro Educação (Pág. 19), Ellen White discorrendo sobre o assunto afirma: “Aquele que coopera com o propósito divino em transmitir à juventude o conhecimento de Deus, e em lhes moldar o caráter em harmonia com o Seu, realiza uma elevada e nobre obra. Suscitando o desejo de atingir o ideal de Deus, apresenta uma educação que é tão alta como o Céu e tão alta como o Universo.” Entendemos que trabalhar para o fortalecimento dos ideais bíblicos missionários das novas gerações, constitui uma relevante e fundamental obra a ser realizada. Uma obra de toda a Igreja. É impressionante ver a alegria e pureza das crianças em um Aventuri, como é empolgante ver a disciplina e paixão dos desbravadores em suas atividades. É fantástico ver jovens doando suas férias para a Missão Calebe, envolvidos e trabalhando abnegadamente em uma cidade sem presença adventista. Estes claros sinais evidenciam a necessidade desta classe especial receber atenção específica para o avanço da mensagem da volta de Cristo em cidades e bairros sem presença adventista. Querido amigo (a), Deus conta com você para o apoio e suporte às novas gerações. Eles precisam de atenção, compreensão, amor e investimento. Do apoio a esta faixa etária dependerá o futuro do movimento adventista. Todos nós queremos ver pelo menos uma igreja em cada cidade de nosso território, então apoie as Novas Gerações.
Pr. João Nicolau pastor do departamento de Missão Global da ANC
Estilo de Vida
REVISTA
Uma nova geração de pais
H
á alguns anos, ao usar as redes sociais, me deparava com dezenas de fotos de casamento. Todo mês, pelo menos um casal de amigos ficava noivo ou se casava. O tempo passou, e agora, em minhas redes sociais, eu me deparo diariamente com fotos de bebês. Sim, há uma nova geração de pais - a minha geração. A minha geração cresceu com muitas oportunidades. Quando nascemos, não havia toda a tecnologia da qual desfrutamos hoje, muita coisa que consumimos atualmente no dia a dia era luxo em nossa infância, mas ainda assim, desfrutamos de condições mais confortáveis que nossos pais. Em geral, parece que a grande preocupação deles era que não precisássemos passar pelas dificuldades que eles passaram. Não tínhamos computadores e tablets na infância, mas tínhamos programas de TV infantis. Vimos alguns equipamentos surgirem (ou pelo menos se tornarem populares) e os desejamos em nossas mentes juvenis e adolescentes. Coisas como shoppings e fast foods tornaram-se comuns em nossa geração. Muitos de nós fomos para a faculdade logo após o Ensino Médio, e tivemos uma vida acadêmica focada em servir ao mercado de trabalho. Muitos de nós trabalhamos e temos uma vida social bem movimentada. E é neste momento, quando estamos aproveitando daquilo que no passado era apenas desejo ou luxo, que surgem em nossas vidas os filhos - a nova geração. Eles nascem num mundo onde tudo é acelerado. Eles não sabem o que é internet discada, não sabem o que é revelar um filme para ver as fotos (nem sempre boas). Eles são a geração do imediato, das transmissões online ao vivo, dos selfies. E nós, como lidamos com isso tudo? Como lidamos com tantas mudanças que nossa geração testemunhou? Como lidamos com o fato de que tantas coisas que desejamos ou que achávamos que existiam apenas em filmes agora são acessíveis aos nossos pequenos? Eu ainda não sei o que a nova geração de pais fará por seus filhos. Ainda que tenham nascido em um mundo diferente daquele em que nós nascemos, essas crianças e adolescentes possuem necessidades que crianças de todas as épocas possuíram. Precisam de
atenção, disciplina, orientação e segurança. Mas a nova geração de pais é mais ou menos assim: ao invés de brincar com a criança, arruma a criança bonitinha com os brinquedos, tira foto da criança brincando (ou faz uma selfie com ela), e passa os próximos 20 minutos colocando filtro na foto, criando legenda, postando e respondendo aos comentários dos amigos. Quer outro exemplo? Quando vai fazer compra no supermercado, a nova geração de pais compra Danoninho, salgadinhos e chicletes, não somente para os filhos (o que já seria uma tremenda irresponsabilidade), mas também para si. Corremos o risco de ser uma geração de pais cheia de informação, cheia de títulos acadêmicos, e também cheia de maus hábitos e vícios em tecnologias e outras modernidades, e com isso, sermos uma geração de pais deficientes em oferecer à nova geração aquilo que ela precisa. Recentemente li uma notícia acerca de um estudo que falava que usar tablets e smartphones na frente das crianças colabora para que elas desenvolvam défcit de atenção. Segundo o que era relatado, o desenvolvimento da atenção por parte da criança, é influenciada pela atenção que ela recebe dos pais ao interagir com eles, e essa atenção não é oferecida quando se está diante da criança utilizando um smartphone, não é verdade? As novas gerações precisam de adultos que sejam referências seguras. Elas são bombardeadas com estímulos que as atraem para o que é mau, para o que não agrada a Deus, para o que não é saudável. Elas precisam ter em casa referências que lhes mostrem na vida diária o que é ser cristão, o que é um relacionamento saudável, como é que se cumpre as palavras de I Coríntios 10:31. Eu faço parte de uma nova geração de pais, mas eu não quero que meu filho viva a vida que o mundo oferece para a nova geração. Não quero que a mente dele seja atraída pelas tecnologias antes de ser atraída pela natureza e pela Bíblia. Deus deixou para nós muita instrução que precisa ser estudada e praticada pelos pais dessas novas gerações para que eles preparem a última geração que viverá nesta Terra e anunciará ao mundo a última mensagem de advertência e salvação!
Karine M. Lira Correia Psicóloga
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REVISTA
Artigo por Moisés Mora
O amor que une gerações “Ah, esses jovens…” Já ouvi essa expressão algumas vezes e, na maioria delas, em tom depreciativo e normalmente acompanhada por um balançar negativo da cabeça em sinal de desaprovação ou condenação. Se por um lado os jovens são propensos a erros e falhas, por outro, que geração é imune a isso? Contudo, parece haver uma vigilância exagerada sobre o que os jovens fazem ou deixam de fazer. Quando um jovem cai em pecado, corre-se o risco de pensar ou dizer algo parecido com a frase do início do texto, sem primeiro vir em mente o sentimento de compreensão e a contrapartida da compreensão, apoio e auxílio.
A Igreja Adventista do Sétimo Dia no Brasil ainda é jovem. Uma pesquisa realizada em 2013 na região Centro-Oeste do país constatou que se, por um lado, a maior parte dos que se tornavam fiéis adventistas tinham até 12 anos (37%), por outro, a perda mais significativa envolvia o público com idade entre 16 e 19 anos (22,6%). Justamente no período em que o jovem geralmente conclui o ensino médio e ingressa no ensino superior ou no mercado de trabalho, seu interesse pela igreja parece diminuir, chegando, em alguns casos, à apostasia. Por que isso acontece? O que pode ser feito para reverter esse quadro? Qual o papel da igreja nesse processo?
Não podemos resumir todo o problema a um único fator, mas dá pra ter uma ideia da situação levando-se em conta os seguintes fatos: Incoerência familiar - Muitos pais cristãos têm um estilo de vida na igreja e outra totalmente diferente em casa e na comunidade. Essa incoerência afeta negativamente a vida espiritual dos filhos que tendem a ser muito sensíveis a isso. Somando a esse problema vem o fato de que muitas famílias não terem hábito de buscar a Deus juntos através da oração e da leitura da Bíblia. Tradição morta - Em muitos contextos a igreja está tão embrulhada pela tradição religiosa que a essência do culto de adoração a Deus tem ficado de lado, juntamente com o atendimento às reais necessidades das pessoas. A consequência é que quando o jovem crescer e começar a tomar as suas próprias decisões sem intercessão familiar ele só permanecerá na igreja se ela for relevante, se a congregação coloca em prática a essência da vida cristã no dia-a-dia e se ele conhecer o que significa adorar a Deus. Falta de engajamento na missão - Em algumas igrejas é possível notar que não existe muito espaço aberto para a participação ativa dos jovens. Em contrapartida, muitos jovens acabam não se envolvendo por falta de interesse próprio. Esses dois problemas, juntos ou isoladamente, acabam fazendo o eles irem ao culto sem uma motivação, o que leva ao chamado esfriamento espiritual. Falta de comunhão pessoal - Nada substitui o contato diário com Deus. Alguns jovens, por confiar apenas na influência positiva da família e não terem desenvolvido o hábito diário de buscar a Deus, correm o risco de negar a fé quando se encontram em situações que fogem do contexto da qual foram criados. Pressão do grupo - Amizades não cristãs, namoro com pessoas que não compartilham a mesma fé e ambientes extremamente secularizados exercem influências negativas sobre a vida espiritual do jovem. O que leva ele a ser influenciado pelos costumes não cristãos. São muitos os fatores que podem levar um jovem a se distanciar de Deus. No entanto, se a família, juntamente com a igreja, cuidar para que os problemas mencionados acima sejam superados, o índice de apostasia entre as moças e os rapazes tem uma grande chance de cair vertiginosamente. Todo jovem sente uma enorme necessidade de pertencer, de fazer parte, de ser aceito e de ser relevante em uma comunidade. Se a igreja entender essas necessidades e buscar supri-las dando espaço, atenção, apoio e amor à vida espiritual deles será diferente. Engajar os jovens no serviço de apoio à comunidade também será uma forma bastante interessante de manter seu interesse pela vida espiritual e pela igreja. Acima de tudo, que o amor sincero e desinteressado seja a cola capaz de unir as novas gerações às gerações mais maduras. Pois, em Cristo, somos todos um só corpo.
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“Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso”
Jó
Tiago 5:11
Oceano Atlântico
Portugal
Lição da
Escola Sabatina Adultos | PROFESSOR
Out l Nov l Dez 2016
Espanha
Bélgica
França
O livro de Jó
EUROPA
Eslováquia
Grupos 12 122 39 20 18 16 23 240 12 41 5 548 Membros 4.135 7.228 9.811 16.589 9.527 19.290 9.298 65.961 15.470 16.525 4.546 178.380
ÁSIA
População 8.616.000 7.181.000 15.975.000 76.165.000 62.932.000 46.715.806 10.349.000 19.839.000 34.416.194 46.476.000 8.331.000 336.996.000
Divisão Intereuropeia
Romênia
Igrejas 50 119 186 162 111 338 95 1.104 222 111 52 2.550
Bulgária
Uniões Austríaca Búlgara Tcheco-Eslovaca Franco-Belga Italiana Norte-Alemã Portuguesa Romena Sul-Alemã Espanhola Suíça Totais
Outubro – Dezembro 2016
Áustria
Rep. Tcheca
Alemanha
Itália
Luxemburgo
Suíça
Mar Mediterrâneo
Projetos ● Igreja para pessoas que falam inglês em Viena, Áustria. ● Construir centro judaico-adventista em Paris, França. Estabelecer igreja em Ragusa, Itália. Projeto de evangelismo infantil: Classes para ensino de valores cristãos e estilo de vida adventista para as crianças da Romênia.
●
●
Lição ADP 4º trim. 2016
ÁFRICA
A toda pessoa aflita, Jesus vem com o ministério da cura. A vida de privações, dor e sofrimento poderá ser iluminada por preciosas revelações de Sua presença. (Signs of the Times, 5 de fevereiro de 1902). A certeza da presença de Deus em nossos abrolhados caminhos da vida, nos dará sentimentos nobres e excelentes, nos preparará para o pior da vida ou melhor da trajetória, rumo à eternidade. Na bagagem do patriarca, podemos aprender sobre o poder positivo ou negativo de nossos amigos ou nossa parentela. Por mais próximos que estiverem de nosso infortúnio ou flagelo, sempre será necessário estarmos atados a uma maior força, um excelso conselho e íntima presença. “Alguns amigos míopes e de curta experiência não podem, com sua visão limitada, apreciar os sentimentos de alguém que tem estado em harmonia íntima com a alma de Cristo com relação à salvação de outros. Seus motivos são mal compreendidos e suas ações mal interpretadas por aqueles que seriam seus amigos, até que, como Jó, ele pronuncia a oração sincera: Salva-me de meus amigos” (T3 509.2). Ao estudarmos a lição do trimestre, será um adequado e oportuno momento de refletir sobre o comando, influência e controle de nossas vidas. “Deus assume o caso de Jó pessoalmente. Sua paciência tem sido severamente provada; mas, quando Deus fala, todos seus sentimentos banais são mudados” (T3 509.2). Apesar de vivermos momentos e situações dissemelhantes, Deus tem preparado um emocionante e igual momento para todos os triunfantes miseráveis desta vida. Estude, medite, pense e espere em Deus por este momento.
O livro de
34315
P
assamos a maior parte do tempo da nossa vida tentando entender os porquês das tristezas, provações e sofrimentos. Não há dificuldades em reconhecer a razão da prosperidade e bonanças da vida, porém o questionamento sobre perdas e adversidades, leva muitos filhos e filhas de Deus a viverem por toda vida sob fortes emoções negativas enquanto procuram respostas. “Jó foi destituído de suas posses terrestres e ferido no corpo de tal maneira que o desprezaram os próprios parentes e amigos; contudo manteve sua integridade” (AA 321.5). Essa indiscutível integridade não era exatamente porque ele conhecia detalhadamente o que estava se passando nos bastidores de sua vida. Apesar de viver pacientemente pela fé e receber bênçãos em dobro em relação ao que perdeu, Jó não teve todas as respostas e nem a panorâmica visão que hoje temos de sua vida. Por esta razão, sempre será de suma importância, estudarmos o livro e a vida deste personagem bíblico para encontrarmos respostas aos questionamentos naturais de nossa vida. É certo também que em algum ângulo dessa história, vamos nos identificar, diante de nossos pequenos e incomparáveis sofrimentos em relação a Jó. “A história dele mostra que o sofrimento é infligido por Satanás, mas Deus predomina sobre ele para fins misericordiosos” (BS 21.3). Mesmo entendendo parcialmente, nossa fé não deve ser parcial ou condicionada ao bem ou mal da vida. Viver pela fé, sempre será o que Deus espera de nós, enquanto as cenas do grande conflito confluir para um futuro próximo, em que tudo será plenamente elucidado. “Bem-aventurado é o homem a quem Deus disciplina [...] porque Ele faz a ferida e Ele mesmo a ata; Ele fere, e as Suas mãos curam” (Jó 5:17-18).
Designer
Exemplar Avulso: R$ 10,80 Assinatura Anual: R$ 35,10
Divisão
Nos bastidores da vida Exemplar Avulso: R$ 10,80 Assinatura Anual: R$ 35,10
EUROPA
bro – Dezembro 2016
REVISTA
PRÓXIMA LIÇÃO
Jó
Capa da Lição dode 4° trimestre O livro
Editor
C.Q.
Depto. Arte
Prog.Visual
C.Qualidade
Editor Texto
Depto. Arte
Divisão Intereuropeia
Lauro Crescêncio Pastor distrital em São Francisco do Sul
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REVISTA
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Quadrinhos